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Moldagem anatômica e funcional em prótese total

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Moldagem anatômica e funcional em prótese total: passo a passo.
-Moldagem anatômica ou preliminar:
O posicionamento do paciente na cadeira deve ser de forma que facilite nossa ação. Portanto, para a moldagem do arco superior o melhor posicionamento é aquele em que a comissura labial esteja em nível da metade inferior do braço e para a moldagem do arco inferior, em nível do terço superior do braço. 
A seleção e adaptação das moldeiras de estoque, estas moldeiras necessitam de prévia seleção, que deve ser feita por tentativas, iniciando a seleção pela moldeira média e diminuindo ou aumentando o tamanho conforme necessidade, dando-se preferência aquela que exija menos ajustes. É importante que esteja bem centralizada, e que faça um bom recobrimento, levando-se em conta o formato do arco. 
Ao individualizar a moldeira, ela será especifica para cada paciente, pois, a partir do momento que a moldeira é individualiza do modelo do paciente, todas as características daquele paciente serão obtidas a partir dessa moldeira. As moldeiras são individualizadas com cera utilidade. 
A manipulação do material: após a dispensação do material, obedecendo rigorosamente as proporções indicadas pelo fabricante, inicia-se a manipulação vigorosa e rápida para ganhar tempo de trabalho. Este procedimento deve ser realizado com luvas para que não haja incorporação de oleosidade e contaminação por sujeira da mão, para a prevenção de doenças. 
Carregamento da moldeira: a moldeira deve ser carregada de tal forma que o material a recubra totalmente, de maneira uniforme, inclusive nas bordas, para induzir o material a contornar o fórnix do vestíbulo. Para a moldeira superior devemos uma concentração maior de material na região central do palato e para a moldeira inferior, na região interna posterior. 
Introdução na boca: com um dos flancos da moldeira se distenderá uma das comissuras e assim se produzirá a introdução sem promover a remoção ou amassamento do material da borda. Neste ato é necessário que o paciente esteja com a boca entre aberta para diminuir o tônus da musculatura perioral. 
Centralização da moldeira: a moldeira deverá ser centralizada com base no plano sagital do paciente. 
Compressão: deve ser leve para o alginato, devido a escoação e viscosidade do material. Deve ser moderado para silicona, promovendo assim, seu escoamento. A manutenção da compressão se dá até o momento em que se sente o aprofundamento da moldeira, que deve ser controlado, para não provocar a exposição da mesma, o que representaria excesso de pressão. 
Tracionamento da musculatura: uma vez comprimido e observado o escoamento do material, deve-se realizar o tracionamento da musculatura tantoda bochecha quanto dos lábios. Se o material tem pouco escoamento é necessário uma tração vigorosa, mantendo nesta posição por alguns segundos, para permitir que o material contorne a borda da moldeira e molde corretamente o fórnix dovestíbulo. Na moldagem inferior, além do tracionamento, deve ser solicitado ao paciente a movimentação vigorosa da língua nos sentidos: para fora, para os lados e para cima, em direção à região posterior para imprimir as características dos músculos da região sublingual. 
Estabilização: é o período após o tracionamento em que se aguarda o endurecimento do material de moldagem de forma estabilizada, ou seja, sem promover qualquer movimentação para não deformá-lo incorretamente. 
Remoção: há necessidade de quebrar o vedamento periférico, feito com o levantamento do lábio e bochecha, permitindo a entrada de ar entre o molde e a fibromucosa. 
Exame do molde: após lavado e seco deve-se proceder à análise da porção interna do molde. Devemos observar se o material apresenta superfície uniforme, sem dobras; se a borda apresenta contorno adequado; se não houve falta de material em toda porção interna; se não houve distorção no ato da remoção; se a compressão não foi excessiva, com exposição da moldeira e verificar a centralização. 
O molde sendo considerado bom é realizado o vazamento de gesso para a obtenção do modelo anatômico, sobre o qual se construirá a moldeira individual, além de proporcionar uma visualização exata da extensão da área a ser moldada, dascaracterísticas do rebordo e das inserções musculares. 
Desinfecção do molde: lavar o molde em água corrente e imergir em hipoclorito de sódio a 1% deixando-o agir por 10 minutos. Após a desinfeccção do molde, é o momento de vazar o gesso no molde, utilizar o gesso comum e após a presa do gesso, fazer alívios em cera nas áreas indicadas e iniciar a acrilização do modelo anatômico com resina acrílica ativada quimicamente para obter a moldeira individual em RAAQ.
-Moldagem funcional ou final: os materiais utilizáveis na moldagem funcional são: pasta de óxido de zinco e eugenol, Polissulfetos (permlastic, coeflex), Polieter (impregum, polygel), Silicone de adição (Express, Imprint, aquasil) etc.
Determinação da área chapeável:
 É a determinação dos limites da prótese, devem ser determinadas de maneira que não causem desestabilização da prótese quando em função. 
 Com lápis cópia marcar no modelo preliminar as delimitações da área chapeável:
 Zonas da área chapeável:
 Zona principal de suporte: são as vertentes do rebordo, tanto superior quanto inferior
 Zona secundária;
 Zona de alívio: regiões que se receberão pressão excessiva podendo causar dor;
 Zona de fecho periférico: será de fundamental importância para realiza a primeira etapa da moldagem funcional;
 
Alívio em cera
 Alívios superiores: 1-freio labial 2-fundo de vestíbulo
 Alívios inferiores: 1-região vestibular anterior 2-inserções laterais 3-extensões da região da papila retromolar 4-região de freio lingual 5-fundo de vestíbulo
 Isolamento do modelo com cel-lac
Confecção da moldeira individual:
Serve para reproduzir de forma precisa toda a área basal no estado de função. A moldeira individual deve ser transparente, pois quando colocada na boca do paciente permite uma visualização de áreas isquêmicas que indica compressão exagerada e pode ser aliviada antes da moldagem funcional, deve ter rigidez para que não sofra deformações durante a moldagem e deve ter bordas lisas e arredondadas o que vai permitir o escoamento do material de moldagem. Sendo assim a moldeira individual vai determinar com maior exatidão os limites da área da futura prótese e moldar a mucosa com precisão. 
Técnica de confecção da moldeira individual: utilizar o modelo preliminar já com áreas chapeáveis determinadas e alívios feitos, selar com duas camadas de cel-lac, passadas com auxílio de um pincel, preparar resina acrílica incolor, manipular em um pote de vidro, tampar e aguardar ate o início da fase plástica, remover do pote e fazer uma bolinha, que será comprimida entre duas placas de vidro vaselinadas deixando com uma espessura de 2mm, em seguida, acomodada sobre o modelo e remover os excessos, com auxilio de uma espátula lecron, cuidar para que não haja expansão do material, confeccionar um cabo e após a polimerização realizar o acabamento deixando bordas arredondadas e lisas com auxilio do disco carborundum, fresa maxicut, lixa d’água. Para que não machuque o paciente e para permitir o escoamento do material moldador. 
Moldagem funcional 
 É o molde da boca do paciente, e dá origem ao modelo funcional, que é usado para a conclusão da prótese. A moldagem funcional visa copiar as regiões de mucosa com as deformações que elas sofreriam se o paciente estivesse utilizando a prótese total em uma mastigação. 
 O selado periférico com godiva visa permitir que os tecidos estabeleçam suas próprias relações de contato com o material de moldagem. Fluidez adequada, adesividade à moldeira, rigidez adequada após resfriada e estabilidade dimensional, deve ser feito em todo contorno superior e inferior, deve ter uma espessura adequada, espessura mais alargada em divisão de palato duro e mole, contorno arredondado, superfície fosca, sem dobras e rugosidades. Deve ser feito em 5 etapas: 1º anterior, 2º lateral (direita), 3ºlateral (esquerda), 4º posterior e 5º refazer alguma área.
Moldagem funcional com Óxido de zinco-eugenol (Lysandra): escoamento uniforme, adesividade à moldeira e facilidade de separação, segunda moldagem, copia os detalhes anatômicos necessários para a PT, usar comprimentos iguais, onde automaticamente é obtido a proporção 1 (pasta branca) por 2 (pasta vermelha). Deve-se realizar movimentação: movimentação da musculatura pelo paciente e manipulação: movimentação feita pelo profissional, ambas durante o processo de moldagem.
 - Reproduz a área basal de forma dinâmica (objetivo dessa moldagem é ser dinâmica e permitir uma simulação de como será essa prótese adaptada aos tecidos no momento em que o paciente está realizando suas funções);
 - Confecção de bases de prótese que respeitem os limites de tolerância fisiológicos dos tecidos de suporte;
 - Técnica de moldagem pressão seletiva (compressão / não-compressão)
 - A moldeira individual é usada na moldagem funcional porque permite a obtenção de maiores detalhes anatômicos, adaptação, individualização e moldagem de freios e bridas. 
 
Modelo funcional:
 Sua superfície externa, que corresponde à área basal, constituíra a superfície interna na futura prótese, e quanto mais fiel sua copia, maior será sua retenção. Tem como objetivo atingir os princípios de suporte, retenção e estabilidade por meio da moldagem funcional. Será utilizado na montagem do articulador, onde será acomodada a base de prova. 
Para confecção do modelo funcional é utilizado gesso especial (gesso pedra), porque precisa ter resistência o suficiente para o processamento laboratorial da prótese. Realizar caixote de cera, vazar o gesso pedra somente na área útil do modelo, após presa do gesso pedra, completar com gesso comum, e, após presa deixar imerso em água fria por 10 minutos e em seguida 3 minutos em água fervendo e com auxilio de uma espátula nº 7, descolar cuidadosamente a moldeira individual do modelo funcional.
Confecção da base de prova:
 É a base provisória da futura prótese. Na sua confecçã,o deve ser determinado no modelo funcional, a área chapeável, bem como o alívio em cera e isolamento do modelo, para, em seguida, confeccionar a base de prova com a mesma técnica utilizada na confecção da moldeira individual, com exceção do cabo. Vai servir como base para o plano de cera. 
Sequência de ajuste do plano de cera superior:
1-Plastificação a lâmina de cera sobre a chama;
2-Dobrar a lâmina em "sanfona" (procurando conseguir uma perfeita união das superfícies, evitando que incorporem bolhas de ar); 
3-Obtenção de um rolete de cera plástica;
4-Levar novamente o rolete de cera a chama e dobrar o rolete ao meio para aumentar a espessura e diminuir o comprimento; 
5-Adaptação do plano de cera sobre a região do rebordo, na chapa de prova, dando a forma de um arco dental;
6- Adaptar o plano de cera sobre a chapa de prova, unindo-os firmemente com cera fundida;
7- Ajuste do plano de cera, na sua porção oclusal, anterior e posterior, esboçando uma curva anteroposterior (curva de SPEE).
8- Acabamento do plano de cera será dado utilizando-se a espátula bem aquecida para prover alisamento na superfície vestibular e lingual e uma espátula de pintor para o acabamento da superfície oclusal. O plano estará finalizado ao apresentar suas superfícies totalmente lisas e uniformes.
Para a orientação do plano de cera, é necessário confeccionar um rolete de cera que será firmemente unido à chapa de prova, com isso, serão registradas as diferentes operações de interesse protético, que constituem a importância do ajuste do plano de cera. Serão determinados: as relações intermaxilares (dimensão vertical de oclusão e relação central), suporte adequado aos lábios e bochechas, linhas de referências para a seleção dos dentes, montagem dos dentes artificiais. Sem esses planos corretamente determinados, não há possibilidade de uma prótese realizada corretamente, o trabalho será falho e não irá servir para o paciente. O plano de cera superior deverá ser paralelo ao plano protético lateralmente e, na região anterior, paralelo à linha orbicular. Este paralelismo possibilitará, durante a função, que as forças oriundas do ato mastigatório incidam perpendicularmente sobre o rebordo, proporcionando estabilidade da prótese.

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