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Universidade Federal do Paraná Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Eletricidade e Magnetismo Prof. Ivan Eidt Colling Corrente e densidade de correnteCorrente e densidade de correnteCorrente e densidade de correnteCorrente e densidade de corrente A continuidade da correnteA continuidade da correnteA continuidade da correnteA continuidade da corrente Potencial de passoPotencial de passoPotencial de passoPotencial de passo O método das imagensO método das imagensO método das imagensO método das imagens Condutividade e resistividadeCondutividade e resistividadeCondutividade e resistividadeCondutividade e resistividade PolarizaçãoPolarizaçãoPolarizaçãoPolarização Condições de contorno na interface entre dielétricosCondições de contorno na interface entre dielétricosCondições de contorno na interface entre dielétricosCondições de contorno na interface entre dielétricos Fontes das figuras: HALLIDAY, David et alii. Fundamentals of physics. 7.ed. S.l.: John Wiley and Sons, 2005. HAYT JR., William H. Eletromagnetismo. 3.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1985. WALENIA, Paulo Sérgio. Projetos elétricos prediais. Curitiba: Base Livros Didáticos, 2008. p. 258. (Curso técnico em eletrotécnica, módulo 1, livro 7.) Corrente e densidade de corrente dt dQI = Escalar! Densidade de corrente: J Vetor! SJ ∆⋅=∆I ∫ ⋅= S dI SJ Cargas em movimento xvv v vSI t xS t v t QI ∆ρ=∆⇒ ∆ ∆∆ρ= ∆ ∆ρ = ∆ ∆ =∆ F o nte : H AYT JR . , 1985 , p . 100 xvv v vSI t xS t v t QI ∆ρ=∆⇒ ∆ ∆∆ρ= ∆ ∆ρ = ∆ ∆ =∆ xv vS IJ ρ= ∆ ∆ = De forma genérica vJ vρ= F o nte : HAYT JR . , 1985 , p . 100 A continuidade da corrente ∫ ⋅= S dI SJ ∫ −=⋅= S dt dQdI SJ Porque a carga está diminuindo no interior da superfície A continuidade da corrente ∫ ⋅= S dI SJ ∫ −=⋅= S dt dQdI SJ ∫ ⋅S dSJ ( ) dv vol ∫ ⋅∇ J T. Gauss dt dQ −= A continuidade da corrente ( ) dv vol ∫ ⋅∇ J dt dQ −= ( ) ∫∫ ρ−=⋅∇ vol v vol dv dt ddvJ ∫ρ= vol v dvQMas Então: ( ) ∫∫ ∂ ρ∂ −=⋅∇ vol v vol dv t dvJ A continuidade da corrente ( ) ∫∫ ∂ ρ∂ −=⋅∇ vol v vol dv t dvJ t v ∂ ρ∂ −=⋅∇ J EF e−= Velocidade de deriva Ev ed µ−= Mobilidade do elétron EJ eeµρ−= EJ σ= EJ σ= eeµρ−=σ condutividade σ =ρ 1 EJ ⋅=σ σ ρ 1= A R l⋅= ρ R [Ω] ρ[Ωm] J [A/m2] E [V/m] resistividade Fonte: HAYT JR., 1985, p. 105. Em semicondutores: bbee µρ+µρ−=σ eeµρ−=σ a b JSdI S =⋅= ∫ SJ abba a b a b ab ddV LELELELE ⋅=⋅−=⋅−=⋅−= ∫∫ ELV = I S LI S LV L VE S IJ ρ= σ =⇒σ=σ== F o nte : HAYT JR . , 1985 , p . 105 . a b I S LV ρ= Neste caso: S L I VR ρ== ∫ ∫ ⋅σ ⋅− == S a bab d d I VR SE LE De forma genérica: Potencial de passo Uma pessoa caminha em um campo, a 60,0m do ponto em que um raio atinge o solo. Supondo-se que a corrente do raio seja I = 100kA e que essa corrente se distribua uniformemente no hemisfério centrado no ponto de impacto. Considere também que a resistência entre os pés da pessoa seja de 4,00kΩ e que a resistência do solo seja ρs = 100Ωm. Calcule a corrente que circula através de seu corpo se a distância entre os pés for de: a) 20,0cm; b) 70,0cm. (Baseado em: HALLIDAY et alii, 2005, p. 691.) 22 r IJ pi = ρ⋅= JE rD D rD D rD D r Idr r IdrEV ∆+∆+∆+ pi ρ =⋅ρ pi −=⋅−=∆ ∫∫ 22 2 Potencial de passo rD D rD D rD D r Idr r IdrEV ∆+∆+∆+ pi ρ =⋅ρ pi −=⋅−=∆ ∫∫ 22 2 − ∆+ ⋅ pi ρ =∆ DrD IV 11 2 a) r = 60m, ∆r = 0,2m (-)88,1V; 22,0mA b) r = 60m, ∆r =0,7m (-)306V; 76,5mA Choque elétrico • Produzido por contato com circuito energizado (contato direto ou indireto); • Produzido por contato com corpo eletrizado – geralmente não causa danos, por ter curtíssima duração (a duração depende apenas da carga armazenada); • Produzido por descarga atmosférica. F o n t e : W A L E N I A , P a u l o S é r g i o . P r o j e t o s e l é t r i c o s p r e d i a i s . C u r i t i b a : B a s e L i v r o s D i d á t i c o s , 2 0 0 8 . p . 2 5 8 . ( C u r s o t é c n i c o e m e l e t r o t é c n i c a , m ó d u l o 1 , l i v r o 7 . ) Moléculas polares Moléculas apolares dp Q= Momento de dipolo elétrico Se tivermos uma densidade de dipolos n em um volume ∆v, temos no total n ∆v dipolos ∑ ∆ = = vn i itotal 1 pp Em qualquer dos casos (com moléculas polares ou apolares): ∑ ∆ = = vn i itotal 1 pp ∑ ∆ = →∆ ∆ = vn i i v v 1 0 1lim pPPolarização = 23 m C m Cm Vamos agora considerar um dielétrico, constituído por moléculas apolares (para simplificar nossa análise). Sem campo elétrico externo (E), tem-se P = 0. Aplicamos um campo elétrico. Obs.: o campo E está na direção a x2 + b x3 Que carga atravessou a superfície ∆S? θ∆ cos21 dSQn θ∆ cos21 dSQn + _ θ∆ cosdSQn Que carga atravessou a superfície ∆S? θ∆ cosSQn ∆Sd ⋅Qn ∆SP ⋅=∆ pQ ∑ ∆ = →∆ ∆ = vn i i v v 1 0 1lim pP Se agora considerarmos uma superfície fechada carga dielétrico superfície gaussiana ∫ ⋅−= S p dQ SP∆SP ⋅=∆ pQ Se agora considerarmos uma superfície fechada carga dielétrico superfície gaussiana ∫ ⋅−= S p dQ SP∆SP ⋅=∆ pQ (Se P dS for positivo, isso significa que cargas positivas “saíram” da superfície) Agora podemos falar de carga total QT. QQQ pT += Carga livre (sem índice) Carga de polarização D Q E QT ∫ ⋅ε= S T dQ SE0 ∫ ⋅= S dQ SD D Q E QT + + + + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - E + + + + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - E’ - - - - - + + + + + QQQ pT += PT QQQ −= ∫ ⋅−= S p dQ SP ∫ ⋅ε= S T dQ SE0 ( )∫ ⋅+ε= S dQ SPE0 Mas ∫ ⋅= S dQ SD ( )∫ ⋅+ε= S dQ SPE0 ∫ ⋅= S dQ SD PED +ε= 0 P é um termo adicional, presente quando há um dielétrico polarizável. No vácuo, P = 0. Há relação entre P e E? EP 0εχ= e Suscetibilidade elétrica do material Rε Permissividade relativa do material (ou constante dielétrica) ( )1+χ=ε eR ( ) EP 01 ε−ε= R PED +ε= 0 ( ) EED 00 1 ε−ε+ε= R ED Rεε= 0 ED ε= Rεε=ε 0Sendo a permissividade do material Campo elétrico de um dipolo Campo elétrico de um dipolo V = 0 O método das imagens V = 0 Superfície condutora O método das imagens V = 0 Superfície condutora Exercício (adaptado do exercício 5.6, Hayt Jr.) Uma carga pontual igual a 18µC está localizada no eixo z a 0,4m do plano z = 0. Esse plano é um condutor infinito. a) Determine a densidade superficial de carga no ponto (0,3; 0,4; 0). b) Determine D no ponto (0; 0,2; 0,2). c) Pode-se falar em densidade superficial de carga no ponto (0; 0,2; 0,2)? +18µC -18µC 0 , 4 m Imagem (0; 0; 0,4) (0; 0; -0,4)D(0,3; 0,4; 0) = ? Exercício (adaptado do exercício 5.6, Hayt Jr.) Uma carga pontual igual a 18µC está localizada no eixo z a 0,4m do plano z = 0. Esse plano é um condutor infinito. a) Determine a densidade superficial de carga no ponto (0,3; 0,4; 0). b) Determine D no ponto (0; 0,2; 0,2). c) Pode-se falar em densidade superficial de carga no ponto (0; 0,2; 0,2)? +18µC -18µC 0 , 4 m Imagem (0; 0; 0,4) (0; 0; -0,4) D(0,3; 0,4; 0) = ? No plano z = 0! +18µC -18µC 0 , 4 m (0; 0; 0,4) (0; 0; -0,4) D(0,3; 0,4; 0) = ? ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ++ ++ − −++ −+ ⋅ pi ⋅ = − 3 222 3 222 6 4,04,03,0 4,04,03,0 4,04,03,0 4,04,03,0 4 1018 zyxzyx aaaaaaD +18µC -18µC 0 , 4 m (0; 0; 0,4) (0; 0; -0,4) D(0,3; 0,4; 0) = ? ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ++ ++ − −++ −+ ⋅ pi ⋅ = − 3 222 3 222 6 4,04,03,0 4,04,03,0 4,04,03,0 4,04,03,0 4 1018 zyxzyx aaaaaaD Por que “-” ??? +18µC -18µC 0 , 4 m (0; 0; 0,4) (0; 0; -0,4) D(0,3; 0,4; 0) = ? ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ++ ++ − −++ −+ ⋅ pi ⋅ = − 3 222 3 222 6 4,04,03,0 4,04,03,0 4,04,03,0 4,04,03,0 4 1018 zyxzyx aaaaaaD Os componentes de D em x e em y se anulam; resta apenas o componente na direção z. (Lembre-se: trata-se de um condutor, e o campo deve ser normal a ele!) ( ) )C/m(10365,40473,3 4 1018 266 zz aaD − − ⋅−=−⋅ pi ⋅ = Na superfície condutora, ρS = D +18µC -18µC 0 , 4 m (0; 0; 0,4) (0; 0; -0,4) O mesmo procedimento é utilizado para calcular D no ponto (0; 0,2; 0,2). Observe que aqui não há somente componente em z, mas também em y. Isso porque o ponto em que calculamos o D não faz parte do plano condutor; é um plano no vácuo, e portanto agora ρS = 0 (ρS ≠ D). ( ) )C/m(21,11048,8 2µzy aaD −=Resultado: Condições de contorno Sabemos que na interface entre dois dielétricos: 21 tt EE = Snn DD ρ+= 21 Densidade superficial de cargas existente na superfície de separação Sabemos que na interface entre dois dielétricos: 2 2 1 1 21 ε = ε ⇒= tttt DD EE 221121 nnnn EEDD ε=ε⇒= (Consideramos ρS = 0 na superfície de separação.) A componente tangencial de D é descontínua; também é descontínua a componente normal de E. 21 tt EE = 21 nn DD = D2 D1θ1 θ2 Estamos considerando materiais isotrópicos e homogêneos, e portanto E e D têm a mesma direção e o mesmo sentido dentro do material: D = εE. 21 tt EE = 21 nn DD = 2211 coscos θ=θ⇒ DD 2211 sensen θ=θ⇒ EE 222111 coscos θε=θε⇒ EE (1) (2) (1) ÷ (2) 2 1 2 1 tg tg ε ε = θ θ Atenção! Utilizamos uma convenção de ângulos diferente daquela do Hayt Jr.!
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