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Ortografia GR0311 - (Unesp) Contribui para o efeito de humor da �rinha o contraste entre a) a linguagem hermé�ca do pai e a linguagem pedante do filho. b) a linguagem coloquial do pai e a linguagem concisa do filho. c) a linguagem erudita do pai e a linguagem enigmá�ca do filho. d) a linguagem formal do pai e a linguagem coloquial do filho. e) a linguagem informal do pai e a linguagem desleixada do filho. GR0523 - (Esa) Assinale a alterna�va em que os vocábulos obedecem às mesmas regras de acentuação gráfica das palavras “temá�ca” e “saúde”, respec�vamente: a) hífen, ó�mo. b) parabéns, mágico. c) médico, conteúdo. d) robó�ca, café. e) revólver, faísca. GR0522 - (Eear) Em qual alterna�va as três palavras estão corretamente acentuadas? a) faísca - moínho - juíz b) saímos - lençóis - pastéis c) juízo - amendoím - uísque d) heróico - chapéuzinho - véus GR0525 - (Uece) Padrão de beleza: mutante, mas sempre ao nosso redor Fomos ensinadas a agradar e a nos preocupar com a opinião alheia, a nos comportar de determinada maneira, a nos ves�r com roupas específicas, ter um �po de cabelo e por aí vai. Quando não seguimos a car�lha, algumas pessoas se sentem no direito de fazer 1comentários ou brincadeiras sobre nossas caracterís�cas �sicas sem ninguém ter pedido uma opinião. 2Ao longo dos anos, isso vai se internalizando em nós. Passamos a ver como problema algo que nem era uma questão, dando poder a palavras destru�vas. Bom, nós sabemos que mesmo racionalizando tudo isso, muitas vezes nos pegamos inseguras por não apresentarmos 3um conjunto de traços que sa�sfaçam essas expecta�vas. 4Por muito tempo, fomos ensinadas a agir dessa maneira. 5Quando não somos magras o suficiente ou temos estrias, nos culpamos e seguimos em busca de melhorar a todo custo. 6Entender essa dinâmica é o primeiro passo para construir uma mudança real e significa�va em nossas vidas. 7Se antes os grandes culpados eram os ensaios fotográficos e as campanhas publicitárias estampados nas revistas femininas, 8hoje somos bombardeadas por centenas de imagens. Facebook, Instagram e Pinterest estão aí para mostrar padrões de beleza corporal a todo o 1@professorferretto @prof_ferretto momento. Ou seja, o padrão de beleza imposto pela mídia agora também é encontrado nas redes sociais. Uma das maiores problemá�cas desse ambiente é que, mesmo dando preferência para seguir pessoas conhecidas, ainda há uma tenta�va constante, por parte de todas nós, de mostrarmos uma existência maravilhosa. São fotos e mais fotos de pessoas malhando loucamente, sem estrias ou sinais de celulite. E pensamos: por que não eu? 9Esse momento pode ser o mais perigoso porque gera muitas frustrações. 10Está tudo bem você querer perder uns quilinhos ou seguir um es�lo mais saudável, desde que seja uma escolha sua e com acompanhamento médico. E esse é o X da questão. Muitas vezes, queremos alcançar níveis surreais de magreza ou definição que não têm nada a ver com a gente. 11Começamos a perseguir uma vida que vemos em nosso feed, mas cujos bas�dores não conhecemos. 12Gastamos nosso salário em procedimentos esté�cos, dietas e para quê? 13Muitas vezes, apenas para chegar a alguma meta di�cil de ser alcançada e que não combina com o nosso es�lo de vida e valores pessoais. [...] Se o seu ritmo é acordar mais cedo, correr, voltar para a casa, comer uma tapioca e se arrumar para o trabalho, ó�mo. Se você não é fã de uma ro�na regrada, gosta da sua alimentação do jeito que ela é, tudo certo também. E se um dia você acordar e quiser mudar tudo, não tem nenhum problema! 14Sabemos que estamos falando de um assunto delicado. No entanto, insis�mos: escolha cuidar de você, da sua saúde mental e da sua qualidade de vida em primeiro lugar. E vamos nos apoiar nesta caminhada, dando um passo por vez, cada uma no seu ritmo. Vamos juntas, no agora ou no futuro, dizer: 15amo meu corpo do jei�nho que ele é. Texto adaptado. Disponível em h�ps://www.pantys.com.br/blogs/pantys/padrao-de- beleza-mutante-mas-sempre-ao-nosso-redor Acesso em 28 de maio de 2021. Acentuam-se pelos mesmos critérios as palavras a) “ninguém” e “nós”. b) “opinião” e “mídia”. c) “médico” e “preferência”. d) “�sicas” e “fotográficos”. GR0009 - (Ufms) Considere o trecho a seguir para responder à questão. “Olhai, oh Senhor, os jovens nos postos de gasolina. Apiedai-vos dessas pobres criaturas, a desperdiçar as mais belas noites de suas juventudes sentadas no chão, tomando Smirnoff Ice, entre bombas de combus�vel e pães de queijo adormecidos. Ajudai-os, meu Pai: eles não sabem o que fazem. [...] As ruas são violentas, é verdade, mas nem tudo está perdido. [...] Salvai-me do preconceito e da tentação, oh Pai, de dizer que no meu tempo tudo era lindo, maravilhoso. [...] Talvez exista alguma poesia em passar noite após noite sentado na soleira de uma loja de conveniência, e desfilar com a chave do banheiro e sua tabuinha, em gastar a mesada em chicletes e palha italiana. Explica-me o mistério, numa visão, ou arrancai- os dali. É só o que vos peço, humildemente, no ano que acaba de nascer. Obrigado, Senhor.” PRATA, Antônio. Conveniência. O Estado de S. Paulo, 11 jan. 2008. A palavra “após” recebe acento gráfico por ser: a) oxítona terminada em “o”, seguida de “s”. b) proparoxítona. c) paroxítona terminada em ditongo decrescente. d) monossílabo tônico terminado em “o”. e) paroxítona terminada em “o”, seguida de “s”. GR0019 - (Ufrr) SOBRE HIENAS E VIRA-LATAS Aproveitando o momento de vulnerabilidade polí�ca e econômica do nosso país, os defensores de uma integração dependente do Brasil na economia internacional estão lançando uma nova ofensiva, facilitada pelas agruras do ajuste fiscal, com queda nos inves�mentos governamentais e o descrédito – convenientemente es�mulado – das empresas estatais, na esteira do escândalo da Petrobrás. Em vez de atacar a raiz desses ilícitos, que é o financiamento empresarial das campanhas eleitorais (o que não diminui a responsabilidade dos transgressores da lei), os pós- neoliberais preferem inves�r contra os poucos instrumentos de polí�ca industrial que o Estado brasileiro ainda detém. A estratégia é ampla e não se limita a aspectos internos da economia. Incide diretamente sobre a forma pela qual o Brasil se insere na economia mundial. Três linhas de ação têm sido perseguidas. Uma já faz parte do an�go receituário de boa parte dos comentaristas em matéria econômica: o Brasil deveria abandonar a sua preferência pelo sistema mul�lateral (representado pela Organização Mundial do Comércio) e dar mais atenção a acordos bilaterais com economias desenvolvidas, seja com a União Europeia, seja com os Estados Unidos da América. O refinamento, não totalmente novo, é o de que, para chegar a esses acordos, o Brasil deve buscar a “flexibilização” do Mercosul, privando-o de sua caracterís�ca essencial de uma união aduaneira. Sem perceber que a mo�vação principal da integração é polí�ca – já que a Paz é o maior 2@professorferretto @prof_ferretto bem a ser preservado – os arautos da liberalização, sob o pretexto de aumentar nossa autonomia em relação aos nossos vizinhos, facilitando a abertura do mercado brasileiro, na verdade empurrarão os sócios menores (não em importância, mas em tamanho) para os braços das grandes potências. É de esperar que não venham a reclamar quando bases militares estrangeiras surgirem próximo das nossas fronteiras. O segundo pilar do tripé, que está sendo gestado em gabinetes de peritos desprovidos de visão estratégica, consiste em tornar o Brasil membro pleno da OCDE, a organização que congrega primordialmente economias desenvolvidas. Essa a�tude contraria a posição de aproximação cautelosa seguida até aqui e que nos tem permi�do par�cipar de vários grupos, sem tolher nossa liberdade de ação. A lógica para a busca ansiosa pelo status de membro pleno residiria na melhoria do nosso ra�ng junto às agências de risco, decorrente do nosso compromisso com polí�cas de inves�mentos, compras governamentais e propriedade intelectual (entre outras) estranhascapaz de respeitar o outro). Elas não estão fazendo nada de ............... Nada que irá prejudicar você ou quem quer que seja. E por que te incomodam tanto? Bom, apenas ............... optaram por fazer o que �nham vontade, e não o que você, preso em seu mundo limitado e previsível, esperava. Disponível em: Acesso em: 7 abr. 2015.(Adaptado). TEXTO II Como Nasrudin criou a verdade Nasrudin (Khawajah Nasr Al-Din) — As leis não fazem com que as pessoas fiquem melhores — disse Nasrudin ao rei. — Elas precisam, antes, pra�car certas coisas de maneira a entrar em sintonia com a verdade interior, que se assemelha apenas levemente à verdade aparente. O rei, no entanto, decidiu que ele poderia, sim, fazer com que as pessoas observassem a verdade, que poderia fazê-las observar a auten�cidade — e assim o faria. O acesso a sua cidade dava-se através de uma ponte. Sobre ela, o rei ordenou que fosse construída uma forca. Quando os portões foram abertos, na alvorada do dia seguinte, o chefe da guarda estava a postos em frente de um pelotão para testar todos os que por ali passassem. Um edital fora imediatamente publicado: “Todos serão interrogados. Aquele que falar a verdade terá seu ingresso na cidade permi�do. Caso men�r, será enforcado." Nasrudin, na ponte entre alguns populares, deu um passo à frente e começou a cruzar a ponte. — Aonde o senhor pensa que vai? — perguntou o chefe da guarda. — Estou a caminho da forca — respondeu Nasrudin, calmamente. — Não acredito no que está dizendo! — Muito bem, se eu es�ver men�ndo, pode me enforcar. — Mas se o enforcarmos por men�r, faremos com que aquilo que disse seja verdade! — Isso mesmo — respondeu Nasrudin, sen�ndo-se vitorioso. — Agora vocês já sabem o que é a verdade: é apenas a sua verdade. Disponível em: Acesso em: 14 abr.2015. (Adaptado). Nos textos 1 e 2, aparecem várias palavras acentuadas graficamente. Em que alterna�va as palavras seguem a regra de acentuação das oxítonas? 19@professorferretto @prof_ferretto a) terá, juízo, ninguém. b) fazê-las, através, será. c) vocês, construída, previsível. d) imperdoáveis, metáfora, você. GR0765 - (Ifal) Leia o Texto - Uma tarde, em Buenos Aires… do escritor Rubem Braga, para responder à questão. Uma tarde em Buenos Aires eu estava meio triste – mas não bebi, não telefonei, não procurei nenhuma pessoa amiga. Fechado no meu capote e no meu silêncio pus-me a andar pela rua cheia de gente. As grandes luzes só se acendem às dez da noite e, desde muito cedo, no inverno, é escuro. Há um poder nessa mul�dão que desfila na penumbra como um rio grosso com seu murmúrio. Deixei-me ir pela Florida, dobrei talvez em Tucumán, subi até Suipacha, desemboquei em Corrientes, e eu era mais um homem de capote no seio da mul�dão, e a mul�dão me embalava e me fazia bem. E por ser impessoal e não ter pressa e não ter pressa nem rumo, por ter um capote e sapatos grossos e por andar entre meus desconhecidos irmãos, eu me sen� mais livre. E cumpri os ritos da mul�dão, comprei meu jornal, tomei meu café, li o placar das úl�mas no�cias, fiquei um instante distraído mirando os frangos que giravam se tostando numa ro�sseria. Quando voltava para o meu hotel, por Florida, me lembrei do primeiro verso de um soneto que li há muito tempo, parece que de Alfonsina Storni, "lo encontré en una esquina de la calle Florida…“ Fiquei com esse verso na cabeça, pensando vagamente que esse homem sem nome que alguém encontrou em uma esquina de la calle Florida podia ser eu, como podia ser milhões de outros, e �rei disso não sei que vago e par�cular consolo. Não foi em uma esquina, mas foi ainda na Florida que encontrei alguém: era um casal de amigos brasileiros em lua-de-mel. Os dois estavam felizes, alegres deles mesmos e de tudo o mais, falando do prazer das compras de lã e da carne soberba dos restaurantes. Es�mei encontrá-los, e a felicidade do casal me fez bem, mas sen�, com certa curiosidade, que no fundo de mim não havia a menor inveja. Ide-vos, noivos morenos, por Florida e Corrientes, ide-vos felizes por todos os caminhos da vida. Só vos invejarão os que também procuram ser felizes; minha longa tarefa é outra, é não ser infeliz e me proteger e guardar, ser forte dentro de mim, forte, quieto, sereno. Essa tarefa me distrai; e, vendo em vossos olhos a felicidade, eu descobri que em verdade já não a procuro mais. Já passei por esse caminho; sobre minha cabeça, quando ia por ele, mais de uma árvore deixou cair flores. Não choro esse tempo; simplesmente ele passou. Assim vai passando a mul�dão, e dentro dela caminho outra vez, lentamente, distraído e tranquilo como um boi. (h�p://contobrasileiro.com.br/?p=1662). Iden�fique a alterna�va cuja jus�fica�va para a acentuação gráfica está incorreta. a) Silêncio, murmúrio e no�cias - acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em ditongo. b) Distraído - acentuam-se o i e o u tônicos dos hiatos. c) Alguém e também - acentuam-se as oxítonas terminadas em em e ens. d) Só, café e já - acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a, e e o. e) Árvore - toda proparoxítona é acentuada. GR0766 - (Ifrn) A DITADURA DA BELEZA AO LONGO DA HISTÓRIA* Bom dia queridos amigos, Hoje vamos falar de um assunto que é fácil para alguns e é um verdadeiro trauma para outros: a ditadura da beleza. Chega a ser irônico que, na pré-história, mulheres obesas representassem o ideal esté�co e a fer�lidade sendo que hoje a mídia impõe que uma mulher comercialmente bonita deve ser extremamente magra. Esses padrões são fruto de diversos fatores, sendo o principal a associação de beleza à disponibilidade de recursos. Na pré-história, uma mulher obesa era considerada linda por ter como se alimentar em uma época de grande escassez de alimentos. Nos dias atuais, uma mulher magra com a musculatura rígida indica alguém que dispõe de alimentação balanceada, acompanhamento médico, academia, tratamentos esté�cos entre outros privilégios. An�guidade Os exemplos mais notáveis de padrão de beleza na An�guidade são, sem dúvida, os greco- romanos. Em uma época de constantes guerras e em uma sociedade que valorizava a saúde e a habilidade corporal, eram considerados bonitos homens altos, de corpo musculoso, rosto com nariz afilado e cabelos encaracolados pelos ombros. As mulheres deveriam ter curvas perfeitas, seios pequenos, pele clara e longos cabelos. Idade Média Na época Medieval, não havia muita preocupação com a esté�ca. A beleza seria consequência da vida devota e denotava uma alma pura e casta, como a da Virgem Maria. Rosto angelical, lábios pequenos e cabelo cor de ouro eram o trunfo das mulheres. Já nos homens, a beleza estava associada ao poder e, em geral, o "rei" simbolizava esse ideal. 20@professorferretto @prof_ferretto Renascimento Nessa época, há um retorno dos ideais de beleza greco-romanos somados à gordura, que era um indica�vo de status social, visto que a ostentação alimen�cia não era para todos. Braços roliços, quadris largos e celulites eram sinais de volúpia e nobreza. Esse padrão cabia tanto aos homens quanto às mulheres. Barroco e Maneirismo Agora, a beleza não é só uma questão de forma �sica, é algo comportamental. Mover-se ou mesmo olhar deveria ser reves�do de graça e beleza, cultura esta disseminada na França e muito presente até os dias atuais. Muito destaque para os modos refinados e para as roupas e adornos. Roman�smo Nesse período, a beleza esteve associada à melancolia e à doença. As moças deviam ser lânguidas, pálidas, de cabelo indomável, com olheiras e comportamento recatado. A beleza masculina estava associada à poesia, à boemia e à solidão. Era Contemporânea É o tempo em que magreza, saúde e riqueza andam lado a lado. E a felicidade está associada ao status social. A mídia cria padrões de beleza e ideais de vida perfeita para vender os produtos produzidos pela era capitalista. O padrão de beleza variabastante através das décadas, sempre seguindo a indústria da moda e a cabeça dos grandes es�listas, que vendem algo que não é acessível para as grandes massas, que fica restrita a um determinado círculo da sociedade, e cabe ao restante trabalhar e gastar para perseguir esse padrão, fazendo rodar, desta forma, a grande engrenagem da sociedade de consumo. Apesar de tudo isso, o recado que quero deixar para vocês é: somos todos bonitos, cada um a seu modo, não importa o quanto você pesa, se seu cabelo é armado, se sua pele não é perfeita, não importa, temos, acima de tudo, que nos amar e sempre buscar nos sen�rmos bem com nós mesmos. *Postado por Vivian Magalhães, às 08:46. Disponível em Acesso em: 05 de out. 2013. Texto adaptado para uso nesta avaliação. Considere o seguinte fragmento, transcrito do Texto, para responder à questão. Nos dias atuais, uma mulher magra com a musculatura rígida indica alguém que dispõe de alimentação balanceada, acompanhamento médico, academia, tratamentos esté�cos entre outros privilégios No trecho, a palavra que segue a mesma regra de acentuação da palavra “rígida” é a) privilégios. b) esté�cos. c) alguém. d) dispõe. GR0767 - (Ifam) A prosódia estabelece a tonicidade dos vocábulos. Assinale a alterna�va em que as palavras pronunciam-se como oxítona, paroxítona e proparoxítona, respec�vamente: a) Nobel, pudico, vermífugo. b) Condor, hangar, misantropo. c) Libido, gratuito, ínterim. d) E�ope, arqué�po, ureter. e) Ruim, fluido, rubrica. GR0768 - (Ifsul - Rio-Grandense ) Leia o texto e responda à questão. Opinião: Uso exagerado da tecnologia torna a mente preguiçosa Aparelhos facilitam o dia a dia, mas têm lado nega�vo. Corpo e mente também precisam evoluir. (...) Adolescentes [1] Às vezes, encontramos adolescentes que raramente usam o dicionário, nem sempre [2] sabendo como fazê-lo. Quando necessitam saber o significado de uma palavra, �ram a [3] informação da internet, que a ............... pronta. Não é di�cil imaginar que o uso do dicionário [4] impresso exige da pessoa muito mais em termos mentais que o on-Iine. Além de necessitar usar [5] de ordenação, tendo que puxar pela memória a sequência alfabé�ca, depara-se com ouras [6] palavras que ainda não conhecia [7] Ou então, para fazer uma pesquisa escolar, recorre ao Google: lança-Ihe uma pergunta [8] cuja resposta vem de inúmeros sites, bastando imprimir a melhor. A biblioteca deixou de ser um [9] lugar para buscar informações. Antes da internet, os alunos a frequentavam, exigindo deles uma [10] busca a�va em enciclopédias, dicionários e outras publicações, além de usarem de análise e [11] síntese para escrever o resultado de suas buscas. [12] E a dificuldade com cálculos simples de matemá�ca? Para que saber a tabuada se a [13] calculadora dá isso pronto? Pensando assim, não tem muito sen�do. Mas ao nos darmos 21@professorferretto @prof_ferretto [14] ............... de que desenvolver o raciocínio matemá�co propicia o pensamento lógico, a coisa [15] muda de figura. [16] Longe de achar que a tecnologia é algo ruim. Pelo contrário. Com ela pode-se ter [17] informações sem as quais seria muito di�cil avançar no conhecimento do mundo e facilitar o dia a [18] dia ( ............... não?) [19] Mas sem exageros. Temos que lembrar que não só a tecnologia tem de ser cuidada e [20] evoluir. Nós também. E isso só conseguiremos se es�vermos funcionando a pleno vapor mente e [21] corpo. Disponível em: Acesso em: 25 mar. 2014. Que palavra segue a regra de acentuação das oxítonas? a) Raciocínio. b) Alfabé�ca. c) Fazê-lo. d) Di�cil. GR0769 - (Ifsc) Assalto Na feira, a gorda senhora protestou a altos brados contra o preço do chuchu: - Isto é um assalto! Houve um rebuliço. Os que estavam perto fugiram. Alguém, correndo, foi chamar o guarda. Um minuto depois, a rua inteira, atravancada, mas provida de admirável serviço de comunicação espontânea, sabia que se estava perpetrando um assalto ao banco. Mas que banco? Havia banco naquela rua? Evidente que sim, pois do contrário como poderia ser assaltado? - Um assalto! Um assalto! - a senhora con�nuava a exclamar, e quem não �nha escutado escutou, mul�plicando a no�cia. Aquela voz subindo do mar de barracas e legumes era como a própria sirene policial, documentando, por seu uivo, a ocorrência grave, que fatalmente se estaria consumando ali, na claridade do dia, sem que ninguém pudesse evitá-la. Moleques de carrinho corriam em todas as direções, atropelando-se uns aos outros. Queriam salvar as mercadorias que transportavam. Não era o ins�nto de propriedade que os impelia. Sen�am-se responsáveis pelo transporte. E no atropelo da fuga, pacotes rasgavam-se, melancias rolavam, tomates esborrachavam-se no asfalto. Se a fruta cai no chão, já não é de ninguém; é de qualquer um, inclusive do transportador. Em ocasiões de assalto, quem é que vai reclamar uma penca de bananas meio amassadas? - Olha o assalto! Tem um assalto ali adiante! O ônibus na rua transversal parou para assuntar. Passageiros ergueram-se, puseram o nariz para fora. Não se via nada. O motorista desceu, desceu o trocador, um passageiro adver�u: - No que você vai a fim de ver o assalto, eles assaltam sua caixa. Ele nem escutou. Então os passageiros também acharam de bom alvitre abandonar o veículo, na ânsia de saber, que vem movendo o homem, desde a idade da pedra até a idade do módulo lunar. Outros ônibus pararam, a rua entupiu. - Melhor. Todas as ruas estão bloqueadas. Assim eles não podem dar no pé. - É uma mulher que chefia o bando! - Já sei. A tal dondoca loura. - A loura assalta em São Paulo. Aqui é a morena. - Uma gorda. Está de metralhadora. Eu vi. - Minha Nossa Senhora, o mundo tá virado! - Vai ver que está é caçando marido. - Não brinca numa hora dessas. Olha aí sangue escorrendo! - Sangue nada, tomate. Na confusão, circularam no�cias diversas. O assalto fora a uma joalheria, as vitrinas �nham sido esmigalhadas a bala. E havia joias pelo chão, braceletes, relógios. O que os bandidos não levaram, na pressa, era agora objeto de saque popular. Morreram no mínimo duas pessoas, e três estavam gravemente feridas. Barracas derrubadas assinalavam o ímpeto da convulsão cole�va. Era preciso abrir caminho a todo custo. No rumo do assalto, para ver, e no rumo contrário, para escapar. Os grupos divergentes chocavam-se, e às vezes trocavam de direção: quem fugia dava marcha à ré, quem queria espiar era arrastado pela massa oposta. Os edi�cios de apartamentos �nham fechado suas portas, logo que o primeiro foi invadido por pessoas que pretendiam, ao mesmo tempo, salvar o pelo e contemplar lá de cima. Janelas e balcões apinhados de moradores, que gritavam: - Pega! Pega! Correu pra lá! - Olha ela ali! - Eles entraram na kombi ali adiante! - É um mascarado! Não, são dois mascarados! Ouviu-se ni�damente o pipocar de uma metralhadora, a pequena distância. Foi um deitar-no- chão geral, e como não havia espaço, uns caíam por cima de outros. Cessou o ruído. Voltou. Que assalto era esse, dilatado no tempo, repe�do, confuso? - Olha o diabo daquele escurinho tocando matraca! E a gente com dor de barriga, pensando que era metralhadora! Caíram em cima do garoto, que soverteu na mul�dão. A senhora gorda apareceu, muito vermelha, protestando sempre: - É um assalto! Chuchu por aquele preço é um verdadeiro assalto! Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond. Assalto. In: Para gostar de ler. Vol. 3. Ed. Á�ca, 1979. p. 12-14. [Adaptado]. 22@professorferretto @prof_ferretto Em relação à acentuação gráfica, leia e a analise as seguintes afirmações: I. As palavras no�cias, relógio, ânsia e contrário são acentuadas por serem paroxítonas e terminarem em ditongo. II. Os vocábulos pé, lá, aí e já recebem acento tônico por serem monossílabos tônicos. III. As palavras veículo, módulo, ímpeto e ônibus recebem acento gráfico por serem proparoxítonas. Assinale a alterna�va CORRETA. a) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras. b) Apenas a afirmação II é verdadeira. c) Apenas as afirmações I e IIsão verdadeiras. d) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras. e) Todas as afirmações são verdadeiras. GR0770 - (Cpm) Leia a �ra e fique atento à nova ortografia para esta questão O que jus�fica não ser usado mais o acento agudo nas palavras HEROICO – PLATEIA – IDEIA – MOCREIA, segundo a nova ortografia, é: a) hiatos em posição paroxítona perderam o acento agudo. b) ditongos abertos em posição de paroxítona não são mais acentuados. c) palavras com tritongo não recebem mais acento agudo. d) ditongos abertos eu, ei e oi perderam o acento, independente da posição em que se encontram nas palavras. GR0794 - (Ufrr) Observando as regras da acentuação gráfica, marque a opção que segue a mesma lógica de acentuação da seguinte sequência de palavras: árbitro, lá, pênal�, vôlei, também, à noite. a) automá�co, é, lâmpada, trégua, café, água. b) pór�co, né, epígrafe, régua, reféns, às vezes. c) lâmpada, pó, nível, parabéns, à toa. d) árvore, pé, fórum, café, refém, às pressas. e) catástrofe, fubá, cânfora, você, parabéns, à moda. GR0795 - (Ifrn) Dez anos da Lei das Cotas Rosane Garcia postado em 08/07/2022 | 06:00 A Lei das Cotas (nº 12.711/2012), que reserva 50% das vagas em universidade e ins�tutos federais para negros, completará uma década em 28 de agosto próximo. Ao longo desses 10 anos, ela se tornou mais inclusiva, ao abrir espaço para indígenas e estudantes da rede pública, segmentos da sociedade que, como os negros, foram, historicamente, segregados pelo Estado, pautado pelo racismo estrutural e ambiental, base orientadora da formulação de polí�cas públicas excludentes. Vista como uma reparação por danos provocados aos negros, após mais de 300 anos de escravidão, o novo marco legal esbarrou na reação dos abomináveis racistas e escravagistas contemporâneos, indignados com a conquista do movimento negro, que completou 40 anos neste 2022. Congressistas foram ao Supremo Tribunal Federal para tentar derrubar a nova lei. Entre os argumentos, havia a alegação de que a regra privilegia pretos e pardos em detrimento dos direitos dos brancos, tornando desigual a disputa por uma vaga nas universidades. É puro deboche falar em desigualdade, quando todas as ações do poder público e setor privado sempre mor�ficaram o ar�go da Cons�tuição anterior a de 1988, em que todos "são iguais perante as leis". Escárnio. Um discurso ridículo, ante os mais de 300 anos de escravidão, tortura e assassinatos de homens, mulheres e crianças sequestrados em terras africanas. Um crime de lesa-humanidade nunca reparado pelo Estado brasileiro. Pelo contrário. Ter muitos escravos e ser dono de grandes extensões de terra — la�fúndios — representavam o poder polí�co do explorador. Hoje, a eliminação de negros ainda é fato corriqueiro, protagonizado por integrantes de forças de segurança pública em inves�das nas periferias dos centros urbanos. Em uma década, a Lei das Cotas mudou o perfil das universidades brasileiras. Nesse período, o número de alunos negros cresceu em torno de 400%. Hoje, eles 23@professorferretto @prof_ferretto somam mais de 38% dos estudantes, embora o povo preto seja 56% da população brasileira. O movimento pela diversidade tem mexido com as organizações privadas. Hoje, grandes corporações do setor privado com compromisso social, nos mais diferentes ramos de a�vidade, criam programas para que profissionais negros ocupem cargos de chefia ou de coordenação dentro das empresas. Uma mudança importante no comportamento do empresariado, cujo olhar passa a enxergar a pluralidade étnica e, também, de gêneros no país. Mesmo com todos os efeitos posi�vos, a Lei das Cotas tem sido rechaçada por grupos conservadores e neonazistas, inconformados com a presença dos negros nas universidades ou em postos de mando em algumas empresas. Esses segmentos têm representantes no Congresso e incitam os parlamentares a não revalidarem a Lei das Cotas. As eleições de novembro podem ser um escudo, para evitar o es�lhaçamento da legislação. Mas, considerando-se a atual composição do parlamento, é preciso ficar atento, pois o compromisso da maioria não tem sido, em hipótese alguma, com a sociedade. E, menos ainda, com os afro-brasileiros. Texto adaptado para fins pedagógicos. Disponível em: h�ps://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/07/5020827- ar�go-dezanos-da-lei-das-cotas.html. Acesso em: 28 ago. 2022. Entre os argumentos, havia a alegação de que (1) a regra privilegia pretos e pardos em detrimento dos direitos dos brancos, tornando desigual a disputa por uma vaga nas universidades. É puro deboche falar em desigualdade, quando todas as ações do poder público e setor privado sempre mor�ficaram o ar�go da Cons�tuição anterior a de 1988, em que (2) todos (3) “são iguais perante as leis" (3). Escárnio (4). O vocábulo ESCÁRNIO (4) é acentuado pelo mesmo mo�vo de a) público. b) étnica. c) abomináveis. d) completará. GR0796 - (Eear) Considerando a acentuação das palavras, assinale a alterna�va que completa os espaços da frase abaixo. Este livro ......................... elegias com temá�cas naturais, para pessoas que ................ em busca de um sen�mento mais ....................... Que a natureza ...................... os que se dispuserem a ler esses poemas! a) contém - vêm - fluido - abençoe. b) contêm - vêm - fluído - abençoe. c) contêm - vem - fluído - abençoe. d) contém - vem - fluido - abençoe. GR0797 - (Eear) Assinale a alterna�va em que não há erro de acentuação. a) Caminhou pôr trilhas fechadas em matas longínquas para encontrar a sequoia, espécie gigantesca que pode viver mil anos. b) Caminhou por trilhas fechadas em matas longínquas para encontrar a sequoia, espécie gigantesca que pode viver mil anos. c) Caminhou por trilhas fechadas em matas longínquas para encontrar a sequóia, espécie gigantesca que pode viver mil anos. d) Caminhou pôr trilhas fechadas em matas longínquas para encontrar a sequóia, espécie gigantesca que pode viver mil anos. GR0798 - (Uva) Devem receber acentuação gráfica todas as palavras da alterna�va: a) aneis, deposito (substan�vo), anzois e raizes. b) leem, (eles) tem, revolver (verbo) e geleia. c) revolver (substan�vo), deposito (verbo), caju e guri. d) bambu, (ele) tem, gibi e peru. GR0799 - (Ifrn) Estudo mostra que o número de invasões em terras indígenas aumentou 05/10/2019 20h59 Uma das questões que vão ser abordadas no Sínodo, no Va�cano, será a situação dos índios que vivem na região amazônica Estudo mostra que o número de invasões em terras indígenas aumentou. Uma das questões que vão ser abordadas no Sínodo, no Va�cano, será a situação dos índios que vivem na região amazônica. Um estudo do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) mostra que o número de invasões em terras indígenas aumentou em 2019. Na terra indígena Alto Rio Guamá, nordeste do Pará, vivem cerca de dois mil índios, a maioria do povo Tembé. Lá, segundo os caciques, os invasores derrubam a mata na�va para re�rar madeira, para a criação de gado e até para plantar maconha. Em setembro, os índios já �nham encontrado acampamentos, espingardas e várias pilhas de madeira em uma área a 30 quilômetros da aldeia. O 24@professorferretto @prof_ferretto Ibama, em parceria com a Polícia Federal e a Funai, foi até a região e aplicou cerca de R$ 10 milhões em multas. “A nossa área preservada tem muito fundamento para a questão indígena, porque sem a área preservada nós não temos como mostrar a nossa cultura", declara Edinaldo Tembé, cacique Tembé. A grilagem de terra, o desmatamento, o garimpo ilegal e a contaminação dos rios estão entre os principais problemas apontados no relatório sobre violência e invasões nas terras indígenas do CIMI, fundado há 47 anos e ligado à Igreja Católica. Segundo o levantamento, em 2017, foram 96 invasões em terras indígenas. Em 2018, o número subiu para 111 e apenas de janeiro a setembro de 2019, já foram registradas 160 invasões. Pará, Rondônia e Amazonas são os estados onde houve mais invasões no ano passado. Uma das áreas citadas no relatório é a terra indígenaMunduruku, no sudoeste do Pará. De acordo com o CIMI, existem mais de 500 garimpos ilegais na região, desmatando e poluindo os rios da bacia do Tapajós. O bispo emérito do Xingu, que vai par�cipar do Sínodo no Va�cano, defendeu que os índios precisam ter suas terras protegidas. “Terra é ambiente de se morar, de se viver, é terra dos ritos e dos mitos e de toda a convivência dos povos que estão aqui e isso não pode ser menosprezado, desprezado”, afirma Dom Erwim Krautler. A Funai declarou que se tem empenhado no monitoramento da região com a ajuda da Polícia Federal, do Ibama e do Ins�tuto Chico Mendes. Disse que a pesquisa do CIMI carece de validação cien�fica e que, em breve, vai divulgar dados oficiais que comprovam o aumento da fiscalização. Para tentar acabar com o garimpo ilegal, o governo já anunciou que vai propor a regulamentação da Cons�tuição nos ar�gos sobre exploração em terras indígenas. A ideia seria permi�r ganhos econômicos e organizar a fiscalização dos garimpos. Antes de qualquer mudança, o governo tem que ouvir as comunidades envolvidas. Disponível em: h�ps://g1.globo.com/jornal nacional/no�cia/2019/10/05/estudo- mostra-que-o-numero-de-invasoes-emterras-indigena. Acesso em: 24 set. 2021. Adaptado para uso nesta avaliação. Pará, Rondônia e Amazonas são os estados onde houve mais invasões no ano passado. Uma das áreas citadas no relatório é a terra indígena Munduruku, no sudoeste do Pará. De acordo com o CIMI, existem mais de 500 garimpos ilegais na região, desmatando e poluindo os rios da bacia do Tapajós. O vocábulo destacado RELATÓRIO recebeu acento agudo pelo mesmo mo�vo de a) polícia. b) indígenas. c) emérito. d) sínodo. GR0800 - (Esa) De acordo com as regras de acentuação, assinale a alterna�va em que as palavras receberam acento gráfico por serem classificadas, respec�vamente, como: oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. a) café, alcoólatra, escritório. b) mocotó, bíceps, exército. c) açaí, arqué�po, tác�l. d) dúvida, rubrica, órfã. e) trânsito, baía, ômega. GR0801 - (Unichristus) A �rinha faz menção ao Novo Acordo Ortográfico que entrou em vigência, de forma oficial, a par�r de 2016. Além dos vocábulos presentes que perderam o acento, outros termos também sofreram a perda de acentuação, como os evidenciados em a) linguiça – guisado. b) açougue – azedo. c) ideia – heroico. d) substan�vo – urubu. e) caju – caqui. 25@professorferretto @prof_ferretto https://g1.globo.com/jornal GR0802 - (Imepac) Um caso de burro [...] O que me pareceu, é que o burro fazia exame de consciência. Indiferente aos curiosos, como ao capim e à água, �nha no olhar a expressão dos medita�vos. Era um trabalho interior e profundo. Este remoque popular: por pensar morreu um burro mostra que o fenômeno foi mal entendido dos que a princípio o viram; o pensamento não é a causa da morte, a morte é que o torna necessário. Quanto à matéria do pensamento, não há dúvidas que é o exame da consciência. Agora, qual foi o exame da consciência daquele burro, é o que presumo ter lido no escasso tempo que ali gastei. Sou outro Champollion, porventura maior; não decifrei palavras escritas, mas ideias ín�mas de criatura que não podia exprimi-las verbalmente. ASSIS, Machado de. Disponível em: h�ps://contobrasileiro. com.br/um-caso-de-burro- cronica-demachado-de-assi s/. Acesso em: 10 set. 2021. No fragmento do conto, o termo sublinhado não recebe acento gráfico porque a) consiste em uma palavra paroxítona que contém um ditongo aberto. b) pode ser categorizado como uma oxítona cuja terminação se dá em vogal. c) é classificado, pela sua divisão silábica, como uma palavra proparoxítona aparente. d) é uma palavra paroxítona, e todas perderam o acento pelo Novo Acordo Ortográfico. GR0805 - (Emescam) Leia o texto a seguir, extraído do romance Quincas Borba, de Machado de Assis. [Quincas Borba] Ergueu-se e pôs paternalmente as mãos sobre os ombros de Rubião. — Você é meu amigo? — Que pergunta! — Diga. — Tanto ou mais do que este animal, respondeu Rubião, em um arroubo de ternura. Quincas Borba apertou-lhe as mãos. — Bem. No dia seguinte, Quincas Borba acordou com a resolução de ir ao Rio de Janeiro, voltaria no fim de um mês, �nha certos negócios... Rubião ficou espantado. E a molés�a, e o médico? O doente respondeu que o médico era um charlatão, e que a molés�a precisava espairecer, tal qual a saúde. Molés�a e saúde eram dois caroços do mesmo fruto, dois estados de Humanitas. — Vou a alguns negócios pessoais, concluiu o enfermo, e levo, além disso, um plano tão sublime, que nem mesmo você poderá entendê-lo. ASSIS, Machado. Quincas Borba. Disponível em:”machado.mec.gov.br. Acesso em: 2 fev. 2021. O texto do Novo Acordo Ortográfico organizou as regras do emprego do hífen, de modo a tornar seu uso mais simples. Estão grafadas de acordo com as atuais regras de emprego do hífen, as palavras a) hiper-acidez, inter-estadual, super-aquecimento, superinteressante. b) hiperrequintado, interracial, superreacionário, superresistente. c) intermunicipal, superproteção, an�rrábico, contrarregra, semirreta. d) aero-espacial, extra-curricular, semi-aberto, ante- projeto, coautor. GR0806 - (Ufam) Assinale a alterna�va em que o hífen NÃO foi empregado de forma CORRETA: a) Podemos dizer agora que o terreno está circum- murado, pois ele rodeou o local de �jolos. b) Os vírus que têm importunado a humanidade são micro-organismos extremamente nocivos. c) Os animais, por serem frágeis frente ao homem, são espécies mal-afortunadas; por isso, tenho pena deles. d) Antes do almoço, comemos salada de cenoura, feijão- verde e alface. e) Há pessoas que obtêm diplomas, mas, na verdade, são semi-analfabetas. GR0807 - (Mul�vix) YOUTUBE, O PARAÍSO DA PUBLICIDADE INFANTIL CANAIS QUE SÓ FALTAM VENDER BRINQUEDOS ATRAEM MULTIDÕES DE CRIANÇAS NA PLATAFORMA DE VÍDEOS Por Daniel Salgado (Adaptado) (1) Que o YouTube é uma plataforma digital gigantesca, todo mundo sabe. E também que já existem muitas pessoas que �ram seu provento do dinheiro gerado pelas visualizações e propagandas em seus canais na rede. Ainda assim, não pude negar minha surpresa ao descobrir que o maior faturamento entre os youtubers ficou com um garoto de 7 anos de idade, o americano Ryan. (5) Dono do canal ‘RyanToysReviews’, ele e seus pais embolsaram US$ 22 milhões ao longo do úl�mo ano. O valor, que é exorbitante em qualquer contexto, vem de seus incontáveis vídeos, nos quais o garoto e seus progenitores aparecem brincando com diversos 26@professorferretto @prof_ferretto brinquedos recém-lançados e comentando suas qualidades e defeitos. Seu canal, que desde 2015 acumula 17 milhões de inscritos e 26 bilhões (!) de visualizações, posta vídeos quase diariamente. Só na úl�ma semana foram sete. (10) Ignorando fatores como o tempo gasto pelo pequeno para gravar esses vídeos num ritmo de conteúdo diário, é surpreendente pensar que ele arregimentou a quan�a milionária ao, basicamente, fazer propagandas para que crianças queiram comprar os mais variados brinquedos. E uma rápida pesquisa no YouTube mostra que seus pais não são os únicos a inves�r nesse filão. (14) Não acredita? É só procurar por um termo como “toys” (brinquedos, em inglês) e ver que existem canais como ‘ToyPudding TV (12 bilhões de visualizações); ‘Super Kids Toys’ (291 milhões); ‘Kids Diana Show’ (4 bilhões) e ‘CKN Toys’ (8 bilhões). (17) Os formatos são dos mais variados: alguns u�lizam crianças para brincar com os produtos enviados — às vezes com vídeos patrocinados —, outros apenas mostram os brinquedos para adultos. Há até a categoria de “unboxing”, dedicada apenas a mostrar a abertura da caixa do brinquedo. (20) Em comum a todos está a fe�chização de uma mercadoria para uma parcela da população altamente susce�vel à publicidade. Ainda que o Ins�tuto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) seja contrário a propaganda infan�l, e haja uma legislação que coíba a prá�ca no Brasil, o grande truque desses canais é que eles fogem à classificação tradicional de publicidadepara crianças. (24) Não são comerciais pagos pelas empresas de brinquedos nem têm mensagens explícitas convocando a compra do objeto x ou y. De certa maneira, funcionam quase como os desenhos animados dos anos 90 que buscavam vender video-games, jogos de cartas e outros tantos produtos. Que jovem daquela época não assis�u a Pokemon, Digimon ou algum programa similar? (28) O precedente histórico não muda o fato de que esses canais glorificam e promovem insistentemente brinquedos para as crianças na plataforma. E isso sem qualquer verniz ar�s�co ou de entretenimento animado como os cartuns ou gibis. (31) As crianças, que ficam hipno�zadas pelos vídeos — quem já viu uma assis�ndo a esses canais sabe do que estou falando —, saem quase sempre interessadas ou clamando pelos brinquedos apresentados. O panorama não deve mudar: a legislação de regulação infan�l varia muito de país para país, e o YouTube, com seu alcance global, passa ao largo de controle nesse quesito, ao contrário de canais de televisão ou revistas. (36) É de se imaginar que, no ano que vem, os pais de Ryan e de alguns outros astros mirins da rede tenham ainda mais ganhos para seu pé-de-meia generoso. Não faltará dinheiro para seus brinquedos. Cabe saber se teremos nós os meios necessários para presentear nossas crianças. Disponível em: h�ps://epoca.globo.com/youtube- paraiso-da-publicidade-infan�l23289383. Acesso em 25 ago. 2019. O termo pé-de-meia (l. 37) é um exemplo de palavra que não perdeu o hífen na úl�ma Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa, ocorrida em 2009. A seguir, assinale aquele item que, ao contrário do termo anterior, não apresenta mais o referido símbolo gráfico e que, por isso, está ortograficamente incorreto: a) pé-de-moleque. b) cor-de-rosa. c) banana-da-terra. d) água-de-colônia. e) pimenta-do-reino. GR0808 - (Up) Considere o seguinte texto: Essa conclusão ainda é ............. por dados cien�ficos que exploram a a�vidade cerebral relacionada com esse �po de emoções. A ficção que inclui personagens e situações complexas pode ter efeitos par�cularmente benéficos. Assim, e como exemplo, um trabalho ............. mostra que a leitura de Harry Po�er pode diminuir os preconceitos dos leitores. Tudo isso sem falar na sa�sfação e no ............. proporcionado pelo conhecimento adquirido e como esse conhecimento se transforma em memória ............., que é a que temos como resultado da experiência. Assinale a alterna�va que completa corretamente as lacunas acima. a) avalisada – recém-publicado – bem estar – cristalisada. b) avalizada – recém-publicado – bem-estar – cristalizada. c) avalisada – recém publicado – bem-estar – cristalisada. d) avalizada – recémpublicado – bem estar – cristalizada. e) avalizada – recém publicado – bem-estar – cristalizada. GR0809 - (Ufv) “(...) Juridicamente, o ato de espionar diz respeito à prá�ca de obter informações confidenciais de governos ou organizações, de forma não autorizada, para alcançar vantagens militares, polí�cas, econômicas, tecnológicas ou sociais. Os �pos de espionagem mais comuns são a industrial, a militar, a tecnológica, a econômica, a financeira, a polí�ca e a eleitoral. Embora o método se revele an�go, computadores e conexões digitais em rede elevaram a espionagem a 27@professorferretto @prof_ferretto níveis inimagináveis nas úl�mas duas décadas. Tempos atrás, as máquinas eram usadas apenas para quebrar códigos espiões em documentos arquivados nas extensas estantes das polícias secretas. Hoje, discos rígidos, nuvens de dados, telefones celulares e objetos conectados se transformaram em verdadeiros cofres informacionais, por onde circulam riquezas, segredos empresariais e governamentais, além de ar�culações criminosas e terroristas. Desse modo, a chamada espionagem ciberné�ca – o uso malicioso de internet, redes, computadores e objetos conectados para capturar informações – também tem se modificado rapidamente. No início dos anos 2000, por exemplo, os cibercafés e as lan-houses eram o refúgio daqueles que não queriam ter suas máquinas iden�ficadas e rastreadas. Rapidamente, também se tornaram espaços de espionagem administrados pelos próprios governos, conforme revelou Edward Snowden, ex-técnico da NSA, hoje exilado na Rússia, que tornou públicos os detalhes de vários programas e informações do sistema de vigilância global norte-americano. Segundo Snowden, os cibercafés londrinos foram amplamente usados, pelos serviços de inteligência, para monitorar o encontro do G-20, na cidade de Londres, em 2009. Desde então, vários foram fechados, e agentes plantados em tais locais �veram que mudar de iden�dade por questões de segurança. (...)” Revista Minas faz ciência, uma publicação da Fundação de amparo à pesquisa do estado de Minas Gerais – FAPEMIG, Nº 71 – Set a Nov de 2017, p. 21. O uso do hífen foi um dos tópicos contemplados na reforma ortográfica de 2016. O uso ou não desse sinal nos substan�vos CIBERCAFÉ e LAN-HOUSE estão explicados de forma CORRETA, respec�vamente, em: a) A supressão do hífen deve-se à junção de consoantes diferentes, e a manutenção do hífen, no segundo caso, jus�fica-se porque o segundo elemento inicia-se pela letra “h”. b) Suprime-se o hífen, devido à junção de palavras estrangeiras, e, no segundo caso, fica man�do pelo mesmo mo�vo. c) Não recebem mais hífen as locuções de qualquer �po, e mantém-se o hífen em palavras que cons�tuem unidade sintagmá�ca e semân�ca. d) O hífen é suprimido quando a palavra é formada por um prefixo ou falso prefixo, e fica man�do, no segundo caso, porque os dois elementos são palavras estrangeiras. GR0810 - (Ifpe) “O BONZINHO SE DÁ MAL”: GENEROSIDADE E MANIPULAÇÃO (1) Você tenta levar sua vida direi�nho. Busca ser cordial e ter empa�a com o semelhante. Trata o outro bem, pois acha que é assim que qualquer criatura merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se lhe sobra, compar�lha. Quando vê o erro, o ins�nto de proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico contente. (2) A você, tudo isso parece ser natural, orgânico. E daí você se engana. De forma egoísta, acha que tem o direito de re�rar do outro o direito de ser quem ele é. Quer recíproca, similaridade, espelhamento de a�tudes. Vê injus�ça na troca, acha que faz mais e recebe menos. “Trouxa, agora está aí cul�vando mágoas. Da próxima vez, farei diferente”. E não reflete sobre tudo o que se passou. (3) Ser verdadeiramente generoso é uma virtude que contempla um pequeno punhado de pessoas. Em geral, emprestamos em vez de doar. E não fazemos isso por uma debilidade de caráter: a vida se mantém a par�r de trocas, tudo só existe em relação. (4) Quando tentamos oferecer algo gratuitamente, inconscientemente esperamos alguma contrapar�da: reconhecimento, carinho, atenção, pres�gio, escuta, aprovação. Às vezes, buscamos apenas sermos percebidos e validados naquilo que somos, mas não cremos ser. É bem comum. Nisso, tornam-se admiráveis os que ajudam desconhecidos, sem se importarem com os problemas dos que estão próximos – a quem poderão cobrar pela generosidade? (5) O mesmo vale para os mercenários: aqueles que sabem dar preço às coisas mais impalpáveis, que encontram equivalência entre dois valores tão díspares, mas deixam as intenções às claras. Só nos sen�mos enganados quando não deixamos às claras o preço das nossas a�tudes. (6) A generosidade é uma das formas mais primi�vas de manipulação desenvolvidas pelo ser humano. Vem do berço. Mais precisamente, do colo. A nossa primeira referência de doação vem da mãe, ou de quem exerceu esse papel. O bebê, indefeso e incapaz, estará subme�do à oferta que provém dessa fonte. E aí aprendemos o que é chantagem emocional, que mais tarde se traduzirá no duelo entre o “só eu sei o que fiz por você” versus “você poderia ser melhor para mim”. Quem sai vencedor? A culpa. Justo ela, uma das emoções mais tóxicas que povoam nossa alma. (7) O comportamento de abuso é fruto desse eixo desestrutural, seja para o abusador ou parao abusado. Há, inclusive, uma espécie de alternância entre esses papéis. Quando o dito generoso se vê menosprezado pelo outro, diz: isso é um absurdo, depois de tudo que eu fiz. Mas não percebe o quanto esse fazer é, em si, uma a�tude abusiva. (8) Isso não é uma ode ao egoísmo ou à ganância. Mas a par�lha saudável é aquela que se dá em acordo, 28@professorferretto @prof_ferretto de forma pura. Se não consegue, melhor não ser generoso, para também não ser hipócrita. Ou, pior: emi�r faturas para guardá-las na gaveta, à espera da melhor oportunidade de apresentá-la àquele que julgar devedor. Não esqueçamos: são as boas intenções que lotam o inferno. TORRES, João Rafael. “O bonzinho se dá mal”: generosidade e manipulação. Disponível em: h�ps://www.metropoles.com/colunas-blogs/psique/o- bonzinho-se-da-mal-generosidade-e-manipulacao. Acesso: 08 out. 2017(adaptado). No 4º parágrafo do TEXTO 2, há o emprego da palavra contrapar�da. Esse termo possui um prefixo que exige o uso do hífen em alguns casos, segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Assinale a alterna�va que contém a grafia CORRETA de palavras com o prefixo contra-. a) Contrarregra e contra-ataque. b) Contra-senso e contracheque. c) Contracep�vo e contra-mão. d) Contraponto e contra-filé. e) Contrabaixo e contra-indicação. GR0812 - (Unesc) Assinale a alterna�va em que todas as palavras estão corretas quanto ao emprego (ou não) do hífen: a) sub-humano, auto-estrada, contrataque, ultramoderno, vicepresidente, super-aquecimento, micro-ondas. b) super-homem, infraestrutura, semicírculo, minissaia, an�-inflamatório, inter-racial, superinteressante. c) inter-escolar, an�-rábico, co-herdeiro, auto- aprendizagem, semi-aberto, micro-ônibus, ultra- moderno. d) mini-hotel, an�-higiênico, an�-aéreo, geopolí�ca, semi-reta, viceprefeito, super-exigente. e) an�-heroi, pluri-anual, agroindustrial, ante-projeto, microssistema, biorritmo, auto-peça. GR0813 - (Unifor) Leia o fragmento do texto “É junto ou separado?” De todos os aspectos da grafia do português, o que causa mais embaraço é o uso do hífen. Mesmo sem levar em conta as incoerências do nosso sistema ortográfico (tanto o novo quanto o an�go), o fato é que o hífen costuma ser de uso di�cil e arbitrário em quase todas as línguas que o adotam. [...] Quando duas palavras se unem defini�vamente para formar uma composta, isso costuma ser indicado na grafia de duas maneiras: pela justaposição pura e simples (“parapeito”, “girassol”) ou pela união com hífen (“guardachuva”, “bem-aventurado”). [...] Em resumo, se uma palavra é composta (o que, em alguns casos, é di�cil de determinar com precisão), deveria ser grafada com hífen ou justaposição; se é complexa, seus cons�tuintes deveriam vir separados por espaços. [...]. BIZZOCCHI, Aldo. É junto ou separado.Língua Portuguesa,ano 8, nº 93, p.28 e 29, julho de 2013. Assinale a alterna�va em que todas as palavras estão grafadas corretamente, obedecendo ao novo acordo ortográfico. a) Micro-ondas, auto-es�ma, semiaberto, an�rreligioso. b) Contra-indicação, reidratar, autoes�ma, auto-escola. c) Contraordem, micro-ondas, an�-herói, an�rreligioso. d) Microondas, autoes�ma, an�rreligioso, contra-ordem. e) Autoescola, microondas, autoes�ma, an�rreligioso. GR0814 - (Fcmsjf) Febre amarela – por que o cenário atual é muito preocupante? Artur Timerman1 /17 jan 2017 (Adaptado). Em 12 de janeiro deste ano o governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em saúde pública por 180 dias nas áreas do estado onde há surto de febre amarela. O decreto contempla 152 cidades no entorno de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, na região leste do estado, Manhumirim, na Zona da Mata, e Teófilo Otoni, no Vale do Jequi�nhonha e Mucuri. Em Minas, trinta pessoas morreram com sintomas da doença neste ano. A situação atual e preocupante das arboviroses no Brasil reflete um complexo contexto, no qual interagem entre si ineficácias gerais de atuação do poder público e da sociedade em geral. Os condicionantes da expansão das arboviroses nas Américas e no Brasil são similares e referem-se em grande parte ao modelo de crescimento econômico implementado na região, caracterizado pelo crescimento desordenado dos centros urbanos. O Brasil concentra mais de 80% de sua população em áreas urbanas, com importantes lacunas no setor de infraestrutura, tais como dificuldades para garan�r o abastecimento regular e con�nuo de água, assim como também é deficiente a coleta e des�nação adequada dos resíduos sólidos. [...]. Dentro desse contexto, é com enorme preocupação que deparamos com as no�cias que revelam o ressurgimento de casos de febre amarela em nosso país. Como apontado em Bole�m da Organização Mundial da Saúde de maio de 2016, “grandes epidemias de febre amarela ocorrem quando pessoas infectadas introduzem o vírus em áreas densamente povoadas onde exista 29@professorferretto @prof_ferretto elevada densidade de mosquitos transmissores e onde a maioria da população apresente pouca ou nenhuma imunidade, tendo em vista a baixa cobertura vacinal. Sob tais condições, mosquitos infectados transmitem o vírus de pessoa a pessoa”. Essa é situação prevalente no Brasil atualmente [...]. A vacina cons�tui-se o mais importante meio de combate à febre amarela; é produto seguro, eficaz e rela�vamente barato, sendo uma única dose suficiente para induzir imunidade de longo prazo. No Brasil, vem sendo empregada a estratégia de “vacinação de contenção”, isto é, vacinação de toda a população em regiões onde foram descritos casos suspeitos e/ou confirmados de febre amarela. Como os dados relatados vêm evidenciando uma rápida progressão da doença, talvez essa estratégia não esteja se mostrando suficiente. Em resumo, temos de encarar o problema como sendo de enorme relevância; não podemos menosprezá- lo, sob risco de nos depararmos com mais um expressivo problema de saúde pública em nosso já combalido país. Disponível em: h�p://veja.abril.com.br/blog/letra-de- medico/febre-amarela-por-que-o-cenario-atual-e-muito- preocupante/ Acesso em: 19 abr. 2017. A ausência do hífen na palavra INFRAESTRUTURA está de acordo com as normas ortográficas vigentes na Língua Portuguesa. Assinale a alterna�va em que o uso do hífen é obrigatório no vocábulo destacado. a) O uso de ANTIINFLAMATÓRIOS pode comprometer os rins de crianças. b) As radiações INFRAVERMELHAS podem ser benéficas à saúde se u�lizadas corretamente. c) A vacina da febre amarela é CONTRAINDICADA para mulheres grávidas e crianças com menos de seis meses de idade. d) ANTICORPO é uma proteína produzida para proteger o corpo humano contra doenças. GR0815 - (Unaerp) Assinale a opção em que o uso do hífen está empregado corretamente. a) ultra-som. b) auto-escola c) co-fundador. d) peixe-espada. e) super-interessante. GR0819 - (Epcar) O PARADOXO DO PROGRESSO A população dos países mais ricos passa por uma crise existencial: a sensação de que no passado se vivia melhor. A história e as esta�s�cas, no entanto, mostram que a média dos moradores dos Estados Unidos e da Europa Ocidental nunca teve uma vida tão próspera. As pessoas vivem mais, têm mais acesso à educação e, descontados os desejos mais extravagantes, realizam como nunca os sonhos de consumo. Cinqüenta anos atrás, os obje�vos de uma família americana eram a casa própria, o carro na garagem e pelo menos um dos filhos na universidade. Hoje, seu es�lo de vida excede essas expecta�vas, graças a um aumento de 50% na renda da classe média nos úl�mos 25 anos. O que hoje é comum − uma frota de carros na garagem, assistência médica de primeira e férias no exterior − no início do século XX era privilégio de uns poucos milionários. Há muito mais: algumas doenças letais que nos anos 50 não poupavam nem sequer os muitos ricos, como a poliomielite, foram pra�camente erradicadas. Apesar de todos esses avanços, os psicólogos iden�ficam um fenômeno que tem sido chamado de “hipocondria social” ou “paradoxo do progresso”: a sensação crescente de que tudo o que se conquistoucom as melhorias sociais é mera ilusão. A idéia de que um bom padrão de vida não é garan�a para a realização pessoal é an�ga. Há mais de 2000 anos, o filósofo grego Aristóteles já afirmava que a felicidade se a�nge pelo exercício da virtude, e não da posse. Uma pesquisa recente realizada pelo sociólogo holandês Ruut Veenhoven, da Universidade Erasmus de Roterdã, concluiu que com uma renda anual de 10 000 dólares o indivíduo tem o suficiente para uma vida confortável em qualquer país industrializado. A par�r daí, como na propaganda de cartão de crédito, existem coisas − um sen�do para a vida, uma paixão e amizades − que o dinheiro não pode comprar. A melancolia que contamina as sociedades ricas do século XXI é mais complexa do que a velha frase “Dinheiro não compra felicidade”. A vida dos americanos melhorou... • A expecta�va de vida dos americanos aumentou de 47 para 77 anos nos úl�mos 100 anos. • A renda das famílias de classe média cresceu 50% nos úl�mos 25 anos. • Os americanos gastam 25 bilhões de dólares anuais apenas em equipamentos de recreação aquá�ca (barcos, lanchas e jet skis). • 70% da população têm casa própria, contra 20% no início do século XX. • Uma em cada três famílias possui pelo menos três carros na garagem. • O tamanho médio das casas é de 250 metros quadrados, o dobro da área das construídas há cinqüenta anos. ...mas muitos deles não notaram • 54% dos americanos acreditam que os Estados Unidos estão no rumo errado. • 25% experimentam pelo menos um episódio de depressão na vida. 30@professorferretto @prof_ferretto • O porcentual de indivíduos que se consideram muito felizes caiu de 36% para 29% em trinta anos. • Os Estados Unidos estão em 11º lugar no ranking internacional de felicidade da Universidade de Michigan, atrás de países complicados como Nigéria e México. (Revista Veja, 14 de abril de 2004. Texto adaptado.). Levando em conta a língua padrão escrita, assinale a frase totalmente correta. a) O consumo desenfreiado é uma forma de realização dos consumidores norte-americanos. b) A explosão do consumo, ou seja, comida e produtos baratos, levaram à cultura do supérfluo. c) O excesso de caminhos a seguir provoca ansiedade e seções redobradas no psicanalista. d) Para não reclamar de barriga vazia, Easterbrook propõe um exercício cole�vo a seus conterrâneos: serem mais gratos pelo que possuem, mais generosos com o próximo e mais o�mistas quanto ao futuro. GR0832 - (Eear) Assinale a alterna�va que completa a frase abaixo. A ............... estava prestes a começar, e o preletor ainda ..............., horas antes, ............... de como abordar o assunto principal, ............... de que a decisão fosse tomada o mais breve possível. a) seção - exitava - acerca – afim b) sessão - exitava - a cerca – afim c) seção - hesitava - a cerca - a fim d) sessão - hesitava - acerca - a fim GR0757 - (Ifmt) Assim como “onça-pintada”, também recebe hífen o substan�vo composto: a) gira + sol. b) ponta + pé. c) plano + alto. d) obra + prima. e) água + ardente. GR0759 - (Ifma) Amou daquela vez como se fosse a úl�ma Beijou sua mulher como se fosse a úl�ma E cada filho seu como se fosse o único E atravessou a rua com seu passo �mido Subiu a construção como se fosse máquina Ergueu no patamar quatro paredes sólidas Tijolo com �jolo num desenho mágico Seus olhos embotados de cimento e lágrima Sentou pra descansar como se fosse sábado Comeu feijão com arroz como se fosse príncipe. (Canção Construção, de Chico Buarque). As palavras destacadas, ainda no texto, classificam-se como: a) paroxítonas, como a maioria absoluta das palavras em língua portuguesa. b) oxítonas, sendo sua tônica acentuada graficamente. c) proparoxítonas, e, desta forma, possuem a sílaba tônica marcada graficamente. d) paroxítonas, tendo a sílaba átona marcada graficamente. e) proparoxítonas, sendo a sílaba átona marcada graficamente. GR0760 - (Ifal) Um futuro singular Ivan Jaf Senhor diretor, estou escrevendo esta carta porque temo pela minha saúde mental, e se algo acontecer comigo quero que todos saibam o mo�vo, principalmente o senhor, do qual eu esperava toda a compreensão, já que par�lha comigo a crença de que só com um profundo respeito à gramá�ca da língua portuguesa construiremos uma nação desenvolvida. O caso, senhor, é que o Grande Pajé está me perseguindo, e tenho certeza de que neste exato momento ele está ali, do outro lado da janela, escondido entre as folhas da amendoeira... e não resis�rei a mais um ataque... Minhas força... forças!... estão se esgotando! Sempre fui um dedicado professor de português, o senhor me conhece bem, tantas vezes me elogiou... Trabalho no ensino fundamental de sua escola há mais de vinte anos! Desde quando ainda se dizia “1º grau”! Sempre �ve devoção pela língua portuguesa! É uma verdadeira religião para mim! Luto contra as gírias, os estrangeirismos e os erros grama�cais como um cristão contra os hereges! Minha luta pelo emprego do português correto é uma verdadeira cruzada! Uma guerra santa! E agora, quando mais preciso de apoio, quando descubro o verdadeiro inimigo por trás da falência a que 31@professorferretto @prof_ferretto o nosso idioma pátrio está condenado, quando passo a sofrer ameaças diretas do Grande Pajé, o senhor me abandona, e, em vez de se aliar a mim numa batalha sem trégua pelo resgate de nossa língua, em vez de acreditar em mim, francamente... me manda procurar um psiquiatra! Mas não entregarei os ponto! Os pontos! Minha mente morrerá lutando! Se o Grande Pajé afinal conseguir seu intento, e plantar à força a semente da língua Tupi dentro da minha cabeça, através desta carta o povo brasileiro saberá que lutei até o fim! Tudo começou naquela tarde de sábado, quando fui lavar meu carro e o rapaz me cobrou “dez real”. Depois deixei o carro numa vaga, e me custou “dois real”. O camelô me ofereceu “três cueca”, minha empregada �nha pedido “quatro quilo de batata”, o feirante me ofereceu “seis limão”, outro gritou “os peixe tão fresco!”; depois, meu porteiro se pron�ficou a levar “as sacola” até o elevador e deu o recado de que “meus filho” ainda não �nham chegado “das compra”. Desesperado, me dei conta de que os plurais estavam sumindo! [...] Não chego a ser um tupinólogo, mas naquele sábado subitamente lembrei-me de que uma das caracterís�cas da língua tupi é a ausência de plural! Uma estranha intuição me fez iniciar uma pesquisa na internet, e eis que logo me deparo com uma declaração do conceituado crí�co literário Alfredo Bosi: “O tupi vive subterraneamente na fala de nosso povo... É nosso inconsciente selvagem e primi�vo”. Levei as mão... mãos à cabeça! Eu havia encontrado a resposta! O tupi estava voltando! A língua tupi, depois de mais de dois séculos ex�rpada de nosso convívio, brotava agora das profundezas do inconsciente cole�vo e começava a se manifestar na fala do povo! E o primeiro sinal era a abolição do plural! [...] h�p://paginasclandes�nas.blogspot.com.br/2011/03/licoes- de-grama�ca-para-quem-gosta-de.html. Assinale a única alterna�va cujas palavras são acentuadas pela mesma razão da palavra gramá�ca. a) pajé – está – português – morrerá – saberá. b) tupinólogo – sábado – caracterís�cas – crí�co – séculos. c) gírias – pátrio – trégua – ausência – literário. d) só – há – é – trás – três. e) camelô – através – até – já – saúde. GR0756 - (Ifmt) Quanto ao uso do hífen, julgue as alterna�vas abaixo e assinale a CORRETA. a) Pré-história; autossuficiente; mato-grossense. b) Auto-suficiente; an�-higiênico; extraoficial. c) Extra-oficial; arqui-inimigo; semicírculo. d) Extraoficial; arquinimigo; semi-círculo. e) Minissaia; ultra-sonografia; an�-sép�co. GR0874 - (Ifsul) O acesso à Educação é o ponto de par�da Mozart Neves A Educação tem resultados profundos e abrangentes no desenvolvimento de uma sociedade: contribui para o crescimento econômico do país, para a promoção da igualdade e bem-estar social, e também tem impactos decisivos na vida de cada um. Um deles, por exemplo, é na própria renda dotrabalhador. Uma análise feita ____ alguns anos pelo economista Marcelo Neri mostrou que, a cada ano a mais de estudo, o brasileiro ganha 15% a mais de salário. Além disso, o estudo também mostrou que quem completou o Ensino Fundamental tem 35% a mais de chances de ocupação que um analfabeto. Esse número sobe para 122% na comparação com alguém que tenha o Ensino Médio e 387% com Ensino Superior. Diante disso, o direito do acesso à Educação é o ponto de par�da na formação de uma pessoa e, consequentemente, no desenvolvimento e prosperidade de uma nação. Não obstante os avanços alcançados pelo Brasil nas duas úl�mas décadas, ainda há importantes desafios a superarmos no que tange esse direito. Se por um lado conseguimos universalizar o atendimento escolar no Ensino Fundamental, temos ainda, por outro lado, 2,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola. Isso corresponde ____ um país do tamanho do Uruguai. O desafio, em termos de acesso, é a universalização da Pré-Escola (crianças de 4 e 5 anos) e do Ensino Médio (jovens de 15 a 17 anos). Há outro desafio em jogo: o de como mo�var 5,3 milhões de jovens de 18 a 25 anos que nem estudam e nem trabalham, a chamada "geração nem-nem”, para trazê-los de volta ____ escola e, posteriormente, incluí- los no mundo do trabalho. Isso é essencial para um país que passa por um bônus demográfico que se completará, segundo os especialistas, em 2025. O país, para seu crescimento econômico e sua sustentabilidade, não poderá abrir mão de nenhum de seus jovens. No Ensino Superior, o desafio não é menor. O Brasil tem apenas 17% de jovens de 18 a 24 anos matriculados nesse nível de ensino. Em conformidade com o Plano Nacional de Educação (PNE), o país precisará dobrar esse percentual nos próximos dez anos, ou seja, chegar ____ 33%. Para se ter uma ideia da complexidade dessa meta, esse era o percentual previsto no PNE que se concluiu em 2010. Isso exige – sem que haja perda de qualidade com essa expansão – que a educação básica melhore significa�vamente, tanto em acesso como em qualidade, 32@professorferretto @prof_ferretto tomando como referência os atuais índices de aprendizagem escolar. O acesso à Educação é, portanto, ainda um desafio e, caso seja efe�vado com qualidade, poderá contribuir decisivamente para que o país reduza o enorme hiato que separa o seu desenvolvimento econômico, medido pelo seu Produto Interno Bruto – PIB (o Brasil é o 7º PIB mundial) e o seu desenvolvimento social, medido pelo seu Índice de Desenvolvimento Humano – IDH (o Brasil ocupa a 75ª posição no ranking mundial). Somente quando o país alinhar esses índices nas melhores posições do ranking mundial, teremos de fato um Brasil com menos desigualdade e menos pobreza. Para que isso aconteça, não se conhece nada melhor do que a Educação. Disponível em: . Acesso em: 20 março 2017) Para atender à norma culta, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respec�vamente, com a) a – há – à – a. b) há – a – à – há. c) à – há – a – à. d) há – a – à – a. GR0876 - (Unifacig) A saúde em pedaços: os determinantes sociais da saúde (DSS) A redução da saúde à sua dimensão biológica se cons�tui em um dos maiores dilemas da área. Isso porque essa visão estreita fundamenta prá�cas de pouco alcance quando se trata de saúde cole�va, porquanto prioriza a assistência individual e cura�va, cons�tuindo- se em uma espiral em torno das doenças e que, exatamente por isso, ajuda a reproduzi-las. Porém, essa concepção, embora hegemônica, não existe sem ser tensionada. A Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda na primeira metade do século XX, tentou destacar que saúde não é só a ausência de doença. Todavia, pouco explica o porquê disso, uma vez que, como diria Ana Lúcia Magela de Rezende, na sua “Dialé�ca da Saúde”, cai na tautologia de definir a saúde como sendo o completo bem-estar �sico, psíquico e social. Ora, dizer que saúde é bem-estar é o mesmo que dizer que seis é meia dúzia. O que é o bem-estar? Na formulação da OMS essa questão permanece vaga. O uso do termo completo junto a bem-estar torna o conceito ainda mais problemá�co, tendo em vista seu caráter absolu�sta e, logo, inalcançável nestes termos. Foi o campo da Saúde do Trabalhador e, posteriormente, com maior precisão, a Saúde Cole�va (com origens na Medicina Social La�no-Americana) que superaram as dicotomias entre saúde e doença, social e biológico, e individual e cole�vo ao formularem a concepção de saúde enquanto processo. Considerando tal processualidade, nem estamos absolutamente doentes nem absolutamente sãos, mas em con�nuo movimento entre essas condições. Saúde e doença são dois momentos de um mesmo processo, coexistem, uma explicando a existência da outra. O predomínio de uma ou de outra depende do recorte e/ou ângulo de análise em cada momento e contexto. Essa forma de entender a saúde rompe com o pragma�smo biologicista, mas sem negar que a dimensão biológica é parte relevante do processo saúde- doença. Possui o mérito (com autores como Berlinguer, Donnangelo, Laurell, Arouca, Tambellini, Breilh, Nogueira, entre outros) de demonstrar que, embora a saúde se manifeste individual e biologicamente, ela é fruto de um processo de determinação social. Processo esse que é histórico e dinâmico, uno mas heterogêneo. Na verdade, só pode ser processo por causa dessas caracterís�cas. Ele nem pode ser considerado esta�camente ou como algo imutável ou imune às transformações sociais, nem pode ser considerado como um conjunto de fragmentos ou fatores quase que autônomos uns dos outros ou, muito menos, como uma massa homogênea e amorfa. (Diego de Oliveira Souza. Doutor em Serviço Social/UERJ. Professor do PPGSSUFAL/Maceió e da graduação em Enfermagem/UFAL/Arapiraca. Disponível em: h�ps://docs.wixsta�c.com/ugd/15557d_eae93514d26e4 aecb5e50ab81243343f.pdf. Acesso em agosto de 2019. Adaptado.) “Todavia, pouco explica o porquê disso, [...]” (2º§) Sabendo-se que as palavras recebem diferentes classificações de acordo com a classe em se inserem, analise as afirma�vas a seguir. I. O termo “porquê” classifica-se como substan�vo no contexto em análise. II. O determinante que antecede o “porquê” é elemento responsável por torná-lo um substan�vo. III. Caso o termo “disso” fosse omi�do e o “porquê” es�vesse no final da frase, não poderia ser classificado como substan�vo, mas sim como uma conjunção. Está(ão) correta(s) a(s) afirma�va(s) a) I, II e III. b) III, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. GR0878 - (Fag) 33@professorferretto @prof_ferretto Redes de apoio e jovens equilibrados Dois ar�gos cien�ficos divulgados recentemente revelam como questões comportamentais afetam a saúde mental dos jovens. No primeiro deles, a religião aparece como uma proteção contra o suicídio. A pesquisa é importante ___________ o atentado contra a própria vida é uma das principais causas de morte entre jovens. Nos Estados Unidos, fica atrás apenas de acidentes e violência, na população de 15 a 24 anos. As garotas são as ví�mas mais frequentes. A pesquisa, publicada na revista médica European Psychiatry, foi feita na Universidade de Tel Aviv, em Israel. Ela sugere que adolescentes judeus pra�cantes, entre 13 e 17 anos, �veram um risco 45% menor de ter pensamentos suicidas e tenta�vas de suicídio do que jovens que não seguem a religião. Outras pesquisas também sugerem que, entre jovens cristãos que seguem a religião, as taxas de depressão são menores. A crença religiosa se mostra como um elemento importante no equilíbrio emocional, ___________ oferece uma rede de apoio. Os amigos e conhecidos que par�lham dela funcionam como uma fonte de apoio para os jovens. O segundo ar�go, revela que a orientação sexual é um fator que afeta a saúde mental dos jovens. A pesquisa, realizada pela Escola de Medicina da Northwestern University, nos EUA, revelou uma alta taxa de transtornos emocionais entre garotos com orientação homo ou bissexual, entre 16 e 20 anos. Um em cada três já experimentaraum episódio de depressão. Um em cada quatro �nha transtornos de conduta, e um em cada cinco abusava de álcool ou era dependente. Estresse pós- traumá�co, vício em nico�na, anorexia e pensamentos suicidas também apareceram com maior frequência. Uma conclusão ___________ do estudo mostra que, muitas vezes, o mesmo jovem apresenta mais de um desses problemas e, infelizmente, não costuma receber apoio médico ou psicológico. As minorias sexuais, que enfrentam preconceito, fazem parte de uma população mais susce�vel às dificuldades emocionais e à exposição a riscos. Daí a importância de adotar posturas incisivas contra a intolerância e o bullying no ambiente escolar. Campanhas de saúde e polí�cas públicas para esse grupo de adolescentes são fundamentais. Os garotos homo ou bissexuais enfrentam maior risco de contaminação pelo vírus HIV. Os trabalhos divulgados analisam a influência de fatores diferentes sobre a saúde emocional dos jovens, mas a conclusão de ambos é semelhante: contar com uma rede de apoio – seja ins�tucional ou de amigos e conhecidos – é imprescindível para que os jovens consigam lidar de maneira equilibrada com os desafios da adolescência e do início da vida adulta. Fonte: Jairo Bouer: h�p://epoca.globo.com/colunas-e- blogs/jairo-bouer/no�cia Considerando a correta grafia dos vocábulos, assinale a alterna�va que preenche, correta e respec�vamente, as lacunas pon�lhadas no texto 1. a) por que – porquê – preucupante b) porque – porque – preocupante c) porque – porquê – preocupante d) porque – porque – preucupante e) por quê – porque – preocupante GR0879 - (Ifsul) Observe: “______ dois meses não se ouve falar dela e não sabemos _______ ela desapareceu”. Em qual das alterna�vas a seguir as palavras completam corretamente as lacunas, na ordem em que aparecem? a) Há – por que b) Há – porque c) A – por que d) A – porque e) Há – porquê GR0882 - (I�o) Marque a alterna�va cuja sequência preenche adequadamente as lacunas do trecho a seguir. Trata-se das formas corretas do verbo “haver”, do uso dos “porquês”, da crase e da preposição “a”. ______ que se ter paciência com ele. Não ______ nada que se possa fazer ______ respeito. Saber o ______, ______ vezes é até pior. ______ você não tomou providências e se reportou ______ secretária? a) A, há, a, por quê, as, porque, a b) Há, há, à, porquê, as, por quê, a c) Há, a, a, porquê, às, por que, à d) Há, há, a, porquê, às, por que, à e) A, há, a, porque, as, porque, a GR0884 - (Ufrr) “Após encontrar um abrigo seguro sob uma copa de maçaranduba caída, ainda ofegante, e com dores fortes em sua pata esquerda e coxa direita, começou a averiguar o que aquele estrondo havia lhe causado. A pata estava completamente dilacerada, com sangramento. As duas garras da região esquerda �nham sido arrancadas. Observou a mu�lação. Em sua memória automá�ca, associava o ferimento ao barulho alto e aterrorizante. Pelo ins�nto, a onça vislumbrou que, geralmente antes e durante as chuvas torrenciais, estrondos ecoavam pela floresta. Não eram parecidos com os dois que 34@professorferretto @prof_ferretto acabara de ouvir, mas às vezes, quando acontecia, isso a assustava como se a floresta es�vesse sendo engolida por um animal maior e mais forte. Olhou novamente para a pata, e diante de sua imponência, iniciou uma tenta�va de escoamento do sangramento com sua língua, o que logo pressen�u ser inú�l. Ao passar do tempo, a coxa direita latejava cada vez mais. Tentou levantar da toca provisória com o intuito de chegar até sua caverna próxima à cachoeira. Constatou ser impossível conseguir se apoiar sem firmar o corpo com as regiões a�ngidas. O sangramento da pata diminuiu de intensidade. Iniciou sua peregrinação arrastando-se pela floresta. Sen�u a pele de seu peito sendo esfolada pelas folhas, galhos e ouriços de castanha da Amazônia. Um rastro de sangue era visível ao longo da tenta�va exaus�va de chegar à sua toca. Ao se deparar com um igarapé, vacilou várias vezes até entrar n‘água. Mas não �nha alterna�va. Na situação em que se encontrava, não teria como se equilibrar nos troncos das árvores caídas que serviam de ponte e eram facilmente transpassados. Entrando no igarapé, a onça sen�u um alívio em sua pata flagelada. De súbito, deitou-se na água e aliviou a coxa a�ngida pelo impacto desconhecido. Aproveitou e tomou longos goles do líquido. O ferimento na coxa não sangrava mais como antes, porém, a pata dianteira manchava o igarapé atraindo pequenos peixes que mordiscavam seu pelo e a carne dilacerada do ferimento. No movimento de afastar os peixes, enterrou a pata na lama do fundo do igarapé e o sangue parou de manchar a água. Logo a onça afundou mais a pata, e aos poucos a dor foi diminuindo.” DANTAS, Ricardo. Meia Pata. São Paulo: Kazuá, 2013. p. 20-21 Assinale a alterna�va em que “porque", “por que", “porquê" e “por quê" estão todos empregados CORRETAMENTE. a) ─ Por que a onça enterrou a pata na lama do fundo do igarapé? ─ Ela fez isso por que os peixes a estavam mordendo. Mas quer saber o por que de ela enterrar a pata por que? b) ─ Por que a onça enterrou a pata na lama do fundo do igarapé? ─ Ela fez isso porque os peixes a estavam mordendo. Mas quer saber o porquê de ela enterrar a pata por quê? c) ─ Porque a onça enterrou a pata na lama do fundo do igarapé? ─ Ela fez isso por que os peixes a estavam mordendo. Mas quer saber o por quê de ela enterrar a pata porquê? d) ─ Por quê a onça enterrou a pata na lama do fundo do igarapé? ─ Ela fez isso porquê os peixes a estavam mordendo. Mas quer saber o porque de ela enterrar a pata por quê? e) ─ Porquê a onça enterrou a pata na lama do fundo do igarapé? ─ Ela fez isso por que os peixes a estavam mordendo. Mas quer saber o por quê de ela enterrar a pata porquê? GR0894 - (Mul�vix) Em relação ao uso do por que, assinale a alterna�va incorreta: a) É este o mo�vo por quê não vim. b) Por que não foram ao cinema hoje? c) Só os pais sabem das dificuldades por que passaram. d) Explique por que você não chegou para a festa. e) Você sabe por que eu disse aquelas coisas. GR0895 - (Acafe) Assinale a frase na qual os termos destacados em negrito estão corretos. a) Perguntaram várias vezes por que resolvi cobrar na jus�ça o emprés�mo que fiz à vizinha. b) Por absoluta falta de coerência e bom censo, o vereador acabou tendo seu mandato caçado. c) Meu médico concluiu que não sou nenhum super homem e, por isso, receitou-me an�inflamatórios e também um an�-sép�co bucal. d) Nada havia a fazer se não conformar-se haja visto que o material usado na sua construção da estrada é de péssima qualidade. GR0896 - (Urca) ESPINHOS E FLORES Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa cousa em matéria de edificação de cidade. A topografia do local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para 35@professorferretto @prof_ferretto tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções. Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiam como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto com um ódio tenaz e sagrado. Às vezes se sucedem na mesma direção com uma frequência irritante, outras se afastam, e deixam de permeio um longo intervalo coeso e fechado de casas. Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras numa angús�a de espaço desoladora, logo adiante um vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspec�va. Marcham assim ao acaso as edificações e conseguintemente o arruamento. Há casas de todos os gostos e construídas de todas as formas. Vai-se por uma rua a ver um correr de chalets, de porta e janela, parede de frontal, humildes e acanhados, de repente se nos depara uma casa burguesa, dessas de compoteiras na cimalha rendilhada, a se erguer sobre um porão alto com mezaninos gradeados. Passada essa surpresa, olha-se acolá e dá-se com uma choupana de pau-a-pique, cobertade zinco ou mesmo palha, em torno da qual formiga uma população; adiante, é uma velha casa de roça, com varanda e colunas de es�lo pouco classificável, que parece vexada a querer ocultar-se, diante daquela onda de edi�cios disparatados e novos. Não há nos nossos subúrbios cousa alguma que nos lembre os famosos das grandes cidades européias, com as suas vilas de ar repousado e sa�sfeito, as suas estradas e ruas macadamizadas e cuidadas, nem mesmo se encontram aqueles jardins, cuidadinhos, aparadinhos, penteados, porque os nossos, se os há, são em geral pobres, feios e desleixados. Os cuidados municipais também são variáveis e caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios em certas partes e outras não; algumas vias de comunicação são calçadas e outras da mesma importância estão ainda em estado de natureza. Encontra-se aqui um pon�lhão bem cuidado sobre um rio seco e passos além temos que atravessar um ribeirão sobre uma pinguela de trilhos mal juntos. Há pelas ruas damas elegantes, com sedas e brocados, evitando a custo que a lama ou o pó lhes empane o brilho do ves�do; há operário de tamancos; há peralvilhos à úl�ma moda; há mulheres de chita; e assim pela tarde, quando essa gente volta do trabalho ou do passeio, a mescla se faz numa mesma rua, num quarteirão, e quase sempre o mais bem posto não é que entra na melhor casa. Além disto, os subúrbios têm mais aspectos interessantes, sem falar no namoro epidêmico e no espiri�smo endêmico; as casas de cômodos (quem as suporia lá!) cons�tuem um deles bem inédito. Casas que mal dariam para uma pequena família, são divididas, subdivididas, e os minúsculos aposentos assim ob�dos, alugados à população miserável da cidade. Aí, nesses caixo�ns humanos, é que se encontra a fauna menos observada da nossa vida, sobre a qual a miséria paira com um rigor londrino. Não se podem imaginar profissões mais tristes e mais inopinadas da gente que habita tais caixinhas. Além dos serventes de repar�ções, con�nuos de escritórios, podemos deparar velhas fabricantes de rendas de bilros, compradores de garrafas vazias, castradores de gatos, cães e galos, mandingueiros, catadores de ervas medicinais, enfim, uma variedade de profissões miseráveis que as nossas pequena e grande burguesias não podem adivinhar. Às vezes, num cubículo desses se amontoa uma família, e há ocasiões em que os seus chefes vão a pé para a cidade por falta do níquel do trem. Ricardo Coração dos Outros morava em uma pobre casa de cômodos de um dos subúrbios. Não era das sórdidas, mas era uma casa de cômodos dos subúrbios. Desde anos que ele a habitava e gostava da casa que ficava trepada sobre uma colina, olhando da janela do seu quarto para uma ampla extensão edificada que ia da Piedade a Todos os Santos. Vistos assim do alto, os subúrbios têm a sua graça. As casas pequeninas, pintadas de azul, de branco, de oca, engastadas nas comas verde-negras das mangueiras, tendo de permeio, aqui e ali, um coqueiro ou uma palmeira, alta e soberba, fazem a vista boa e a falta de percepção do desenho das ruas põe no programa um sabor de confusão democrá�ca, de solidariedade perfeita entre as gentes que as habitavam; e o trem minúsculo, rápido, atravessa tudo aquilo, dobrando à esquerda, inclinando-se para a direita, muito flexível nas suas grandes vértebras de carros, como uma cobra entre pedrouços. Era daquela janela que Ricardo espraiava as suas alegrias, as suas sa�sfações, os seus triunfos e também os seus sofrimentos e mágoas. Ainda agora estava ele lá, debruçado no peitoril, com a mão em concha no queixo, colhendo com a vista uma grande parte daquela bela, grande e original cidade, capital de um grande país, de que ele a modos que era e se sen�a ser, a alma, consubstanciado os seus tênues sonhos e desejos em versos discu�veis, mas que a plangência do violão, se não lhes dava sen�do, dava um quê de balbucio, de queixume dorido da pátria criança ainda, ainda na sua formação... Em que pensava ele? Não pensava só, sofria também. Aquele tal preto con�nuava na sua mania de querer fazer a modinha dizer alguma cousa, e �nha adeptos. Alguns já o citavam como rival dele, Ricardo; outros já afirmavam que o tal rapaz deixava longe o Coração dos Outros, e alguns mais – ingratos! – já esqueciam os trabalhos, o tenaz trabalhar de Ricardo Coração dos Outros em prol do levantamento da modinha e do violão, e nem nomeavam o abnegado obreiro. (Triste Fim de Policarpo Quaresma, pp.160-165) Dadas as proposições abaixo, marque a opção que preenche corretamente as lacunas: 36@professorferretto @prof_ferretto – Major Quaresma saiu _____ alguns minutos. – O mapa indica que o subúrbio fica _____ meia hora daqui. – Daqui _____ um ano iremos viajar. – Não vejo Ricardo Coração dos Outros ____ dias. a) a; há; há; a b) há; a; a; há c) a; há; a; há d) há; há; a; a e) a; a; há; há. GR0902 - (Cecierj) Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi menos a pneumonia, do que uma ideia grandiosa e ú�l, a causa da minha morte, é possível que o leitor me não creia, e todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente o caso. Julgue-o por si mesmo. (...) Com efeito, um dia de manhã, estando a passear na chácara, pendurou-se-me uma ideia no trapézio que eu �nha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a bracejar, a pemear, a fazer as mais arrojadas cabriolas de vola�m, que é possível crer. Eu deixei-me estar a contemplá-la. Súbito, deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te. Essa ideia era nada menos que a invenção de um medicamento sublime, um emplasto an�-hipocondríaco, des�nado a aliviar a nossa melancólica humanidade. Na pe�ção de privilégio que então redigi, chamei a atenção do governo para esse resultado, verdadeiramente cristão. Todavia, não neguei aos amigos as vantagens pecuniárias que deviam resultar da distribuição de um produto de tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém, que estou cá do outro lado da vida, posso confessar tudo: o que me influiu principalmente foi o gosto de ver impressas nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas, e enfim nas caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás Cubas. Para que negá-lo? Eu �nha a paixão do arruído, do cartaz, do foguete de lágrimas. Talvez os modestos me arguam esse defeito; fio, porém, que esse talento me hão de reconhecer os hábeis. Assim, a minha ideia trazia duas faces, como as medalhas, uma virada para o público, outra para mim. De um lado, filantropia e lucro; de outro lado, sede de nomeada. Digamos: — amor da glória. Um �o meu, cônego de prebenda inteira, costumava dizer que o amor da glória temporal era a perdição das almas, que só devem cobiçar a glória eterna. Ao que retorquia outro �o, oficial de um dos an�gos terços de infantaria, que o amor da glória era a coisa mais verdadeiramente humana que há no homem, e, conseguintemente, a sua mais genuína feição. Decida o leitor entre o militar e o cônego; eu volto ao emplasto. ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 9.ed. São Paulo: Á�ca, 1982. (9.11, 14 6 15). A grafia do conector sublinhado em “Um ensaio de Benjamin Moser (...) perguntava por que Machado ainda era tão pouco lido nos EUA” (linhas 18-21), com os itens “por” e “que” separados e sem acento, jus�fica-se por a) iniciar uma pergunta indireta. b) introduzir uma afirmação. c) representar um nome. d) cons�tuir uma exclamação. GR0938 - (Uemg) Ao comparar a linguagem u�lizada nessa publicidade com a linguagem contemporânea, nota-se que houve variação e mudança no português escrito. Considerando que esse anúncio é de 1929, infere-se que as mudanças ocorridas em algumas palavras desse texto foram causadas por 37@professorferretto @prof_ferretto a) conflitos sociais. b) convenções ortográficas. c) diferenças regionais. d) questões econômicas. 38@professorferretto @prof_ferrettoao modelo de crescimento defendido por sucessivos governos brasileiros, independentemente de par�dos ou de ideologias. O ganho no curto prazo se limitaria, se tanto, a um aspecto de marke�ng, e seria muito pequeno quando comparado com o custo real, representado pela perda de la�tude de escolha de nossas polí�cas (industrial, ambiental, de saúde, etc.). Finalmente – e esse é o aspecto mais recente da ofensiva pós-neoliberal – há quem já fale em ressuscitar a Área de Livre Comércio das Américas, cujas negociações chegaram a um impasse entre 2003 e 2004, quando ficou claro que os EUA não abandonariam suas exigências em patentes farmacêu�cas (inclusive no que tange ao método para a solução de controvérsias) e pouco ou nada nos ofereceriam em agricultura. A Alca, tal como proposta, previa não apenas uma ampla abertura comercial em matéria de bens e serviços, de efeitos danosos para nosso parque industrial, mas também regras muito mais estritas e desfavoráveis aos nossos interesses do que as que haviam sido negociadas mul�lateralmente (isto é, no sistema GATT/OMC), inclusive por governos que antecederam ao do Presidente Lula. Tudo isso, sob a hegemonia da maior potência econômica do con�nente americano (e, por enquanto pelo menos, do mundo). Medidas desse �po não cons�tuem ajustes passageiros. São mudanças estruturais, que, caso adotadas, alterariam profundamente o caminho de desenvolvimento que, com maior ou menor ênfase, sucessivos governos escolheram trilhar. Os que propugnam por esse redirecionamento de nossa inserção no mundo parecem ignorar que mudanças desse porte, sem um mandato popular expresso nas urnas, seriam não só prejudiciais economicamente, mas cons�tuiriam uma violência contra a democracia. Evidentemente nosso governo não se deixará levar por pressões midiá�cas, mas até alguns ardorosos defensores de um Brasil independente e soberano podem não ser de todo infensos a influências de intelectuais que granjearam alguma respeitabilidade pela obra passada. Daí a necessidade do alerta: “intelectuais progressistas, preparai-vos para o debate”. Ele vai ser duro e não se dará somente nos salões acadêmicos ou nos corredores palacianos. Terá que ir às ruas, às praças e às portas de fábrica. (Texto de Celso Amorim, Carta Maior - 14 de abril de 2015) Indique a opção em que todos as palavras estão conforme a norma culta: a) sobreumano, vicerrei, subumano e anteprojeto. b) mandachuva, semirreta, vicerrei e vice-almirante. c) vice-rei, micro-ondas, micro-ônibus e hiperacidez. d) subclavicular, sub-delegado, sub-emenda e vicerrei. e) infrassom, infraepá�co, semirreta e vicerrei. GR0018 - (Ufrr) Em: “A autossuficiência do País permite a exportação de doses para 70 países, grande parte na África”, segundo regras e convenções ortográficas vigentes, a não hifenização da palavra destacada jus�fica-se pelo mesmo processo ocorrido em: a) subatômico b) preencher c) malnascido d) semiárido e) contrarreforma GR0020 - (U�f) Polí�ca e Poli�calha Rui Barbosa A polí�ca afina o espírito humano, educa os povos no conhecimento de si mesmos, desenvolve nos indivíduos a a�vidade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia; cria, apura, eleva o merecimento. Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a que entre nós se deu a alcunha de poli�cagem. Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto significado. Não há dúvida que rima bem com criadagem e parolagem, afilhadagem e ladroagem. Mas não tem o mesmo vigor de expressão que os seus consoantes. Quem lhe dará o ba�smo adequado? Poli�quice? Poli�quismo? Poli�caria? Poli�calha? Neste úl�mo, sim, o sufixo pejora�vo queima como um ferrete, e desperta ao ouvido uma consonância elucida�va. Polí�ca e poli�calha não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se 3@professorferretto @prof_ferretto excluem, se repulsam mutuamente. A polí�ca é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradições respeitáveis. A poli�calha é a indústria de explorar o bene�cio de interesses pessoais. Cons�tui a polí�ca uma função, ou o conjunto das funções do organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si mesma. A poli�calha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas inexoráveis. A polí�ca é a higiene dos países moralmente sadios. A poli�calha, a malária dos povos de moralidade estragada. In: ROSSIGNOLI, Walter. Português: teoria e prá�ca. São Paulo, Ed. Á�ca. 2004. p.19. Tendo em vista a ortografia oficial de Língua Portuguesa, assinale a alterna�va em que o emprego do hífen está INCORRETO: a) Guarda-roupa. b) Para-quedas. c) Mico-leão-dourado. d) Super-homem. e) Cor-de-rosa. GR0028 - (Ufes) Preencha as lacunas das frases abaixo com as expressões indicadas nos parênteses: I. A obra de Harold Bloom, _____________ cânone literário, é um trabalho dirigido ao público norte- americano. (a cerca de, há cerca de, acerca de). II. Essa medida desagradou aos funcionários, por que veio _____________ suas aspirações. (ao encontro de, de encontro a). III. Ela saiu _____ dez minutos, mas volta daqui ____ pouco. (a, há). IV. O trânsito nas estradas tem estado caó�co, ____________ o trágico acidente de ontem. (haja visto, haja vista). A alterna�va que preenche CORRETAMENTE as lacunas das frases acima é a) a cerca de - de encontro a - a/há - haja vista. b) há cerca de - ao encontro de - há/há - haja visto. c) acerca de - de encontro a - há/a - haja vista. d) acerca de - ao encontro de - a/a - haja visto. e) há cerca de - de encontro a - há/a - haja vista. GR0377 - (Unicamp) Há dois �pos de palavras: as proparoxítonas e o resto. As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico. As palavras mais pernós�cas são sempre proparoxítonas. Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despó�cas, ainda exigem acento na sílaba tônica! Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. Uma coisa é estar na ponta – outra, no vér�ce. Ser artesão não é nada, perto de ser ar�fice. Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pon�fice. (Adaptado de Eduardo Affonso, “Há dois �pos de palavras: as proparoxítonas e o resto”. Disponível em www.facebook.com/eduardo22affonso/.) Pernós�cas = arrogantes Despó�cas = �ranas, opressoras Segundo o texto, as proparoxítonas são palavras que a) garantem sua pronúncia graças à exigência de uma sílaba tônica. b) conferem nobreza ao léxico da língua graças à facilidade de sua pronúncia. c) revelam mais pres�gio em função de seu pouco uso e de sua dupla acentuação. d) exibem sempre sua prepotência, além de imporem a obrigatoriedade da acentuação. GR0530 - (Ifpe) Segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a palavra “autoes�ma”, que foi empregada no primeiro quadrinho do texto, é grafada sem hífen. Isso acontece com muitos outros vocábulos. Considerando as regras para o uso do hífen em palavras com prefixos, assinale a alterna�va que possui uma palavra grafada CORRETAMENTE, conforme o referido acordo. a) Micro-ondas. b) Contra-indicação. c) Infra-estrutura. d) Auto-escola. e) Mini-saia. 4@professorferretto @prof_ferretto GR0027 - (Ufpr) O vírus da Zika Zika, na língua luganda falada por 3 milhões de ugandenses, geralmente traduz-se como matagal. É um nome apropriado para a floresta nos arredores da cidade de Entebbe, que mais parece um bosque ralo e tem apenas um décimo (150 mil m²) da área do parque paulistano do Ibirapuera. Como local de ba�smo cien�fico do vírus que sucedeu o ebola como o mais temido do mundo, a floresta Zika parece insignificante. Bem mais adequada soa uma segunda interpretação para o termo zika dada pelo entomologista (especialista em insetos) Louis Mukwaya, 76, do Ins�tuto Ugandense de Pesquisa sobre Vírus (UVRI, na sigla em inglês): lugar onde muitas pessoas morreram. A não ser essa explicação sobre seu nome, nada háde assustador na floresta Zika. Percorrem-se 11 km de ruas de terra e algum asfalto para chegar ali desde o UVRI, na área urbana de Entebbe. O ins�tuto foi fundado por ingleses em 1936 para estudar febre amarela, quando Uganda ainda fazia parte do Império Britânico. Não há cerca nem portão, só duas cabanas de concreto e um casebre de madeira com telhas de zinco ocupados por dois vigias. Do lado da entrada da floresta, ouve-se apenas a algazarra de crianças jogando futebol e o ruído ocasional de motosserra. Do lado de lá, impera o silêncio do pântano que margeia o lago Vitória. Cinco minutos de caminhada levam à torre de aço, com cerca de 35 m de altura, erguida pelos ingleses em 1962, mesmo ano da independência de Uganda. Dela, projetam-se plataformas para jaulas que, no passado, eram ocupadas por macacos, presos à espera de picadas das mais de 40 espécies de “nsiri” (mosquitos) presentes na floresta Zika. Antes da década de 60, as plataformas eram de madeira. Numa delas viveu o macaco reso (o de pelagem castanhoavermelhada) número 766. Em abril de 1947, o animal teve febre de 39,7 ºC. Seguindo um procedimento padrão, amostras do sangue dele foram injetadas no crânio de camundongos, que também adoeceram. Nos cérebros dos roedores, pesquisadores descobriram par�culas de um “agente transmissível” novo para a ciência. No ano seguinte, em janeiro, o mesmo agente foi encontrado em mosquitos da espécie Aedes africanus, primo do Aedes aegyp�, que tanto inferniza brasileiros. A publicação da descoberta do novo vírus ocorreu em 1952, pelo escocês George Dick, do Ins�tuto Nacional de Pesquisa Médica de Londres, e pelos americanos Stuart Kitchen e Alexander Haddow, da Fundação Rockefeller. Ba�zaram-no como zika, em razão da origem do caso. […] (Folha de São Paulo, 7 dez. 2016) Considere o seguinte trecho: Devido ____ presença de mais de 40 espécies de mosquitos, ____ floresta Zika, em Uganda, foi o local em que se iden�ficou o vírus pela primeira vez, ____ mais de 60 anos. Assinale a alterna�va que preenche corretamente as lacunas. a) à – há – a. b) a – à – há. c) há – à – a. d) há – a – há. e) à – a – há. GR0017 - (Ufms) Considerando a ortografia, especificamente o uso (presença ou ausência) de hífen, a alterna�va correta é: a) sulmatogrossense; matéria prima; mão-de-obra; an�- inflamatório; cor de rosa; cana de açúcar. b) sul-matogrossense; matéria-prima; an�inflamatório; cor-de-rosa; mão de obra; copar�cipação. c) ultrassom; afro-brasileiro; porta-relógios; porta-sacos; infraestrutura; afrodescendente. d) ultrassom; afro-brasileiro; portarrelógios; portassacos; infraestrutura; afro-descendente. e) ultrassom; afrobrasileiro; portarrelógios; portassacos; infra-estrutura; afro-descendente. GR0011 - (Ufms) “Ele saía para o trabalho todas as manhãs, antes de o sol nascer, e só voltava após o pôr do sol. Mal via os três filhos e a esposa, mas julgava ser seu herói, pois não lhes faltava nada. Naquela noite, ao retornar, pôde sen�r, no entanto, possíveis efeitos de sua ausência constante. Dois dos meninos estavam sendo abordados por policiais, sob suspeita de tráfico de entorpecentes.” [Texto produzido pela Fapec-Ufms especificamente para esta prova] A alterna�va que traz a informação correta sobre a respec�va regra de acentuação da(s) palavra(s) e seus pré-requisitos é: 5@professorferretto @prof_ferretto a) Na palavra “saía”, o “i” recebe acento gráfico porque forma hiato com a vogal anterior, cons�tui sílaba e não está precedido de ditongo. Além disso, não é seguido de –nh. b) O “i” da palavra “saía” está indevidamente acentuado, pois, em palavras paroxítonas, o “i” que forma hiato não recebe acento gráfico. c) A palavra “herói” está indevidamente acentuada, pois não se acentua graficamente a vogal tônica dos ditongos abertos “ei” e “oi”. d) As palavras “pôr” e “pôde” também poderiam ser grafadas sem o acento, pois as regras de ortografia em vigor consideram faculta�vos os acentos diferenciais. e) As palavras “pôr” e “pôde” não deveriam estar acentuadas, pois as regras de ortografia em vigor não preveem uso de acentos diferenciais. GR0510 - (Enem PPL) Piqui��m Se eu fosse um passarim Destes bem avoadô Destes bem piqui��m Assim que nem beija-flor Avoava do gaim e assentava sem assombro Nas grimpinha do seu ombro Mode beijá seus beicinho E se ocê deixasse as veiz Com um fio do seu cabelim No prazo de quaiz um mês Eu fazia nosso nin Aí sei que dessa veiz Em poquim tempo dispoiz Nóis largava de ser dois Pra ser quatro, cinco ou seis CARNEIRO, H.; MORAIS, J. E. Disponível em: www.palcomp3.com.br. Acesso em: 3 jul. 2019. A estratégia linguís�ca predominante na configuração regional da linguagem representada na letra de canção é o(a) a) ausência da marca de concordância nominal. b) redução da sílaba final de determinadas palavras. c) emprego de vocabulário caracterís�co da fauna brasileira. d) uso da regra variável de concordância verbal. e) supressão do R na sílaba final dos vocábulos. GR0021 - (Fjpf) Observe o emprego do termo sublinhado na frase “Por que há médicos, advogados, professores e engenheiros despreparados, vamos batalhar pelo fechamento dos educandários por onde se formaram?”. Sabendo-se que o termo em negrito acima tem quatro formas dis�ntas de grafia, pode-se afirmar que há incorreção na frase: a) Não se sabe por que os jornalistas �nham baixa formação. b) Não se sabe o porquê de os jornalistas terem baixa formação. c) Os jornalistas �nham baixa formação por que? d) Os jornalistas �nham baixa formação porque não havia cursos especializados. e) Os cursos por que passavam os jornalistas eram de curta direção. GR0012 - (Ufpe) A música é uma forma de comunicação u�lizada como um canal, em que é possível transmi�r uma mensagem de forma su�l, eficiente e agradável, seja apenas para o prazer do ouvinte ou para influenciá-lo a tomar determinadas ações ou a�tudes esperadas pelo anunciante – além de poder ajudar na construção de uma marca e estreitar sua relação com o consumidor. Um ó�mo exemplo é o da Coca-Cola. Com tom alegre e inspirador em suas campanhas, a marca tenta passar uma mensagem que desperte a empa�a – não só a seus potenciais clientes, mas a todos que assistem a seu filme. É fácil perceber que a trilha sonora de um filme, se mudada, pode dar um sen�do totalmente diferente à cena. É assim no cinema e também na publicidade, por isso a escolha da música certa é tão importante para o trabalho publicitário. Disponível em: h�ps://plugcitarios.com/blog/2017/03/24/importancia- da-musica-napublicidade. Acesso em 15/09/2019. Adaptado Assim como na palavra “música”, deve receber acento gráfico a palavra a) súdito. b) rúbrica. c) púdico. d) gratuíto. e) maresía. GR0533 - (Insper) 6@professorferretto @prof_ferretto Na imagem acima, o cartunista brinca com a reforma ortográfica. Com relação ao emprego do hífen, todas as palavras estão de acordo com as novas regras, exceto a) mega-empresa. b) autorretrato. c) autoajuda. d) micro-ondas. e) an�-inflamatório. GR0263 - (Unesp) O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se. Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o úl�mo teve angina e a mulher enforcou-se. Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente. Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a u�lizar com receio, outros que ainda hoje não u�lizo, porque não sei para que servem. Aqui existe um salto decinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas. Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não procedi nem percorri. Tive aba�mentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que andei mal? A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram lucro. E como sempre �ve a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legí�mas as ações que me levaram a obtê-las. Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram-me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios desdobraram-se automa�camente. Automa�camente. Di�cil? Nada! Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte, metam o pau: as tolices que pra�carem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo. Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tenta�vas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas seguintes. Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salus�ano Padilha. Houve reclamações. – Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não gostar, paciência, vá à jus�ça. Como a jus�ça era cara, não foram à jus�ça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralí�co de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz. Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no foro, graças às chicanas de João Nogueira. Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois ar�gos, chamou- me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe polí�co local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis. (S. Bernardo, 1996.) O narrador emprega expressão própria da modalidade oral da linguagem em: 7@professorferretto @prof_ferretto a) “Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza.” (7º parágrafo) b) “Naturalmente deixei de dormir em rede.” (4º parágrafo) c) “A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e quais foram os maus.” (6º parágrafo) d) “E os negócios desdobraram-se automa�camente.” (7º parágrafo) e) “Julgo que não preciso descrevê-la.” (4º parágrafo) GR0014 - (Ufcg) O novo acordo ortográfico do português está em uso desde 2009, mas muitos brasileiros ainda estão escrevendo de acordo com a grafia an�ga. Qual das sequências de palavras abaixo está conforme o novo acordo? a) Pré-universitário; (ele) entretém; heroico; dia-a-dia; (ele) pára. b) Suprarrenal; ex-diretor; pôr (verbo); perdoo; papéis. c) Mal-humorado; (elas) descrêem; acriano (do Acre); fórum; imã. d) Além-mar; ciên�fico; faisca; (tu) deténs; espontânea. e) Sobrehumano; copo-d’água; �póia; Sauipe; amiúde. GR0022 - (Fuvest) Assinale a frase grama�calmente correta: a) Não sei por que discu�mos. b) Ele não veio por que estava doente. c) Mas porque não veio ontem? d) Não respondi porquê não sabia. e) Eis o porque da minha viagem. GR0002 - (Ufrgs) Darwin passou quatro meses no Brasil, em 1832, durante a sua 2célebre viagem a bordo do Beagle. Voltou impressionado com o que viu: "5Delícia é um termo 17insuficiente para 19exprimir as emoções sen�das por 28um naturalista a 8sós com a natureza em uma floresta brasileira", escreveu. O Brasil, 11porém, aparece de forma menos 21idílica em 27seus escritos: "Espero nunca mais voltar a um 12país escravagista. O estado da enorme população escrava deve preocupar todos os que chegam ao Brasil. Os senhores de escravos querem ver o negro como outra espécie, mas temos todos a mesma origem." Em vez do gorjeio do 6sabiá, o que Darwin guardou nos ouvidos foi 30um som 3terrível que 29o acompanhou por toda a vida: "13Até hoje, se eu ouço um grito, 39lembro-me, com 22dolorosa e clara memória, 43de quando passei numa casa em Pernambuco e ouvi urros 14terríveis. Logo entendi que era algum pobre escravo que estava sendo torturado," Segundo o 4biólogo Adrian Desmond, “a viagem do Beagle, para Darwin, foi 40menos 41importante pelos 15espécimes coletados do que pela 16experiência de 25testemunhar os horrores da 23escravidão no Brasil. 47De certa forma, ele escolheu focar na 20descendência comum do homem justamente para mostrar que 32todas as raças eram iguais e, 31desse modo, enfim, 44objetar 36àqueles que 18insis�am em dizer que os negros pertenciam a uma espécie diferente e inferior à dos brancos". 1Desmond acaba de lançar um estudo que mostra a paixão abolicionista 35do cien�sta, 26revelada por 33seus 7diários e cartas 42pessoais. “A extensão de 34seu interesse no combate à ciência de cunho racista 9é surpreendente, e pudemos detectar um ímpeto moral por 10trás de seu trabalho sobre a evolução humana - urna crença na ‘irmandade racial’ que 38�nha 37origem em 45seu ódio 46ao 24escravismo e que o levou a pensar numa descendência comum." Adaptado de: HAAG, C. O elo perdido tropical. Pesquisa FAPESP, n. 159, p. 80 - 85, maio 2009. Assinale a alterna�va em que as três palavras são acentuadas graficamente pela mesma razão. a) célebre (ref. 2) - terrível (ref. 3) - biólogo (ref. 4) b) Delícia (ref. 5) - sabiá (ref. 6) - diários (ref. 7) c) sós (ref. 8) - é (ref. 9) - trás (ref. 10) d) porém (ref. 11) - país (ref. 12) - Até (ref. 13) e) terríveis (ref. 14) - espécimes (ref. 15) - experiência (ref. 16) GR0023 - (Cesgranrio) Science fic�on O marciano encontrou-me na rua e teve medo de minha impossibilidade humana. Como pode exis�r, pensou consigo, um ser que no exis�r põe tamanha anulação de existência? Afastou-se o marciano, e persegui-o. Precisava dele como de um testemunho. Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado de problemas. E fiquei só em mim, de mim ausente. ANDRADE, Carlos Drummond de. Science fic�on. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p. 330-331. O elemento em destaque está grafado de acordo com a norma-padrão em: 8@professorferretto @prof_ferretto a) O marciano desintegrou-se por que era necessário. b) O marciano desintegrou-se porquê? c) Não se sabe por que o marciano se desintegrou. d) O marciano desintegrou-se, e não se sabe o porque. e) Por quê o marciano se desintegrou? GR0030 - (Ufes) Uma das alterna�vas contém erro localizado no termo grifado. Marque-a. a) Os novos moradores vivem a cerca de dois quilômetros da cidade. b) Espanhol e Italiano são duas línguas de estruturas a fins. c) Há um mo�vo por que os moradores venderam a casa: escassez de recursos. d) O dia a dia das metrópoles estressa os indivíduos que nelas circulam. e) Faltou ao funcionário resolver duas questões. GR0026 - (Ufpr) Assinale a alterna�va em que o uso e a grafia da expressão sublinhada foram usados INCORRETAMENTE. a) Ele não está tão afim de você. b) O espanhol é uma língua afim com o português. c) O pai se sacrifica a fim de dar uma vida melhor à filha. d) Os parentes e afins compareceram à festa. e) Ana e eu não temos negócios afins. GR0006 - (Ufscar) Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sen�a-me completamente feliz. Houve um tempo em que minha janela davapara um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? quem as comprava? em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? e que mãos as �nham criado? e que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz. [...] Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim. (Cecília Meireles, A arte de ser feliz. Em "Escolha seu sonho", p. 24.) Assinale a alterna�va em que as palavras estão acentuadas graficamente pelas mesmas regras por que estão acentuadas, respec�vamente, em: "chalé" e "existência". a) atrás, próprio. b) pá, evidência. c) Jaú, máscara. d) pré-requisitos, variados. e) fé, mídia. GR0531 - (Ifpe) Acauã Luiz Gonzaga Acauã, acauã vive cantando Durante o tempo do verão No silêncio das tardes agourando Chamando a seca pro sertão Chamando a seca pro sertão Acauã, Acauã, Teu canto é penoso e faz medo Te cala acauã, Que é pra chuva voltar cedo Que é pra chuva voltar cedo Toda noite no sertão Canta o João Corta-pau A coruja, mãe da lua A pei�ca e o bacurau Na alegria do inverno Canta sapo, gia e rã Mas na tristeza da seca Só se ouve acauã Só se ouve acauã Acauã, Acauã... O úl�mo acordo ortográfico impôs algumas mudanças no emprego do hífen. No caso específico de “João Corta- pau”, que aparece na letra de Luiz Gonzaga, é correto afirmar que 9@professorferretto @prof_ferretto a) perdeu o hífen, logo, deixou de ser palavra composta e teve sua escrita mudada para “João corta pau”. b) con�nuou a ser escrita com apenas um hífen, ou seja, “João Corta-pau”, pois a presença do nome próprio “João” impede outra possibilidade de escrita. c) passou a ser escrita com apenas um hífen entre o nome próprio “João” e a forma verbal “corta”, sendo assim, sua escrita correta é “João-corta pau”. d) possui apenas um hífen, todavia a palavra “joão” é escrita com letra minúscula, logo, passa a ser escrita “joão corta-pau”. e) é escrita com dois hífens, ou seja, “joão-corta-pau”, por se tratar de palavra composta que serve para nominar espécie de animal. GR0003 - (Ufrgs) Os processos da história mí�ca são francamente irracionais. Como se explica que, apesar do seu lúgubre estalinismo, Che Guevara tenha adquirido uma aura român�ca que 2ofusca a de qualquer outro herói do século 20, culminando hoje na sua san�ficação entre camponeses bolivianos? Essa aura român�ca 3começou a se formar quando, abandonando uma pres�giosa posição no regime cubano, 4se internou no Congo para lutar contra uma corrupta e sanguinária ditadura neocolonialista. E 5tornou-se legendária em decorrência de sua trágica aventura na Bolívia. Che Guevara morreu antes das suas ideias e, graças a isso, não só 6escapou do eclipse histórico, como se transformou num dos símbolos e ícones da nossa época. Seus métodos eram autoritários, sua base teórica, extremamente superficial, e seu projeto econômico- social 7fracassou miseravelmente. Imortalizou-o uma das qualidades mais raras e admiradas entre os homens - uma nobre e indômita coragem, exatamente o fascinante traço essencial do herói. O Che foi um herói do nosso tempo - um tempo feito de mesquinho egoísmo e opaca mediocridade. É natural que seja 1especialmente venerado por jovens de classe média, da qual também ele provinha: encarna o herói que a maioria desses jovens gostaria de encarnar, mas não consegue. (Adaptado de: FREITAS, Décio. O PROFETA DA GUERRILHA. ZERO HORA, 13 de julho, 1997, p.19.) Considere as seguintes afirmações sobre acentuação gráfica no texto. I - A palavra "teórica" recebe acento gráfico pela mesma regra que preceitua o uso do acento em "lúgubre". II - Se fosse re�rado o acento das palavras "só", "é" e "média", esta alteração provocaria o aparecimento de outras palavras da Língua Portuguesa. III - A palavra "herói" é acentuada pela mesma regra de "autoritários". Quais estão corretas? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas I e III d) Apenas II e III e) I, II e III GR0007 - (Ufpr) As duas estrofes a seguir iniciam o poema Y-Juca-Pyrama de Gonçalves Dias, publicado em 1851. No meio das tabas de amenos verdores Cercadas de troncos – cobertos de flores, Alteião-se os tectos d’al�va nação; São muitos seus filhos, nos animos fortes, Temiveis na guerra, que em densas cohortes Assombrão das matas a imensa extensão São rudes, severos, sedentos de gloria, Já prelios incitão, já cantão victoria, Já meigos a�endem a voz do cantor: São todos tymbiras, guerreiros valentes! Seu nome la vôa na bocca das gentes, Condão de prodigios, de gloria e terror! Úl�mos Cantos, Gonçalves Dias Nesse trecho, o poeta apresenta a tribo dos �mbiras. Constatamos, sem dificuldades, que a ortografia da época era, em muitos aspectos, diferente da que usamos atualmente. Tendo isso em vista, considere as seguintes afirma�vas: 1. As palavras paroxítonas terminadas em ditongo não eram acentuadas naquela época, diferentemente de hoje. 2. As formas verbais se alternam entre presente e futuro do presente do indica�vo, com a mesma terminação. 3. A 3ª pessoa do plural dos verbos do presente do indica�vo se diferencia graficamente da forma atual. 4. Os monossílabos tônicos perderam o acento na ortografia contemporânea. Assinale a alterna�va correta. a) Somente a afirma�va 1 é verdadeira. b) Somente as afirma�vas 1 e 3 são verdadeiras. c) Somente as afirma�vas 2 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirma�vas 2, 3 e 4 são verdadeiras. e) As afirma�vas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 10@professorferretto @prof_ferretto GR0010 - (Fcmpb) Para responder à questão, considere o fragmento a seguir. “Apesar de serem mais conhecidos como “corações ar�ficiais”, equipamentos como esses não subs�tuem o órgão completo. Mas podem ser a solução temporária ou defini�va para pacientes com insuficiência cardíaca avançada, quando tratamentos com remédios já não dão mais resultado.” Seguem a mesma regra de acentuação gráfica os vocábulos: a) insuficiência – remédios – temporária. b) órgão – temporária – cardíaca. c) remédios – temporária – cardíaca. d) órgão – remédios – cardíaca. e) insuficiência – órgão – cardíaca. GR0004 - (Insper) Levando em conta as informações do primeiro quadrinho, iden�fique a alterna�va que apresenta a palavra que também sofreu alterações na acentuação gráfica devido à regra mencionada. a) plateia b) heroico c) gratuito d) baiuca e) caiu GR0015 - (Ufpe) 1) Até a Independência, as referências à língua europeia no Brasil se faziam, sem �tubeio, pelas expressões português ou língua portuguesa. Já no século XVI, encontramos o Padre Anchieta, em seu “Breve informação do Brasil”, mencionando os meninos índios que eram entregues aos jesuítas “para que fossem ensinados, dos quais se ajuntou muitos e os ba�zou, ensinando-os a falar português, ler e escrever”. (2) No início do século XIX, frei Caneca, herói da revolução de 1817, escreveu seu “Breve compêndio de gramma�ca portuguesa” (publicado em 1875), entendida a gramá�ca como “a arte que ensina a falar, ler e escrever correctamente a Língua Portugueza”. (3) Contudo, com a Independência, passou-se a viver um longo período de incertezas, �tubeios e ambiguidades, sendo a língua ora designada de língua brasileira, ora de língua nacional, ora de português e língua portuguesa. (4) Em 1826, na Câmara dos Deputados, José Clemente Pereira apresentou um projeto propondo que os diplomas dos médicos cirurgiões fossem redigidos “em língua brasileira, que é a mais própria”. (5) Mas a expressão língua brasileira não fez, de fato, história no século XIX. Em 15 de outubro de 1827 foi aprovada a lei que “manda criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império”. Nela, se introduziu a expressão que faria história no país: língua nacional, muitas vezes u�lizada na legislação posterioraté pra�camente a Cons�tuição de 1988. (6) No contexto escolar, porém, língua nacional conviveu com português e língua portuguesa. A disciplina escolar era, em geral, referida por estas duas úl�mas expressões, e as gramá�cas escolares brasileiras �nham, em geral, essa qualificação em seu �tulo. Já nos textos analí�cos, nos debates e polêmicas do século XIX, em que se procurava dar conta das especificidades da língua no Brasil, predominou uma grande oscilação terminológica, que perdurou no século XX. (7) No âmbito cons�tucional, a questão do nome da nossa língua só se pacificará com a Cons�tuição de 1988 que, em seu art. 13, diz: “A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federa�va do Brasil”. E no seu art. 210, 2, es�pula: “O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a u�lização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.” (8) Apesar disso tudo, a questão da língua está de volta, pelo menos nos meios universitários de Brasil e Portugal. São outros os tempos e outros os argumentos, mas retorna à cena saber se os dois países têm ou não a mesma língua. FARACO, Carlos Alberto. História sociopolí�ca da língua portuguesa. São Paulo: Parábola, 2016, p.161-171. Adaptado. No que se refere às questões ortográficas, assinale a alterna�va correta. 11@professorferretto @prof_ferretto a) Ao longo do texto, aparecem as duas grafias: “Língua Portugueza” e “Língua Portuguesa”. Isso mostra que essa expressão, atualmente, pode ser grafada dessas duas maneiras. b) Na expressão “língua europeia” (1º §), o adje�vo grafado sem acento obedece ao úl�mo Acordo. Também perderam o acento palavras como “geleia” e “�reoide”. c) A regra que jus�fica o acento da palavra “gramá�ca” é a mesma que jus�fica o acento de palavras como “púdico” e “rúbrica”. d) Assim como a palavra “português”, devem ser grafadas as palavras “rigidês” e “gravidês”. e) Estão de acordo com as normas vigentes as grafias das palavras: “extender”, “umildade” e idenização”. GR0005 - (Fgv) DUPLA DINÂMICA No dicionário, a Sociologia está definida como uma ciência que pretende pesquisar e estudar a organização e funcionamento das sociedades humanas e as leis fundamentais que regem as relações sociais. Já a Economia se preocupa em estudar os fenômenos relacionados com a obtenção e a u�lização dos recursos materiais necessários a uma população. Embora o campo de estudos de ambas as disciplinas seja parecido, na prá�ca há um abismo separando as duas áreas. Filhas da mesma mãe, a Filosofia, as duas disciplinas vieram ao mundo pra�camente na mesma época. Em razão de algumas diferenças, porém, estão sem dialogar entre si há quase três séculos. (...) Em meados dos anos 1970, porém, uma leve brisa dissipou as nuvens que acobertavam esse cenário sombrio entre as áreas. Alguns temas, como a construção social do mercado, o papel das ins�tuições e das redes sociais no funcionamento da vida econômica, revigoraram o debate entre a Sociologia e a Economia. Surgiram os primeiros vislumbres da chamada Nova Sociologia Econômica cujo precursor foi o sociólogo norte-americano Mark Granove�er. Em um de seus estudos mais célebres, o Ge�ng a Job, de 1973, Granove�er demonstrou que as pessoas estão ligadas às outras por laços fortes (pais, filhos e amigos) e laços fracos (colegas de trabalho, professores e alunos). (Sociologia, ciência & vida, 2007) Assinale a alterna�va correta quanto à acentuação e à grafia de palavras. a) Temas comuns, como a construção social do mercado, permitem entrevêr as possibilidades de uma saudável relação entre Sociologia e Economia, que não pode se paralizar em virtude de algumas diferenças. b) Em um de seus estudos mais célebres, Mark Granove�er vêm demonstrar que as pessoas se ligam às outras por laços fortes e laços fracos. Por isso, é imprecindível que as pessoas consigam entender essas ligações. c) Alguns temas revigoraram o debate entre a Sociologia e a Economia, sendo responsáveis por compôr um novo cenário. O diálogo deve basear-se nos pontos posi�vos e comuns e não nas excessões. d) A falta de dialogo entre Sociologia e Economia perdurou pôr quase três séculos, mas é um quadro que parece estar mudando, sobretudo em função de fragrantes pontos em comum entre as disciplinas. e) Em meados dos anos 1970, parece que uma leve brisa intervém na falta de comunicação entre sociólogos e economistas, que não mais hesitam em pôr em discussão assuntos inerentes às duas disciplinas. GR0056 - (Pucpr) Leia a seguir. Em ortografia, a noção de certo ou errado é regida por lei, que prescreve a correta escrita de nossas palavras. Assim, sobre a correção ortográfica do segundo quadrinho da �rinha, assinale a alterna�va CORRETA. 12@professorferretto @prof_ferretto a) “Bom” e “bem” são intercambiáveis nesse contexto, já que pertencem à mesma classe grama�cal e têm o mesmo sen�do. No entanto, “mau” seria a escolha certa por se tratar de um adje�vo no contexto criado. b) O emprego do ar�go definido contraído com “em” em “no” substan�va “bom” e “mal”, o que implica a opcionalidade da escrita de “mal” ou “mau”, sem alteração semân�ca ou incorreção grama�cal. c) Se entendermos que “no bom” traz elíp�co o substan�vo “colesterol”, a ortografia de “mal” deveria ser corrigida para “mau”, porque essa palavra seria, assim como “bom”, um adje�vo. d) Estaria correto o período se “mal” fosse subs�tuído por “mau”, assim haveria dois substan�vos em perfeito paralelo grama�cal e o novo sen�do dado pelo personagem à “bom” e “mau” seria garan�do. e) A grafia de “bom” e “mal” está correta, já que aquele funciona como um adje�vo, e este funciona como um substan�vo no período em questão, não havendo necessidade de paralelismo. GR0526 - (Eam) Eu sei, mas não devia Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cor�nas. E, porque não abre as cor�nas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ónibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assis�r a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser ins�gado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. A gente se acostuma à poluição. As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. A luz ar�ficial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. As bactérias da água potável. A contaminação da água do mar. A lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho,a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressen�mento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica sa�sfeito porque tem sempre sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma. COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Jornal do Brasil, 1972. Em “A comer sanduíche porque não dá para almoçar." (3º parágrafo), a palavra destacada segue a mesma regra de acentuação da opção: a) Historia. b) Feiura. c) Balaustre. d) Bainha. e) Juiz. GR0029 - (Unesp) Anuncia-se o assunto na introdução. Ao se receber uma visita, a primeira coisa é abrir-lhe a porta. Da mesma forma, na exposição, é preciso abrir o assunto. A introdução encerra, implicitamente, toda a exposição, dando ideia de como será desenvolvida. Para tal, ela precisa conter certa dose de entusiasmo. Não há por que se precipitar de chofre* sobre o assunto. Carece incitar, previamente, o auditório. Acender os flashes 13@professorferretto @prof_ferretto principais da exposição, prestando atenção para o ponto de par�da. Preparar-se para a marcha inicial. Não se começa a viagem sem se saber o des�no; fazem-se provisões e previsões; avisam-se os amigos e hotéis. A introdução é o espaço onde se anuncia, se coloca, se promete, se desperta... Introduzir é convidar. Mas para que se possa pensar “o que vou dizer” é preciso haver refle�do sobre o assunto. (Edivaldo Boaventura, Como ordenar as ideias. Adaptado) * de chofre: repen�namente Quando chega _____ introdução do texto, o leitor espera que ali esteja anunciado o assunto. É preciso preparar-se para a marcha inicial, pois não se dá início _____ viagem sem se saber o des�no. Cabe _____ essa parte do texto convidar o leitor para a leitura. Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do enunciado devem ser preenchidas, respec�vamente, com: a) à ... há ... a b) na ... a ... à c) a ... à ... há d) na ... à ... à e) à ... à ... a GR0013 - (Ufpe) Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas A Assembleia Geral, guiada pelos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e pela boa-fé no cumprimento das obrigações assumidas pelos Estados de acordo com a Carta, afirmando que os povos indígenas são iguais a todos os demais povos e reconhecendo ao mesmo tempo o direito de todos os povos a serem diferentes, a se considerarem diferentes e a serem respeitados como tais, [...] proclama solenemente a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, cujo texto figura à con�nuação, como ideal comum que deve ser perseguido em um espírito de solidariedade e de respeito mútuo: Ar�go 1 Os indígenas têm direito, a �tulo cole�vo ou individual, ao pleno desfrute de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais reconhecidos pela Carta das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o direito internacional dos direitos humanos. Ar�go 2 Os povos e pessoas indígenas são livres e iguais a todos os demais povos e indivíduos e têm o direito de não serem subme�dos a nenhuma forma de discriminação no exercício de seus direitos, que esteja fundada, em par�cular, em sua origem ou iden�dade indígena. [...] h�ps://api-assets-produc�on.s3.dualstack.us-east- 1.amazonaws.com/fileadmin/Documentos/portugues/ BDL/ Declaracao_das_Nacoes_Unidas_sobre_os_Direitos_dos_ Povos_Indigenas.pdf. Excerto adaptado Observe que na expressão “Assembleia Geral”, presente no texto, a palavra “assembleia” está grafada sem acento, em conformidade com as normas ortográficas vigentes. Está igualmente de acordo com as normas a grafia de: a) heroina b) �reóide c) auto-retrato d) voo e) pêlo GR0008 - (C�sc) Analise as sentenças a seguir quanto à ortografia e à acentuação gráfica dos termos em destaque. Assinale a alterna�va em que NÃO HÁ ERRO quanto a esses critérios. a) Grandes TOTENS coloridos destacavam-se contra PAISAGEM escura ao fundo. b) A CICATRISAÇÃO era quase completa, mas ainda havia algum PÚS no centro do ferimento. c) O caso teve grande REPERCUSSÃO são e provocou um REVÉZ nas negociações de paz. d) Daquele TRECHO em diante, a mensagem tornava-se INCOMPREENCÍVEL. e) A direção mostrou-se PRETENCIOSA ao propor PARALIZAÇÃO por tempo indeterminado. GR0001 - (Ifal) Como prevenir a violência dos adolescentes “(...) Quando deparo com as no�cias sobre crimes hediondos envolvendo adolescentes, como o ocorrido com Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, fico profundamente triste e constrangida. Esse caso é consequência da baixa valorização da prevenção primária da violência por meio das estratégias cien�ficamente comprovadas, facilmente replicáveis e defini�vamente muito mais baratas do que a recuperação de crianças e adolescentes que comentem atos infracionais graves contra a vida. Talvez seja porque a maioria da população não se deu conta e os que estão no poder nos três níveis não estejam conscientes de seu papel histórico e de sua responsabilidade legal de cuidar do que tem de mais 14@professorferretto @prof_ferretto importante à nação: as crianças e os adolescentes, que são o futuro do país e do mundo. A construção da paz e a prevenção da violência dependem de como promovemos o desenvolvimento �sico, social, mental, espiritual e cogni�vo das nossas crianças e adolescentes, dentro do seu contexto familiar e comunitário. Trata-se, portanto, de uma ação intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada comunidade, com a par�cipação das famílias, mesmo que estejam incompletas ou desestruturadas (...)” “(...) Em relação às crianças e adolescentes que cometeram infrações leves ou moderadas que deveriam ser mais bem expressas seu tratamento para a cidadania deveria ser feito com instrumentos bem elaborados e colocados em prá�ca, na família ou próxima dela, com acompanhamento mul�profissional, desobstruindo as penitenciárias, verdadeiras universidades do crime. (...)” “(...) A prevenção primária da violência inicia-se com a construção de um tecido social saudável e promissor, que começa antes do nascer, com um bom pré-natal, parto de qualidade, aleitamento materno exclusivo até seis meses e o complemento até mais de um ano, vacinação, vigilância nutricional, educação infan�l, principalmente propiciando o desenvolvimento e o respeito à fala da criança, o canto, a oração, o brincar, o andar, o jogar; uma educação para a paz e a não violência. A pastoral da criança, que em 2003 completa 20 anos, forma redes de ação para mul�plicar o saber e a solidariedade junto às famílias pobres do país, por meio de mais de 230 mil voluntários, e acompanhou no terceiro trimestre deste ano cerca de 1,7 milhão de crianças menores de seis anos e 80 mil gestantes, de mais de 1,2 milhão de famílias, que moram em 34.784 comunidades de 3.696 municípios do país. O Brasil é o país que mais reduziu a mortalidade infan�l nos úl�mos dez anos; isso, sem dúvida, é resultado da organização e universalização dos serviços de saúde pública, da melhoria da atenção primária, com todas as limitações que o SUS possa ainda possuir, da descentralização e municipalização dos recursos e dos serviços de saúde. A intensa luta contra a mortalidade infan�l, a desnutrição e a violência intrafamiliar contou com a contribuição dessa enorme rede de solidariedade da Pastoral da Criança. (...)” “(...) A segunda área da maior importância nessa prevenção primáriada violência envolvendo crianças e adolescentes é a educação, a começar pelas creches, escolas infan�s e de educação fundamental e de nível médio, que devem valorizar o desenvolvimento do raciocínio e a matemá�ca, a música, a arte, o esporte e a prá�ca da solidariedade humana. As escolas nas comunidades mais pobres deveriam ter dois turnos, para darem conta da educação integral das crianças e dos adolescentes; deveriam dispor de equipes mul�profissionais atualizadas e capacitadas a avaliar periodicamente os alunos. Urgente é incorporar os ministérios do Esporte e da Cultura às inicia�vas da educação, com a�vidades em larga escala e simples, baratas, facilmente replicáveis e adaptáveis em todo o território nacional. “(...) Com relação à idade mínima para a maioridade penal, deve permanecer em 18 anos, prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e conforme orientações da ONU. Mas o tempo máximo de três anos de reclusão em regime fechado, quando a criança ou o adolescente comete crime hediondo, mesmo em locais apropriados e com tratamento mul�profissional, que urgentemente precisam ser disponibilizados, deve ser revisto. Três anos, em muitos casos, podem ser absolutamente insuficientes para tratar e preparar os adolescentes com graves distúrbios para a convivência cidadã. (...)” Zilda Arns Neumann, 69, médica pediatra e sanitarista; foi fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança. (Folha de S Paulo, 26/11/2003.) Foram re�radas do texto as seguintes palavras acentuadas: ministérios, replicáveis, adaptáveis, máximo, distúrbios, convivências. Assinale a alterna�va que melhor jus�fica a acentuação gráfica. a) De todas as palavras destacadas, somente “máximo” não se insere na mesma regra de acentuação gráfica. b) Todas as palavras mencionadas seguem o mesmo padrão ou regra de acentuação gráfica. c) Com exceção de “máximo” e “convivência”, que são proparoxítonas, as demais palavras são acentuadas pelo mesmo mo�vo. d) Três regras de acentuação contemplam as palavras supracitadas: a das proparoxítonas, a das paroxítonas terminadas em ditongos e as que terminam em hiato, que, no caso em análise, trata-se da palavra “convivência”. e) Todas são proparoxítonas. GR0532 - (Ifpe) Fico Assim Sem Você Avião sem asa Fogueira sem brasa Sou eu assim sem você Futebol sem bola Piu-Piu sem Frajola Sou eu assim sem você Por que é que tem que ser assim? Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes 15@professorferretto @prof_ferretto Vão poder falar por mim (...) Tô louco pra te ver chegar, Tô louco pra te ter nas mãos. Deitar no teu abraço, Retomar o pedaço que falta no meu coração Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior cas�go Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo. Claudinho e Buchecha Na letra da música “Fico assim sem você”, da dupla Claudinho e Buchecha, aparece a palavra “alto-falantes”, que, mesmo após o úl�mo acordo ortográfico, con�nua a ser grafada com hífen. Todavia, diversas palavras �veram sua grafia alterada. Entre as alterna�vas abaixo, assinale aquela que possui uma palavra que deixou de ser grafada com o hífen após o acordo ortográfico. a) Mico-leão-dourado. b) Comigo-ninguém-pode. c) Mula-sem-cabeça. d) Cravo-da-índia. e) Copo-de-leite. GR0016 - (Ufrr) Indique o item que contém a sequência de palavras grafadas corretamente, conforme a nova ortografia da língua portuguesa: a) Coréia, co-autor, an�-educa�vo e coordenação. b) colmeia, anteprojeto, leem e subumano. c) co-obrigação, semideus, geopolí�ca e autopeça. d) jibóia, mini-saia, sulamericano, sequência. e) heróico, infraestrutura, minissaia e circum-navegação. GR0524 - (Ime) Lima Barreto (1881-1922) viveu em um período de intensas transformações sociais no País, marcado pela abolição da escravatura (1888), advento da ordem republicana (1889) e urbanização crescente. Filho de pais negros (o pai era �pógrafo e a mãe, professora), Lima Barreto abordou principalmente os temas e os personagens �picos dos subúrbios cariocas, cruzando os limites da realidade e da ficção. Nessa perspec�va, o conto A nova Califórnia, publicado em 1916, faz uma alusão à Corrida do ouro, nos Estados Unidos, da primeira metade do século XIX, para condenar ironicamente a ganância e a busca do enriquecimento fácil. Sinopse do conto: Raimundo Flamel, um químico, chega à pequena cidade de Tubiacanga, no Rio de Janeiro. Anos depois, ele encontra uma fórmula secreta capaz de transformar ossos humanos em ouro, o que transformaria profundamente a cidade, até então, ordeira e tranquila. Depois de revelar a sua descoberta, Flamel some misteriosamente. A par�r daí, o cemitério é profanado, ocorrendo vários roubos de cadáveres A NOVA CALIFÓRNIA Ninguém sabia donde viera aquele homem. O agente do Correio pudera apenas informar que acudia ao nome de Raimundo Flamel, pois assim era subscrita a correspondência que recebia. E era grande. Quase diariamente, o carteiro lá ia a um dos extremos da cidade, onde morava o desconhecido, sopesando um maço alentado de cartas vindas do mundo inteiro, grossas revistas em línguas arrevesadas, livros, pacotes... Quando Fabrício, o pedreiro, voltou de um serviço em casa do novo habitante, todos na venda perguntaram-lhe que trabalho lhe �nha sido determinado. – Vou fazer um forno, disse o preto, na sala de jantar. Imaginem o espanto da pequena cidade de Tubiacanga, ao saber de tão extravagante construção: um forno na sala de jantar! E, pelos dias seguintes, Fabrício pôde contar que vira balões de vidros, facas sem corte, copos como os da farmácia – um rol de coisas esquisitas a se mostrarem pelas mesas e prateleiras como utensílios de uma bateria de cozinha em que o próprio diabo cozinhasse. O alarme se fez na vila. Para uns, os mais adiantados, era um fabricante de moeda falsa; para outros, os crentes e simples, um �po que �nha parte com o �nhoso. Chico da Tirana, o carreiro, quando passava em frente da casa do homem misterioso, ao lado do carro a chiar, e olhava a chaminé da sala de jantar a fumegar, não deixava de persignar-se e rezar um “credo” em voz baixa; e, não fora a intervenção do farmacêu�co, o subdelegado teria ido dar um cerco à casa daquele indivíduo suspeito, que inquietava a imaginação de toda uma população. Tomando em consideração as informações de Fabrício, o bo�cário Bastos concluíra que o desconhecido devia ser um sábio, um grande químico, refugiado ali para mais sossegadamente levar avante os seus trabalhos cien�ficos. Homem formado e respeitado na cidade, vereador, médico também, porque o doutor Jerônimo não gostava de receitar e se fizera sócio da farmácia para mais em paz viver, a opinião de Bastos levou tranquilidade a todas as consciências e fez com que a população cercasse de uma silenciosa admiração a pessoa do grande químico, que viera habitar a cidade. De tarde, se o viam a passear pela margem do Tubiacanga, sentando-se aqui e ali, olhando perdidamente as águas claras do riacho, cismando diante da penetrante melancolia do crepúsculo todos se descobriam e não era raro que às “boas noites” 16@professorferretto @prof_ferretto acrescentassem “doutor”. E tocava muito o coração daquela gente a profunda simpa�a com que ele tratava as crianças, a maneira pela qual as contemplava, parecendo apiedar-se de que elas �vessem nascido para sofrer e morrer. Na verdade, era de ver-se, sob a doçura suave da tarde, a bondade de Messias com que ele afagava aquelas crianças pretas, tão lisas de pele e tão tristes de modos, mergulhadas no seu ca�veiro moral, e também as brancas, de pele baça, gretada e áspera, vivendo amparadas na necessária caquexia dos trópicos. Por vezes, vinha-lhe vontade de pensar qual a razão de ter Bernardin de Saint-Pierre gasto toda a sua ternura com Paulo e Virgínia e esquecer-se dos escravos que os cercavam... Em poucos dias a admiração pelo sábio era quase geral, e não o era unicamente porque havia alguém que não �nha em grande conta os méritos do novo habitante. Capitão Pelino, mestre-escolae redator da Gazeta de Tubiacanga, órgão local e filiado ao par�do situacionista, embirrava com o sábio. “Vocês hão de ver, dizia ele, quem é esse �po... Um caloteiro, um aventureiro ou talvez um ladrão fugido do Rio.” A sua opinião em nada se baseava, ou antes, baseava-se no seu oculto despeito vendo na terra um rival para a fama de sábio de que gozava. Não que Pelino fosse químico, longe disso; mas era sábio, era gramá�co. Ninguém escrevia em Tubiacanga que não levasse bordoada do capitão Pelino, e mesmo quando se falava em algum homem notável lá no Rio, ele não deixava de dizer: “Não há dúvida! O homem tem talento, mas escreve: ‘um outro’, ‘de resto’...”. E contraía os lábios como se �vesse engolido alguma coisa amarga. Toda a vila de Tubiacanga acostumou-se a respeitar o solene Pelino, que corrigia e emendava as maiores glórias nacionais. Um sábio... 1Ao entardecer, depois de ler um pouco o Sotero, o Cândido de Figueiredo ou o Castro Lopes, e de ter passado mais uma vez a �ntura nos cabelos, o velho mestre-escola saía vagarosamente de casa, muito abotoado no seu paletó de brim mineiro, e encaminhava- se para a bo�ca do Bastos a dar dois dedos de prosa. 2Conversar é um modo de dizer, porque era Pelino avaro de palavras, limitando-se tão somente a ouvir. Quando, porém, dos lábios de alguém escapava a menor incorreção de linguagem, intervinha e emendava. “Eu asseguro, dizia o agente do Correio, que...” Por aí, o mestre-escola intervinha com mansuetude evangélica: “Não diga ‘asseguro’, senhor Bernardes; em português é garanto”. E a conversa con�nuava depois da emenda, para ser de novo interrompida por uma outra. Por essas e outras, houve muitos palestradores que se afastaram, mas Pelino, indiferente, seguro dos seus deveres, con�nuava o seu apostolado de vernaculismo. A chegada do sábio veio distraí-lo um pouco da sua missão. Todo o seu esforço voltava-se agora para combater aquele rival, que surgia tão inopinadamente. Foram vãs as suas palavras e a sua eloquência: não só Raimundo Flamel pagava em dia as suas contas, como era generoso – pai da pobreza – e o farmacêu�co vira numa revista de específicos seu nome citado como químico de valor. BARRETO, Lima. A nova Califórnia e outros contos. São Paulo: Unesp, 2012, p. 11-23 (texto adaptado) “Conversar é um modo de dizer, porque era Pelino avaro de palavras, limitando-se tão somente a ouvir.” (ref. 2) Segundo os preceitos da gramá�ca norma�va, a única alterna�va, dentre as citadas abaixo, em que todos os vocábulos possuem o acento prosódico diferente do encontrado na palavra em destaque “avaro” é a) cateter, recorde, filantropo. b) Nobel, ureter, recorde. c) pudico, recorde, ibero. d) Nobel, mister, ureter. e) misantropo, mister, Nobel. GR0606 - (Enem PPL) Esse cartaz tem como função social conquistar clientes para um evento turís�co, e, por isso, seria recomendável que fosse escrito na norma-padrão da língua portuguesa. 17@professorferretto @prof_ferretto O comentário acrescentado por um interlocutor sugere que a grafia incorreta da palavra “excursão” a) interfere na pronúncia do vocábulo. b) reflete uma interferência da fala na escrita. c) caracteriza uma violação proposital para chamar a atenção dos clientes. d) diminui a confiabilidade nos serviços oferecidos pela prestadora. e) compromete o entendimento do conteúdo da mensagem. GR0761 - (I�m) No texto as palavras “polígamo" e “esferográfica" recebem acentos agudos, pois são: a) Oxítonas terminadas em “a e “o”, respec�vamente, e, por isso, devem ser acentuadas. b) Paroxítonas, com sílaba tônica na antepenúl�ma sílaba, e, por isso, devem ser acentuadas. c) Proparoxítonas, e por isso devem ser acentuadas. d) Paroxítonas, mas o acento é faculta�vo. e) Oxítonas, e, por isso, não devem ser acentuadas. GR0762 - (Ifsc) O uso dos acentos é um recurso gráfico de que se dispõe para marcar a sílaba tônica de certas palavras. Sabe-se, no entanto, que nem todas as palavras recebem acento e que seu emprego depende de algumas regras específicas, dentre elas, a posição da sílaba tônica. Com base nessas informações e nos seus conhecimentos sobre as regras de acentuação gráfica na língua portuguesa, assinale a alterna�va CORRETA. a) As palavras “húmus”, “processos” e “adubo” são paroxítonas. b) Os vocábulos “há”, “você” e “já” são oxítonos. c) As palavras “química”, “compostável” e “orgânicos” recebem acento gráfico porque são proparoxítonas. d) As palavras “além”, “papéis” e “disponível” são acentuadas porque são oxítonas. e) As palavras “países”, “saúde”, “dióxido” e “água” são acentuadas com base na mesma regra de acentuação gráfica. GR0763 - (Ifal) O Texto é a letra de uma música do Accioly Neto. U�lize-o para responder à questão. A Natureza das Coisas Se avexe não... Amanhã pode acontecer tudo Inclusive nada. Se avexe não... A lagarta rasteja Até o dia em que cria asas. Se avexe não... Que a burrinha da felicidade Nunca se atrasa. Se avexe não... Amanhã ela para Na porta da tua casa. Se avexe não... Toda caminhada começa No primeiro passo. A natureza não tem pressa Segue o seu compasso. Inexoravelmente chega lá... Se avexe não... Observe quem vai Subindo a ladeira Seja princesa, seja lavadeira... Pra ir mais alto Vai ter que suar. Quanto à tonicidade, apenas uma das palavras destacadas nos versos abaixo não é oxítona. Qual? a) Amanhã pode acontecer tudo. b) Até o dia em que cria asas. c) Amanhã ela para. d) Inexoravelmente chega lá. e) Vai ter que suar. 18@professorferretto @prof_ferretto GR0764 - (Ifsul - Rio-Grandense ) TEXTO I O preço de ser de verdade Fernanda Pinho Acabei de ler um livro que me marcou bastante. Chama-se “A Extraordinária Garota Chamada “Estrela”, do autor Jerry Spinelli. Estrela tem um rato de es�mação, fica feliz quando seu �me faz ............... no basquete (mas quando o outro �me pontua, também), distribui cartões de aniversários para desconhecidos, usa as roupas de que gosta (e isso pode ser um ves�do que esteve na moda duzentos anos atrás), tenta trazer um pouco de alegria �rando canções de seu ukulele que leva sempre a �racolo. Num primeiro momento, junto com o impacto de sua chegada à escola nova, Estrela desperta simpa�as. Afinal, este livro nada mais é que uma delicada e verdadeira metáfora da vida. E a princípio somos assim. Grandes admiradores da auten�cidade. Capazes de fazer discursos inflamados defendendo a liberdade de cada um fazer o que ..............., respeitar as próprias convicções, seguir o que seu coração manda, persis�r nos seus sonhos, manter relações com quem se sente à vontade, construir seu próprio caminho. Lindo, maravilhoso. Se ficar só no discurso, melhor ainda. Porque, em algum momento, Estrela vai levantar suspeitas. “Ninguém pode ser tão legal assim”. E da suspeita para a rejeição se passa num piscar de olhos. Por que ninguém pode ser “tão legal assim”? Porque ser legal demais implica ser diferente e a gente pode até admirar pessoas que fazem tudo o que “dá na telha”, desde que mantenham uma distância de segurança de nós, por favor. E, veja bem, quando eu falo de gente que faz tudo o que “dá na telha”, eu não estou me referindo a nada que possa machucar ou prejudicar o outro de alguma forma. Estou falando de a�tudes inocentes, mas que, por sair da previsibilidade, são tratadas quase como se fossem atos imperdoáveis. Gente que dança como se ninguém es�vesse olhando, que ignora a uniformização das vitrines e faz a própria moda, que se recusa a fazer social em ambientes inóspitos, que fala a verdade quando ques�onada, que dá abraços de dez minutos, que ri na hora que tem vontade de rir, que chora na hora que tem vontade de chorar, que fala “eu te amo” quando sente que ama, que escolheu não perder tempo com quem lhe faz mal, que muda o rumo da própria vida, que ignora as e�quetas e as convenções. Sabe essa gente louca, sem noção, desvairada, sem juízo, perturbada? Então, elas não são nada disso. São apenas pessoas autên�cas e verdadeiras, que se respeitam muito (e só quem se respeita muito é