Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo 
 
 
 
DEFINIÇÕES 
 Esplenomegalia: é o aumento de tamanho do baço como resultado de qualquer causa. 
 Esplenectomia total: é 
 Esplenectomia parcial: remoção de uma porção do baço.
 Esplenose: é a presença congênita ou traumática de nódulos múltiplos de tecido 
esplênico normal no abdome. 
 Placas sideróticas: são depósitos de ferro e cálcio, marrom ou
podem ser encontrados na superfície esplênica.
Introdução 
 O baço é responsável por inúmeras e importantes funções, principalmente as de 
ordem imunológica. O tecido esplênico é formado de substâncias que tem a principal ação de 
atuar nos macrófagos auxiliando na fagocitose bacteriana. O baço não é uma estrutura 
desprovida de função e sua ablação pode acarretar complicações sérias
intuito hoje é de preservar esse órgão, através de técnicas onde possamos fazer apen
esplenectomia parcial ou em casos de traumatismos esplenorrafia. 
Preocupações Pré-operatórias
 Esplenopatias cirúrgicas frequentemente apresentam esplenomegalia difusa ou focal. 
Esplenomegalia difusa (simétrica) pode ser atribuída a congestão (torções 
insuficiência cardíaca direita, dilatação
bacterinas ou viral), doença imunomediada
Esplenomegalias Focais (assimétrica) 
 Anemias decorrentes
de hematoma. 
 É importante que seja feito o perfil de coagulação. Pacientes hidratados com 
(hematócrito) HT inferior a 20%
sanguínea no pré-operatório.
 Sempre avaliar a hidratação do paciente, pois caso necessário deve
reposição de fluidos, corrigindo a desidratação. 
Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I
 
CIRURGIA DE BAÇO 
é o aumento de tamanho do baço como resultado de qualquer causa. 
: é a remoção cirúrgica do baço. 
Esplenectomia parcial: remoção de uma porção do baço. 
Esplenose: é a presença congênita ou traumática de nódulos múltiplos de tecido 
esplênico normal no abdome. 
Placas sideróticas: são depósitos de ferro e cálcio, marrom ou cor de ferrugem, que 
podem ser encontrados na superfície esplênica. 
O baço é responsável por inúmeras e importantes funções, principalmente as de 
ordem imunológica. O tecido esplênico é formado de substâncias que tem a principal ação de 
nos macrófagos auxiliando na fagocitose bacteriana. O baço não é uma estrutura 
desprovida de função e sua ablação pode acarretar complicações sérias, e por vezes fatais. O 
intuito hoje é de preservar esse órgão, através de técnicas onde possamos fazer apen
esplenectomia parcial ou em casos de traumatismos esplenorrafia. 
operatórias 
Esplenopatias cirúrgicas frequentemente apresentam esplenomegalia difusa ou focal. 
Esplenomegalia difusa (simétrica) pode ser atribuída a congestão (torções 
insuficiência cardíaca direita, dilatação-vólvulo gástrica, drogas), infecções (fúngicas, 
bacterinas ou viral), doença imunomediada (trombocitopenia imunomediada), neoplasias. 
Esplenomegalias Focais (assimétrica) – hematomas, neoplasias (hemangiossarcoma).
s de hemorragias agudas devido a traumatismo esplênico, ruptura 
É importante que seja feito o perfil de coagulação. Pacientes hidratados com 
HT inferior a 20% e hemoglobina inferior 7g/dL devem re
operatório. 
Sempre avaliar a hidratação do paciente, pois caso necessário deve
reposição de fluidos, corrigindo a desidratação. 
Clínica Cirúrgica I 
 
é o aumento de tamanho do baço como resultado de qualquer causa. 
Esplenose: é a presença congênita ou traumática de nódulos múltiplos de tecido 
cor de ferrugem, que 
O baço é responsável por inúmeras e importantes funções, principalmente as de 
ordem imunológica. O tecido esplênico é formado de substâncias que tem a principal ação de 
nos macrófagos auxiliando na fagocitose bacteriana. O baço não é uma estrutura 
, e por vezes fatais. O 
intuito hoje é de preservar esse órgão, através de técnicas onde possamos fazer apenas 
Esplenopatias cirúrgicas frequentemente apresentam esplenomegalia difusa ou focal. 
Esplenomegalia difusa (simétrica) pode ser atribuída a congestão (torções esplênicas, 
vólvulo gástrica, drogas), infecções (fúngicas, 
(trombocitopenia imunomediada), neoplasias. 
iossarcoma). 
agudas devido a traumatismo esplênico, ruptura 
É importante que seja feito o perfil de coagulação. Pacientes hidratados com 
7g/dL devem receber transfusão 
Sempre avaliar a hidratação do paciente, pois caso necessário deve-se fazer a 
Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I 
 
Considerações anestésicas 
 Pacientes anêmicos devem receber oxigênio antes da indução anestésica e durante a 
recuperação também. 
 Devem ser evitados os barbitúricos que causam congestão esplênica, deve-se também 
evitar acepromazina devido à hipotenção e sequestro eritrocitário e impacto na função 
plaquetária. Pode ocorrer hipotensão como esgotamento de volume após esplenectomia. É 
importante durante a cirurgia sempre verificar a pressão arterial sanguínea. 
 O uso de antibióticos depende mais da natureza da doença intercorrente. Em 
pacientes saudáveis, geralmente o uso de antibioticoterapia podem ser administrados 
perioperatóriamente, sendo interrompidos dentro de 24horas. 
Anatomia cirúrgica 
 O baço está localizado no quadrante abdominal cranial esquerdo, paralelo à curvatura 
maior do estômago, sendo que sua localização exata depende dos outros órgãos abdominais, 
tais como o estômago, que se repleto, desloca caudalmente o baço, e se o estômago estiver 
contraído o baço localiza-se dentro do gradil costal. 
 A cápsula esplênica é coposta por fibras musculares lisas e elásticas, o parênquima 
consiste de polpa branca (tecido linfoide), e polpa vermelha (seios venosos e tecido celular). 
Existe um grande número de receptores α-adrenérgicos responsáveis pela contração 
esplênica. 
 Quanto ao suprimento sanguíneo esplênico ele é da artéria esplênica, um ramo da 
artéria celíaca. A artéria esplênica emite de 3 a 5 ramos em direção ao terço distal do baço. O 
primeiro ramo vai para o pâncreas e supre o lado esquerdo desse órgão. Os outros ramos 
remanescentes correm em direção à metade proximal do baço, onde emitem de 20 a 30 ramos 
esplênicos que entram no parênquima do baço, após os ramos constituem o ligamento 
gastroesplênico até a curvatura maior do estômago, onde formam as artérias gástricas 
pequenas (suprem o fundo do estômago) e a artéria gastroepiplóica esquerda (supre a 
curvatura maior do estômago), outros ramos suprem o omento maior. A drenagem venosa é 
pela veia esplênica para o interior da veia gastroesplênica que é drenada para a porta. 
 
Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I 
 
 
 
Indicações cirúrgicas 
• Traumas; 
• Neoplasias; 
• Abscessos; 
• Lesões decorrentes de torções gástricas; 
• Hemorragias incontroláveis; 
• Torções esplênicas 
Técnicas cirúrgicas 
 Abordagem linha média ventral, da cartilagem xifoide até o ponto caudal ao umbigo. 
Em alguns casos onde o órgão está muito aumentado, se faz necessário a ampliação da incisão, 
para permitir uma boa exploração abdominal, principalmente nos casos de neoplasias. 
 Reparo de lacerações 
 A adoção da técnica de sutura do baço está reservada para as situações em que os 
traumatismos não atinjam o hilo esplênico e sejam passíveis da ráfia. 
 A esplenorrafia deve proporcionar uma boa hemostasia nas lesões traumáticas 
superficiais na cápsula esplênicas. Deve-se utilizar fio absorvível (3-0 ou 4-0) (ácido poliglicólico 
ou poliglactina 910 e até mesmo o categut cromado), embora o náilon tenha sido utilizado e 
não foram verificados problemas no pós-operatório. A sutura (contínua ou isolada) empregadadeverá fazer uma boa hemostasia, sendo bastante utilizado o ponto em Wolff. 
 Outra alternativa, é o uso do omento no momento da sutura. (figura 1). 
Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo 
 
 
 Esplenectomia parcial
 Está indicada em lesões traumáticas focais, tem o objetivo de preservar a função 
esplênica. 
 O baço pode ser exteriorizado facilmente, exceto nos casos onde ele está muito 
aumentado devido a tumores
removida, expondo o hilo, o omento maior é aberto na linha mediana entre o baço e a 
curvatura maior do estômago. Ao localizar a artéria e a veia esplênica e a artéria e veia 
gastroepiplóica esquerda, fica mais fácil 
mesmos, sempre lembrando que deve ser próximo ao parênquima esplênico. Os vasos devem 
ser duplamente ligados e depoi
extensão da isquemia que se desenvolve e use como parâmetro para a ressecção. Apertar o 
tecido esplênico nessa linha entre o polegar e o dedo indicador e retire a polpa esplêni
área isquêmica (figura 2). Coloque a pinça de Doyen 
baço entre as duas pinças 
 
 
 
 
 Após a colocação das d
porção indesejada. Deve ser aplicada duas linhas de sutura, a primeira pode ser a sutura de 
colchoeiro, sem fazer o nó inicial, para que no final da sutura podemos puxar nas duas 
Fig.:2 compressão digital sobre 
o parênquima esplênicos. 
Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I
 
Esplenectomia parcial 
Está indicada em lesões traumáticas focais, tem o objetivo de preservar a função 
ser exteriorizado facilmente, exceto nos casos onde ele está muito 
aumentado devido a tumores, por exemplo. Devemos definir a área do baço que deverá ser 
o hilo, o omento maior é aberto na linha mediana entre o baço e a 
estômago. Ao localizar a artéria e a veia esplênica e a artéria e veia 
gastroepiplóica esquerda, fica mais fácil à dissecação dos vasos para posterior ligadura dos 
mesmos, sempre lembrando que deve ser próximo ao parênquima esplênico. Os vasos devem 
depois devem ser seccionados entre as ligaduras. 
extensão da isquemia que se desenvolve e use como parâmetro para a ressecção. Apertar o 
tecido esplênico nessa linha entre o polegar e o dedo indicador e retire a polpa esplêni
. Coloque a pinça de Doyen (figura 3), na porção achatada e rompa o 
baço entre as duas pinças (figura 4). 
 
Após a colocação das duas pinças de Doyen será feita a secção do baço, removendo a 
porção indesejada. Deve ser aplicada duas linhas de sutura, a primeira pode ser a sutura de 
colchoeiro, sem fazer o nó inicial, para que no final da sutura podemos puxar nas duas 
Fig.:3 Clanp intestinal de 
Doyen 
Fig.4: após a compressão digital foram 
posicionadas as duas pinças de Doyen, entre 
elas, será seccionado o baço, e após será 
efetuada a sutura, duas linhas de sutura, uma 
colchoeiro e outra contínua simples na borda.
Fig. 1: Sutura do baço, utilizando o 
Wolff associado ao omento. 
Clínica Cirúrgica I 
Está indicada em lesões traumáticas focais, tem o objetivo de preservar a função 
ser exteriorizado facilmente, exceto nos casos onde ele está muito 
definir a área do baço que deverá ser 
o hilo, o omento maior é aberto na linha mediana entre o baço e a 
estômago. Ao localizar a artéria e a veia esplênica e a artéria e veia 
dissecação dos vasos para posterior ligadura dos 
mesmos, sempre lembrando que deve ser próximo ao parênquima esplênico. Os vasos devem 
seccionados entre as ligaduras. Observar a 
extensão da isquemia que se desenvolve e use como parâmetro para a ressecção. Apertar o 
tecido esplênico nessa linha entre o polegar e o dedo indicador e retire a polpa esplênica da 
na porção achatada e rompa o 
 
uas pinças de Doyen será feita a secção do baço, removendo a 
porção indesejada. Deve ser aplicada duas linhas de sutura, a primeira pode ser a sutura de 
colchoeiro, sem fazer o nó inicial, para que no final da sutura podemos puxar nas duas 
: após a compressão digital foram 
posicionadas as duas pinças de Doyen, entre 
seccionado o baço, e após será 
efetuada a sutura, duas linhas de sutura, uma 
colchoeiro e outra contínua simples na borda. 
Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo 
 
extremidades do fio de sutura, com o objetivo de tracionar e de fazer a hemostasia, na borda 
do baço podemos voltar com uma sutura contínua simples finalizando com o nó. Sempre 
lembrando que deve-se utilizar um fio absorvível sintético, de preferência monofilamento.
Avaliar a cavidade em busca de possíveis hemorragia
cavidade como de rotina. 
Esplenectomia total 
 Indicações: 
• Lesões extensas em nível de hilo;
• Fragmentação do órgão;
• Impossibilidade de controle de hemorragia, em 
traumas; 
• Importante contaminação peritoneal devido à associa
• Neoplasias; 
• Torções; 
Uma desvantagem da esplenectomia total é a perda das funções de reservatório, de 
defesa imune e de hematopoies
em pacientes com hipoplasia medular óssea, no qual o baço é um lugar importante 
para de hematopoiese.
 
Técnica Cirúrgica 
 Após o acesso cirúrgico pela linha média ventral, explore o abdome, exteriorize
e coloque tampões de laparotomia umedecidos ao redor da incisão, abaixo do baço. Após 
dissecar cuidadosamente os vasos esplênicos que estão 
e faça ligaduras duplas, para após seccionar os mesmos.
(3-0 ou 4-0). Devemos preservar os vasos gástricos, se possível. Após a ligadura dos vasos, só 
remover o baço (figura 5). 
 
 
Ao interromper o fluxo sanguíneo para o pâncreas através da artéria esplênica pode resultar 
em pancreatite e peritonite. 
 Fechar a cavidade de modo rotineiro.
Figura 5: Esplenectomia em um cão, observar a ligadura que está sendo 
realizada, nos vasos esplênicos
3-0, categut cromado. 
Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I
fio de sutura, com o objetivo de tracionar e de fazer a hemostasia, na borda 
do baço podemos voltar com uma sutura contínua simples finalizando com o nó. Sempre 
se utilizar um fio absorvível sintético, de preferência monofilamento.
ar a cavidade em busca de possíveis hemorragias, lavar com solução fisiológica e suturar a 
Lesões extensas em nível de hilo; 
Fragmentação do órgão; 
Impossibilidade de controle de hemorragia, em geral quando apresenta inúmeros 
Importante contaminação peritoneal devido à associação de traumatismos intestinais;
Uma desvantagem da esplenectomia total é a perda das funções de reservatório, de 
defesa imune e de hematopoiese e filtração. A esplenectomia total é contra
em pacientes com hipoplasia medular óssea, no qual o baço é um lugar importante 
para de hematopoiese. 
Após o acesso cirúrgico pela linha média ventral, explore o abdome, exteriorize
e coloque tampões de laparotomia umedecidos ao redor da incisão, abaixo do baço. Após 
dissecar cuidadosamente os vasos esplênicos que estão próximos ao parênquima, disseque
e faça ligaduras duplas, para após seccionar os mesmos. O fio utilizado deverá ser absorvível 
0). Devemos preservar os vasos gástricos, se possível. Após a ligadura dos vasos, só 
Ao interromper o fluxo sanguíneo para o pâncreas através da artéria esplênica pode resultar 
 
Fechar a cavidade de modo rotineiro. 
Esplenectomia em um cão, observar a ligadura que está sendo 
nos vasos esplênicos, bem próxima do parênquima. Fio absorvível 
0, categut cromado. 
Clínica Cirúrgica I 
fio de sutura, com o objetivo de tracionar e de fazer a hemostasia, na borda 
do baço podemos voltar com uma sutura contínua simples finalizando com o nó. Sempre 
se utilizar um fio absorvível sintético, de preferência monofilamento. 
, lavar com solução fisiológica e suturar a 
geral quando apresenta inúmeros 
ção de traumatismos intestinais; 
Uma desvantagem da esplenectomia total é a perda das funções de reservatório, de 
e e filtração. A esplenectomia total é contra-indicada 
em pacientes com hipoplasia medular óssea, no qual o baço é um lugar importante 
Após o acesso cirúrgico pela linha média ventral, explore o abdome, exteriorize o baço 
e coloquetampões de laparotomia umedecidos ao redor da incisão, abaixo do baço. Após 
próximos ao parênquima, disseque-os 
deverá ser absorvível 
0). Devemos preservar os vasos gástricos, se possível. Após a ligadura dos vasos, só 
 
Ao interromper o fluxo sanguíneo para o pâncreas através da artéria esplênica pode resultar 
Profª. Josaine C. da S. Rappeti Pedrozo – Clínica Cirúrgica I 
 
Pós-operatório 
 Ao efetuar biópsia esplênica ou esplenectomia, o paciente deverá ser observado por 
24 horas, para verificar casos de hemorragia. Pode ser avaliado o HT a cada 3 a 4 horas, deve 
ser administrado oxigênio nasal ou por máscara, ou por tenda, para os casos de pacientes 
anêmicos. 
 Hemorragias podem significar falhas na técnica ou coagulação intravascular 
disseminada (pode ocorrer em lesões neoplásicas grandes ou baços torcidos). 
 Caso necessário deverá ser administrado fluidoterapia, até o paciente manter a 
hidratação. 
Complicações 
 Hemorragia – ocorre mais nos casos de esplenectomia parcial. 
 Pancreatite traumática e fistulações gástrica (devido à ligadura de vasos que irão 
causar necrose no órgão em questão). 
 
Bibiografia. 
FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais, segunda edição, editora Roca, 2005, 1390p. 
SLUIJS, VAN, F. J. Atlas de Cirurgia de Pequenos Animais, editora Manole, 1992. 141p.

Mais conteúdos dessa disciplina