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Apostila Typodont nova (2)

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INSTITUTO LATO SENSU 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA !!!!!!!!!!!!!!!!!!
CURSO DE TYPODONT !!!
Prof. Ms. Marcus Barreto Vasconcelos 
Profa. Ms. Maura Régia Lima Verde Moura Lopes !!!!!!!!!!!!
2014 
1. Introdução: !
 O objetivo do curso de Typodont é possibilitar que o aluno visualize todas as 
fases de um tratamento ortodôntico: Observar a movimentação dentária, conhecer os 
tipos de movimentos, conhecer as características das forças utilizadas na ortodontia e 
alcançar um nível de adestramento manual adequado, para que possa ser empregado na 
Clínica, em pacientes. !
 O curso será dividido em três partes: !
• Manejo com fios ortodônticos; 
• Tratamento de um pacientes com má oclusão Classe II com 
apinhamento severo, utilizando a técnica Edgewise. 
• Tratamento de um paciente com má oclusão Classe I, utilizando a 
técnica Straight wire. !
1. .Manejo de fios Ortodônticos: !
 O manejo com fio ortodôntico tem por finalidade familiarizar o aluno com 
instrumentais e fios de aço utilizados na ortodontia. 
 As normas de ergonomia devem ser sempre observadas: 
• Posição no mocho: O profissional deve estar sentado, com a coluna ereta, 
pés apoiados no chão, joelhos em ângulo de 90 graus, braços em contato 
com o tronco e cotovelos em 90 graus. 
! 
• Apreensão do alicate: O alicate deve ser apreendido de forma firme, com 
o punho reto e ser sempre utilizado com apoio, a dobra no fio deverá ser 
realizadas com os dedos. !
! ! 
!
Retificação do fio: Tem por objetivo deixar o fio ortodôntico a ser trabalhado 
sem curvaturas em todos os três planos. Deve ser realizado utilizando o alicate 
139 para fios redondos e o alicate de torque para fios retangulares, se for o caso. !! !!!!!!!!!!
Exercício 01: !
1. Cortar um pedaço de 20 cm de fio 0, 014”, 0,016” e 0,018” e retificá-los. !
Dobras com fios ortodônticos: !
2. Com os fios acima retificados, confeccionar os seguintes desenhos: !!
!!!!!!!!!!!
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  introduzir	
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Exercício 02: !
Construir: !
• 2 varetas de 20 cm com ômegas a cada 1 cm com os fios 0,014” e 0,016” 
! !
• 2 varetas de 20 cm com alças simples a cada 1 cm com os fios 0,014” e 
0,016” 
! !
• 2 varetas de 20 cm com alças em “L” a cada 1 cm com os fios 0,014” e 
0,016” 
! !
• 2 varetas de 20 cm com alças em duplo “L” a cada 1 cm com os fios 
0,014” e 0,016” 
! !
• 2 varetas de 20 cm com alças em “T” a cada 1 cm com os fios 0,014” e 
0,016” !
! !
O SIMULADOR MECÂNICO 
 Para o desenvolvimento, treinamento e aprendizado de técnicas mecânicas 
empregadas é que utilizamos simuladores ortodônticos ( TYPODONT ) . São 
mecanismo articulados de aço que propicia ao aluno e ao pesquisador avaliar as 
inúmeras possibilidades de mecanismos para a correta e previsível 
movimentação dentária. 
!!!!
!!!!!!!!!!!!!!
ORGANIZAÇÃO DA BANCADA !
Para a realização das etapas do simulador é necessário um ritual de organização e 
disposição dos materiais e instrumentais. 
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!
INSTALAÇÃO DOS ACESSÓRIOS !
 Fase profilática prévia a procedimentos de colagem. 
 
 A limpeza e a profilaxia prévia da cavidade bucal é uma importante fase em todas 
as áreas da odontologia agindo na eliminação de fatores de contaminação cruzada. Na 
ortodontia, além da importância do controle da flora bacteriana e da infecção cruzada a 
eliminação da película aderida ao esmalte é um fator extremamente importante para a 
adesão e estabilidade do dos acessórios ortodônticos. 
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!!!!!!!!!
A profilaxia deverá seguir o seguinte protocolo: 
!
Ø Profilaxia com taça de borracha ou escova de Robson montada em 
contra-ângulo 
Ø Utilização de material abrasivo para profilaxia odontológica (pedra-
pomes) 
Ø Remoção total do excesso de óleo no contra-ângulo 
Ø Não tocar a taça girando na gengiva 
Ø Lavar com jato de água em seringa tríplice 
!
Separação dos dentes para bandagem 
 A separação dos dentes é o primeiro procedimento clínico ortodôntico que visa 
aliviar o ponto de contato e conseguir espaços para a adaptação das bandas ortodônticas. 
Como irá ocorrer uma movimentação dentária, onde não se tem espaço para o 
movimento e consequentemente haverá pressão, o paciente deverá ser orientado a 
utilização de medicamento analgésico e deverá realizar a colocação dos elásticos 3 a 4 
dias antes da consulta. 
Métodos de separação 
 Podemos utilizar alguns métodos de separação dos dentes, mas devemos lançar mão 
do método que menos irá causar desconforto ao paciente e ao mesmo tempo o que irá 
trazer menor desconforto a instalação. Os métodos podem ser divididos em afastamento 
com elásticos ou fios rígidos. 
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!
 
Afastamento com material elástico 
!
 O afastamento com elástico pode deverá ser realizado com material próprio para 
afastamento. Os métodos de inserção é que podemos utilizar – alicates próprios, pinça 
porta grampo modificado para elástico, fio dental. 
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!!!!!!!!!
Bandas ortodônticas - pré-fabricadas 
BANDAS REGULARES (UNIVERSAIS) 
 São bandas ortodônticas de uso geral para utilização nos dentes 
superiores e inferiores. Estas bandas deverão ser adaptadas e brunidas definindo 
os sulcos das cúspides. 
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!!!!
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BANDAS PRÉ CONTORNEADAS 
 Estas bandas apresentam comercialmente divididas em superiores e inferiores 
com as devidas identificações. As bandas ortodônticas pré-contornadas são 
desenvolvidas para melhor adaptação à anatomia do dente. Seu desenho anatômico 
envolve melhor o dente e, com isso, evita problemas com interferências. Produzida com 
uma liga de aço que é maleável e ao mesmo tempo resistente, evita deformações 
oclusais enquanto é feita a adaptação coroa do dente. 
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!
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!!!!!!
 
- Sem acessórios soldados 
 A banda comercialmente apresentada sem os acessórios estarem soldados 
previamente, possibilita a escolha do acessório bem como a posição do mesmo. Sua 
apresentação também pode ser como regular (universal) ou pré contorneadas. 
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!!
 - Com acessórios soldados 
 Acessório utilizado na ortodontia no sentido 
de otimização proposto por este trabalho. O 
acessório soldado diminui uma fase na montagem 
do acessório, e também os tubos possuem uma 
solda industrial melhor que a realizada pelas 
máquinas de solda a ponto utilizada nos 
consultórios. 
O posicionamento da banda para a cimentação deverá obedecer rigorosamente a crista 
marginal do dente. 
 Bandas superiores e inferiores 
 - Sentido ocluso cervical 
 No sentido ocluso cervical “ altura “ a banda deverá ter sua adaptação estabelecida 
pela crista marginal . A banda deve seguir a orientação da crista marginal. 
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Tubos ortodôntico 
Tubos para soldagem 
 No protocolo da mecânica straight wire otimizada os tubos indicados são 
devido à versatilidade e as diversas possibilidades de mecânica. Mesmo com a 
possibilidade de colagem de acessórios a indicação são os tubos soldados devido a 
estabilidade do acessório e na utilização de forças ortopédicas em certos casos. 
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SUPERIORES: 
• Roth Triplo conversível Slot.022"x.028" e Roth simples slot. Slot.022"x.028" 
 
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INFERIORES: 
• Roth duplo para arco base. Slot.022"x.028" e Roth simples Slot.022"x.028" 
!
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Posicionamento dos tubos 
O posicionamento dos tubos devem obedecer ao seguinte critério dentro da técnica 
Straight Wire, e que utilizamos também na técnica otimizada. 
Partindo do pressuposto que a banda esteja posicionada conforme orientação anterior, os 
tubos deverão ser posicionados: 
SUPERIOR: 
• PRIMEIRO MOLAR. 
No sentido ocluso cervical - no meio da banda. 
No sentido mesio distal – a entrada do tubo deverá coincidir com o meio da 
cúspide mesio vestibular. 
!
Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), o tubo deverá 
ser posicionado na medida da distância ocluso cervical do molar dividido esta 
medida por 2 e marcadocom posicionador. 
!
• SEGUNDO MOLAR. 
No sentido ocluso cervical - no meio da banda. 
No sentido mesio distal – no centro da banda ( obedecer a posição anatômica do 
tubo quando existe a marcação das cúspides na banda) 
!
Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), deverá ser a 
mesma do primeiro molar. 
!
!
INFERIOR: 
• PRIMEIRO MOLAR. 
No sentido ocluso cervical - no meio da banda. 
No sentido mesio distal – a entrada do tubo deve coincidir com o sulco mesio 
vestibular ( centro da banda ) 
!
Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), o tubo deverá 
ser posicionado na medida da distância ocluso cervical do molar dividido esta 
medida por 2 e marcado com posicionador. 
!
• SEGUNDO MOLAR. 
No sentido ocluso cervical - no meio da banda. 
No sentido mesio distal – no centro da banda ( obedecer a posição anatômica do 
tubo quando existe a marcação das cúspides na banda ) 
!
Observação – quando da utilização de fatores de medidas ( X ), deverá ser a 
mesma do primeiro mola 
!
Cimentação das bandas 
Cimentos indicados para cimentação das bandas ortodônticas. 
Pó – líquido ( auto polimerizável) 
Os ionômeros de vidro surgiram dos estudos pioneiros de 
Wilson & Kent no início da década de 70 (1971), e foram 
introduzidos no mercado em 1975, passando depois por 
sucessivas modificações, 
tais como a incorporação de resina para atender necessidades 
clínicas individuais, melhorando suas propriedades físicas, 
resistência e longevidade. Os sistemas vítreos mais utilizados 
em odontologia como 
formadores de cimentos de ionômero de vidro são os 
baseados no sistema ternário SiO2 – Al2O3 – CaO2, 
e apresentam razão molar Al:Si igual ou superior a 
1:2. A partir desse sistema originaram-se outros mais 
complexos e com melhores propriedades, pela 
inclusão de novos componentes, tais como óxidos de 
BaO ou SrO, modificadores ópticos, que conferem ao 
cimento um aspecto estético semelhante à estrutura 
dentária, e fluoreto de cálcio (CaF2) e pentóxido de 
fósforo (P2O5), que promovem uma melhora nas propriedades como resistência 
mecânica e adesão ao dente. 
Ancoragem Ortodôntica 
• Método pelo qual são geradas forças intra e extra bucais e são utilizadas para 
estabilizar, movimentar dentes ou direcionar crescimento ósseo do complexo 
maxilo-mandibular. 
!
Dispositivos de ancoragem 
• Ancoragem extra-bucal 
– AEB 
– Máscara facial 
– Mentoneira 
• Ancoragem intra-bucal 
– Barra transpalatina 
– Placa labioativa 
– Elásticos intermaxilares 
– Arco lingual 
– Miniimplantes 
– !
Aparelho extra-bucal 
Ancoragem acessória para mecânica ortodôntica 
Aumento do perímetro do arco através da 
distalização dos 1º. Molares permanentes 
Alterações ortopédicas no esqueleto facial 
Correção da mordida profunda 
Correção da mordida aberta anterior !
Partes do extra-bucal 
Arco facial composto 
 arco externo (facial) 
 arco interno (bucal) !!
Apoio cervical ! !!
!
!
!
!!
Elástico, mola ou tracionador !!
!
!
!
!
Placa lábio-ativa 
PLA é constituída de fio 0,9 mm e um escudo 
acrílico (escudo labial inferior), sendo que este 
último se interpõe entre o lábio inferior e os 
incisivos inferiores enquanto que as extremidades 
do fio são ajustadas no tubo dos primeiros 
molares permanentes, tendo os objetivos abaixo: 
- Ancoragem inferior 
- Recuperação do espaço mandibular, através da vestibularização dos incisivos 
inferiores e até distalização dos molares inferiores. !
Colagem de braquetes: 
 Posicionamento do braquetes 
	
   O	
   posicionamento	
   dos	
   	
   braquetes	
   na	
   filosofia	
   straight	
   wire	
   segue	
   a	
  
preconização	
  do	
  autor,	
  onde	
  Andrews	
  em	
  1970	
  sugere	
  a	
  colagem	
  dos	
  braquetes	
  
seguindo	
  o	
  eixo	
  verCcal	
  da	
  coroa	
  clínica	
  e	
  seu	
  posicionamento	
  sendo	
  no	
  centro	
  
da	
   coroa	
   clínica.	
   A	
   probabilidade	
   de	
   erros	
   de	
   colagem	
   aos	
   iniciantes	
   na	
  
ortodonCa	
  é	
  muito	
  grande,	
  sendo	
  um	
  fator	
  negaCvo	
  a	
  falta	
  de	
  uma	
  referência	
  
simples	
   e	
   objeCva	
   para	
   auxiliar	
   os	
   iniciantes	
   e	
   até	
  mesmo	
   os	
   experientes	
   na	
  
ortodonCa.	
  
	
   O	
  iniciante	
  na	
  ortodonCa	
  fica	
  sem	
  referência	
  para	
  a	
  colagem,	
  visto	
  que	
  o	
  
posicionamento	
   sugerido	
   pelo	
   autor	
   da	
   filosofia	
   fica	
   subjeCvo	
   ao	
   iniciante.	
  
Pensando	
  nisto,	
  preconizaremos	
  em	
  nossos	
  trabalhos	
   laboratoriais	
  e	
  clínicos	
  a	
  
uClização	
  do	
  posicionamento	
  com	
  referência	
  ao	
  incisivo	
  central.	
  
	
   A	
  escolha	
  do	
  referencial	
  de	
  colagem	
  nos	
  incisivos	
  centrais	
  é	
  devido	
  aos	
  
pilares	
  do	
  tratamento	
  ortodônCco	
  –	
  estéCca	
  e	
   função.	
  Na	
  avaliação	
  estéCca	
  o	
  
incisivo	
  central	
  é	
  o	
  pilar	
  de	
  referência	
  a	
  altura	
  dos	
  outros	
  dentes	
  anteriores	
  ou	
  
mesmo	
   dos	
   posteriores,	
   e	
  mesmo	
   de	
   fácil	
   avaliação	
   por	
   estar	
   em	
   uma	
   parte	
  
privilegiada	
   para	
   medições.	
   Na	
   avaliação	
   funcional,	
   na	
   busca	
   da	
   oclusão	
  
funcional	
   e	
   oclusão	
   mutuamente	
   protegida	
   ,	
   a	
   altura	
   dos	
   incisivos	
   são	
  
extremamente	
   importante	
   na	
   desoclusão	
   dentária	
   nos	
   movimentos	
   de	
  
protrusão.	
  
O	
  correto	
  posicionamento	
  dos	
  tubos	
  e	
  bráquetes	
  é	
  de	
   importância	
  
vital	
  para	
  as	
  correções	
  ortodônCcas,	
  pois	
  a	
  posição	
  final	
  do	
  dente	
  é	
  
diretamente	
   ligada	
  ao	
  posicionamento	
  do	
  bráquete,	
   se	
  o	
  bráquete	
  
está	
  bem	
  posicionado	
  no	
  dente,	
  consequentemente,	
  o	
  dente	
  ficará	
  
em	
  uma	
  posição	
  adequada.	
  
 Durante o processo de colagem de bráquetes deve-se considerar o 
posicionamento o seu posicionamento horizontal e vertical, bem como sua angulação. 
 Posicionamento Horizontal: 
 De uma maneira geral, os bráquetes devem ser posicionados no meio da coral 
clínica no sentido mésio-distal. Alguns autores preconizam, em casos de grandes giro-
versões, o deslocamento do bráquete no sentido da rotação, facilitando sua correção. 
 Algumas vezes, principalmente para os profissionais com menor experiência, 
existe alguma dificuldade em localizar os briquetes horizontalmente. Para minimizar os 
erros, podemos adotar como referência os seguintes pontos: 
- Incisivos: bordas mesial e distal; 
- Caninos e pré-molares: bordas mesial e distal e ponta de cúspide vestibular; 
- Primeiros molares: face lingual do molar; 
- Segundos molares: sulco vestibular. 
 
 Angulação dos braquetes: 
 Na técnica Straight wire todos os braquetes devem ser posicionados 
perpendiculares ao longo eixo do dente. Isso se deve ao fato de que as angulações dos 
dentes encontram-se inseridas nos slots (encaixe) dos braquetes. 
 Altura dos braquetes (afastamento oclusal): 
 A distância entre a incisal/oclusal do dente e o slot (encaixe) do braquete é 
chamado de afastamento oclusal e é representado pelo “X”. 
 Inicialmente, deve-se medir a coroa clínica de cada dente com o auxílio de um 
compasso de ponta seca e uma régua milimetrada. Todos os dentes que receberão 
acessórios devem ser medidos e os resultados anotados em ficha própria. 
Ficha de determinação do “X” 
 
 Após se determinar a medida cérvico-
oclusal (C-O) de cada dente, divide-se por 2 cada 
valor e comparamos com a tabela de colagem de 
braquetes. 
 Adota-se a linha que houver maior número de coincidências entre o C-O/2 e a 
tabela. 
 Em casos em que o numero de coincidências empatar em duas ou mais linhas da 
tabela, adota-se a posição do incisivo central e 1o. pré-molar. O Incisivo central é 
adotado como referência no superior pela importância estética e o 1o. pré-molar no 
inferior por sua coroa apresentarmaior convexidade, e o posicionamento do braquete 
interferir mais no torque (inclinação vestibulo-lingual) do dente. No caso apresentado 
acima, a adotada para o superior seria a linha + 0,5 mm, conforme abaixo: 
 No typodont para que seja alcançada uma padronização, será adotada a linha “- 
0,5 mm“ na tabela, conforme se segue: 
Superior: 
Inferior: 
7 6 5 4 3 2 1 Dente 1 2 3 4 5 6 7
C	
  -­‐	
  O
C-­‐O/2
X
7 6 5 4 3 2 1 Dente 1 2 3 4 5 6 7
7 8 9 10 11 10 11 C	
  -­‐	
  O 11 10 11 10 9 8 7
3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 5,0 5,5 C-­‐O/2 5,5 5,0 5,5 5,0 4,5 4,0 3,5
X
+	
  0,5	
  mm 5,5 5,0 5,5 5,0 4,5 3,5 2,0
COLAGEM DE BRAQUETES 
 O correto posicionamento dos braquetes é de suma importância para o 
tratamento ortodôntico, pois a posição do braquete ditará a posição do dente no final do 
tratamento. Se o braquete estiver bem posicionado, o dente estará bem posicionado, 
caso contrário, a finalização será deficiente. 
Posicionamento dos braquetes e acessórios: 
 Devem ser posicionados no centro da coroa dentária, salvo em casos específicos, 
onde a alteração no posicionamento favoreça o tratamento. Vide mais a frente. 
 Durante o posicionamento do acessório devem ser observados três fatores: 
- Posicionamento vertical 
- Posicionamento horizontal 
- Angulação 
 Posicionamento vertical: 
TABELA	
  RECOMENDADA	
  PARA	
  COLAGEM	
  DE	
  BRAQUETES
SUPERIOR 1 2 3 4 5 6 7
+	
  1	
  mm 6,0 5,5 6,0 5,5 5,0 4,0 2,0
+	
  0,5	
  mm 5,5 5,0 5,5 5,0 4,5 3,5 2,0
Média 5,0 4,5 5,0 4,5 4,0 3,0 2,0
-­‐0,5	
  mm 4,5 4,0 4,5 4,0 3,5 2,5 2,0
-­‐	
  1	
  mm 4,0 3,5 4,0 3,5 3,0 2,0 2,0
INFERIOR 1 2 3 4 5 6 7
+	
  1	
  mm 5,0 5,0 5,5 5,0 4,5 3,5 3,5
+0,5	
  mm 4,5 4,5 5,0 4,5 4,0 3,0 3,0
Média 4,0 4,0 4,5 4,0 3,5 2,5 2,5
-­‐	
  0,5	
  mm 3,5 3,5 4,0 3,5 3,0 2,0 2,0
-­‐	
  1,0	
  mm 3,0 3,0 3,5 3,0 2,5 2,0 2,0
-­‐0,5	
  mm 4,5 4,0 4,5 4,0 3,5 2,5 2,0
 Deve-se inicialmente determinar o Afastamento oclusal (X). O afastamento 
oclusal é a distância entre a borda incisal ou oclusal e o slot (encaixe). Para determinar o 
X deve-se proceder da seguinte maneira: 
 Dentes superiores anteriores: 
1. Com um compasso de ponta seca mede-se o tamanho cervico-incisal do 
Incisivo Central superior; 
2. Divide-se o valor encontrado por dois e assim determina-se o X; 
3. O valor de X corresponde ao meio da coroa clínica do dente em questão; 
4. Para posicionarmos o acessório no Incisivo Lateral utilizamos a medida 
X-0,5 mm; 
5. Para posicionarmos o acessório no Canino utilizamos a medida X+0,5 mm. 
 Dentes superiores posteriores: 
1. Com um compasso de ponta seca mede-se o tamanho cervico-incisal do 
premolar superior; 
2. Divide-se o valor encontrado por dois e assim determina-se o X’; 
3. O valor de X’ corresponde ao meio da coroa clínica do dente em questão; 
4. Para posicionarmos o acessório no primeiro molar utilizamos a medida 
X’-0,5 mm; 
5. Para posicionarmos o acessório no segundo molar utilizamos a medida X’ - 
1,0 mm. 
 Dentes inferiores anteriores: 
1. Com um compasso de ponta seca mede-se o tamanho cervico-incisal do 
Incisivo Central inferior; 
2. Divide-se o valor encontrado por dois e assim determina-se o X; 
3. O valor de X corresponde ao meio da coroa clínica do dente em questão; 
4. Para posicionarmos o acessório no Canino utilizamos a medida X+0,5 mm. 
-­‐	
  0,5	
  mm 3,5 3,5 4,0 3,5 3,0 2,0 2,0
Dentes inferiores posteriores: 
1. Com um compasso de ponta seca mede-se o tamanho cervico-incisal do 
premolar inferior; 
2. Divide-se o valor encontrado por dois e assim determina-se o X’; 
3. O valor de X’ corresponde ao meio da coroa clínica do dente em questão; 
4. Para posicionarmos o acessório no primeiro molar utilizamos a medida 
X’-0,5 mm; 
5. Para posicionarmos o acessório no segundo molar utilizamos a medida X’- 
0,5 mm. 
Observação: Em nosso curso, com o intuito de evitar a “abertura da mordida”, 
utilizaremos a medida X’-1,0 para o segundo molar inferior. 
 Posicionamento horizontal: 
 Os acessórios devem ser posicionados, tanto nos dentes superiores como nos 
inferiores, no centro da coroa no sentido mesiodistal. Alguns autores sugerem que em 
dentes com giro-versão (rotacionados), o acessório deve ser deslocado 0,5 mm no 
sentido da rotação para facilitar a correção deste dente, conforme pode ser observado na 
figura abaixo: 
!
!
!
!
!
Referências para posicionamento horizontal dos acessórios: !
 Incisivos - Bordas mesial e distal; 
 Caninos e premolares - Bordas mesial e distal e ponta de cúspide 
vestibular; 
 Molares superiores - Sulco vestibular ; 
 1o. Molares inferiores - Face lingual ( o tubo deve estar paralelo à face 
lingual); 
 2o. Molares inferiores - Sulco vestibular. !
 Angulação: !
 Os acessórios dos dentes anteriores superiores e inferiores são ligeiramente 
angulados com o objetivo de aumentar a estabilidade e a estética dos mesmos, sem que 
sejam necessárias dobras no arco com esta finalidade. Este posicionamento é chamado 
de posicionamento artístico. Os braquetes devem sofrer uma angulação distocervical 
com esta finalidade, como na tabela abaixo: !
 !!
Afastadores	
  para	
  colagem	
  
Simples	
  labial	
  
!
! !
	
   !
!
!
!
!
Simples	
  lábio-­‐lingual	
  
!
Dente Angulação
1 3 graus
2 4 graus
3 5 graus
Pinças	
  de	
  colagem	
  e	
  posicionadores	
  de	
  acessórios:	
  
	
  
	
   !
! !
!
!
!
Posicionador	
  de	
  bráquetes	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Estrela	
  de	
  Bonnie	
  
!
!
!
!
!
!
Pinça	
  porta-­‐bráquetes	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  Pinça	
  para	
  tubos	
  
 Condicionamento do esmalte. 
	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   	
   Buonocore em 1955 propôs que a superfície do esmalte podia ser 
alterada por ácidos, para se tornar mais receptiva à adesão. Sua 
hipótese foi baseada no uso comum industrial do ácido fosfórico para 
melhorar a adesão de pinturas e coberturas acrílicas à superfícies 
metálicas. Ele descobriu que a resina acrílica podia ser colada ao 
esmalte, condicionando-se sua superfície com ácido fosfórico à 85% por 
30 segundos. Segundo o autor, isto poderia ser resultado da exposição 
da estrutura orgânica do esmalte, formação de novas substâncias 
precipitadas sobre a superfície; remoção do esmalte antigo e inerte, com 
exposição do esmalte fresco e reativo; presença de uma camada 
altamente polar de fosfatos derivados dos ácidos e aumento da 
permeabilidade da superfície, permitindo um contato mais íntimo entre a 
resina e o esmalte. Sua técnica consistiu em efetuar previamente a 
profilaxia do esmalte e com o esmalte já limpo, seco e isolado da saliva, 
aplicar o ácido sobre a superfície do esmalte. 
 O tempo de condicionamento vem sendo estudado e comparado 
insistentemente por vários autores. concluíram em um estudo do 
esmalte em microscópio eletrônico, que as condições retentivas 
promovidas pela aplicação de ácido fosfórico à 37% durante 15 
segundos no esmalte jovem foram mais favoráveis que com a aplicação 
por 60 segundos. 
 
!
	
  
Condicionamento	
  em	
  porcelana	
  
 O condicionamento destas peças são 
realizados com ácido fluorídrico a 10% por 30 
segundos. A colagem do braquete pode ser 
realizado com o sistema de adesino e resina , ou o 
sistema de colagem próprio para bráquete que não 
necessita de adesivos. Para que se tenha uma 
melhor adesividade, pode-se aplicar 3 camadas de 
silano após o condicionamento com o ácido 
fluorídrico e utilizar o o sistema de colagem 
normalmente. 
!
Posicionamento do bráquete no Typodont: 
 No Typodont deve-se marcar com lápis grafite a altura e o 
posicionamento mésio-distal no dente. Este procedimento facilita o 
posicionamento, minimizando o erro de colagem.Este procedimento 
também pode ser adotado em pacientes, particularmente para 
profissionais menos experientes em ortodontia. 
!
!
! !
!
!
!
! REALIZAR A APLICAÇÃO 
DO ÁCIDO 
APENAS NO LOCAL DE 
COLAGEM 
Colagem	
  de	
  bráquete	
  no	
  typodont	
  
	
   O	
  posicionamento	
  deve	
  ser	
  realizado	
  obedecendo	
  o	
  longo	
  eixo	
  do	
  dente	
  
e	
   centralizado	
   no	
   senCdo	
   mésio-­‐distal,	
   respeitando	
   o	
   mal	
   posicionamento	
  
individual	
  de	
  cada	
  dente.	
  
!
Nivelamento e alinhamento: 
Introdução: !
Nos primórdios da Ortodontia executava-se esta fase do tratamento 
confeccionando arcos dando o contorno exato da má oclusão existente em cada 
arcada do paciente. À medida que o tratamento avançava, esta má oclusão era 
suavizada paulatinamente, até chegar-se ao arco reto. 
Este procedimento foi abandonado quando Begg introduziu suas alças em fios 
redondos ( Alça simples, em “L” e quadrangular). 
 
Objetivos: !
• Corrigir má posições indidviduais; 
• Corrigir giro-versões; 
• Nivelar braquetes-dentes em um mesmo plano horizontal; 
• Preservar a ancoragem superior e inferior 
• Corrigir sobremordidas e mordidas abetas 
• Fechar diastemas 
• Corrigir cruzamentos dentários !
Alinhamento e nivelamento: !
 O alinhamento e nivelamento dentário é a primeira fase do tratamento 
ortodôntico, onde será utilizado pela primeira vez sistemas de forças para a 
movimentação dos dentes. Nesta fase os dentes serão movimentados para alcançar a 
posição de estabilidade nos seus alvéolos em harmonia com seus antagonistas e 
agonistas. 
 O alinhamento é a parte do tratamento ortodôntico que visa corrigir as más 
posições dentárias no sentido horizontal, ou seja, vestíbulo-versões, linguo-versões, e 
rotações. 
 
!
!
!
!
 O nivelamento é a parte do tratamento ortodôntico que visa corrigir as más 
posições dentárias no sentido vertical, problemas de excesso de sobremordida e mordida 
aberta. 
!
!
!
!!
Técnica de alinhamento e nivelamento: !
Fase inicial de tratamento que requer o uso de fios muito flexíveis para 
o movimento dentário. !
Os dentes sairão de uma situação de repouso e estabilidade para uma 
ativa de movimentação, o que normalmente é levemente doloroso para o 
paciente. Desta forma, quanto mais suave for o movimento e quanto mais leve 
for a força mais fisiológico o movimento e maior conforto ao paciente. 
 
 Na técnica Edgewise utiliza-se fio de aço de baixo calibre e 
acrescenta-se alças de Begg, com a finalidade de minimizar as forças exercidas 
pelos arcos. !
 As alças são confeccionada nos fios 0.012”, 0.014”, 0.016” e, 
eventualmente no 0.018”, acrescidos de alças de Begg: !
• A l ç a v e r t i c a l o u s i m p l e s ( a ) : 
Movimentam os dentes no sentido 
horizontal (vestíbulo-lingual), planejadas 
uni ou bilateralmente aos dentes. O 
tamanho varia de 6 a 9 mm. !!
• Alça em “L” (b): Movimentam os 
dentes no plano horizontal e vertical. 
Intruem, extruem, giram, e inclinam os 
dentes. Confeccionada com uma altura 
vertical de 6 a 9 mm e horizontal até 5 
mm. !
• Alça em “T”: variação da alça em “L”, tendo maior 
flexibilidade. Muito utilizado para 
retração. !
• Alça em caixa (in Box) (c): para 
movimentos na vertical, até 9 mm de 
tamanho. !
• Top ômega: Em forma da letra grega 
ômega, empregada com stop na mesial 
do tubo (amarrado ao tubo com 
amarrilho), para impedir os deslizamento 
do arco, nos sentidos mesial e distal. 
!
 Segundo a filosofia de Ronald Roth, uma vez que os acessórios estejam 
bem posicionados e seguido uma seqüência de fios respeitando os limites biológicos dos 
elementos de suporte, o alinhamento e o nivelamento dentário será alcançado. 
 Com o objetivo de maior adestramento manual e que seja possível a visualização 
por parte do aluno das diferenças entre as técnicas de nivelamento e alinhamento, o arco 
superior no Typodont será nivelado e alinhado com fios de aço e alças de nivelamento e 
alinhamento. No arco inferior, será utilizado o nivelamento moderno, com a utilização 
de arcos com ligas de Níquel-titânio, onde não é possível e nem é necessário a 
confecção de alças. 
 Liga de aço: 
 Os arcos ortodônticos confeccionados com liga de aço é utilizado a muito tempo 
na Ortodontia e seu uso, apesar das ligas modernas, continua muito difundido em todas 
as fases do tratamento. O aço tem diversas vantagens, dentre elas , pode-se destacar a 
excelente formabilidade, isto é, capacidade de fazer dobras; excelente soldabilidade, 
baixo atrito, além do baixo custo. 
 Liga de Níquel-titânio: 
Em certas fases do tratamento, 
principalmente no início do tratamento 
ortodôntico, isto é no alinhamento e 
nivelamento, é indispensável à liga 
apresentar deflexão suficiente que torne o 
sistema biologicamente compatível com a 
movimentação ortodôntica. O conceito de 
flexibilidade-deflexão é a capacidade da liga 
de apresentar um grande alongamento com 
pequenos níveis tensão aplicado, típico das ligas de NiTi, em detrimento das 
ligas de aço, que apresentam pouca deflexão para altos níveis de tensão aplicada. 
O efeito conhecido como ”memória de forma” que caracteriza as ligas de níquel-
titânio. 
Assim, as ligas de Níquel-Titânio trazem como vantagens; 
 - A obtenção de um baixo limiar de dor 
 - Possuir maior tempo de deflexão, traduzida como menor número de visitas 
por parte dos pacientes; pois a ativação deverá ser realizada com um maior 
tempo; 
 - Possuir constância na desativação da força; devido à considerável extensão 
de deflexão sendo que a força produzida dificilmente varia isso significa que o 
arco inicial exerceria a mesma força se fosse defletido numa distância 
aproximadamente pequena ou grande, o que é uma característica única e 
extremamente desejável; 
 - Existir em diferentes temperaturas de transformação: 15°C (Arcos Tipo 
I), 27°C (Arcos Tipo II), 35°C (Arcos tipo III) e 40°C (ArcosTipo IV). Como 
exemplo, pode-se citar as indicações do Arco tipo III: a) quando se deseja a 
liberação de forças médias; - Para pacientes que têm limiar de dor baixo ou 
normal; c) para pacientes que têm o periodonto normal ou levemente 
comprometido e d) quando forças relativamente baixas são desejadas. !!
Seqüências de alinhamento e nivelamento: !
 Existem diversas seqüências de nivelamento apresentadas na literatura 
pertinente. Todas elas apresentam vantagens e desvantagens, dependendo do caso a ser 
tratado. Hoje há uma tendência grande de se individualizar a seqüência de alinhamento 
e nivelamento, adotando-se uma específica para cada caso. O problema é que isso exige 
uma certa experiência do profissional e por isso, no curso será adotada uma seqüência 
pré-determinada. 
 
O nivelamento no Typodont é realizado de duas formas distintas. Na arcada 
superior, é utilizado apenas fios com liga de aço (nivelamento tradicional) acrescido de 
alças de alinhamento e nivelamento. O nivelamento se dá por aumento da secção 
transversal do fio, obedecendo a seguinte ordem: 0,014", 0,016”, 0,018”e 0,020”. O 
nivelamento do arco inferior se dá por aumento da secção transversal dos fios com liga 
de NiTi, obedecendo a ordem: 0,014” e 0,018”. Após o fio de liga de Niti 0,018", 
obedece-se a seqüência do nivelamento tradicional, ou seja 0,018" e 0,020”. !
Observações: 
1- A seqüência preconizada no Typodont para o arco inferior será a mesma 
utilizada na Clínica do Instituto Lato Sensu, sendo que em pacientes que apresentam 
apinhamento severo, será iniciado com o fio 0,12”; 
2- Para os fios de Niti sugere se a utilização dos fios comercializados para o 
arco inferior, onde o mesmo apresenta menor raio de curvatura anterior. !
NIVELAMENTO NO TYPODONT !
Arco superior: 
11 – linguo-versão – alça simples (mesial e distal) 
13 – giro-versão – alça “in Box” 
22 – infra-vestibulo-oclusão – duplo “L” ( mesial e distal) 
25 – giro-versão – alça “in Box” 
 
!!
Arco inferior 
33 – vestíbulo- infra-versão 
31 – linguo-versão43 – giro-versão 
45 – linguo-versão !!!
 FIOS INICIAIS AO ALINHAMENTO E NIVELAMENTO DENTÁRIO 
 NITINOL (0,12; 0,14; 0,16) 
!
 
Nivelamento	
  com	
  NiTi
¬ FIO 0,012 NITI 
!
Os fios 0.012”de NiTi tem a função de nivelar e alinhar os dentes em 
estágios iniciais do tratamento. São utilizados como primeiro fio em 
casos com apinhamento severo. 
¬ FIO 0,014 NITINOL 
!
!
!
!
!
Na seqüência natural do alinhamento e nivelamento (A/N), o fio 0, 014" 
Niti é o próximo. Muitas vezes, em casos em que o paciente não 
apresenta apinhamento severo, esse é o primeiro fio do tratamento. Ele 
deverá estar inserido nos slots dos braquetes e nos casos de dentes mais 
inclinados, estes deverão estar com amarrilho para melhor resposta 
biomecânica. 
!
¬ FIO 0,016" NITI 
!
O fio 0, 016 Niti deverá ser utilizado para finalização do pré alinhamento 
e nivelamento dos dentes. A partir deste fio já será utilizado fios com 
pequena proporção carga-deflexão (fios mais rígidos), onde por ter um 
maior controle, já podemos iniciar alguns procedimentos da mecânica 
ortodôntica (uso de elásticos intermaxilares, por exemplo). 
FIO 0.018”NITI 
!
Muitos autores consideram o fio final de A/N, outros dizem que o 
controle do troque, produzido pelos fios retangulares faz parte do 
alinhamento e nivelamento dentário. 
!
 UTILIZAÇÃO DE FIOS DE AÇO: 
 Os fios de aço possuem a capacidade mecânica de finalizar o 
alinhamento e nivelamento e correção de curvatura dos arcos (curva de Spee). 
Devido à capacidade mecânica de controle dos arcos no sentido transversal, 
estes arcos deverão estar “DIAGRAMADOS E COORDENADOS”. Os fios de 
aço são frequentemente referidos pelas letras SS (stainless steel) aço inoxidável 
em inglês. 
 FIO 0.018”SS 
 Os fios de aço são considerados fios de controle individual dos dentes. 
 Eles possui um alta relação carga/deflexão, apresentando excelente 
 controle espacial do dente durante o A/N. 
!
!!!!!!
 FIO 0.020”SS 
Fio de maior diâmetro utilizado na mecânica, este fio finaliza o 
alinhamento e nivelamento dentário no sentido mesio-distal. Utilizado 
muitas vezes para mecânicas que não precisam do controle de torque. 
FIOS RETANGULARES 
 São fios utilizados para controlar os dentes nos três planos, introduzindo 
o torque adequado (controle vestíbulo-lingual) nos dentes. São fios que, em sua 
grande maioria tem uma uma alta relação carga-deflexão (rígidos). 
FIO 0.016X0.022” 
!
!
!
!
!
Primeiro fio que introduz o binário de controle do torque, usado para A/
N, e mecânica, como por exemplo, a retração onde a necessidade de 
controle de torque existe, porém não tem de ser máxima. 
FIO 0.019X0.025 NITI 
!
!
!
!
!
Fio de maior diâmetro transversal utilizado atualmente na ortodontia, 
caracteriza-se por preencher quase que totalmente o slot, utilizado para 
preparar o paciente para receber o fio 0.019x0.025 SS que finaliza o A/N. 
 FIO 0.019X0.025 SS 
 
 Fio de maior rigidez e que melhor preenche o slot do braquete. É considerado o 
 ultimo arco do nivelamento e o arco de finalização, em casos que não há 
 necessidade de intercuspidação. Alguns autores relatam que após três meses de 
 uso, todo o troque do briquete é expressado. Muitas vezes, após o uso deste fio, 
 retorna-se para fios de menor calibre para a realização de mecânicas (fio 
 0.018x0.025 SS, por exemplo). !!
Ligaduras de controle do canino ou Lace Back: !
Devido a sua trajetória eruptiva, os caninos tendem a apresentar uma 
mesioangulação de coroa. Além disso, o braquete Straight wire apresenta uma 
inclinação que tende a intuir e vestibularizar os dentes anteriores a ele. Somado a tudo 
isso, eles apresentam um volume radicular muito grande, quando comparado aos dentes 
anteriores (laterais e Centrais). Durante as fases iniciais de nivelamento, estes fatores 
podem levar a uma vestibularização excessiva dos dentes anteriores. Diante desta 
expectativa inadequada, utiliza-se as Ligaduras de controle de canino (LCC) ou lace 
back. Estes, tem o objetivo de: 
1- Evitar inclinação mesial dos caninos; 
2- Auxiliar na distalização das coroas dos caninos; 
3- Evitar a vestibularização dos dentes anteriores (Incisivos laterais e centrais). !
O seu emprego consistem em ligar o molar ao canino por meio de fio de amarril 
metálico de diâmetro transversal de 0,025” (0,10 mm), conforme a figura. !!
 Observação: Os fios de aço 0,016”, 0,018”e 0,020” sempre deverão estar 
diagramados e coordenados. 
DIAGRAMAS 
 Durante o tratamento ortodôntico, confeccionamos diversos arcos para o mesmo 
paciente. Existe, portanto, a necessidade de manter-se um padrão na confecção dos 
mesmos. Para isso, diversos diagramas foram propostos na literatura pertinente, como 
pode-se observar abaixo: 
!
!
Diagrama de Bonwill Diagrama de Izard. 
1 2 
!
!
1-Diagrama e formas de Brader 2- Diagrama proposto por Boone 3- Diagrama de Sved. 
Diagrama de Interlandi: 
 Em uma amostra de 189 casos Interlandi observou que os raios de curvatura 
anterior variavam de 18 a 25 mm. Com bases nestes dados, foram construídos oito 
diagramas com raios e de curvatura entre 18 e 26 mm. Os raios foram impressos em 
plástico transparente e, a partir daí, adota-se a curvatura mais adequada, conforme e 
exposto a seguir: 
- Obtenção da curvatura anterior: 
1. Utilize o diagrama de determinação da curvatura anterior, observando a 
curvatura que melhor se adapta aos caninos e incisivos no modelo 
inferior. Acrescente 2mm, o que equivale a espessura dos bráquetes e 
transfira convenientemente para o diagrama já escolhido. 
 O modelo inferior é utilizado na escolha da curvatura incisal no diagrama, devido a 
menor quantidade de osso basal na região anterior da mandíbula. Devido a isso, a 
forma do arco (raio da curvatura incisal), bem como a distância intercaninos não 
aceitam grandes alterações, sob risco de perda de estrutura de suporte dos dentes e 
instabilidade pós-tratamento. 
- Obtenção da barra (distância inter-molares): 
2. Meça a distância linear inter-ômegas (extremo mesial dos tubos – molar 
superiores ) adicione +1 mm de cada lado e transfira, da mesma forma , 
para o diagrama, anotando as linhas verticais correspondentes. 
Identifique na ficha do paciente, o diagrama individualizado: 
- Raio de curvatura 
- Distância inter-pré molares 
- Distância inter-ômegas 
 A curvatura incisal deve ser selecionada de acordo com o diagrama escolhido no 
arco inferior e, para o arco superior, devemos acrescentar + 1. A barra será a mesma 
para os dois arcos. Em casos com extrações de pré-molares haverá uma abertura na 
curva incisal, por isso devemos acrescentar +1 em ambos os arcos. 
 Os arcos devem estar completamente coordenados na região anterior e posterior. 
Use o cartão de tarja vermelha, para movimentar o arco , sobre o diagrama. 
Vantagens do uso do diagrama de Interlandi: 
1- Possibilidade da obtenção imediata do diagrama individualizado; 
2- Manuseio prático; 
3- Possibilidade de construção de arcos superiores e inferiores isoladamente, com erro 
de coordenação bastante reduzido; 
4- Economia de tempo, devido a coordenação dos arcos superiores e inferiores poder ser 
dispensado em grande número de casos; 
5- Manuseio reduzido dos modelos de gesso durante o tratamento. 
!
Coordenação de arcos: 
 Os arcos superiores e inferiores devem manter uma relação dimensional 
constante. Para que isso ocorra, torna-se necessário que os arcos de liga de aço sejam 
sempre coordenados. Este procedimento facilita a intercuspidação e finalização dos 
casos. 
!
!
!
!
!
!!!
Torques: 
 É a torção do fio ortodôntico, de secção retangular em torno de seu próprio eixo, 
que gera movimentos de coroa e/ou raiz do dente nosentido vestíbulo-lingual. !
Inclinações naturais dos dentes: !
Anteriores - Inclinação Vestibular 
Caninos - Verticalizados 
Dentes Posteriores - Inclinação Lingual !
 O torque ideal feito no arco retangular deve reproduzir essas inclinações 
dentárias. !
Mensuração de torque no alicate: !
Fio passando no centro das pernas do alicate - ausência de torque. 
Fio passando fora do centro das pernas do alicate - torque vestibular ou lingual. 
Classificação dos torques: 
1- Localização no Arco 
2- Intensidade/Ação 
3- Distribuição de Intensidade 
4- Sentido de Movimentação !
 1- Localização no Arco 
 Anterior - Segmento anterior do arco. 
 Posterior - Segmentos posteriores do arco. !
 2- Intensidade/Ação: 
 Passivo - Não exerce força de movimentação sobre o dente porque coincide com 
sua inclinação vestíbulo-lingual. 
 Ativo - Exerce força capaz de promover movimentação dentá-ria no sentido 
vestíbulo-lingual. 
 Neutro - Ausência de torção no fio. Pode ter efeito ativo ou passivo, dependendo 
da inclinação vestíbulo-lingual do dente. 
 Resistente - Não coincide com a inclinação que o dente possui, mas não provoca 
movimentação porque se opõe a outros componentes de força que agem sobre 
o dente. !
 3 - Distribuição da Intensidade/Ação: 
 Contínuo - A força decorrente do torque é de mesma intensidade em todos os 
dentes de um segmento (mesma torção). 
 Progressivo - As forças são de intensidades diferentes e pro-gressivas para os 
dentes de um segmento. 
 Torque individual - Torção feito somente no segmento do arco que compreende o 
dente em questão. !
 4 - Sentido da Movimentação: 
 Vestibular - Promove inclinação vestibular da coroa ou da raiz do dente. 
 
 Lingual - Promove inclinação lingual da coroa ou da raiz do dente. !!
Retração Anterior: !
 A fase de retração anterior representa uma importante etapa do tratamento 
ortodôntico, na qual o ortodontista precisa manter ou alcançar relevantes objetivos 
como a chave de caninos, chave de molares, correção da sobremordida e coincidência 
entre as linhas médias. !
Necessidade de exodontias no tratamento ortodôntico: 
 - Casos com apinhamento moderado a severo 
 - Casos de Classe II (compensação dentária) 
 - Discrepância cefalométrica alta (discrepância total alta) !
 Nas últimas décadas houve uma queda na necessidade de extrações para 
tratamento ortodôntico de 34.9% para 18%. Isso se deve a diversos fatores, destacando-
se entre esses: 
 - Melhoria da técnica de diagnóstico ortodôntico; 
 - Melhoria do material, principalmente fios ortodônticos; 
 - Dispositivos com ancoragem esquelética. !
Perspectivas biomecânicas da redução do espaço das extrações e o controle da 
ancorarem: 
 Esta fase exige do profissional um planejamento preciso de como ocorrerá a 
redução do espaço. Há a necessidade de definir-se no planejamento mecânico a 
quantidade de retração anterior e a quantidade de mesialização do segmento posterior 
(perda de ancoragem). !
Classificação da ancoragem sob a perspectiva biomecânica de Bourstone: 
Grupo A - Ancoragem máxima (retração dos dentes 
anteriores): 
 Manutenção crítica dos dentes posteriores em 
posição 
 75% ou mais de ancoragem dos dentes 
posteriores 
 Perda de ancoragem de 25% ou menos 
 O bloco anterior move-se para posterior ¾ do 
espaço da extração !
Grupo B - Ancoragem média (Fechamento recíproco 
de espaços): !
 Redução de espaços relativamente simétrico 
 Movimentação igual das baterias anterior e 
posterior 
 Retração de 50% e perda de ancoragem de 50% !
Grupo C - Ancoragem mínima (Movimento mesial 
de molares ou perda de ancoragem) 
 Ancoragem pouco crítica 
 75% ou mais do espaço são ocupados por 
deslocamento para a mesial do segmento 
posterior 
 !!
Tipos de mecânicas de retração: !
 Mecânica friccional ou por deslize. 
 Mecânica africcional ou com alças. !
Mecânica friccional ou por deslize: !
 Ocorre um deslize do arco ortodôntico nos dentes posteriores do sistema. 
Isso leva a um maior nível de atrito, necessitando de força extra para que vença 
o atrito e faça o movimento desejado. Como a força utilizada é maior, existe uma 
maior demanda na ancoragem. !
 Características do sistema: 
 Sistema simples e previsível. 
 Eficiência questionável. 
!
 Composição do sistema: 
 Arco retangular contínuo de aço. 
 Ganchos ou dispositivos de retenção. 
 Componente ativo (elásticos ou molas). !
 Ancoragem do sistema: 
 Há equivalência dos momentos nos segmentos anterior e 
posterior. 
 O controle da ancoragem resulta de dispositivos adicionais, 
 colocados na unidade reativa. !
 Efeitos colaterais possíveis: 
 Lingualização dos dentes anteriores (inclinação não 
controlada). 
 Aprofundamento da mordida. 
 Perda de ancoragem. 
 Tempo de tratamento aumentado. !
 Aumento no tempo de tratamento 
 Relacionado aos níveis de atrito ou ao embricamento dentário. 
 Erro comum – não “andou”, vou aumentar a força. !
 Correto: Observar o sistema e identificar o que está aumentando o nível de 
atrito. !
Check list do sistema: 
 Existe uma série de motivos para que a retração por deslize não ocorra, quando 
isso ocorrer, deve-se ser feito uma verificação de possíveis problemas no sistema, como 
segue abaixo: 
 1- Verificar o nivelamento dentário. 
 2- Observar se não há braquetes ou tubos danificados. 
 3- Utilizar fios de aço para diminuir níveis de atrito. 
 4- Observar se não há torque nos dentes, o que pode levar ao 
contato com a cortical óssea. 
 5- Observar o nível de embricamento dentário. 
 6- Verificar se o lace back não está prendendo o fio na distal do tubo. 
 7- Verificar se os amarrilhos de aço não estão muito apertado. 
 8- Observar se o sistema não tem força excessiva. 
 9- Observar os sistemas de controle vertical (efeito Gable). !!
 As alças de retração são utilizadas para retração em bloco (de canino a canino) 
ou retração de caninos e, posteriormente, anterior. Atualmente é muito mais comum a 
retração em bloco. 
 O Mecanismo funciona pela ativação da alça por meio de sua abertura ou 
fechamento, este dispositivo age como uma mola, fracionando o segmento anterior 
contra o posterior. 
 Uma das grandes vantagens da retração por mecânica africcional é o controle da 
Proporção Momento/força, que se dá de três maneiras: !
 1- Através do posicionamento sagital da alça. 
 2- Quantidade de ativação nas extremidades alfa (anterior) e beta (posterior). 
 3- Ativação horizontal. !
 Através do controle da proporção 
momento/força é possível aumentar os níveis 
de ancoragem ou aumentar o controle do torque 
e extrusão dos dentes anteriores. Desta forma, 
aumentando a angulação anterior da alça, 
aumenta-se o momento anterior e obtém-se 
maior controle da inclinação anterior. 
Aumentando a angulação posterior da alça, 
obtém-se maior momento posterior e maior 
controle de ancoragem. !!
Formas de retração: !
 Existem duas forma de se realizar a retração do segmento anterior, a retração em 
massa ou a retração de canino, seguida dos incisivos (anterior). 
Retração em Massa: 
 O corre a retração dos seis dentes anteriores ao mesmo tempo (2 incisivos 
centrais, dois incisivos laterais e os caninos). Esta forma de retração apresenta duas 
grandes vantagens. A primeira é que, por ser realizada em uma única fase, diminui o 
tempo de tratamento e a segunda é por motivos estéticos, pois o espaço da extração 
sempre está na distal dos caninos, diminuindo sua exposição no sorriso do paciente. 
 A desvantagem desta forma de retração é a grande necessidade de ancoragem. 
Segundo Nanda, 1997, a retração dos seis dentes anteriores ao mesmo tempo requer 
uma força de aproximadamente 600 gramas para o superior e de 480 gramas para os 
inferiores. O provimento de ancoragem dado por o segundo pré-molar e o primeiro 
molar superior é de aproximadamente 300 gramas. Desta forma, é fácil observar que a 
tendência de deslocamento anterior dos dentes posteriores (perda de ancoragem) maior 
que a retraçãodo segmento anterior, o que na maioria dos casos não é bem vindo. 
Assim, em casos com grande demanda de ancoragem esta modalidade de retração era 
contra-indicada. Com o surgimento da ancoragem absoluta, este problema foi resolvido, 
de modo que a grande maioria das retrações anteriores são atualmente realizadas desta 
forma. 
 A retração de caninos e posteriormente de 
incisivo é utilizada atualmente nos casos 
onde há a necessidade de dissolver o 
Ancoragem Controle anterior 
apinhamento anterior e, com a distalização do canino obtém-se o espaço necessário e 
quando o paciente apresenta casos de mordida mordida profunda, onde uma excelente 
alternativa para o tratamento é a mecânica de retração com intrusão com o arco de 
Ricketts. Esta mecânica requer um menor nível de ancoragem. 
Alças de retração: 
 
 Alça de Bull; 
 Alça de Bull invertida; 
 Alça em "T 
 
Arco ideal redondo: !
 Os arcos ideais são construídos e instalados na técnica Edgewise. O motivo para 
a necessidade de sua construção é que todos os encaixes dos bráquetes desta técnica 
serem iguais. Assim, o posicionamento individual característico de cada grupo de dentes 
é alcançado as expensas de dobras no arco. 
 Características: !
Apresenta dobras de 1ª. e 2ª. Ordem 
Procura obedecer a anatomia dos dentes superiores e inferiores 
Arco pouco utilizado na clínica. !!
O arco ideal redondo superior apresenta as seguintes características: !
In-set de lateral 
Off-set de canino 
Of-set de 1º. Molar 
Ômega 
O arco ideal redondo inferior apresenta as seguintes características: !!
Off-set de canino 
Of-set de 1º. Molar 
Ômega !!
Arco ideal retangular: 
 
 Os arcos ideais retangulares além de apresentarem as dobras de 1a. ordem (in set 
e off set), as dobras de segunda ordem (ângulo caudal), apresentam ainda, as dobras de 
terceira ordem (torques). Os torques tem por função controlar e corrigir os dentes no 
sentido vestíbulo-lingual e são alcançados por torções em fios de secção quadrado e 
retangular. !!
Características do arco ideal retangular: !
Superior: !
Dobras de 1a. e 2a. ordem: 
In-set de lateral 
Off-set de canino 
Of-set de 1º. Molar 
Ômega !
Dobras de 3a. ordem: 
Torque anterior ativo, contínuo, vestibular de coroa. 
Torque de canino neutro. 
Torque posterior ativo progressivo, lingual de coroa. !
Inferior: !
Dobras de 1a. e 2a. ordem: 
Off-set de canino 
Of-set de 1º. Molar 
Ômega !
Dobras de 3a. ordem: 
Torque anterior ativo, contínuo, vestibular de coroa (Neutro em relação ao braquete). 
Torque de canino neutro. 
Torque posterior ativo progressivo, lingual de coroa. !
Intercuspidação 
 É um procedimento que constitui parte do estágio de finalização de um 
tratamento ortodôntico corretivo. Visa melhorar a relação vertical entre os dentes 
antagônicos. Como este procedimento está na dependência da relação alcançada durante 
a mecanoterapia, ele não tem um caráter obrigatório, sendo realizado, portanto, apenas, 
quando necessário. !
 Caracteriza-se pelo uso de elásticos intermaxilares, com vetores 
predominantemente verticais, que liberam forças aproximadas de 100 a 150 gramas. 
!
 Os elásticos são encontrados no mercado em tamanhos variados: 1/8, 3/16, 5/16, 
1/4, 1/2. Cada tamanho apresenta variações na sua espessura, que lhes conferem a 
designação de leve (L), médio (M) e pesado (P), em concordância com a magnitude da 
força liberada. !
 Via de regra, os elásticos devem ser usados ininterruptamente e substituídos 
todos os dias, até alcançarem os objetivos desejados. 
 
Não existem um esquema geral: 
 O planejamento da distribuição dos elásticos é variado e depende da função, do 
tipo e direção do movimento a ser realizado. !
Exemplos: !
 !
Elásticos 3/16” (4,80 mm): Utilizado para ajuste 
Antero-posterior, maxilo-mandibular, promoção de 
força com resultante mais horizontal. Elásticos de 
Classe II e Classe III longo. !
 	
 
Elásticos 1/8” (3,20 mm): 
Utilizado para pequeno ajuste 
Antero-posterior, maxilo-
mandibular, promoção de 
forças com resultante mais 
vertical. Elásticos de Classe II 
e Classe III curto. !
Elásticos 1/8” isolados: !
!!!
!
	
  	
  	
  
!
Elásticos de 1/8”, 5/16” ou 3/16”combinados: !
!
!
!
!
!
Elásticos “sanfonados”: 	
  
!
	
  	
  
!
!
!
Elásticos 
3/16” (4,80 mm)- Mais utilizado para movimentação antero-posterior. Pode 
Auxiliar na intercuspidação quando usado de forma triangular; 
1/8”(3,20 mm) - Utilizado para intercuspidações em pequenas regiões (3 
dentes). resultante mais vertical de forças; 
Métodos de intercuspidação: 
1- Elásticos 1/8’’ isolado: 
Vantagens: Duração do uso e controle individual. 
Desvantagens: Freqüência de consultas, movimentos manipulares limitados e 
desnivelamento. 
!
!
2- Elásticos 1/8’’ ,5/16’’ ou 3/16”: 
!
U t i l i z a d o s c o m a r c o s 
redondos ou retangulares, 
deve-se acastanhar o arco 
para que este perca as 
características e se torne 
mais flexíveis. 
!
3- Utilizando o fio Braided “memoflex" 
Fio retangular trançado de 4 a 9 filamentos trançados 
Mantém o troque e permite uma intercuspidação melhor por ser flexível. 
!
Finalização 
Durante o tratamento ortodôntico convencional, após o alinhamento e nivelamento dos 
dentes,correção das relações ântero-posteriores e fechamento dos espaços tem inicio a fase de 
finalização.Esta etapa é de fundamental importância, uma vez que representa a última 
oportunidade para o profissional refinar em melhorar os resultados do tratamento. 
 Esta fase inicia-se com a solicitação dos exames por imagens e um par de 
modelos de estudo. 
 Duas radiografias extra-bucais devem ser solicitadas: a telerradiografia em 
norma lateral e a radiografia panorâmica. A primeira, destina-se a observar se os 
resultados cefalométricos foram alcançados e na radiografia panorâmica observa-se os 
tecidos envolvidos durante o movimento ortodôntico, quais sejam, dente, osso e 
periodonto. Observa-se também o paralelismo radicular, que deve está presente para 
auxiliar na estabilização dos resultados alcançados. 
 American Board of Orthodontics (ABO) desenvolveu um sistema de 
classificação simples e objetivo, que avalia em modelos e em radiografias oito critérios: 
alinhamento, cristas marginais, torque dos dentes posteriores, relacionamento oclusal, 
contatos oclusais, overjet, contatos interproximais e angulação radicular. 
Alinhamento: na região anterior, os dentes superiores deverão ser alinhados pela 
superfície incisal da face palatina enquanto que os dentes inferiores o alinhamento se dá 
pela superfície incisal da face vestibular dos mesmos. Essas regiões foram escolhidas 
não apenas por serem áreas funcionais desses dentesmas também por afetarem a 
estética, caso não estejam relacionadas de maneira apropriada. Na região posterior, os 
dentes superiores devem ser alinhados utilizando os sulcos mésio-distais como 
referência enquanto na região inferior, molares e pré-molares deverão ser alinhados 
pelas suas cúspides vestibulares. Essas áreas foram escolhidas, pois são pontos 
facilmente identicáveis e por serem as áreas funcionais dos dentes posteriores. 
Nivelamento: O posicionamento vertical apropriado dos dentes posteriores deve ser 
baseado nas cristas marginais. Em pacientes sem restaurações e sem perdas ósseas 
periodontais, deve-se buscar o nivelamento das cristas marginais entre os dentes 
adjacentes. Isso propicia um melhor relacionamento oclusal dos dentes posteriores 
superiores com os inferiores além de produzir uma condição periodontal mais favorável. !
Torque dos dentes posteriores: a inclinação vestíbulo-lingual ou torque ideal dos dentes 
posteriores é aquele onde a relação das cúspides dos dentes superiores com as cúspides 
dos dentes inferiores forma uma suave curva, chamada curva de Wilson. Isso favorece o 
estabelecimento uma oclusão apropriada em máxima intercuspidação. Idealmente, as 
cúspides vestibulares dos dentes superiores posteriores devem estar 1mm mais apical 
que as cúspides palatinas enquanto que nos dentes inferiores posteriores, as cúspideslinguais devem estar 1 mm mais apical que as cúspides vestibulares. 
 
!
Relacionamento Oclusal: Na maioria dos casos, a correta relação ântero-posterior entre 
os dentes superiores e inferiores deve ser a relação de classe I de Angle. Nesta situação, 
a cúspide mésio-vestibular dos molares superiores oclui no sulco mésio-vestibular dos 
molares inferiores. 
 Em algumas situações especiais, a oclusão posterior pode ser finalizada em 
relação de classe II ou classe III de Angle, dependendo do tipo de extração terapêutica 
de dentes na maxila ou mandíbula. 
Contatos oclusais: um dos objetivos do tratamento ortodôntico é obter máxima 
intercuspidação dos dentes antagonistas. As cúspides vestibulares dos molares e pré-
molares inferiores. assim como as cúspides palatinas dos molares e pré- molares 
superiores são as superfícies funcionais destes dentes e, portanto, devem contatar a 
superfície oclusal dos dentes antagonistas. !
Overjet: na região anterior, os caninos e incisivos inferiores devem contatar a superfície 
palatina dos caninos e incisivos superiores quando os dentes posteriores estiverem 
ocluídos. Na região posterior, para que haja relação transversal adequada entre os dentes 
superiores e inferiores, as cúspides vestibulares dos molares e pré-molares inferiores 
devem contatar o centro das superfícies oclusais, vestíbulo-palatinamente, dos molares e 
prémolares superiores. !
Contatos interproximais: as superfícies mesiais e distais dos dentes adjacentes devem 
estar em contato, ou seja, não deve haver espaços entre os mesmos, pois além de serem 
antiestéticos levam a impacção de alimentos. !
Aspectos estéticos: !
 Proft, Fields e Sarver em 2007, propuseram um método sistemático para melhor 
avaliar 
a aparência estética dos pacientes, dividindo as características estéticas em subgrupos: 
(1) Macro estética: que avalia a estética facial; (2) Mini estética: que avalia a estética do 
sorriso, como por exemplo, a relação dos dentes com os lábios e exposição gengival; (3) 
Micro estética: onde são examinados os dentes individualmente quanto à proporção 
entre altura e largura, contorno gengival, etc. !
 Os aspectos relacionados a mini e micro estética do sorriso a serem analisados 
na fase de nalização são: relação entre incisivos e lábio superior, linhas médias 
dentárias, inclinação dos dentes anteriores, curvatura do sorriso, proporção dos dentes 
anteriores e margens gengivais. !
Relação dos incisivos superiores com o lábio superior: com os lábios em repouso a 
quantidade normal de exposição dos incisivos superiores varia de 1 a 5 mm. Dentro 
desta variação, os indivíduos do gênero feminino expõem mais os incisivos que 
indivíduos do gênero masculino. Durante o sorriso, o lábio superior deve ser elevado até 
aproximadamente a margem gengival, com exposição de toda a coroa dos incisivos 
superiores. !
Linhas médias dentárias: deve haver coincidência entre a linha média dentária superior 
e inferior e destas com a linha média facial. !
Inclinação dos dentes anteriores: a porção gengival do longo eixo dos dentes anteriores 
deve ser posicionada distalmente à porção incisal, ou seja, os dentes anteriores 
superiores apresentam inclinação mesial das coroas. !
Arco do sorriso: é definido como o contorno das bordas incisais dos dentes anteriores 
superiores em relação à curvatura do lábio inferior durante o sorriso. As bordas incisais 
dos dentes anteriores devem criar uma forma de “prato fundo”, onde os incisivos 
centrais se posicionam mais inferiormente aos incisivos laterais e caninos. !
Proporção dos dentes anteriores: idealmente, os incisivos centrais superiores devem ter 
um comprimento cérvico-incisal levemente maior que os incisivos laterais e igual ao 
dos caninos. 
!
A proporção entre largura e comprimento do incisivo central superior deve ser de 
aproximadamente 80%, isto signica que, para um incisivo central superior de 10 mm de 
comprimento, o seu diâmetro mésio-distal ideal é de 8 mm. 
Margens gengivais: O nivelamento das margens gengivais é uma condição fundamental 
de um sorriso belo e agradável. Existem alguns critérios que contribuem para uma 
forma gengival ideal. A primeira é que as margens gengivais dos dois incisivos centrais 
superiores devem estar no mesmo nível. A segunda, é que as margens gengivais dos 
incisivos centrais superiores devem estar posicionadas um pouco mais apicais que nos 
incisivos laterais e no mesmo nível dos caninos. 
!!
Aspectos funcionais:Existem alguns critérios, sob o aspecto dinâmico da oclusão, que 
devem ser observados na fase de finalização com o intuito de manter a saúde do sistema 
estomatognático, bem como a estabilidade dos resultados do tratamento ortodôntico. Os 
critérios de uma oclusão funcional ideal que devem ser buscados na fase de finalização 
são: 
- Coincidência entre relação cêntrica e máxima intercuspidação habitual; 
- Em relação cêntrica os dentes posteriores devem receber contatos oclusais mais 
fortes e no sentido do seu longo eixo, enquanto que, nos dentes anteriores, estes 
contatos devem ser mais leves (virtuais); 
- Movimentos de lateralidade guiados preferencialmente pelos caninos, 
promovendo a desoclusão de todos os demais dentes: os do mesmo lado do 
movimento e os do lado oposto; 
- No movimento protrusivo, os incisivos devem entrar em contato e promover a 
desoclusão dos dentes posteriores. 
- Durante os movimentos excursivos, não deve haver interferências oclusais que 
dificultem o livre deslocamento da mandíbula. !!
!! !
FIM DA PRIMEIRA PARTE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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