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Apostila - UNIDADE V - Procedimentos com Toxina Botulínica, Preenchimento Facial e Fios de Sustentação em Estética Avançada

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1 
 
 
 
 
Procedimentos com 
Toxina Botulínica, 
Preenchimento Facial 
e Fios de Sustentação 
 www.inaesp.com.br 
 
 
2 
SUMÁRIO 
PROCEDIMENTOS COM TOXINA BOTULÍNICA E PREENCHIMENTO FACIAL .......... 3 
Revisão da Anatomia Facial ........................................................................................ 3 
Ossos: Forames ........................................................................................................... 3 
Músculos ...................................................................................................................... 4 
Vasos Sanguíneos ....................................................................................................... 5 
Nervos .......................................................................................................................... 6 
Introdução e Fatores do Envelhecimento Cutâneo ..................................................... 7 
SÍNTESE ...................................................................................................................... 9 
TOXINA BOTULÍNICA ...................................................................................................... 10 
Histórico ...................................................................................................................... 10 
Conceitos e Tipos de Produto.................................................................................... 11 
Indicações e Contraindicações .................................................................................. 13 
Cuidados Pós Aplicação, Efeitos e Complicações .................................................... 14 
Diluição: ...................................................................................................................... 15 
Aplicação: ................................................................................................................... 16 
SÍNTESE .................................................................................................................... 17 
PREENCHIMENTO FACIAL............................................................................................. 18 
Mecanismos de Ação ................................................................................................. 20 
Indicações e Contraindicações .................................................................................. 21 
Cuidados na Aplicação e Pós Tratamento ................................................................ 21 
Cuidados pós aplicação: ............................................................................................ 21 
Aplicação: ................................................................................................................... 22 
SÍNTESE .................................................................................................................... 22 
FIOS DE SUSTENTAÇÃO ................................................................................................ 24 
Histórico e Conceito ................................................................................................... 24 
Tipos de Fios .............................................................................................................. 25 
Indicações e Contraindicações .................................................................................. 27 
Cuidados Pós Aplicação, Recomendações e Complicações.................................... 28 
Complicações: ............................................................................................................ 29 
Aplicação: ................................................................................................................... 31 
SÍNTESE .................................................................................................................... 31 
INTERCORRÊNCIAS E TRATAMENTOS ....................................................................... 32 
Intercorrências e Tratamentos de Preenchimento Facial ......................................... 32 
Intercorrências e Tratamentos de Fios de Sustentação ........................................... 36 
SÍNTESE .................................................................................................................... 37 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 39 
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3 
 
PROCEDIMENTOS COM TOXINA BOTULÍNICA E 
PREENCHIMENTO FACIAL 
 
Revisão da Anatomia Facial 
 
Ossos: Forames 
Forames são aberturas presentes nos ossos que permitem a passagem de 
nervos, vasos, artérias, veias, permitindo comunicação entre uma parte do corpo 
à outra. Por esse motivo, não devemos comprimir ou ocluir essa região. 
 
 
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/ 
https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-esqueletico/cranio/neurocranio/cranio-como-um-todo/
 www.inaesp.com.br 
 
 
4 
Músculos 
 
Os músculos da face se compõem de um grupo de vinte músculos 
esqueléticos planos localizados abaixo da face da pele. A maioria deles tem 
origem do crânio ou de estruturas fibrosas, se irradiando para a pele através de 
um tendão elástico. Cada músculo facial possui uma localização que permite 
vários movimentos do rosto, promovendo assim as expressões faciais. 
No procedimento de toxina botulínica, é importante ter conhecimento de 
todos os músculos para saber qual deve receber a aplicação da toxina e assim 
ser paralisado para que ocorra o efeito estético esperado, caso contrário pode 
provocar assimetrias e ptoses. 
 
 
Fonte: https://www.auladeanatomia.com/ 
https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-muscular/musculos-da-face/
 www.inaesp.com.br 
 
 
5 
Vasos Sanguíneos 
 
A irrigação sanguínea da face é suprida por artérias de maior parte 
proveniente de ramos da artéria carótida externa, sendo os vasos principais as 
artérias facial e temporal superficial. O retorno venoso facial é superficial. 
É importante ter a ciência que os procedimentos minimamente invasivos 
não estão livres de provocar alguma equimose ou hematoma devido a injúria 
causada em algum vaso sanguíneo. Também é muito importante ter 
conhecimento anatômico e cuidado ao injetar preenchimento facial para não 
provocar oclusão do vaso por compressão mecânica ou injeção intravascular, que 
podem acarretar em complicações graves como necrose. 
 
 
Fonte: http://ww1.anatomy-bodychart.us/ 
http://ww1.anatomy-bodychart.us/?sub1=7b4203b8-cf76-11e9-8d63-9de0572abd91
 www.inaesp.com.br 
 
 
6 
Nervos 
 
O nervo trigêmeo (5° nervo craniano) é responsável pela informação 
sensitiva da face até o cérebro (enviam mensagens dos dentes, gengivas, lábios, 
palato, olhos, glândulas lacrimais, pálpebras, pele do rosto e couro cabebulo) e 
também controla os músculos envolvidos na mastigação. É composto por três 
ramos: oftálmico, maxilar e mandibular. 
O nervo facial (7° nervo craniano) é responsável pelo controle dos 
músculos da expressão da face, pela sensação gustativa dos dois terços 
anteriores da língua (percepção de sabor), conduz as fibras parassimpáticas para 
as glândulas submandibular e sublingual através do nervo corda do tímpano e do 
gânglio submandibular e também das glândulas lacrimais através do gânglio 
esfenopalatino. É composto por cinco ramos: temporal, zigomático, bucal, 
mandibular e cervical. 
A compressão de uma artéria que nutre o nervo ou mesmo uma lesão 
causada por perfuro cortantes pode provocar neuralgia, perda de sensibilidade e 
até paralisia parcial. 
 
Fonte: https://pt.slideshare.net/https://pt.slideshare.net/FernandaLatronico1/7-zonas-faciais-de-perigo
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7 
SÍNTESE 
 
O conhecimento em anatomia facial é fundamental para que o profissional 
trabalhe com segurança e menor risco de intercorrências e complicações graves 
que os procedimentos de toxina botulínica, preenchimento facial e fios de 
sustentação podem provocar. Entender a importância de cada estrutura da 
anatomia facial representa para a boa execução dos procedimentos, minimiza 
todo evento adverso e necessidade de intervenções corretivas. 
 
Introdução e Fatores do Envelhecimento Cutâneo 
 
O envelhecimento cutâneo é um processo contínuo que afeta a função da 
pele e aparência. Neste processo, ocorre a modificação do material genético e a 
proliferação celular diminui, resultando em perda da elasticidade, diminuição do 
metabolismo e da replicação dos tecidos. Uma das principais razões apontadas 
pelos pesquisadores como, responsável pelo processo de envelhecimento é o 
desequilíbrio do mecanismo de defesa antioxidante do organismo humano. 
O processo de envelhecimento cutâneo compreende a uma série de 
modificações que atuam em conjunto, resultando em várias alterações na 
arquitetura facial diminuindo progressivamente a capacidade de homeostase do 
organismo, resultantes de fatores intrínsecos e extrínsecos. 
O envelhecimento intrínseco pode também ser chamado de verdadeiro ou 
cronológico, sendo aquele já esperado e inevitável. As alterações desse 
envelhecimento estão diretamente ligadas ao tempo de vida do ser humano. 
Ocorre por fatores genéticos e mudanças hormonais (menopausa), gerando 
atrofia da pele, ressecamento, flacidez, alterações vasculares, rugas e diminuição 
da espessura da pele. 
Já o extrínseco pode ser denominado também de fotoenvelhecimento, no 
qual as alterações surgem em longo prazo e se sobrepõe ao envelhecimento 
intrínseco. Esse processo ocorre tanto em decorrência à exposição solar e a ação 
dos raios ultravioleta, quanto por hábitos alimentares e vícios (fumo, álcool e/ou 
drogas ilícitas). O processo de fotoenvelhecimento é decorrência da radiação UV, 
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8 
a qual propicia a formação de radicais livres no organismo, causando um estresse 
oxidativo, alterando o metabolismo, que por consequência favorece a degradação 
das fibras de colágeno e elastina, gerando um envelhecimento precoce, 
aumentando também as chances de lesões malignas ou não. 
Podemos, então, citar como principais fatores do envelhecimento 
extrínseco: 
• Condições climáticas: calor, frio, vento e baixa umidade podem afetar a 
pele. Todos esses fatores tem efeito de ressecar a pele. 
• Posições ao dormir: promovendo danos mecânicos e enrugando certas 
áreas do rosto. Por exemplo: pessoas que dormem de lado podem desenvolver 
linhas do lado do rosto sobre o qual elas dormem. 
• Expressão facial: sulcos e pregas são consequências das mímica e se 
originam especialmente por contrações exageradas dos músculos superficiais. 
Rugas profundas podem se desenvolver por causa dessas contrações musculares 
repetidas e habituais. Sorrir também cria linhas de expressão. 
• Álcool e cigarro: pessoas que bebem muito e fumam terão algumas 
deficiências, como, por exemplo, de vitamina B. A falta desta vitamina pode 
ocasionar pele mais fina e seca, a qual é facilmente danificada e não cicatriza 
bem. Fumantes terão ainda uma pele mais amarelada, com mais rugas. Estes 
efeitos são causados pela nicotina que retarda o crescimento das células na pele 
e reduz seu suprimento de sangue. A pele do fumante se cicatrizará mais 
lentamente que a do não fumante. É frequente a associação entre alcoolismo e 
aparecimento de telangectasias no terço médio da face. 
O envelhecimento não pode ser avaliado por rugas exclusivamente, porém, 
estas, com certeza demonstram o início do processo. Além deste fator podemos 
observar também a perda do viço e alteração da tonalidade da pele, diminuição 
da elasticidade devido à redução do número de fibras elásticas e de outros 
componentes do tecido conjuntivo. Esteticamente, o processo de envelhecimento 
cutâneo é bastante significativo. As agressões externas danificam o manto 
hidrolipídico e o fator natural de hidratação da pele, deixando por consequência a 
pele desprotegida, acelerando o processo de envelhecimento, causando perda e 
reposicionamento da gordura facial, gerando o aparecimento de rugas. 
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9 
Podemos observar também algumas outras alterações morfológicas no 
processo de senescência: 
• Diminuição da substância fundamental (proteínas); 
• Engrossamento das fibras colágenas e uma alteração nas fibras elásticas; 
• Atrofia do tecido adiposo cutâneo; 
• Atrofia muscular; 
• Diminuição das glândulas sebáceas em número e função; 
• Camada córnea fica mais permeável; 
• Atrofia dos melanócitos; 
• Perda óssea. 
O rejuvenescimento facial mudou do simples apagamento de rugas e 
estiramento cirúrgico para um enfoque em que se faz o relaxamento muscular e 
volumização com restauração do contorno facial. 
 
SÍNTESE 
 
O processo de envelhecimento humano não é estático. Além dos principais 
fatores biológicos que determinam as características desse envelhecimento, 
existem fatores externos que podem modificá-lo. Didaticamente, denomina-se 
envelhecimento intrínseco o processo biológico e extrínseco aquele causado por 
fatores ambientais. 
Os sinais clínicos mais característicos dos efeitos ambientais sobre o 
envelhecimento cutâneo são presença de rugas e aprofundamento de vincos 
faciais. 
 
 
 
 
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10 
TOXINA BOTULÍNICA 
 
- Conhecer sobre a legislação, conceito, efeitos e mecanismos de ação da toxina 
botulínica. 
- Saber as indicações para esse tratamento, como realizar avaliação clínica, 
conhecer as contraindicações e como realizar as aplicações. 
 
Histórico 
 
A pesquisa sobre botulismo existe há muito tempo: 
• 1817: Dr. Justinus Kerner na Alemanha, publicou os primeiros estudos 
sobre botulismo. 
• 1895: Emile Pierre van Ermengem descreveu a bactéria anaeróbica 
causadora do botulismo Clostridium botullinus, que produz a toxina botulínica, 
denominada “o mais venenoso dos venenos”. 
• 1920: Herman Sommer nos Estados Unidos isolou a toxina botulínica tipo 
A. Seu trabalho foi feito na Universidade da Califórnia. 
• 1920: Edward J. Schantz nos Estados Unidos, continuando o trabalho de 
Herman, purificou a toxina tipo A na forma cristalina. 
• 1950: Vermon Brooks descobriu que a forma cristalina da toxina bloqueava 
a liberação de acetilcolina, com paralisia temporária dos músculos. 
• 1970: Alan Scott observou a melhora do estrabismo do macaco com o uso 
da toxina botulínica. O FDA (Food andDrugAdministration) liberou o uso da 
medicação, em caráter experimental, para um grupo de pesquisadores em todo o 
mundo orientados pelo próprio Alan Scott. 
• 1989: Estados Unidos libera o uso da toxina para tratar estrabismo e 
blefaroespasmos. 
• 1994: o casal de médicos canadenses Alascair e Jean Carruthers 
apresentou trabalhos para uso da toxina botulínica na Medicina Estética. 
 
 
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11 
 
Conceitos e Tipos de Produto 
 
O uso da toxina botulínica a partir de 1994 veio revolucionar a Medicina 
Estética, pois é um procedimento simples, rápido e se trauma, além de apresentar 
melhora no rejuvenescimento facial entre dois a quatro dias, com duração de três 
a seis meses e também devido aos resultados positivos que trouxe no tratamento 
das rugas, entre outros. O procedimento ambulatorial e a rapidez do resultado que 
minimiza o grau de ansiedade do paciente pós-tratamento e seu usopreventivo 
contra rugas são algumas das vantagens dessa terapêutica. É um procedimento 
relativamente simples, porém requer cuidados específicos. 
O Clostridium botulinum produz oito tipos diferentes de neurotoxina, A, B, 
C, C2, D, E, F e G, que são sorologicamente distintas embora possuam estrutura 
e função semelhantes. Atualmente estão disponíveis comercialmente os sorotipos 
A e B. 
No mercado brasileiro encontramos várias marcas de toxina botulínica, 
sendo as mais conhecidas, das que contêm Clostridium botulinum tipo A, as 
seguintes marcas: Botox®, Prosigne®, Dysport®, Botulifit®, Xeomin® e Botulim®. 
 
Mecanismo de Ação 
 
A toxina botulínica tipo A é a mais utilizada por ser mais ativa. É um agente 
paralisante neuromuscular. O complexo toxina-hemaglutinina tipo A de 
Clostridium botulinum bloqueia a transmissão periférica colinérgica na junção 
neuromuscular pela ação pré-sináptica no local proximal à liberação de 
acetilcolina. 
Seu mecanismo de ação é agir dentro dos terminais nervosos, 
antagonizando os eventos que são iniciados através de Ca2, que culminam na 
liberação do transmissor. 
Essa neurotoxina atua por inibição da liberação da acetilcolina (um 
neurotransmissor químico) nas terminações e junções musculares e é obtida e 
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12 
purificada em laboratórios através de um complexo processo de reações químicas 
e sucessivas filtragens. 
Em várias etapas, ela adere rapidamente à membrana do nervo pré-
sináptico, depois atravessa a membrana pré-sináptica e posteriormente inibe a 
liberação de acetilcolina, provocando a paralisia (Figuras A e B). 
 
 
Fonte: https://www.fillerbotox.it/ 
 
Isso se dá pelo bloqueio do impulso nervoso, provocando a 
despolimerização da membrana muscular, o que evita a contração muscular, pois 
a toxina botulínica liga-se à membrana neuronal na terminação nervosa em nível 
de junção neuromuscular, e desloca-se para o citoplasma do terminal axônico, 
onde bloqueia a transmissão sináptica excitatória, provocando paralisia flácida. 
Seu mecanismo de ação varia de pessoa para pessoa, levando horas, até dias, 
para completar a sua ação. O mesmo ocorre com a recuperação da transmissão 
de impulso. 
Durante meses, novos terminais nervosos se desenvolvem com formação 
de novos centros neuromotores, levando de dois a seis meses, quando começa 
toda a contração muscular, esse processo chama-se rebrotamento. 
Embora a toxina botulínica efetivamente interfira na transmissão nervosa 
colinérgica, bloqueando a liberação da acetilcolina, ela não afeta a síntese ou 
armazenamento desse neurotransmissor ou a condução dos sinais elétricos ao 
longo da fibra nervosa. A evidência também indica que a desnervação química 
provocada pela toxina estimula o crescimento de brotamentos axonais laterais, 
ocorrendo um restabelecimento, ou seja, um desses brotamentos nervosos 
estabelece uma nova junção neuromuscular. 
 
https://www.fillerbotox.it/
http://www.youtube.com/watch?v=z34dRfS9t_U
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13 
Indicações e Contraindicações 
 
A toxina botulínica é indicada para tratar marcas formadas pelas 
expressões faciais, como as linhas da testa, que aparecem quando franzimos e 
levantamos a região, os famosos pés de galinha - causados pela contração do 
músculo orbicular que ocorre quando sorrimos ou ficamos expostos à claridade, e 
os vincos entre as sobrancelhas que aparecem quando franzimos a testa, 
aproximando uma sobrancelha da outra. 
Dentre as contraindicações da toxina botulínica, verificar se o paciente em 
questão apresenta alergias a algum dos componentes da toxina e se faz uso de 
alguma medicação que influirá no resultado. Aminoglicosídeos, penicilaminas e 
succinilcolina, por exemplo, podem potencializar o efeito da toxina, ao passo que 
bloqueadores de canal de cálcio, quinolonas, repositores hormonais podem 
abreviar seu efeito. 
Pacientes com patologias de transmissão neuromuscular, como miastenia 
gravis e síndrome de Lambert-Eaton, entre outras, não devem ser tratados com 
toxina botulínica. 
Ainda deve-se considerar: gravidez ou lactação, infecção no local da 
aplicação, quaisquer problema com injeção nos músculos, inflamação nos 
músculos ou área da pele onde se pretende injetar, fraqueza significativa ou 
flacidez no(s) músculo(s) que se pretende aplicar, presença de glaucoma, 
cirurgias ou lesões na cabeça e pescoço ou ainda cirurgias marcadas para um 
futuro próximo. 
O procedimento no pré-tratamento deve ser avaliado também por fotos do 
paciente em mímica espontânea e forçada para comparação posterior. Pode-se 
pedir para que se assine um termo de consentimento e concordância com o 
procedimento, após ele estar informado sobre todo tratamento. 
Desaconselha-se como tratamento único de rugas já marcadas com a face em 
repouso, pois se mostra ineficiente para esse fim. 
A resposta de cada paciente à toxina pode variar, dependendo do modo 
como o profissional administra o tratamento, com que frequência são feitas as 
aplicações, quais músculos são injetados e a ligeira diferença de potência das 
toxinas em cada frasco / marca. 
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14 
Caso as aplicações forem administradas com pouco intervalo ou a dose for 
muito elevada, poderá desenvolver anticorpos que poderão reduzir a eficácia do 
tratamento. 
 
Cuidados Pós Aplicação, Efeitos e Complicações 
 
Antes de iniciar a aplicação, recomenda-se lavar o rosto do paciente com 
sabonete neutro e água, em seguida passar um antisséptico. Pode-se aplicar 
anestésico tópico. Pode se aplicar as injeções com o paciente deitado ou sentado. 
 
Cuidados pós aplicação: 
- Não é recomendado usar antiinflamatórios 
- Não abaixar a cabeça ou deitar por no mínimo 4 horas 
- Não usar maquiagem (somente no dia seguinte) 
- Não tomar sol 
- Não manipular ou massagear a área tratada 
- Não praticar exercícios físicos ou atividades intensas no dia da aplicação 
 
Efeitos e Complicações: 
- Urticária 
- Ardor 
- Edema e eritema no local da aplicação 
- Assimetria 
- Hipersensibilidade imediata 
- Ptose palpebrar, dispneia e anafilaxia (casos extremos), dificuldade em fechar 
completamente o olho, excesso de lágrimas e irritação que envolve secura ocular 
e sensibilidade à luz. 
- Não deve fazer o retoque da toxina antes de 15 dias da aplicação. 
OBS:Após muitas aplicações de toxina botulínica pode haver resistência à 
substância. Orienta-se que após dois anos de aplicação de toxina, a cada seis 
meses seja suspenso o uso por um ano, para evitar à resistência a toxina. Com o 
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15 
uso continuado cerca de 5% dos pacientes podem não responder mais à ação da 
toxina. 
Doses e Diluições 
 
As toxinas botulínicas são o agente causal da doença botulismo, um tipo 
potencialmente fatal de envenenamento alimentar. A dose letal dessas 
neurotoxinas é 10-9 g/kg de peso corporal. Para um homem adulto, a dose letal 
seria de aproximadamente 25 a 35 frascos de toxina botulínica tipo A com 100U 
cada. 
• Dose estética: 25 a 50 unidades 
• Dose letal: 3000 a 3500 unidades 
Diluição: 
 
Cada seringa de insulina contém 1mL, graduada em 100U (unidades), mas 
o que importa é que contém 50 traços, e é com esse dado que iremos trabalhar: 
seringa de 1,0mL com 50 traços. 
 
Marcas: Botox®, Prosigne®, Botulifit® e Botulim® - frasco de 100U diluído com 
2,0mL de SF (soro fisiológico) 0,9%; cada seringa de insulina terá 50U e cada 
traço contém 1,0U de neurotoxina. 
 
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16 
Marcas: Dysport® - frasco de 500U (PME) diluído com 3,0mL de SF 0,9%; cada 
seringa de insulina terá 50U (PMA) ou 166U (PME), e cada traço contém 1,0U 
(PMA) de neurotoxina.Cuidados com o preparo e armazenamento: adicionar o SF (soro fisiológico) 
lentamente, sem turbilhamento ou formação de bolhas. A solução reconstituída 
deve ser armazenada sob refrigeração entre 2°C e 8°C. 
Aplicação: 
 
A aplicação é feita através de injeção intramuscular no local onde se quer 
fazer a paralisia. Após a injeção, a toxina produzirá atrofia das fibras musculares 
pelo período de quatro semanas. Após quatro meses ou mais, o processo se 
normaliza e a placa da junção neuromuscular retoma atividade. 
 
Fonte: Netter, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 
2000. 
 
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17 
 
Figura 1: Exemplos de pontos de aplicação de toxina botulínica. 
 
SÍNTESE 
 
A utilização da toxina botulínica veio revolucionar a medicina estética e 
pode ser considerado atualmente um dos procedimentos estéticos mais 
procurados por pacientes que desejam suavizar linhas de expressões dinâmicas. 
A toxina botulínica tem como mecanismo de ação o seu efeito paralisante 
neuromuscular através de injeções intramusculares realizadas no músculo que 
deseja obter a paralisia e assim a correção estética. O profissional deve ter 
conhecimento das indicações e contraindicações citadas, para que se possa evitar 
complicações. 
 
 
 
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18 
PREENCHIMENTO FACIAL 
 
Histórico 
 
A história dos implantes modernos objetivando o aumento tecidual inicia-se 
no século XIX. Médicos têm procurado por um material bioinjetável ideal desde os 
primeiros estudos com parafina em 1899. 
Nos últimos 20 anos, vários métodos para preenchimento de rugas faciais 
têm surgido no campo dos tratamentos estéticos. Até o presente momento, duas 
categorias de implantes estão disponíveis para utilização: os implantes 
biodegradáveis, de origem animal, biológica ou sintética, que são reabsorvidos 
pelo organismo hospedeiro; e os implantes não biodegradáveis e permanentes, 
de origem sintética. 
 
Conceito e Tipos de Produto 
 
O uso dos preenchimentos veio proporcionar uma solução rápida para as 
rugas faciais. As características físico-químicas de cada material utilizado com o 
propósito de preenchimento tecidual certamente influenciarão a estabilidade, a 
biocompatibilidade e o tempo de permanência no tecido hospedeiro, bem como 
as diferenças na apresentação e no manuseio. 
O gel de ácido hialurônico injetável é um dos mais novos biomateriais 
desenvolvidos para o preenchimento de partes moles. O ácido hialurônico não 
animal estabilizado (NASHA, non-animal stabilizedhyaluronicacid) é um implante 
biosintético temporário, composto de polissacarídeo que não só está presente em 
todos os organimos vivos, como também é idêntico em todas as espécies e tipos 
de tecidos. 
Existem diversas marcas desse tipo de preenchedores no mercado, que 
diferem entre si em vários aspectos: pureza da matéria-prima, processo de 
fabricação, concentração de AH, presença e grau de reticulação e capacidade de 
oferecer volume e resistência à degradação (enzimas e radicais livres). Tais 
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19 
aspectos podem desempenhar importante papel no comportamento desses 
materiais durante e após a injeção. 
A reologia é o ramo da física que estuda como os materiais se comportam 
em resposta às forças aplicadas. Com base nesses dados, para um preenchedor 
à base de AH, o ato de passar por agulha e seringa e se manter intacto é prova 
de boa estabilidade reológica. A hialuronidase é enzima que atua sobre o ácido 
hialurônico presente na matriz extracelular, através da quebra da ligação entre o 
ácido glucurônico e a N-acetilglucosamina. Os preenchedores à base de AH 
podem ser classificados em: com reticulação (crosslink), quando contêm 
substâncias geradoras de ligações intermoleculares que aumentam a estabilidade 
e durabilidade clínica do implante; e sem crosslink, ou seja, sem essas 
substâncias estabilizadoras. Existem dois tipos de AH reticulados com 
características distintas: mono e bifásicos. Os monofásicos constituem mistura 
homogênea de AH de alto e baixo peso molecular, são fáceis de injetar e se 
classificam em monodensificados (mistura de AHs e reticulação em única etapa) 
ou polidensificados (AH reticulado com acréscimo de reticulação em segunda 
etapa). Os bifásicos são heterogêneos porque têm partículas de AH reticulado 
dispersas em veículo (AH não reticulado) que atuam como lubrificante, permitindo 
que a suspensão passe através de uma agulha fina. 
A estrutura físico-química de um preenchedor e suas propriedades 
reológicas são relevantes porque podem ajudar a determinar como essas 
substâncias se comportam durante e após suas respectivas aplicações. Duas 
importantes propriedades reológicas que podem ser quantificadas são: 
viscosidade complexa e módulo elástico. Durante a injeção, a viscosidade 
complexa se refere à maneira como o preenchedor flui a partir da agulha, ou seja, 
à capacidade da fase fluida em resistir às forças de cisalhamento, enquanto o 
módulo elástico se relaciona com a capacidade de resistir à deformação enquanto 
está sendo injetado. Depois de injetado, a viscosidade complexa e o módulo 
elástico influenciam o modo como o preenchedor resiste às forças de tensão da 
pele causadas pelo movimento facial. Um preenchedor com alto valor de módulo 
elástico tem maior capacidade de resistir às alterações de forma. O módulo 
elástico de um preenchedor é influenciado por seu grau de crosslink e por sua 
concentração, sendo tanto maior quanto mais elevados forem esses parâmetros. 
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20 
A reticulação cria pontes intermoleculares de carbono para dificultar a ação da 
hialuronidase endógena, o que produz, então, um material com maior longevidade 
e propriedades viscoelásticas. Os preenchedores com maior concentração têm 
maior capacidade de expansão de volume e podem estar associados ao 
prolongamento na duração de seu efeito. Concentrações iguais ou superiores a 
20mg/mL são consideradas ideais. 
 
Mecanismos de Ação 
 
O ácido hialurônico possui propriedades de transporte do corpo, dando 
volume à pele, forma aos olhos e elasticidade às articulações. Na pele, as 
moléculas de ácido hialurônico, já estabilizadas, são injetadas na derme para 
corrigir rugas estáticas e tratar o contorno facial. Após sua aplicação, o ácido liga-
se à água e suas partículas aumentam de volume. O oxigênio, a glicose e outros 
nutrientes podem passar livremente entre suas partículas, não modificando a 
estrutura da pele. 
Segundo seus fabricantes, este ácido sofre uma degradação isovolêmica, 
ou seja, quanto menos concentrado se torna o gel, mais água se liga a cada 
molécula. É produzido biossinteticamente por fermentação bacteriana, 
desaparece sem deixar resíduo e pode ser esterilizado. Suas partículas podem 
ser fabricadas de diferentes tamanhos, mas com a mesma concentração de 
20mg/ml. Quanto menor sua partícula, mais superficial deve ser sua aplicação. 
Para se obter o aumento de tecido desejado, o implante deve ter um suporte por 
parte da matriz do tecido circunvizinho. Assim, é necessário adequar o tamanho 
da partícula injetável à densidade da matriz do tecido, que se modifica 
dependendo da profundidade da derme. Seu efeito é de aproximadamente 6 a 12 
meses, dependendo do local da aplicação e da estrutura da derme. Sua presença, 
porém, pode ativar e nutrir as moléculas de colágeno na região tratada. 
Contudo, a indústria farmacêutica já apresenta preenchedores de maior 
durabilidade, como, por exemplo, o Varioderm®, Hialurox®, Rennova®, 
Princess®, Restylane®, entre outros, que possui apresentações comerciais 
distintas para utilizações específicas (rugas superficiais, profundas e sulcos,www.inaesp.com.br 
 
 
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derme profunda e para planos extradérmicos). O tempo de duração dos resultados 
varia entre 06 e 18 meses e, após esse período, o produto será absorvido graças 
à degradação enzimática promovida pela área hospedeira. 
 
Indicações e Contraindicações 
 
O preenchimento é recomendado para a correção do código de barras, 
formado pelas ruguinhas que contornam a boca e aparecem quando fazemos 
biquinho e do famoso bigode chinês (linha de expressão que parte do nariz, 
contorna a boca e pode chegar até o queixo). Além disso, o procedimento é 
indicado para combater marcas profundas ao redor dos olhos, arquear as 
sobrancelhas, recuperar o volume das maçãs do rosto e para tratar os olhos 
fundos, que dão o aspecto de olheiras. 
Em relação às contraindicações, o preenchimento não deve ser feito por 
mulheres grávidas ou em lactação ou por pessoas que sofrem de doenças auto-
imunes ou estiverem com inflamação ou infecção na área a ser tratada. 
O preenchimento não é recomendado para casos de flacidez e excesso de pele. 
Ele não substitui o lifting facial (plástica), indicado nestes casos, mas sim 
complementa esse tipo de cirurgia. 
Registro fotográfico também é importante para fazer a comparação antes e 
depois da aplicação. 
 
Cuidados na Aplicação e Pós Tratamento 
 
Antes de iniciar a aplicação, recomenda-se lavar o rosto do paciente com 
sabonete neutro e água, em seguida passar um antisséptico. Pode-se aplicar 
anestésico tópico. 
 
Cuidados pós aplicação: 
- Não é recomendado usar anticoagulantes como ácido acetil salicílico, vitamina 
E eantinflamatórios. 
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- Não usar maquiagem (somente no dia seguinte) 
- Não tomar sol 
- Não manipular ou massagear a área tratada 
- Não praticar exercícios físicos ou atividades intensas no dia da aplicação 
 
Efeitos e Complicações: 
- Urticária 
- Ardor 
- Edema e eritema no local da aplicação 
- Assimetria 
- Hipersensibilidade imediata 
- Não deve fazer o retoque do preenchimento antes de 7 dias da aplicação 
 
Doses de aplicação 
 
A seringa de preenchimento facial já vem pronta para uso. Observar se o 
produto não está turvo e/ou com presença de alguma partícula. 
 
Cuidados com o preparo e armazenamento: escolher a cânula ou agulha ideal 
para a aplicação. Armazenar o preenchimento em temperatura ambiente, ao 
abrigo da luz, calor e umidade. 
 
Aplicação: 
 
A aplicação realizada é dérmica profunda à supraperiósteo, na qual é inserida a 
agulha toda num ângulo aproximado de quase 0° ou 90° e vai retirando a mesma 
e aplicando como retroinjeção. A aplicação também pode ser por bolus, com 
utilização de agulhas ou cânulas. 
 
SÍNTESE 
 
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23 
A utilização do preenchimento a base de ácido hialurônico promove 
correções de linhas estáticas imediatamente após a sua aplicação, quando bem 
executado é uma técnica segurada e que vem sendo muito procurada por 
promover melhora estética, volumização e pequenas correções de assimetrias. É 
importante que o profissional tenha conhecimento do mecanismo de ação, do tipo 
de produto e o correto plano de aplicação, evitando assim intercorrências e 
complicações graves. 
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FIOS DE SUSTENTAÇÃO 
 
Histórico e Conceito 
 
A história do uso de fio de sutura é muito antigo, datando 2000 A.C. 
utilizados no Egito e na Síria; além disso, Hipócrates também mencionou em seus 
escritos os fios de sutura. Inicialmente a sutura era produzida da pele e do 
instestino de cordeiros. 
A China antiga também relata o uso de suturas, utilizando um fio fino 
embebido com ativo medicinal para inserção através de acupuntura. 
Anos se passaram e a utilização dos fios de sustentação em tratamentos de 
estética ganhou força por volta do ano 2000, com a utilização dos fios 
permanentes (russo, farpado, búlgaro e ouro), porém os diversos efeitos colaterais 
e complicações pós-colocação, acabaram por levar profissionais a abandonarem 
a técnica. 
Porém, a necessidade de oferecer procedimentos cada vez menos 
invasivos e sem grandes intervenções cirúrgicas, que oferecessem maior 
segurança e que sustentam o tecido flácido e não provocam efeitos colaterais 
menores, surgiu então o fio absorvível. 
O fio de polidioxanona (PDO) é uma substância sintética biodegradável já 
utilizada há mais de duas décadas por médicos em suturas. 
Os fios de sutura de PDO são multifilamentos estéreis sintéticos absorvíveis 
obtidos a partir da polimerização de monómero dioxanona. Essa sutura dá suporte 
a cicatrização por longo período, em comparação a outras suturas absorvíveis e 
também possui resistência a tração muito superior e boa flexibilidade. 
Quanto a legislação, todo fio utilizado para finalidade estética deve ter 
registro na Anvisa. O fio de polidioxanona (PDO) é um fio absorvível e promove 
bioestimulação de colágeno no tecido. 
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Tipos de Fios 
 
Disponível no mercado, podemos ter os fios espiculado (farpado) e os fios 
lisos, como característica geral: 
 
Fio Liso tipo Mono: fio de filamento único, tem excelente efeito de tensão 
imediato, proporcionado por sua espessura. Tem um efeito mais longo, pois sua 
absorção ocorre de forma mais lenta (mais grosso). 
 
 
 
Fio Liso tipoTwin: fio duplo ou triplo trançado. Na derme há uma separação do 
fio, que se apresenta em redes, ocasionando uma maior produção de colágeno, 
elastina e AH, pois há uma maior área da derme em contato com os fios. 
 
 
 
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Fio Liso tipo Screw (Parafuso): este fio que apresenta Cordéis em parafuso é 
feita de dois segmentos torcidos em torno um do outro e enrolados como uma 
mola, destinada a recuar para a sua posição inicial após o tratamento, produzindo 
um efeito de puxar como uma banda de borracha para proporcionar uma forte 
elasticidade e em direção natural (longitudinal ao fio). 
 
 
Fio Espiculado / Farpado: esta sutura apresenta um segmento de maior calibre 
com a superfície de sua extensão farpada. Na colocação já exerce tração, 
promovendo efeito lifting. 
 
 
 
O fio liso pode ser colocado por cima do fio farpado (espiculado). O fio de PDO 
polifilamentado espiculado/farpado, além de provocar formação de tecido 
cicatricial, imobiliza suavemente através da própria tração física, os finos 
músculos envolvidos no aparecimento de rugas, principalmente na região ao redor 
dos olhos. Os fios ancorados podem ser também unidirecional ou bidirecional, no 
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qual a própria direção das espiculas ou farpas imobiliza ou “ancora” o fio entre os 
tecidos. 
 
Mecanismo de Ação 
 
A inserção de múltiplas agulhas terapêuticas com fio absorvível na região 
da face, provocando uma reação inflamatória tecidual limitada, estimulando a 
produção tecidual de colágeno, permanência temporária do material absorvível, 
além de obter efeito não cirúrgico na redução de flacidez da pele facial. 
Logo após a inserção do fio na derme ou subderme, começa um processo 
gradativo imunológico do tecido vizinho acompanhado de hidrólise na 
desintegração do corpo estranho (sutura). Essa absorção por hidrólise se 
completa em 7 a 9 meses e no lugar da sutura é formada um tecido cicatricial, 
composto de fibrina, elastina e colágeno. A duração do efeito benéfico do fio de 
sutura é estimada entre 18 a 24 meses. 
Como o fio é biodegradável, portanto absorvido, vai estimular as células 
circundantes para produzir mais colágeno. Estas células de colágeno recém-
gerados em torno dos fios ajudará a apoiar a derme, atuando como fibra flexível 
paraproduzir efeito reafirmante de longa duração da pele entre 6 a 12 meses (em 
media 8 meses). 
A polidioxanona possui uma maior proporção de absorção sem efeitos 
colaterais, sendo a mais eficaz na regeneração de tecidos e de colágeno, que é 
absorvido pelo sistema linfático humano. 
 
Indicações e Contraindicações 
 
As indicações para cada tipo de fio são: 
 
Fios Lisos: indicado para flacidez leve a avançada do rosto, flacidez das bolsas 
infraorbitárias, rugas periorbitárias, melhora do sulco nasogeniano, rugas frontais, 
dorso nasal, redução de flacidez e pregas no pescoço, tratamento da linha de 
marionete, flacidez de sobrancelhas, contorno dos lábios, melhora da textura da 
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pele, melhora da luminosidade da pele. Fios lisos: mono, twin (gêmeo duplo ou 
triplo), screw (parafusos). 
 
Fios Espiculados (farpados): indicado para flacidez leve ou média do rosto, 
tratamento de bolsas mandibular, redução de flacidez e pregas do pescoço, 
tratamento de sulco nasogeniano, tratamento de linhas de marionete, flacidez das 
sobrancelhas, assimetria facial. 
Os fios não devem ser feitos por mulheres grávidas ou em lactação, 
pacientes portadores de descraseias sanguíneas (anemia, coagulopatias, etc), 
pacientes que estão em tratamento que comprometam a coagulação sanguínea 
(uso habitual de AAS), uso habitual de anti-inflamatório do grupo Ibuprofeno 
(acelera a absorção do fio), lipoatrofia facial, hipotonicidade cutânea, 
esclerodermia, dermatomiosite, cútis laxa (doença do tecido conjuntivo), doenças 
ou infecções agudas ou crônicas da pele, doenças autoimune, cicatrizes no rosto, 
gravidez, epilepsia, predisposição a formar queloides ou hipertrofia cicatricial, 
pacientes portadores de hepatite B, C e HIV, pacientes obesos (pequeno benefício 
aparente). 
 
Cuidados Pós Aplicação, Recomendações e Complicações 
 
Antes de iniciar a aplicação, recomenda-se lavar o rosto do paciente com 
sabonete neutro e água, em seguida passar um antisséptico. Pode-se aplicar 
anestésico tópico. Pode se aplicar os com o paciente deitado ou semi-sentado. 
 
Recomendações 
 
- Imediato pós-procedimento: assepsia, compressas frias, solicitar que o 
paciente evitem uso de cremes que contenham ácidos durante 3 semanas, evitar 
qualquer procedimento de rejuvenescimento facial por 3 a 4 semanas, evitar 
procedimentos fototerapêuticos durante 6 a 8 semanas ou mais. 
- Cuidados Homecare: paciente deve evitar contato direto com sol nos primeiros 
dias, não tomar ibuprofeno (acelera absorção do fio), evitar banhos muito quentes 
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nos primeiros dias, evitar massagear o rosto durante as 3 primeiras semanas, 
evitar ingesta de bebida alcoólica durante os primeiros 7 a 10 dias, evitar vitaminas 
C e E durante 10 dias (reduzem coagulação sanguínea), evitar comer alho ou 
Ginkgo nos primeiros 10 dias, evitar atividades esportivas durante primeiros 10 
dias, evitar abrir excessivamente a boca durante os primeiros 7 a 10 dias, evitar 
procedimentos odontológicos, nos primeiros dias, o paciente deve dormir em 
posição semi sentado ou com a cabeça erguida (para reduzir o edema) e evitar 
dormir de lado, paciente deve aplicar compressas frias de 4 em 4 horas, durante 
o dia utilizar bloqueador solar FPS acima de 70, passar Hirudoid®, Trombofob® 
ou extrato de arnica em caso de hematoma a cada 8 horas na região. 
 
Complicações: 
 
Dentre as complicações após a inserção dos fios, podemos citar: dor ao 
palpar, formação de equimose ou hematoma, prurido persistente, assimetria, 
extrusão, inserção muito superficial ou muito profunda do fio, lesão parcial ou 
completa de um ramo de nervo motor ou sensorial, infecção ou causas de pele 
ondulada. 
 
 Inserção dos Fios 
A quantidade de fios e os tipos vão depender da área a ser tratada e da 
necessidade da paciente. 
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Os fios indicados para estimulação de miofibroblastos e colágeno tipo I e III 
são: fios lisos mono ou twin nas medidas HD 30G-3cm, HD 29G-4cm, HD 26G-
6cm, HD 27G-6cm e HDTW 27G-4cm. 
Os fios indicados para maior estimulação de colagenase: fios lisos screw 
(parafusos) nas medidas HDS 27G-4cm, HDS 27G-5cm, HDS 25G-6cm, HDS 
27G-6cm e HDTWS 25G-9cm. 
Os fios indicados para formação de colágeno de maior intensidade e 
tracionamento intenso (pois possuem espiculas helicoidais projetadas a 360° em 
4D) são: fios espiculados (tração), sendo nas versões agulhado nas medidas 
HMC-FC-23-03, HMC-FC-23-05, HMC-FC-21-04 e HMC-FC-21-05 e nas versões 
canulados nas medidas HMC-FCL-21-03, HMC-FCL-21-05, HMC-FCL-19-01 e 
HMC-FCL-19-06. 
 
Cuidados com o armazenamento: os fios devem ser armazenados sob 
refrigeração entre 2°C e 8°C. 
 
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Aplicação: 
 
A aplicação é feita através de inserção do fio pela agulha/cânula em derme 
média. 
 
SÍNTESE 
 
É um procedimento minimamente invasivo, reação inflamatória localizada, 
resistente a infecções bacterianas, redução de rugas finas quase imediata (10 a 
15 dias após a inserção dos fios), produção de colágeno endógeno a partir da 
segunda semana após inserção, mínima permanência dos fios (6 a 8 meses) e 
não causa efeito irreversíveis, mínimo tempo de recuperação, não deixa cicatrizes 
visíveis, não necessita reparos especiais, pode ser usado com segurança em 
todos os fototipos, pode ser aplicado no consultório. 
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INTERCORRÊNCIAS E TRATAMENTOS 
 
Dentre as complicações causadas por aplicação com toxina botulínica, 
podemos citar: 
- Reações de hipersensibilidade, como urticárias. 
- Náuseas, sintomas de gripe, fadiga, cefaleia e rash cutâneo. 
- Complicações que ocorrem quando a toxina botulínica atinge um músculo 
adjacente (que não são alvo do tratamento estético), também por migração ou 
difusão, em virtude de aplicações em locais inadequados, a paciente não ter 
respeitado o tempo para deitar ou abaixar a cabeça, erro de técnica, podendo 
causar ptose palpebral, visão dupla, eversão da pálpebra inferior (ectropion), 
assimetria do sorriso (principalmente por aplicação em sorriso gengival e também 
músculo orbicular da boca) e boca seca. 
Para essa reparação, é recomendado utilizar equipamentos que emitam 
calor, como radiofrequência, ultrassom, ou carboxiterapia, pois casos de 
tratamentos com toxina botulínica e aplicações de gás carbônico medicinal 
apresentaram redução muito significativa no efeito paralisante da neurotoxina tipo 
A (observado em pacientes principalmente em região do músculo orbicular do 
olho), utilização de laser de baixa potência em luz vermelha + infravermelho 12 
joules nos pontos onde foi aplicado a toxina botulínica, aplicação de 
microcorrentes na região acometida e também a aplicação a nível intramuscular 
de DMAE injetável, por ser um precursor da acetilcolina, injetando-o no local onde 
realizou aplicação de toxina botulínica. 
 
Intercorrências e Tratamentos de Preenchimento Facial 
 
- Formação de equimose ou hematoma: pode ocorrer quando é injetado em 
uma região ampla, quando é realizada uma técnica em leque muito grande, ou 
quando é atingido um vaso sanguíneo de maior calibre. Sem contar pacientes 
que estão ingerindo medicamentos anti-inflamatórios ou anticoagulantes. O 
sangue extravasado pode migrar para as áreas dependentes, sendo visualizado 
após alguns dias do hematoma inicial. Recomenda-se utilizar agulhas de menor 
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calibre ou cânulas, realizar a aplicação suavemente e solicitar ao paciente (caso 
seja possível, ou seja, se não estiver em tratamento) não ingerir esses 
medicamentosjá citados. A aplicação de gelo após a aplicação de preenchimento, 
de forma leve e sem forte compressão na área tratada pode diminuir o edema e 
hematoma. Tratamento: indicar o uso de pomadas como hirudoid®, trombofob®, 
venalot h® pelo menos 3 vezes ao dia e recomendar não se expor ao sol. 
Geralmente o hematoma se resolve após 7 a 10 dias, dependendo do tamanho 
do hematoma. Alguns outros ativos que podem ajudar na cicatrização e reduzir a 
formação de edemas e hematomas são Arnica montana, vitamina K, bromelina, 
cobre, vitamina A, vitamina C e zinco. 
 
- Formação de volume visível ou palpável: é o acúmulo de preenchedor, 
evidente no momento da aplicação ou logo após o tratamento, é uma complicação 
relacionada à técnica de aplicação e ao volume. Normalmente ocorre por 
colocação de preenchedor muito superficialmente ou de maneira irregular. 
Recomenda-se nesses casos que se faça uma vigorosa compressão na região 
acometida, porém a mesma pode resultar em formação de hematoma. 
Tratamento: caso a compressão vigorosa na região não surta efeito, pode ser 
utilizado hialuronidase na região (inicialmente de 5 a 20 unidades) para a correção 
de volumes com ácido hialurônico. 
 
- Assimetria: resultam de volumes aplicados de maneira desequilibrada ou de 
produto aplicado em pouca quantidade. Essas complicações geralmente ocorrem 
em pacientes que sofrem edema muito rapidamente durante o tratamento, porém 
são relatadas com mais frequência em relação a habilidade do profissional. 
Tratamento: utilizar no local afetado pela assimetria (no caso de excesso de 
volume por AH) pomada de betametasona, 3 vezes ao dia, até que o problema 
seja solucionado. Em casos de pouco volume, deve-se aplicar mais AH, sempre 
respeitando a simetria. 
 
- Efeito Tyndall: descoloração azulada da pele que pode ocorrer com a coloração 
superficial de ácido hialurônico em áreas finas da pele, como sulco nasojulgal. 
Tratamento: compressão, aplicação de hialuronidase. 
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- Migração ou extrusão do preenchedor: pode ocorrer devido massagem 
agressiva após procedimento. Recomenda-se instruir o paciente a não palpar a 
área tratada. A extrusão pode ocorrer logo após o tratamento a partir do ponto de 
inserção da agulha. 
 
- Edema prolongado ou grave: pode ser observado em até quatro semanas após 
o tratamento, e em alguns pacientes sem a associação de sensibilidade, dor ou 
formação de volumes. O edema normalmente é leve, embora evidente. O edema 
prolongado é mais prolongado é mais comum se ocorrer hematoma extenso com 
o tratamento. Recomenda-se utilizar gelo, com leves compressões até a melhora 
do edema. Tratamento: em casos de edemas graves, indicado procurar um 
médico para tratamento com corticóides. 
 
- Eritema prolongado: sem outros sinais associados de sensibilidade, dor, 
formação de volumes ou edema, pode se apresentar como um 
hipervascularização sobre a área tratada com preenchimento cutâneo. 
Tratamento: aplicações de laser podem ser eficazes. 
 
- Hiperpigmentação ou rara possibilidade de hipopigmentação: O eritema 
prolongado pode estimular a hiperpigmentação pós-inflamatória, que pode ser 
tratada com ativos despigmentantes tópicos. 
- Infecção: pode ocorrer infecção como reativação de herpes simples, herpes 
zoster, sempre bom deixar o paciente ciente desta possibilidade. 
 
- Nódulos eritematosos e sensíveis: são tratados como infecções bacterianas, 
podem ocorrer imediatamente após o procedimento ou se desenvolver até um ano 
ou mais após. Tratamento: pode ser injetado hialuronidase, mas em casos 
infecciosos, deve-se procurar um médico para tratar com antibióticos ou até 
mesmo sua excisão. 
 
- Granulomas: são complicações tardias que geralmente se apresentam como 
nódulos dolorosos com ou sem característica flutuante, porém são mais comuns 
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com aplicações de preenchimentos permanentes ou semi-permanentes. 
Tratamento: alguns solucionam sozinhos, outros necessitam de aplicações de 
esteroides e ate extrusão, procedimentos realizados por médicos. 
 
- Isquemia tissular e necrose cutânea: ou suprimento sanguíneo reduzido no 
tecido, é uma complicação potencialmente séria que pode resultar de compressão 
vascular devido ao uso de preenchimento em excesso ou pela aplicação 
intravascular. Normalmente, a isquemia surge como um padrão reticular violáceo 
ou manchas brancas na área afetada, com ou sem dor associada. Pode ser vista 
no momento da aplicação do preenchedor cutâneo ou ser relatada até 6 horas 
após o tratamento. As áreas de alto risco de comprometimento vascular incluem 
(embora não se limitem só a elas): glabela, asa nasal, linha de marionete superior 
e lábios. Tratamento: deve ser tratada com urgência, pois pode progredir para 
uma necrose tissular. Caso ocorra a isquemia, suspenda a aplicação de qualquer 
produto estético na região, tente revascularizar a área com massagem firme e 
vigorosa, aplicar bolsas quentes e também aplicação de hialuronidase na região 
(30 a 50 unidades na área de tratamento e ao longo do curso dos vasos 
sanguíneos). Caso esses procedimentos não sejam eficazes, procurar o mais 
rápido possível um médico. 
 
- Cegueira: causada por embolização da artéria da retina, no tratamento com 
preenchimento na região da glabela. 
 
- Reações de hipersensibilidade alérgica: urticária, angioedema e uma remota 
possibilidade de anafilaxia (mais associado caso o preenchimento tenha 
adicionado a sua composição algum anestésico). 
 
- Formação de cicatrizes: é rara em tratamentos de preenchimento cutâneo, mas 
pode ocorrer com qualquer injeção, particularmente se o tratamento for 
complicado por infecção. Pacientes com histórico de respostas de 
supercicatrização, como formação de cicatrizes hipertróficas e queloidianas, 
sofrem com maior risco. 
 
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Intercorrências e Tratamentos de Fios de Sustentação 
 
- Dor ao palpar: a inflamação do tecido subcutâneo deve melhorar 10 a 15 dias 
após o procedimento. A persistência da dor deve ser investigada: infecção no 
percurso do fio, pinçamento do nervo (com fio espiculado/farpado), lesão parcial 
ou total do nervo sensorial. Em casos de dor crônica, consultar um médico. 
 
- Formação de equimose ou hematoma: pode ocorrer quando é injetado em 
uma região ampla, quando é realizada uma técnica em leque muito grande, ou 
quando é atingido um vaso sanguíneo de maior calibre. Sem contar pacientes 
que estão ingerindo medicamentos anti-inflamatórios ou anticoagulantes. O 
sangue extravasado pode migrar para as áreas dependentes, sendo visualizado 
após alguns dias do hematoma inicial. Recomenda-se utilizar agulhas de menor 
calibre ou cânulas, realizar a aplicação suavemente e solicitar ao paciente (caso 
seja possível, ou seja, se não estiver em tratamento) não ingerir esses 
medicamentos já citados. A aplicação de gelo após a aplicação de preenchimento, 
de forma leve e sem forte compressão na área tratada pode diminuir o edema e 
hematoma. Tratamento: indicar o uso de pomadas como hirudoid®, trombofob®, 
venalot h® pelo menos 3 vezes ao dia e recomendar não se expor ao sol. 
Geralmente o hematoma se resolve após 7 a 10 dias, dependendo do tamanho 
do hematoma. Alguns outros ativos que podem ajudar na cicatrização e reduzir a 
formação de edemas e hematomas são Arnica montana, vitamina K, bromelina, 
cobre, vitamina A, vitamina C e zinco. 
 
- Prurido persistente: nas primeiras 2 semanas faz parte da cicatrização natural; 
após esse período, pode ser em decorrência de infecção (médico deve ser 
consultado) ou reação alérgica ao produto (médico deve ser consultado). 
 
- Assimetria: pode ocorrer por correção exagerada ou não suficiente de um lado 
do rosto ou corpo.- Extrusão: pode ocorrer quando as pontas de entrada e saída do fio não foram 
cortadas rente a pele, quando o material for implantado superficialmente demais 
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(plano errado) ou se ocorreu infecção durante ou depois da inserção do fio. Caso 
a extrusão esteja acompanhada de infecção, o paciente deve consultar um 
médico; caso a extrusão não esteja acompanhada de infecção, deve evitar molhar 
com água, em caso de pontas inflamadas, cortá-las rente a pele, aplicar 
compressas quentes a cada 8 horas. 
 
- Inserção muito superficial ou muito profunda do fio: em casos do fio ser 
colocado muito superficialmente ele pode ficar visualizado, além de formar 
granulomas ou nódulos ao longo da trajetória da inserção. 
 
- Lesão parcial ou completa de um ramo do nervo sensorial ou motor: pode 
ocorrer devido objeto pefuro-cortante. No geral, nenhum tratamento é necessário 
porque a melhora é espontânea, depois de dois a três meses; receitar vitaminas 
do complexo B também ajuda na recuperação. 
 
- Infecção: pode ocorrer infecção como reativação de herpes simples, herpes 
zoster, sempre bom deixar o paciente ciente desta possibilidade. 
 
- Causas da pele ondulada: ocorre devido diagnóstico errado, a pele acaba 
ficando repuxada demais pelos fios espiculado/farpado. Nestes casos, com a mão 
aberta, suavizar e distribuir melhor as ondulações durante a inserção; após 2 a 3 
semanas, as ondulações que restaram devem melhorar, quando a tensão natural 
dos fios for reduzida e também devido a própria acomodação dos tecidos que 
ajuda na distribuição da flacidez. 
 
SÍNTESE 
 
O procedimento de fios de sustentação promove bioestimulação de 
colágeno e melhora em linhas de expressão e sulcos na pele. A quantidade de 
fios varia de acordo com a necessidade da paciente e o efeito que se deseja obter. 
É de suma importante ter o conhecimento anatômico facial para se evitar 
intercorrências e complicações graves, além de saber trata-las. 
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