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METAL Univers idade Federal de Uber lândia - UFU- FAUeD Design- Materiais e Processos Industriais - Seminário Metal Docente: Sandra - Discentes: Ana Flávia - Fiama - Letícia - Nathyelle Objetivo - O designer é responsável pela aparência e forma do produto. - Se a forma de um produto é, até certo ponto, o resultado de como esse produto foi fabricado, compreende-se que o designer deve ter uma boa compreensão de todos os processos de fabricação disponível, a fim de poder confiar em que o processo de fabricação proposto é o mais econômico e adequado. -Se os designers não estiverem cientes de certos processos disponíveis, estarão limitados em seu potencial criativo. -Sendo assim, o desenvolvimento deste trabalho torna-se de fundamental importância para conhecimento do material metal. -Os metais são de longe os materiais mais utilizados, tanto em variedade de aplicações como em quantidade produzida. -Este material pode ser dividido em dois grupos: metais ferrosos e metais não- ferrosos. -Considera-se que ferroso é todo metal no qual exista a predominância do ferro em sua composição. Já os não ferrosos compreendem todos os demais. Figura- Divisão dos metais Introducao Introducao - Um metal pode ser definido como um elemento químico que existe como cristal ou agregado de cristal na medida em que este se solidifica, podendo assumir três estruturas cristalinas - O tipo de estrutura influencia várias propriedades, mas principalmente a capacidade de se deformar, que em muitos casos é uma vantagem por facilitar os processos tecnológicos de conformação mecânica. Assim, os metais que solidificam em estruturas CFC são mais dúcteis do que os que solidificam em estruturas CCC e HC. Figura; CFC- oito átomos nos vértices do cubo e seis no centro das faces. Ex: ferro, alumínio, ouro; HC- prisma de base hexagonal, com três átomos em seu interior, a meia distância das bases. Ex: zinco; CCC- oito átomos nos vértices do cubo em um no seu interior. Ex: cromo Introducao -Os metais puros são compostos por átomos do mesmo tipo. No entanto, considerando a obtenção de produtos industriais, os metais são encontrados na forma de ligas sendo, neste caso, compostos por dois ou mais elementos químicos dos quais pelo menos um é metal. -Os metais são combinados em uma variedade de ligas, originando, assim, um número variado de propriedades mecânicas que se aplicam perfeitamente à necessidade específicas. -Em termos genéricos, os metais são dotados de elevada dureza, grande resistência à tração, à compressão, elevada plasticidade/ductilidade (favorecendo os processos de conformação mecânica) sendo também bons condutores elétricos e térmicos. Há também uma série de característica que os distingue dos outros materiais: brilho metálico; reciclabilidade; tecnologias de fabricação e condições de uso bastante bem dominados e conhecidas. a c o O aço é um material bastante usado no setor industrial, sendo constituído por uma liga de ferro e até 2% de carbono, portanto para a fabricação de equipamentos de processo essa porcentagem varia de 0,05 à 0,35%. Seu amplo uso se dá pelo baixo preço relacionado com sua resistência mecânica, como também pela facilidade de obtenção e maleabilidade. Aço carbono ou aço comum - utilizado na fabricação de quase todos equipamentos e tubulações que trabalham com água,vapor de baixa pressão, ar comprimido e condensado, óleos e fluídos pouco corrosivos. Aços acalmados e semi-acalmados - adição de elementos desoxidados (alumínio e silício) que combinam com oxigênio do aço. Usado em placas laminadas à frio ou quente. Aço efervescente - possui a superfície livre de carbono o que o torna dúctil, sendo indicado para aplicações com deformação à frio. Aços liga - empregados quando há necessidade de alta resistência. Figura - Peças em aço a c o i n o x Aço inoxidável - são aços de alta liga que possuem de 12 à 25 de Cr e até 22% de níquel em sua composição. Devido à adição desses elementos essa tipologia de aço não enferruja. Aço Inox Austenítico - resistência à corrosão. Aplicação: Equipamento para indústria alimentícia, farmacêutica, química e petroquímica, construção civil, baixelas, travessas e demais utensílios domésticos. Aço Inox Ferrítico - resistência à corrosão e custo mais acessível, possui quantidade menor de níquel. Aplicação: eletrodomésticos, balcões frigoríficos, moedas, talheres e indústria automobilística. Aço Inox Martensítico - dureza elevada. Aplicação: Instrumentos cirúrgicos, facas de corte, discos de freio e cutelaria. a c o i n o x PROPRIEDADES - Alta resistência à corrosão - Resistência mecânica adequada - Facilidade de limpeza/Baixa rugosidade superficial - Facilidade de conformação - Facilidade de união - Resistência a altas e baixas temperaturas, como também mudanças bruscas de temperatura - Acabamentos superficiais e formas variadas - Forte apelo visual (modernidade, leveza e prestígio) - Relação custo/benefício favorável - Baixo custo de manutenção Figura - Mobiliários Infinitinox Fonte: www.buscavidapiscinas.com.br f e r r o f u n d id o Ele é destinados predominantemente aos processos de fundição ou forjamento, pode ser ligado a outros elementos metálicos ou não metálicos, como carbono, silício, enxofre, com intuito de melhorar suas propriedades dependendo da utilização, para se obter o desempenho esperado. O carbono sempre esta presente na composição em concentrações superiores a 2%. Ferro Fundido Branco - Elevada dureza o que o torna frágil e de difícil usinagem, não é temperável. - Suas propriedades são a baixa ductilidade, grande resistência a corrosão, altíssima resistência a abrasão, baixa absorção de vibração, baixa resistência a tração, impacto e compressão. - Aplicação em placas de revestimento, anéis para moagem e fabricação de tijolos. - Submetidos a processos de fundição em geral, jateamento, pintura, decapagem, polimento, soldagem não recomentada. Figura - Peça em Ferro Fundido Branco f e r r o f u n d id o Ferro Fundido Cinzento - Rompimento sempre por fratura frágil, raras deformações permanentes devido a presença de grafite. - Suas propriedades em geral são a baixa resistência a tração e flexão, baixa ductilidade, grande fusibilidade, preenche facilmente moldes complicados, apresenta baixa resistência mecânica. - Pode ser aplicado na fabricação de tubos, válvulas e conexões de tubulação de água e esgoto. Peças que exijam vibração, bloco de motor, bloco de pistão cilíndricos, base de máquinas, tambores de freios, cabeçotes. - Os processos em que podem ser submetidos são fundição em geral, jateamento, pintura, polimento e boa usinagem. Figura -Microfotografia de Ferro fundido Cinzento e Peça em Ferro Cinzento f e r r o f u n d id o Ferro Fundido Nodular - É o que mais se aproxima ao aço, têm elevada dureza e plasticidade. - Suas propriedades são a boa ductilidade, resistência mecânica geral moderada, boa resistência vibrações e altas temperaturas, elevada condutibilidade térmica. - Aplicado na fabricação de cubo de rodas, mancais, polias, cabeçote de prensas, engrenagens, peças mecânicas, virabrequins e luvas. - Pode ser submetido a processos de fundição em geral, foliamento, jateamento, pintura, polimento, usinagem, soldagem inadequada. Figura - Microfotografia Ferro Fundido Nodular f e r r o f u n d id o Ferro Fundido Maleável - Produzido através do ferro fundido branco e tem o ponto de fusão mais baixo em relação aos outros ferros. - Apresenta elevada ductilidade, grande resistência mecânica, maleabilidade. - Fabricação de acessórios para tubulação de baixa pressão, flanges e confecções de tubos e ferragens em geral. - Pode passar por processos de fundição em geral, jateamento, pintura, polimento, boa usinagem, soldagem inadequada. Ferro Fundido com Grafite Compactado - Posiciona-se entre o ferro cinzentoe o dúctil, com excelente fundição, ótimo para trabalhos que exijam usinagem. - Resistência com valores intermediários entre o ferro cinzento e o nodular, baixa ductilidade, boa resistência à abrasão boa absorção de vibrações, baixa resistência à compressão ao impacto, à tração, apresenta elevada condutibilidade térmica. f e r r o f u n d id o Ferro Forjado - É um ferro quase puro, teor baixo de carbono (0,02%) e cerca de 0,12% de Silício. - Utilizado na fabricação de tubos, chapas, barras e chapas laminadas. Atualmente tem baixo emprego na indústria. Porém à150 anos atrás foi considerado o produto siderúrgico mais importante. - Tem como propriedade a boa resistência a fadiga, choques, vibrações, baixa resistência mecânica, motivo de ser substituído peço aço. a l p a c a Liga Metálica Alpaca A alpaca (liga metálica), também é chamada de metal branco ou ainda de prata alemã, é uma liga ternária composta por zinco , cobre e níquel, com um brilho e coloração parecido c o m a p r a t a . São dúctil e tem grande facilidade para serem trabalhadas a temperatura ambiente. A adição de níquel confere-lhe uma boa resistência nos meios corrosivos. Entre algumas das aplicações mais importantes tem-se a produção de jogos de pratos de mesa, cremalheiras, objetos de bijouteria, seletores de rádios, instrumentos cirúrgicos e dentais, reostatos, entre outros. É também amplamente usada em muitos países na produção de moedas, devido sua resistência e semelhança à prata. Neste uso pode haver alteração de sua composição básica, com a substituição ou inclusão de outros metais como o estanho a fim de obter uma coloração dourada parecida com a do latão. Ela oxida, mas muito lentamente, no sul as bombas de chimarrão são feitas de alpaca, pela durabilidade. a l u m in io Alumínio Principais propriedades: -leveza; -boa resistência à corrosão e; -alto poder de condução e de reflexão do calor; -a resistência mecânica do metal puro é baixa, mas é elevada em ligas metálicas, sobretudo com a presença de magnésio (Mg), nas quais a resistência em temperatura ambiente é próxima a dos aços de baixo carbono; -a resistência à corrosão do alumínio é, em geral, maior que a das suas ligas metálicas; -comportamento em baixas temperaturas é excelente a l u m in io Alumínio -Devido à afinidade com o oxigênio, a soldagem do alumínio ou de ligas metálicas de alumínio deve ser operada em uma atmosfera de gás inerte – obtida por meio de procedimentos especiais –, impedindo a formação de óxidos. -O alumínio é praticamente inerte em relação à atmosfera (mesmo úmida e/ou poluída), ao vapor d'água e condensado, assim como às águas em geral, inclusive as alcalinas; por isso, a água deionizada de alta pureza pode ser armazenada indefinidamente em reservatórios deste metal. Por outro lado, as águas ácidas são, em geral, corrosivas. a l u m in io Alumínio A seguir são apresentados alguns meios corrosivos aos quais o alumínio apresenta boa resistência: → oxigênio, água oxigenada; → ácido nítrico (para concentrações superiores a 95%, em temperatura ambiente), amônia e compostos amoniacais; → álcoois, ésteres, éteres, cetonas, aminas, ácidos orgânicos em geral, hidrocarbonetos e outros produtos orgânicos, todos em temperatura ambiente; → enxofre, H2S, SO2, sulfetos, mercaptans etc., boa resistência à corrosão sulfídica decorrente da composição de produtos sulfurosos dos hidrocarbonetos, em elevadas temperaturas; → CO, CO2, ácido carbônico; → acetileno, HCN, amônia anidra ou hidratada. a l u m in io c o n f o r m a c a o Existem três modos de conformar metais: No estado líquido (ou fundido): em que os metais são derretidos através do calor e derramados em um molde. Há, entretanto, alguns problemas associados ao processo, tais como tendência a uma estrutura porosa e a deformar-se. Entretanto esse processo é frequentemente o mais eficiente disponível, especialmente para peças complexas. No estado plástico (ou conformado): onde barras ou peças pré- moldadas são aquecidas abaixo do ponto de fusão, tornando-se fáceis de conformar. Os processos de conformação são, frequentemente, resultados de um trabalho intenso, mas com a vantagem de que a peça apresentará resistência acentuada. Alguns processos de produção de alta magnitude podem ser automatizados. No estado sólido: normalmente limitado a chapas, vergalhões e tubos, geralmente realizado à temperatura ambiente. Embora esses processos sejam resultantes de um trabalho intenso, novos progressos o que se refere ao controle de ferramental computadorizado e ao manejo da chapa, diminuíram drasticamente o tempo de trabalho e os custos. c o n f o r m a c a o Conformação no Estado Líquido (Metal) A conformação no estado líquido ou fundição é um dos processos de fabricação mais primitivos. Em geral, é a maneira mais econômica de fabricar um objeto complexo, colocando metal onde ele se faz necessário, na espessura desejada, com o mínimo de operações secundárias envolvidas. -Metal líquido ou forjado é fundido em moldes, divididos em duas partes, feitos de areia, gesso, cerâmica e de metais ferrosos e não- ferrosos. -Obviamente, a fundição do metal deve ocorrer a uma temperatura mais baixa do que a temperatura do material do molde ou do material refratário – um que possa suportar a temperatura do metal fundido. c o n f o r m a c a o Moldes não-descartáveis -são caros e requerem produção em grandes quantidades para torná-los economicamente viáveis. -possuem outras desvantagens: um ângulo de saída é necessário para ejetar a peça do molde, e os cortes não são possíveis, a menos que existam enxertos móveis , ou uma ação lateral que mova as obstruções para fora do curso de ejeção. Moldes descartáveis -são aqueles destruídos durante a remoção da peça - cortes ou ângulos de saída não são necessários durante o processo de fundição. Entretanto os ângulos de saída e os cortes ainda são necessários para a remoção do modelo do molde. -O acabamento da superfície e a importância da aparência também são fatores relevantes na fundição. c o n f o r m a c a o Moldes -Geralmente, há duas peças: um componente inferior da caixa de moldar [inferior] e a tampa da caixa de moldar [superior], ou macho e fêmea em moldes duros, que são unidos numa linha de repartição. Modelo (“positivo”) -feito de cera, madeira, plástico ou metal é utilizado para criar o vazio do molde. -é semelhante ao produto final ou á parte fundida, mas deve ser maior para compensar o encolhimento/contração da fundição durante o resfriamento. Representação esquemática de um molde, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Fundição Automatizada -possui muitas estações de moldagem capazes de cem ou mais fundições por hora. -O controle por computador é utilizado para proporcionar uma variedade de operações robóticas para o derramamento do metal, a fim de remover as peças fundidas e posicioná-las para a remoção da entrada do canal de alimentação numa estação de cisalhamento. Fabricação automatizada de molde, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Conformação no Estado Plástico -é uma operação sobre metal ainda sólido, a uma elevada temperatura (mas abaixo da temperatura crítica ou de fusão). -O objetivo desse processo não é apenas conformar o metal, mas controlar a estrutura do grão de forma que a resistência da peça conformada seja realçada (calculada para se opor a forças esperadas). -tipos de processo de conformação no estado plástico: -laminação -extrusão c o n f o r m a c a o Laminação -laminação quente: uma barra pré-aquecida ou bloco é passada entre uma série de cilindros que a prensam, reduzindo-a e/ou modelando-a numa placa, chapa ou modelo estrutural. Os grãos são triturados e alongados. Durante o período de recuperação, os grãos tendem a aumentar novamente, produzindo uma superfície áspera e grosseira.Laminação quente (o cinza indica a tranformação do grão) Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Laminação -laminação fria: uma chapa previamente aquecida pela laminação é posteriormente comprimida pelos cilindros (numa condição fria), que trituram e alongam os grãos. Entretanto, durante a fase de reaquecimento ou recozimento, os grãos ficam menores, produzindo uma superfície fina e lisa. Esse processo melhora a chapa de aço, mas aumenta o custo em até 20%. Laminação fria (o cinza indica a tranformação do grão) Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Extrusões Tipos de extrusão, Jim Lesko 2004 Classes de extrusão, Jim Lesko 2004 Classes de extrusão oca, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Extrusões Extrusão Direta -Na extrusão, um tarugo redondo aquecido é colocado numa câmara de uma grande prensa e é forçado através de uma matriz por um aríete hidráulico, criando uma figura de perfil longo. -Os perfis formados podem ser sólidos, semi-ocos ou ocos. Arranjo de perfis extrudados, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Extrusões Extrusão por Impacto -uma prensa é usada para conformar partes de determinada grandeza, de pequenas a médias, com paredes finas e sem ângulo de saída. A peça é colocada em uma cavidade e é golpeada por um pistão, tornando o material plástico. O material é extrudado para cima entre o pistão e a parede da matriz, ou para a frente, formando uma variedade de pequenos modelos, incluindo contêineres simétricos com paredes finas. A seguir, a peça é ejetada. Há três tipos básicos de matriz para extrusão por impacto: direta, inverso e combinação. As peças podem ser extrudadas em alumínio, cobre e ligas de latão. Desenho esquemático de extrusão por impacto, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Extrusões Extrusão por Impacto Peças de alumínio de extrusão por impacto, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Extrusões Estiramento de Arame (trefilação) -É essencialmente o processo oposto à extrusão. -Uma haste é tornada mais fina quando é puxada sucessivamente através de uma série de matrizes redutoras abertas. Características essenciais do processo de trefilação, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Conformação no Estado Sólido -é a configuração de chapas de metal, haste ou tubo, geralmente à temperatura ambiente. Em alguns casos, poderá ser necessário aquecer o metal se ele for espesso, não for muito dúctil ou se tornar duro de trabalhar durante a conformação. -as propriedades mecânicas são afetadas e há algum ganho de resistência que pode ser um dos objetivos na operação de conformação. Folha -normalmente definida como o metal que tem menos de 0,25 polegada de espessura (E). Chapa -normalmente definida como o metal que tem mais de 0,25 polegada de espessura (E). c o n f o r m a c a o Conformação do Arame -A dobra e conformação de arames requer ferramentas especiais, mas é um processo de produção econômico. O arame formado e soldado por ponteamento é forte e tem aplicação em muitas indústrias. Cadeira e banqueta Betóia. c o n f o r m a c a o Dobramento de Tubos -Dobrar e conformar tubos e outras seções ocas requer um apoio interno chamado “mandril”, a fim de prevenir rupturas durante o processo de dobramento. Mandris para prevenir ruptura do tubo durante a dobradura, Jim Lesko 2004 Ferramentas para dobramento de tubo e varetas. A matriz estacionária ou móvel determina o raio do dobramento, e os seguidores de apoio movem o tubo ou a vareta para realizar o dobramento. Jim Lesko 2004 matriz estacionária seguidores de apoio mandris mandris c o n f o r m a c a o Dobramento Chapas Metálicas -Dobrar uma chapa metálica ao longo de um plano é, em geral, uma operação de baixo custo que cria formas simples e fornece à chapa alguma rigidez e resistência. Sugestionador -ferramenta não-dispendiosa, geralmente disponível em pequenas oficinas. Possui um número de ligações radiais que propicia uma variedade de raios de curvatura (r). Uma versão operada manualmente desses freios é usada para dobramento no local para paredes exteriores, de tábuas, residenciais e comerciais. Sugestionador para dobramento simples, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Dobramento de chapa por cilindros sobre um eixo -é uma operação dispendiosa. -Máquinas operadas manualmente com um cilindro ajustável fornecem uma variedade de raios para laminação (r). -Essas máquinas são tipicamente usadas em pequenas oficinas. Representação esquemática do dobramento por cilindro, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Dobramento a ar ou dobramento em três pontos -é uma operação de custo moderado que utiliza, no lugar da matriz, apenas um punção numa abertura. -O metal é apoiado em dois pontos e atingido por um punção (o terceiro), que cria o dobramento. É chamado de “dobramento a ar” porque existe ar entre o metal e a abertura contra a qual foi forçado. Dobramento a ar, Jim Lesko 2004 c o n f o r m a c a o Dobramento com matriz em V -é a operação mais cara de dobramento, pois utiliza uma série combinada de punção e matriz (ou ferramenta) e/ou o controle computadorizado sofisticado. -A ferramenta, que produz dobramentos muito exatos, é geralmente projetada para uma aplicação especial, e, embora permaneça com o fabricante, a ferramenta é privada e não pode ser usada para nenhuma outra aplicação sem a permissão do proprietário. Dobramento com matriz em V, Jim Lesko 2004 cortes de metal - Conformação de Chapas: a palavra corte não é utilizada para descrever processos, exceto para cortes brutos ou envolvendo corte de chapas sobrepostas, porém mesmos nesses casos o termo utilizado é cisalhar. - Usinagem: no corte de blocos de metal, nos processos com formação de cavacos, a palavra usinagem é empregada, pois há necessidade de uma máquina de corte especial (que guia a ferramenta de corte), para que o corte tenha uma dada tolerância precisa. conformacao de chapas - Puncionamento / Blanking São processos praticamente idênticos a distinção é em relação a parte que é descartada. Figura - Gráfico de blanking Figura - Gráfico de puncionamento - Cisalhamento Processo semelhante a um corte de tesoura, é uma ação de rasgar, deixando uma extremidade que apresenta um resíduo, ou rebarba, que deve ser removido. Folga incorreta na zona de deformação Folga correta na zona de deformação Corte com Formacao de Cavacos - Torneamento O torno é utilizado para trabalhar sólidos cilíndricos e formas côncavas. A peça é fixada a um mandril e gira presa a uma ferramenta chamada cabeçote, controlada por um operador. Figura - Torno a Motor Fresamento: Fresa vertical Bastante semelhante a uma broca e, apresenta flexibilidade maior em seus eixos de corte e nos movimentos da peça de trabalho. Fresa horizontal Similar a vertical, a diferença se encontra na cabeça porta-ferramenta, limitada a cortes horizontais. Atualmente substituídas por centros de usinagem. Figura - Fresa Vetical Corte com Formacao de Cavacos - Aplainamento Consiste na raspagem da superfície de uma peça pequena, em movimento recíproco, é realizado para o acabamento final e não para fazer o corte primário. Figura - Ilustração esquemática corte típico de uma plaina - Broqueamento Refere-se ao processo de acabamento final, a configuração interna e o diâmetro internos, em peças côncavas ou em furos feitos por fundição ou outros processos similares ao processo de torneamento. Figura - Ferramenta de usinagem interna Corte com Formacao de Cavacos - Brochamento As operações básicas de brochamento são: superficial, cilíndrica, interna e retificação sem centro. As ferramentas de corte são compostas de grão abrasivos, duros, ligados a um disco em distribuição aleatória, que são usados para dar o acabamento final em superfíciesinternas e externas. - Retificação É uma operação de acabamento geralmente utilizada em superfícies fixas ou móveis Figura - Ilustração esquemática da operação de retificação - Usinagem ( Centro de Usinagem e de Torneamento) Uso do centro de usinagem que atualmente é o processo de usinagem dominante (padrão), ele poder cortar cinco lados sem que haja necessidade de mover a peça, reduzindo o tempo de usinagem. Corte com Formacao de Cavacos - Furação Processo de usinagem bastante comum utiliza broca helicoidal como ferramenta básica de corte. - Serrar Este processo é geralmente usado para cortar partes ao longo do comprimento, preparando-as para outras operações de corte. Os tipos básicos do processo de serrar são alternativa e circular. A máquina apropriada e a ferramenta de corte são escolhidas pelo seu tipo e espessura ou com base no formato do material a ser cortado. Figura - Furadeira de coluna com velocidade variável Figura - Serra de fita vertical Corte sem Formacao de Cavacos - Usinagem hidrodinâmica É utilizado água pura (com abrasivo) na forma de um fluxo fino direcionado contra o material, resultando em cortes bem definidos e planos de modo rápido. Este processo corta qualquer tipo de material em qualquer direção sem a necessidade de geração de calor, não se faz necessário acabamento. - Usinagem por jato abrasivo Processo que utiliza ar (ou gás) limpo e seco, contendo areia e pó abrasivo, é direcionado para a peça de trabalho. Pode-se cortar qualquer material, com pouco calor até materiais finos e frágeis porem é um processo lento e exigem limpeza constante da poeira liberada. Figura - Usinagem com jato abrasivo Este processo emprega alta tecnologia utilizada extensivamente na fabricação de equipamentos eletrônicos, científicos e de defesa. Figura - Usinagem com jato de água Corte sem Formacao de Cavacos - Usinagem a Laser Um laser usa elevada densidade de energia altamente focalizada para fundir e vaporizar porções de uma peça de trabalho, usada para trabalhar materiais metálicos e não-metálicos e para fazer furos muito pequenos. O equipamento para esse tipo de usinagem é caro e consome muita energia, porem não exige vácuo. Outros tipos de corte: - Usinagem por Feixe de Elétrons - ( semelhante ao da usinagem a laser, porém este processo requer vácuo) - Fresagem química - Usinagem eletroquímica - Usinagem por eletroerosão - (injeção e fundição) Corte termico -Corte oxiacetilênico Os gases acetileno e oxigênio são misturados em uma pré-câmara e inflamados. Este processo por cortar placas de até 6 polegadas, porem os tanques são pesados e as mangueiras de difícil manejo, considerando uma grande desvantagem, porém a vantagem é a portabilidade e não exige nenhum tipo de fonte de energia. - Corte a arco de plasma É um processo mais produtivo porém gera altas temperaturas, produz cortes mais suaves e é utilizada para corta não-ferrosos e aço inoxidável, facilmente automatizado e o corte térmico mais popular. É considerado mais vantajoso em relação ao processo anterior, por ser mais compacto e não exige tanques pesados nem mangueiras, porem requer uma fonte de energia de alta voltagem uniao de metais A união implica em juntar, fixar, duas ou mais partes para obtenção de componentes, conjuntos ou do próprio produto final.Grande parte dos produtos necessita de processos de montagens, cuja manufatura normalmente exige a união de peças de diferentes materiais, que podem ser viabilizadas recorrendo as seguintes opções: Ç ; w a L/ ! Solda (G ás/ A rco/ ...) A D E SÃ O C olas e A desivos (F i t as) M E C Â N I C A Parafusos, R ebi tes, C avi lh as, P in os e E st am par ia TÉRMICA uniao termica A brasagem é feita através da adição de um metal não ferroso chamado solda e um fluxo que conduz corrente elétrica para unir metais, a uma temperatura superior à 850°F e menor que a temperatura de fusão dos metais. Nesse processo há uma certa penetração intergranular, que consequentemente gera forças entre os metais e a junta. A brasagem no aço inox deve ser executada em uma atmosfera livre de oxigênio. Suas vantagens são que as montagens podem ser unidas em condições praticamente livres de tensão; montagens complexas podem ser unidas em vários estágios com o uso de metais de adição a temperaturas de fusão progressivamente mais baixas; juntas por brasamento requerem pouco ou nenhum acabamento; remoção do fluxo e a junta é vedada e condutiva. Figura - Brasagem em aço inox Fonte: manutencaoesuprimentos.com.br Figura - Brasagem Fonte: www.culturamix.com Na soldagem ocorre a fusão dos metais, geralmente acarretando à alterações físicas ou mecânicas, que podem ser minimizadas através de um tratamento térmico do processo, para obtenção de uma solda resistente. Soldagem à gás – combina-se os gases oxigênio e acetileno com a chama de maçarico que provoca o aquecimento das peças a serem unidas a temperaturas superiores ao ponto de fusão. Figura - Processo soldagem à gás Fonte: mmborges.com Figura - Soldagem à gás Fonte: mmborges.com uniao termica Soldagem por resistência – esse processo é mais usual em chapas metálicas, onde as lâminas de metal são sobrepostas entre dois eletrodos que conduzem correntes precisas que podem gerar soldas por ponto, costura ou projeção. Suas vantagens são a simplicidade e rapidez do processo como também seu baixo custo. Figura - Soldagem por resistência (projeção) Fonte: Design Industrial (Jim Lesko) Figura - Soldagem por resistência (ponto) Fonte: Design Industrial (Jim Lesko) Figura - Soldagem por resistência (costura) Fonte: Design Industrial (Jim Lesko) uniao termica Soldagem a laser – usa-se um feixe de luz concentrada , precisamente focado na peça, sendo indicado para juntas estreitas e profundas, porém possui um elevado custo. Figura - Cadeira multifacetada de aço (Zhang Zhoujie) - Fonte: casa.abril.com.br Figura - Soldagem a laser Fonte: dc149.4shared.com Figura - Equipamento de solda a laser Fonte: www.logismarket.ind.br uniao termica uniao por adesao Os adesivos sintéticos orgânicos são frequentemente usados para aplicações sujeitas à carga na união de materiais de pouca espessura e para juntas invisíveis. Suas vantagens são homogeneidade, possibilidade de unir peças finas e frágeis, não interferem esteticamente nas superfícies expostas e nos contornos do objeto, distribuem a tensão uniformemente, unem materiais dissimilares com diferentes expansões térmicas, fornecem proteção contra corrosão, vedam e protegem contra líquido e gases e amortecimento mecânico. Suas desvantagens são prazo de validade limitado, apresentam formulações numerosas e variadas, exigem controle, montagem e testes complicados com mão de obra capacitada para execução, exige preparação das superfícies a serem unidas e limpeza minunciosa. Figura - Adesivos Fonte: Design Industrial (Jim Lesko) juncoes mecanicas As junções mecânicas são usadas durante a fase de montagem da p r o d u ç ã o e c o n t r i b u e m significantemente com os custos. Para minimizar esses custos faz-se necessário o uso de um redesing criativo ou quando possível o design de peças para montagem robotizada. As junções rosqueadas são comumente usadas na montagem na produção, onde a peça é furada e rosqueada para receber um parafuso. Para metais macios pode se usar uma rosca ou pino que ajudara o metal a suportar a alta tensão e a tensão de torque esperados. Figura - Parafuso Fonte: Design Industrial (Jim Lesko) Figura - Insertos rosqueados Fonte: Design Industrial (Jim Lesko) As junções sem rosca são praticamente invis íveis com exceção da arruela, pois são geralmente mantidas por fricção no sistema de fricção no sistema de fixação. As junções para propósitos especiais variam desde clipes para papel até fechaduras e dobradiças. Figura - Ilhoses Fonte: Design Industrial(Jim Lesko) Figura - Anéis de retenção Fonte: Design Industrial (Jim Lesko) Figura - Junções para propósitos especiais Fonte: Design Industrial (Jim Lesko) juncoes mecanicas M e l h o r a m e n t o -A aparência é uma das principais responsabilidades do designer -O acabamento, bem como seus aspectos funcionais e de proteção são um dos fatores que devem ser levados em consideração bem no início do processo de design do produto. - No metal o acabamento é tratado como uma operação de forma, corte e recobrimento. PINTURA/REVESTIMENTO Pintura tinta líquida, pintura em pó ABRASIVO Jateamento de areia, Polimento e Escovamento MOLDADO Texturização e Frisado M e l h o r a m e n t o Moldado -Texturização A textura exerce um importante papel no design. Ela pode melhorar a aparência do produto, aumentar a utilidade, e diminuir a taxa de rejeição mascarando pequenas falhas, como as depressões superficiais. As texturas podem ser moldadas durante a fundição. -Frisado Podem-se formar texturas frisando chapas pré galvanizadas de 0,020 a 0,036 polegada de espessura, criando realces brilhantes de prismas. Os frisos garantem força e rigidez extras, muitas vezes permitindo que Figura- Modelos de texturas. Fonte:alibaba.com s e j a u t i l i z a d a u m a espessura de chapa mais leve. Figura- Metais com textura frisada - Fonte: Solostocks.com M e l h o r a m e n t o Abrasivo -Jateamento de Areia È uma operação onde um equipamento é capaz de propulsionar um fluxo de materiais abrasivos sob alta pressão contra uma superfície, normalmente tendo-se o ar como fluido, de maneira a desgastar, tornar rugosa ou lisa, dar formas ou remover superfícies contaminantes. Ele é utilizado na remoção de ferrugem, pintura de componentes metálicos. Uma vez completado o jateamento de areia, a superfície deve ser coberta com uma base ou selante para resistir a partir da oxidação, da umidade no ar. Fonte: Microesfera.com M e l h o r a m e n t o -Polimento É o procedimento realizado com o intuito de gerar ou reativar o brilho das superfícies metálicas. O tratamento de polimento consiste em um processo de alisamento manual ou mecanizado da superfície com o auxílio de tecidos, pastas abrasivas ou micro-esferas a fim de atingir um nível específico de rugosidade superficial. A peça ou a chapa é mantida contra uma escova de aço C i rcu la r g i rando a uma a l ta velocidade. Resultam texturas na superfície que variam de muito suaves a ásperas. Cada grupo industrial tem suas próprias designações de textura escovada. A pressão aplicada sobre a peça durante o polimento, junto com a elevação da temperatura devido à fricção, levaria à fusão da camada superficial da peça e o material que compõe as arestas da rugosidade se depositaria em suas ranhuras. -Escovamento Coifa em aço inox polido fonte: lofra.com Eletrodomésticos em aço escovado fonte: archdaily.com M e l h o r a m e n t o Revestimentos -Pintura tinta líquida É necessário que haja um pré-tratamento da superfície anterior a aplicação da tinta. Em peças e equipamentos para interiores, a tinta pode ser aplicada diretamente sobre o aço. Para aplicações em que as peças ficarão expostas ao intemperismo e corrosão atmosférica, há necessidade de tratamento do aço ou galvanizado por fosfatização. Este tipo de acabamento é dado em forma de tinta a óleo; esmalte; verniz de laca; à base de água; goma laca e corante podendo ser aplicadas por imersão; trincha; rolagem; aspersão; rotação em tambor; centrifugação; spray; e atomização eletrostática. Figura - Aplicação por aspersão; imersão; e spray eletrostático. M e l h o r a m e n t o -Pintura em pó O processo de pintura com tintas em pó envolve três processos: pré-tratamento da superfície, aplicação do pó e cura. A pintura a pó é aplicada electroestaticamente e curada sob ação do calor que a irá fluidificar e endurecer, formando uma pele. Figura - Aplicação de tinta em pó Esta pintura caracteriza-se por ter um acabamento mais duro e resistente que a pintura l íquida convencional. Ela é usada p r i n c i p a l m e n t e n o recobrimento de metais, como aço e alumínio. Referencia FERRANTE, Maurizio. A materialização da idéia: noções de materiais para design de produto. Rio de Janeiro: LTC, 2010. LESKO, Jim. Design Industrial: materiais e processos de fabricação/ Jim Lesko; tradução Wilson Kindlein Júnior, Clovis Belbute Peres. São Paulo: Edgard Blucher, 2004. LIMA, Marco Antônio Magalhães. Introdução aos Materiais e Processos para Designers. - Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda, 2006. Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24 Página 25 Página 26 Página 27 Página 28 Página 29 Página 30 Página 31 Página 32 Página 33 Página 34 Página 35 Página 36 Página 37 Página 38 Página 39 Página 40 Página 41 Página 42 Página 43 Página 44 Página 45 Página 46 Página 47 Página 48 Página 49 Página 50 Página 51 Página 52 Página 53 Página 54 Página 55 Página 56 Página 57 Página 58 Página 59 Página 60 Página 61 Página 62