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POLÍTICAS PÚBLICAS
Fundamentos da Política de Estado
Feudalismo
- A política social começa quando surge a classe burguesa e a classe operária, que até então a gente vinha do feudalismo, onde não havia preocupação nenhuma em relação a isso. O que regulamentava a sociedade feudal era a lei divina. Era uma sociedade escravocrata, se a pessoa estava na condição de serva, ela iria permanecer nessa condição. Não havia uma preocupação das condições de vida daquela população. Essas preocupações ficavam as vezes com as igrejas, principalmente com as igrejas católicas. Mas não partia do Estado.
Monarquia
- Com a decadência da sociedade feudal Sec. XVI sec XVII, quando se formam as monarquias, aí começa a ter essa discussão sobre o papel do estado e as responsabilidades do Estado diante das políticas e das garantias e medidas de proteção social.
- 3 Pensadores da Época
- Hobbes, Locke e Rosseau
Hobbes e Locke: O estado serve para controlar as paixões das pessoas (desejos das pessoas que muitas vezes pode ferir o outro, desejo de controla-las – O homem é o lobo do homem, onde um poderia destruir o outro e se auto destruindo se não houver um estado com leis que controlem essas questões); As pessoas optam por viver em Sociedade, viver em um estado organizado, para se proteger da auto-destruição.
- Locke: O estão vai vir para defender a vida, a liberdade e a propriedade. Quando ele introduz a questão de propriedade ele não leva em conta quem não tem uma propriedade, não leva em conta as desigualdades que surgem por conta disso. - Rosseau 100 anos depois ele fala que o que levou essa questão de desigualdade, foi justamente o estado, de preservar a propriedade de alguns, sem levar em conta os outros. Ele trás a ideia de que o Estado, na verdade deve ser fundado nas leis da vontade geral. As pessoas abdicariam da sua liberdade para viver em sociedade, mas o poder não vai estar nas mãos de uma pessoa só e sim no coletivo, Tem que ser decidido coletivamente.
Estado Mediador Civilizador
Trazem a noção de Estado: como Mediador Civilizador. Vai atuar nessas relações entre os homens. 
Características desse Estado (Funções de controle): Controlar desejos insaciáveis de vontades materiais, controlar paixões e controle dos homens em estado de natureza. 
A partir do momento que são criadas as leis, as regras, as punições, o estado consegue controlar o homem. Querem romper com o absolutismo. Sair do absolutismo para o Liberalismo
LIBERALISMO (1700-1800)
Adam Smith (O pai do liberalismo). 
A Medida que o indivíduo vai buscar seu próprio bem estar, ele automaticamente vai contribuir para o bem geral. Os liberalistas acreditavam que a sociedade era auto regulada pela ação involuntária dos indivíduos. Então não tinha a necessidade do estado intervir, o estado deveria ser mínimo dentro dessa lógica.
Estado Mínimo:
Defesa contra os inimigos externos
Proteção do indivíduo de ofensas dirigidas por outros indivíduos 
Executar de obras públicas que não possam ser executadas por iniciativa privada
Dentro do Liberalismo: Darwinismo Social
Na sociedade tem uma evolução natural dos indivíduos, então aqueles que não conseguem sobreviver ou não tem condições de sobreviver nesta sociedade, devem ser naturalmente eliminados. Dentro dessa lógica, não cabem as medidas de proteção, políticas públicas, pois, se o indivíduo não consegue isso na sua existência então ele vai morrer, ser eliminado da sociedade e o estado não vai proteger esse indivíduo.
O liberalismo entra em crise, por 2 motivos:
A máxima de que o próprio indivíduo indo buscar seu próprio bem estar, ele automaticamente vai contribuir para o bem geral (NÃO deu certo). Começou a surgir os monopólios, uma grande concentração nas mãos de poucas pessoas e uma grande desigualdade, veio da relação do liberalismo.
As grandes lutas dos trabalhadores por direito, começaram a pressionar a burguesia e também houve um montante de direitos que começaram a surgir a partir dessas lutas, fora toda crise econômica.
KEYNIANISMO (década de 1970 – 1980)
Surge em oposição ao liberalismo, dizendo que o estado tem sim legitimidade para intervir, gerar demanda (para acabar com o desemprego por exemplo), quando necessário, reestabelecer equilíbrio econômico, retorna para um Estado Mediador Civilizador. Também tem uma grande crise. Não conseguiu enfrentar as dificuldades que já eram dessa época, O neoliberalismo culpa essa questão de o Estado intervir demais e a crise continua. 
NEOLIBERALISMO (Séc XXI)
Propõe retomar o liberalismo, todas as questões de estado mínimo, de não intervir, não criar medidas de proteção social. Mas isso não daria certo no século XXI, pois já tínhamos leis e direitos estabelecidos, na década de 80 já havia a constituição e não tinha como revogar esses direitos. 
1ª Fase: Atacar o Keynianismo e Ele tentou: - Romper com os sindicatos, diminuir os gastos sociais, reestabelecer a taxa natural de desemprego, desmonte dos direitos socais. (Não foi possível)
2ª Fase: É o que permanece até hoje
PRECARIZAÇÃO: Quando cria sistemas descentralizados, como o sus e o suas por exemplo, acabam colocando toda responsabilidade por executar o serviço na mão do município (três esferas de governo: é de responsabilidade federal, do estado e do município). Mas muitas vezes o município não tem a verba pra isso. Gerando serviços muitas vezes precários. E a focalização, onde eles acabam focando uma parcela da população como alvo de uma política. 
PRIVATIZAÇÃO: Transformar os serviços sociais em mercadoria, quando não são oferecidos serviços de qualidade, gera um mercado, privatizam os serviços, ocorre também a filantropia, transferindo a responsabilidade do estado para a filantropia. 
De modo geral as políticas sociais acabaram atuando na redistribuição de renda e riqueza, ganharam espaço econômico e político a partir do Keynisianismo, que visa múltiplas determinações: atende Às necessidades do capital, trabalho e sociedade. Defesas de condições mínimas de existência.
HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL
Concepção de saúde: Hoje em dia a saúde é um processo, deve ser vista de maneira integral, não só olhar o físico, olhar para um indivíduo como um todo: o contexto que ele está inserido, nos fatores determinantes de saúde. 
Subjetividade: Dentro das politicas públicas muitas vezes não há espaço para a subjetividade, as políticas vem de cima para baixo e as pessoas tem de, muitas vezes aceitar aquele processo, não é levado em consideração qual a necessidade que ela tem, como ela se enxerga sendo alvo daquela política. Cabendo à psicologia ampliar a questão da subjetividade, pensar em políticas que levem em conta essa dimensão, por que a subjetividade faz parte do indivíduo.
Nesse período (1920 – 1980) 
- Passamos por duas ditaduras 1- Era Vargas 2- Era Militar e foi um período de consolidação do processo de industrialização. O estado brasileiro era conservador, centralizador, autoritário, não era de bem estar, não transformava, nem interferia nas relações da sociedade, Principal objetivo: promover desenvolvimento. 
Houve alguns avanços em relação principalmente para os direitos trabalhistas, mas foram voltados sempre para promover o desenvolvimento. As políticas públicas dessa época, focavam em promover o crescimento econômico, acelerar o processo de industrialização, influência da vertente autoritária, não levavam em conta que somos um país heterogênio. Um país centralizador, com muita ênfase no crescimento econômico, pouca ênfase na proteção social. Gerando desigualdade e tornando nosso estado como é hoje.
- O Brasil hoje em dia é um estado Fazedor: Centralizador, ênfase no crescimento econômico, autoritário. Em contrapartida, deveria ser um estado Regulador, sendo este um estado que negocia com a sociedade, requer diálogo constante entre o governo e a sociedade. 
- A partir dos anos 1980
Em 1985 a ditadura acaba, é um período de globalização, enfraquecimento dos estados nacionais, onde, o neoliberalismo transforma as questões sociaisem questão de consumo..Quanto mais individualidade e menos coletividade melhor. 
- Papel do Estado Nacional é redefinido, a pouca intervenção do estado que gera esse mercado, onde quanto menos o estado for regulador, maior será o mercado (precariedade x privatização).
PAPEL DO PSICÓLOGO 
- Buscar a promoção e a garantia dos direitos sociais; desnaturalizar os fenômenos sociais(pobreza socialmente construída), contribuir para a construção de politicas que levem em conta a subjetividade, criar espaço social para o desenvolvimento de todos os indivíduos.
INTRODUÇÃO AO SUS
Em 1988 a constituição federal trouxe a sessão da saúde como direito e duas leis:
LEI 8080/90
Condições para a PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE e a maneira como o sus deve funcionar. 
LEI 8142/90
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE, estado regulador, abrir espaço para isso, na gestão do SUS e sobre as transferências governamentais. 
-Para promover saúde, é necessário ações em vários setores (meio físico, socioeconômico e cultura, fatores biológicos, acesso à saude e de maneira integral).
DOUTRINAS DO SUS
Universalidade: é para todos, todo cidadão dentro do território brasileiro, direito de cidadania e um dever do governo,
Equidade: Iguais perante ao SUS, de acordo com a complexidade do caso, sem barreiras e privilegios. 
Integralidade: A pessoa é indivisível (biopsicossocial) , se refere também as ações de saúde que também deve funcionar de maneira integral.
PRINCIPIOS DO SUS:
1- Regionalização e hierarquização, onde eles devem ser atendidos de acordo com a complexidade, em uma área geográfica limitada, visando facilitar o acesso das pessoas, acesso através do nível primário de atenção. Conhecer as áreas a fim de agir em todo nível de complexidade.
2- Resolubilidade: Individual ou coletivo: resolvê-lo até seu nível de competência, quando não houver competência aí sim, pode contar com “sair do país” em busca de solução.
3- Descentralização: (crítica ao neoliberalismo), pois redistribui as responsabilidades de governo. Municipalização da saúde, onde a questão financeira deve acompanhar.
4- Complementaridade do Setor privado: Atuar de forma COMPLEMENTAR, não pode ser o principal.
5- Participação dos cidadãos: participar no controle e execução
6- Estratégia de Saúde da família: ação no território, cadastramento domiciliar, equipe multiprofissional.
Se organizam de forma hierárquica:
Atenção Básica: Porta de entrada do SUS, Baixa complexidade
Média Complexidade: Apoio diagnóstico e terapêutico
Alta Complexidade: Alta tecnologia e alto custo 
Dentro dessas estratégias, o agente comunitário desenvolve um papel muito importante, pois é ele quem vai fazer uma “ponte” entre a equipe e a população. Ele deve morar na comunidade, desenvolver ações que visam a integração entre a equipe de saúde e a população, atuar na estratégia da saúde da família, visitas domiciliares, exercício de prevenção.
NASF: Núcleo de apoio à saúde da família.. NÃO é porta de entrada, atua de forma matricial ao sistema básico, é composto por uma equipe que vai atuar como se fosse uma matriz para levar discussões de caso, verificar o trabalho em rede, mas não faz o atendimento, todo município deve ter e ser conhecido.
Ações a serem desenvolvidas: 
- Promoção e proteção à saúde: Atuam principalmente na prevenção. Promover saúde, por ex.: atividade física, caminhadas, Ações de proteção: campanhas de vacinação, redução de fatores de risco que constituem ameaças à saúde. Está promovendo saúde ou está protegendo a saúde?
- Ações de Recuperação: Já está instalada, estabelecida uma doença (envolvendo questões de diagnósticos, tratamento) de doenças ou danos de qualquer natureza.
- Ações de Reabilitação: Promover ações de reintegração e reinserção do indivíduo em seu ambiente social, de trabalho.
É com a revolução industrial que a saúde entra em pauta e passa a ser reivindicada pela população, É um conceito em movimento que produz determinados movimentos à população.
PSICOLOGIA E SAUDE
- Início do Século XX, era muito voltada para o individual, de maneira elitista.
- Final do Século XX – Acessar o”eu interior” passa a ser um modo de PRODUZIR saúde, a psicologia começa a participar nas questões de saúde.
- A partir de 1960 que ela começa agir no espaço comunitário.
Dificuldade hoje na psicologia: reorganizar as matrizes curriculares e acadêmicas para que as questões de saúde e políticas públicas estejam em pauta. Que o profissional se forme, chegue até uma rede pública e saiba como atuar. Saber como atuar em equipe, olhar de forma integral.
Ética: levar a psicologia para todos os campos, independente do ambiente.
- Hoje em dia, em um Estado Mínimo: encontramos: precarização dos serviços, defasagem de profissionais qualificados, realidade geral: tanto nacional, quanto estadual e federal.
INTRODUÇÃO AO SUAS
- A construção das políticas públicas de assistência social, devem levar em conta:
1- As pessoas
2-As circunstâncias e os contextos
3-A família (núcleo de apoio primário)
 - Focando em uma maior aproximação possível do cotidiano da vida das pessoas: para conhecer seus riscos e vulnerabilidades.
- Tudo dentro das politicas públicas devem ser vistas de maneira integral, tanto a saúde, quanto a assistência social.
A Política nacional de assistência social acontece na particularidade dos territórios, acontece nessas relações e especificidades e torna visível alguns setores da sociedade tidos como invisíveis e excluídos por muito tempo.
População Alvo: Cidadãos e grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade e riscos, todos tem direito, mas nem todos tem acesso, pois é destinado a uma certa população específica, com prioridade, crítica da focalização, atrelando o benefício a uma certa população. EX.: pessoas em exclusão pela pobreza, violências domésticas, uso de psicoativos, desvantagem pessoal, etc.
Importante do SUAS: Como ele vai atuar com a família como núcleo primário (compreensão dos diferentes arranjos familiares), entender quais são as funções básicas da família (promover proteção e socialização dos membros, constituir-se como vínculo afetivo social e identidade grupal, Entender que a família tem diversas constituições e não ter preconceito em relação a isso. 
O SUAS vai atuar quando a família não for capaz de desempenhar suas necessidades básicas, pois ela pode ou não ser capaz de realizar isso, mas qualquer tipo de ação deve levar em conta a singularidade, a vulnerabilidade, recursos simbólicos e afetivos e a disponibilidade da família ao receber aquela ação.
Organzação do SUAS:
Proteção Social Básica (Prevenção das situações de risco, fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, evitando que as famílias violem o direito de seus membros), deve ser articulada com as demais políticas.. Atuação em rede, promover o desenvolvimento do indivíduo (trabalho por ex, não torna-lo dependente de uma política)- base de referencia: CRAS, Centro de convivência para idosos, crianças e afins.
Proteção Social Especial (Média e alta complexidade), quando as famílias podem violar os direitos de seus membros ou fenômenos de exclusão social. Visa prover o acesso à serviços de apoio, inclusão em redes sociais e atendimento, muitas vezes quando já está instaurado o problema. Na média complexidade o vínculo ainda NÃO foi rompido, o direito FOI violado, mas o vínculo permanece. Na Alta complexidade o direito FOI violado e o vínculo familiar ou comunitário foram rompidos, Ambos já exigem acompanhamento do caso - CREAS, albergues, moradia, alimentação, trabalho, abrigos, etc.. garantindo condições básicas de sobrevivência.
PSICOLOGIA E COMPROMISSO SOCIAL
- Foi regulamentada em 1962, em seguida, em 1964 entramos na época da ditadura militar: PERIODO DA CIDADANIA EM RECESSO
Onde há um aprofundamento muito grande das desigualdades sociais, a situação das políticas públicas era precário, período de suspensão dos direitos fundamentais. A profissão surge nesse contexto.
- Até a década de 80 ela acabava servindo ao estado,devido a ditadura, era distante da realidade, tinha uma postura neutra, auxiliava em laudos e diagnósticos, era neutra, elitista, normalizadora e naturalizante da subjetividade.
- O marco na profissão é o fim da ditadura e a constituição de 1988
- A partir da década de 80 a psicologia começa a se mobilizar, ela sai do espaço secundário e sai dessa postura neutra, compreende o psiquismo de maneira integrada, atuação institucional, não só organização, escola, clínica, se insere em serviços públicos, institucionais, participação mais efetiva nas políticas públicas.
Há uma psicologia antes e outra depois da década de 80.
Compromisso social: Tornar a psicologia acessível a todas as camadas, atuar como um cidadão reivindicando seus direitos e como um profissional atendendo aos direitos, superando o elitismo, contribuir para a construção da subjetividade, construção de novas políticas e manutenção das já existentes. Contribuir para que o indivíduo se perceba como cidadão e desconstruir determinadas maneiras de pensar, levar a psicologia até a população e se posicionar politicamente. A escuta contribui para que ele se perceba como cidadão.
Desafios: Driblar o estado autoritário, para chegar as reais necessidades, um estado neoliberal, mas que de fato não acontece, os serviços precários, superar políticas sociais fragmentadas.

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