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! INSTITUTO LATO SENSU CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA !!!!!!!!!!!!!!!!!! CURSO DE TYPODONT !!! Prof. Ms. Marcus Barreto Vasconcelos Profa. Ms. Maura Régia Lima Verde Moura Lopes !!!!!!!!!!!! 2014 1. Introdução: ! O objetivo do curso de Typodont é possibilitar que o aluno visualize todas as fases de um tratamento ortodôntico: Observar a movimentação dentária, conhecer os tipos de movimentos, conhecer as características das forças utilizadas na ortodontia e alcançar um nível de adestramento manual adequado, para que possa ser empregado na Clínica, em pacientes. ! O curso será dividido em três partes: ! • Manejo com fios ortodônticos; • Tratamento de um pacientes com má oclusão Classe II com apinhamento severo, utilizando a técnica Edgewise. • Tratamento de um paciente com má oclusão Classe I, utilizando a técnica Straight wire. ! 1. .Manejo de fios Ortodônticos: ! O manejo com fio ortodôntico tem por finalidade familiarizar o aluno com instrumentais e fios de aço utilizados na ortodontia. As normas de ergonomia devem ser sempre observadas: • Posição no mocho: O profissional deve estar sentado, com a coluna ereta, pés apoiados no chão, joelhos em ângulo de 90 graus, braços em contato com o tronco e cotovelos em 90 graus. ! • Apreensão do alicate: O alicate deve ser apreendido de forma firme, com o punho reto e ser sempre utilizado com apoio, a dobra no fio deverá ser realizadas com os dedos. ! ! ! ! Retificação do fio: Tem por objetivo deixar o fio ortodôntico a ser trabalhado sem curvaturas em todos os três planos. Deve ser realizado utilizando o alicate 139 para fios redondos e o alicate de torque para fios retangulares, se for o caso. !! !!!!!!!!!! Exercício 01: ! 1. Cortar um pedaço de 20 cm de fio 0, 014”, 0,016” e 0,018” e retificá-los. ! Dobras com fios ortodônticos: ! 2. Com os fios acima retificados, confeccionar os seguintes desenhos: !! !!!!!!!!!!! Digite para introduzir texto Digite para introduzir texto Digite para introduzir texto Digite para introduzir texto Exercício 02: ! Construir: ! • 2 varetas de 20 cm com ômegas a cada 1 cm com os fios 0,014” e 0,016” ! ! • 2 varetas de 20 cm com alças simples a cada 1 cm com os fios 0,014” e 0,016” ! ! • 2 varetas de 20 cm com alças em “L” a cada 1 cm com os fios 0,014” e 0,016” ! ! • 2 varetas de 20 cm com alças em duplo “L” a cada 1 cm com os fios 0,014” e 0,016” ! ! • 2 varetas de 20 cm com alças em “T” a cada 1 cm com os fios 0,014” e 0,016” ! ! ! O SIMULADOR MECÂNICO Para o desenvolvimento, treinamento e aprendizado de técnicas mecânicas empregadas é que utilizamos simuladores ortodônticos ( TYPODONT ) . São mecanismo articulados de aço que propicia ao aluno e ao pesquisador avaliar as inúmeras possibilidades de mecanismos para a correta e previsível movimentação dentária. !!!! !!!!!!!!!!!!!! ORGANIZAÇÃO DA BANCADA ! Para a realização das etapas do simulador é necessário um ritual de organização e disposição dos materiais e instrumentais. ! ! INSTALAÇÃO DOS ACESSÓRIOS ! Fase profilática prévia a procedimentos de colagem. A limpeza e a profilaxia prévia da cavidade bucal é uma importante fase em todas as áreas da odontologia agindo na eliminação de fatores de contaminação cruzada. Na ortodontia, além da importância do controle da flora bacteriana e da infecção cruzada a eliminação da película aderida ao esmalte é um fator extremamente importante para a adesão e estabilidade do dos acessórios ortodônticos. ! !!!!!!!!! A profilaxia deverá seguir o seguinte protocolo: ! Ø Profilaxia com taça de borracha ou escova de Robson montada em contra-ângulo Ø Utilização de material abrasivo para profilaxia odontológica (pedra- pomes) Ø Remoção total do excesso de óleo no contra-ângulo Ø Não tocar a taça girando na gengiva Ø Lavar com jato de água em seringa tríplice ! Separação dos dentes para bandagem A separação dos dentes é o primeiro procedimento clínico ortodôntico que visa aliviar o ponto de contato e conseguir espaços para a adaptação das bandas ortodônticas. Como irá ocorrer uma movimentação dentária, onde não se tem espaço para o movimento e consequentemente haverá pressão, o paciente deverá ser orientado a utilização de medicamento analgésico e deverá realizar a colocação dos elásticos 3 a 4 dias antes da consulta. Métodos de separação Podemos utilizar alguns métodos de separação dos dentes, mas devemos lançar mão do método que menos irá causar desconforto ao paciente e ao mesmo tempo o que irá trazer menor desconforto a instalação. Os métodos podem ser divididos em afastamento com elásticos ou fios rígidos. ! ! ! Afastamento com material elástico ! O afastamento com elástico pode deverá ser realizado com material próprio para afastamento. Os métodos de inserção é que podemos utilizar – alicates próprios, pinça porta grampo modificado para elástico, fio dental. ! ! !!!!!!!!! Bandas ortodônticas - pré-fabricadas BANDAS REGULARES (UNIVERSAIS) São bandas ortodônticas de uso geral para utilização nos dentes superiores e inferiores. Estas bandas deverão ser adaptadas e brunidas definindo os sulcos das cúspides. ! ! !!!! ! ! BANDAS PRÉ CONTORNEADAS Estas bandas apresentam comercialmente divididas em superiores e inferiores com as devidas identificações. As bandas ortodônticas pré-contornadas são desenvolvidas para melhor adaptação à anatomia do dente. Seu desenho anatômico envolve melhor o dente e, com isso, evita problemas com interferências. Produzida com uma liga de aço que é maleável e ao mesmo tempo resistente, evita deformações oclusais enquanto é feita a adaptação coroa do dente. ! ! ! !!!!!! - Sem acessórios soldados A banda comercialmente apresentada sem os acessórios estarem soldados previamente, possibilita a escolha do acessório bem como a posição do mesmo. Sua apresentação também pode ser como regular (universal) ou pré contorneadas. ! ! ! ! ! !! - Com acessórios soldados Acessório utilizado na ortodontia no sentido de otimização proposto por este trabalho. O acessório soldado diminui uma fase na montagem do acessório, e também os tubos possuem uma solda industrial melhor que a realizada pelas máquinas de solda a ponto utilizada nos consultórios. O posicionamento da banda para a cimentação deverá obedecer rigorosamente a crista marginal do dente. Bandas superiores e inferiores - Sentido ocluso cervical No sentido ocluso cervical “ altura “ a banda deverá ter sua adaptação estabelecida pela crista marginal . A banda deve seguir a orientação da crista marginal. ! ! Tubos ortodôntico Tubos para soldagem No protocolo da mecânica straight wire otimizada os tubos indicados são devido à versatilidade e as diversas possibilidades de mecânica. Mesmo com a possibilidade de colagem de acessórios a indicação são os tubos soldados devido a estabilidade do acessório e na utilização de forças ortopédicas em certos casos. ! ! ! ! ! SUPERIORES: • Roth Triplo conversível Slot.022"x.028" e Roth simples slot. Slot.022"x.028" ! ! ! ! ! INFERIORES: • Roth duplo para arco base. Slot.022"x.028" e Roth simples Slot.022"x.028" ! ! ! ! ! ! ! Posicionamento dos tubos O posicionamento dos tubos devem obedecer ao seguinte critério dentro da técnica Straight Wire, e que utilizamos também na técnica otimizada. Partindo do pressuposto que a banda esteja posicionada conforme orientação anterior, os tubos deverão ser posicionados: SUPERIOR: • PRIMEIRO MOLAR. No sentido ocluso cervical - no meio da banda. No sentido mesio distal – a entrada do tubo deverá coincidir com o meio da cúspide mesio vestibular. ! Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), o tubo deverá ser posicionado na medida da distância ocluso cervical do molar dividido esta medida por 2 e marcadocom posicionador. ! • SEGUNDO MOLAR. No sentido ocluso cervical - no meio da banda. No sentido mesio distal – no centro da banda ( obedecer a posição anatômica do tubo quando existe a marcação das cúspides na banda) ! Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), deverá ser a mesma do primeiro molar. ! ! INFERIOR: • PRIMEIRO MOLAR. No sentido ocluso cervical - no meio da banda. No sentido mesio distal – a entrada do tubo deve coincidir com o sulco mesio vestibular ( centro da banda ) ! Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), o tubo deverá ser posicionado na medida da distância ocluso cervical do molar dividido esta medida por 2 e marcado com posicionador. ! • SEGUNDO MOLAR. No sentido ocluso cervical - no meio da banda. No sentido mesio distal – no centro da banda ( obedecer a posição anatômica do tubo quando existe a marcação das cúspides na banda ) ! Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), deverá ser a mesma do primeiro mola ! Cimentação das bandas Cimentos indicados para cimentação das bandas ortodônticas. Pó – líquido ( auto polimerizável) Os ionômeros de vidro surgiram dos estudos pioneiros de Wilson & Kent no início da década de 70 (1971), e foram introduzidos no mercado em 1975, passando depois por sucessivas modificações, tais como a incorporação de resina para atender necessidades clínicas individuais, melhorando suas propriedades físicas, resistência e longevidade. Os sistemas vítreos mais utilizados em odontologia como formadores de cimentos de ionômero de vidro são os baseados no sistema ternário SiO2 – Al2O3 – CaO2, e apresentam razão molar Al:Si igual ou superior a 1:2. A partir desse sistema originaram-se outros mais complexos e com melhores propriedades, pela inclusão de novos componentes, tais como óxidos de BaO ou SrO, modificadores ópticos, que conferem ao cimento um aspecto estético semelhante à estrutura dentária, e fluoreto de cálcio (CaF2) e pentóxido de fósforo (P2O5), que promovem uma melhora nas propriedades como resistência mecânica e adesão ao dente. Ancoragem Ortodôntica • Método pelo qual são geradas forças intra e extra bucais e são utilizadas para estabilizar, movimentar dentes ou direcionar crescimento ósseo do complexo maxilo-mandibular. ! Dispositivos de ancoragem • Ancoragem extra-bucal – AEB – Máscara facial – Mentoneira • Ancoragem intra-bucal – Barra transpalatina – Placa labioativa – Elásticos intermaxilares – Arco lingual – Miniimplantes – ! Aparelho extra-bucal Ancoragem acessória para mecânica ortodôntica Aumento do perímetro do arco através da distalização dos 1º. Molares permanentes Alterações ortopédicas no esqueleto facial Correção da mordida profunda Correção da mordida aberta anterior ! Partes do extra-bucal Arco facial composto arco externo (facial) arco interno (bucal) !! Apoio cervical ! !! ! ! ! !! Elástico, mola ou tracionador !! ! ! ! ! Placa lábio-ativa PLA é constituída de fio 0,9 mm e um escudo acrílico (escudo labial inferior), sendo que este último se interpõe entre o lábio inferior e os incisivos inferiores enquanto que as extremidades do fio são ajustadas no tubo dos primeiros molares permanentes, tendo os objetivos abaixo: - Ancoragem inferior - Recuperação do espaço mandibular, através da vestibularização dos incisivos inferiores e até distalização dos molares inferiores. ! Colagem de braquetes: Posicionamento do braquetes O posicionamento dos braquetes na filosofia straight wire segue a preconização do autor, onde Andrews em 1970 sugere a colagem dos braquetes seguindo o eixo verCcal da coroa clínica e seu posicionamento sendo no centro da coroa clínica. A probabilidade de erros de colagem aos iniciantes na ortodonCa é muito grande, sendo um fator negaCvo a falta de uma referência simples e objeCva para auxiliar os iniciantes e até mesmo os experientes na ortodonCa. O iniciante na ortodonCa fica sem referência para a colagem, visto que o posicionamento sugerido pelo autor da filosofia fica subjeCvo ao iniciante. Pensando nisto, preconizaremos em nossos trabalhos laboratoriais e clínicos a uClização do posicionamento com referência ao incisivo central. A escolha do referencial de colagem nos incisivos centrais é devido aos pilares do tratamento ortodônCco – estéCca e função. Na avaliação estéCca o incisivo central é o pilar de referência a altura dos outros dentes anteriores ou mesmo dos posteriores, e mesmo de fácil avaliação por estar em uma parte privilegiada para medições. Na avaliação funcional, na busca da oclusão funcional e oclusão mutuamente protegida , a altura dos incisivos são extremamente importante na desoclusão dentária nos movimentos de protrusão. O correto posicionamento dos tubos e bráquetes é de importância vital para as correções ortodônCcas, pois a posição final do dente é diretamente ligada ao posicionamento do bráquete, se o bráquete está bem posicionado no dente, consequentemente, o dente ficará em uma posição adequada. Durante o processo de colagem de bráquetes deve-se considerar o posicionamento o seu posicionamento horizontal e vertical, bem como sua angulação. Posicionamento Horizontal: De uma maneira geral, os bráquetes devem ser posicionados no meio da coral clínica no sentido mésio-distal. Alguns autores preconizam, em casos de grandes giro- versões, o deslocamento do bráquete no sentido da rotação, facilitando sua correção. Algumas vezes, principalmente para os profissionais com menor experiência, existe alguma dificuldade em localizar os briquetes horizontalmente. Para minimizar os erros, podemos adotar como referência os seguintes pontos: - Incisivos: bordas mesial e distal; - Caninos e pré-molares: bordas mesial e distal e ponta de cúspide vestibular; - Primeiros molares: face lingual do molar; - Segundos molares: sulco vestibular. Angulação dos braquetes: Na técnica Straight wire todos os braquetes devem ser posicionados perpendiculares ao longo eixo do dente. Isso se deve ao fato de que as angulações dos dentes encontram-se inseridas nos slots (encaixe) dos braquetes. Altura dos braquetes (afastamento oclusal): A distância entre a incisal/oclusal do dente e o slot (encaixe) do braquete é chamado de afastamento oclusal e é representado pelo “X”. Inicialmente, deve-se medir a coroa clínica de cada dente com o auxílio de um compasso de ponta seca e uma régua milimetrada. Todos os dentes que receberão acessórios devem ser medidos e os resultados anotados em ficha própria. Ficha de determinação do “X” Após se determinar a medida cérvico- oclusal (C-O) de cada dente, divide-se por 2 cada valor e comparamos com a tabela de colagem de braquetes. Adota-se a linha que houver maior número de coincidências entre o C-O/2 e a tabela. Em casos em que o numero de coincidências empatar em duas ou mais linhas da tabela, adota-se a posição do incisivo central e 1o. pré-molar. O Incisivo central é adotado como referência no superior pela importância estética e o 1o. pré-molar no inferior por sua coroa apresentarmaior convexidade, e o posicionamento do braquete interferir mais no torque (inclinação vestibulo-lingual) do dente. No caso apresentado acima, a adotada para o superior seria a linha + 0,5 mm, conforme abaixo: No typodont para que seja alcançada uma padronização, será adotada a linha “- 0,5 mm“ na tabela, conforme se segue: Superior: Inferior: 7 6 5 4 3 2 1 Dente 1 2 3 4 5 6 7 C -‐ O C-‐O/2 X 7 6 5 4 3 2 1 Dente 1 2 3 4 5 6 7 7 8 9 10 11 10 11 C -‐ O 11 10 11 10 9 8 7 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 5,0 5,5 C-‐O/2 5,5 5,0 5,5 5,0 4,5 4,0 3,5 X + 0,5 mm 5,5 5,0 5,5 5,0 4,5 3,5 2,0 COLAGEM DE BRAQUETES O correto posicionamento dos braquetes é de suma importância para o tratamento ortodôntico, pois a posição do braquete ditará a posição do dente no final do tratamento. Se o braquete estiver bem posicionado, o dente estará bem posicionado, caso contrário, a finalização será deficiente. Posicionamento dos braquetes e acessórios: Devem ser posicionados no centro da coroa dentária, salvo em casos específicos, onde a alteração no posicionamento favoreça o tratamento. Vide mais a frente. Durante o posicionamento do acessório devem ser observados três fatores: - Posicionamento vertical - Posicionamento horizontal - Angulação Posicionamento vertical: TABELA RECOMENDADA PARA COLAGEM DE BRAQUETES SUPERIOR 1 2 3 4 5 6 7 + 1 mm 6,0 5,5 6,0 5,5 5,0 4,0 2,0 + 0,5 mm 5,5 5,0 5,5 5,0 4,5 3,5 2,0 Média 5,0 4,5 5,0 4,5 4,0 3,0 2,0 -‐0,5 mm 4,5 4,0 4,5 4,0 3,5 2,5 2,0 -‐ 1 mm 4,0 3,5 4,0 3,5 3,0 2,0 2,0 INFERIOR 1 2 3 4 5 6 7 + 1 mm 5,0 5,0 5,5 5,0 4,5 3,5 3,5 +0,5 mm 4,5 4,5 5,0 4,5 4,0 3,0 3,0 Média 4,0 4,0 4,5 4,0 3,5 2,5 2,5 -‐ 0,5 mm 3,5 3,5 4,0 3,5 3,0 2,0 2,0 -‐ 1,0 mm 3,0 3,0 3,5 3,0 2,5 2,0 2,0 -‐0,5 mm 4,5 4,0 4,5 4,0 3,5 2,5 2,0 Deve-se inicialmente determinar o Afastamento oclusal (X). O afastamento oclusal é a distância entre a borda incisal ou oclusal e o slot (encaixe). Para determinar o X deve-se proceder da seguinte maneira: Dentes superiores anteriores: 1. Com um compasso de ponta seca mede-se o tamanho cervico-incisal do Incisivo Central superior; 2. Divide-se o valor encontrado por dois e assim determina-se o X; 3. O valor de X corresponde ao meio da coroa clínica do dente em questão; 4. Para posicionarmos o acessório no Incisivo Lateral utilizamos a medida X-0,5 mm; 5. Para posicionarmos o acessório no Canino utilizamos a medida X+0,5 mm. Dentes superiores posteriores: 1. Com um compasso de ponta seca mede-se o tamanho cervico-incisal do premolar superior; 2. Divide-se o valor encontrado por dois e assim determina-se o X’; 3. O valor de X’ corresponde ao meio da coroa clínica do dente em questão; 4. Para posicionarmos o acessório no primeiro molar utilizamos a medida X’-0,5 mm; 5. Para posicionarmos o acessório no segundo molar utilizamos a medida X’ - 1,0 mm. Dentes inferiores anteriores: 1. Com um compasso de ponta seca mede-se o tamanho cervico-incisal do Incisivo Central inferior; 2. Divide-se o valor encontrado por dois e assim determina-se o X; 3. O valor de X corresponde ao meio da coroa clínica do dente em questão; 4. Para posicionarmos o acessório no Canino utilizamos a medida X+0,5 mm. -‐ 0,5 mm 3,5 3,5 4,0 3,5 3,0 2,0 2,0 Dentes inferiores posteriores: 1. Com um compasso de ponta seca mede-se o tamanho cervico-incisal do premolar inferior; 2. Divide-se o valor encontrado por dois e assim determina-se o X’; 3. O valor de X’ corresponde ao meio da coroa clínica do dente em questão; 4. Para posicionarmos o acessório no primeiro molar utilizamos a medida X’-0,5 mm; 5. Para posicionarmos o acessório no segundo molar utilizamos a medida X’- 0,5 mm. Observação: Em nosso curso, com o intuito de evitar a “abertura da mordida”, utilizaremos a medida X’-1,0 para o segundo molar inferior. Posicionamento horizontal: Os acessórios devem ser posicionados, tanto nos dentes superiores como nos inferiores, no centro da coroa no sentido mesiodistal. Alguns autores sugerem que em dentes com giro-versão (rotacionados), o acessório deve ser deslocado 0,5 mm no sentido da rotação para facilitar a correção deste dente, conforme pode ser observado na figura abaixo: ! ! ! ! ! Referências para posicionamento horizontal dos acessórios: ! Incisivos - Bordas mesial e distal; Caninos e premolares - Bordas mesial e distal e ponta de cúspide vestibular; Molares superiores - Sulco vestibular ; 1o. Molares inferiores - Face lingual ( o tubo deve estar paralelo à face lingual); 2o. Molares inferiores - Sulco vestibular. ! Angulação: ! Os acessórios dos dentes anteriores superiores e inferiores são ligeiramente angulados com o objetivo de aumentar a estabilidade e a estética dos mesmos, sem que sejam necessárias dobras no arco com esta finalidade. Este posicionamento é chamado de posicionamento artístico. Os braquetes devem sofrer uma angulação distocervical com esta finalidade, como na tabela abaixo: ! !! Afastadores para colagem Simples labial ! ! ! ! ! ! ! ! Simples lábio-‐lingual ! Dente Angulação 1 3 graus 2 4 graus 3 5 graus Pinças de colagem e posicionadores de acessórios: ! ! ! ! ! ! Posicionador de bráquetes Estrela de Bonnie ! ! ! ! ! ! Pinça porta-‐bráquetes Pinça para tubos Condicionamento do esmalte. Buonocore em 1955 propôs que a superfície do esmalte podia ser alterada por ácidos, para se tornar mais receptiva à adesão. Sua hipótese foi baseada no uso comum industrial do ácido fosfórico para melhorar a adesão de pinturas e coberturas acrílicas à superfícies metálicas. Ele descobriu que a resina acrílica podia ser colada ao esmalte, condicionando-se sua superfície com ácido fosfórico à 85% por 30 segundos. Segundo o autor, isto poderia ser resultado da exposição da estrutura orgânica do esmalte, formação de novas substâncias precipitadas sobre a superfície; remoção do esmalte antigo e inerte, com exposição do esmalte fresco e reativo; presença de uma camada altamente polar de fosfatos derivados dos ácidos e aumento da permeabilidade da superfície, permitindo um contato mais íntimo entre a resina e o esmalte. Sua técnica consistiu em efetuar previamente a profilaxia do esmalte e com o esmalte já limpo, seco e isolado da saliva, aplicar o ácido sobre a superfície do esmalte. O tempo de condicionamento vem sendo estudado e comparado insistentemente por vários autores. concluíram em um estudo do esmalte em microscópio eletrônico, que as condições retentivas promovidas pela aplicação de ácido fosfórico à 37% durante 15 segundos no esmalte jovem foram mais favoráveis que com a aplicação por 60 segundos. ! Condicionamento em porcelana O condicionamento destas peças são realizados com ácido fluorídrico a 10% por 30 segundos. A colagem do braquete pode ser realizado com o sistema de adesino e resina , ou o sistema de colagem próprio para bráquete que não necessita de adesivos. Para que se tenha uma melhor adesividade, pode-se aplicar 3 camadas de silano após o condicionamento com o ácido fluorídrico e utilizar o o sistema de colagem normalmente. ! Posicionamento do bráquete no Typodont: No Typodont deve-se marcar com lápis grafite a altura e o posicionamento mésio-distal no dente. Este procedimento facilita o posicionamento, minimizando o erro de colagem.Este procedimento também pode ser adotado em pacientes, particularmente para profissionais menos experientes em ortodontia. ! ! ! ! ! ! ! ! REALIZAR A APLICAÇÃO DO ÁCIDO APENAS NO LOCAL DE COLAGEM Colagem de bráquete no typodont O posicionamento deve ser realizado obedecendo o longo eixo do dente e centralizado no senCdo mésio-‐distal, respeitando o mal posicionamento individual de cada dente. ! Nivelamento e alinhamento: Introdução: ! Nos primórdios da Ortodontia executava-se esta fase do tratamento confeccionando arcos dando o contorno exato da má oclusão existente em cada arcada do paciente. À medida que o tratamento avançava, esta má oclusão era suavizada paulatinamente, até chegar-se ao arco reto. Este procedimento foi abandonado quando Begg introduziu suas alças em fios redondos ( Alça simples, em “L” e quadrangular). Objetivos: ! • Corrigir má posições indidviduais; • Corrigir giro-versões; • Nivelar braquetes-dentes em um mesmo plano horizontal; • Preservar a ancoragem superior e inferior • Corrigir sobremordidas e mordidas abetas • Fechar diastemas • Corrigir cruzamentos dentários ! Alinhamento e nivelamento: ! O alinhamento e nivelamento dentário é a primeira fase do tratamento ortodôntico, onde será utilizado pela primeira vez sistemas de forças para a movimentação dos dentes. Nesta fase os dentes serão movimentados para alcançar a posição de estabilidade nos seus alvéolos em harmonia com seus antagonistas e agonistas. O alinhamento é a parte do tratamento ortodôntico que visa corrigir as más posições dentárias no sentido horizontal, ou seja, vestíbulo-versões, linguo-versões, e rotações. ! ! ! ! O nivelamento é a parte do tratamento ortodôntico que visa corrigir as más posições dentárias no sentido vertical, problemas de excesso de sobremordida e mordida aberta. ! ! ! !! Técnica de alinhamento e nivelamento: ! Fase inicial de tratamento que requer o uso de fios muito flexíveis para o movimento dentário. ! Os dentes sairão de uma situação de repouso e estabilidade para uma ativa de movimentação, o que normalmente é levemente doloroso para o paciente. Desta forma, quanto mais suave for o movimento e quanto mais leve for a força mais fisiológico o movimento e maior conforto ao paciente. Na técnica Edgewise utiliza-se fio de aço de baixo calibre e acrescenta-se alças de Begg, com a finalidade de minimizar as forças exercidas pelos arcos. ! As alças são confeccionada nos fios 0.012”, 0.014”, 0.016” e, eventualmente no 0.018”, acrescidos de alças de Begg: ! • A l ç a v e r t i c a l o u s i m p l e s ( a ) : Movimentam os dentes no sentido horizontal (vestíbulo-lingual), planejadas uni ou bilateralmente aos dentes. O tamanho varia de 6 a 9 mm. !! • Alça em “L” (b): Movimentam os dentes no plano horizontal e vertical. Intruem, extruem, giram, e inclinam os dentes. Confeccionada com uma altura vertical de 6 a 9 mm e horizontal até 5 mm. ! • Alça em “T”: variação da alça em “L”, tendo maior flexibilidade. Muito utilizado para retração. ! • Alça em caixa (in Box) (c): para movimentos na vertical, até 9 mm de tamanho. ! • Top ômega: Em forma da letra grega ômega, empregada com stop na mesial do tubo (amarrado ao tubo com amarrilho), para impedir os deslizamento do arco, nos sentidos mesial e distal. ! Segundo a filosofia de Ronald Roth, uma vez que os acessórios estejam bem posicionados e seguido uma seqüência de fios respeitando os limites biológicos dos elementos de suporte, o alinhamento e o nivelamento dentário será alcançado. Com o objetivo de maior adestramento manual e que seja possível a visualização por parte do aluno das diferenças entre as técnicas de nivelamento e alinhamento, o arco superior no Typodont será nivelado e alinhado com fios de aço e alças de nivelamento e alinhamento. No arco inferior, será utilizado o nivelamento moderno, com a utilização de arcos com ligas de Níquel-titânio, onde não é possível e nem é necessário a confecção de alças. Liga de aço: Os arcos ortodônticos confeccionados com liga de aço é utilizado a muito tempo na Ortodontia e seu uso, apesar das ligas modernas, continua muito difundido em todas as fases do tratamento. O aço tem diversas vantagens, dentre elas , pode-se destacar a excelente formabilidade, isto é, capacidade de fazer dobras; excelente soldabilidade, baixo atrito, além do baixo custo. Liga de Níquel-titânio: Em certas fases do tratamento, principalmente no início do tratamento ortodôntico, isto é no alinhamento e nivelamento, é indispensável à liga apresentar deflexão suficiente que torne o sistema biologicamente compatível com a movimentação ortodôntica. O conceito de flexibilidade-deflexão é a capacidade da liga de apresentar um grande alongamento com pequenos níveis tensão aplicado, típico das ligas de NiTi, em detrimento das ligas de aço, que apresentam pouca deflexão para altos níveis de tensão aplicada. O efeito conhecido como ”memória de forma” que caracteriza as ligas de níquel- titânio. Assim, as ligas de Níquel-Titânio trazem como vantagens; - A obtenção de um baixo limiar de dor - Possuir maior tempo de deflexão, traduzida como menor número de visitas por parte dos pacientes; pois a ativação deverá ser realizada com um maior tempo; - Possuir constância na desativação da força; devido à considerável extensão de deflexão sendo que a força produzida dificilmente varia isso significa que o arco inicial exerceria a mesma força se fosse defletido numa distância aproximadamente pequena ou grande, o que é uma característica única e extremamente desejável; - Existir em diferentes temperaturas de transformação: 15°C (Arcos Tipo I), 27°C (Arcos Tipo II), 35°C (Arcos tipo III) e 40°C (ArcosTipo IV). Como exemplo, pode-se citar as indicações do Arco tipo III: a) quando se deseja a liberação de forças médias; - Para pacientes que têm limiar de dor baixo ou normal; c) para pacientes que têm o periodonto normal ou levemente comprometido e d) quando forças relativamente baixas são desejadas. !! Seqüências de alinhamento e nivelamento: ! Existem diversas seqüências de nivelamento apresentadas na literatura pertinente. Todas elas apresentam vantagens e desvantagens, dependendo do caso a ser tratado. Hoje há uma tendência grande de se individualizar a seqüência de alinhamento e nivelamento, adotando-se uma específica para cada caso. O problema é que isso exige uma certa experiência do profissional e por isso, no curso será adotada uma seqüência pré-determinada. O nivelamento no Typodont é realizado de duas formas distintas. Na arcada superior, é utilizado apenas fios com liga de aço (nivelamento tradicional) acrescido de alças de alinhamento e nivelamento. O nivelamento se dá por aumento da secção transversal do fio, obedecendo a seguinte ordem: 0,014", 0,016”, 0,018”e 0,020”. O nivelamento do arco inferior se dá por aumento da secção transversal dos fios com liga de NiTi, obedecendo a ordem: 0,014” e 0,018”. Após o fio de liga de Niti 0,018", obedece-se a seqüência do nivelamento tradicional, ou seja 0,018" e 0,020”. ! Observações: 1- A seqüência preconizada no Typodont para o arco inferior será a mesma utilizada na Clínica do Instituto Lato Sensu, sendo que em pacientes que apresentam apinhamento severo, será iniciado com o fio 0,12”; 2- Para os fios de Niti sugere se a utilização dos fios comercializados para o arco inferior, onde o mesmo apresenta menor raio de curvatura anterior. ! NIVELAMENTO NO TYPODONT ! Arco superior: 11 – linguo-versão – alça simples (mesial e distal) 13 – giro-versão – alça “in Box” 22 – infra-vestibulo-oclusão – duplo “L” ( mesial e distal) 25 – giro-versão – alça “in Box” !! Arco inferior 33 – vestíbulo- infra-versão 31 – linguo-versão43 – giro-versão 45 – linguo-versão !!! FIOS INICIAIS AO ALINHAMENTO E NIVELAMENTO DENTÁRIO NITINOL (0,12; 0,14; 0,16) ! Nivelamento com NiTi ¬ FIO 0,012 NITI ! Os fios 0.012”de NiTi tem a função de nivelar e alinhar os dentes em estágios iniciais do tratamento. São utilizados como primeiro fio em casos com apinhamento severo. ¬ FIO 0,014 NITINOL ! ! ! ! ! Na seqüência natural do alinhamento e nivelamento (A/N), o fio 0, 014" Niti é o próximo. Muitas vezes, em casos em que o paciente não apresenta apinhamento severo, esse é o primeiro fio do tratamento. Ele deverá estar inserido nos slots dos braquetes e nos casos de dentes mais inclinados, estes deverão estar com amarrilho para melhor resposta biomecânica. ! ¬ FIO 0,016" NITI ! O fio 0, 016 Niti deverá ser utilizado para finalização do pré alinhamento e nivelamento dos dentes. A partir deste fio já será utilizado fios com pequena proporção carga-deflexão (fios mais rígidos), onde por ter um maior controle, já podemos iniciar alguns procedimentos da mecânica ortodôntica (uso de elásticos intermaxilares, por exemplo). FIO 0.018”NITI ! Muitos autores consideram o fio final de A/N, outros dizem que o controle do troque, produzido pelos fios retangulares faz parte do alinhamento e nivelamento dentário. ! UTILIZAÇÃO DE FIOS DE AÇO: Os fios de aço possuem a capacidade mecânica de finalizar o alinhamento e nivelamento e correção de curvatura dos arcos (curva de Spee). Devido à capacidade mecânica de controle dos arcos no sentido transversal, estes arcos deverão estar “DIAGRAMADOS E COORDENADOS”. Os fios de aço são frequentemente referidos pelas letras SS (stainless steel) aço inoxidável em inglês. FIO 0.018”SS Os fios de aço são considerados fios de controle individual dos dentes. Eles possui um alta relação carga/deflexão, apresentando excelente controle espacial do dente durante o A/N. ! !!!!!! FIO 0.020”SS Fio de maior diâmetro utilizado na mecânica, este fio finaliza o alinhamento e nivelamento dentário no sentido mesio-distal. Utilizado muitas vezes para mecânicas que não precisam do controle de torque. FIOS RETANGULARES São fios utilizados para controlar os dentes nos três planos, introduzindo o torque adequado (controle vestíbulo-lingual) nos dentes. São fios que, em sua grande maioria tem uma uma alta relação carga-deflexão (rígidos). FIO 0.016X0.022” ! ! ! ! ! Primeiro fio que introduz o binário de controle do torque, usado para A/ N, e mecânica, como por exemplo, a retração onde a necessidade de controle de torque existe, porém não tem de ser máxima. FIO 0.019X0.025 NITI ! ! ! ! ! Fio de maior diâmetro transversal utilizado atualmente na ortodontia, caracteriza-se por preencher quase que totalmente o slot, utilizado para preparar o paciente para receber o fio 0.019x0.025 SS que finaliza o A/N. FIO 0.019X0.025 SS Fio de maior rigidez e que melhor preenche o slot do braquete. É considerado o ultimo arco do nivelamento e o arco de finalização, em casos que não há necessidade de intercuspidação. Alguns autores relatam que após três meses de uso, todo o troque do briquete é expressado. Muitas vezes, após o uso deste fio, retorna-se para fios de menor calibre para a realização de mecânicas (fio 0.018x0.025 SS, por exemplo). !! Ligaduras de controle do canino ou Lace Back: ! Devido a sua trajetória eruptiva, os caninos tendem a apresentar uma mesioangulação de coroa. Além disso, o braquete Straight wire apresenta uma inclinação que tende a intuir e vestibularizar os dentes anteriores a ele. Somado a tudo isso, eles apresentam um volume radicular muito grande, quando comparado aos dentes anteriores (laterais e Centrais). Durante as fases iniciais de nivelamento, estes fatores podem levar a uma vestibularização excessiva dos dentes anteriores. Diante desta expectativa inadequada, utiliza-se as Ligaduras de controle de canino (LCC) ou lace back. Estes, tem o objetivo de: 1- Evitar inclinação mesial dos caninos; 2- Auxiliar na distalização das coroas dos caninos; 3- Evitar a vestibularização dos dentes anteriores (Incisivos laterais e centrais). ! O seu emprego consistem em ligar o molar ao canino por meio de fio de amarril metálico de diâmetro transversal de 0,025” (0,10 mm), conforme a figura. !! Observação: Os fios de aço 0,016”, 0,018”e 0,020” sempre deverão estar diagramados e coordenados. DIAGRAMAS Durante o tratamento ortodôntico, confeccionamos diversos arcos para o mesmo paciente. Existe, portanto, a necessidade de manter-se um padrão na confecção dos mesmos. Para isso, diversos diagramas foram propostos na literatura pertinente, como pode-se observar abaixo: ! ! Diagrama de Bonwill Diagrama de Izard. 1 2 ! ! 1-Diagrama e formas de Brader 2- Diagrama proposto por Boone 3- Diagrama de Sved. Diagrama de Interlandi: Em uma amostra de 189 casos Interlandi observou que os raios de curvatura anterior variavam de 18 a 25 mm. Com bases nestes dados, foram construídos oito diagramas com raios e de curvatura entre 18 e 26 mm. Os raios foram impressos em plástico transparente e, a partir daí, adota-se a curvatura mais adequada, conforme e exposto a seguir: - Obtenção da curvatura anterior: 1. Utilize o diagrama de determinação da curvatura anterior, observando a curvatura que melhor se adapta aos caninos e incisivos no modelo inferior. Acrescente 2mm, o que equivale a espessura dos bráquetes e transfira convenientemente para o diagrama já escolhido. O modelo inferior é utilizado na escolha da curvatura incisal no diagrama, devido a menor quantidade de osso basal na região anterior da mandíbula. Devido a isso, a forma do arco (raio da curvatura incisal), bem como a distância intercaninos não aceitam grandes alterações, sob risco de perda de estrutura de suporte dos dentes e instabilidade pós-tratamento. - Obtenção da barra (distância inter-molares): 2. Meça a distância linear inter-ômegas (extremo mesial dos tubos – molar superiores ) adicione +1 mm de cada lado e transfira, da mesma forma , para o diagrama, anotando as linhas verticais correspondentes. Identifique na ficha do paciente, o diagrama individualizado: - Raio de curvatura - Distância inter-pré molares - Distância inter-ômegas A curvatura incisal deve ser selecionada de acordo com o diagrama escolhido no arco inferior e, para o arco superior, devemos acrescentar + 1. A barra será a mesma para os dois arcos. Em casos com extrações de pré-molares haverá uma abertura na curva incisal, por isso devemos acrescentar +1 em ambos os arcos. Os arcos devem estar completamente coordenados na região anterior e posterior. Use o cartão de tarja vermelha, para movimentar o arco , sobre o diagrama. Vantagens do uso do diagrama de Interlandi: 1- Possibilidade da obtenção imediata do diagrama individualizado; 2- Manuseio prático; 3- Possibilidade de construção de arcos superiores e inferiores isoladamente, com erro de coordenação bastante reduzido; 4- Economia de tempo, devido a coordenação dos arcos superiores e inferiores poder ser dispensado em grande número de casos; 5- Manuseio reduzido dos modelos de gesso durante o tratamento. ! Coordenação de arcos: Os arcos superiores e inferiores devem manter uma relação dimensional constante. Para que isso ocorra, torna-se necessário que os arcos de liga de aço sejam sempre coordenados. Este procedimento facilita a intercuspidação e finalização dos casos. ! ! ! ! ! !!! Torques: É a torção do fio ortodôntico, de secção retangular em torno de seu próprio eixo, que gera movimentos de coroa e/ou raiz do dente nosentido vestíbulo-lingual. ! Inclinações naturais dos dentes: ! Anteriores - Inclinação Vestibular Caninos - Verticalizados Dentes Posteriores - Inclinação Lingual ! O torque ideal feito no arco retangular deve reproduzir essas inclinações dentárias. ! Mensuração de torque no alicate: ! Fio passando no centro das pernas do alicate - ausência de torque. Fio passando fora do centro das pernas do alicate - torque vestibular ou lingual. Classificação dos torques: 1- Localização no Arco 2- Intensidade/Ação 3- Distribuição de Intensidade 4- Sentido de Movimentação ! 1- Localização no Arco Anterior - Segmento anterior do arco. Posterior - Segmentos posteriores do arco. ! 2- Intensidade/Ação: Passivo - Não exerce força de movimentação sobre o dente porque coincide com sua inclinação vestíbulo-lingual. Ativo - Exerce força capaz de promover movimentação dentá-ria no sentido vestíbulo-lingual. Neutro - Ausência de torção no fio. Pode ter efeito ativo ou passivo, dependendo da inclinação vestíbulo-lingual do dente. Resistente - Não coincide com a inclinação que o dente possui, mas não provoca movimentação porque se opõe a outros componentes de força que agem sobre o dente. ! 3 - Distribuição da Intensidade/Ação: Contínuo - A força decorrente do torque é de mesma intensidade em todos os dentes de um segmento (mesma torção). Progressivo - As forças são de intensidades diferentes e pro-gressivas para os dentes de um segmento. Torque individual - Torção feito somente no segmento do arco que compreende o dente em questão. ! 4 - Sentido da Movimentação: Vestibular - Promove inclinação vestibular da coroa ou da raiz do dente. Lingual - Promove inclinação lingual da coroa ou da raiz do dente. !! Retração Anterior: ! A fase de retração anterior representa uma importante etapa do tratamento ortodôntico, na qual o ortodontista precisa manter ou alcançar relevantes objetivos como a chave de caninos, chave de molares, correção da sobremordida e coincidência entre as linhas médias. ! Necessidade de exodontias no tratamento ortodôntico: - Casos com apinhamento moderado a severo - Casos de Classe II (compensação dentária) - Discrepância cefalométrica alta (discrepância total alta) ! Nas últimas décadas houve uma queda na necessidade de extrações para tratamento ortodôntico de 34.9% para 18%. Isso se deve a diversos fatores, destacando- se entre esses: - Melhoria da técnica de diagnóstico ortodôntico; - Melhoria do material, principalmente fios ortodônticos; - Dispositivos com ancoragem esquelética. ! Perspectivas biomecânicas da redução do espaço das extrações e o controle da ancorarem: Esta fase exige do profissional um planejamento preciso de como ocorrerá a redução do espaço. Há a necessidade de definir-se no planejamento mecânico a quantidade de retração anterior e a quantidade de mesialização do segmento posterior (perda de ancoragem). ! Classificação da ancoragem sob a perspectiva biomecânica de Bourstone: Grupo A - Ancoragem máxima (retração dos dentes anteriores): Manutenção crítica dos dentes posteriores em posição 75% ou mais de ancoragem dos dentes posteriores Perda de ancoragem de 25% ou menos O bloco anterior move-se para posterior ¾ do espaço da extração ! Grupo B - Ancoragem média (Fechamento recíproco de espaços): ! Redução de espaços relativamente simétrico Movimentação igual das baterias anterior e posterior Retração de 50% e perda de ancoragem de 50% ! Grupo C - Ancoragem mínima (Movimento mesial de molares ou perda de ancoragem) Ancoragem pouco crítica 75% ou mais do espaço são ocupados por deslocamento para a mesial do segmento posterior !! Tipos de mecânicas de retração: ! Mecânica friccional ou por deslize. Mecânica africcional ou com alças. ! Mecânica friccional ou por deslize: ! Ocorre um deslize do arco ortodôntico nos dentes posteriores do sistema. Isso leva a um maior nível de atrito, necessitando de força extra para que vença o atrito e faça o movimento desejado. Como a força utilizada é maior, existe uma maior demanda na ancoragem. ! Características do sistema: Sistema simples e previsível. Eficiência questionável. ! Composição do sistema: Arco retangular contínuo de aço. Ganchos ou dispositivos de retenção. Componente ativo (elásticos ou molas). ! Ancoragem do sistema: Há equivalência dos momentos nos segmentos anterior e posterior. O controle da ancoragem resulta de dispositivos adicionais, colocados na unidade reativa. ! Efeitos colaterais possíveis: Lingualização dos dentes anteriores (inclinação não controlada). Aprofundamento da mordida. Perda de ancoragem. Tempo de tratamento aumentado. ! Aumento no tempo de tratamento Relacionado aos níveis de atrito ou ao embricamento dentário. Erro comum – não “andou”, vou aumentar a força. ! Correto: Observar o sistema e identificar o que está aumentando o nível de atrito. ! Check list do sistema: Existe uma série de motivos para que a retração por deslize não ocorra, quando isso ocorrer, deve-se ser feito uma verificação de possíveis problemas no sistema, como segue abaixo: 1- Verificar o nivelamento dentário. 2- Observar se não há braquetes ou tubos danificados. 3- Utilizar fios de aço para diminuir níveis de atrito. 4- Observar se não há torque nos dentes, o que pode levar ao contato com a cortical óssea. 5- Observar o nível de embricamento dentário. 6- Verificar se o lace back não está prendendo o fio na distal do tubo. 7- Verificar se os amarrilhos de aço não estão muito apertado. 8- Observar se o sistema não tem força excessiva. 9- Observar os sistemas de controle vertical (efeito Gable). !! As alças de retração são utilizadas para retração em bloco (de canino a canino) ou retração de caninos e, posteriormente, anterior. Atualmente é muito mais comum a retração em bloco. O Mecanismo funciona pela ativação da alça por meio de sua abertura ou fechamento, este dispositivo age como uma mola, fracionando o segmento anterior contra o posterior. Uma das grandes vantagens da retração por mecânica africcional é o controle da Proporção Momento/força, que se dá de três maneiras: ! 1- Através do posicionamento sagital da alça. 2- Quantidade de ativação nas extremidades alfa (anterior) e beta (posterior). 3- Ativação horizontal. ! Através do controle da proporção momento/força é possível aumentar os níveis de ancoragem ou aumentar o controle do torque e extrusão dos dentes anteriores. Desta forma, aumentando a angulação anterior da alça, aumenta-se o momento anterior e obtém-se maior controle da inclinação anterior. Aumentando a angulação posterior da alça, obtém-se maior momento posterior e maior controle de ancoragem. !! Formas de retração: ! Existem duas forma de se realizar a retração do segmento anterior, a retração em massa ou a retração de canino, seguida dos incisivos (anterior). Retração em Massa: O corre a retração dos seis dentes anteriores ao mesmo tempo (2 incisivos centrais, dois incisivos laterais e os caninos). Esta forma de retração apresenta duas grandes vantagens. A primeira é que, por ser realizada em uma única fase, diminui o tempo de tratamento e a segunda é por motivos estéticos, pois o espaço da extração sempre está na distal dos caninos, diminuindo sua exposição no sorriso do paciente. A desvantagem desta forma de retração é a grande necessidade de ancoragem. Segundo Nanda, 1997, a retração dos seis dentes anteriores ao mesmo tempo requer uma força de aproximadamente 600 gramas para o superior e de 480 gramas para os inferiores. O provimento de ancoragem dado por o segundo pré-molar e o primeiro molar superior é de aproximadamente 300 gramas. Desta forma, é fácil observar que a tendência de deslocamento anterior dos dentes posteriores (perda de ancoragem) maior que a retraçãodo segmento anterior, o que na maioria dos casos não é bem vindo. Assim, em casos com grande demanda de ancoragem esta modalidade de retração era contra-indicada. Com o surgimento da ancoragem absoluta, este problema foi resolvido, de modo que a grande maioria das retrações anteriores são atualmente realizadas desta forma. A retração de caninos e posteriormente de incisivo é utilizada atualmente nos casos onde há a necessidade de dissolver o Ancoragem Controle anterior apinhamento anterior e, com a distalização do canino obtém-se o espaço necessário e quando o paciente apresenta casos de mordida mordida profunda, onde uma excelente alternativa para o tratamento é a mecânica de retração com intrusão com o arco de Ricketts. Esta mecânica requer um menor nível de ancoragem. Alças de retração: Alça de Bull; Alça de Bull invertida; Alça em "T Arco ideal redondo: ! Os arcos ideais são construídos e instalados na técnica Edgewise. O motivo para a necessidade de sua construção é que todos os encaixes dos bráquetes desta técnica serem iguais. Assim, o posicionamento individual característico de cada grupo de dentes é alcançado as expensas de dobras no arco. Características: ! Apresenta dobras de 1ª. e 2ª. Ordem Procura obedecer a anatomia dos dentes superiores e inferiores Arco pouco utilizado na clínica. !! O arco ideal redondo superior apresenta as seguintes características: ! In-set de lateral Off-set de canino Of-set de 1º. Molar Ômega O arco ideal redondo inferior apresenta as seguintes características: !! Off-set de canino Of-set de 1º. Molar Ômega !! Arco ideal retangular: Os arcos ideais retangulares além de apresentarem as dobras de 1a. ordem (in set e off set), as dobras de segunda ordem (ângulo caudal), apresentam ainda, as dobras de terceira ordem (torques). Os torques tem por função controlar e corrigir os dentes no sentido vestíbulo-lingual e são alcançados por torções em fios de secção quadrado e retangular. !! Características do arco ideal retangular: ! Superior: ! Dobras de 1a. e 2a. ordem: In-set de lateral Off-set de canino Of-set de 1º. Molar Ômega ! Dobras de 3a. ordem: Torque anterior ativo, contínuo, vestibular de coroa. Torque de canino neutro. Torque posterior ativo progressivo, lingual de coroa. ! Inferior: ! Dobras de 1a. e 2a. ordem: Off-set de canino Of-set de 1º. Molar Ômega ! Dobras de 3a. ordem: Torque anterior ativo, contínuo, vestibular de coroa (Neutro em relação ao braquete). Torque de canino neutro. Torque posterior ativo progressivo, lingual de coroa. ! Intercuspidação É um procedimento que constitui parte do estágio de finalização de um tratamento ortodôntico corretivo. Visa melhorar a relação vertical entre os dentes antagônicos. Como este procedimento está na dependência da relação alcançada durante a mecanoterapia, ele não tem um caráter obrigatório, sendo realizado, portanto, apenas, quando necessário. ! Caracteriza-se pelo uso de elásticos intermaxilares, com vetores predominantemente verticais, que liberam forças aproximadas de 100 a 150 gramas. ! Os elásticos são encontrados no mercado em tamanhos variados: 1/8, 3/16, 5/16, 1/4, 1/2. Cada tamanho apresenta variações na sua espessura, que lhes conferem a designação de leve (L), médio (M) e pesado (P), em concordância com a magnitude da força liberada. ! Via de regra, os elásticos devem ser usados ininterruptamente e substituídos todos os dias, até alcançarem os objetivos desejados. Não existem um esquema geral: O planejamento da distribuição dos elásticos é variado e depende da função, do tipo e direção do movimento a ser realizado. ! Exemplos: ! ! Elásticos 3/16” (4,80 mm): Utilizado para ajuste Antero-posterior, maxilo-mandibular, promoção de força com resultante mais horizontal. Elásticos de Classe II e Classe III longo. ! Elásticos 1/8” (3,20 mm): Utilizado para pequeno ajuste Antero-posterior, maxilo- mandibular, promoção de forças com resultante mais vertical. Elásticos de Classe II e Classe III curto. ! Elásticos 1/8” isolados: ! !!! ! ! Elásticos de 1/8”, 5/16” ou 3/16”combinados: ! ! ! ! ! ! Elásticos “sanfonados”: ! ! ! ! Elásticos 3/16” (4,80 mm)- Mais utilizado para movimentação antero-posterior. Pode Auxiliar na intercuspidação quando usado de forma triangular; 1/8”(3,20 mm) - Utilizado para intercuspidações em pequenas regiões (3 dentes). resultante mais vertical de forças; Métodos de intercuspidação: 1- Elásticos 1/8’’ isolado: Vantagens: Duração do uso e controle individual. Desvantagens: Freqüência de consultas, movimentos manipulares limitados e desnivelamento. ! ! 2- Elásticos 1/8’’ ,5/16’’ ou 3/16”: ! U t i l i z a d o s c o m a r c o s redondos ou retangulares, deve-se acastanhar o arco para que este perca as características e se torne mais flexíveis. ! 3- Utilizando o fio Braided “memoflex" Fio retangular trançado de 4 a 9 filamentos trançados Mantém o troque e permite uma intercuspidação melhor por ser flexível. ! Finalização Durante o tratamento ortodôntico convencional, após o alinhamento e nivelamento dos dentes,correção das relações ântero-posteriores e fechamento dos espaços tem inicio a fase de finalização.Esta etapa é de fundamental importância, uma vez que representa a última oportunidade para o profissional refinar em melhorar os resultados do tratamento. Esta fase inicia-se com a solicitação dos exames por imagens e um par de modelos de estudo. Duas radiografias extra-bucais devem ser solicitadas: a telerradiografia em norma lateral e a radiografia panorâmica. A primeira, destina-se a observar se os resultados cefalométricos foram alcançados e na radiografia panorâmica observa-se os tecidos envolvidos durante o movimento ortodôntico, quais sejam, dente, osso e periodonto. Observa-se também o paralelismo radicular, que deve está presente para auxiliar na estabilização dos resultados alcançados. American Board of Orthodontics (ABO) desenvolveu um sistema de classificação simples e objetivo, que avalia em modelos e em radiografias oito critérios: alinhamento, cristas marginais, torque dos dentes posteriores, relacionamento oclusal, contatos oclusais, overjet, contatos interproximais e angulação radicular. Alinhamento: na região anterior, os dentes superiores deverão ser alinhados pela superfície incisal da face palatina enquanto que os dentes inferiores o alinhamento se dá pela superfície incisal da face vestibular dos mesmos. Essas regiões foram escolhidas não apenas por serem áreas funcionais desses dentesmas também por afetarem a estética, caso não estejam relacionadas de maneira apropriada. Na região posterior, os dentes superiores devem ser alinhados utilizando os sulcos mésio-distais como referência enquanto na região inferior, molares e pré-molares deverão ser alinhados pelas suas cúspides vestibulares. Essas áreas foram escolhidas, pois são pontos facilmente identicáveis e por serem as áreas funcionais dos dentes posteriores. Nivelamento: O posicionamento vertical apropriado dos dentes posteriores deve ser baseado nas cristas marginais. Em pacientes sem restaurações e sem perdas ósseas periodontais, deve-se buscar o nivelamento das cristas marginais entre os dentes adjacentes. Isso propicia um melhor relacionamento oclusal dos dentes posteriores superiores com os inferiores além de produzir uma condição periodontal mais favorável. ! Torque dos dentes posteriores: a inclinação vestíbulo-lingual ou torque ideal dos dentes posteriores é aquele onde a relação das cúspides dos dentes superiores com as cúspides dos dentes inferiores forma uma suave curva, chamada curva de Wilson. Isso favorece o estabelecimento uma oclusão apropriada em máxima intercuspidação. Idealmente, as cúspides vestibulares dos dentes superiores posteriores devem estar 1mm mais apical que as cúspides palatinas enquanto que nos dentes inferiores posteriores, as cúspideslinguais devem estar 1 mm mais apical que as cúspides vestibulares. ! Relacionamento Oclusal: Na maioria dos casos, a correta relação ântero-posterior entre os dentes superiores e inferiores deve ser a relação de classe I de Angle. Nesta situação, a cúspide mésio-vestibular dos molares superiores oclui no sulco mésio-vestibular dos molares inferiores. Em algumas situações especiais, a oclusão posterior pode ser finalizada em relação de classe II ou classe III de Angle, dependendo do tipo de extração terapêutica de dentes na maxila ou mandíbula. Contatos oclusais: um dos objetivos do tratamento ortodôntico é obter máxima intercuspidação dos dentes antagonistas. As cúspides vestibulares dos molares e pré- molares inferiores. assim como as cúspides palatinas dos molares e pré- molares superiores são as superfícies funcionais destes dentes e, portanto, devem contatar a superfície oclusal dos dentes antagonistas. ! Overjet: na região anterior, os caninos e incisivos inferiores devem contatar a superfície palatina dos caninos e incisivos superiores quando os dentes posteriores estiverem ocluídos. Na região posterior, para que haja relação transversal adequada entre os dentes superiores e inferiores, as cúspides vestibulares dos molares e pré-molares inferiores devem contatar o centro das superfícies oclusais, vestíbulo-palatinamente, dos molares e prémolares superiores. ! Contatos interproximais: as superfícies mesiais e distais dos dentes adjacentes devem estar em contato, ou seja, não deve haver espaços entre os mesmos, pois além de serem antiestéticos levam a impacção de alimentos. ! Aspectos estéticos: ! Proft, Fields e Sarver em 2007, propuseram um método sistemático para melhor avaliar a aparência estética dos pacientes, dividindo as características estéticas em subgrupos: (1) Macro estética: que avalia a estética facial; (2) Mini estética: que avalia a estética do sorriso, como por exemplo, a relação dos dentes com os lábios e exposição gengival; (3) Micro estética: onde são examinados os dentes individualmente quanto à proporção entre altura e largura, contorno gengival, etc. ! Os aspectos relacionados a mini e micro estética do sorriso a serem analisados na fase de nalização são: relação entre incisivos e lábio superior, linhas médias dentárias, inclinação dos dentes anteriores, curvatura do sorriso, proporção dos dentes anteriores e margens gengivais. ! Relação dos incisivos superiores com o lábio superior: com os lábios em repouso a quantidade normal de exposição dos incisivos superiores varia de 1 a 5 mm. Dentro desta variação, os indivíduos do gênero feminino expõem mais os incisivos que indivíduos do gênero masculino. Durante o sorriso, o lábio superior deve ser elevado até aproximadamente a margem gengival, com exposição de toda a coroa dos incisivos superiores. ! Linhas médias dentárias: deve haver coincidência entre a linha média dentária superior e inferior e destas com a linha média facial. ! Inclinação dos dentes anteriores: a porção gengival do longo eixo dos dentes anteriores deve ser posicionada distalmente à porção incisal, ou seja, os dentes anteriores superiores apresentam inclinação mesial das coroas. ! Arco do sorriso: é definido como o contorno das bordas incisais dos dentes anteriores superiores em relação à curvatura do lábio inferior durante o sorriso. As bordas incisais dos dentes anteriores devem criar uma forma de “prato fundo”, onde os incisivos centrais se posicionam mais inferiormente aos incisivos laterais e caninos. ! Proporção dos dentes anteriores: idealmente, os incisivos centrais superiores devem ter um comprimento cérvico-incisal levemente maior que os incisivos laterais e igual ao dos caninos. ! A proporção entre largura e comprimento do incisivo central superior deve ser de aproximadamente 80%, isto signica que, para um incisivo central superior de 10 mm de comprimento, o seu diâmetro mésio-distal ideal é de 8 mm. Margens gengivais: O nivelamento das margens gengivais é uma condição fundamental de um sorriso belo e agradável. Existem alguns critérios que contribuem para uma forma gengival ideal. A primeira é que as margens gengivais dos dois incisivos centrais superiores devem estar no mesmo nível. A segunda, é que as margens gengivais dos incisivos centrais superiores devem estar posicionadas um pouco mais apicais que nos incisivos laterais e no mesmo nível dos caninos. !! Aspectos funcionais:Existem alguns critérios, sob o aspecto dinâmico da oclusão, que devem ser observados na fase de finalização com o intuito de manter a saúde do sistema estomatognático, bem como a estabilidade dos resultados do tratamento ortodôntico. Os critérios de uma oclusão funcional ideal que devem ser buscados na fase de finalização são: - Coincidência entre relação cêntrica e máxima intercuspidação habitual; - Em relação cêntrica os dentes posteriores devem receber contatos oclusais mais fortes e no sentido do seu longo eixo, enquanto que, nos dentes anteriores, estes contatos devem ser mais leves (virtuais); - Movimentos de lateralidade guiados preferencialmente pelos caninos, promovendo a desoclusão de todos os demais dentes: os do mesmo lado do movimento e os do lado oposto; - No movimento protrusivo, os incisivos devem entrar em contato e promover a desoclusão dos dentes posteriores. - Durante os movimentos excursivos, não deve haver interferências oclusais que dificultem o livre deslocamento da mandíbula. !! !! ! FIM DA PRIMEIRA PARTE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!