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Ortografia
GR0311 - (Unesp)
 
Contribui para o efeito de humor da �rinha o contraste
entre
a) a linguagem hermé�ca do pai e a linguagem pedante
do filho.
b) a linguagem coloquial do pai e a linguagem concisa do
filho.
c) a linguagem erudita do pai e a linguagem enigmá�ca
do filho.
d) a linguagem formal do pai e a linguagem coloquial do
filho.
e) a linguagem informal do pai e a linguagem desleixada
do filho.
GR0523 - (Esa)
Assinale a alterna�va em que os vocábulos obedecem às
mesmas regras de acentuação gráfica das palavras
“temá�ca” e “saúde”, respec�vamente:
a) hífen, ó�mo. 
b) parabéns, mágico. 
c) médico, conteúdo. 
d) robó�ca, café. 
e) revólver, faísca.
GR0522 - (Eear)
Em qual alterna�va as três palavras estão corretamente
acentuadas?
a) faísca - moínho - juíz
b) saímos - lençóis - pastéis
c) juízo - amendoím - uísque 
d) heróico - chapéuzinho - véus 
GR0525 - (Uece)
Padrão de beleza: mutante, mas sempre ao nosso redor
Fomos ensinadas a agradar e a nos preocupar com a
opinião alheia, a nos comportar de determinada maneira,
a nos ves�r com roupas específicas, ter um �po de cabelo
e por aí vai.
Quando não seguimos a car�lha, algumas pessoas se
sentem no direito de fazer 1comentários ou brincadeiras
sobre nossas caracterís�cas �sicas sem ninguém ter
pedido uma opinião. 2Ao longo dos anos, isso vai se
internalizando em nós. Passamos a ver como problema
algo que nem era uma questão, dando poder a palavras
destru�vas.
Bom, nós sabemos que mesmo racionalizando tudo isso,
muitas vezes nos pegamos inseguras por não
apresentarmos 3um conjunto de traços que sa�sfaçam
essas expecta�vas.
4Por muito tempo, fomos ensinadas a agir dessa
maneira. 5Quando não somos magras o suficiente ou
temos estrias, nos culpamos e seguimos em busca de
melhorar a todo custo. 6Entender essa dinâmica é o
primeiro passo para construir uma mudança real e
significa�va em nossas vidas.
7Se antes os grandes culpados eram os ensaios
fotográficos e as campanhas publicitárias estampados
nas revistas femininas, 8hoje somos bombardeadas por
centenas de imagens. Facebook, Instagram e Pinterest
estão aí para mostrar padrões de beleza corporal a todo o
1@professorferretto @prof_ferretto
momento. Ou seja, o padrão de beleza imposto pela
mídia agora também é encontrado nas redes sociais.
Uma das maiores problemá�cas desse ambiente é que,
mesmo dando preferência para seguir pessoas
conhecidas, ainda há uma tenta�va constante, por parte
de todas nós, de mostrarmos uma existência
maravilhosa.
São fotos e mais fotos de pessoas malhando loucamente,
sem estrias ou sinais de celulite. E pensamos: por que
não eu? 9Esse momento pode ser o mais perigoso
porque gera muitas frustrações.
10Está tudo bem você querer perder uns quilinhos ou
seguir um es�lo mais saudável, desde que seja uma
escolha sua e com acompanhamento médico. E esse é o
X da questão. Muitas vezes, queremos alcançar níveis
surreais de magreza ou definição que não têm nada a ver
com a gente.
11Começamos a perseguir uma vida que vemos em
nosso feed, mas cujos bas�dores não conhecemos.
12Gastamos nosso salário em procedimentos esté�cos,
dietas e para quê? 13Muitas vezes, apenas para chegar a
alguma meta di�cil de ser alcançada e que não combina
com o nosso es�lo de vida e valores pessoais. [...]
Se o seu ritmo é acordar mais cedo, correr, voltar para a
casa, comer uma tapioca e se arrumar para o trabalho,
ó�mo. Se você não é fã de uma ro�na regrada, gosta da
sua alimentação do jeito que ela é, tudo certo também. E
se um dia você acordar e quiser mudar tudo, não tem
nenhum problema!
14Sabemos que estamos falando de um assunto
delicado. No entanto, insis�mos: escolha cuidar de você,
da sua saúde mental e da sua qualidade de vida em
primeiro lugar. E vamos nos apoiar nesta caminhada,
dando um passo por vez, cada uma no seu ritmo. Vamos
juntas, no agora ou no futuro, dizer: 15amo meu corpo
do jei�nho que ele é.
Texto adaptado. Disponível em
h�ps://www.pantys.com.br/blogs/pantys/padrao-de-
beleza-mutante-mas-sempre-ao-nosso-redor Acesso em
28 de maio de 2021.
 
Acentuam-se pelos mesmos critérios as palavras
a) “ninguém” e “nós”.
b) “opinião” e “mídia”.
c) “médico” e “preferência”.
d) “�sicas” e “fotográficos”.
GR0009 - (Ufms)
Considere o trecho a seguir para responder à questão.
“Olhai, oh Senhor, os jovens nos postos de
gasolina. Apiedai-vos dessas pobres criaturas, a
desperdiçar as mais belas noites de suas juventudes
sentadas no chão, tomando Smirnoff Ice, entre bombas
de combus�vel e pães de queijo adormecidos. Ajudai-os,
meu Pai: eles não sabem o que fazem. [...] As ruas são
violentas, é verdade, mas nem tudo está perdido.
[...] Salvai-me do preconceito e da tentação, oh
Pai, de dizer que no meu tempo tudo era lindo,
maravilhoso. [...] Talvez exista alguma poesia em passar
noite após noite sentado na soleira de uma loja de
conveniência, e desfilar com a chave do banheiro e sua
tabuinha, em gastar a mesada em chicletes e palha
italiana. Explica-me o mistério, numa visão, ou arrancai-
os dali. É só o que vos peço, humildemente, no ano que
acaba de nascer. Obrigado, Senhor.”
PRATA, Antônio. Conveniência. O Estado de S. Paulo, 11
jan. 2008.
 
A palavra “após” recebe acento gráfico por ser:
a) oxítona terminada em “o”, seguida de “s”.
b) proparoxítona.
c) paroxítona terminada em ditongo decrescente.
d) monossílabo tônico terminado em “o”.
e) paroxítona terminada em “o”, seguida de “s”.
GR0019 - (Ufrr)
SOBRE HIENAS E VIRA-LATAS
Aproveitando o momento de vulnerabilidade
polí�ca e econômica do nosso país, os defensores de
uma integração dependente do Brasil na economia
internacional estão lançando uma nova ofensiva,
facilitada pelas agruras do ajuste fiscal, com queda nos
inves�mentos governamentais e o descrédito –
convenientemente es�mulado – das empresas estatais,
na esteira do escândalo da Petrobrás. Em vez de atacar a
raiz desses ilícitos, que é o financiamento empresarial
das campanhas eleitorais (o que não diminui a
responsabilidade dos transgressores da lei), os pós-
neoliberais preferem inves�r contra os poucos
instrumentos de polí�ca industrial que o Estado brasileiro
ainda detém. A estratégia é ampla e não se limita a
aspectos internos da economia. Incide diretamente sobre
a forma pela qual o Brasil se insere na economia mundial.
Três linhas de ação têm sido perseguidas. Uma já
faz parte do an�go receituário de boa parte dos
comentaristas em matéria econômica: o Brasil deveria
abandonar a sua preferência pelo sistema mul�lateral
(representado pela Organização Mundial do Comércio) e
dar mais atenção a acordos bilaterais com economias
desenvolvidas, seja com a União Europeia, seja com os
Estados Unidos da América. O refinamento, não
totalmente novo, é o de que, para chegar a esses
acordos, o Brasil deve buscar a “flexibilização” do
Mercosul, privando-o de sua caracterís�ca essencial de
uma união aduaneira. Sem perceber que a mo�vação
principal da integração é polí�ca – já que a Paz é o maior
2@professorferretto @prof_ferretto
bem a ser preservado – os arautos da liberalização, sob o
pretexto de aumentar nossa autonomia em relação aos
nossos vizinhos, facilitando a abertura do mercado
brasileiro, na verdade empurrarão os sócios menores
(não em importância, mas em tamanho) para os braços
das grandes potências. É de esperar que não venham a
reclamar quando bases militares estrangeiras surgirem
próximo das nossas fronteiras.
O segundo pilar do tripé, que está sendo gestado
em gabinetes de peritos desprovidos de visão estratégica,
consiste em tornar o Brasil membro pleno da OCDE, a
organização que congrega primordialmente economias
desenvolvidas. Essa a�tude contraria a posição de
aproximação cautelosa seguida até aqui e que nos tem
permi�do par�cipar de vários grupos, sem tolher nossa
liberdade de ação. A lógica para a busca ansiosa pelo
status de membro pleno residiria na melhoria do nosso
ra�ng junto às agências de risco, decorrente do nosso
compromisso com polí�cas de inves�mentos, compras
governamentais e propriedade intelectual (entre outras)
estranhascapaz de respeitar o outro). Elas não estão fazendo nada
de ............... Nada que irá prejudicar você ou quem quer
que seja. E por que te incomodam tanto? Bom, apenas
............... optaram por fazer o que �nham vontade, e não
o que você, preso em seu mundo limitado e previsível,
esperava.
Disponível em:
 Acesso em: 7 abr.
2015.(Adaptado).
 
TEXTO II
Como Nasrudin criou a verdade
Nasrudin
(Khawajah Nasr Al-Din)
— As leis não fazem com que as pessoas fiquem
melhores — disse Nasrudin ao rei.
— Elas precisam, antes, pra�car certas coisas de
maneira a entrar em sintonia com a verdade interior, que
se assemelha apenas levemente à verdade aparente.
O rei, no entanto, decidiu que ele poderia, sim, fazer
com que as pessoas observassem a verdade, que poderia
fazê-las observar a auten�cidade — e assim o faria.
O acesso a sua cidade dava-se através de uma ponte.
Sobre ela, o rei ordenou que fosse construída uma forca.
Quando os portões foram abertos, na alvorada do dia
seguinte, o chefe da guarda estava a postos em frente de
um pelotão para testar todos os que por ali passassem.
Um edital fora imediatamente publicado: “Todos serão
interrogados. Aquele que falar a verdade terá seu
ingresso na cidade permi�do. Caso men�r, será
enforcado."
Nasrudin, na ponte entre alguns populares, deu um
passo à frente e começou a cruzar a ponte.
— Aonde o senhor pensa que vai? — perguntou o
chefe da guarda.
— Estou a caminho da forca — respondeu Nasrudin,
calmamente.
— Não acredito no que está dizendo!
— Muito bem, se eu es�ver men�ndo, pode me
enforcar.
— Mas se o enforcarmos por men�r, faremos com
que aquilo que disse seja verdade!
— Isso mesmo — respondeu Nasrudin, sen�ndo-se
vitorioso. — Agora vocês já sabem o que é a verdade: é
apenas a sua verdade.
Disponível em: Acesso em: 14 abr.2015.
(Adaptado).
 
Nos textos 1 e 2, aparecem várias palavras acentuadas
graficamente. Em que alterna�va as palavras seguem a
regra de acentuação das oxítonas?
19@professorferretto @prof_ferretto
a) terá, juízo, ninguém.
b) fazê-las, através, será.
c) vocês, construída, previsível.
d) imperdoáveis, metáfora, você.
GR0765 - (Ifal)
Leia o Texto - Uma tarde, em Buenos Aires… do escritor
Rubem Braga, para responder à questão.
 
Uma tarde em Buenos Aires eu estava meio triste –
mas não bebi, não telefonei, não procurei nenhuma
pessoa amiga. Fechado no meu capote e no meu silêncio
pus-me a andar pela rua cheia de gente. As grandes luzes
só se acendem às dez da noite e, desde muito cedo, no
inverno, é escuro. Há um poder nessa mul�dão que
desfila na penumbra como um rio grosso com seu
murmúrio. Deixei-me ir pela Florida, dobrei talvez em
Tucumán, subi até Suipacha, desemboquei em
Corrientes, e eu era mais um homem de capote no seio
da mul�dão, e a mul�dão me embalava e me fazia bem.
E por ser impessoal e não ter pressa e não ter pressa nem
rumo, por ter um capote e sapatos grossos e por andar
entre meus desconhecidos irmãos, eu me sen� mais
livre. E cumpri os ritos da mul�dão, comprei meu jornal,
tomei meu café, li o placar das úl�mas no�cias, fiquei um
instante distraído mirando os frangos que giravam se
tostando numa ro�sseria.
Quando voltava para o meu hotel, por Florida, me
lembrei do primeiro verso de um soneto que li há muito
tempo, parece que de Alfonsina Storni, "lo encontré en
una esquina de la calle Florida…“ Fiquei com esse verso
na cabeça, pensando vagamente que esse homem sem
nome que alguém encontrou em uma esquina de la calle
Florida podia ser eu, como podia ser milhões de outros, e
�rei disso não sei que vago e par�cular consolo.
Não foi em uma esquina, mas foi ainda na Florida que
encontrei alguém: era um casal de amigos brasileiros em
lua-de-mel. Os dois estavam felizes, alegres deles
mesmos e de tudo o mais, falando do prazer das compras
de lã e da carne soberba dos restaurantes. Es�mei
encontrá-los, e a felicidade do casal me fez bem, mas
sen�, com certa curiosidade, que no fundo de mim não
havia a menor inveja. Ide-vos, noivos morenos, por
Florida e Corrientes, ide-vos felizes por todos os
caminhos da vida. Só vos invejarão os que também
procuram ser felizes; minha longa tarefa é outra, é não
ser infeliz e me proteger e guardar, ser forte dentro de
mim, forte, quieto, sereno. Essa tarefa me distrai; e,
vendo em vossos olhos a felicidade, eu descobri que em
verdade já não a procuro mais. Já passei por esse
caminho; sobre minha cabeça, quando ia por ele, mais de
uma árvore deixou cair flores. Não choro esse tempo;
simplesmente ele passou. Assim vai passando a mul�dão,
e dentro dela caminho outra vez, lentamente, distraído e
tranquilo como um boi. 
 (h�p://contobrasileiro.com.br/?p=1662).
 
Iden�fique a alterna�va cuja jus�fica�va para a
acentuação gráfica está incorreta.
a) Silêncio, murmúrio e no�cias - acentuam-se as
palavras paroxítonas terminadas em ditongo.
b) Distraído - acentuam-se o i e o u tônicos dos hiatos.
c) Alguém e também - acentuam-se as oxítonas
terminadas em em e ens.
d) Só, café e já - acentuam-se as palavras oxítonas
terminadas em a, e e o.
e) Árvore - toda proparoxítona é acentuada.
GR0766 - (Ifrn)
A DITADURA DA BELEZA AO LONGO DA HISTÓRIA*
Bom dia queridos amigos,
Hoje vamos falar de um assunto que é fácil para
alguns e é um verdadeiro trauma para outros: a ditadura
da beleza. Chega a ser irônico que, na pré-história,
mulheres obesas representassem o ideal esté�co e a
fer�lidade sendo que hoje a mídia impõe que uma
mulher comercialmente bonita deve ser extremamente
magra. Esses padrões são fruto de diversos fatores, sendo
o principal a associação de beleza à disponibilidade de
recursos. Na pré-história, uma mulher obesa era
considerada linda por ter como se alimentar em uma
época de grande escassez de alimentos. Nos dias atuais,
uma mulher magra com a musculatura rígida indica
alguém que dispõe de alimentação balanceada,
acompanhamento médico, academia, tratamentos
esté�cos entre outros privilégios.
 
An�guidade
Os exemplos mais notáveis de padrão de beleza na
An�guidade são, sem dúvida, os greco- romanos. Em
uma época de constantes guerras e em uma sociedade
que valorizava a saúde e a habilidade corporal, eram
considerados bonitos homens altos, de corpo musculoso,
rosto com nariz afilado e cabelos encaracolados pelos
ombros. As mulheres deveriam ter curvas perfeitas, seios
pequenos, pele clara e longos cabelos.
 
Idade Média
Na época Medieval, não havia muita preocupação
com a esté�ca. A beleza seria consequência da vida
devota e denotava uma alma pura e casta, como a da
Virgem Maria. Rosto angelical, lábios pequenos e cabelo
cor de ouro eram o trunfo das mulheres. Já nos homens,
a beleza estava associada ao poder e, em geral, o "rei"
simbolizava esse ideal.
 
20@professorferretto @prof_ferretto
Renascimento
Nessa época, há um retorno dos ideais de beleza
greco-romanos somados à gordura, que era um indica�vo
de status social, visto que a ostentação alimen�cia não
era para todos. Braços roliços, quadris largos e celulites
eram sinais de volúpia e nobreza. Esse padrão cabia tanto
aos homens quanto às mulheres.
 
Barroco e Maneirismo
Agora, a beleza não é só uma questão de forma �sica,
é algo comportamental. Mover-se ou mesmo olhar
deveria ser reves�do de graça e beleza, cultura esta
disseminada na França e muito presente até os dias
atuais. Muito destaque para os modos refinados e para
as roupas e adornos.
 
Roman�smo
Nesse período, a beleza esteve associada à melancolia
e à doença. As moças deviam ser lânguidas, pálidas, de
cabelo indomável, com olheiras e comportamento
recatado. A beleza masculina estava associada à poesia, à
boemia e à solidão.
 
Era Contemporânea
É o tempo em que magreza, saúde e riqueza andam
lado a lado. E a felicidade está associada ao status social.
A mídia cria padrões de beleza e ideais de vida perfeita
para vender os produtos produzidos pela era capitalista.
O padrão de beleza variabastante através das décadas,
sempre seguindo a indústria da moda e a cabeça dos
grandes es�listas, que vendem algo que não é acessível
para as grandes massas, que fica restrita a um
determinado círculo da sociedade, e cabe ao restante
trabalhar e gastar para perseguir esse padrão, fazendo
rodar, desta forma, a grande engrenagem da sociedade
de consumo.
 Apesar de tudo isso, o recado que quero deixar
para vocês é: somos todos bonitos, cada um a seu modo,
não importa o quanto você pesa, se seu cabelo é armado,
se sua pele não é perfeita, não importa, temos, acima de
tudo, que nos amar e sempre buscar nos sen�rmos bem
com nós mesmos.
*Postado por Vivian Magalhães, às 08:46. Disponível em
Acesso em: 05 de out. 2013. Texto adaptado para uso
nesta avaliação.
 
Considere o seguinte fragmento, transcrito do Texto, para
responder à questão.
Nos dias atuais, uma mulher magra com a musculatura
rígida indica alguém que dispõe de alimentação
balanceada, acompanhamento médico, academia,
tratamentos esté�cos entre outros privilégios
 
No trecho, a palavra que segue a mesma regra de
acentuação da palavra “rígida” é
a) privilégios.
b) esté�cos.
c) alguém.
d) dispõe.
GR0767 - (Ifam)
A prosódia estabelece a tonicidade dos vocábulos.
Assinale a alterna�va em que as palavras pronunciam-se
como oxítona, paroxítona e proparoxítona,
respec�vamente:
a) Nobel, pudico, vermífugo.
b) Condor, hangar, misantropo.
c) Libido, gratuito, ínterim.
d) E�ope, arqué�po, ureter.
e) Ruim, fluido, rubrica.
GR0768 - (Ifsul - Rio-Grandense )
Leia o texto e responda à questão.
 
Opinião: Uso exagerado da tecnologia torna a mente
preguiçosa
Aparelhos facilitam o dia a dia, mas têm lado nega�vo.
Corpo e mente também precisam evoluir.
 
(...)
 
Adolescentes
[1] Às vezes, encontramos adolescentes que raramente
usam o dicionário, nem sempre
[2] sabendo como fazê-lo. Quando necessitam saber o
significado de uma palavra, �ram a
[3] informação da internet, que a ............... pronta. Não é
di�cil imaginar que o uso do dicionário
[4] impresso exige da pessoa muito mais em termos
mentais que o on-Iine. Além de necessitar usar
[5] de ordenação, tendo que puxar pela memória a
sequência alfabé�ca, depara-se com ouras
[6] palavras que ainda não conhecia
[7] Ou então, para fazer uma pesquisa escolar, recorre ao
Google: lança-Ihe uma pergunta
[8] cuja resposta vem de inúmeros sites, bastando
imprimir a melhor. A biblioteca deixou de ser um
[9] lugar para buscar informações. Antes da internet, os
alunos a frequentavam, exigindo deles uma
[10] busca a�va em enciclopédias, dicionários e outras
publicações, além de usarem de análise e
[11] síntese para escrever o resultado de suas buscas.
[12] E a dificuldade com cálculos simples de matemá�ca?
Para que saber a tabuada se a
[13] calculadora dá isso pronto? Pensando assim, não
tem muito sen�do. Mas ao nos darmos
21@professorferretto @prof_ferretto
[14] ............... de que desenvolver o raciocínio
matemá�co propicia o pensamento lógico, a coisa
[15] muda de figura.
[16] Longe de achar que a tecnologia é algo ruim. Pelo
contrário. Com ela pode-se ter
[17] informações sem as quais seria muito di�cil avançar
no conhecimento do mundo e facilitar o dia a
[18] dia ( ............... não?)
[19] Mas sem exageros. Temos que lembrar que não só a
tecnologia tem de ser cuidada e
[20] evoluir. Nós também. E isso só conseguiremos se
es�vermos funcionando a pleno vapor mente e
[21] corpo.
Disponível em: Acesso em: 25 mar. 2014.
 
Que palavra segue a regra de acentuação das oxítonas?
a) Raciocínio.
b) Alfabé�ca.
c) Fazê-lo.
d) Di�cil.
GR0769 - (Ifsc)
Assalto
 Na feira, a gorda senhora protestou a altos brados
contra o preço do chuchu:
 - Isto é um assalto!
Houve um rebuliço. Os que estavam perto fugiram.
Alguém, correndo, foi chamar o guarda. Um minuto
depois, a rua inteira, atravancada, mas provida de
admirável serviço de comunicação espontânea, sabia que
se estava perpetrando um assalto ao banco. Mas que
banco? Havia banco naquela rua? Evidente que sim, pois
do contrário como poderia ser assaltado?
- Um assalto! Um assalto! - a senhora con�nuava a
exclamar, e quem não �nha escutado escutou,
mul�plicando a no�cia. Aquela voz subindo do mar de
barracas e legumes era como a própria sirene policial,
documentando, por seu uivo, a ocorrência grave, que
fatalmente se estaria consumando ali, na claridade do
dia, sem que ninguém pudesse evitá-la.
Moleques de carrinho corriam em todas as direções,
atropelando-se uns aos outros. Queriam salvar as
mercadorias que transportavam. Não era o ins�nto de
propriedade que os impelia. Sen�am-se responsáveis
pelo transporte. E no atropelo da fuga, pacotes
rasgavam-se, melancias rolavam, tomates
esborrachavam-se no asfalto. Se a fruta cai no chão, já
não é de ninguém; é de qualquer um, inclusive do
transportador. Em ocasiões de assalto, quem é que vai
reclamar uma penca de bananas meio amassadas?
- Olha o assalto! Tem um assalto ali adiante!
O ônibus na rua transversal parou para assuntar.
Passageiros ergueram-se, puseram o nariz para fora. Não
se via nada. O motorista desceu, desceu o trocador, um
passageiro adver�u:
- No que você vai a fim de ver o assalto, eles assaltam
sua caixa.
Ele nem escutou. Então os passageiros também
acharam de bom alvitre abandonar o veículo, na ânsia de
saber, que vem movendo o homem, desde a idade da
pedra até a idade do módulo lunar. Outros ônibus
pararam, a rua entupiu.
- Melhor. Todas as ruas estão bloqueadas. Assim eles
não podem dar no pé.
- É uma mulher que chefia o bando!
 - Já sei. A tal dondoca loura.
 - A loura assalta em São Paulo. Aqui é a morena.
 - Uma gorda. Está de metralhadora. Eu vi.
 - Minha Nossa Senhora, o mundo tá virado!
 - Vai ver que está é caçando marido.
 - Não brinca numa hora dessas. Olha aí sangue
escorrendo!
 - Sangue nada, tomate.
Na confusão, circularam no�cias diversas. O assalto
fora a uma joalheria, as vitrinas �nham sido
esmigalhadas a bala. E havia joias pelo chão, braceletes,
relógios. O que os bandidos não levaram, na pressa, era
agora objeto de saque popular. Morreram no mínimo
duas pessoas, e três estavam gravemente feridas.
Barracas derrubadas assinalavam o ímpeto da
convulsão cole�va. Era preciso abrir caminho a todo
custo. No rumo do assalto, para ver, e no rumo contrário,
para escapar. Os grupos divergentes chocavam-se, e às
vezes trocavam de direção: quem fugia dava marcha à ré,
quem queria espiar era arrastado pela massa oposta. Os
edi�cios de apartamentos �nham fechado suas portas,
logo que o primeiro foi invadido por pessoas que
pretendiam, ao mesmo tempo, salvar o pelo e
contemplar lá de cima. Janelas e balcões apinhados de
moradores, que gritavam:
 - Pega! Pega! Correu pra lá!
 - Olha ela ali!
 - Eles entraram na kombi ali adiante!
 - É um mascarado! Não, são dois mascarados!
Ouviu-se ni�damente o pipocar de uma
metralhadora, a pequena distância. Foi um deitar-no-
chão geral, e como não havia espaço, uns caíam por cima
de outros. Cessou o ruído. Voltou. Que assalto era esse,
dilatado no tempo, repe�do, confuso?
- Olha o diabo daquele escurinho tocando matraca! E
a gente com dor de barriga, pensando que era
metralhadora!
Caíram em cima do garoto, que soverteu na mul�dão.
A senhora gorda apareceu, muito vermelha, protestando
sempre:
 - É um assalto! Chuchu por aquele preço é um
verdadeiro assalto!
Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond. Assalto. In: Para
gostar de ler. Vol. 3. Ed. Á�ca, 1979. p. 12-14. [Adaptado].
22@professorferretto @prof_ferretto
 
Em relação à acentuação gráfica, leia e a analise as
seguintes afirmações: 
 
I. As palavras no�cias, relógio, ânsia e contrário são
acentuadas por serem paroxítonas e terminarem em
ditongo. 
II. Os vocábulos pé, lá, aí e já recebem acento tônico por
serem monossílabos tônicos. 
III. As palavras veículo, módulo, ímpeto e ônibus recebem
acento gráfico por serem proparoxítonas. 
 
Assinale a alterna�va CORRETA.
a) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
b) Apenas a afirmação II é verdadeira.
c) Apenas as afirmações I e IIsão verdadeiras.
d) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
e) Todas as afirmações são verdadeiras.
GR0770 - (Cpm)
Leia a �ra e fique atento à nova ortografia para esta
questão
 
 
O que jus�fica não ser usado mais o acento agudo nas
palavras HEROICO – PLATEIA – IDEIA – MOCREIA,
segundo a nova ortografia, é:
a) hiatos em posição paroxítona perderam o acento
agudo.
b) ditongos abertos em posição de paroxítona não são
mais acentuados.
c) palavras com tritongo não recebem mais acento
agudo.
d) ditongos abertos eu, ei e oi perderam o
acento, independente da posição em que se
encontram
nas
palavras.
GR0794 - (Ufrr)
Observando as regras da acentuação gráfica, marque
a opção que segue a mesma lógica de acentuação da
seguinte sequência de palavras: árbitro, lá, pênal�, vôlei,
também, à noite. 
a) automá�co, é, lâmpada, trégua, café, água.
b) pór�co, né, epígrafe, régua, reféns, às vezes.
c) lâmpada, pó, nível, parabéns, à toa.
d) árvore, pé, fórum, café, refém, às pressas.
e) catástrofe, fubá, cânfora, você, parabéns, à moda.
GR0795 - (Ifrn)
Dez anos da Lei das Cotas
Rosane Garcia postado em 08/07/2022 | 06:00
 
A Lei das Cotas (nº 12.711/2012), que reserva 50%
das vagas em universidade e ins�tutos federais para
negros, completará uma década em 28 de agosto
próximo. Ao longo desses 10 anos, ela se tornou mais
inclusiva, ao abrir espaço para indígenas e estudantes da
rede pública, segmentos da sociedade que, como os
negros, foram, historicamente, segregados pelo Estado,
pautado pelo racismo estrutural e ambiental, base
orientadora da formulação de polí�cas públicas
excludentes.
Vista como uma reparação por danos provocados aos
negros, após mais de 300 anos de escravidão, o novo
marco legal esbarrou na reação dos abomináveis racistas
e escravagistas contemporâneos, indignados com a
conquista do movimento negro, que completou 40 anos
neste 2022. Congressistas foram ao Supremo Tribunal
Federal para tentar derrubar a nova lei.
Entre os argumentos, havia a alegação de que a regra
privilegia pretos e pardos em detrimento dos direitos dos
brancos, tornando desigual a disputa por uma vaga nas
universidades. É puro deboche falar em desigualdade,
quando todas as ações do poder público e setor privado
sempre mor�ficaram o ar�go da Cons�tuição anterior a
de 1988, em que todos "são iguais perante as leis".
Escárnio.
Um discurso ridículo, ante os mais de 300 anos de
escravidão, tortura e assassinatos de homens, mulheres e
crianças sequestrados em terras africanas. Um crime de
lesa-humanidade nunca reparado pelo Estado brasileiro.
Pelo contrário. Ter muitos escravos e ser dono de grandes
extensões de terra — la�fúndios — representavam o
poder polí�co do explorador. Hoje, a eliminação de
negros ainda é fato corriqueiro, protagonizado por
integrantes de forças de segurança pública em inves�das
nas periferias dos centros urbanos.
Em uma década, a Lei das Cotas mudou o perfil das
universidades brasileiras. Nesse período, o número de
alunos negros cresceu em torno de 400%. Hoje, eles
23@professorferretto @prof_ferretto
somam mais de 38% dos estudantes, embora o povo
preto seja 56% da população brasileira.
O movimento pela diversidade tem mexido com as
organizações privadas. Hoje, grandes corporações do
setor privado com compromisso social, nos mais
diferentes ramos de a�vidade, criam
programas para que profissionais negros ocupem
cargos de chefia ou de coordenação dentro das
empresas. Uma mudança importante no comportamento
do empresariado, cujo olhar passa a enxergar a
pluralidade étnica e, também, de gêneros no país.
Mesmo com todos os efeitos posi�vos, a Lei das Cotas
tem sido rechaçada por grupos conservadores e
neonazistas, inconformados com a presença dos negros
nas universidades ou em postos de mando em algumas
empresas. Esses segmentos têm representantes no
Congresso e incitam os parlamentares a não revalidarem
a Lei das Cotas. As eleições de novembro podem ser um
escudo, para evitar o es�lhaçamento da legislação. Mas,
considerando-se a atual composição do parlamento, é
preciso ficar atento, pois o compromisso da maioria não
tem sido, em hipótese alguma, com a sociedade. E,
menos ainda, com os afro-brasileiros.
Texto adaptado para fins pedagógicos. Disponível em:
h�ps://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/07/5020827-
ar�go-dezanos-da-lei-das-cotas.html. Acesso em: 28 ago.
2022.
 
Entre os argumentos, havia a alegação de que (1) a regra
privilegia pretos e pardos em detrimento dos direitos dos
brancos, tornando desigual a disputa por uma vaga nas
universidades. É puro deboche falar em desigualdade,
quando todas as ações do poder público e setor privado
sempre mor�ficaram o ar�go da Cons�tuição anterior a
de 1988, em que (2) todos (3) “são iguais perante as leis"
(3). Escárnio (4).
O vocábulo ESCÁRNIO (4) é acentuado pelo mesmo
mo�vo de
a) público.
b) étnica.
c) abomináveis.
d) completará.
GR0796 - (Eear)
Considerando a acentuação das palavras, assinale a
alterna�va que completa os espaços da frase abaixo.
Este livro ......................... elegias com temá�cas naturais,
para pessoas que ................ em busca de um sen�mento
mais ....................... Que a natureza ...................... os que
se dispuserem a ler esses poemas!
a) contém - vêm - fluido - abençoe.
b) contêm - vêm - fluído - abençoe.
c) contêm - vem - fluído - abençoe.
d) contém - vem - fluido - abençoe.
GR0797 - (Eear)
Assinale a alterna�va em que não há erro de acentuação.
a) Caminhou pôr trilhas fechadas em matas longínquas
para encontrar a sequoia, espécie gigantesca que pode
viver mil anos.
b) Caminhou por trilhas fechadas em matas longínquas
para encontrar a sequoia, espécie gigantesca que pode
viver mil anos.
c) Caminhou por trilhas fechadas em matas longínquas
para encontrar a sequóia, espécie gigantesca que pode
viver mil anos.
d) Caminhou pôr trilhas fechadas em matas longínquas
para encontrar a sequóia, espécie gigantesca que pode
viver mil anos.
GR0798 - (Uva)
Devem receber acentuação gráfica todas as palavras da
alterna�va:
a) aneis, deposito (substan�vo), anzois e raizes.
b) leem, (eles) tem, revolver (verbo) e geleia.
c) revolver (substan�vo), deposito (verbo), caju e guri.
d) bambu, (ele) tem, gibi e peru.
GR0799 - (Ifrn)
Estudo mostra que o número de invasões em terras
indígenas aumentou
05/10/2019 20h59
Uma das questões que vão ser abordadas no Sínodo,
no Va�cano, será a situação dos índios que vivem na
região amazônica Estudo mostra que o número de
invasões em terras indígenas aumentou. Uma das
questões que vão ser abordadas no Sínodo, no Va�cano,
será a situação dos índios que vivem na região
amazônica. Um estudo do Conselho Indigenista
Missionário (CIMI) mostra que o número de invasões em
terras indígenas aumentou em 2019.
Na terra indígena Alto Rio Guamá, nordeste do Pará,
vivem cerca de dois mil índios, a maioria do povo Tembé.
Lá, segundo os caciques, os invasores derrubam a mata
na�va para re�rar madeira, para a criação de gado e até
para plantar maconha. Em setembro, os índios já �nham
encontrado acampamentos, espingardas e várias pilhas
de madeira em uma área a 30 quilômetros da aldeia. O
24@professorferretto @prof_ferretto
Ibama, em parceria com a Polícia Federal e a Funai, foi
até a região e aplicou cerca de R$ 10 milhões em multas.
“A nossa área preservada tem muito fundamento para
a questão indígena, porque sem a área preservada nós
não temos como mostrar a nossa cultura", declara
Edinaldo Tembé, cacique Tembé. A grilagem de terra, o
desmatamento, o garimpo ilegal e a contaminação dos
rios estão entre os principais problemas apontados no
relatório sobre violência e invasões nas terras indígenas
do CIMI, fundado há 47 anos e ligado à Igreja Católica.
Segundo o levantamento, em 2017, foram 96 invasões
em terras indígenas. Em 2018, o número subiu para 111 e
apenas de janeiro a setembro de 2019, já foram
registradas 160 invasões. Pará, Rondônia e Amazonas são
os estados onde houve mais invasões no ano passado.
Uma das áreas citadas no relatório é a terra indígenaMunduruku, no sudoeste do Pará. De acordo com o CIMI,
existem mais de 500 garimpos ilegais na região,
desmatando e poluindo os rios da bacia do Tapajós.
O bispo emérito do Xingu, que vai par�cipar do
Sínodo no Va�cano, defendeu que os índios precisam ter
suas terras protegidas. “Terra é ambiente de se morar, de
se viver, é terra dos ritos e dos mitos e de toda a
convivência dos povos que estão aqui e isso não pode ser
menosprezado, desprezado”, afirma Dom Erwim Krautler.
A Funai declarou que se tem empenhado no
monitoramento da região com a ajuda da Polícia Federal,
do Ibama e do Ins�tuto Chico Mendes. Disse que a
pesquisa do CIMI carece de validação cien�fica e que, em
breve, vai divulgar dados oficiais que comprovam o
aumento da fiscalização. Para tentar acabar com o
garimpo ilegal, o governo já anunciou que vai propor a
regulamentação da Cons�tuição nos ar�gos sobre
exploração em terras indígenas. A ideia seria permi�r
ganhos econômicos e organizar a fiscalização dos
garimpos. Antes de qualquer mudança, o governo tem
que ouvir as comunidades envolvidas.
Disponível
em: h�ps://g1.globo.com/jornal nacional/no�cia/2019/10/05/estudo-
mostra-que-o-numero-de-invasoes-emterras-indigena.
Acesso em: 24 set. 2021.
Adaptado para uso nesta avaliação.
 
Pará, Rondônia e Amazonas são os estados onde houve
mais invasões no ano passado. Uma das áreas citadas
no relatório é a terra indígena Munduruku, no sudoeste
do Pará. De acordo com o CIMI, existem mais de 500
garimpos ilegais na região, desmatando e poluindo os
rios da bacia do Tapajós.
 
O vocábulo destacado RELATÓRIO recebeu acento agudo
pelo mesmo mo�vo de
a) polícia.
b) indígenas.
c) emérito.
d) sínodo.
GR0800 - (Esa)
De acordo com as regras de acentuação, assinale a
alterna�va em que as palavras receberam acento gráfico
por serem classificadas, respec�vamente, como:
oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
 
a) café, alcoólatra, escritório.
b) mocotó, bíceps, exército.
c) açaí, arqué�po, tác�l.
d) dúvida, rubrica, órfã.
e) trânsito, baía, ômega.
GR0801 - (Unichristus)
A �rinha faz menção ao Novo Acordo Ortográfico que
entrou em vigência, de forma oficial, a par�r de 2016.
Além dos vocábulos presentes que perderam o acento,
outros termos também sofreram a perda de acentuação,
como os evidenciados em 
a) linguiça – guisado.
b) açougue – azedo.
c) ideia – heroico.
d) substan�vo – urubu.
e) caju – caqui.
25@professorferretto @prof_ferretto
https://g1.globo.com/jornal
GR0802 - (Imepac)
Um caso de burro
[...]
O que me pareceu, é que o burro fazia exame de
consciência. Indiferente aos curiosos, como ao capim e à
água, �nha no olhar a expressão dos medita�vos. Era um
trabalho interior e profundo. Este remoque popular: por
pensar morreu um burro mostra que o fenômeno foi mal
entendido dos que a princípio o viram; o pensamento
não é a causa da morte, a morte é que o torna
necessário. Quanto à matéria do pensamento, não há
dúvidas que é o exame da consciência. Agora, qual foi o
exame da consciência daquele burro, é o que presumo
ter lido no escasso tempo que ali gastei. Sou outro
Champollion, porventura maior; não decifrei palavras
escritas, mas ideias ín�mas de criatura que não podia
exprimi-las verbalmente.
ASSIS, Machado de. Disponível em:
h�ps://contobrasileiro. com.br/um-caso-de-burro-
cronica-demachado-de-assi s/. Acesso em: 10 set. 2021.
 
No fragmento do conto, o termo sublinhado não recebe
acento gráfico porque 
a) consiste em uma palavra paroxítona que contém um
ditongo aberto.
b) pode ser categorizado como uma oxítona cuja
terminação se dá em vogal.
c) é classificado, pela sua divisão silábica, como uma
palavra proparoxítona aparente.
d) é uma palavra paroxítona, e todas perderam o acento
pelo Novo Acordo Ortográfico.
GR0805 - (Emescam)
Leia o texto a seguir, extraído do romance Quincas Borba,
de Machado de Assis.
 
[Quincas Borba] Ergueu-se e pôs paternalmente as
mãos sobre os ombros de Rubião.
— Você é meu amigo?
— Que pergunta!
— Diga.
— Tanto ou mais do que este animal, respondeu
Rubião, em um arroubo de ternura.
 Quincas Borba apertou-lhe as mãos.
— Bem.
No dia seguinte, Quincas Borba acordou com a
resolução de ir ao Rio de Janeiro, voltaria no fim de um
mês, �nha certos negócios... Rubião ficou espantado. E a
molés�a, e o médico? O doente respondeu que o médico
era um charlatão, e que a molés�a precisava espairecer,
tal qual a saúde. Molés�a e saúde eram dois caroços do
mesmo fruto, dois estados de Humanitas.
— Vou a alguns negócios pessoais, concluiu o
enfermo, e levo, além disso, um plano tão sublime, que
nem mesmo você poderá entendê-lo.
ASSIS, Machado. Quincas Borba. Disponível
em:”machado.mec.gov.br. Acesso em: 2 fev. 2021.
 
O texto do Novo Acordo Ortográfico organizou as regras
do emprego do hífen, de modo a tornar seu uso mais
simples. Estão grafadas de acordo com as atuais regras de
emprego do hífen, as palavras
a) hiper-acidez, inter-estadual, super-aquecimento,
superinteressante.
b) hiperrequintado, interracial, superreacionário,
superresistente.
c) intermunicipal, superproteção, an�rrábico,
contrarregra, semirreta.
d) aero-espacial, extra-curricular, semi-aberto, ante-
projeto, coautor.
GR0806 - (Ufam)
Assinale a alterna�va em que o hífen NÃO foi empregado
de forma CORRETA:
a) Podemos dizer agora que o terreno está circum-
murado, pois ele rodeou o local de �jolos.
b) Os vírus que têm importunado a humanidade são
micro-organismos extremamente nocivos.
c) Os animais, por serem frágeis frente ao homem, são
espécies mal-afortunadas; por isso, tenho pena deles.
d) Antes do almoço, comemos salada de cenoura, feijão-
verde e alface.
e) Há pessoas que obtêm diplomas, mas, na verdade, são
semi-analfabetas.
GR0807 - (Mul�vix)
YOUTUBE, O PARAÍSO DA PUBLICIDADE INFANTIL CANAIS
QUE SÓ FALTAM VENDER BRINQUEDOS ATRAEM
MULTIDÕES DE CRIANÇAS NA PLATAFORMA DE VÍDEOS
Por Daniel Salgado (Adaptado)
(1) Que o YouTube é uma plataforma digital
gigantesca, todo mundo sabe. E também que já existem
muitas pessoas que �ram seu provento do dinheiro
gerado pelas visualizações e propagandas em seus canais
na rede. Ainda assim, não pude negar minha surpresa ao
descobrir que o maior faturamento entre os youtubers
ficou com um garoto de 7 anos de idade, o americano
Ryan.
(5) Dono do canal ‘RyanToysReviews’, ele e seus pais
embolsaram US$ 22 milhões ao longo do úl�mo ano. O
valor, que é exorbitante em qualquer contexto, vem de
seus incontáveis vídeos, nos quais o garoto e seus
progenitores aparecem brincando com diversos
26@professorferretto @prof_ferretto
brinquedos recém-lançados e comentando suas
qualidades e defeitos. Seu canal, que desde 2015
acumula 17 milhões de inscritos e 26 bilhões (!) de
visualizações, posta vídeos quase diariamente. Só na
úl�ma semana foram sete. 
(10) Ignorando fatores como o tempo gasto pelo
pequeno para gravar esses vídeos num ritmo de
conteúdo diário, é surpreendente pensar que ele
arregimentou a quan�a milionária ao, basicamente, fazer
propagandas para que crianças queiram comprar os mais
variados brinquedos. E uma rápida pesquisa no YouTube
mostra que seus pais não são os únicos a inves�r nesse
filão.
(14) Não acredita? É só procurar por um termo como
“toys” (brinquedos, em inglês) e ver que existem canais
como ‘ToyPudding TV (12 bilhões de visualizações);
‘Super Kids Toys’ (291 milhões); ‘Kids Diana Show’ (4
bilhões) e ‘CKN Toys’ (8 bilhões). 
(17) Os formatos são dos mais variados: alguns
u�lizam crianças para brincar com os produtos enviados
— às vezes com vídeos patrocinados —, outros apenas
mostram os brinquedos para adultos. Há até a categoria
de “unboxing”, dedicada apenas a mostrar a abertura da
caixa do brinquedo.
(20) Em comum a todos está a fe�chização de uma
mercadoria para uma parcela da população altamente
susce�vel à publicidade. Ainda que o Ins�tuto Brasileiro
de Defesa do Consumidor (Idec) seja contrário a
propaganda infan�l, e haja uma legislação que coíba a
prá�ca no Brasil, o grande truque desses canais é que
eles fogem à classificação tradicional de publicidadepara
crianças.
(24) Não são comerciais pagos pelas empresas de
brinquedos nem têm mensagens explícitas
convocando a compra do objeto x ou y. De certa
maneira, funcionam quase como os desenhos animados
dos anos 90 que buscavam vender video-games, jogos de
cartas e outros tantos produtos.
Que jovem daquela época não assis�u a Pokemon,
Digimon ou algum programa similar?
(28) O precedente histórico não muda o fato de que
esses canais glorificam e promovem insistentemente
brinquedos para as crianças na plataforma. E isso sem
qualquer verniz ar�s�co ou de entretenimento animado
como os cartuns ou gibis.
(31) As crianças, que ficam hipno�zadas pelos vídeos
— quem já viu uma assis�ndo a esses canais sabe do que
estou falando —, saem quase sempre interessadas ou
clamando pelos brinquedos apresentados. O panorama
não deve mudar: a legislação de regulação infan�l varia
muito de país para país, e o YouTube, com seu alcance
global, passa ao largo de controle nesse quesito, ao
contrário de canais de televisão ou revistas.
(36) É de se imaginar que, no ano que vem, os pais de
Ryan e de alguns outros astros mirins da rede tenham
ainda mais ganhos para seu pé-de-meia generoso. Não
faltará dinheiro para seus brinquedos. Cabe saber se
teremos nós os meios necessários para presentear nossas
crianças.
Disponível em: h�ps://epoca.globo.com/youtube-
paraiso-da-publicidade-infan�l23289383. Acesso em 25
ago. 2019.
 
O termo pé-de-meia (l. 37) é um exemplo de palavra que
não perdeu o hífen na úl�ma Reforma Ortográfica da
Língua Portuguesa, ocorrida em 2009. A seguir, assinale
aquele item que, ao contrário do termo anterior, não
apresenta mais o referido símbolo gráfico e que, por isso,
está ortograficamente incorreto:
a) pé-de-moleque.
b) cor-de-rosa.
c) banana-da-terra.
d) água-de-colônia.
e) pimenta-do-reino.
GR0808 - (Up)
Considere o seguinte texto: Essa conclusão ainda é
............. por dados cien�ficos que exploram a a�vidade
cerebral relacionada com esse �po de emoções. A ficção
que inclui personagens e situações complexas pode ter
efeitos par�cularmente benéficos. Assim, e como
exemplo, um trabalho ............. mostra que a leitura de
Harry Po�er pode diminuir os preconceitos dos leitores.
Tudo isso sem falar na sa�sfação e no .............
proporcionado pelo conhecimento adquirido e como
esse conhecimento se transforma em memória .............,
que é a que temos como resultado da experiência.
 
Assinale a alterna�va que completa corretamente as
lacunas acima.
a) avalisada – recém-publicado – bem estar – cristalisada.
b) avalizada – recém-publicado – bem-estar –
cristalizada.
c) avalisada – recém publicado – bem-estar – cristalisada.
d) avalizada – recémpublicado – bem estar – cristalizada.
e) avalizada – recém publicado – bem-estar – cristalizada.
GR0809 - (Ufv)
“(...) Juridicamente, o ato de espionar diz respeito à
prá�ca de obter informações confidenciais de governos
ou organizações, de forma não autorizada, para alcançar
vantagens militares, polí�cas, econômicas, tecnológicas
ou sociais. Os �pos de espionagem mais comuns são a
industrial, a militar, a tecnológica, a econômica, a
financeira, a polí�ca e a eleitoral.
Embora o método se revele an�go, computadores e
conexões digitais em rede elevaram a espionagem a
27@professorferretto @prof_ferretto
níveis inimagináveis nas úl�mas duas décadas. Tempos
atrás, as máquinas eram usadas apenas para quebrar
códigos espiões em documentos arquivados nas extensas
estantes das polícias secretas. Hoje, discos rígidos,
nuvens de dados, telefones celulares e objetos
conectados se transformaram em verdadeiros cofres
informacionais, por onde circulam riquezas, segredos
empresariais e governamentais, além de ar�culações
criminosas e terroristas.
Desse modo, a chamada espionagem ciberné�ca – o
uso malicioso de internet, redes, computadores e objetos
conectados para capturar informações – também tem se
modificado rapidamente. No início dos anos 2000, por
exemplo, os cibercafés e as lan-houses eram o refúgio
daqueles que não queriam ter suas máquinas
iden�ficadas e rastreadas. Rapidamente, também se
tornaram espaços de espionagem administrados pelos
próprios governos, conforme revelou Edward Snowden,
ex-técnico da NSA, hoje exilado na Rússia, que tornou
públicos os detalhes de vários programas e informações
do sistema de vigilância global norte-americano.
Segundo Snowden, os cibercafés londrinos foram
amplamente usados, pelos serviços de inteligência, para
monitorar o encontro do G-20, na cidade de Londres, em
2009. Desde então, vários foram fechados, e agentes
plantados em tais locais �veram que mudar de
iden�dade por questões de segurança. (...)”
Revista Minas faz ciência, uma publicação da Fundação
de amparo à pesquisa do estado de Minas Gerais –
FAPEMIG, Nº 71 – Set a Nov de 2017, p. 21.
 
O uso do hífen foi um dos tópicos contemplados na
reforma ortográfica de 2016. O uso ou não desse sinal
nos substan�vos CIBERCAFÉ e LAN-HOUSE estão
explicados de forma CORRETA, respec�vamente, em:
a) A supressão do hífen deve-se à junção de consoantes
diferentes, e a manutenção do hífen, no segundo caso,
jus�fica-se porque o segundo elemento inicia-se pela
letra “h”.
b) Suprime-se o hífen, devido à junção de palavras
estrangeiras, e, no segundo caso, fica man�do pelo
mesmo mo�vo.
c) Não recebem mais hífen as locuções de qualquer �po,
e mantém-se o hífen em palavras que cons�tuem
unidade sintagmá�ca e semân�ca.
d) O hífen é suprimido quando a palavra é formada por
um prefixo ou falso prefixo, e fica man�do, no
segundo caso, porque os dois elementos são palavras
estrangeiras.
GR0810 - (Ifpe)
“O BONZINHO SE DÁ MAL”: GENEROSIDADE E
MANIPULAÇÃO
(1) Você tenta levar sua vida direi�nho. Busca ser
cordial e ter empa�a com o semelhante. Trata o outro
bem, pois acha que é assim que qualquer criatura
merece ser tratada. Com quem gosta mais, vai além. Se
lhe sobra, compar�lha. Quando vê o erro, o ins�nto de
proteção passa na frente e você tenta alertar. Se cabem
dois, por que ir sozinho? Isso te alegra, então eu fico
contente.
(2) A você, tudo isso parece ser natural, orgânico. E
daí você se engana. De forma egoísta, acha que tem o
direito de re�rar do outro o direito de ser quem ele é.
Quer recíproca, similaridade, espelhamento de a�tudes.
Vê injus�ça na troca, acha que faz mais e recebe menos.
“Trouxa, agora está aí cul�vando mágoas. Da próxima
vez, farei diferente”. E não reflete sobre tudo o que se
passou.
(3) Ser verdadeiramente generoso é uma virtude que
contempla um pequeno punhado de pessoas. Em geral,
emprestamos em vez de doar. E não fazemos isso por
uma debilidade de caráter: a vida se mantém a par�r de
trocas, tudo só existe em relação.
(4) Quando tentamos oferecer algo gratuitamente,
inconscientemente esperamos alguma contrapar�da:
reconhecimento, carinho, atenção, pres�gio, escuta,
aprovação. Às vezes, buscamos apenas sermos
percebidos e validados naquilo que somos, mas não
cremos ser. É bem comum. Nisso, tornam-se admiráveis
os que ajudam desconhecidos, sem se importarem com
os problemas dos que estão próximos – a quem poderão
cobrar pela generosidade?
(5) O mesmo vale para os mercenários: aqueles que
sabem dar preço às coisas mais impalpáveis, que
encontram equivalência entre dois valores tão díspares,
mas deixam as intenções às claras. Só nos sen�mos
enganados quando não deixamos às claras o preço das
nossas a�tudes.
(6) A generosidade é uma das formas mais primi�vas
de manipulação desenvolvidas pelo ser humano. Vem do
berço. Mais precisamente, do colo. A nossa primeira
referência de doação vem da mãe, ou de quem exerceu
esse papel. O bebê, indefeso e incapaz, estará subme�do
à oferta que provém dessa fonte. E aí aprendemos o que
é chantagem emocional, que mais tarde se traduzirá no
duelo entre o “só eu sei o que fiz por você” versus “você
poderia ser melhor para mim”. Quem sai vencedor? A
culpa. Justo ela, uma das emoções mais tóxicas que
povoam nossa alma.
(7) O comportamento de abuso é fruto desse eixo
desestrutural, seja para o abusador ou parao abusado.
Há, inclusive, uma espécie de alternância entre esses
papéis. Quando o dito generoso se vê menosprezado
pelo outro, diz: isso é um absurdo, depois de tudo que eu
fiz. Mas não percebe o quanto esse fazer é, em si, uma
a�tude abusiva.
(8) Isso não é uma ode ao egoísmo ou à ganância.
Mas a par�lha saudável é aquela que se dá em acordo,
28@professorferretto @prof_ferretto
de forma pura. Se não consegue, melhor não ser
generoso, para também não ser hipócrita. Ou, pior:
emi�r faturas para guardá-las na gaveta, à espera da
melhor oportunidade de apresentá-la àquele que julgar
devedor. Não esqueçamos: são as boas intenções que
lotam o inferno.
TORRES, João Rafael. “O bonzinho se dá mal”:
generosidade e manipulação. Disponível em:
h�ps://www.metropoles.com/colunas-blogs/psique/o-
bonzinho-se-da-mal-generosidade-e-manipulacao.
Acesso: 08 out. 2017(adaptado).
 
No 4º parágrafo do TEXTO 2, há o emprego da palavra
contrapar�da. Esse termo possui um prefixo que exige o
uso do hífen em alguns casos, segundo o Novo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa. Assinale a alterna�va
que contém a grafia CORRETA de palavras com o prefixo
contra-.
a) Contrarregra e contra-ataque.
b) Contra-senso e contracheque.
c) Contracep�vo e contra-mão.
d) Contraponto e contra-filé.
e) Contrabaixo e contra-indicação.
GR0812 - (Unesc)
Assinale a alterna�va em que todas as palavras estão
corretas quanto ao emprego (ou não) do hífen:
a) sub-humano, auto-estrada, contrataque,
ultramoderno, vicepresidente, super-aquecimento,
micro-ondas.
b) super-homem, infraestrutura, semicírculo, minissaia,
an�-inflamatório, inter-racial, superinteressante.
c) inter-escolar, an�-rábico, co-herdeiro, auto-
aprendizagem, semi-aberto, micro-ônibus, ultra-
moderno.
d) mini-hotel, an�-higiênico, an�-aéreo, geopolí�ca,
semi-reta, viceprefeito, super-exigente.
e) an�-heroi, pluri-anual, agroindustrial, ante-projeto,
microssistema, biorritmo, auto-peça.
GR0813 - (Unifor)
Leia o fragmento do texto “É junto ou separado?”
 
De todos os aspectos da grafia do português, o que
causa mais embaraço é o uso do hífen. Mesmo sem levar
em conta as incoerências do nosso sistema ortográfico
(tanto o novo quanto o an�go), o fato é que o hífen
costuma ser de uso di�cil e arbitrário em quase todas as
línguas que o adotam.
[...] Quando duas palavras se unem defini�vamente
para formar uma composta, isso costuma ser indicado na
grafia de duas maneiras: pela justaposição pura e simples
(“parapeito”, “girassol”) ou pela união com hífen
(“guardachuva”, “bem-aventurado”).
[...] Em resumo, se uma palavra é composta (o que,
em alguns casos, é di�cil de determinar com precisão),
deveria ser grafada com hífen ou justaposição; se é
complexa, seus cons�tuintes deveriam vir separados por
espaços. [...].
BIZZOCCHI, Aldo. É junto ou separado.Língua
Portuguesa,ano 8, nº 93, p.28 e 29, julho de 2013.
 
Assinale a alterna�va em que todas as palavras estão
grafadas corretamente, obedecendo ao novo acordo
ortográfico.
a) Micro-ondas, auto-es�ma, semiaberto, an�rreligioso.
b) Contra-indicação, reidratar, autoes�ma, auto-escola.
c) Contraordem, micro-ondas, an�-herói, an�rreligioso.
d) Microondas, autoes�ma, an�rreligioso, contra-ordem.
e) Autoescola, microondas, autoes�ma, an�rreligioso.
GR0814 - (Fcmsjf)
Febre amarela – por que o cenário atual é muito
preocupante?
Artur Timerman1 /17 jan 2017 (Adaptado).
Em 12 de janeiro deste ano o governo de Minas
Gerais decretou situação de emergência em saúde
pública por 180 dias nas áreas do estado onde há surto
de febre amarela. O decreto contempla 152 cidades no
entorno de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, na
região leste do estado, Manhumirim, na Zona da Mata, e
Teófilo Otoni, no Vale do Jequi�nhonha e Mucuri.
Em Minas, trinta pessoas morreram com sintomas da
doença neste ano. A situação atual e preocupante das
arboviroses no Brasil reflete um complexo contexto, no
qual interagem entre si ineficácias gerais de atuação do
poder público e da sociedade em geral.
Os condicionantes da expansão das arboviroses nas
Américas e no Brasil são similares e referem-se em
grande parte ao modelo de crescimento econômico
implementado na região, caracterizado pelo crescimento
desordenado dos centros urbanos. O Brasil concentra
mais de 80% de sua população em áreas urbanas, com
importantes lacunas no setor de infraestrutura, tais como
dificuldades para garan�r o abastecimento regular e
con�nuo de água, assim como também é deficiente a
coleta e des�nação adequada dos resíduos sólidos. [...].
Dentro desse contexto, é com enorme preocupação que
deparamos com as no�cias que revelam o ressurgimento
de casos de febre amarela em nosso país.
Como apontado em Bole�m da Organização Mundial
da Saúde de maio de 2016, “grandes epidemias de febre
amarela ocorrem quando pessoas infectadas introduzem
o vírus em áreas densamente povoadas onde exista
29@professorferretto @prof_ferretto
elevada densidade de mosquitos transmissores e onde a
maioria da população apresente pouca ou nenhuma
imunidade, tendo em vista a baixa cobertura vacinal. Sob
tais condições, mosquitos infectados transmitem o vírus
de pessoa a pessoa”.
Essa é situação prevalente no Brasil atualmente [...]. A
vacina cons�tui-se o mais importante meio de combate à
febre amarela; é produto seguro, eficaz e rela�vamente
barato, sendo uma única dose suficiente para induzir
imunidade de longo prazo. No Brasil, vem sendo
empregada a estratégia de “vacinação de contenção”, isto
é, vacinação de toda a população em regiões onde foram
descritos casos suspeitos e/ou confirmados de febre
amarela. Como os dados relatados vêm evidenciando
uma rápida progressão da doença, talvez essa estratégia
não esteja se mostrando suficiente.
Em resumo, temos de encarar o problema como
sendo de enorme relevância; não podemos menosprezá-
lo, sob risco de nos depararmos com mais um expressivo
problema de saúde pública em nosso já combalido país.
Disponível em: h�p://veja.abril.com.br/blog/letra-de-
medico/febre-amarela-por-que-o-cenario-atual-e-muito-
preocupante/ Acesso em: 19 abr. 2017.
 
A ausência do hífen na palavra INFRAESTRUTURA está de
acordo com as normas ortográficas vigentes na Língua
Portuguesa. Assinale a alterna�va em que o uso do hífen
é obrigatório no vocábulo destacado.
a) O uso de ANTIINFLAMATÓRIOS pode comprometer os
rins de crianças.
b) As radiações INFRAVERMELHAS podem ser benéficas à
saúde se u�lizadas corretamente.
c) A vacina da febre amarela é CONTRAINDICADA para
mulheres grávidas e crianças com menos de seis meses
de idade.
d) ANTICORPO é uma proteína produzida para proteger o
corpo humano contra doenças.
GR0815 - (Unaerp)
Assinale a opção em que o uso do hífen está empregado
corretamente.
a) ultra-som.
b) auto-escola
c) co-fundador.
d) peixe-espada.
e) super-interessante.
GR0819 - (Epcar)
O PARADOXO DO PROGRESSO
A população dos países mais ricos passa por uma crise
existencial: a sensação de que no passado se vivia
melhor. A história e as esta�s�cas, no entanto, mostram
que a média dos moradores dos Estados Unidos e da
Europa Ocidental nunca teve uma vida tão próspera. As
pessoas vivem mais, têm mais acesso à educação e,
descontados os desejos mais extravagantes, realizam
como nunca os sonhos de consumo. Cinqüenta anos
atrás, os obje�vos de uma família americana eram a casa
própria, o carro na garagem e pelo menos um dos filhos
na universidade. Hoje, seu es�lo de vida excede essas
expecta�vas, graças a um aumento de 50% na renda da
classe média nos úl�mos 25 anos. O que hoje é comum −
uma frota de carros na garagem, assistência médica de
primeira e férias no exterior − no início do século XX era
privilégio de uns poucos milionários. Há muito mais:
algumas doenças letais que nos anos 50 não poupavam
nem sequer os muitos ricos, como a poliomielite, foram
pra�camente erradicadas. Apesar de todos esses
avanços, os psicólogos iden�ficam um fenômeno que
tem sido chamado de “hipocondria social” ou “paradoxo
do progresso”: a sensação crescente de que tudo o que
se conquistoucom as melhorias sociais é mera ilusão.
A idéia de que um bom padrão de vida não é garan�a
para a realização pessoal é an�ga. Há mais de 2000 anos,
o filósofo grego Aristóteles já afirmava que a felicidade se
a�nge pelo exercício da virtude, e não da posse. Uma
pesquisa recente realizada pelo sociólogo holandês Ruut
Veenhoven, da Universidade Erasmus de Roterdã,
concluiu que com uma renda anual de 10 000 dólares o
indivíduo tem o suficiente para uma vida confortável em
qualquer país industrializado. A par�r daí, como na
propaganda de cartão de crédito, existem coisas − um
sen�do para a vida, uma paixão e amizades − que o
dinheiro não pode comprar. A melancolia que contamina
as sociedades ricas do século XXI é mais complexa do que
a velha frase “Dinheiro não compra felicidade”.
A vida dos americanos melhorou...
• A expecta�va de vida dos americanos aumentou de
47 para 77 anos nos úl�mos 100 anos.
• A renda das famílias de classe média cresceu 50%
nos úl�mos 25 anos.
• Os americanos gastam 25 bilhões de dólares anuais
apenas em equipamentos de recreação aquá�ca (barcos,
lanchas e jet skis).
• 70% da população têm casa própria, contra 20% no
início do século XX.
• Uma em cada três famílias possui pelo menos três
carros na garagem.
• O tamanho médio das casas é de 250 metros
quadrados, o dobro da área das construídas há cinqüenta
anos.
...mas muitos deles não notaram
• 54% dos americanos acreditam que os Estados
Unidos estão no rumo errado.
• 25% experimentam pelo menos um episódio de
depressão na vida.
30@professorferretto @prof_ferretto
• O porcentual de indivíduos que se consideram
muito felizes caiu de 36% para 29% em trinta anos.
• Os Estados Unidos estão em 11º lugar no ranking
internacional de felicidade da Universidade de Michigan,
atrás de países complicados como Nigéria e México.
(Revista Veja, 14 de abril de 2004. Texto adaptado.).
 
Levando em conta a língua padrão escrita, assinale a
frase totalmente correta.
a) O consumo desenfreiado é uma forma de realização
dos consumidores norte-americanos.
b) A explosão do consumo, ou seja, comida e produtos
baratos, levaram à cultura do supérfluo.
c) O excesso de caminhos a seguir provoca ansiedade e
seções redobradas no psicanalista.
d) Para não reclamar de barriga vazia, Easterbrook
propõe um exercício cole�vo a seus conterrâneos:
serem mais gratos pelo que possuem, mais generosos
com o próximo e mais o�mistas quanto ao futuro.
GR0832 - (Eear)
Assinale a alterna�va que completa a frase abaixo.
A ............... estava prestes a começar, e o preletor
ainda ..............., horas antes, ............... de como abordar
o assunto principal, ............... de que a decisão fosse
tomada o mais breve possível. 
a) seção - exitava - acerca – afim
b) sessão - exitava - a cerca – afim
c) seção - hesitava - a cerca - a fim
d) sessão - hesitava - acerca - a fim
GR0757 - (Ifmt)
Assim como “onça-pintada”, também recebe hífen o
substan�vo composto:
a) gira + sol.
b) ponta + pé.
c) plano + alto.
d) obra + prima.
e) água + ardente.
GR0759 - (Ifma)
Amou daquela vez como se fosse a úl�ma
Beijou sua mulher como se fosse a úl�ma
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo �mido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com �jolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse príncipe.
(Canção Construção, de Chico Buarque).
 
As palavras destacadas, ainda no texto, classificam-se
como:
a) paroxítonas, como a maioria absoluta das palavras em
língua portuguesa.
b) oxítonas, sendo sua tônica acentuada graficamente.
c) proparoxítonas, e, desta forma, possuem a sílaba
tônica marcada graficamente.
d) paroxítonas, tendo a sílaba átona marcada
graficamente.
e) proparoxítonas, sendo a sílaba átona marcada
graficamente.
GR0760 - (Ifal)
Um futuro singular
Ivan Jaf
 
Senhor diretor, estou escrevendo esta carta porque
temo pela minha saúde mental, e se algo acontecer
comigo quero que todos saibam o mo�vo,
principalmente o senhor, do qual eu esperava toda a
compreensão, já que par�lha comigo a crença de que só
com um profundo respeito à gramá�ca da língua
portuguesa construiremos uma nação desenvolvida. O
caso, senhor, é que o Grande Pajé está me perseguindo, e
tenho certeza de que neste exato momento ele está ali,
do outro lado da janela, escondido entre as folhas da
amendoeira... e não resis�rei a mais um ataque... Minhas
força... forças!... estão se esgotando!
Sempre fui um dedicado professor de português, o
senhor me conhece bem, tantas vezes me elogiou...
Trabalho no ensino fundamental de sua escola há mais de
vinte anos! Desde quando ainda se dizia “1º grau”!
Sempre �ve devoção pela língua portuguesa! É uma
verdadeira religião para mim! Luto contra as gírias, os
estrangeirismos e os erros grama�cais como um cristão
contra os hereges! Minha luta pelo emprego do
português correto é uma verdadeira cruzada! Uma guerra
santa! E agora, quando mais preciso de apoio, quando
descubro o verdadeiro inimigo por trás da falência a que
31@professorferretto @prof_ferretto
o nosso idioma pátrio está condenado, quando passo a
sofrer ameaças diretas do Grande Pajé, o senhor me
abandona, e, em vez de se aliar a mim numa batalha sem
trégua pelo resgate de nossa língua, em vez de acreditar
em mim, francamente... me manda procurar um
psiquiatra!
Mas não entregarei os ponto! Os pontos! Minha
mente morrerá lutando! Se o Grande Pajé afinal
conseguir seu intento, e plantar à força a semente da
língua Tupi dentro da minha cabeça, através desta carta o
povo brasileiro saberá que lutei até o fim!
Tudo começou naquela tarde de sábado, quando fui
lavar meu carro e o rapaz me cobrou “dez real”. Depois
deixei o carro numa vaga, e me custou “dois real”. O
camelô me ofereceu “três cueca”, minha empregada
�nha pedido “quatro quilo de batata”, o feirante me
ofereceu “seis limão”, outro gritou “os peixe tão fresco!”;
depois, meu porteiro se pron�ficou a levar “as sacola”
até o elevador e deu o recado de que “meus filho” ainda
não �nham chegado “das compra”. Desesperado, me dei
conta de que os plurais estavam sumindo!
[...]
Não chego a ser um tupinólogo, mas naquele sábado
subitamente lembrei-me de que uma das caracterís�cas
da língua tupi é a ausência de plural! Uma estranha
intuição me fez iniciar uma pesquisa na internet, e eis
que logo me deparo com uma declaração do conceituado
crí�co literário Alfredo Bosi: “O tupi vive
subterraneamente na fala de nosso povo... É nosso
inconsciente selvagem e primi�vo”. Levei as mão... mãos
à cabeça! Eu havia encontrado a resposta! O tupi estava
voltando! A língua tupi, depois de mais de dois séculos
ex�rpada de nosso convívio, brotava agora das
profundezas do inconsciente cole�vo e começava a se
manifestar na fala do povo! E o primeiro sinal era a
abolição do plural!
[...]
h�p://paginasclandes�nas.blogspot.com.br/2011/03/licoes-
de-grama�ca-para-quem-gosta-de.html.
 
Assinale a única alterna�va cujas palavras são acentuadas
pela mesma razão da palavra gramá�ca.
a) pajé – está – português – morrerá – saberá.
b) tupinólogo – sábado – caracterís�cas – crí�co –
séculos.
c) gírias – pátrio – trégua – ausência – literário.
d) só – há – é – trás – três.
e) camelô – através – até – já – saúde.
GR0756 - (Ifmt)
Quanto ao uso do hífen, julgue as alterna�vas abaixo e
assinale a CORRETA.
a) Pré-história; autossuficiente; mato-grossense.
b) Auto-suficiente; an�-higiênico; extraoficial.
c) Extra-oficial; arqui-inimigo; semicírculo.
d) Extraoficial; arquinimigo; semi-círculo.
e) Minissaia; ultra-sonografia; an�-sép�co.
GR0874 - (Ifsul)
O acesso à Educação é o ponto de par�da
Mozart Neves
A Educação tem resultados profundos e abrangentes
no desenvolvimento de uma sociedade: contribui para o
crescimento econômico do país, para a promoção da
igualdade e bem-estar social, e também tem impactos
decisivos na vida de cada um. Um deles, por exemplo, é
na própria renda dotrabalhador. Uma análise feita ____
alguns anos pelo economista Marcelo Neri mostrou que,
a cada ano a mais de estudo, o brasileiro ganha 15% a
mais de salário. Além disso, o estudo também mostrou
que quem completou o Ensino Fundamental tem 35% a
mais de chances de ocupação que um analfabeto. Esse
número sobe para 122% na comparação com alguém que
tenha o Ensino Médio e 387% com Ensino Superior.
Diante disso, o direito do acesso à Educação é o ponto
de par�da na formação de uma pessoa e,
consequentemente, no desenvolvimento e prosperidade
de uma nação. Não obstante os avanços alcançados pelo
Brasil nas duas úl�mas décadas, ainda há importantes
desafios a superarmos no que tange esse direito. Se por
um lado conseguimos universalizar o atendimento
escolar no Ensino Fundamental, temos ainda, por outro
lado, 2,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos fora
da escola. Isso corresponde ____ um país do tamanho do
Uruguai. O desafio, em termos de acesso, é a
universalização da Pré-Escola (crianças de 4 e 5 anos) e
do Ensino Médio (jovens de 15 a 17 anos).
Há outro desafio em jogo: o de como mo�var 5,3
milhões de jovens de 18 a 25 anos que nem estudam e
nem trabalham, a chamada "geração nem-nem”, para
trazê-los de volta ____ escola e, posteriormente, incluí-
los no mundo do trabalho. Isso é essencial para um país
que passa por um bônus demográfico que se completará,
segundo os especialistas, em 2025. O país, para seu
crescimento econômico e sua sustentabilidade, não
poderá abrir mão de nenhum de seus jovens.
No Ensino Superior, o desafio não é menor. O Brasil
tem apenas 17% de jovens de 18 a 24 anos matriculados
nesse nível de ensino. Em conformidade com o Plano
Nacional de Educação (PNE), o país precisará dobrar esse
percentual nos próximos dez anos, ou seja, chegar ____
33%. Para se ter uma ideia da complexidade dessa meta,
esse era o percentual previsto no PNE que se concluiu em
2010. Isso exige – sem que haja perda de qualidade com
essa expansão – que a educação básica melhore
significa�vamente, tanto em acesso como em qualidade,
32@professorferretto @prof_ferretto
tomando como referência os atuais índices de
aprendizagem escolar.
O acesso à Educação é, portanto, ainda um desafio e,
caso seja efe�vado com qualidade, poderá contribuir
decisivamente para que o país reduza o enorme hiato
que separa o seu desenvolvimento econômico, medido
pelo seu Produto Interno Bruto – PIB (o Brasil é o 7º PIB
mundial) e o seu desenvolvimento social, medido pelo
seu Índice de Desenvolvimento Humano – IDH (o Brasil
ocupa a 75ª posição no ranking mundial). Somente
quando o país alinhar esses índices nas melhores
posições do ranking mundial, teremos de fato um Brasil
com menos desigualdade e menos pobreza. Para que isso
aconteça, não se conhece nada melhor do que a
Educação.
Disponível em: . Acesso em: 20 março 2017)
 
Para atender à norma culta, as lacunas do texto devem
ser preenchidas, respec�vamente, com
a) a – há – à – a.
b) há – a – à – há.
c) à – há – a – à.
d) há – a – à – a.
GR0876 - (Unifacig)
A saúde em pedaços: os determinantes sociais da saúde
(DSS)
A redução da saúde à sua dimensão biológica se
cons�tui em um dos maiores dilemas da área. Isso
porque essa visão estreita fundamenta prá�cas de pouco
alcance quando se trata de saúde cole�va, porquanto
prioriza a assistência individual e cura�va, cons�tuindo-
se em uma espiral em torno das doenças e que,
exatamente por isso, ajuda a reproduzi-las. Porém, essa
concepção, embora hegemônica, não existe sem ser
tensionada.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda na
primeira metade do século XX, tentou destacar que
saúde não é só a ausência de doença. Todavia, pouco
explica o porquê disso, uma vez que, como diria Ana
Lúcia Magela de Rezende, na sua “Dialé�ca da Saúde”, cai
na tautologia de definir a saúde como sendo o completo
bem-estar �sico, psíquico e social. Ora, dizer que saúde é
bem-estar é o mesmo que dizer que seis é meia dúzia. O
que é o bem-estar?
Na formulação da OMS essa questão permanece vaga.
O uso do termo completo junto a bem-estar torna o
conceito ainda mais problemá�co, tendo em vista seu
caráter absolu�sta e, logo, inalcançável nestes termos.
Foi o campo da Saúde do Trabalhador e,
posteriormente, com maior precisão, a Saúde Cole�va
(com origens na Medicina Social La�no-Americana) que
superaram as dicotomias entre saúde e doença, social e
biológico, e individual e cole�vo ao formularem a
concepção de saúde enquanto processo. Considerando
tal processualidade, nem estamos absolutamente
doentes nem absolutamente sãos, mas em con�nuo
movimento entre essas condições. Saúde e doença são
dois momentos de um mesmo processo, coexistem, uma
explicando a existência da outra.
O predomínio de uma ou de outra depende do
recorte e/ou ângulo de análise em cada momento e
contexto. Essa forma de entender a saúde rompe com o
pragma�smo biologicista, mas sem negar que a
dimensão biológica é parte relevante do processo saúde-
doença.
Possui o mérito (com autores como Berlinguer,
Donnangelo, Laurell, Arouca, Tambellini, Breilh, Nogueira,
entre outros) de demonstrar que, embora a saúde se
manifeste individual e biologicamente, ela é fruto de um
processo de determinação social. Processo esse que é
histórico e dinâmico, uno mas heterogêneo. Na verdade,
só pode ser processo por causa dessas caracterís�cas. Ele
nem pode ser considerado esta�camente ou como algo
imutável ou imune às transformações sociais, nem pode
ser considerado como um conjunto de fragmentos ou
fatores quase que autônomos uns dos outros ou, muito
menos, como uma massa homogênea e amorfa.
(Diego de Oliveira Souza. Doutor em Serviço Social/UERJ.
Professor do PPGSSUFAL/Maceió e da graduação em
Enfermagem/UFAL/Arapiraca. Disponível em:
h�ps://docs.wixsta�c.com/ugd/15557d_eae93514d26e4
aecb5e50ab81243343f.pdf. Acesso em agosto de 2019.
Adaptado.)
 
“Todavia, pouco explica o porquê disso, [...]” (2º§)
Sabendo-se que as palavras recebem diferentes
classificações de acordo com a classe em se inserem,
analise as afirma�vas a seguir.
 
I. O termo “porquê” classifica-se como substan�vo no
contexto em análise. 
II. O determinante que antecede o “porquê” é elemento
responsável por torná-lo um substan�vo.
III. Caso o termo “disso” fosse omi�do e o “porquê”
es�vesse no final da frase, não poderia ser classificado
como substan�vo, mas sim como uma conjunção.
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirma�va(s)
a) I, II e III.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
GR0878 - (Fag)
33@professorferretto @prof_ferretto
Redes de apoio e jovens equilibrados
Dois ar�gos cien�ficos divulgados recentemente
revelam como questões comportamentais afetam a
saúde mental dos jovens. No primeiro deles, a religião
aparece como uma proteção contra o suicídio. A pesquisa
é importante ___________ o atentado contra a própria
vida é uma das principais causas de morte entre jovens.
Nos Estados Unidos, fica atrás apenas de acidentes e
violência, na população de 15 a 24 anos. As garotas são
as ví�mas mais frequentes.
A pesquisa, publicada na revista médica European
Psychiatry, foi feita na Universidade de Tel Aviv, em Israel.
Ela sugere que adolescentes judeus pra�cantes, entre 13
e 17 anos, �veram um risco 45% menor de ter
pensamentos suicidas e tenta�vas de suicídio do que
jovens que não seguem a religião. Outras pesquisas
também sugerem que, entre jovens cristãos que seguem
a religião, as taxas de depressão são menores. A crença
religiosa se mostra como um elemento importante no
equilíbrio emocional, ___________ oferece uma rede de
apoio. Os amigos e conhecidos que par�lham dela
funcionam como uma fonte de apoio para os jovens.
O segundo ar�go, revela que a orientação sexual é um
fator que afeta a saúde mental dos jovens. A pesquisa,
realizada pela Escola de Medicina da Northwestern
University, nos EUA, revelou uma alta taxa de transtornos
emocionais entre garotos com orientação homo ou
bissexual, entre 16 e 20 anos. Um em cada três já
experimentaraum episódio de depressão. Um em cada
quatro �nha transtornos de conduta, e um em cada cinco
abusava de álcool ou era dependente. Estresse pós-
traumá�co, vício em nico�na, anorexia e pensamentos
suicidas também apareceram com maior frequência.
Uma conclusão ___________ do estudo mostra que,
muitas vezes, o mesmo jovem apresenta mais de um
desses problemas e, infelizmente, não costuma receber
apoio médico ou psicológico.
As minorias sexuais, que enfrentam preconceito,
fazem parte de uma população mais susce�vel às
dificuldades emocionais e à exposição a riscos. Daí a
importância de adotar posturas incisivas contra a
intolerância e o bullying no ambiente escolar. Campanhas
de saúde e polí�cas públicas para esse grupo de
adolescentes são fundamentais. Os garotos homo ou
bissexuais enfrentam maior risco de contaminação pelo
vírus HIV.
Os trabalhos divulgados analisam a influência de
fatores diferentes sobre a saúde emocional dos jovens,
mas a conclusão de ambos é semelhante: contar com
uma rede de apoio – seja ins�tucional ou de amigos e
conhecidos – é imprescindível para que os jovens
consigam lidar de maneira equilibrada com os desafios da
adolescência e do início da vida adulta.
Fonte: Jairo Bouer: h�p://epoca.globo.com/colunas-e-
blogs/jairo-bouer/no�cia
 
Considerando a correta grafia dos vocábulos, assinale a
alterna�va que preenche, correta e respec�vamente, as
lacunas pon�lhadas no texto 1.
a) por que – porquê – preucupante
b) porque – porque – preocupante
c) porque – porquê – preocupante
d) porque – porque – preucupante
e) por quê – porque – preocupante
GR0879 - (Ifsul)
Observe: “______ dois meses não se ouve falar dela e
não sabemos _______ ela desapareceu”. Em qual das
alterna�vas a seguir as palavras completam
corretamente as lacunas, na ordem em que aparecem?
a) Há – por que
b) Há – porque 
c) A – por que
d) A – porque
e) Há – porquê
GR0882 - (I�o)
Marque a alterna�va cuja sequência preenche
adequadamente as lacunas do trecho a seguir. Trata-se
das formas corretas do verbo “haver”, do uso dos
“porquês”, da crase e da preposição “a”.
______ que se ter paciência com ele. Não ______ nada
que se possa fazer ______ respeito. Saber o ______,
______ vezes é até pior. ______ você não tomou
providências e se reportou ______ secretária?
a) A, há, a, por quê, as, porque, a
b) Há, há, à, porquê, as, por quê, a
c) Há, a, a, porquê, às, por que, à
d) Há, há, a, porquê, às, por que, à
e) A, há, a, porque, as, porque, a
GR0884 - (Ufrr)
“Após encontrar um abrigo seguro sob uma copa de
maçaranduba caída, ainda ofegante, e com dores fortes
em sua pata esquerda e coxa direita, começou a
averiguar o que aquele estrondo havia lhe causado. A
pata estava completamente dilacerada, com
sangramento. As duas garras da região esquerda �nham
sido arrancadas. Observou a mu�lação. Em sua memória
automá�ca, associava o ferimento ao barulho alto e
aterrorizante.
Pelo ins�nto, a onça vislumbrou que, geralmente
antes e durante as chuvas torrenciais, estrondos ecoavam
pela floresta. Não eram parecidos com os dois que
34@professorferretto @prof_ferretto
acabara de ouvir, mas às vezes, quando acontecia, isso a
assustava como se a floresta es�vesse sendo engolida por
um animal maior e mais forte. Olhou novamente para a
pata, e diante de sua imponência, iniciou uma tenta�va
de escoamento do sangramento com sua língua, o que
logo pressen�u ser inú�l.
Ao passar do tempo, a coxa direita latejava cada vez
mais. Tentou levantar da toca provisória com o intuito de
chegar até sua caverna próxima à cachoeira. Constatou
ser impossível conseguir se apoiar sem firmar o corpo
com as regiões a�ngidas. O sangramento da pata
diminuiu de intensidade. Iniciou sua peregrinação
arrastando-se pela floresta. Sen�u a pele de seu peito
sendo esfolada pelas folhas, galhos e ouriços de castanha
da Amazônia.
Um rastro de sangue era visível ao longo da tenta�va
exaus�va de chegar à sua toca. Ao se deparar com um
igarapé, vacilou várias vezes até entrar n‘água. Mas não
�nha alterna�va. Na situação em que se encontrava, não
teria como se equilibrar nos troncos das árvores caídas
que serviam de ponte e eram facilmente transpassados.
Entrando no igarapé, a onça sen�u um alívio em sua
pata flagelada. De súbito, deitou-se na água e aliviou a
coxa a�ngida pelo impacto desconhecido. Aproveitou e
tomou longos goles do líquido. O ferimento na coxa não
sangrava mais como antes, porém, a pata dianteira
manchava o igarapé atraindo pequenos peixes que
mordiscavam seu pelo e a carne dilacerada do ferimento.
No movimento de afastar os peixes, enterrou a pata na
lama do fundo do igarapé e o sangue parou de manchar a
água. Logo a onça afundou mais a pata, e aos poucos a
dor foi diminuindo.”
DANTAS, Ricardo. Meia Pata. São Paulo: Kazuá, 2013. p.
20-21
 
Assinale a alterna�va em que “porque", “por que",
“porquê" e “por quê" estão todos empregados
CORRETAMENTE.
 
a) ─ Por que a onça
enterrou a pata na
lama do fundo do
igarapé? 
─ Ela fez isso por que os peixes a
estavam mordendo. Mas quer
saber o por que de ela enterrar a
pata por que?
b) ─ Por que a onça
enterrou a pata na
lama do fundo do
igarapé? 
─ Ela fez isso porque os peixes a
estavam mordendo. Mas quer
saber o porquê de ela enterrar a
pata por quê?
c) ─ Porque a onça
enterrou a pata na
lama do fundo do
igarapé?
─ Ela fez isso por que os peixes a
estavam mordendo. Mas quer
saber o por quê de ela enterrar a
pata porquê?
d) ─ Por quê a onça
enterrou a pata na
lama do fundo do
igarapé?
─ Ela fez isso porquê os peixes a
estavam mordendo. Mas quer
saber o porque de ela enterrar a
pata por quê?
e) ─ Porquê a onça
enterrou a pata na
lama do fundo do
igarapé?
─ Ela fez isso por que os peixes a
estavam mordendo. Mas quer
saber o por quê de ela enterrar a
pata porquê?
GR0894 - (Mul�vix)
Em relação ao uso do por que, assinale a alterna�va
incorreta:
a) É este o mo�vo por quê não vim.
b) Por que não foram ao cinema hoje?
c) Só os pais sabem das dificuldades por que passaram.
d) Explique por que você não chegou para a festa.
e) Você sabe por que eu disse aquelas coisas.
GR0895 - (Acafe)
Assinale a frase na qual os termos destacados em negrito
estão corretos.
a) Perguntaram várias vezes por que resolvi cobrar na
jus�ça o emprés�mo que fiz à vizinha.
b) Por absoluta falta de coerência e bom censo, o
vereador acabou tendo seu mandato caçado.
c) Meu médico concluiu que não sou nenhum super
homem e, por isso, receitou-me an�inflamatórios e
também um an�-sép�co bucal.
d) Nada havia a fazer se não conformar-se haja visto que
o material usado na sua construção da estrada é de
péssima qualidade.
GR0896 - (Urca)
ESPINHOS E FLORES
Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa
cousa em matéria de edificação de cidade. A topografia
do local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para
35@professorferretto @prof_ferretto
tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das
construções. Nada mais irregular, mais caprichoso, mais
sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas
surgiam como se fossem semeadas ao vento e, conforme
as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que
começam largas como boulevards e acabam estreitas que
nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir
ao alinhamento reto com um ódio tenaz e sagrado. Às
vezes se sucedem na mesma direção com uma
frequência irritante, outras se afastam, e deixam de
permeio um longo intervalo coeso e fechado de casas.
Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras
numa angús�a de espaço desoladora, logo adiante um
vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspec�va.
Marcham assim ao acaso as edificações e
conseguintemente o arruamento. Há casas de todos os
gostos e construídas de todas as formas. Vai-se por uma
rua a ver um correr de chalets, de porta e janela, parede
de frontal, humildes e acanhados, de repente se nos
depara uma casa burguesa, dessas de compoteiras na
cimalha rendilhada, a se erguer sobre um porão alto com
mezaninos gradeados. Passada essa surpresa, olha-se
acolá e dá-se com uma choupana de pau-a-pique,
cobertade zinco ou mesmo palha, em torno da qual
formiga uma população; adiante, é uma velha casa de
roça, com varanda e colunas de es�lo pouco classificável,
que parece vexada a querer ocultar-se, diante daquela
onda de edi�cios disparatados e novos. Não há nos
nossos subúrbios cousa alguma que nos lembre os
famosos das grandes cidades européias, com as suas vilas
de ar repousado e sa�sfeito, as suas estradas e ruas
macadamizadas e cuidadas, nem mesmo se encontram
aqueles jardins, cuidadinhos, aparadinhos, penteados,
porque os nossos, se os há, são em geral pobres, feios e
desleixados.
Os cuidados municipais também são variáveis e
caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios em certas
partes e outras não; algumas vias de comunicação são
calçadas e outras da mesma importância estão ainda em
estado de natureza. Encontra-se aqui um pon�lhão bem
cuidado sobre um rio seco e passos além temos que
atravessar um ribeirão sobre uma pinguela de trilhos mal
juntos. Há pelas ruas damas elegantes, com sedas e
brocados, evitando a custo que a lama ou o pó lhes
empane o brilho do ves�do; há operário de tamancos; há
peralvilhos à úl�ma moda; há mulheres de chita; e assim
pela tarde, quando essa gente volta do trabalho ou do
passeio, a mescla se faz numa mesma rua, num
quarteirão, e quase sempre o mais bem posto não é que
entra na melhor casa. Além disto, os subúrbios têm mais
aspectos interessantes, sem falar no namoro epidêmico e
no espiri�smo endêmico; as casas de cômodos (quem as
suporia lá!) cons�tuem um deles bem inédito. Casas que
mal dariam para uma pequena família, são divididas,
subdivididas, e os minúsculos aposentos assim ob�dos,
alugados à população miserável da cidade. Aí, nesses
caixo�ns humanos, é que se encontra a fauna menos
observada da nossa vida, sobre a qual a miséria paira
com um rigor londrino. Não se podem imaginar
profissões mais tristes e mais inopinadas da gente que
habita tais caixinhas. Além dos serventes de repar�ções,
con�nuos de escritórios, podemos deparar velhas
fabricantes de rendas de bilros, compradores de garrafas
vazias, castradores de gatos, cães e galos, mandingueiros,
catadores de ervas medicinais, enfim, uma variedade de
profissões miseráveis que as nossas pequena e grande
burguesias não podem adivinhar. Às vezes, num cubículo
desses se amontoa uma família, e há ocasiões em que os
seus chefes vão a pé para a cidade por falta do níquel do
trem. Ricardo Coração dos Outros morava em uma pobre
casa de cômodos de um dos subúrbios. Não era das
sórdidas, mas era uma casa de cômodos dos subúrbios.
Desde anos que ele a habitava e gostava da casa que
ficava trepada sobre uma colina, olhando da janela do
seu quarto para uma ampla extensão edificada que ia da
Piedade a Todos os Santos.
Vistos assim do alto, os subúrbios têm a sua graça. As
casas pequeninas, pintadas de azul, de branco, de oca,
engastadas nas comas verde-negras das mangueiras,
tendo de permeio, aqui e ali, um coqueiro ou uma
palmeira, alta e soberba, fazem a vista boa e a falta de
percepção do desenho das ruas põe no programa um
sabor de confusão democrá�ca, de solidariedade perfeita
entre as gentes que as habitavam; e o trem minúsculo,
rápido, atravessa tudo aquilo, dobrando à esquerda,
inclinando-se para a direita, muito flexível nas suas
grandes vértebras de carros, como uma cobra entre
pedrouços. Era daquela janela que Ricardo espraiava as
suas alegrias, as suas sa�sfações, os seus triunfos e
também os seus sofrimentos e mágoas. Ainda agora
estava ele lá, debruçado no peitoril, com a mão em
concha no queixo, colhendo com a vista uma grande
parte daquela bela, grande e original cidade, capital de
um grande país, de que ele a modos que era e se sen�a
ser, a alma, consubstanciado os seus tênues sonhos e
desejos em versos discu�veis, mas que a plangência do
violão, se não lhes dava sen�do, dava um quê de
balbucio, de queixume dorido da pátria criança ainda,
ainda na sua formação... Em que pensava ele? Não
pensava só, sofria também. Aquele tal preto con�nuava
na sua mania de querer fazer a modinha dizer alguma
cousa, e �nha adeptos. Alguns já o citavam como rival
dele, Ricardo; outros já afirmavam que o tal rapaz
deixava longe o Coração dos Outros, e alguns mais –
ingratos! – já esqueciam os trabalhos, o tenaz trabalhar
de Ricardo Coração dos Outros em prol do levantamento
da modinha e do violão, e nem nomeavam o abnegado
obreiro.
(Triste Fim de Policarpo Quaresma, pp.160-165)
 
Dadas as proposições abaixo, marque a opção que
preenche corretamente as lacunas:
36@professorferretto @prof_ferretto
 
– Major Quaresma saiu _____ alguns minutos.
– O mapa indica que o subúrbio fica _____ meia hora
daqui.
– Daqui _____ um ano iremos viajar.
– Não vejo Ricardo Coração dos Outros ____ dias.
a) a; há; há; a
b) há; a; a; há
c) a; há; a; há
d) há; há; a; a
e) a; a; há; há.
GR0902 - (Cecierj)
Ao verme
que
primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver
dedico
como saudosa lembrança
estas memórias póstumas
 
Morri de uma pneumonia; mas se lhe disser que foi
menos a pneumonia, do que uma ideia grandiosa e ú�l, a
causa da minha morte, é possível que o leitor me não
creia, e todavia é verdade. Vou expor-lhe sumariamente
o caso. Julgue-o por si mesmo. (...)
Com efeito, um dia de manhã, estando a passear na
chácara, pendurou-se-me uma ideia no trapézio que eu
�nha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a bracejar,
a pemear, a fazer as mais arrojadas cabriolas de vola�m,
que é possível crer. Eu deixei-me estar a contemplá-la.
Súbito, deu um grande salto, estendeu os braços e as
pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou
devoro-te.
Essa ideia era nada menos que a invenção de um
medicamento sublime, um emplasto an�-hipocondríaco,
des�nado a aliviar a nossa melancólica humanidade. Na
pe�ção de privilégio que então redigi, chamei a atenção
do governo para esse resultado, verdadeiramente cristão.
Todavia, não neguei aos amigos as vantagens pecuniárias
que deviam resultar da distribuição de um produto de
tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém, que
estou cá do outro lado da vida, posso confessar tudo: o
que me influiu principalmente foi o gosto de ver
impressas nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas, e
enfim nas caixinhas do remédio, estas três palavras:
Emplasto Brás Cubas. Para que negá-lo? Eu �nha a paixão
do arruído, do cartaz, do foguete de lágrimas. Talvez os
modestos me arguam esse defeito; fio, porém, que esse
talento me hão de reconhecer os hábeis. Assim, a minha
ideia trazia duas faces, como as medalhas, uma virada
para o público, outra para mim. De um lado, filantropia e
lucro; de outro lado, sede de nomeada. Digamos: —
amor da glória.
Um �o meu, cônego de prebenda inteira, costumava
dizer que o amor da glória temporal era a perdição das
almas, que só devem cobiçar a glória eterna. Ao que
retorquia outro �o, oficial de um dos an�gos terços de
infantaria, que o amor da glória era a coisa mais
verdadeiramente humana que há no homem, e,
conseguintemente, a sua mais genuína feição.
Decida o leitor entre o militar e o cônego; eu volto ao
emplasto.
ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas.
9.ed. São Paulo: Á�ca, 1982. (9.11, 14 6 15).
 
A grafia do conector sublinhado em “Um ensaio de
Benjamin Moser (...) perguntava por que Machado ainda
era tão pouco lido nos EUA” (linhas 18-21), com os itens
“por” e “que” separados e sem acento, jus�fica-se por
a) iniciar uma pergunta indireta.
b) introduzir uma afirmação.
c) representar um nome.
d) cons�tuir uma exclamação.
GR0938 - (Uemg)
 
Ao comparar a linguagem u�lizada nessa publicidade
com a linguagem contemporânea, nota-se que houve
variação e mudança no português escrito. Considerando
que esse anúncio é de 1929, infere-se que as mudanças
ocorridas em algumas palavras desse texto foram
causadas por
37@professorferretto @prof_ferretto
a) conflitos sociais.
b) convenções ortográficas.
c) diferenças regionais.
d) questões econômicas.
38@professorferretto @prof_ferrettoao modelo de crescimento defendido por
sucessivos governos brasileiros, independentemente de
par�dos ou de ideologias. O ganho no curto prazo se
limitaria, se tanto, a um aspecto de marke�ng, e seria
muito pequeno quando comparado com o custo real,
representado pela perda de la�tude de escolha de nossas
polí�cas (industrial, ambiental, de saúde, etc.).
Finalmente – e esse é o aspecto mais recente da
ofensiva pós-neoliberal – há quem já fale em ressuscitar a
Área de Livre Comércio das Américas, cujas negociações
chegaram a um impasse entre 2003 e 2004, quando ficou
claro que os EUA não abandonariam suas exigências em
patentes farmacêu�cas (inclusive no que tange ao
método para a solução de controvérsias) e pouco ou
nada nos ofereceriam em agricultura. A Alca, tal como
proposta, previa não apenas uma ampla abertura
comercial em matéria de bens e serviços, de efeitos
danosos para nosso parque industrial, mas também
regras muito mais estritas e desfavoráveis aos nossos
interesses do que as que haviam sido negociadas
mul�lateralmente (isto é, no sistema GATT/OMC),
inclusive por governos que antecederam ao do
Presidente Lula. Tudo isso, sob a hegemonia da maior
potência econômica do con�nente americano (e, por
enquanto pelo menos, do mundo).
Medidas desse �po não cons�tuem ajustes
passageiros. São mudanças estruturais, que, caso
adotadas, alterariam profundamente o caminho de
desenvolvimento que, com maior ou menor ênfase,
sucessivos governos escolheram trilhar. Os que
propugnam por esse redirecionamento de nossa inserção
no mundo parecem ignorar que mudanças desse porte,
sem um mandato popular expresso nas urnas, seriam
não só prejudiciais economicamente, mas cons�tuiriam
uma violência contra a democracia. Evidentemente nosso
governo não se deixará levar por pressões midiá�cas,
mas até alguns ardorosos defensores de um Brasil
independente e soberano podem não ser de todo
infensos a influências de intelectuais que granjearam
alguma respeitabilidade pela obra passada. Daí a
necessidade do alerta: “intelectuais progressistas,
preparai-vos para o debate”. Ele vai ser duro e não se
dará somente nos salões acadêmicos ou nos corredores
palacianos. Terá que ir às ruas, às praças e às portas de
fábrica.
(Texto de Celso Amorim, Carta Maior - 14 de abril de
2015)
 
Indique a opção em que todos as palavras estão
conforme a norma culta:
a) sobreumano, vicerrei, subumano e anteprojeto.
b) mandachuva, semirreta, vicerrei e vice-almirante.
c) vice-rei, micro-ondas, micro-ônibus e hiperacidez.
d) subclavicular, sub-delegado, sub-emenda e vicerrei.
e) infrassom, infraepá�co, semirreta e vicerrei.
GR0018 - (Ufrr)
Em: “A autossuficiência do País permite a exportação de
doses para 70 países, grande parte na África”, segundo
regras e convenções ortográficas vigentes, a não
hifenização da palavra destacada jus�fica-se pelo mesmo
processo ocorrido em:
a) subatômico
b) preencher
c) malnascido
d) semiárido
e) contrarreforma
GR0020 - (U�f)
Polí�ca e Poli�calha
Rui Barbosa
A polí�ca afina o espírito humano, educa os povos no
conhecimento de si mesmos, desenvolve nos indivíduos a
a�vidade, a coragem, a nobreza, a previsão, a energia;
cria, apura, eleva o merecimento.
Não é esse jogo da intriga, da inveja e da incapacidade, a
que entre nós se deu a alcunha de poli�cagem. Esta
palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto
significado. Não há dúvida que rima bem com criadagem
e parolagem, afilhadagem e ladroagem. Mas não tem o
mesmo vigor de expressão que os seus consoantes.
Quem lhe dará o ba�smo adequado? Poli�quice?
Poli�quismo? Poli�caria? Poli�calha? Neste úl�mo, sim, o
sufixo pejora�vo queima como um ferrete, e desperta ao
ouvido uma consonância elucida�va.
Polí�ca e poli�calha não se confundem, não se parecem,
não se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se
3@professorferretto @prof_ferretto
excluem, se repulsam mutuamente.
A polí�ca é a arte de gerir o Estado, segundo princípios
definidos, regras morais, leis escritas, ou tradições
respeitáveis. A poli�calha é a indústria de explorar o
bene�cio de interesses pessoais. Cons�tui a polí�ca uma
função, ou o conjunto das funções do organismo
nacional: é o exercício normal das forças de uma nação
consciente e senhora de si mesma. A poli�calha, pelo
contrário, é o envenenamento crônico dos povos
negligentes e viciosos pela contaminação de parasitas
inexoráveis. A polí�ca é a higiene dos países moralmente
sadios. A poli�calha, a malária dos povos de moralidade
estragada.
In: ROSSIGNOLI, Walter. Português: teoria e prá�ca. São
Paulo, Ed. Á�ca. 2004. p.19.
 
Tendo em vista a ortografia oficial de Língua Portuguesa,
assinale a alterna�va em que o emprego do hífen está
INCORRETO:
a) Guarda-roupa.
b) Para-quedas.
c) Mico-leão-dourado.
d) Super-homem.
e) Cor-de-rosa.
GR0028 - (Ufes)
Preencha as lacunas das frases abaixo com as expressões
indicadas nos parênteses:
 
I. A obra de Harold Bloom, _____________ cânone
literário, é um trabalho dirigido ao público norte-
americano. (a cerca de, há cerca de, acerca de).
II. Essa medida desagradou aos funcionários, por que
veio _____________ suas aspirações. (ao encontro de, de
encontro a).
III. Ela saiu _____ dez minutos, mas volta daqui ____
pouco. (a, há).
IV. O trânsito nas estradas tem estado caó�co,
____________ o trágico acidente de ontem. (haja visto,
haja vista).
 
A alterna�va que preenche CORRETAMENTE as lacunas
das frases acima é
a) a cerca de - de encontro a - a/há - haja vista.
b) há cerca de - ao encontro de - há/há - haja visto.
c) acerca de - de encontro a - há/a - haja vista.
d) acerca de - ao encontro de - a/a - haja visto.
e) há cerca de - de encontro a - há/a - haja vista.
GR0377 - (Unicamp)
Há dois �pos de palavras: as proparoxítonas e o resto. As
proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do
léxico. As palavras mais pernós�cas são sempre
proparoxítonas. Para pronunciá-las, há que ter ânimo,
falar com ímpeto - e, despó�cas, ainda exigem acento na
sílaba tônica! Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem
mais crédito. É inequívoca a diferença entre o arruaceiro
e o vândalo. Uma coisa é estar na ponta – outra, no
vér�ce. Ser artesão não é nada, perto de ser ar�fice.
Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pon�fice.
(Adaptado de Eduardo Affonso, “Há dois �pos de
palavras: as proparoxítonas e o resto”. Disponível em
www.facebook.com/eduardo22affonso/.)
 
Pernós�cas = arrogantes
Despó�cas = �ranas, opressoras
 
Segundo o texto, as proparoxítonas são palavras que
a) garantem sua pronúncia graças à exigência de uma
sílaba tônica.
b) conferem nobreza ao léxico da língua graças à
facilidade de sua pronúncia.
c) revelam mais pres�gio em função de seu pouco uso e
de sua dupla acentuação.
d) exibem sempre sua prepotência, além de imporem a
obrigatoriedade da acentuação.
GR0530 - (Ifpe)
 
Segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa, a palavra “autoes�ma”, que foi empregada
no primeiro quadrinho do texto, é grafada sem hífen. Isso
acontece com muitos outros vocábulos. Considerando as
regras para o uso do hífen em palavras com prefixos,
assinale a alterna�va que possui uma palavra grafada
CORRETAMENTE, conforme o referido acordo.
a) Micro-ondas. 
b) Contra-indicação. 
c) Infra-estrutura. 
d) Auto-escola. 
e) Mini-saia.
4@professorferretto @prof_ferretto
GR0027 - (Ufpr)
O vírus da Zika
Zika, na língua luganda falada por 3 milhões de
ugandenses, geralmente traduz-se como matagal. É um
nome apropriado para a floresta nos arredores da cidade
de Entebbe, que mais parece um bosque ralo e tem
apenas um décimo (150 mil m²) da área do parque
paulistano do Ibirapuera.
Como local de ba�smo cien�fico do vírus que
sucedeu o ebola como o mais temido do mundo, a
floresta Zika parece insignificante. Bem mais adequada
soa uma segunda interpretação para o termo zika dada
pelo entomologista (especialista em insetos) Louis
Mukwaya, 76, do Ins�tuto Ugandense de Pesquisa sobre
Vírus (UVRI, na sigla em inglês): lugar onde muitas
pessoas morreram.
A não ser essa explicação sobre seu nome, nada
háde assustador na floresta Zika. Percorrem-se 11 km de
ruas de terra e algum asfalto para chegar ali desde o
UVRI, na área urbana de Entebbe. O ins�tuto foi fundado
por ingleses em 1936 para estudar febre amarela,
quando Uganda ainda fazia parte do Império Britânico. 
Não há cerca nem portão, só duas cabanas de
concreto e um casebre de madeira com telhas de zinco
ocupados por dois vigias. Do lado da entrada da floresta,
ouve-se apenas a algazarra de crianças jogando futebol e
o ruído ocasional de motosserra. Do lado de lá, impera o
silêncio do pântano que margeia o lago Vitória.
Cinco minutos de caminhada levam à torre de
aço, com cerca de 35 m de altura, erguida pelos ingleses
em 1962, mesmo ano da independência de Uganda. Dela,
projetam-se plataformas para jaulas que, no passado,
eram ocupadas por macacos, presos à espera de picadas
das mais de 40 espécies de “nsiri” (mosquitos) presentes
na floresta Zika.
Antes da década de 60, as plataformas eram de
madeira. Numa delas viveu o macaco reso (o de pelagem
castanhoavermelhada) número 766. Em abril de 1947, o
animal teve febre de 39,7 ºC. Seguindo um procedimento
padrão, amostras do sangue dele foram injetadas no
crânio de camundongos, que também adoeceram.
Nos cérebros dos roedores, pesquisadores
descobriram par�culas de um “agente transmissível”
novo para a ciência. No ano seguinte, em janeiro, o
mesmo agente foi encontrado em mosquitos da espécie
Aedes africanus, primo do Aedes aegyp�, que tanto
inferniza brasileiros. 
A publicação da descoberta do novo vírus
ocorreu em 1952, pelo escocês George Dick, do Ins�tuto
Nacional de Pesquisa Médica de Londres, e pelos
americanos Stuart Kitchen e Alexander Haddow, da
Fundação Rockefeller. Ba�zaram-no como zika, em razão
da origem do caso. […]
(Folha de São Paulo, 7 dez. 2016)
 
Considere o seguinte trecho: 
Devido ____ presença de mais de 40 espécies de
mosquitos, ____ floresta Zika, em Uganda, foi o local em
que se iden�ficou o vírus pela primeira vez, ____ mais de
60 anos. 
Assinale a alterna�va que preenche corretamente as
lacunas.
a) à – há – a.
b) a – à – há.
c) há – à – a.
d) há – a – há.
e) à – a – há.
GR0017 - (Ufms)
Considerando a ortografia, especificamente o uso
(presença ou ausência) de hífen, a alterna�va correta é:
a) sulmatogrossense; matéria prima; mão-de-obra; an�-
inflamatório; cor de rosa; cana de açúcar.
b) sul-matogrossense; matéria-prima; an�inflamatório;
cor-de-rosa; mão de obra; copar�cipação.
c) ultrassom; afro-brasileiro; porta-relógios; porta-sacos;
infraestrutura; afrodescendente.
d) ultrassom; afro-brasileiro; portarrelógios; portassacos;
infraestrutura; afro-descendente.
e) ultrassom; afrobrasileiro; portarrelógios; portassacos;
infra-estrutura; afro-descendente.
GR0011 - (Ufms)
“Ele saía para o trabalho todas as manhãs, antes de o sol
nascer, e só voltava após o pôr do sol. Mal via os três
filhos e a esposa, mas julgava ser seu herói, pois não lhes
faltava nada. Naquela noite, ao retornar, pôde sen�r, no
entanto, possíveis efeitos de sua ausência constante. Dois
dos meninos estavam sendo abordados por policiais, sob
suspeita de tráfico de entorpecentes.”
[Texto produzido pela Fapec-Ufms especificamente para
esta prova]
 
A alterna�va que traz a informação correta sobre a
respec�va regra de acentuação da(s) palavra(s) e seus
pré-requisitos é:
5@professorferretto @prof_ferretto
a) Na palavra “saía”, o “i” recebe acento gráfico porque
forma hiato com a vogal anterior, cons�tui sílaba e não
está precedido de ditongo. Além disso, não é seguido
de –nh.
b) O “i” da palavra “saía” está indevidamente acentuado,
pois, em palavras paroxítonas, o “i” que forma hiato
não recebe acento gráfico.
c) A palavra “herói” está indevidamente acentuada, pois
não se acentua graficamente a vogal tônica dos
ditongos abertos “ei” e “oi”.
d) As palavras “pôr” e “pôde” também poderiam ser
grafadas sem o acento, pois as regras de ortografia em
vigor consideram faculta�vos os acentos diferenciais.
e) As palavras “pôr” e “pôde” não deveriam estar
acentuadas, pois as regras de ortografia em vigor não
preveem uso de acentos diferenciais.
GR0510 - (Enem PPL)
Piqui��m
Se eu fosse um passarim
Destes bem avoadô
Destes bem piqui��m
Assim que nem beija-flor
Avoava do gaim e assentava sem assombro
Nas grimpinha do seu ombro
Mode beijá seus beicinho
E se ocê deixasse as veiz
Com um fio do seu cabelim
No prazo de quaiz um mês
Eu fazia nosso nin
Aí sei que dessa veiz
Em poquim tempo dispoiz
Nóis largava de ser dois
Pra ser quatro, cinco ou seis
CARNEIRO, H.; MORAIS, J. E. Disponível em:
www.palcomp3.com.br. Acesso em: 3 jul. 2019.
 
A estratégia linguís�ca predominante na configuração
regional da linguagem representada na letra de canção é
o(a)
a) ausência da marca de concordância nominal.
b) redução da sílaba final de determinadas palavras.
c) emprego de vocabulário caracterís�co da fauna
brasileira.
d) uso da regra variável de concordância verbal.
e) supressão do R na sílaba final dos vocábulos.
GR0021 - (Fjpf)
Observe o emprego do termo sublinhado na frase “Por
que há médicos, advogados, professores e engenheiros
despreparados, vamos batalhar pelo fechamento dos
educandários por onde se formaram?”. Sabendo-se que o
termo em negrito acima tem quatro formas dis�ntas de
grafia, pode-se afirmar que há incorreção na frase:
a) Não se sabe por que os jornalistas �nham baixa
formação. 
b) Não se sabe o porquê de os jornalistas terem baixa
formação. 
c) Os jornalistas �nham baixa formação por que? 
d) Os jornalistas �nham baixa formação porque não
havia cursos especializados. 
e) Os cursos por que passavam os jornalistas eram de
curta direção.
GR0012 - (Ufpe)
A música é uma forma de comunicação u�lizada como
um canal, em que é possível transmi�r uma mensagem
de forma su�l, eficiente e agradável, seja apenas para o
prazer do ouvinte ou para influenciá-lo a tomar
determinadas ações ou a�tudes esperadas pelo
anunciante – além de poder ajudar na construção de
uma marca e estreitar sua relação com o consumidor.
Um ó�mo exemplo é o da Coca-Cola. Com tom
alegre e inspirador em suas campanhas, a marca tenta
passar uma mensagem que desperte a empa�a – não só
a seus potenciais clientes, mas a todos que assistem a
seu filme.
É fácil perceber que a trilha sonora de um filme,
se mudada, pode dar um sen�do totalmente diferente à
cena. É assim no cinema e também na publicidade, por
isso a escolha da música certa é tão importante para o
trabalho publicitário.
Disponível em:
h�ps://plugcitarios.com/blog/2017/03/24/importancia-
da-musica-napublicidade. Acesso em 15/09/2019.
Adaptado
 
Assim como na palavra “música”, deve receber acento
gráfico a palavra
a) súdito.
b) rúbrica.
c) púdico.
d) gratuíto.
e) maresía.
GR0533 - (Insper)
6@professorferretto @prof_ferretto
 
Na imagem acima, o cartunista brinca com a reforma
ortográfica. Com relação ao emprego do hífen, todas as
palavras estão de acordo com as novas regras, exceto
a) mega-empresa. 
b) autorretrato. 
c) autoajuda. 
d) micro-ondas. 
e) an�-inflamatório.
GR0263 - (Unesp)
O caboclo mal-encarado que encontrei um dia
em casa do Mendonça também se acabou em desgraça.
Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns
são levados pela cobra, outros pela cachaça, outros
matam-se.
Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da
pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e
órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no
fogo, as lombrigas comeram o segundo, o úl�mo teve
angina e a mulher enforcou-se.
Para diminuir a mortalidade e aumentar a
produção, proibi a aguardente.
Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que
não preciso descrevê-la. As partes principais apareceram
ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode
interessar aos arquitetos, homens que provavelmente
não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito.
Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis
e diversos objetos que entrei a u�lizar com receio, outros
que ainda hoje não u�lizo, porque não sei para que
servem.
Aqui existe um salto decinco anos, e em cinco
anos o mundo dá um bando de voltas. Ninguém
imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu
haja procedido invariavelmente com segurança e
percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor,
não procedi nem percorri. Tive aba�mentos, desejo de
recuar; contornei dificuldades: muitas curvas. Acham que
andei mal?
A verdade é que nunca soube quais foram os
meus atos bons e quais foram os maus. Fiz coisas boas
que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram
lucro. E como sempre �ve a intenção de possuir as terras
de S. Bernardo, considerei legí�mas as ações que me
levaram a obtê-las.
Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus.
Vieram-me as rugas, já se vê, mas o crédito, que a
princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas
desceram. E os negócios desdobraram-se
automa�camente. Automa�camente. Di�cil? Nada! Se
eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não
entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de
sorte, metam o pau: as tolices que pra�carem viram
sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham demais e
não progridem.
Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro:
quando a ocasião chega, desenroscam-se, abrem a boca
– e engolem tudo.
Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras
tenta�vas e obriguei a fortuna a ser-me favorável nas
seguintes. Depois da morte do Mendonça, derrubei a
cerca, naturalmente, e levei-a para além do ponto em
que estava no tempo de Salus�ano Padilha. Houve
reclamações.
– Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o
diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E quem não
gostar, paciência, vá à jus�ça.
Como a jus�ça era cara, não foram à jus�ça. E eu,
o caminho aplainado, invadi a terra do Fidélis, paralí�co
de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife,
estudando Direito. Respeitei o engenho do Dr.
Magalhães, juiz. Violências miúdas passaram
despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no
foro, graças às chicanas de João Nogueira.
Efetuei transações arriscadas, endividei-me,
importei maquinismos e não prestei atenção aos que me
censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas.
Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus
produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem.
Azevedo Gondim compôs sobre ela dois ar�gos, chamou-
me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito
também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e
elogiando o chefe polí�co local. Em consequência
mordeu-me cem mil-réis.
(S. Bernardo, 1996.)
 
O narrador emprega expressão própria da modalidade
oral da linguagem em:
7@professorferretto @prof_ferretto
a) “Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza.”
(7º parágrafo)
b) “Naturalmente deixei de dormir em rede.” (4º
parágrafo)
c) “A verdade é que nunca soube quais foram os meus
atos bons e quais foram os maus.” (6º parágrafo)
d) “E os negócios desdobraram-se automa�camente.” (7º
parágrafo)
e) “Julgo que não preciso descrevê-la.” (4º parágrafo)
GR0014 - (Ufcg)
O novo acordo ortográfico do português está em uso
desde 2009, mas muitos brasileiros ainda estão
escrevendo de acordo com a grafia an�ga. Qual das
sequências de palavras abaixo está conforme o novo
acordo?
a) Pré-universitário; (ele) entretém; heroico; dia-a-dia;
(ele) pára.
b) Suprarrenal; ex-diretor; pôr (verbo); perdoo; papéis.
c) Mal-humorado; (elas) descrêem; acriano (do Acre);
fórum; imã.
d) Além-mar; ciên�fico; faisca; (tu) deténs; espontânea.
e) Sobrehumano; copo-d’água; �póia; Sauipe; amiúde.
GR0022 - (Fuvest)
Assinale a frase grama�calmente correta:
a) Não sei por que discu�mos.
b) Ele não veio por que estava doente.
c) Mas porque não veio ontem?
d) Não respondi porquê não sabia.
e) Eis o porque da minha viagem.
GR0002 - (Ufrgs)
Darwin passou quatro meses no Brasil, em 1832,
durante a sua 2célebre viagem a bordo do Beagle. Voltou
impressionado com o que viu: "5Delícia é um termo
17insuficiente para 19exprimir as emoções sen�das por
28um naturalista a 8sós com a natureza em uma floresta
brasileira", escreveu. O Brasil, 11porém, aparece de
forma menos 21idílica em 27seus escritos: "Espero nunca
mais voltar a um 12país escravagista. O estado da
enorme população escrava deve preocupar todos os que
chegam ao Brasil. Os senhores de escravos querem ver o
negro como outra espécie, mas temos todos a mesma
origem."
Em vez do gorjeio do 6sabiá, o que Darwin guardou
nos ouvidos foi 30um som 3terrível que 29o acompanhou
por toda a vida: "13Até hoje, se eu ouço um grito,
39lembro-me, com 22dolorosa e clara memória, 43de
quando passei numa casa em Pernambuco e ouvi urros
14terríveis. Logo entendi que era algum pobre escravo
que estava sendo torturado,"
Segundo o 4biólogo Adrian Desmond, “a viagem do
Beagle, para Darwin, foi 40menos 41importante pelos
15espécimes coletados do que pela 16experiência de
25testemunhar os horrores da 23escravidão no Brasil.
47De certa forma, ele escolheu focar na 20descendência
comum do homem justamente para mostrar que 32todas
as raças eram iguais e, 31desse modo, enfim, 44objetar
36àqueles que 18insis�am em dizer que os negros
pertenciam a uma espécie diferente e inferior à dos
brancos". 1Desmond acaba de lançar um estudo que
mostra a paixão abolicionista 35do cien�sta, 26revelada
por 33seus 7diários e cartas 42pessoais. “A extensão de
34seu interesse no combate à ciência de cunho racista 9é
surpreendente, e pudemos detectar um ímpeto moral
por 10trás de seu trabalho sobre a evolução humana -
urna crença na ‘irmandade racial’ que 38�nha 37origem
em 45seu ódio 46ao 24escravismo e que o levou a pensar
numa descendência comum."
Adaptado de: HAAG, C. O elo perdido tropical. Pesquisa
FAPESP, n. 159, p. 80 - 85, maio 2009.
 
Assinale a alterna�va em que as três palavras são
acentuadas graficamente pela mesma razão.
a) célebre (ref. 2) - terrível (ref. 3) - biólogo (ref. 4)
b) Delícia (ref. 5) - sabiá (ref. 6) - diários (ref. 7)
c) sós (ref. 8) - é (ref. 9) - trás (ref. 10)
d) porém (ref. 11) - país (ref. 12) - Até (ref. 13)
e) terríveis (ref. 14) - espécimes (ref. 15) - experiência
(ref. 16)
GR0023 - (Cesgranrio)
Science fic�on
O marciano encontrou-me na rua e teve medo de minha
impossibilidade humana. Como pode exis�r, pensou
consigo, um ser que no exis�r põe tamanha anulação de
existência?
Afastou-se o marciano, e persegui-o. Precisava dele como
de um testemunho. Mas, recusando o colóquio,
desintegrou-se no ar constelado de problemas.
E fiquei só em mim, de mim ausente.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Science fic�on. Poesia e
prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p. 330-331. 
 
O elemento em destaque está grafado de acordo com a
norma-padrão em:
8@professorferretto @prof_ferretto
a) O marciano desintegrou-se por que era necessário.
b) O marciano desintegrou-se porquê?
c) Não se sabe por que o marciano se desintegrou.
d) O marciano desintegrou-se, e não se sabe o porque.
e) Por quê o marciano se desintegrou?
GR0030 - (Ufes)
Uma das alterna�vas contém erro localizado no termo
grifado. Marque-a.
a) Os novos moradores vivem a cerca de dois
quilômetros da cidade.
b) Espanhol e Italiano são duas línguas de estruturas a
fins.
c) Há um mo�vo por que os moradores venderam a casa:
escassez de recursos.
d) O dia a dia das metrópoles estressa os indivíduos que
nelas circulam.
e) Faltou ao funcionário resolver duas questões.
GR0026 - (Ufpr)
Assinale a alterna�va em que o uso e a grafia da
expressão sublinhada foram usados INCORRETAMENTE.
a) Ele não está tão afim de você.
b) O espanhol é uma língua afim com o português.
c) O pai se sacrifica a fim de dar uma vida melhor à filha.
d) Os parentes e afins compareceram à festa.
e) Ana e eu não temos negócios afins.
GR0006 - (Ufscar)
Houve um tempo em que a minha janela se abria
para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo
de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo
branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da
mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado
no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e
sen�a-me completamente feliz.
Houve um tempo em que minha janela davapara
um canal. No canal oscilava um barco. Um barco
carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? quem
as comprava? em que jarra, em que sala, diante de quem
brilhariam, na sua breve existência? e que mãos as
�nham criado? e que pessoas iam sorrir de alegria ao
recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma
ficava completamente feliz. [...]
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades
certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que
essas coisas não existem diante das minhas janelas, e
outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para
poder vê-las assim.
(Cecília Meireles, A arte de ser feliz. Em "Escolha seu
sonho", p. 24.)
 
Assinale a alterna�va em que as palavras estão
acentuadas graficamente pelas mesmas regras por que
estão acentuadas, respec�vamente, em: "chalé" e
"existência".
a) atrás, próprio.
b) pá, evidência.
c) Jaú, máscara.
d) pré-requisitos, variados.
e) fé, mídia.
GR0531 - (Ifpe)
Acauã
Luiz Gonzaga
Acauã, acauã vive cantando
Durante o tempo do verão
No silêncio das tardes agourando
Chamando a seca pro sertão
Chamando a seca pro sertão
Acauã,
Acauã,
Teu canto é penoso e faz medo
Te cala acauã,
Que é pra chuva voltar cedo
Que é pra chuva voltar cedo
Toda noite no sertão
Canta o João Corta-pau
A coruja, mãe da lua
A pei�ca e o bacurau
Na alegria do inverno
Canta sapo, gia e rã
Mas na tristeza da seca
Só se ouve acauã
Só se ouve acauã
Acauã, Acauã...
 
O úl�mo acordo ortográfico impôs algumas mudanças no
emprego do hífen. No caso específico de “João Corta-
pau”, que aparece na letra de Luiz Gonzaga, é correto
afirmar que
9@professorferretto @prof_ferretto
a) perdeu o hífen, logo, deixou de ser palavra composta e
teve sua escrita mudada para “João corta pau”. 
b) con�nuou a ser escrita com apenas um hífen, ou seja,
“João Corta-pau”, pois a presença do nome próprio
“João” impede outra possibilidade de escrita. 
c) passou a ser escrita com apenas um hífen entre o
nome próprio “João” e a forma verbal “corta”, sendo
assim, sua escrita correta é “João-corta pau”. 
d) possui apenas um hífen, todavia a palavra “joão” é
escrita com letra minúscula, logo, passa a ser escrita
“joão corta-pau”. 
e) é escrita com dois hífens, ou seja, “joão-corta-pau”,
por se tratar de palavra composta que serve para
nominar espécie de animal.
GR0003 - (Ufrgs)
Os processos da história mí�ca são francamente
irracionais. Como se explica que, apesar do seu lúgubre
estalinismo, Che Guevara tenha adquirido uma aura
român�ca que 2ofusca a de qualquer outro herói do
século 20, culminando hoje na sua san�ficação entre
camponeses bolivianos?
Essa aura român�ca 3começou a se formar quando,
abandonando uma pres�giosa posição no regime
cubano, 4se internou no Congo para lutar contra uma
corrupta e sanguinária ditadura neocolonialista. E
5tornou-se legendária em decorrência de sua trágica
aventura na Bolívia.
Che Guevara morreu antes das suas ideias e, graças
a isso, não só 6escapou do eclipse histórico, como se
transformou num dos símbolos e ícones da nossa época.
Seus métodos eram autoritários, sua base teórica,
extremamente superficial, e seu projeto econômico-
social 7fracassou miseravelmente. Imortalizou-o uma das
qualidades mais raras e admiradas entre os homens -
uma nobre e indômita coragem, exatamente o fascinante
traço essencial do herói. O Che foi um herói do nosso
tempo - um tempo feito de mesquinho egoísmo e opaca
mediocridade. É natural que seja 1especialmente
venerado por jovens de classe média, da qual também
ele provinha: encarna o herói que a maioria desses
jovens gostaria de encarnar, mas não consegue.
(Adaptado de: FREITAS, Décio. O PROFETA DA
GUERRILHA. ZERO HORA, 13 de julho, 1997, p.19.)
 
Considere as seguintes afirmações sobre acentuação
gráfica no texto.
 
I - A palavra "teórica" recebe acento gráfico pela mesma
regra que preceitua o uso do acento em "lúgubre".
II - Se fosse re�rado o acento das palavras "só", "é" e
"média", esta alteração provocaria o aparecimento de
outras palavras da Língua Portuguesa.
III - A palavra "herói" é acentuada pela mesma regra de
"autoritários".
 
Quais estão corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e III
d) Apenas II e III
e) I, II e III
GR0007 - (Ufpr)
As duas estrofes a seguir iniciam o poema Y-Juca-Pyrama
de Gonçalves Dias, publicado em 1851.
 
No meio das tabas de amenos verdores
Cercadas de troncos – cobertos de flores,
Alteião-se os tectos d’al�va nação;
São muitos seus filhos, nos animos fortes,
Temiveis na guerra, que em densas cohortes
Assombrão das matas a imensa extensão
 
São rudes, severos, sedentos de gloria,
Já prelios incitão, já cantão victoria,
Já meigos a�endem a voz do cantor:
São todos tymbiras, guerreiros valentes!
Seu nome la vôa na bocca das gentes,
Condão de prodigios, de gloria e terror!
Úl�mos Cantos, Gonçalves Dias
 
Nesse trecho, o poeta apresenta a tribo dos �mbiras.
Constatamos, sem dificuldades, que a ortografia da
época era, em muitos aspectos, diferente da que usamos
atualmente. Tendo isso em vista, considere as seguintes
afirma�vas:
 
1. As palavras paroxítonas terminadas em ditongo não
eram acentuadas naquela época, diferentemente de
hoje.
2. As formas verbais se alternam entre presente e futuro
do presente do indica�vo, com a mesma terminação.
3. A 3ª pessoa do plural dos verbos do presente do
indica�vo se diferencia graficamente da forma atual.
4. Os monossílabos tônicos perderam o acento na
ortografia contemporânea.
 
Assinale a alterna�va correta.
a) Somente a afirma�va 1 é verdadeira.
b) Somente as afirma�vas 1 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirma�vas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirma�vas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirma�vas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
10@professorferretto @prof_ferretto
GR0010 - (Fcmpb)
Para responder à questão, considere o fragmento a
seguir.
“Apesar de serem mais conhecidos como “corações
ar�ficiais”, equipamentos como esses não subs�tuem o
órgão completo. Mas podem ser a solução temporária ou
defini�va para pacientes com insuficiência cardíaca
avançada, quando tratamentos com remédios já não dão
mais resultado.”
Seguem a mesma regra de acentuação gráfica os
vocábulos:
a) insuficiência – remédios – temporária.
b) órgão – temporária – cardíaca. 
c) remédios – temporária – cardíaca. 
d) órgão – remédios – cardíaca. 
e) insuficiência – órgão – cardíaca.
GR0004 - (Insper)
Levando em conta as informações do primeiro
quadrinho, iden�fique a alterna�va que apresenta a
palavra que também sofreu alterações na acentuação
gráfica devido à regra mencionada.
 
a) plateia
b) heroico
c) gratuito
d) baiuca
e) caiu
GR0015 - (Ufpe)
1) Até a Independência, as referências à língua
europeia no Brasil se faziam, sem �tubeio, pelas
expressões português ou língua portuguesa. Já no século
XVI, encontramos o Padre Anchieta, em seu “Breve
informação do Brasil”, mencionando os meninos índios
que eram entregues aos jesuítas “para que fossem
ensinados, dos quais se ajuntou muitos e os ba�zou,
ensinando-os a falar português, ler e escrever”.
(2) No início do século XIX, frei Caneca, herói da
revolução de 1817, escreveu seu “Breve compêndio de
gramma�ca portuguesa” (publicado em 1875), entendida
a gramá�ca como “a arte que ensina a falar, ler e
escrever correctamente a Língua Portugueza”.
(3) Contudo, com a Independência, passou-se a
viver um longo período de incertezas, �tubeios e
ambiguidades, sendo a língua ora designada de língua
brasileira, ora de língua nacional, ora de português e
língua portuguesa.
(4) Em 1826, na Câmara dos Deputados, José
Clemente Pereira apresentou um projeto propondo que
os diplomas dos médicos cirurgiões fossem redigidos “em
língua brasileira, que é a mais própria”. 
(5) Mas a expressão língua brasileira não fez, de
fato, história no século XIX. Em 15 de outubro de 1827 foi
aprovada a lei que “manda criar escolas de primeiras
letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos
do Império”. Nela, se introduziu a expressão que faria
história no país: língua nacional, muitas vezes u�lizada na
legislação posterioraté pra�camente a Cons�tuição de
1988.
(6) No contexto escolar, porém, língua nacional
conviveu com português e língua portuguesa. A disciplina
escolar era, em geral, referida por estas duas úl�mas
expressões, e as gramá�cas escolares brasileiras �nham,
em geral, essa qualificação em seu �tulo. Já nos textos
analí�cos, nos debates e polêmicas do século XIX, em
que se procurava dar conta das especificidades da língua
no Brasil, predominou uma grande oscilação
terminológica, que perdurou no século XX. 
(7) No âmbito cons�tucional, a questão do nome
da nossa língua só se pacificará com a Cons�tuição de
1988 que, em seu art. 13, diz: “A língua portuguesa é o
idioma oficial da República Federa�va do Brasil”. E no seu
art. 210, 2, es�pula: “O ensino fundamental regular será
ministrado em língua portuguesa, assegurada às
comunidades indígenas também a u�lização de suas
línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.”
(8) Apesar disso tudo, a questão da língua está
de volta, pelo menos nos meios universitários de Brasil e
Portugal. São outros os tempos e outros os argumentos,
mas retorna à cena saber se os dois países têm ou não a
mesma língua. 
FARACO, Carlos Alberto. História sociopolí�ca da língua
portuguesa. São Paulo: Parábola, 2016, p.161-171.
Adaptado.
 
No que se refere às questões ortográficas, assinale a
alterna�va correta.
11@professorferretto @prof_ferretto
a) Ao longo do texto, aparecem as duas grafias: “Língua
Portugueza” e “Língua Portuguesa”. Isso mostra que
essa expressão, atualmente, pode ser grafada dessas
duas maneiras.
b) Na expressão “língua europeia” (1º §), o adje�vo
grafado sem acento obedece ao úl�mo Acordo.
Também perderam o acento palavras como “geleia” e
“�reoide”.
c) A regra que jus�fica o acento da palavra “gramá�ca” é
a mesma que jus�fica o acento de palavras como
“púdico” e “rúbrica”.
d) Assim como a palavra “português”, devem ser
grafadas as palavras “rigidês” e “gravidês”.
e) Estão de acordo com as normas vigentes as grafias das
palavras: “extender”, “umildade” e idenização”.
GR0005 - (Fgv)
DUPLA DINÂMICA
No dicionário, a Sociologia está definida como uma
ciência que pretende pesquisar e estudar a organização e
funcionamento das sociedades humanas e as leis
fundamentais que regem as relações sociais. Já a
Economia se preocupa em estudar os fenômenos
relacionados com a obtenção e a u�lização dos recursos
materiais necessários a uma população. Embora o campo
de estudos de ambas as disciplinas seja parecido, na
prá�ca há um abismo separando as duas áreas. Filhas da
mesma mãe, a Filosofia, as duas disciplinas vieram ao
mundo pra�camente na mesma época. Em razão de
algumas diferenças, porém, estão sem dialogar entre si
há quase três séculos.
(...) Em meados dos anos 1970, porém, uma leve
brisa dissipou as nuvens que acobertavam esse cenário
sombrio entre as áreas. Alguns temas, como a construção
social do mercado, o papel das ins�tuições e das redes
sociais no funcionamento da vida econômica,
revigoraram o debate entre a Sociologia e a Economia.
Surgiram os primeiros vislumbres da chamada Nova
Sociologia Econômica cujo precursor foi o sociólogo
norte-americano Mark Granove�er. Em um de seus
estudos mais célebres, o Ge�ng a Job, de 1973,
Granove�er demonstrou que as pessoas estão ligadas às
outras por laços fortes (pais, filhos e amigos) e laços
fracos (colegas de trabalho, professores e alunos).
(Sociologia, ciência & vida, 2007)
 
Assinale a alterna�va correta quanto à acentuação e à
grafia de palavras.
a) Temas comuns, como a construção social do mercado,
permitem entrevêr as possibilidades de uma saudável
relação entre Sociologia e Economia, que não pode se
paralizar em virtude de algumas diferenças. 
b) Em um de seus estudos mais célebres, Mark
Granove�er vêm demonstrar que as pessoas se ligam
às outras por laços fortes e laços fracos. Por isso, é
imprecindível que as pessoas consigam entender essas
ligações.
c) Alguns temas revigoraram o debate entre a Sociologia
e a Economia, sendo responsáveis por compôr um
novo cenário. O diálogo deve basear-se nos pontos
posi�vos e comuns e não nas excessões.
d) A falta de dialogo entre Sociologia e Economia
perdurou pôr quase três séculos, mas é um quadro
que parece estar mudando, sobretudo em função de
fragrantes pontos em comum entre as disciplinas.
e) Em meados dos anos 1970, parece que uma leve brisa
intervém na falta de comunicação entre sociólogos e
economistas, que não mais hesitam em pôr em
discussão assuntos inerentes às duas disciplinas.
GR0056 - (Pucpr)
Leia a seguir.
 
Em ortografia, a noção de certo ou errado é regida por
lei, que prescreve a correta escrita de nossas palavras.
Assim, sobre a correção ortográfica do segundo
quadrinho da �rinha, assinale a alterna�va CORRETA.
12@professorferretto @prof_ferretto
a) “Bom” e “bem” são intercambiáveis nesse contexto, já
que pertencem à mesma classe grama�cal e têm o
mesmo sen�do. No entanto, “mau” seria a escolha
certa por se tratar de um adje�vo no contexto criado.
b) O emprego do ar�go definido contraído com “em” em
“no” substan�va “bom” e “mal”, o que implica a
opcionalidade da escrita de “mal” ou “mau”, sem
alteração semân�ca ou incorreção grama�cal. 
c) Se entendermos que “no bom” traz elíp�co o
substan�vo “colesterol”, a ortografia de “mal” deveria
ser corrigida para “mau”, porque essa palavra seria,
assim como “bom”, um adje�vo. 
d) Estaria correto o período se “mal” fosse subs�tuído
por “mau”, assim haveria dois substan�vos em
perfeito paralelo grama�cal e o novo sen�do dado
pelo personagem à “bom” e “mau” seria garan�do.
e) A grafia de “bom” e “mal” está correta, já que aquele
funciona como um adje�vo, e este funciona como um
substan�vo no período em questão, não havendo
necessidade de paralelismo.
GR0526 - (Eam)
Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de
fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao
redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não
olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se
acostuma a não abrir de todo as cor�nas. E, porque não
abre as cor�nas, logo se acostuma a acender mais cedo a
luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece
o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã
sobressaltado porque está na hora. A tomar o café
correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ónibus
porque não pode perder o tempo da viagem. A comer
sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho
porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está
cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o
dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a
guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja
números para os mortos. E, aceitando os números, aceita
não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando
nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos
números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir
no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas
sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando
precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja
e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro
com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a
fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas
valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar
mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com
que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A
abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e
assis�r a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser ins�gado, conduzido, desnorteado, lançado na
infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. As salas fechadas
de ar condicionado e cheiro de cigarro. A luz ar�ficial de
ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz
natural. As bactérias da água potável. A contaminação da
água do mar. A lenta morte dos rios. Se acostuma a não
ouvir passarinho,a não ter galo de madrugada, a temer a
hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter
sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não
sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai
afastando uma dor aqui, um ressen�mento ali, uma
revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na
primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está
contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do
corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola
pensando no fim de semana. E se no fim de semana não
há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica
sa�sfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza,
para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas,
sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para
poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto
acostumar, se perde de si mesma.
COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Jornal do Brasil,
1972.
 
Em “A comer sanduíche porque não dá para almoçar." (3º
parágrafo), a palavra destacada segue a mesma regra de
acentuação da opção:
a) Historia. 
b) Feiura. 
c) Balaustre. 
d) Bainha. 
e) Juiz.
GR0029 - (Unesp)
Anuncia-se o assunto na introdução. Ao se
receber uma visita, a primeira coisa é abrir-lhe a porta.
Da mesma forma, na exposição, é preciso abrir o assunto.
A introdução encerra, implicitamente, toda a
exposição, dando ideia de como será desenvolvida. Para
tal, ela precisa conter certa dose de entusiasmo. Não há
por que se precipitar de chofre* sobre o assunto. Carece
incitar, previamente, o auditório. Acender os flashes
13@professorferretto @prof_ferretto
principais da exposição, prestando atenção para o ponto
de par�da. Preparar-se para a marcha inicial. Não se
começa a viagem sem se saber o des�no; fazem-se
provisões e previsões; avisam-se os amigos e hotéis.
A introdução é o espaço onde se anuncia, se
coloca, se promete, se desperta... Introduzir é convidar.
Mas para que se possa pensar “o que vou dizer” é preciso
haver refle�do sobre o assunto.
(Edivaldo Boaventura, Como ordenar as ideias. Adaptado)
 
* de chofre: repen�namente
Quando chega _____ introdução do texto, o leitor espera
que ali esteja anunciado o assunto. É preciso preparar-se
para a marcha inicial, pois não se dá início _____ viagem
sem se saber o des�no. Cabe _____ essa parte do texto
convidar o leitor para a leitura.
 
Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do
enunciado devem ser preenchidas, respec�vamente,
com:
a) à ... há ... a
b) na ... a ... à
c) a ... à ... há
d) na ... à ... à
e) à ... à ... a
GR0013 - (Ufpe)
Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos
Povos Indígenas
A Assembleia Geral, guiada pelos propósitos e
princípios da Carta das Nações Unidas e pela boa-fé no
cumprimento das obrigações assumidas pelos Estados de
acordo com a Carta, afirmando que os povos indígenas
são iguais a todos os demais povos e reconhecendo ao
mesmo tempo o direito de todos os povos a serem
diferentes, a se considerarem diferentes e a serem
respeitados como tais, [...] proclama solenemente a
Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos
Povos Indígenas, cujo texto figura à con�nuação, como
ideal comum que deve ser perseguido em um espírito de
solidariedade e de respeito mútuo:
Ar�go 1
Os indígenas têm direito, a �tulo cole�vo ou
individual, ao pleno desfrute de todos os direitos
humanos e liberdades fundamentais reconhecidos pela
Carta das Nações Unidas, a Declaração Universal dos
Direitos Humanos e o direito internacional dos direitos
humanos.
Ar�go 2
Os povos e pessoas indígenas são livres e iguais a
todos os demais povos e indivíduos e têm o direito de
não serem subme�dos a nenhuma forma de
discriminação no exercício de seus direitos, que esteja
fundada, em par�cular, em sua origem ou iden�dade
indígena. [...]
h�ps://api-assets-produc�on.s3.dualstack.us-east-
1.amazonaws.com/fileadmin/Documentos/portugues/
BDL/
Declaracao_das_Nacoes_Unidas_sobre_os_Direitos_dos_
Povos_Indigenas.pdf. Excerto adaptado
 
Observe que na expressão “Assembleia Geral”, presente
no texto, a palavra “assembleia” está grafada sem acento,
em conformidade com as normas ortográficas vigentes.
Está igualmente de acordo com as normas a grafia de:
a) heroina
b) �reóide
c) auto-retrato
d) voo
e) pêlo
GR0008 - (C�sc)
Analise as sentenças a seguir quanto à ortografia e à
acentuação gráfica dos termos em destaque. Assinale a
alterna�va em que NÃO HÁ ERRO quanto a esses
critérios.
a) Grandes TOTENS coloridos destacavam-se contra
PAISAGEM escura ao fundo.
b) A CICATRISAÇÃO era quase completa, mas ainda havia
algum PÚS no centro do ferimento.
c) O caso teve grande REPERCUSSÃO são e provocou um
REVÉZ nas negociações de paz.
d) Daquele TRECHO em diante, a mensagem tornava-se
INCOMPREENCÍVEL.
e) A direção mostrou-se PRETENCIOSA ao propor
PARALIZAÇÃO por tempo indeterminado.
GR0001 - (Ifal)
Como prevenir a violência dos adolescentes
“(...) Quando deparo com as no�cias sobre crimes
hediondos envolvendo adolescentes, como o ocorrido
com Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, fico
profundamente triste e constrangida. Esse caso é
consequência da baixa valorização da prevenção primária
da violência por meio das estratégias cien�ficamente
comprovadas, facilmente replicáveis e defini�vamente
muito mais baratas do que a recuperação de crianças e
adolescentes que comentem atos infracionais graves
contra a vida.
Talvez seja porque a maioria da população não se
deu conta e os que estão no poder nos três níveis não
estejam conscientes de seu papel histórico e de sua
responsabilidade legal de cuidar do que tem de mais
14@professorferretto @prof_ferretto
importante à nação: as crianças e os adolescentes, que
são o futuro do país e do mundo.
A construção da paz e a prevenção da violência
dependem de como promovemos o desenvolvimento
�sico, social, mental, espiritual e cogni�vo das nossas
crianças e adolescentes, dentro do seu contexto familiar
e comunitário. Trata-se, portanto, de uma ação
intersetorial, realizada de maneira sincronizada em cada
comunidade, com a par�cipação das famílias, mesmo
que estejam incompletas ou desestruturadas (...)”
“(...) Em relação às crianças e adolescentes que
cometeram infrações leves ou moderadas que deveriam
ser mais bem expressas seu tratamento para a cidadania
deveria ser feito com instrumentos bem elaborados e
colocados em prá�ca, na família ou próxima dela, com
acompanhamento mul�profissional, desobstruindo as
penitenciárias, verdadeiras universidades do crime. (...)”
“(...) A prevenção primária da violência inicia-se com
a construção de um tecido social saudável e promissor,
que começa antes do nascer, com um bom pré-natal,
parto de qualidade, aleitamento materno exclusivo até
seis meses e o complemento até mais de um ano,
vacinação, vigilância nutricional, educação infan�l,
principalmente propiciando o desenvolvimento e o
respeito à fala da criança, o canto, a oração, o brincar, o
andar, o jogar; uma educação para a paz e a não
violência.
A pastoral da criança, que em 2003 completa 20
anos, forma redes de ação para mul�plicar o saber e a
solidariedade junto às famílias pobres do país, por meio
de mais de 230 mil voluntários, e acompanhou no
terceiro trimestre deste ano cerca de 1,7 milhão de
crianças menores de seis anos e 80 mil gestantes, de mais
de 1,2 milhão de famílias, que moram em 34.784
comunidades de 3.696 municípios do país.
O Brasil é o país que mais reduziu a mortalidade
infan�l nos úl�mos dez anos; isso, sem dúvida, é
resultado da organização e universalização dos serviços
de saúde pública, da melhoria da atenção primária, com
todas as limitações que o SUS possa ainda possuir, da
descentralização e municipalização dos recursos e dos
serviços de saúde. A intensa luta contra a mortalidade
infan�l, a desnutrição e a violência intrafamiliar contou
com a contribuição dessa enorme rede de solidariedade
da Pastoral da Criança. (...)”
“(...) A segunda área da maior importância nessa
prevenção primáriada violência envolvendo crianças e
adolescentes é a educação, a começar pelas creches,
escolas infan�s e de educação fundamental e de nível
médio, que devem valorizar o desenvolvimento do
raciocínio e a matemá�ca, a música, a arte, o esporte e a
prá�ca da solidariedade humana.
As escolas nas comunidades mais pobres deveriam
ter dois turnos, para darem conta da educação integral
das crianças e dos adolescentes; deveriam dispor de
equipes mul�profissionais atualizadas e capacitadas a
avaliar periodicamente os alunos. Urgente é incorporar
os ministérios do Esporte e da Cultura às inicia�vas da
educação, com a�vidades em larga escala e simples,
baratas, facilmente replicáveis e adaptáveis em todo o
território nacional.
“(...) Com relação à idade mínima para a maioridade
penal, deve permanecer em 18 anos, prevista pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente e conforme
orientações da ONU. Mas o tempo máximo de três anos
de reclusão em regime fechado, quando a criança ou o
adolescente comete crime hediondo, mesmo em locais
apropriados e com tratamento mul�profissional, que
urgentemente precisam ser disponibilizados, deve ser
revisto. Três anos, em muitos casos, podem ser
absolutamente insuficientes para tratar e preparar os
adolescentes com graves distúrbios para a convivência
cidadã. (...)”
Zilda Arns Neumann, 69, médica pediatra e sanitarista;
foi fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da
Criança. (Folha de S Paulo, 26/11/2003.)
 
Foram re�radas do texto as seguintes palavras
acentuadas: ministérios, replicáveis, adaptáveis, máximo,
distúrbios, convivências.
Assinale a alterna�va que melhor jus�fica a acentuação
gráfica.
a) De todas as palavras destacadas, somente “máximo”
não se insere na mesma regra de acentuação gráfica.
b) Todas as palavras mencionadas seguem o mesmo
padrão ou regra de acentuação gráfica.
c) Com exceção de “máximo” e “convivência”, que são
proparoxítonas, as demais palavras são acentuadas
pelo mesmo mo�vo.
d) Três regras de acentuação contemplam as palavras
supracitadas: a das proparoxítonas, a das paroxítonas
terminadas em ditongos e as que terminam em hiato,
que, no caso em análise, trata-se da palavra
“convivência”.
e) Todas são proparoxítonas.
GR0532 - (Ifpe)
Fico Assim Sem Você
Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
 
Por que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
15@professorferretto @prof_ferretto
Vão poder falar por mim
 
(...) Tô louco pra te ver chegar,
Tô louco pra te ter nas mãos.
Deitar no teu abraço,
Retomar o pedaço que falta no meu coração
 
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior cas�go
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo.
Claudinho e Buchecha
 
Na letra da música “Fico assim sem você”, da dupla
Claudinho e Buchecha, aparece a palavra “alto-falantes”,
que, mesmo após o úl�mo acordo ortográfico, con�nua a
ser grafada com hífen. Todavia, diversas palavras �veram
sua grafia alterada. Entre as alterna�vas abaixo, assinale
aquela que possui uma palavra que deixou de ser grafada
com o hífen após o acordo ortográfico.
a) Mico-leão-dourado. 
b) Comigo-ninguém-pode. 
c) Mula-sem-cabeça. 
d) Cravo-da-índia. 
e) Copo-de-leite.
GR0016 - (Ufrr)
Indique o item que contém a sequência de palavras
grafadas corretamente, conforme a nova ortografia da
língua portuguesa:
a) Coréia, co-autor, an�-educa�vo e coordenação.
b) colmeia, anteprojeto, leem e subumano.
c) co-obrigação, semideus, geopolí�ca e autopeça.
d) jibóia, mini-saia, sulamericano, sequência.
e) heróico, infraestrutura, minissaia e circum-navegação.
GR0524 - (Ime)
Lima Barreto (1881-1922) viveu em um período de
intensas transformações sociais no País, marcado pela
abolição da escravatura (1888), advento da ordem
republicana (1889) e urbanização crescente. Filho de pais
negros (o pai era �pógrafo e a mãe, professora), Lima
Barreto abordou principalmente os temas e os
personagens �picos dos subúrbios cariocas, cruzando os
limites da realidade e da ficção. Nessa perspec�va, o
conto A nova Califórnia, publicado em 1916, faz uma
alusão à Corrida do ouro, nos Estados Unidos, da
primeira metade do século XIX, para condenar
ironicamente a ganância e a busca do enriquecimento
fácil.
Sinopse do conto: Raimundo Flamel, um químico, chega à
pequena cidade de Tubiacanga, no Rio de Janeiro. Anos
depois, ele encontra uma fórmula secreta capaz de
transformar ossos humanos em ouro, o que
transformaria profundamente a cidade, até então,
ordeira e tranquila. Depois de revelar a sua descoberta,
Flamel some misteriosamente. A par�r daí, o cemitério é
profanado, ocorrendo vários roubos de cadáveres
A NOVA CALIFÓRNIA
Ninguém sabia donde viera aquele homem. O agente do
Correio pudera apenas informar que acudia ao nome de
Raimundo Flamel, pois assim era subscrita a
correspondência que recebia. E era grande. Quase
diariamente, o carteiro lá ia a um dos extremos da
cidade, onde morava o desconhecido, sopesando um
maço alentado de cartas vindas do mundo inteiro,
grossas revistas em línguas arrevesadas, livros, pacotes...
Quando Fabrício, o pedreiro, voltou de um serviço em
casa do novo habitante, todos na venda perguntaram-lhe
que trabalho lhe �nha sido determinado.
– Vou fazer um forno, disse o preto, na sala de jantar.
Imaginem o espanto da pequena cidade de Tubiacanga,
ao saber de tão extravagante construção: um forno na
sala de jantar! E, pelos dias seguintes, Fabrício pôde
contar que vira balões de vidros, facas sem corte, copos
como os da farmácia – um rol de coisas esquisitas a se
mostrarem pelas mesas e prateleiras como utensílios de
uma bateria de cozinha em que o próprio diabo
cozinhasse. O alarme se fez na vila. Para uns, os mais
adiantados, era um fabricante de moeda falsa; para
outros, os crentes e simples, um �po que �nha parte com
o �nhoso.
Chico da Tirana, o carreiro, quando passava em frente da
casa do homem misterioso, ao lado do carro a chiar, e
olhava a chaminé da sala de jantar a fumegar, não
deixava de persignar-se e rezar um “credo” em voz baixa;
e, não fora a intervenção do farmacêu�co, o subdelegado
teria ido dar um cerco à casa daquele indivíduo suspeito,
que inquietava a imaginação de toda uma população.
Tomando em consideração as informações de Fabrício, o
bo�cário Bastos concluíra que o desconhecido devia ser
um sábio, um grande químico, refugiado ali para mais
sossegadamente levar avante os seus trabalhos
cien�ficos.
Homem formado e respeitado na cidade, vereador,
médico também, porque o doutor Jerônimo não gostava
de receitar e se fizera sócio da farmácia para mais em paz
viver, a opinião de Bastos levou tranquilidade a todas as
consciências e fez com que a população cercasse de uma
silenciosa admiração a pessoa do grande químico, que
viera habitar a cidade.
De tarde, se o viam a passear pela margem do
Tubiacanga, sentando-se aqui e ali, olhando
perdidamente as águas claras do riacho, cismando diante
da penetrante melancolia do crepúsculo todos se
descobriam e não era raro que às “boas noites”
16@professorferretto @prof_ferretto
acrescentassem “doutor”. E tocava muito o coração
daquela gente a profunda simpa�a com que ele tratava
as crianças, a maneira pela qual as contemplava,
parecendo apiedar-se de que elas �vessem nascido para
sofrer e morrer.
Na verdade, era de ver-se, sob a doçura suave da tarde, a
bondade de Messias com que ele afagava aquelas
crianças pretas, tão lisas de pele e tão tristes de modos,
mergulhadas no seu ca�veiro moral, e também as
brancas, de pele baça, gretada e áspera, vivendo
amparadas na necessária caquexia dos trópicos.
Por vezes, vinha-lhe vontade de pensar qual a razão de
ter Bernardin de Saint-Pierre gasto toda a sua ternura
com Paulo e Virgínia e esquecer-se dos escravos que os
cercavam...
Em poucos dias a admiração pelo sábio era quase geral, e
não o era unicamente porque havia alguém que não
�nha em grande conta os méritos do novo habitante.
Capitão Pelino, mestre-escolae redator da Gazeta de
Tubiacanga, órgão local e filiado ao par�do situacionista,
embirrava com o sábio. “Vocês hão de ver, dizia ele,
quem é esse �po... Um caloteiro, um aventureiro ou
talvez um ladrão fugido do Rio.”
A sua opinião em nada se baseava, ou antes, baseava-se
no seu oculto despeito vendo na terra um rival para a
fama de sábio de que gozava. Não que Pelino fosse
químico, longe disso; mas era sábio, era gramá�co.
Ninguém escrevia em Tubiacanga que não levasse
bordoada do capitão Pelino, e mesmo quando se falava
em algum homem notável lá no Rio, ele não deixava de
dizer: “Não há dúvida! O homem tem talento, mas
escreve: ‘um outro’, ‘de resto’...”. E contraía os lábios
como se �vesse engolido alguma coisa amarga.
Toda a vila de Tubiacanga acostumou-se a respeitar o
solene Pelino, que corrigia e emendava as maiores glórias
nacionais. Um sábio...
1Ao entardecer, depois de ler um pouco o Sotero, o
Cândido de Figueiredo ou o Castro Lopes, e de ter
passado mais uma vez a �ntura nos cabelos, o velho
mestre-escola saía vagarosamente de casa, muito
abotoado no seu paletó de brim mineiro, e encaminhava-
se para a bo�ca do Bastos a dar dois dedos de prosa.
2Conversar é um modo de dizer, porque era Pelino avaro
de palavras, limitando-se tão somente a ouvir. Quando,
porém, dos lábios de alguém escapava a menor
incorreção de linguagem, intervinha e emendava. “Eu
asseguro, dizia o agente do Correio, que...” Por aí, o
mestre-escola intervinha com mansuetude evangélica:
“Não diga ‘asseguro’, senhor Bernardes; em português é
garanto”.
E a conversa con�nuava depois da emenda, para ser de
novo interrompida por uma outra. Por essas e outras,
houve muitos palestradores que se afastaram, mas
Pelino, indiferente, seguro dos seus deveres, con�nuava
o seu apostolado de vernaculismo. A chegada do sábio
veio distraí-lo um pouco da sua missão. Todo o seu
esforço voltava-se agora para combater aquele rival, que
surgia tão inopinadamente.
Foram vãs as suas palavras e a sua eloquência: não só
Raimundo Flamel pagava em dia as suas contas, como era
generoso – pai da pobreza – e o farmacêu�co vira numa
revista de específicos seu nome citado como químico de
valor.
BARRETO, Lima. A nova Califórnia e outros contos. São
Paulo: Unesp, 2012, p. 11-23 (texto adaptado)
 
“Conversar é um modo de dizer, porque era Pelino avaro
de palavras, limitando-se tão somente a ouvir.” (ref. 2)
 
Segundo os preceitos da gramá�ca norma�va, a única
alterna�va, dentre as citadas abaixo, em que todos os
vocábulos possuem o acento prosódico diferente do
encontrado na palavra em destaque “avaro” é
a) cateter, recorde, filantropo. 
b) Nobel, ureter, recorde. 
c) pudico, recorde, ibero. 
d) Nobel, mister, ureter. 
e) misantropo, mister, Nobel.
GR0606 - (Enem PPL)
 
 
Esse cartaz tem como função social conquistar clientes
para um evento turís�co, e, por isso, seria recomendável
que fosse escrito na norma-padrão da língua portuguesa.
17@professorferretto @prof_ferretto
O comentário acrescentado por um interlocutor sugere
que a grafia incorreta da palavra “excursão”
a) interfere na pronúncia do vocábulo.
b) reflete uma interferência da fala na escrita.
c) caracteriza uma violação proposital para chamar a
atenção dos clientes.
d) diminui a confiabilidade nos serviços oferecidos pela
prestadora.
e) compromete o entendimento do conteúdo da
mensagem.
GR0761 - (I�m)
No texto as palavras “polígamo" e “esferográfica"
recebem acentos agudos, pois são: 
a) Oxítonas terminadas em “a e “o”, respec�vamente, e,
por isso, devem ser acentuadas.
b) Paroxítonas, com sílaba tônica na antepenúl�ma
sílaba, e, por isso, devem ser acentuadas.
c) Proparoxítonas, e por isso devem ser acentuadas.
d) Paroxítonas, mas o acento é faculta�vo.
e) Oxítonas, e, por isso, não devem ser acentuadas.
GR0762 - (Ifsc)
O uso dos acentos é um recurso gráfico de que se
dispõe para marcar a sílaba tônica de certas palavras.
Sabe-se, no entanto, que nem todas as palavras recebem
acento e que seu emprego depende de algumas regras
específicas, dentre elas, a posição da sílaba tônica. Com
base nessas informações e nos seus conhecimentos sobre
as regras de acentuação gráfica na língua portuguesa,
assinale a alterna�va CORRETA.
a) As palavras “húmus”, “processos” e “adubo” são
paroxítonas.
b) Os vocábulos “há”, “você” e “já” são oxítonos.
c) As palavras “química”, “compostável” e “orgânicos”
recebem acento gráfico porque são proparoxítonas.
d) As palavras “além”, “papéis” e “disponível” são
acentuadas porque são oxítonas.
e) As palavras “países”, “saúde”, “dióxido” e “água” são
acentuadas com base na mesma regra de acentuação
gráfica.
GR0763 - (Ifal)
O Texto é a letra de uma música do Accioly Neto. U�lize-o
para responder à questão. 
 
A Natureza das Coisas
Se avexe não...
Amanhã pode acontecer tudo
Inclusive nada.
Se avexe não...
A lagarta rasteja
Até o dia em que cria asas.
Se avexe não...
Que a burrinha da felicidade
Nunca se atrasa.
Se avexe não...
 
Amanhã ela para
Na porta da tua casa.
Se avexe não...
Toda caminhada começa
No primeiro passo.
A natureza não tem pressa
Segue o seu compasso.
Inexoravelmente chega lá...
Se avexe não...
 
Observe quem vai
Subindo a ladeira
Seja princesa, seja lavadeira...
Pra ir mais alto
Vai ter que suar.
 
Quanto à tonicidade, apenas uma das palavras
destacadas nos versos abaixo não é oxítona. Qual?
a) Amanhã pode acontecer tudo.
b) Até o dia em que cria asas.
c) Amanhã ela para.
d) Inexoravelmente chega lá.
e) Vai ter que suar.
18@professorferretto @prof_ferretto
GR0764 - (Ifsul - Rio-Grandense )
TEXTO I
O preço de ser de verdade
Fernanda Pinho
Acabei de ler um livro que me marcou bastante.
Chama-se “A Extraordinária Garota Chamada “Estrela”,
do autor Jerry Spinelli. Estrela tem um rato de es�mação,
fica feliz quando seu �me faz ............... no basquete (mas
quando o outro �me pontua, também), distribui cartões
de aniversários para desconhecidos, usa as roupas de que
gosta (e isso pode ser um ves�do que esteve na moda
duzentos anos atrás), tenta trazer um pouco de alegria
�rando canções de seu ukulele que leva sempre a
�racolo. Num primeiro momento, junto com o impacto
de sua chegada à escola nova, Estrela desperta simpa�as.
Afinal, este livro nada mais é que uma delicada e
verdadeira metáfora da vida.
E a princípio somos assim. Grandes admiradores da
auten�cidade. Capazes de fazer discursos inflamados
defendendo a liberdade de cada um fazer o que
..............., respeitar as próprias convicções, seguir o que
seu coração manda, persis�r nos seus sonhos, manter
relações com quem se sente à vontade, construir seu
próprio caminho. Lindo, maravilhoso. Se ficar só no
discurso, melhor ainda.
Porque, em algum momento, Estrela vai levantar
suspeitas. “Ninguém pode ser tão legal assim”. E da
suspeita para a rejeição se passa num piscar de olhos. Por
que ninguém pode ser “tão legal assim”? Porque ser legal
demais implica ser diferente e a gente pode até admirar
pessoas que fazem tudo o que “dá na telha”, desde que
mantenham uma distância de segurança de nós, por
favor. E, veja bem, quando eu falo de gente que faz tudo
o que “dá na telha”, eu não estou me referindo a nada
que possa machucar ou prejudicar o outro de alguma
forma. Estou falando de a�tudes inocentes, mas que, por
sair da previsibilidade, são tratadas quase como se
fossem atos imperdoáveis.
Gente que dança como se ninguém es�vesse olhando,
que ignora a uniformização das vitrines e faz a própria
moda, que se recusa a fazer social em ambientes
inóspitos, que fala a verdade quando ques�onada, que
dá abraços de dez minutos, que ri na hora que tem
vontade de rir, que chora na hora que tem vontade de
chorar, que fala “eu te amo” quando sente que ama, que
escolheu não perder tempo com quem lhe faz mal, que
muda o rumo da própria vida, que ignora as e�quetas e
as convenções. Sabe essa gente louca, sem noção,
desvairada, sem juízo, perturbada? Então, elas não são
nada disso. São apenas pessoas autên�cas e verdadeiras,
que se respeitam muito (e só quem se respeita muito é

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