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ROTEIRO DA APA PARA O ALUNO PRÁTICA FLEXÍVEL: AVALIAÇÃO FUNCIONAL E AVALIAÇÃO POSTURAL Professor Thiago Alberto Cavazzani 2 ROTEIRO DA APA PARA O DISCENTE AVALIAÇÃO FUNCIONAL E AVALIAÇÃO POSTURAL Caro discente, irei demonstrar de maneira pormenorizada os principais elementos da Ava- liação Funcional e da Avaliação Postural no decorrer deste roteiro. Avaliação Funcional. Afim de viabilizar, será demonstrado os principais grupos musculares para análise, exem- plificando: 1. Posição paciente; 2. Posição terapeuta; 3. Pontos de referência; 4. Movimentos a serem executados; 5. Avaliação; 6. Conclusão. Avaliação Postural Afim de viabilizar, será demonstrado os principais pontos a serem avaliados e observados, os pontos de referência, e as suas respectivas disfunções: 1. Posição paciente; 2. Posição terapeuta; 3. Pontos de referência; 4. O que está sendo analisado; 5. Avaliação. ORIENTAÇÕES GERAIS 3 POR QUE PRECISO APRENDER ISSO ? Caros alunos (as), vendo a necessidade e a importância da disciplina na formação pro- fissional preparamos um material de apoio complementar para que possa auxiliar você estu- dante e oferecer o conhecimento necessário para o profissional do movimento vejamos: A Disciplina de Cinesiologia e Biomecânica é um marco na vida do profissional do mo- vimento, visto que, rompe totalmente o que já foi visto de maneira introdutória e avançamos para um nível mais avançado. No entanto, preciso que você, aluno (a) além de estudar teori- camente, tenha uma visão mais ampla, que comece a correlacionar todos esses conhecimen- tos introdutórios de maneira pratica mais abrangente. Para isto, iremos lhe proporcionar a melhor formação, e oferecer mais conhecimentos da área e iremos adaptar de maneira prática Ex: Casos clínicos correlatos para formar um raciocínio terapêutico especifico e especializa- do. Neste diapasão teremos que correlacionar a teoria com a prática. Para com isto, teremos alguns elementos objetivastes: 1. Conhecer e aplicar as práticas relacionadas à teoria aprendida; 2. Entender/compreender as Avaliações terapêuticas (Avaliação Funcionar); 3. Capacitar o aluno a realizar Avaliação Funcional. AVALIAÇÃO FUNCIONAL 4 AMBIENTE NA PRÁTICA Caro aluno (a) Nessa atividade prática você deve se deslocar até uma clínica, ambulatório ou consultório que disponha de todos os meios e métodos necessários para a realização de uma avaliação postural adequada. No local, deverá colher informações diretamente com o fisioterapeuta res- ponsável pelo atendimento na clínica. Para a execução da atividade, é indispensável que o aluno tenha um modelo disponível, ou seja, uma pessoa que possibilite a aplicação das técnicas de avaliação. Nesta atividade inicial, será realizada uma avaliação funcional completa do paciente, le- vando em consideração os aspectos observados e as orientações fornecidas pelo fisioterapeuta. Respeitando todos os elementos exigidos para a realização da atividade, é muito impor- tante você futuro (a) profissional da área da saúde, saber avaliar, mas também se portar como paciente, saber ser avaliado tem a ciência do que será avaliado e as dificuldades do paciente quando ser solicitado um determinado movimento. 5 EMBASAMENTO TEÓRICO Meus Caros alunos (as), Neste momento, será apresentado uma ponte: Teoria/Prática, vejamos; Todo o aprendizado da disciplina de Cinesiologia e Biomecânica será muito importante para fazermos uma correlação, pois ela é a base de todo o funcionamento/embasamento do movimento corporal. Portanto, faz-se necessário todo o conhecimento daquilo que é normal, para mais a frente compreendermos aquilo que será anormal/patológico. AVALIAÇÃO FUNCIONAL. A Técnica de Avaliação Funcional (T.A.F), é uma das etapas mais importantes e determi- nantes para o Fisioterapeuta, uma técnica particular da Fisioterapia, a (Avaliação Funcional), dar função, reabilitar o seu paciente/cliente. Neste momento em que o Fisioterapeuta avaliará seu Paciente, se apresentará e conhecerá, tendo um contato próximo, ou seja, dissecando de maneira pormenorizada todos os elementos que levaram o paciente a procurar o profissional. Diante disto, com todas as informações colhidas irá se iniciar uma estratégia de tratamento, e o melhor método, o mais indicado para aquele caso concreto, traçando os seus objetivos e os métodos prescritos para cada caso. FIGURA 1 - AVALIAÇÃO POSTURAL Fonte: https://clinicapinheirofranco.com.br/fisioterapia/avaliacao-cinetico-funcional/ https://clinicapinheirofranco.com.br/fisioterapia/avaliacao-cinetico-funcional/ 6 Reforçando, a avaliação Fisioterápica é o primeiro contato que o fisioterapeuta irá ter com o seu paciente. Não obstante, esta avaliação não se encerra ali, portanto, nada impede que será feito/refeito outras avaliações complementares para melhor análise e diagnóstico fisioterápico. Neste momento (da avaliação), será colhido as informações primordiais, diante disto, tere- mos uma melhor análise, ex: o fator causal, traumas, doenças, históricos etc. Além de uma investigação a História atual (presente) e podendo fazer uma conexão com pregressa (de como surgiu), passado. As suas Atividades de Vida Diária (A.V.Ds) são muito importantes para uma análise mais detalhada, tanto atualmente, como anteriormente os hábitos, vícios relacionado ao que fazia, seu estilo de vida, e suas atividades laborativas, para auxiliar em uma melhor analise. São avaliados, as estruturas osteomusculares (articulação, músculos e tendões) analise de forca e suas condições estruturais. Por sua vez, também serão avaliadas as condições do paciente para a recuperação – prognóstico, o melhor tratamento individual. O que devem estar se perguntando e: Como irei fazer esta avaliação? Esta avaliação é composta por várias etapas: ● Subjetiva; ● Objetiva; ● Avaliação; ● Plano. Esta avaliação irá registrar o que foi avaliado no paciente, criando um banco de informações deve se ter em mente, que o paciente posteriormente, eventualmente irá retornar, com isto, irá ter essas informações mínimas necessárias para já ter o contato com o mesmo. FIGURA 2 - AVALIAÇÃO POSTURAL Fonte: https://clinicapinheirofranco.com.br/fisioterapia/avaliacao-cinetico-funcional/ https://clinicapinheirofranco.com.br/fisioterapia/avaliacao-cinetico-funcional/ 7 Avaliação Subjetiva Seria a entrevista clínica, é utilizado um roteiro, temos alguns roteiros disponíveis, tanto na internet, quanto no próprio conselho de Fisioterapia (Crefito/Coffito) (Prontuário de Acordo com a RESOLUÇÃO COFFITO N o. 414/12). Será disponibilizado um roteiro, no entanto, nada impede de cada profissional adaptar, criar o seu da maneira mais personalizada/individualizado, colocado algumas informações pertinentes dos casos. Nesta entrevista, será informado os sinais e sintomas e a sua história, no entanto, cabe ao profissional, Fisioterapeuta nortear a entrevista com perguntas estratégicas para entender melhor o caso, vendo o objetivo do paciente criando o raciocínio terapêutico. Resumidamente, neste momento, são as informações pessoais, as suas queixas, o que ele vem sentindo, o porquê estar ali, os seus problemas. Avaliação Objetiva Após ter uma análise da ótica do paciente, o Fisioterapeuta irá para o próximo passo, fazendo uma avaliação mais técnica. Após estas informações pessoais do paciente, o terapeuta criará o raciocínio clinico, dis- secando a hipótese de diagnóstico, todas as informações trazidas auxiliarão para um direciona- mento, no entanto, será necessária uma avaliação física e análise dos exames complementares. Avaliação Após a avaliação subjetiva e avaliação objetiva, o fisioterapeuta irá realizar uma avaliação mais detalhada e precisa, analisando as informações colhidas para nortear a sua avaliação. Tudo que foi relatado, sinais e sintomas, suas queixas e suas necessidades serão analisa- das para desenvolver um protocolo mais direcionado. Algumas informações adicionais como: (comorbidades,Kendall foram: Linha ou Fio de Prumo: a linha é suspensa a partir de uma barra acima da cabeça, e o peso de chumbo é fixado em conformidade com a prancha de postura que indica o ponto de base padrão (anterior ao maléolo lateral na vista lateral, a meio caminho entre os calcanhares na vista posterior) Caneta Marcadora: é utilizada para marcar os processos espinhosos para se observar a posição da coluna vertebral em casos de desvio lateral Fita Métrica: pode ser utilizada para se mensurar o comprimento do membro inferior e a inclinação anterior ao tocar as polpas digitais nos dedos dos pés ou além deles Vestimenta Adequada: vestimentas como biquíni para meninas ou sunga para meninos devem ser utilizadas para a avaliação postural. Esse tipo de exame para crianças em idade es- colar é insatisfatório quando elas usam roupas de ginástica comuns. 49 Em clínicas, camisolas ou outras vestimentas adequadas devem ser providenciadas (Ken- dall, 2007). EQUIPAMENTOS PARA A AVALIAÇÃO POSTURAL FIGURA 18 - EQUIPAMENTOS PRA A AVALIAÇÃO POSTURAL Fonte: (Kendall, 2007, p. 87). 50 RECURSOS UTILIZADOS Materiais de consumo: Descrição Observação Maca Material a ser fornecido pelo aluno. Cadeira Material a ser fornecido pelo aluno. Colchonete Material a ser fornecido pelo aluno. Goniômetro Material a ser fornecido pelo aluno. Fita Métrica Material a ser fornecido pelo aluno. Lápis demográfico (Preferencia Vermelho) Material a ser fornecido pelo aluno. Roupa Adequada Material a ser fornecido pelo aluno. Fio de Prumo (Opcional) Material a ser fornecido pelo aluno. Simetrografo Material a ser fornecido pelo aluno. 51 ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA Ao realizar a prática, tenha o cuidado de ter um espaço mínimo necessário de pelo menos 3 metros quadrados que possibilite que você tenha uma visão global do seu cliente/paciente. Ao utilizar o lápis dermográfico, cuidado para não utilizar de maneira que gere alguma lesão na pele, por isto faz se necessário o uso leve da forca, apenas fazendo uma marcação como ponto de referência. Faz-se necessário vestimentas adequadas para melhor análise. A orientação que venha com o mínimo de roupa possível para avaliação, podendo ser ex: Roupas de piscina (Maiô, Bikini, sunga, calção), diante dessas impossibilidades, também pode ser roupas de ginastica (Shorts e Top, e bermudas). 52 O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA Neste momento você terapeuta irá avaliar não apenas uma avaliação postural e sim, todo o contexto desta avaliação. Será muito importante você analisar de maneira pormenorizada os principais pontos avaliados, ter uma visão como um todo de seu paciente/cliente. Mas o foco principal será para o aluno praticar. Como irá se portar na avaliação, posi- cionamento paciente, posição terapeuta, e anotando, marcando os principais pontos a serem analisados. Avaliação Postural Avaliador se posiciona para avaliar as etapas 1. Selecionar o local (Amplo Aprox. 3 m2); 2. Simetrografo; 3. Orientar o paciente (Orientações de posicionamento e passo a passo); 4. Posicionar o paciente no centro do Simetrografo; 5. Escolher o plano da avalição (Frontal, Lateral D/E, Posterior); 6. Avaliador se posiciona para avaliar as etapas da avaliação (frente paciente); 7. Iniciando o processo de avaliação por seguimentos; 8.Inferior para superior (pés a Cabeça); 9. Articulação Tornozelo; 10. Joelho; 11. Quadril; 12. Cintura Escapular; 13. Ombros; 14. Cabeças; 15. Membros Superiores; 16. Plano Frontal vista posterior; 17. Mesmo sistema, inferior para superior; 53 18. Pés; 19. Tornozelo; 20. Quadril; 21. Cintura escapular; 22. Ombros; 23. Escapulas; 24. Cabeça; 25. Coluna Vertebral (Alinhamento); 26. Desde Coluna Cervical até Região Sacral. 27. Plano Sagital Lateral direita; 28. Observando Membro Inferior; 29. Pés; 30. Pernas; 31. Joelho; 32. Quadril; 33. Cintura Escapular; 34. Ombros; 35. Alinhamento da Cabeça. 36. Plano Sagital Lateral Esquerda 37. Pés; 38. Tornozelo; 39. Quadril; 40. Cintura escapular; 41. Ombros; 42. Membro superior; 43. Coluna cervical; 44. Cabeça. 45. Avaliação postural com inclinação anterior; 46. Avaliação dos membros inferiores; 47. Coluna vertebral; 48. Cabeça; 49. Pés; 50. Joelhos; 51. Quadril; 52. Cabeça. PS. Analisando e anotando as variações. Avaliação da Prova da Função Muscular 54 1. Selecionar o local (Amplo Aprox. 3 m2) 2. Posicionar o Paciente 3. Exemplo na Posição sentada; 4. Orientar o Paciente o que será avaliado e o que será feito; 5. Escolhendo o músculo a ser avaliado; 6. Exemplo Musculo Deltoide Fibras Média; 7. Posicionar o membro de acordo com o músculo a ser avaliado; 8. Solicitar uma contração isométrica (Abdução do membro e sustentação 90º); 9. Terapeuta posiciona as mãos fazendo um movimento contrário a contração. 10. Posicionar o paciente de acordo com o músculo a ser avaliado 11. Paciente posicionado na Maca deitado em decúbito Dorsal (Podendo ser feito sentado) avaliar melhor posição; 12. Orientar o paciente quanto a região que será avaliada; 13. Exemplo Tríceps Braquial; 14. Posicionar o membro do paciente a ser avaliado; 15. Flexão de braço mantendo a posição em 90º; 16. Solicitar uma forca para manter o membro da posição colocada; 17. Manter o braço estendido; 18. Terapeuta faz um movimento contrário (Forçando o movimento contrário (Fletindo o antebraço, no entanto, o paciente devera sustentar está contra resistência). Ambos os casos, Avaliação Postural / Avaliação da Prova da Força Muscular, o Aluno deve- rá registrar (foto) as etapas ali realizadas, afim de acompanharmos o passo a passo executado. Afim de demonstrar uma análise completa; Ex. Prova da Força Muscular (Realize nos demais músculos) para melhor compreensão e pratica, assim o aluno terá uma análise mais completa das estruturas avaliada. Vídeos Teoria e Prática https://www.youtube.com/playlist?list=PLMygX6qaUk9IbmKXgo6_M50QuNLd4ZaX6 https://www.youtube.com/playlist?list=PLMygX6qaUk9IbmKXgo6_M50QuNLd4ZaX6 https://www.youtube.com/playlist?list=PLMygX6qaUk9IbmKXgo6_M50QuNLd4ZaX6 55 RELATÓRIO Caro aluno (a), Você deverá entregar o Relatório tipo Apresentação Simples (Power point). Para isso, faça o download do template, disponibilizado junto a este roteiro, e siga as instruções contidas no mesmo. MATERIAISMATERIAIS COMPLEMENTARES COMPLEMENTARES https://www.researchgate.net/publication/279484922_Avaliacao_ergonomica_Revisao_dos_me- todos_para_avaliacao_postural https://www.scielo.br/j/fm/a/Rz76SXYDwwCHDfT56pHjLFS/?format=pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-20092006-142252/publico/elizabethag- ferreira.pdf http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_silvia_helena_ dias_pereira.pdf https://www.researchgate.net/publication/279484922_Avaliacao_ergonomica_Revisao_dos_metodos_para_ava https://www.researchgate.net/publication/279484922_Avaliacao_ergonomica_Revisao_dos_metodos_para_ava https://www.scielo.br/j/fm/a/Rz76SXYDwwCHDfT56pHjLFS/?format=pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-20092006-142252/publico/elizabethagferreira.pd https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-20092006-142252/publico/elizabethagferreira.pd http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_silvia_helena_dias_per http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_silvia_helena_dias_per 56 REFERÊNCIASREFERÊNCIAS KENDALL, Florence P. Músculos: provas e funções. 5. ed. São Paulo, Editora Manole, 2007. KAPANDJI, A. I. O que é Biomecânica. Barueri, SP: Manole, 2013. KENDALL, Florence P. Músculos: provas e funções. 5. ed. São Paulo, Editora Manole, 2007. MAGEE, D. J. Avaliação musculoesquelética. 5. ed. Barueri, SP: Manole, 2010. O’SULLIVAN, Susan B.; SCHMITZ, Thomas J.; FULK, George D. Fisioterapia: avaliação e trata- mento 6a ed. São Paulo, Editora Manole, 2018. PALMER,M. L.; EPLER, M. E. Fundamentos das técnicas de avaliação musculoesquelética. 2. ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.doenças relacionadas, ou doenças que poderão comprometer o protocolo de tratamento), será confrontada aqui. Neste momento, o Fisioterapeuta, irá utilizar todos os seus conhecimentos, suas técnicas, meios e métodos necessários para identificar o fator causal e qual será o tratamento, no entanto, isso vai além de apenas um tratamento, não obstante, deve ser analisado, as condições físicas do paciente, estado emocional (psicológica). 8 Plano Depois de fazer uma lista, relacionando problemas, o Fisioterapeuta analisará de maneira muito particular o que será proposto terapeuticamente para este paciente, o que será utilizado, as técnicas, e recursos indicados. FIGURA 3 - AVALIAÇÃO POSTURAL Fonte: https://clinicapinheirofranco.com.br/fisioterapia/avaliacao-cinetico-funcional/ Elementos Objetivastes As Técnicas de Avaliação Funcional, irão sempre objetivar a identificar os principais déficits, perda da função (força, movimento e o equilíbrio), diante disto, serão traçados fatores para corri- gir exatamente o que está faltando, para dar função novamente naquilo que foi perdido. Não obstante, trata-se de um tema muito importante que devemos estar colocando. Nós Fisioterapeutas temos que analisar as necessidades, os objetivos do paciente. Temos que ter cuidado, pois não cabe a nós definir o que queremos no resultado final e sim o objetivo final do paciente/cliente, explico: Caso hipotético Sr. Thiago Alberto Cavazzani, 39 anos de idade, sedentário, tem aproximadamente 1,76 de altura pensando 74 quilos, profissão – professor, não tem nenhuma comorbidade e nenhuma doença adicional. Rompeu o Ligamento Cruzado Anterior (L.C.A.), ao descer do carro, onde, enroscou o seu pé, entre o carro e o meio fio, rodando a perna externamente, no entanto, como o pé ficou preso, o joelho não acompanhou o movimento, gerando a lesão, em que foi identificado pelo teste de gaveta anterior/Teste de Lachman e exames complementares (ressonância magnética). Após passar por um ortopedista, foi sugerido uma cirurgia de reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior (L.C.A.) retirando um tira 1/3 da porção medial do tendão infra patelar. https://clinicapinheirofranco.com.br/fisioterapia/avaliacao-cinetico-funcional/ https://clinicapinheirofranco.com.br/fisioterapia/avaliacao-cinetico-funcional/ 9 Após a realização do procedimento cirúrgico, que foi bem-sucedido, ele procura você, Fisioterapeuta para acompanhar toda a reabilitação. Iniciando o tratamento 3 dias após a cirurgia, você avalia o paciente (T.A.C.) para passar o protocolo de tratamento, o plano de tratamento e os objetivos. Na ótica do Fisioterapeuta, indiretamente, quer reabilitar ele para jogar bola, voltar a ativi- dade física, condicionar a estrutura para um “atleta”. No entanto, o objetivo do paciente (T.A.C.) é voltar a sua vida anterior, continuar sedentário e apenas trabalhar com as suas funções (A.V.D.) atividade de vida diária, que não são dinâmicas fisicamente. Observe, neste caso hipotético os objetivos ali apresentados do Fisioterapeuta em confronto com os objetivos apresentados do paciente, são divergentes, neste caso, deverá ser considerado os objetivos do paciente. O Fisioterapeuta irá, na sua Avaliação Funcional dar a Função para o paciente, no entanto, esta função é o que o paciente necessita. Qual os elementos objetivastes do paciente. Diante disto, serão adaptadas da melhor forma possível para o paciente, com isto, cada caso é um caso, cada objetivo será um objetivo, um diferente do outro, não podendo ter protocolos padronizados, aquela “receita de bolo” para todos os pacientes, pois cada um tem uma necessidade e um objetivo diferente. Recursos Complementares na Avaliação Funcional Para uma boa avaliação, alguns componentes, recursos, elementos irão auxiliar para uma Avaliação Funcional mais completa, vejamos. Acesso a área Para uma melhor análise, o acesso a área é essencial, mas para isto, o paciente deverá ter a área avaliada exposta, explico. É muito comum o paciente ir para uma avaliação fisioterápica com roupas normais, no entanto, faz-se necessário que a área avaliada esteja despida. Sem nada, ou com o mínimo possível para se ter uma avaliação mais precisa. Exemplo, imaginemos a seguinte situação hipotética: Thiago Alberto Cavazzani vai na sua Clínica Fisioterápica para que seja feito uma avaliação postural, no entanto, ele vai com calça jeans e camisa, o terapeuta não solicita para o paciente retirar a roupa, fazendo uma avaliação por cima da roupa de T.A.C. bizarro, não tem como você conseguir analisar nada desta forma. Sendo totalmente inapropriado tal avaliação. No mesmo diapasão, existe pacientes que são tímidos, inibidos, introvertidos, não ficando há vontade de se despir na frente do profissional. Não obstante, o Fisioterapeuta deve se mostrar o profissionalismo e orientar o paciente dos métodos avaliativos mínimo necessários. 10 A Avaliação Cinesiológica Funcional avalia os níveis de capacidade de uma pessoa por meio de testes de tarefas específicas, que envolve todo o corpo versus o teste de uma simples articulação. Não se limita a avaliar a articulação, o músculo ou uma parte do corpo. Consiste na aplicação individualizada de testes específicos, tais como aqueles relacionados à força muscular, amplitude articular, análise postural, dores e sinais inflamatórios com objetivo de quantificar objetivamente os ganhos de força, trabalho, potência e resistência de grupos mus- culares ao longo do processo de reabilitação ou do déficit funcional. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA A avaliação fisioterapêutica é o eixo mestre da ação terapêutica. A escolha do recurso fisioterapêutico ocorre em função dos resultados da avaliação, ou seja, o fisioterapeuta deve avaliar com eficiência e elaborar um plano de tratamento apropriado, com base nos achados da avaliação. A avaliação fisioterapêutica compreende: Coleta de dados qualitativos e quantitativos; Ob- servação sistemática e descrição das disfunções. A partir da avaliação, o fisioterapeuta irá definir o diagnóstico cinesiofuncional, os objetivos do tratamento, selecionar métodos terapêuticos a serem postos em prática (conduta) e o prog- nóstico. A reavaliação sistemática do paciente permite uma análise do desempenho do paciente e da eficácia do tratamento proposto. FIGURA 4 - FLUXOGRAMA Fonte: https://edisciplinas.usp.br https://edisciplinas.usp.br 11 Dissecando a avaliação fisioterápica, iremos abordar uma dela vejamos: Avaliação da Força Muscular A avaliação da Força Muscular, avaliaremos diversos tipos de musculaturas. Temos como exemplo, Músculos Classe I (Monoarticulares), Classe II (Biarticulares e poliarticulares, Classe III (Biarticulares), Classe IV (biarticulares ou poliarticulares). No entanto, fica confuso expor desta forma, portanto, vamos diferenciar cada um: Classe I – esta classe de teste da forca muscular eles encurtam ativamente (contração concêntrica) – Ex. Peitoral maior; Classe II – Esta classe de teste de forca muscular em que há um encurtamento ativo sobre ambas e ou todas as articulações conjuntamente – Ex. tibiais anterior; Classe III – esta classe de teste da forca muscular percebemos um encurtamento sobre uma articulação e alongamento sobre a outra – Ex. gastrocnêmio. Classe IV - esta classe de teste da forca muscular atuando em uma direção, no entanto, os músculos sinérgicos impedem de se encurtarem totalmente – Ex. m. bíceps braquial. Mais um critério avaliado pelo Fisioterapeuta é a função dos músculos, ou seja, a sua capacidade de transmitir força e gerar movimento em uma ou mais articulações. Esta geração de força pode ser medida pelo teste muscular, que é parte integrante do exame físico. Ele fornece informações, não obtidas por meio de outros procedimentos, que são úteis no diagnóstico dife- rencial, no prognóstico e no tratamento de distúrbios neuromusculares e musculoesqueléticos. A ciência exige atenção rigorosa a todos os detalhes que podem afetar a precisãodo teste muscular. Achados somente são úteis quando são acurados, dependem do conhecimento, da habilidade e da experiência do examinador, que não deve trair, pela falta de cuidado ou habili- dade, a confiança que outros depositam acertadamente nesse procedimento (KENDALL, 2007). Muitas condições neuromusculares são caracterizadas pela fraqueza muscular, sendo que algumas apresentam padrões precisos de envolvimento muscular, outras fraquezas irregulares, sem padrão aparente. Em alguns casos, a fraqueza é simétrica (bilateral), em outros, assimétrica. As condições musculoesqueléticas frequentemente mostram padrões de desequilíbrio muscular e alguns deles estão associados à dominância manual, outros à postura habitualmente ruim. O desequilíbrio muscular também pode ser decorrente de atividades ocupacionais ou re- creacionais nas quais há uso persistente de determinados músculos sem exercício adequado dos seus oponentes. O desequilíbrio que afeta o alinhamento corporal é um fator considerável em muitas condições posturais dolorosas e a fraqueza muscular deve ser tratada segundo sua causa básica. 12 Quando é devida a falta de uso, indica-se o exercício, quando é devida ao trabalho exces- sivo e à fadiga, indica-se o repouso ou a compensação, e já quando devido ao alongamento e à tensão, é realizado o alívio de ambos no músculo fraco antes do estresse do exercício adicional (KENDALL, 2007). Todo músculo é um movedor principal em alguma ação específica, não existem dois múscu- los no corpo que possuem exatamente a mesma função. Quando qualquer músculo é paralisado, a estabilidade do segmento é comprometida ou algum movimento preciso é perdido (KENDALL, 2007). O teste de força do músculo é utilizado para determinar a capacidade de músculos ou de grupos musculares de atuarem no movimento e sua capacidade de prover estabilidade e supor- te. Vale ressaltar que, este teste não é a única forma de verificar a quantidade de força que um músculo possui na execução daquele movimento. Há formas mais quantificáveis ou fidedignas (confiáveis), como por exemplo um dinamômetro isocinético, uma eletromiografia, porém, seu alto custo e tempo de abordagem são um empecilho. Da mesma forma, como ferramentas, nossas mãos são os instrumentos mais sensíveis, uma mão do examinador posiciona e estabiliza a parte adjacente à parte que está sendo testada. A outra mão determina a ADM indolor, guia do segmento avaliado até a posição de teste precisa e fornece a quantidade adequada de pressão para determinar a força. Este instrumento que cha- mamos de mão é conectado ao mais maravilhoso computador jamais criado, a mente humana, que armazena informações valiosas e úteis a partir das quais podem ser realizados julgamentos sobre a avaliação e o tratamento. Essas informações contêm dados objetivos, sem sacrificar a arte e a ciência do teste manual à demanda de objetividade (KENDALL, 2007). Alguns princípios segundo Kendal (2007) devem ser respeitados para que a confiabilidade das medidas no teste muscular manual seja alta. Vamos a eles: - Colocar o indivíduo em uma posição que ofereça a melhor fixação do corpo; - Estabilizar a porção proximal da parte testada ou, no caso da mão, a porção adjacente à parte testada. A estabilização é necessária para a especificidade do teste; - Sempre que for adequado, colocar a parte a ser testada na posição de teste antigravitacio- nal exata, para ajudar a desencadear a ação muscular desejada e auxiliar na graduação; - Utilizar movimentos de teste no plano horizontal ao testar músculos que são muito fracos para funcionar contra a força da gravidade. Empregar movimentos de teste em posições anti- gravitacionais para a maior parte dos testes de músculos do tronco, nos quais o peso corporal oferece resistência suficiente; - Aplicar pressão diretamente oposta à linha de tração do músculo ou de segmento muscu- lar que estiver sendo testado. Como na posição antigravitacional, a direção da pressão ajuda a desencadear a ação muscular desejada; - Aplicar pressão de forma gradual, mas não muito lentamente, permitindo ao indivíduo preparar-se e manter a posição. Aplicar pressão uniforme. Evitar a pressão localizada que possa causar desconforto; 13 - Utilizar uma alavanca longa sempre que possível, exceto quando houver contraindicação. Seu comprimento é determinado pela localização da pressão ao longo do braço de alavanca. Para discriminar melhor a força com objetivos de graduação, usar uma alavanca longa; - Utilizar uma alavanca curta quando os músculos intervenientes não provêm fixação sufi- ciente para o uso de uma alavanca longa. A ordem de execução de um teste muscular manual deve ser respeitada insistentemente, sendo iniciada com a orientação e explicação do teste ao paciente, seguida do posicionamento deste de forma que fique estável e que permita um movimento com o mínimo de compensações possível. Alguma fixação, na maioria das vezes, é necessária e usualmente, aplica-se uma mão do examinador em região do corpo com este fim. A seguir, solicita-se o movimento, seguido de uma contração mantida de forma isométrica e por fim o examinador aplica uma pressão no sentido contrário a força isométrica a qual o paciente executa com o intuito de verificar se aquele músculo tem a capacidade de contrair-se ao ponto de manter aquela posição, mesmo com uma resistência aplicada externamente. Há exceções, como por exemplo nos testes de força do tronco (reto abdominal fibra superiores, por exemplo), sendo necessário que o movimento ocorra durante a resistência externa, no caso o próprio peso do tronco, cabeça e membros superiores. A partir deste teste o examinador consegue verificar e quantificar a força daquele músculo, ou seja, graduá-lo. Frequentemente usamos aquela que considera 6 possibilidades, de 0 a 5 (KENDALL 2007): - O grau normal (ou 5) significa que o musculo consegue manter a posição de teste contra uma pressão forte do examinador. Esse grau não pretende indicar a força máxima do indivíduo, mas, ao contrário, a pressão máxima que o examinador aplica para obter o que poderia ser denominado força total do músculo. Em ternos de julgamento, ela poderia ser definida como a força adequada para atividades funcionais comuns; - Já o grau bom (ou 4) significa que o músculo consegue manter a posição do teste contra uma pressão moderada; - O grau regular (ou 3) indica que um músculo consegue manter a parte na posição de teste contra a resistência da gravidade, mas não consegue mantê-la quando uma pressão, mesmo que mínima, é adicionada; - O grau ruim (ou 2) indica a capacidade de mover por um arco parcial de movimento no plano horizontal. Ou seja, aquele músculo não é capaz de vencer a resistência da gravidade, por isso é necessário modificar a posição original do teste a fim de verificar se aquele músculo realiza o movimento quando a resistência da gravidade não mais incide dificultando; - O grau vestigial (ou 1) significa que uma contração fraca pode ser sentida em um músculo que pode ser palpado ou que o tendão se torne discretamente proeminente, no entanto, nenhum movimento da parte é visível, nem mesmo quando não incide resistência da gravidade; - Já o grau zero ocorre quando não há evidências visíveis ou palpáveis de qualquer contra- ção muscular, ou seja, há uma paralisia daquele músculo. 14 REGRAS BÁSICAS DE PROCEDIMENTOS QUE SE APLICAM AO TESTE DE FORÇA MUSCULAR Segundo Kendall (2007), temos critérios, regras para execução do procedimento para apli- car o teste de força muscular vejamos: Posicionamento do indivíduo, com isto iremos obter uma melhor fixação, posicionamento o indivíduo nos diversos posicionamento (Sentado, Decúbitos – ventral, dorsal, lateral) Além do mais temos a questão de estabilização das estruturas, com apoios especí- ficos até mesmo para evitar quaisquer tipos de compensação. Faz-se necessário posicionar a parte que será avaliação em um posicionamento antigravi- tacional, assim obtendo uma melhoravaliação e auxilio na graduação. Qual o terapeuta for avaliar, deverá atribuir uma força manual, para avaliar a forca do mús- culo e ou deixar com que a gravidade haja, para análise da força muscular. Esta força empregada acima, deverá ser executada de maneira gradativa, respeitando as fases de 0-5 e obtendo informações que o paciente/cliente irá informar e o terapeuta observará. O braço de alavanca deverá ser utilizado para avaliação da estrutura como um todo ou em parte, com isto, deverá julgar o que será avaliado e com isto observar o que estava sendo avaliado. (Observar o tamanho do músculo) Exemplo de Músculo Poliarticular: Se ele atuasse em uma direção flexionando o pu- nho e os dedos das mãos simultaneamente, os músculos flexores e extensores dos dedos iriam se encurtar de forma excessiva e se tornariam insuficientes ativamente. Entretanto, a natureza evita que isso ocorra. Na flexão forçada dos dedos das mãos, por exemplo, ao cerrar o punho, os flexores se encurtam sobre as articulações dos dedos das mãos, mas são impedidos de se encurtar sobre toda a sua extensão pela ação sinérgica dos extensores do punho que mantêm este em extensão moderada e, consequentemente, alongam os músculos flexores sobre a articulação do punho para que eles se encurtem forçadamente sobre as articulações dos dedos das mãos (KENDALL, 2007, p. 14). A sequência a ser avaliada deverá ser organizada pelo terapeuta. No entanto, deverá se- guir um raciocínio sequencial. Aproveitando o posicionamento do paciente para evitar diversas mudanças de decúbito. E partindo do princípio Centro para extremidade, Músculos Curtos para Músculos Longos. Vídeos Teoria e Prática https://www.youtube.com/playlist?list=PLMygX6qaUk9IbmKXgo6_M50QuNLd4ZaX6 https://www.youtube.com/playlist?list=PLMygX6qaUk9IbmKXgo6_M50QuNLd4ZaX6 https://www.youtube.com/playlist?list=PLMygX6qaUk9IbmKXgo6_M50QuNLd4ZaX6 15 TERMOS UTILIZADOS NA DESCRIÇÃO DOS TESTES DE FORÇA MUSCULAR Paciente De acordo com Kendall (2007), o posicionamento do paciente é um tema muito importante. Devendo respeitar a praticidade, o seu posicionamento e o músculo que será testado, sendo sugerido sempre posicionar de forma antigravitacional. Estabilizando as estruturas analisando detalhadamente, faz-se necessário o conforto do seu paciente, que fique de maneira confortável e estabilizando as estruturas para não haver compensações. Lembrando que, para os músculos biarticulares, deverá ser isolado as articula- ções para a sua melhor avaliação. Fixação Indo além, o autor Kendall (2007) abre um tema em que o local que será avaliado não poderá absorver a pressão, suavizando, cedendo, com isto prejudicando a análise, podendo acontecer com a espuma da maca se for muito expeça. Portanto, deveremos cuidar com as mesas/macas que poderá absorver o peso corporal ou a forca gerada pelo examinador. Teste de força Muito se confunde nos Testes de Força, fraqueza muscular, com rigidez articular, rigidez ligamentar, tendínea ou podendo ter casos como frouxidão ligamentar, tendíneas, alterando as análises. Com isto, o terapeuta deve estar atendo a todas essas variáveis, pois esses mecanismos compensatórios, poderá alterar os resultados avaliados. Posição de Teste Neste item vale ressaltar assim como Kendall (2007) o posicionamento do examinador. Este item é muito importante, pois o examinador irá sempre se portar de maneira correta, objetiva para avaliar. Deverá ficar atendo com o posicionamento do paciente e também evitar as compensações. O terapeuta observará o grau de esforço do paciente e mensurara a graduação. O apoio das mãos nas articulações isolando ou analisando de maneira completa digo: Monoarticulares ou Bi ou Poliarticulares. 16 Movimento de Teste O movimento a ser testado, seria o direcionamento em que o músculo irá direcionar, o arco de movimento que irá fazer, com isto deveremos saber o momento muscular, mas ou além, deveremos saber a inserção/origem do músculo e o direcionamento das fibras muscular e os movimentos articulares. Pressão e Resistência Esta terminologia, o autor Kendall (2007) faz diversos tipos de referência, no entanto, pode- mos ser um pouco mais objetivo vejamos: Concordam comigo que é subjetivo um pouco a questão de pressão e resistência, para um é de um jeito e para outra é diferente, no entanto, devemos utilizar de maneira média, não tão forte nem tão fraco. O posicionamento, a direção e a quantidade de pressão são fatores importantes durante o teste de força acima do grau regular como veremos abaixo a descrição detalhada de (KENDALL, 2007). Nas descrições de testes musculares, a pressão é especificada como contra ou na direção de. Contra refere-se à posição da mão do examinador em relação ao paciente; na direção descreve a direção da força que é aplicada diretamente em oposição à linha de tração do músculo ou de seu tendão (KENDALL, 2007, p. 16). Neste momento teremos a combinação de pressão + alavanca, por isto, sempre devemos respeitar o posicionamento manual na parte periferia/distal ou melhor nas extremidades, onde KENDALL, 2007, faz um detalhamento das alavancas. Tanto o comprimento da alavanca quanto a quantidade de pressão estão estreita- mente relacionados no que concerne à graduação acima do regular. A utilização de uma alavanca longa provê ao examinador uma vantagem mecânica e permite uma graduação mais sensível da força muscular (KENDALL, 2007, p. 16). Por isso, reforço que, o examinador deverá sempre iniciar do 0-5 a força muscular, para que você acompanhe a evolução e o desenvolvimento do teste. 17 Substituição Neste momento, devemos ter ciência dos músculos que desempenha movimentos con- juntos abaixo KENDALL 2007, faz uma explanação sobre compensação, músculos principais e músculos acessórios. A substituição resulta de um ou mais músculos que tentam compensar a falta de força de um outro músculo ou grupo de músculos. A substituição é uma boa indica- ção de que o músculo testado é fraco, de que a fixação adequada não foi aplicada ou de que o indivíduo não foi instruído adequadamente em relação ao modo como o teste é realizado. Músculos que, com frequência, atuam concomitantemente em determinados movimentos podem atuar na substituição. Eles incluem músculos de fixação, agonistas e antagonistas (KENDALL, 2007, p. 17). Pois podemos ter um músculo testado fraco, porém, músculos acessórios ou secundários auxiliam no movimento, gerando uma melhora no seu desempenho, no entanto, ficando claro que é um mecanismo compensatório, e não, o músculo primário avaliado. Fraqueza, Encurtamento e Contratura Devemos ter em consideração cada um deles, explico: O que é discutido quando se perde o movimento quando se tem encurtamento e a contra- tura muscular. Não obstante, fraqueza é um temos amplo em que se perde a capacidade de movimentar, no entanto, pode perder da sua força de sustentação do membro, com isto, não conseguindo contrair de maneira eficaz para manter a amplitude do movimento. Quando tempos uma contratura e ou encurtamento, temos perda do movimento, no en- tanto, por perda da capacidade de alongar a estrutura, perde-se o movimento, porém, por não ter a capacidade de movimentar, parece ORDEM SUGERIDA PARA OS TESTES MUSCULARES 1. Decúbito Dorsal Extensores do hálux; Flexores do hálux; Tibial anterior; Tibial posterior; Fibulares; Tensor da fáscia lata; Sartório Iliopsoas; 18 Abdominais; Flexores do pescoço; Flexores dos dedos; Extensores dos dedos; Músculos do polegar; Extensores do punho; Flexores do punho; Supinadores; Pronadores; Bíceps; Braquiorradial; Tríceps (teste supino); Peitoral maior, porção superior Peitoral menor, porção inferior; Peitoral maior; Rotadores mediais do ombro (teste supino); Redondo menor e infraespinal; Rotadores laterais do ombro (teste supino); Serrátil anterior; Deltóide anterior (teste supino). 2. Decúbito Lateral Glúteo médio; Glúteo mínimo; Adutores do quadril; Abdominaislaterais. 3. Decúbito Ventral Gastrocnêmio e plantares; Sóleo; Posteriores da coxa, mediais e laterais; Glúteo máximo; Extensores do pescoço; Extensores do dorso; Quadrado lombar; Grande dorsal; Trapézio, parte inferior; Trapézio, parte média; 19 Romboide; Deltoide posterior (teste prono); Tríceps (teste prono); Redondo maior; Rotadores mediais do ombro (teste prono); Rotadores laterais do ombro (teste prono). 4. Posição Sentada Quadríceps; Rotadores mediais do quadril; Rotadores laterais do quadril; Flexores do quadril (teste de grupo); Deltoide, anterior, médio e posterior; Coracobraquial; Trapézio, parte superior Serrátil anterior (teste preferido). 5. Posição em Pé Serrátil anterior; Flexores plantares do tornozelo (KENDALL, 2007, p. 18). GRADUAÇÃO Neste momento, dissecaremos de uma maneira pormenorizada a forma de graduação do Teste da Força Muscular, no entanto, o texto original fica um pouco confuso, pois acaba que Kendall fragmenta, subdivide a graduação. Indo além, na doutrina bibliográfica, você, aluno (a) irá encontrar diversas graduações, não quer dizer que um está certo ou o outro, são questões referenciais. O Teste que iremos analisar a força muscular, será executada de forma para avaliarmos a capacidade dos músculos e ou dos seus respectivos grupos musculares que irá dar o movimento Iremos dissecar a graduação analógica da forca muscular vejamos: 0: nula, nenhum esboço, ausência do estimulo contrátil (terapeuta não visualiza); 1: esboço, não gera movimento, no entanto tem a capacidade contrátil, o terapeuta visualiza a contração leve, porem incapaz de gerar o moimento 2: fraco, consegue gerar o movimento, no entanto, a favor da gravidade, não consegue vencer a gravidade; 20 3: regular, já temos uma capacidade de vencer a gravidade, no entanto, não vence a resis- tência manual; 4: bom, vence a gravidade + Resistência manual; 5: normal, completa, em que o paciente tem todos os elementos, mais vence a resistência atribuída pelo terapeuta. Mantendo a estabilização articular. Meus caros alunos (as), irei disponibilizar um material de apoio mais completo, tratando do tema de maneira mais aprofundada, porém, neste momento faz-se necessário ser mais didático, iremos direto ao ponto, para melhor compreensão. SÍMBOLOS DE GRADUAÇÃO O médico Robert W. Lovett, introduziu um método de teste e de graduação da força mus- cular utilizando a força da gravidade como resistência. Uma descrição do sistema de Lovett foi publicada em 1932 e apresentava as seguintes definições: Ausente - nenhuma contração é sentida. Vestigial - é possível sentir o músculo se contrair, mas ele não consegue produzir movi- mento.Ruim - produz movimento com a eliminação da força da gravidade, mas não consegue funcionar contra esta.Regular - pode elevar a parte contra a força da gravidade.Bom - pode elevar a parte contra a resistência exterior e também contra a força da gravidade.Normal - pode superar uma quantidade de resistência maior que um músculo bom (KENDALL, 2007, p. 22). 21 ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA Ao realizar a prática, tenha o cuidado de ter um espaço mínimo necessário de pelo menos 3 metros quadrados que possibilite que você tenha uma visão global do seu cliente/paciente. Ao utilizar o lápis demográfico, cuidado para não utilizar de maneira que gere alguma lesão na pele, por isto faz-se necessário o uso leve da forca, apenas fazendo uma marcação como ponto de referência. Faz-se necessário vestimentas adequadas para melhor análise. A orientação que venha com o mínimo de roupa possível para avaliação, podendo ser ex: Roupas de piscina (Maiô, Bikini, sunga, calção), diante dessas impossibilidades, também pode ser roupas de ginastica (Shorts e Top, e bermudas) 22 O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA Procedimento 1: Avaliação da Função Muscular Neste momento você terapeuta irá avaliar não apenas uma avaliação funcional e sim, uma espécie desta avaliação que será a Prova da Avaliação Muscular, irá graduar a forca da exercida pelo músculo, se apresenta alguma limitação. Mas o principal foco é você, aluno (a), praticar; Como irá realizar esta avaliação, posição paciente, posição terapeuta. 23 RELATÓRIO Caro aluno (a), Você deverá entregar o Relatório tipo Apresentação Simples (Power point). Para isso, faça o download do template, disponibilizado junto a este roteiro, e siga as instruções contidas no mesmo. 24 MATERIAISMATERIAIS COMPLEMENTARES COMPLEMENTARES https://www.youtube.com/watch?v=lv3ckkzBoxw https://www.youtube.com/watch?v=aUMyDWYUjWY https://www.youtube.com/watch?v=nWnd2b13RLI https://www.scielo.br/j/fm/a/DxYRhkCHppR9sbzzGgNxHSm/ https://www.scielo.br/j/rbme/a/nbtmpJgrw85r7yC6w8dGQxB/?format=pdf http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0590_0595_01.pdf https://rpcd.fade.up.pt/_arquivo/artigos_soltos/vol.1_nr.2/03.pdf https://bdm.unb.br/bitstream/10483/20966/1/2018_AndrezaMenezesDasChagas_Wemer- sonRodriguesDeSouza_tcc.pdf https://www.youtube.com/watch?v=lv3ckkzBoxw https://www.youtube.com/watch?v=aUMyDWYUjWY https://www.youtube.com/watch?v=nWnd2b13RLI https://www.scielo.br/j/fm/a/DxYRhkCHppR9sbzzGgNxHSm/ https://www.scielo.br/j/rbme/a/nbtmpJgrw85r7yC6w8dGQxB/?format=pdf http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0590_0595_01.pdf https://rpcd.fade.up.pt/_arquivo/artigos_soltos/vol.1_nr.2/03.pdf https://bdm.unb.br/bitstream/10483/20966/1/2018_AndrezaMenezesDasChagas_WemersonRodriguesDeSouza_tcc https://bdm.unb.br/bitstream/10483/20966/1/2018_AndrezaMenezesDasChagas_WemersonRodriguesDeSouza_tcc 25 POR QUE PRECISO APRENDER ISSO ? AVALIAÇÃO POSTURAL Dando continuidade meus caros alunos (as), vendo a necessidade e a importância da disci- plina na formação profissional preparamos um material de apoio complementar para que possa auxiliar você estudante e oferecer o conhecimento necessário para o profissional do movimento vejamos: A Disciplina de Cinesiologia e Biomecânica é um marco na vida do profissional do movi- mento, visto que, rompe totalmente o que já foi visto de maneira introdutória e avançamos para um nível mais avançado. No entanto, preciso que você, aluno (a) além de estudar teoricamente, tenha uma visão mais ampla, que comece a correlacionar todos esses conhecimentos introdutó- rios de maneira prática mais abrangente. Para isto, iremos lhe proporcionar a melhor formação, e oferecer mais conhecimentos da área e iremos adaptar de maneira prática Ex: Casos clínicos correlatos para formar um raciocínio terapêutico especifico e especializado. Neste diapasão teremos que correlacionar a teoria com a prática. Para com isto, teremos alguns elementos objetivantes: 1. Conhecer e aplicar as práticas relacionadas à teoria aprendida; 2. Entender/compreender as Avaliações terapêuticas (Avaliação Postural); 3. Capacitar o aluno a realizar Avaliação Postural. 26 AMBIENTE NA PRÁTICA Agora, na segunda etapa das práticas, você dará continuidade ao que foi realizado na primeira etapa. Nessa atividade prática você deve se deslocar até uma clínica, ambulatório ou consultório que disponha de todos os meios e métodos necessários para a realização de uma avaliação postural adequada. No local, deverá colher informações diretamente com o fisioterapeuta res- ponsável pelo atendimento na clínica. Para a execução da atividade, é indispensável que o aluno tenha um modelo disponível, ou seja, uma pessoa que possibilite a aplicação das técnicas de avaliação 27 EMBASAMENTO TEÓRICO Meus queridos alunos (as), tenho certeza que este material vai fazer toda a diferença na sua vida pratica profissional, preparamos com muito carinho este Projeto Integrador para com- plementar os seus conhecimentos Cinesiológicos. A avaliação terapêutica, e um dos elementos mais importantes tanto para colher as infor- mações iniciais (Amnesie), quando para traçar um protocolo de tratamento. Neste material, explanamos a Avaliação Funcional dente ela, a Prova da Função Muscu-lar, onde graduamos à forca que o musculo exerce em sua capacidade contrátil, manutenção, e de movimentação. Este assunto dissecamos na primeira parte do nosso Projeto Integrador. Logo após, demos continuidade, e trouxemos a Avaliação Postural, dentre analises es- truturais, e suas principais elementos a serem observadas. Expomos as disfunções que podem ocasionar as alterações posturais. Esta parte este em sequência neste material de apoio do nos- so Projeto Integrador, na parte Avaliação Postural. Vejam e revejam este material de apoio, iremos deixar também disponível um material com mais informações para vocês, com outros exemplos, e disfunções. Procedimento para a Avaliação Postural INTRODUÇÃO Agora iremos apresentar a você a postura humana como critérios de avaliação também pontos importantes na função deste. A avaliação da postura nada mais é do que verificar o alinhamento de vários segmentos corporais do indivíduo com o intuito de saber se estes estão ou não na posição que se considera como normal. Por exemplo, a coluna vertebral numa vista anterior e posterior deve ser retilínea, sem curvaturas ou rotações. De acordo com Kendall (2007), a boa postura são bons hábitos que irão contribuir para bem-estar do indivíduo. No entanto, todos estes conjuntos irão prover um potencial atingindo a boa postura. Neste diapasão, a má postura ou maus hábitos poderão estar vinculado a defeitos ou al- terações posturais que poderá ser consequências do isso incorreto das atividades de vida diária 28 Estéticos estará intimamente vinculado a aparência, logo, defeitos posturais poderá ter consequências como dor, podendo levar até a incapacidades. A boa postura é um bom hábito que contribui para o bem-estar do indivíduo, a estrutura e a função do corpo provêm o potencial para se atingir e se manter uma boa postura. Entretanto, uma má postura é um mau hábito e, infelizmente, é muito comum, e efeitos ou alterações pos- turais têm sua origem no uso incorreto das capacidades providas pelo corpo, não na estrutura e função do corpo normal (Magee, 2010). Se a postura defeituosa for um problema meramente estético, as preocupações podem ser limitadas àquelas relacionadas à aparência. Entretanto, defeitos posturais persistentes po- dem dar origem ao desconforto, à dor ou à incapacidade, estando frequentemente relacionados à gravidade e à persistência dos defeitos. Há uma alta incidência de defeitos posturais em crianças, adolescentes e adultos, sendo que isto se relaciona a variados fatores. Nos adultos congrega relação com a tendência de uma atividade laborativa altamente especializada ou de padrão repetitivo. Nas crianças e adolescen- tes, os maus hábitos posturais podem se iniciar na fase de crescimento (estirão de crescimento), idade escolar (em que o mobiliário pode não se adequar exatamente ao crescimento musculoes- quelético individual), sendo esse a idade em que a maturação sexual se apresenta e com esta alterações hormonais, volumes diferentes no corpo que podem provocar alterações compensa- tórias, entre outras. Vale ressaltar a importância de uma boa postura se desenvolver na criança e no adoles- cente, visto que se vícios e erros posturais se mantiverem até a idade adulta, a probabilidade de aparecimento de várias apresentações e patologias clínicas é maior. Inerentes ao conceito da boa mecânica corporal encontram-se as qualidades inseparáveis de alinhamento e equilíbrio muscular. O exame e os procedimentos terapêuticos são direciona- dos para a restauração e a preservação de uma boa mecânica corporal na postura e no movi- mento. Exercícios terapêuticos para fortalecer músculos fracos e alongar músculos contraídos são os principais meios pelos quais o equilíbrio muscular é restaurado (Magee, 2010). Várias definições de postura têm sido instituídas ao longo dos anos, o Comitê de Postura da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos definiu: A postura é o arranjo relativo das partes do corpo, então, considera-se que boa postura é aquele estado de equilíbrio muscular e esquelético que protege as estruturas de suporte do corpo contra lesão ou deformidade progres- siva, independentemente da posição (ereta, decúbito, agachada ou flexão anterior) no qual es- sas estruturas estão trabalhando ou repousando. Sob tais condições, os músculos funcionarão 29 mais eficazmente e serão permitidas as posições ideais para os órgãos abdominais e torácicos. E a má postura é uma relação defeituosa das várias partes do corpo que produz aumento da tensão sobre as estruturas de suporte e na qual existe um desequilíbrio menos eficaz do corpo sobre sua base de suporte (Magee, 2010). A relação entre dor e alteração postural é constantemente estudada por pesquisas cien- tíficas, para compreender a dor em relação à postura defeituosa é fundamental o conceito de que os efeitos cumulativos de pequenos estresses constantes ou repetidos durante um longo período podem dar origem ao mesmo tipo de dificuldades que surge com o estresse súbito e intenso. Casos de dor postural são extremamente variáveis no que concerne ao seu início e à gravidade dos sintomas, em algumas situações, apenas se manifestam sintomas agudos, geral- mente como consequência de estresse ou de lesão não usual. Em outras, o início é agudo e há sintomas dolorosos crônicos. Outros ainda apresentam sintomas crônicos que se tornam agudos posteriormente (Magee, 2010). Alguns princípios do alinhamento das articulações e dos músculos merecem destaque (Magee, 2010): - O alinhamento defeituoso é resultante do estresse e da tensão indevidos sobre ossos, articulações, ligamentos e músculos; - Posições da articulação indicam quais músculos parecem estar alongados excessiva- mente e quais parecem estar encurtados; - Existe uma relação entre o alinhamento muscular e os resultados de testes musculares, se a postura for habitual; - O encurtamento muscular mantém a origem e a inserção do músculo muito próximas; - O encurtamento adaptativo pode desenvolver-se em músculos que permanecem em uma posição encurtada; - A fraqueza muscular permite a separação da origem e da inserção do músculo; - A fraqueza muscular com alongamento pode ocorrer em músculos monoarticulares (que atravessam uma articulação) que permanecem numa condição alongada. A avaliação da postura propriamente dita baseia-se em todo este contexto e também é pautada numa posição base, nos planos anatômicos, como a goniômetria e a avaliação da força muscular. Isto porque a postura normal é reconhecida através de uma posição que adotamos como padrão. Esta posição inicial, muito parecida com a anatômica, é chamada de posição zero e se difere da anatômica apenas pelo fato de que as mãos ficarem direcionadas para o corpo e 30 os antebraços ficarem a meio caminho entre a supinação e a pronação. O alinhamento esquelético ideal ou padrão envolve uma quantidade mínima de estresse e de tensão e é favorável à eficiência máxima do corpo. É essencial que o padrão satisfaça esses requisitos para que todo o sistema de treinamento postural elaborado em torno dele seja eficien- te (Magee, 2010). Na posição padrão, a coluna vertebral apresenta as curvas normais, e os ossos dos mem- bros inferiores estão em alinhamento ideal para a sustentação de peso. A posição neutra da pel- ve é favorável ao bom alinhamento do abdome e do tronco e das extremidades abaixo. O tórax e o dorso estão numa posição que favorece a função ideal dos órgãos respiratórios, a cabeça permanece ereta e numa posição bem equilibrada que minimiza o estresse sobre a musculatura do pescoço (Kapandji, 2013). A interseção entre o plano sagital e o coronal do corpo forma uma linha análoga à linha de gravidade. É em torno desta linha que o corpo está hipoteticamente numa posição equilibrada, já que ela implica em distribuição balanceada do peso e estável de cada articulação. Quanto a verificação da postura do indivíduo, felizmente,exames posturais precisos po- dem ser realizados com equipamentos simples e de custo mínimo. Por exemplo, na posição ortostática uma linha ou fio de prumo é utilizada como linha de referência, pois representa a linha de gravidade, o centro da ação da lei da gravidade da natureza. A posição em pé pode ser considerada como um alinhamento composto de um indivíduo a partir de quatro vistas: anterior, lateral direita, lateral esquerda e posterior. Desta forma, a avaliação postural é realizada na seguinte sequência: orientação e explicação para o paciente; retirada de roupas e adornos que poderiam influenciar nas vistas; escolha de um local plano e iluminado para a verificação; orientação para que o paciente se posicione no local; utilização de uma parede branca próxima ou de um simetrógrafo (instrumento quadriculado que pode ficar na frente ou atrás do paciente e permitirá maior precisão nas verificações; escolha de uma vista para iniciar (por exemplo a vista anterior); verificar todas as regiões do corpo; passando para as demais vistas. É importante salientar que, a orientação para que o paciente fique em posição ortostática deve ser muito cuidadosa e não se deve orientar que ele permaneça numa postura reta, estica- da, corrigida, mas sim numa postura usual, do dia a dia dele, permanecendo com os dois pés apoiados e o peso sendo equilibrado em ambos. Quando o paciente está em pé e de frente para você (vista anterior), a linha de referência 31 padrão representa uma projeção da linha de gravidade no plano sagital médio (Figura 2). Come- çando em um ponto equidistante entre os calcanhares, ela se estende para cima entre os mem- bros inferiores, por meio da linha média da pelve, da coluna vertebral, do esterno e do crânio. As metades direita e esquerda das estruturas esqueléticas são (ou devem ser) essencialmente simétricas e, hipoteticamente, as duas metades do corpo contrabalançam-se exatamente. O que se espera é uma simetria entre os lados, tanto de tronco, de membros superiores e inferiores. Portanto, qualquer estrutura que estiver desalinhada, assimétrica, ou seja, diferente de um lado para outro, deverá ser anotada, pois possivelmente apresenta-se com alteração na postura. Devemos verificar a posição dos pés, joelhos, e membros inferiores. Observem as posi- ções dos dedos dos pés, a aparência do arco longitudinal medial, o alinhamento em relação à pronação e à supinação, a rotação do fêmur, a posição da patela, o desvio em valgo ou varo dos joelhos ou o arqueamento dos membros inferiores. Qualquer rotação da cabeça ou aparência anormal das costelas também deve ser observada, os achados são anotados. Na vista posterior não é diferente, porém é nesta vista que alguns dos critérios mais rele- vantes são pesquisados. A coluna vertebral, por exemplo é sede de várias patologias posturais e torna-se necessário verificar se ela se apresenta ereta, que é o que se espera como normal ou se há algum desvio (escoliose, por exemplo) (Figura 1). FIGURA 1 - VISTA POSTERIOR MOSTRANDO UMA COLUNA ALINHADA NESTE PLANO E UMA COM ESCOLIOSE Fonte: https://escoliosebrasil.com.br Nesta vista posterior, com a linha de prumo alinhada com um ponto a meio caminho entre os calcanhares, a relação entre o corpo ou partes dele e a linha de prumo é expressa como boa 32 ou como desvio para a direita ou para a esquerda. Do ponto de vista do alinhamento segmentar, deve-se observar o alinhamento do tendão do calcâneo, a adução ou abdução postural dos qua- dris, a altura relativa das espinhas ilíacas póstero superiores, a inclinação pélvica lateral, desvios laterais da coluna vertebral e posições dos ombros e das escápulas. Já nas vistas laterais, a linha de referência padrão representa uma projeção da linha da gravidade no plano coronal e hipoteticamente, esse plano divide o corpo nas regiões anterior e posterior, de peso igual. Diferentemente do que acontece nas vistas anterior e posterior, estas seções não são simétricas e não existe uma linha de divisão evidente baseada em estruturas anatômicas. É nesta vista que é possível verificar as curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, por exemplo. Sabemos que ela apresenta curvaturas primárias (cifose torácica e sacral) e curvaturas secundárias, ou seja, ao contrário das primeiras (lordose cervical e lombar). Desta forma, ela não deve ser retilínea neste plano/vista, as alterações surgem quando se visualiza aumento das curvaturas (chamadas de hiper) e diminuição (chamadas de retificação, no sentido de estar mais reto do que o normal mesmo). Por isso é que na literatura há tanto estudo sobre as hiper cifoses, hiperlordoses e retificação dorsal. Desta forma, nas vistas laterais (Figura 2), com a linha de prumo em conformidade com um ponto logo à frente do maléolo lateral a relação entre o corpo e a linha de prumo é observada e anotada. A observação necessita ser realizada em ambos os lados, com o intuito de verificar possíveis alterações rotacionais. Defeitos de alinhamento segmentares podem ser observados com ou sem linha de prumo. Veja se os joelhos estão em um bom alinhamento, hiperestendidos (recurvatum) ou flexionados (antecurvatum). Observe a posição da pelve vista de lado e se as curvas ânteroposteriores da coluna vertebral são normais ou exageradas. Além disso, verifique as posições da cabeça (para frente ou inclinada, para cima ou para baixo) e do tórax (normal, deprimido ou elevado), e o contorno da parede abdominal. 33 FIGURA 2 - VISTA LATERAL MOSTRANDO UMA COLUNA ALINHADA NESTE PLANO E ALGUNS EXEMPLOS DE ALTERAÇÃO Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/14034772/ O padrão da avaliação da postura é na posição ortostática, conforme aprendemos aqui, porém, se for relevante, o Fisioterapeuta pode objetivar avaliar a postura em outras posições, como em máxima flexão anterior do tronco ou na posição sentada, por exemplo, o que pode tra- zer mais informações que embasem o tratamento. Vale ressaltar aqui que esta metodologia de avaliação postural é a que chamamos de qualitativa, ou seja, que permite verificações mais simples, sem resultados numéricos. Desta for- ma, ela depende da experiência do fisioterapeuta que a está realizando, apesar de ser absoluta- mente treinável e ser utilizada na prática clínica, visto ser ágil, prática e barata, há metodologias quantitativas já descritas na literatura. Com o desenvolvimento tecnológico, cada vez surgem mais programas capazes de anali- sar biomecanicamente uma postura, ou seja, avaliar a postura de forma quantificada, com resul- tados numéricos. Isto permite uma verificação mais fidedigna, e mais do que isto, uma reavalia- ção pautada nos mesmos critérios que pode ser comparada facilmente com a avaliação. Podemos listar algumas alterações mais comuns da postura conforme define Magge (2010), sendo: - Cabeça anteriorizada ou hiperlordose cervical: quando é visualizada a cabeça mais para frente do que o normal na vista lateral, estando o pavilhão auricular a frente do fio de prumo; - Retificação cervical, que também pode ser vista na vista lateral, sendo o contrário da hiperlordose cervical; 34 - Ombros anteriorizados: podem ser vistos na vista lateral, quando eles se encontram mais para a frente do que o fio de prumo, normalmente devido a retração do músculo peitoral menor. Esta alteração é relevante para muitos casos clínicos que o fisioterapeuta atende, inclu- sive de disfunções de ombro; - Hiper cifose torácica, também pode ser verificada na vista lateral, quando há aumento da curvatura da cifose na coluna torácica; - Retificação torácica, também verificado na vista lateral, sendo o contrário da hiper cifose. É quando não há a cifose, ou seja, as vértebras da coluna torácica estão mais retas do que o normal, daí o nome retificação; - Alteração no formato do tórax anterior, sendo pectus excavatum (quando o osso esterno é afundado) ou pectus carinatum (quando ele é aumentadopara frente, também chamado peito de pombo). É melhor visto em vista anterior; - Hiperlordose lombar: alteração que pode ser visualizada na vista lateral, sendo um au- mento da curvatura lordótica da lombar. Normalmente associa-se a anterioridade da pelve (tam- bém chamada de inclinação pélvica anterior e antigamente chamada de anteroversão pélvica); - Inclinação pélvica anterior, quando a sínfise púbica fica localizada num plano abaixo das espinhas ilíacas anterossuperiores; - Inclinação pélvica posterior, quando as espinhas ilíacas anterossuperiores ficam locali- zadas abaixo da sínfise púbica; - Retificação lombar, possível visualização em vista lateral, sendo esta região mais reta do que o normal; - Joelho recurvatum (ou hiperestendido), quando em vista lateral visualiza-se uma curva- tura para trás, ou seja, quando ele fica mais esticado do que o normal; - Joelho antecurvatum (ou em flexo residual), quando em vista lateral é possível observar que o joelho não fica completamente estendido. É mais comum ser unilateral devido a diferença de comprimento de membro inferior; - Nos tornozelos e pés, alteração seria visualizar uma postura antero ou póstero projetada, ou seja, quando na vista lateral vislumbra-se que a descarga de peso é mais anterior ou poste- rior, respectivamente; - Um desabamento do arco longitudinal medial do pé, quando não se visualiza o arco, ou seja, o pé plano; - Um aumento do arco longitudinal medial do pé, quando se visualiza o arco maior do que 35 o normal, o pé cavo; - Escápulas assimétricas, ou seja, na vista posterior, estando uma mais alta do que a ou- tra, ou mais lateral (abduzida) ou rodada externamente do que a outra; - Joelho valgo (ou geno valgo), quando se visualiza numa vista anterior e posterior que os joelhos se juntam antes dos pés; - Joelho varo (ou geno varo), quando na vista anterior e posterior os pés se juntam antes dos joelhos; - Escoliose Patologia ortopédica muito comum que é possível ser observada principal- mente em vista posterior, ocorre quando houver um desvio do eixo vertebral. Inicialmente, a es- coliose era pensada como um desvio apenas lateral do eixo vertebral. Sabe-se hoje que ela pode ser tridimensional, ou seja, ocorrer nos três planos, sendo que o eixo ou a vértebra se desvia para a lateral (no plano frontal ou coronal), para a frente ou trás (no plano sagital) e em rotação (no plano transverso). No caso de observar uma escoliose na pessoa, é necessário a continuida- de da avaliação postural solicitando a flexão anterior do tronco. Pede-se, desta forma, para que estando em posição ortostática o indivíduo dobre a coluna e tente ao máximo chegar suas mãos próximas ao chão, enquanto o Fisioterapeuta observa-a estando atrás do paciente. Quando a curvatura se retifica, ou seja, volta a estar no eixo vertebral normal, esta escoliose é chamada de funcional, enquanto a curvatura que não se retifica, permanece escoliótica, é denominada estrutural. A escoliose funcional é causada por desequilíbrios musculares secundários a uma postura defeituosa ou a uma doença (exemplo, uma paralisia cerebral), não sendo progressiva. Já a estrutural é progressiva por causa das deformidades ósseas (Palmer; Epler, 2013). Além disso, quando há uma escoliose rotacional ou estrutural, há a presença no movimen- to de flexão anterior do tronco da giba ou gibosidade, um aumento de volume na região torácica unilateral devido a alteração de posição das costelas, consequente a rotação vertebral. A esco- liose é a patologia postural (ou deformidade postural) mais grave, acometendo frequentemente crianças e adultos. 36 FIGURA 3 - GIBOSIDADE TORÁCICA DEVIDO A UMA ESCOLIOSE Fonte: https://www.colunar.com.br/problemas/escoliose/escoliose_03/ FUNDAMENTOS DA POSTURA POSTURA PADRÃO Nesta celeuma, temos que ter em mente o alinhamento postural, o que é padrão, normal, e consequentemente, aquilo que diverge do padrão/normal, será considerado anormal. Essa desestruturação, levará, a alterações músculos-esqueléticas, com sobrecargas das estruturas e descompensações e podendo levar a deformidades, como podemos visualizar men- ção de Kendall (2007): Na posição padrão, a coluna vertebral apresenta as curvas normais, e os ossos dos membros inferiores estão em alinhamento ideal para a sustentação de peso. A posição “neutra” da pelve é favorável ao bom alinhamento do abdome e do tronco e das extremidades abaixo. O tórax e o dorso estão numa posição que favorece a função ideal dos órgãos respiratórios. A cabeça permanece ereta e numa posição bem equilibrada que minimiza o estresse sobre a musculatura do pescoço (Kendall, 2007, p. 59). Temos que utilizar todos os planos e eixos a serem avaliados, como recurso que irá auxi- liar na avaliação, temos o simetrografo, e também podemos utilizar o fio de prumo. O fio de prumo, é uma linha que cruzará o corpo nas suas estruturas, anteriores, laterais e posteriores, com isto, demonstrará o alinhamento dos pontos fornecidos. Deverá o terapeuta observar e analisar a postura padrão. Alguns pontos de referência serão estratégicos para este auxilio, Ex. linha Alba, Esternal, Maléolos, processo espinhoso, coluna vertebral. 37 ALINHAMENTO IDEAL DA LINHA DE PRUMO COM O CORPO: VISTA LATERA FIGURA 4 - VISTA LATERAL Fonte: (Kendall, 2007, p. 60). Observamos a linearidade da linha, repartindo o corpo em 2 partes, anterior e posterior. ALINHAMENTO IDEAL DA LINHA DE PRUMO COM O CORPO: VISTA POSTERIOR FIGURA 5 - VISTA POSTERIOR Fonte: (Kendall, 2007, p. 60). 38 Na vista posterior, observamos a passagem do eixo, calcanhares, linha media quadril, e coluna, fazendo uma repartição lado direito e lado esquerdo simetricamente. CABEÇA E PESCOÇO O terapeuta deverá observar alguns elementos da estrutura, o alinhamento do pescoço, adotando uma posição equilibrada, em que não haverá sobrecarga das estruturas. Lateralmente observaremos como ponto de referência Lobo inferior da orelha e a curva- tura cervical. Posteriormente, teremos como ponto de referência linha media da cabeça, processos es- pinhosos da coluna vertebral (cervical). Inclinações, lateralizarão e rotação da cabeça, deverão ser observados nas posições, até mesmo podendo estar visualizando retrações de região mentoniana (queixo). A parte torácica, tem uma intima relação direta com a parte da cabeça e pescoço, no qual qualquer tipo de desestruturação poderá acarretar de desalinhamento de um para com outro, explico. Uma desestruturação torácica, tórax arrendado, levara uma alteração compensatória na cabeça e do pescoço consequentemente, forçando o organismo a manter uma posição mais funcional possível, mesmo que não seja uma postura normal. O bom alinhamento da região torácica é essencial para o bom alinhamento da cabeça e do pescoço; o alinhamento defeituoso desta região afeta de modo adverso o da cabeça e do pescoço. Se a região torácica arredondar na posição sentada ou em pé, ocorrerá uma alteração compensatória na posição da cabeça e do pescoço (Kendall, 2007). Na anteriorização da cabeça, teremos musculaturas descompensadas, assim como, mus- culaturas encurtadas (fortes), e musculaturas alongadas teoricamente fracas, esses mecanis- mos são adaptativos. REGIÃO TORÁCICA Na estrutura que devemos considerar ideal, na região torácica teremos uma curvatura normal (cifose) que seria o deslocamento da estrutura posteriormente Qualquer alteração das curvaturas acima (cervical) ou abaixo do tórax a curvatura lombar, 39 irá desestruturar a curvatura torácica, podendo ter um aumento – Hiper cifose, ou uma diminui- ção da sua curvatura. Essas alterações, são tecnicamente adaptações, pois, o nosso organismo tentará adotar a posição que gere menos gosto de energia, e que será funcional, mesmo que não seja uma postura ideal. Na posição sentado, em que o indivíduo adota uma posição relaxada, (sway-back), irá haver uma descompensação, um aumento da curvaturado tórax com um desvio da pelve ante- riormente. OMBRO Neste ponto, haverá uma divisão da articulação, logo, deveremos observar as escapulas, pois possíveis anteriorizações poderá alterar na avaliação. PELVE E REGIÃO LOMBAR Na estrutura do quadril irá ter uma intima relação com as articulações da pelve e com a estrutura lombar, logo, teremos como referência a articulação do quadril, sendo especifico, irá fazer uma intersecção nos níveis de acetábulos, no entanto, deveremos nos atentar a outros pontos referenciais. Alguns elementos deverão ser utilizados para uma melhor avaliação, em que: espinhas ilíacas anterossuperiores irão estar no mesmo plano horizontal e as espinhas ilíacas anterossu- periores conjuntamente com a sínfise púbica, devendo estar no mesmo plano vertical. QUADRIS E JOELHOS A linha referencial na vista lateral, irá passar pelos membros inferiores, localizado especi- ficadamente entre a articulação do quadril região central, e no eixo da articulação do joelho, na sua porção a frente. 40 TORNOZELO Devemos observar como referência padrão para analise a linha que irá passar na frente do maléolo lateral conjuntamente próximo ao arco indicado pela articulação calcaneocubóide. PÉS Devemos observar nos pés alguns detalhes em relação ao seu posicionamento, assim como, os calcanhares deverão ter uma separação de aproximadamente 7,5 centímetros conse- quentemente a parte anterior dos pés com uma angulação de 10° da linha medial de cada pé somatizando 20° total O paciente/cliente deverá estar consequentemente descalços, para melhor analise. Ao posicionar, e avaliar, observar quaisquer tipos de compensação, ao posicionar, poderá haver uma compensação com uma rotação lateral do joelho, logo, o terapeuta deverá ficar aten- do a este mecanismo compensatório. ALINHAMENTO POSTURAL FIGURA 6 - ALINHAMENTO POSTURAL Fonte: (Kendall, 2007, p. 64). 41 TIPOS DE ALINHAMENTO POSTURAL A nossa coluna vertebra existe curvaturas novais, na região cervical, existe uma curvatura (lordose cervical) em que a curva convexa anteriormente, Na região do tórax, tem uma curvatura (cifose torácica), no qual eu tenho uma concavida- de anteriormente. Na região lombar, temos uma (lordose lombar) que observamos uma curvatura convexa anteriormente que é demonstrado nesta região. ALINHAMENTO SEGMENTAR IDEAL: VISTA LATERAL FIGURA 7 - VISTA LATERAL Fonte: (Kendall, 2007, p. 65). Cabeça: posição neutra, não inclinada para frente ou para trás. (Discretamente para fren- te na fotografia.) Coluna Cervical: curva normal, discretamente convexa anteriormente. Escápulas: como visto na fotografia, parecem estar em bom alinhamento, apoiadas so- bre a região dorsal. Coluna Torácica: curva normal, discretamente convexa posteriormente. Coluna Lombar: curva normal, discretamente convexa anteriormente. 42 Pelve: posição neutra, espinhas anterossuperioras no mesmo plano vertical que a sínfise púbica. Juntas do Quadril: posição neutra, nem flexionadas nem estendidas. Juntas do Joelho: posição neutra, nem flexionadas nem estendidas. Juntas do Tornozelo: posição neutra, perna vertical e em ângulo reto com a planta do pé (Kendall, 2007, p. 65). FIGURA 8 - ALINHAMENTO IDEAL VISTA LATERAL Fonte: (KendalL, 2007, p. 65). 43 ALINHAMENTO IDEAL: VISTA POSTERIOR FIGURA 9 - ALINHAMENTO IDEAL: VISTA POSTERIOR Fonte: (Kendall, 2007, p. 73). Cabeça: posição neutra, nem inclinada nem rodada. (Na fotografia, discretamente inclina- da para a direita.)Coluna Cervical: reta no desenho. (Na fotografia, discretamente flexionada lateralmente para a direita.)Ombros: nivelados, nem elevados nem deprimidos. Escápulas: posição neutra, bordas mediais basicamente paralelas e afastadas cerca de 7,5 a 10 cm entre si. Colunas Torácica e Lombar: retas.Pelve: nivelada, ambas as espinhas ilíacas póstero-su- periores no mesmo plano transverso.Juntas do Quadril: posição neutra, nem abduzidas nem aduzidas. Membros Inferiores: retos, nem arqueados nem desviados.Pés: paralelos ou com discreto desvio lateral. O maléolo lateral e a margem lateral da planta do pé estão no mesmo plano vertical, de modo que o pé não se encontra em pro-nação nem supinação. O tendão do calcâneo deve estar vertical quando visto posteriormente (Kendall, 2007). 44 FIGURA 10 - ALINHAMENTO IDEAL: VISTA POSTERIOR Fonte: (Kendall, 2007, p. 73). OMBROS E ESCÁPULAS FIGURA 11 - OMBROS E ESCÁPULAS EM BOA POSIÇÃO Fonte: (Kendall, 2007, p. 78). Ombros e Escápulas em Boa Posição: segundo Kendall (2007) a figura acima estará ilustrando uma boa posição dos ombros e das escápulas. 45 POSTURAS BOA DOS PÉS E JOELHOS FIGURA 12 - BOM ALINHAMENTO DOS PÉS E JOELHOS Fonte: (Kendall, 2007, p. 80). Bom Alinhamento dos Pés e Joelhos: as patelas estão direcionadas diretamente para frente, e os pés não se encontram em pronação nem supinação (Kendall, 2007). POSTURAS BOA DOS PÉS, JOELHOS E MEMBROS INFERIORES FIGURA 13 - BOM ALINHAMENTO DOS JOELHOS Fonte: (Kendall, 2007, p. 81). Bom Alinhamento dos Joelhos: no bom alinhamento dos joelhos, como nesta vista lateral, a linha de prumo passa discretamente anterior ao eixo da junta do joelho. 46 FIGURA 14 - BOM ALINHAMENTO DOS MEMBROS INFERIORES E PÉS Fonte: (Kendall, 2007, p. 81). BOM ALINHAMENTO DOS MEMBROS INFERIORES E PÉS FIGURA 15 - ALINHAMENTO IDEAL Fonte: (Kendall, 2007, p. 82). Alinhamento Ideal: Na definição de Kendall (2007) as partes inferiores alinhadas estarão quadris em posição neutra. Os pés estarão em um alinhamento ideal. 47 RADIOGRAFIAS DOS MEMBROS INFERIORES EM ALINHAMENTOS BOM FIGURA 16 - RADIOGRAFIA - BOM ALINHAMENTO Fonte: (Kendall, 2007, p. 84). Para a figura acima, uma linha de prumo foi suspensa ao lado do indivíduo quando a ra- diografia foi realizada. Dois filmes radiográficos estavam em posição para a exposição simples. A ilustração acima mostra a relação entre a linha de prumo e os ossos do pé e da perna, com o indivíduo em pé em uma posição de bom alinhamento (Kendall, 2007). POSTURA NA POSIÇÃO SENTADA FIGURA 17 - POSTURA SENTADA Fonte: (Kendall, 2007, p. 85). Diante da figura acima, Kendall (2007) faz uma comparação interessante, cujo observa- mos as seguintes exemplificações. A Figura (17) A (lado esquerdo) mostra um bom alinhamento, requerendo o mínimo con- 48 sumo de energia muscular. A Figura (17) B (centro da imagem) mostra uma lordose na região lombar. Essa postura é erroneamente considerada uma posição correta. Em razão do esforço necessário para mantê-la, os músculos da região apresentam fadiga. A Figura (17) C (lado direito da imagem acima) é uma posição familiar, que acarreta tensão proveniente da falta de suporte da região lombar e posições muito defeituosas da região dorsal, do pescoço e da cabeça, assim como podemos observar a referência da estrutura da cadeira abaixo. Não existe uma cadeira correta. Sua altura e profundidade devem ser adequadas ao indivíduo. A cadeira deve possuir uma altura que permita aos pés repousarem confortavelmente no chão e, conseqüentemente, evite a pressão sobre a região posterior das coxas. Numa cadeira muito profunda, as costas do indivíduo não fica- rão apoiadas ou uma pressão indevida será exercida contra a perna. Os quadris e joelhos devem estar a um ângulo de aproximadamente 90° e o encosto da cadeira deve apresentar uma inclinação de aproximadamente 10°. A posição sentada pode ser confortável se a cadeira e suportes adicionais mantiverem o corpo em bom ali- nhamento (Kendall, 2007, p. 85). Devemos observar alguns importantes elementos estruturais da cadeira explico. Cadeiras que só tem o apoio lombar, tem uma tendência de aumentar a curvatura lombar. Pessoas que ficam sentando por um período muito grande, tendem a levar um desequilíbrio na lombar e conjuntamente da cabeça. Se a cadeira tiver o apoio de braço muito alto, irá levar uma sobrecarga nos ombros. SEÇÃO III: AVALIAÇÃO POSTURAL EQUIPAMENTOS Os equipamentos utilizados pelos