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Prévia do material em texto

COMPREENDENDO OS CONCEITOS DE 
EQUIDADE DE RAÇA E ETNIA PARA O 
TRABALHO DOS AGENTES DE SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
Brasília - DF 
2025
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 
Brasília - DF 
2025
COMPREENDENDO OS CONCEITOS DE 
EQUIDADE DE RAÇA E ETNIA PARA O 
TRABALHO DOS AGENTES DE SAÚDE
2025 Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul. Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – 
Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta 
obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Programa Mais Saúde com Agente pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde 
do Ministério da Saúde: http://bvsms.saude.gov.br
Tiragem: 2ª edição – 2025 – versão 
eletrônica
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da 
Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação 
na Saúde
Coordenação-Geral de Ações 
Estratégicas de Educação na Saúde 
Esplanada dos Ministérios Bloco O, 9º 
andar
CEP: 70052-900 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-2596
E-mail: sgtes@saude.gov.br
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Saúde da Família
Esplanada dos Ministérios Bloco G, 7º 
andar
CEP: 70058-90 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315-9044/9096
E-mail: aps@saude.gov.br
Secretaria de Vigilância em Saúde e 
Ambiente (SVSA)
SRTVN 701, Via W5 Norte, lote D,
Edifício PO 700, 7º andar
CEP: 70719-040 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3315.3874
E-mail: svsa@saude.gov.br
CONSELHO NACIONAL DE SECRETARIAS
MUNICIPAIS DE SAÚDE - CONASEMS
Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 
Anexo B, Sala 144
Zona Cívico-Administrativo
CEP: 70058-900 – Brasília/DF
Tel.: (61) 3022-8900
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE 
DO SUL
Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha 
CEP: 90040-060 – Porto Alegre/RS 
Tel.: (51) 3308-6000
Coordenação-geral:
Cristiane Martins Pantaleão – 
CONASEMS
Hisham Mohamad Hamida – 
CONASEMS
Isabela Cardoso de Matos Pinto - MS
Leandro Raizer – UFRGS
Lívia Milena Barbosa de Deus e Méllo - 
MS 
Luciana Barcellos Teixeira – UFRGS
Érika Rodrigues de Almeida- MS
Organização:
Núcleo Pedagógico do Conasems
Coordenação técnica e pedagógica:
Andréa Fachel Leal - UFRGS
Carmen Lucia Mottin Duro - UFRGS
Diogo Pilger - UFRGS
Diego Gnatta – UFRGS
Fabiana Schneider Pires - UFRGS
Kelly Cristina Santana - CONASEMS
Luis Carlos Nunes Vieira de Vieira 
-SGTES/ MS
Marta de Sousa Lima - CONASEMS
Marilise Oliveira Mesquita - UFRGS
Patricia da Silva Campos - CONASEMS
Valdívia França Marçal - CONASEMS
Elaboração de conteúdo:
Fernanda Souza de Bairros
Francyne da Silva Silva
Fabiana Schneider Pires
Revisão técnica:
Andréa Fachel Leal – UFRGS
Diogo Pilger – UFRGS
Luis Carlos Nunes Vieira de Vieira 
-SGTES/ MS
Michelle Leite da Silva – SAPS/MS
Patricia da Silva Campos – CONASEMS
Ranieri Flávio Viana de Sousa - 
SVSA-MS
Designer educacional:
Alexandra Gusmão – CONASEMS
Jacqueline Cristina dos Santos – CONASEMS 
Gustavo Henrique Faria Barra – CONASEMS
Lidiane Cristina Porfírio - CONASEMS
Colaboração:
Ana Claudia Sanches Baptista – SVSA/MS
Carolyne Cosme de Souza – SGTES/MS
Daniela Riva Knauth – UFRGS
Darwin Renne Florencio Cardoso – SVSA/MS
Diego Gnatta – UFRGS
Eliane Ignotti – SVSA/MS
Kauara Brito Campos – SVSA/MS
Lanusa Gomes Ferreira – SGTES/MS
Rejane Teles Bastos – SGTES/MS
Rosângela Treichel S. Surita – CONASEMS
Assessoria executiva:
Conexões Consultoria em Saúde Ltda.
Coordenação de desenvolvimento gráfico:
Cristina Perrone – CONASEMS
Diagramação e projeto gráfico:
Aidan Bruno - CONASEMS 
Alexandre Itabayana - CONASEMS 
Caroline Boaventura - CONASEMS 
Icaro Duarte - CONASEMS
Lucas Mendonça - CONASEMS 
Ygor Baeta Lourenço – CONASEMS
Wellington Tadeu Aparecido Silva – 
CONASEMS
Revisão Linguística: 
Keylla Manfili Fioravante - CONASEMS
Fotografias e ilustrações:
Biblioteca do Banco de Imagens do 
Conasems
Imagens:
Flaticon
Freepik
Normalização:
Luciana Cerqueira Brito – Editora MS/CGDI
Valéria Gameleira da Mota – Editora
MS/CGD
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde.
Compreendendo os conceitos de Equidade de Raça e Etnia para o trabalho dos Agentes de Saúde [recurso eletrônico] / Ministério 
da Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. – Brasília: Ministério 
da Saúde, 2025.
xxxx p. : il. – (Programa Mais Saúde com Agente; E-book 11).
Modo de acesso: World Wide Web: 
Incluir link
ISBN xxxxxxxxxxxx
CDU xxx
I. Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde. II. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. III. Título.
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS xxxxxxxxx
Título para indexação: 
Healthcare agent workers' Fundamentals
4
COMO NAVEGAR 
NESTE E-BOOK 
QR CODE
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aponte a câmera do seu 
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Antes de iniciar a leitura do material, veja 
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SUMÁRIO: uma forma rápida de acessar 
facilmente os capítulos. 
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página.
Este é o seu e-book da Disciplina Compreendendo os conceitos de 
equidade de raça e etnia para o trabalho dos Agentes de Saúde.
Neste material, serão abordados os conceitos de equidade e suas 
implicações para sua efetivação no cotidiano do SUS. Além disso, você 
compreenderá os conceitos de raça/cor, etnia, racismo e discriminação 
racial, relacionando-os ao campo da saúde com base na teoria dos 
determinantes sociais da saúde.
Serão apresentados, também, aspectos sociais, culturais e étnico-raciais 
que caracterizam as populações negras e indígenas no Brasil, além de 
uma visão sobre o processo histórico, que posicionou, e ainda posiciona, 
esses grupos em situações de vulnerabilidade e desvantagem sociais.
O racismo (em suas diferentes dimensões) será apresentado, nesta 
disciplina, como o principal fator determinantes para as condições de vida 
e de saúde de pessoas negras e indígenas. Veremos, a partir de alguns 
indicadores, os impactos do racismo no acesso à saúde, educação, 
trabalho, renda, moradia, entre outros. 
Acompanhe, também, a aula interativa e a teleaula para ampliar seus 
conhecimentos, e realize as atividades propostas, para verificar o que 
conseguiu assimilar das informações apresentadas.
Bons estudos!
BEM-VINDO (A)!
LISTA DE SIGLAS E 
ABREVIATURAS
ACE | Agente Comunitário de Endemias
ACS | Agente Comunitário de Saúde
AIS | Agente Indígena de Saúde
AISAN | Agente Indígena de Saneamento
APS | Atenção Primária em Saúde
CAISAN | Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e 
Nutricional
DSEI | Distritos Sanitários Especiais Indígenas
DSS | Determinantes Sociais da Saúde
EMSI | Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena
e-SUS AB | Estratégia de Informatização da Atenção Básica
HIV | Vírus da Imunodeficiência Humana
IBGE | Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPEA | Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
LISTA DE SIGLAS E 
ABREVIATURAS
LGBT | Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgênero
Lista TIP | Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil
MPMG | Ministério Público de Minas Gerais
MS | Ministério da Saúde
MS/GM | Ministério da Saúde / Gabinete do Ministro
OMS | Organização Mundial da Saúde
PNAD | Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
PNAN | Política Nacional de Alimentação e Nutrição
PNS | Pesquisa Nacional de Saúde
PNSIPN | Política Nacional de Saúde Integral da População Negra
PNASPI | Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos 
Indígenas
PSE | Programa Saúde nahttps://www.saude.sp.gov.br/resources/ouvidoria-da-secretaria-de-estado-da-saude-de-sao-paulo/biblioteca/perguntar_nao_ofende.pdf
PARA REFLETIR!
69
Clique aqui ou aponte a câmera de 
seu celular e escaneie o QR CODE e 
assista ao vídeo "A Importância do 
Quesito Raça-Cor“.
https://www.youtube.com/watch?v=Udywqo4gJOY
https://www.youtube.com/watch?v=Udywqo4gJOY
06
PRÁTICAS DE 
CUIDADO EM SAÚDE 
ANTIRRACISTAS E DE 
ENFRENTAMENTO AO 
RACISMO 
INSTITUCIONAL: 
COMO OS(AS) ACSs E 
ACEs PODEM 
CONTRIBUIR
Os serviços de saúde, em alguns casos, atuam como agentes de 
dificultação, contribuindo para a ampliação da vulnerabilidade de 
determinados grupos populacionais, especialmente, das populações 
negras e indígenas. Essa atuação intensifica barreiras de acesso, 
reduz as oportunidades de diálogo e acaba por afastar usuários e 
usuárias desses serviços (Kalckmann et al., 2007). 
O contato direto com as comunidades e territórios torna a atuação e 
o trabalho dos(as) ACSs e ACEs fundamentais para a promoção da 
equidade da saúde da população negra, indígena e para o 
enfrentamento do racismo nos serviços de saúde. Ações de 
educação, promoção, prevenção e vigilância em saúde podem e 
devem ser realizadas por esses(as) profissionais em uma perspectiva 
antirracista, levando em consideração as necessidades e 
especificidades das populações no acesso a consultas e exames, 
vacinação, prevenção e controle de doenças infecciosas, entre outros, 
conforme veremos, abaixo, em diferentes práticas:
Coletar e preencher adequadamente o quesito raça/cor em 
todos os formulários e Sistemas de Informações utilizados nos 
serviços de saúde, seja nos instrumentos de cadastros, 
atendimentos, domicílios, visitas domiciliares, de notificação 
compulsória, entre outros. Auxiliar os(as) demais profissionais 
de saúde da sua equipe a preencherem as fichas físicas e os 
prontuários eletrônicos.
As atividades de promoção em educação em saúde, realizadas 
nas Unidades de Saúde e nos territórios, são espaços essenciais 
para dialogar com os usuários e usuárias sobre o respeito às 
diversidades, diferenças, culturas, identidades, modos de vida, 
direitos e deveres de toda a população no combate ao 
racismo; podem ser espaços de acolhimento para a população 
negra e indígena, e de compartilhamento de informações 
positivas sobre as suas histórias e valorização de suas culturas;
71
Articulação com os Núcleos de Prevenção de Violências e 
Acidentes, Promoção da Saúde e Cultura da Paz para o 
desenvolvimento e proteção da juventude negra, bem como a 
inclusão de práticas culturais afro-brasileiras como capoeira, 
samba, maracatu, jongo, tambor de criola, hip hop, entre outras 
manifestações ancestrais e contemporâneas de artes negras, 
nos programas de promoção da saúde (Brasil, 2018b).
Incentivar adesão das escolas de seu estado/município ao 
Programa Saúde na Escola (PSE), e trabalhar com as escolas 
ações de promoção da cultura de paz, cidadania e direitos 
humanos da população como um todo e, em particular, dos 
grupos étnicos socialmente excluídos (Brasil, 2018b).
Racismo é crime e é considerado um tipo de violência, portanto, 
é preciso denunciar os casos de racismo e discriminação 
ocorridos nos territórios às ouvidorias municipais e/ou 
estaduais e, quando pertinente, às delegacias de combate ao 
racismo e intolerância;
Conheça os canais de 
denúncia e notificação:
▪ Ouvidoria Geral do SUS: disque 136.
▪ Disque Direitos Humanos: disque 100.
▪ Polícia Militar: disque 190 (se o crime estiver 
ocorrendo no momento).
▪ Unidade de Saúde: o racismo é uma violência de 
notificação compulsória, e cabe aos serviços e 
profissionais de saúde, como os ACS e ACE, notificar 
essa violência, através da Ficha Individual de 
Notificação Interpessoal e Autoprovocada (SINAN).
▪ Delegacia de Polícia Civil e Delegacias de combate 
ao racismo e delitos de intolerância para registrar 
boletim de ocorrência (se o crime já ocorreu).
72
Discriminação positiva, ações afirmativas e específicas 
realizadas pelos(as) ACSs e ACEs e por toda a equipe de saúde 
no território, como a organização de equipes volantes que se 
desloquem às comunidades indígenas, quilombolas, rurais 
negras e periféricas, para proporcionar o acesso à vacinação, 
em diferentes momentos do calendário vacinal, reduzir as 
iniquidades e fortalecer a vigilância epidemiológica das 
doenças imunopreveníveis nessas populações. 
• A forma como as pessoas negras e indígenas são recebidas e 
atendidas nos serviços de saúde pode influenciar nos seus 
resultados em saúde. A depender desse tratamento, talvez elas 
nunca mais voltem aos serviços.
• Você consegue perceber as diferenças no tratamento destinado 
às pessoas negras, indígenas e brancas nos serviços de saúde? E 
no seu trabalho?
• Você tem desenvolvido ou pode desenvolver práticas de saúde 
antirracistas no seu cotidiano de trabalho, para qualificar o 
atendimento à população negra e indígena?
PARA REFLETIR!
73
07
RETROSPECTIVA
75
Você chegou ao final dessa disciplina, que proporcionou reflexões 
essenciais sobre equidade racial, de cor e etnia. Exploramos os 
processos históricos que moldaram a trajetória das populações 
indígenas e negras no Brasil, assim como elementos que ajudam a 
compreender as desigualdades e vulnerabilidades às quais esses 
grupos foram — e ainda são — expostos de maneira injusta. O mito da 
democracia racial foi desmistificado, pois as condições de acesso a 
oportunidades, bens e serviços públicos nunca foram iguais para 
pessoas negras e indígenas em relação às pessoas brancas.
Infelizmente, o Brasil é um país marcado pelo racismo, e, nesse 
contexto, o racismo configura-se como um determinante social no 
processo de saúde, doença e mortalidade da população. 
Observamos que, por meio da implementação de políticas de 
equidade, surge a oportunidade de realizar práticas de cuidado em 
saúde que considerem as necessidades e especificidades das 
populações negra e indígena. O critério de raça/cor se revela um 
instrumento poderoso não apenas para a gestão, mas, também, para 
repensarmos o cuidado em saúde no âmbito do Sistema Único de 
Saúde (SUS).
Diante das inúmeras desigualdades, você, Agente de Saúde, assume 
um papel importante na identificação das necessidades da 
população negra e indígena nos territórios, além de promover a 
equidade por meio de ações afirmativas no acesso à saúde. Esses 
profissionais desempenham um papel essencial em garantir que 
essas populações recebam atendimento e cuidados adequados nos 
serviços de saúde.
Agora, você possui conhecimentos e ferramentas importantes para 
promover a equidade étnico-racial no SUS. Faça sua parte e contribua 
para um SUS universal, integral e equânime para todas e todos.
Sucesso em sua atuação!
08
REFERÊNCIAS
Referências bibliográficas
ALBRECHT, C.A.M.; ROSA, R.S.; BORDIN, R. O conceito de equidade na 
produção científica em saúde: uma revisão. Saúde Soc. São Paulo, 
v.26, n.1, p.115-128, 2017. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/sausoc/a/kGzLZKCFrh3RVxS7f94rHNf/?format=
pdf&lang=pt. Acesso em: 15 jun. 2024.
ALMEIDA, S. L. Racismo estrutural. Pólen. São Paulo, 2019. 264 p. ISBN 
978-85-98349-75-6. (Feminismos Plurais/coordenação de Djamila 
Ribeiro).
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Brasil nos anos 2000, 2010 e 2018. Saúde Debate. Rio de Janeiro, v. 45, n. 
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https://www.scielo.br/j/sdeb/a/DjX5mjjj5GjMVrHnMsnvKVx/?format=p
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2000 to 2020: a descriptive study. The Lancet Regional Health - 
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https://doi.org/10.1016/j.lana.2023.100591. Disponível em: 
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2667193X2300165
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BATISTA, L. E. Masculinidade,raça/cor e saúde*. Ciência & Saúde 
Coletiva, 10(1):71-80, 2005. Disponível em: 
https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_p
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BORTOLINI G. A. et al. Ações de alimentação e nutrição na atenção 
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BRANDT, G. B.; AREOSA, S. V. C.; RODRIGUES, K. P. Política pública para 
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Acesso em: 15 jun. 2024.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_saude_indigena.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_saude_indigena.pdf
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim-epidemiologico-saude-da-populacao-negra-numero-especial-vol-1-out.2023/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim-epidemiologico-saude-da-populacao-negra-numero-especial-vol-1-out.2023/view
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim-epidemiologico-saude-da-populacao-negra-numero-especial-vol-1-out.2023/view
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_implementacao_raca_cor_etnia.pdf
Referências bibliográficas
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https://www.mpmg.mp.br/data/files/CD/21/18/FF/7A9A48106192FE28760849A8/CCRAD%20MPMG%20Glossario%20Antidiscriminatorio%20vol%203%20-%20Raca%20e%20Etnia.pdf
https://www.mpmg.mp.br/data/files/CD/21/18/FF/7A9A48106192FE28760849A8/CCRAD%20MPMG%20Glossario%20Antidiscriminatorio%20vol%203%20-%20Raca%20e%20Etnia.pdf
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Vídeos
A Importância do Quesito Raça-Cor. [S.l.: s.n.], 2023. 1 vídeo (1 min). 
Publicado pelo canal Ministério da Saúde. Disponível em 
https://www.youtube.com/watch?v=Udywqo4gJOY. Acesso em: 15 jun. 
2024.
As estatísticas que revelam a desigualdade racial no Brasil e nos 
EUA. [S.l.: s.n.], 2020. 1 vídeo (6 min). Publicado pelo canal BBC News 
Brasil. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=d45Woc456DY. Acesso em: 15 jun. 
2024.
Desigualdade Racial no Brasil - 2 minutos para entender!. [S.l.: s.n.], 
2016. 1 vídeo (2 min). Publicado pelo canal Superinteressante. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ufbZkexu7E0. 
Acesso em: 15 jun. 2024.
Quantas línguas indígenas o Brasil tem e como é escutá-las?. 
Apresentação: Camila Costa. [S.l.: s.n.], 2023. 1 vídeo (12 min). 
Publicado pelo canal BBC News Brasil. Disponível em: 
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jun. 2024.
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SUS | Sistema Único de Saúde
VAN | Vigilância Alimentar Nutricional
LISTA DE FIGURAS
DIMENSÕES DO RACISMO
FIGURA 1
21
SU
M
ÁR
IO
EQUIDADE NO SUS
01 11
RAÇA/COR/ETNIA E RACISMO 
COMO DETERMINANTES E 
CONDICIONANTES DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA
02
15
DESIGUALDADES 
ÉTNICO-RACIAIS: POPULAÇÕES 
NEGRAS E INDÍGENAS EM 
SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE 
E DESIGUALDADE SOCIAL
03
28
COMBATE AO RACISMO E 
POLÍTICAS E PROMOÇÃO DA 
EQUIDADE ÉTNICO-RACIAL NA 
SAÚDE
04
51
QUESITO RAÇA/COR/ETNIA: 
FORMULÁRIO E SISTEMAS DE 
INFORMAÇÕES DE SAÚDE
05
59
SU
M
ÁR
IO
70
74
PRÁTICAS DE CUIDADO EM 
SAÚDE ANTIRRACISTAS E DE 
ENFRENTAMENTO AO RACISMO 
INSTITUCIONAL: COMO OS(AS) 
ACSs e ACEs PODEM 
CONTRIBUIR?
06
76
RETROSPECTIVA
07
REFERÊNCIAS
08
01
EQUIDADE NO SUS
12
Diferentes estudos e pesquisadores definem o conceito de equidade. 
No entanto, é importante destacar que este conceito começou a ser 
discutido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1986, sendo 
mencionado na Carta de Ottawa – documento resultado da Primeira 
Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, como um dos 
oito pré-requisitos para a saúde (Albrecht; Rosa; Bordin, 2017, p. 2).
As principais definições sobre equidade estão relacionadas às 
dimensões moral e ética e às ideias de justiça social, redução das 
desigualdades e iniquidades sociais, bem como à igualdade de 
acesso e oportunidades no âmbito do SUS. 
A equidade pode ser entendida como um meio ou caminho para 
eliminar as desigualdades, às quais as populações são expostas e 
que refletem no acesso e na atenção à saúde (Lima et al., 2012, p.3; 
Carvalho, S. et al., 2014).
Carta de Ottawa
Pré-requisitos:
❖ Paz.
❖ Abrigo.
❖ Educação.
❖ Alimentação.
❖ Recursos económicos.
❖ Ecossistema estável.
❖ Recursos sustentáveis.
❖ Justiça social.
❖ Equidade.
Considerando o contexto de profundas desigualdades no Brasil, a 
equidade tem sido incorporada nas políticas de saúde pública, 
visando a atender indivíduos diferentes e prevendo tratamento 
diferente aos desiguais, conforme suas necessidades (Fortes, 2015, 
p.5; Carvalho, S. et al., 2014, p.1). 
As demandas em saúde variam de acordo com as disparidades 
sociais, raciais/étnicas, culturais, revelando a relação existente entre a 
saúde e os determinantes sociais.
13
Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE para descobrir 
informações sobre o Programa Nacional de 
Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização 
das Trabalhadoras no Sistema Único de 
Saúde.
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sgtes/equidade-no-sus
https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sgtes/equidade-no-sus
A equidade é um dos princípios doutrinários do SUS e orienta-se pelo 
respeito às necessidades, diversidades e especificidades de cada 
cidadão, cidadã ou grupo social, incluindo-se, aqui, o reconhecimento 
dos Determinantes Sociais da Saúde (DSS), que envolvem os 
seguintes fatores: 
Pobreza, trabalho, moradia, 
gênero, habitação, renda, 
acesso à educação e ao 
lazer, entre outros.
Nota-se, que esses fatores impactam diretamente as condições de 
vida e saúde da população.
A promoção da equidade tem relação direta com os conceitos de 
igualdade e de justiça social. O conceito de equidade também 
considera os impactos das diferentes formas de preconceito e 
discriminação social, como o racismo, a misoginia, a LGBTfobia e a 
exclusão social, na saúde de populações que vivem em situação de 
rua ou em condições de isolamento territorial, como as do campo, da 
floresta, das águas, dos quilombos e em nomadismo, como no caso 
dos ciganos. 
A seguir, você verá como o racismo e a discriminação por raça, cor e 
etnia determinam o acesso e as condições de saúde de populações 
negras e indígenas e as formas de proporcionar uma saúde 
equânime, com vistas à melhoria da qualidade da atenção à saúde e 
à redução das iniquidades étnico-raciais no contexto do SUS.
14
02
RAÇA/COR/ETNIA 
E RACISMO COMO 
DETERMINANTES E 
CONDICIONANTES 
DO PROCESSO 
SAÚDE-DOENÇA
A saúde é reconhecida como o conjunto de condições integrais e 
coletivas de existência, influenciada por fatores políticos, culturais, 
socioeconômicos e ambientais, expressa no artigo 196 da 
Constituição Federal como um direito de todos(as) e dever do Estado. 
Entretanto, a garantia legal ao acesso universal e igualitário às ações 
e aos serviços de saúde não tem sido assegurada de forma 
igualitária e equitativa para a população. 
Os determinantes sociais da saúde (DSS) são um conjunto de fatores 
sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e 
comportamentais, que influenciam diretamente a ocorrência de 
problemas de saúde e seus fatores de risco na população (Buss; 
Pellegrini Filho, 2007). 
A maior parte da causa das doenças que acometem as populações 
está relacionada a esses fatores, ou seja, às condições em que as 
pessoas: nascem, vivem, trabalham e envelhecem.
16
Agora, serão abordados alguns conceitos importantes para a 
compreensão de como o racismo e a discriminação por 
raça/cor/etnia são influenciadores para a situação de 
vulnerabilidade e a morbimortalidade de populações negras e 
indígenas no Brasil.
Antirracismo
Prática de identificar e mudar valores, estruturas e comportamentos 
que perpetuam o racismo sistêmico.
Discriminação racial
Toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, 
cor, descendência, origem nacional, ou étnica, que tenha por objeto 
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em 
igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades 
fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em 
qualquer outro campo da vida pública ou privada (Estatuto da 
Igualdade Racial, Lei 12.228 de 20 de julho de 2010).
Conceitos étnico-raciais
Fonte: Ministério Público de Minas Gerais (2022).
17
Raça
O conceito de raça vem sendo determinado a partir de critérios 
sociais e históricos, principalmente, traços fenotípicos e culturais 
observados nos indivíduos. Esse conceito surgiu para justificar a 
dominação colonial europeia e branca na África e América, sobre 
negros e indígenas; e está, atualmente, ligado à discriminação racial, 
que pode variar de país para país. No Brasil, por exemplo, a 
classificação racial se dá pela cor da pele e outras características 
fenotípicas.
Etnia
Terminologia designativa do sentimento de pertencimento a um 
grupo de pessoas, marcado pelas afinidades genéticas ou que se 
refere às culturas, línguas, comportamentos e características físicas - 
como as populações indígenas no Brasil -, expressando, assim, certa 
homogeneidade – se comparada a outros grupos. Categoria 
coletivamente construída para diferenciar grupos que se 
interrelacionam, formando uma unidade social perante às outras 
distintas à sua.
Preconceito racial
Conceito ou noção elaborados sobre pessoas negras e indígenas, 
sem conhecimento desses grupos sociais, geralmente, um sentimento 
hostil, assumido após generalização. Segundo Almeida (2019), o 
preconceito se distingue da discriminação racial no sentido de que o 
preconceito se atrela mais a ideias, enquanto a discriminação racial 
se relaciona a ações.
18
Injúria racial
Compreende a ofensa à dignidade ou o decoro, em razão de raça, 
cor, etnia ou procedência nacional. A Lei 14.532/2023 equiparou a 
injúria racial ao crime de racismo.
Racismo ambiental
O racismo ambiental refere-se à discriminação que populações 
periféricas ou minorias étnicas enfrentam devido à degradação 
ambiental.Essa expressão destaca que os impactos ambientais não 
são distribuídos de forma igualitária, afetando mais intensamente as 
comunidades marginalizadas e historicamente invisibilizadas pela 
poluição e degradação do meio ambiente (Paes Silva, 2012).
Utilizado desde a década de 80, é um conceito construído por 
ativistas e intelectuais negros norte-americanos, no qual pontuam 
além da degradação, a ausência de pessoas negras nos espaços de 
decisão. 
Racismo
São práticas que partem da crença de que uma raça é superior a 
outra. Essas práticas podem aparecer no comportamento de uma 
pessoa, instituição ou, até mesmo, no âmbito político. O racismo 
funciona por meio de violações de direitos e violências contra um 
grupo humano, cujos corpos estão mais distantes do acesso a 
direitos, espaços de poder e oportunidades e mais próximos das 
exclusões, discriminações e preconceitos. 
Racismo institucional
Essa é uma das dimensões, na qual o racismo se apresenta. O 
racismo institucional é a falha coletiva de uma organização em 
prover um serviço apropriado e profissional às pessoas por causa de 
sua cor, cultura ou origem étnica, produzindo barreiras de acesso e 
garantindo, por mecanismos estruturais, políticos e institucionais, a 
exclusão seletiva dos grupos racialmente subordinados (negros e 
indígenas) (Werneck, 2016, p. 17).
19
Portanto, racismo é um determinante social a ser considerado como 
fundamental dentro do campo da saúde, pois se constitui como 
barreira estrutural e cotidiana, com repercussões negativas em 
diferentes aspectos da vida, inclusive, na saúde, com experiências 
desiguais, ao nascer, viver, adoecer e morrer (Lopes, F. 2005a).
De acordo com os conceitos apresentados, verificamos que o 
conceito de raça não tem nenhuma relação com a dimensão 
biológica. Ele é definido como uma construção social, uma categoria 
social e política, que estrutura as relações de poder e dominação e 
mantém os “racismos populares” vivos (Munanga, 2004).
20
O racismo é reproduzido em diferentes dimensões e níveis. Na figura 1, 
abaixo, é possível observar como tais dimensões impactam as 
condições de vida e saúde de indivíduos não brancos. Werneck (2016), 
aponta que uma atenção especial deve ser dada ao racismo 
institucional, pois são as intervenções nas instituições que podem 
permitir mudanças profundas e duradouras na sociedade. 
O racismo institucional está para além de uma insuficiência ou 
inadequação, pois se trata também de um mecanismo criado para 
permitir práticas excludentes, bem como a manutenção do privilégio 
de uns em detrimento de outros.
O racismo e a discriminação por raça/cor/etnia (que ocorrem de 
forma velada, na maioria das vezes, em virtude de leis que os 
proíbem), determinam e condicionam a vida, o acesso à saúde, bens 
e serviços públicos, criando barreiras para que pessoas negras e 
indígenas tenham chances de estudo, de obterem bons trabalhos, 
boa moradia, boa alimentação, acesso e assistência à saúde de 
qualidade, e a outros direitos básicos para o bem viver (Kalckmann et 
al., 2007).
Fonte: Werneck, 2016, p. 542.
Figura 1 - Dimensões do racismo
21
Segundo Fernanda Lopes (2006), epidemiologista e pesquisadora na 
temática de direitos humanos e equidade em saúde, o sentimento de 
impotência é igual ou maior do que a vivida diante da agressão física, 
pois as vítimas não têm acesso a recursos e a apoios adequados 
para se protegerem do agravo e de suas consequências indesejáveis. 
O racismo reduz as possibilidades de diálogo das pessoas com os 
serviços de saúde, por isso é fundamental enfrentá-lo.
Podemos observar o impacto do racismo e suas diferentes dimensões 
nas condições de vida e saúde das populações negra e indígena, a 
partir dos indicadores, ou seja, medidas-sínteses que apresentam 
dados importantes para nos ajudar a traçar um diagnóstico sobre a 
situação de saúde das populações.
É importante salientar que diante 
de uma situação não explícita de 
discriminação, as pessoas que são 
vítimas tornam-se impotentes.
22
Estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) mostram o acesso 
desigual de distintos grupos populacionais a bens e 
serviços básicos necessários ao bem-estar, como 
saúde, educação, moradia, trabalho, renda etc. 
Os indicadores revelam, que, mesmo com a implementação de 
programas de transferência de renda, a exemplo do Auxílio Brasil e 
Bolsa Família, em 2022, pessoas negras e indígenas continuavam 
com menor acesso a emprego, educação, segurança e saneamento 
(IBGE, 2023a; 2022).
Em 2021, a população que estava ocupada no mercado de trabalho, 
que é de cor ou raça branca, ganhava, em média, 73,4% mais do que 
a população de cor ou raça preta ou parda. Verificou-se, também, 
que as pessoas negras ocupavam mais os trabalhos informais (sem 
carteira de trabalho assinada, trabalhando por conta própria e não 
contribuinte para a previdência social) e as atividades econômicas, 
que normalmente apresentam os menores rendimentos médios – 
serviços domésticos, agropecuária e construção. 
De acordo com o IBGE (2022, p. 24), os resultados encontrados 
apontam para uma desigualdade estrutural, já observada em 
estudos anteriores.
Mercado de Trabalho
23
Segundo o Censo de 2022, a taxa de alfabetização das pessoas 
indígenas (inclui-se, aqui, também aquelas que se consideram 
indígenas pelo critério de pertencimento) foi 85%, no ano de 2022, 
com alta em todas as grandes regiões e faixas etárias. No entanto, 
permaneceu abaixo da taxa nacional, que foi de 93% e a taxa de 
analfabetismo dessa população foi de 15,1%, acima da taxa nacional 
de 7% (IBGE, 2024a). Esse dado demonstra que a expansão das 
políticas públicas na área da educação indígena segue sendo 
necessária e se constitui, ainda hoje, como um desafio permanente 
no país (Brasil, 2010a).
Ainda, no ano de 2022, pessoas de cor ou raça preta, parda e 
indígena, do grupo etário de 15 anos ou mais, tiveram taxas de 
analfabetismo de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente, enquanto as 
da população branca e amarela, do mesmo grupo etário, 
apresentaram taxas de 4,3% e 2,5%. Isto é, as taxas de analfabetismo 
de negros são mais que o dobro das taxas dos brancos, e a de 
indígenas é quase quatro vezes maior (IBGE, 2024a).
Com relação aos povos indígenas, pode-se afirmar, que 
apesar dos avanços conquistados nos últimos anos em 
termos de reconhecimento formal dos direitos dos 
povos indígenas, ainda existem atrasos significativos 
para o exercício de seus direitos - fato que os mantém 
entre os grupos mais vulneráveis -, no que se refere a 
questões sociais, econômicas, demográficas e culturais.
Alfabetização
24
O informativo “Trabalho de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de 
idade 2016/2022”, do IBGE, apresentou alguns resultados da 
investigação sobre o trabalho de crianças e adolescentes no Brasil, 
através de um módulo específico da Pesquisa Nacional por Amostra 
de Domicílios Contínua (PNAD) contínua. 
Pelo estudo, foi possível classificar crianças e adolescentes, de 5 a 17 
anos de idade, em situação de trabalho infantil e identificar se as 
ocupações por elas desenvolvidas estavam na Lista das Piores 
Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP). No que tange a raça/cor de 
crianças e adolescentes, foram identificadas disparidades raciais: o 
percentual de crianças negras (66,3%), de 5 a 17 anos, que 
realizavam atividades econômicas em situação de trabalho infantil, 
era duas vezes maior quando comparado às brancas (33,0%). 
Em 2022, o rendimento médio real dessa população foi estimado em 
R$ 716 (setecentos e dezesseis reais). No entanto, ao desagregar os 
dados por cor ou raça, constatou-se que a média para a população 
preta ou parda era de R$ 660 (seiscentos e sessenta reais), enquanto 
para a população branca era de R$ 817 (oitocentos e dezessete reais) 
(IBGE, 2023b).
Em 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) estimouque 29,1 
milhões de pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão 
psicológica, física ou sexual, nos 12 meses anteriores à entrevista, no 
Brasil. No que se refere à raça/cor, a PNS observou que as pessoas 
pretas ou pardas foram as que mais reportaram terem sido vítimas 
de violência (IBGE, 2020, p. 35).
Violência
Trabalho de crianças e adolescentes
25
Dados preliminares, do Censo 2022, identificaram que as restrições de 
acesso ao saneamento básico eram mais elevadas entre as 
populações preta, parda e indígena. 
Em contrapartida, a população de cor ou raça amarela foi a que 
apresentou maior índice de acesso à infraestrutura de saneamento, 
seguida pela de cor ou raça branca. O mesmo ocorre para a 
presença de instalações sanitárias nos domicílios, cujas pessoas mais 
afetadas pela ausência dessas instalações são negras e indígenas 
(IBGE, 2024b).
Um estudo sobre desigualdades étnico-raciais e mortalidade infantil 
no Brasil, identificou que as crianças indígenas têm 14 vezes mais 
chances de morrer por diarreia do que as crianças nascidas de 
mães brancas. Entre as crianças negras, o risco é 72% maior em 
relação ao mesmo grupo. Para as autoras do estudo, reconhecer e 
documentar as evidências do etnoracismo são os primeiros passos 
para a redução das desigualdades étnico-raciais (Rebouças et al., 
2022).
Diversos indicadores demonstram o impacto do 
racismo e da discriminação, não apenas na saúde, 
mas, também, em áreas como educação, 
saneamento e renda. Esses dados reforçam a 
urgência de implementar políticas de combate ao 
racismo e, especialmente, de promover ações 
antirracistas em todos os setores.
Mortalidade infantil
Saneamento básico
26
Em 2005, a OMS elaborou e adotou um conceito mais abrangente de 
Determinantes Sociais da Saúde (DSS). Nesse modelo foram incluídos 
outros fatores que são determinantes estruturais para as 
desigualdades e iniquidades em saúde e bem-estar social, como o 
preconceito baseado em valores relativos a gênero e raça/cor/etnia 
(racismo) (Galvão et al., 2021; Carvalho, A., 2013; Solar; Irwin, 2010; OMS, 
2005).
#PARA SEGUIR APRENDENDO
Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE para acessar o 
documento na íntegra. Você também pode 
acessar o documento nos materiais 
complementares dessa disciplina.
27
https://fpabramo.org.br/csbh/wp-content/uploads/sites/3/2020/11/DOC_0013-2.pdf
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03
DESIGUALDADES 
ÉTNICO-RACIAIS: 
POPULAÇÕES 
NEGRAS E INDÍGENAS 
EM SITUAÇÃO DE 
VULNERABILIDADE E 
DESIGUALDADE 
SOCIAL
Proporcionalmente, negros e indígenas são os grupos 
populacionais mais vulneráveis e afetados pelas 
desigualdades no Brasil. A origem da vulnerabilidade dessas 
populações, no país, começou no final do século XV e início do 
XVI, com a violência cometida pelos colonizadores portugueses 
e espanhóis, que, com o ideário de superioridade dos brancos 
europeus sobre os demais povos, exterminaram e 
escravizaram populações inteiras de indígenas e diversos 
povos africanos, que foram traficados e trazidos à força em 
navios negreiros (Kalckmann et al., 2007). 
Agora, veja um pouco de história: 
a origem das desigualdades
A escravidão negra durou mais de três séculos e 
estima-se que até a sua abolição, em 1888, tenham 
chegado cerca de 4 milhões de pessoas 
escravizadas no Brasil, vindas de diversos países do 
continente africano.
Muitas mulheres negras e indígenas foram 
agredidas sexualmente, a fim de promover que, 
posteriormente, a população branca fosse a 
maioria no Brasil, exterminando, assim, indígenas 
e negros e trazendo o desenvolvimento pleno 
para o projeto de país arquitetado pelos 
europeus (Silva & Vieira, 2018; Schwarcz, 2024; 
Munanga, 2008). 
29
Apesar desse processo violento de miscigenação e 
branqueamento, é preciso sempre lembrar de que 
a população brasileira tem origem e ancestralidade 
africana e indígena. 
PARA REFLETIR!
30
Segundo o Censo 2022, do IBGE, o Brasil possui 1.693.535 de pessoas 
indígenas, o que representa 0,83% do total de habitantes do país, 
desses, estima-se que 622,1 mil (36,73%) residem em terras indígenas 
e 1,1 milhão (63,27%) fora delas (IBGE, 2023d).
De acordo com o IBGE (2010b, p. 15), os povos indígenas apresentam 
configurações particulares de costumes, crenças e língua, de formas 
de inserção com o meio ambiente, de história de interação com os 
colonizadores e de relação com o Estado Nacional Brasileiro. Desse 
modo, inserem-se de distintas maneiras na sociedade nacional 
envolvente. O reconhecimento étnico se pauta na conjugação de 
critérios definidos pela consciência da identidade indígena e de 
pertencimento a um grupo diferenciado dos demais segmentos 
populacionais brasileiros e pelo reconhecimento por parte dos 
membros do próprio grupo.
Quanto à localização, a maior parte dos indígenas do 
país está concentrada na região Norte (44,48%), seguido 
da região Nordeste, (31,22%). Juntas, as duas regiões 
respondem por 75,71% do total.
Populações Indígenas
31
Completam o total da distribuição da população indígena no Brasil as 
regiões Centro-Oeste (11,8% ou 199,9 mil pessoas indígenas), Sudeste 
(7,28% ou 123,3 mil) e Sul (5,2% ou 88 mil). Os estados brasileiros com 
maior quantitativo de indígenas são: Amazonas (490,9 mil), Bahia 
(229,1 mil), Mato Grosso do Sul (116,3 mil), Pernambuco (106,6 mil) e 
Roraima (97,3 mil). De todas as cidades, 4.832 têm moradores 
indígenas, o que representa 86,7% do total de cidades do país (IBGE, 
2023d).
Dados do Censo de 2010, registraram a 
existência de 274 línguas indígenas, de 305 
diferentes etnias no Brasil (IBGE, 2010b). Com a 
atualização do Censo em 2022, é possível que 
esses números tenham mudado e apresentem 
um novo cenário no país (Simoni; Guimarães; 
Santos, 2024; IBGE, 2023d).
Os povos indígenas não são todos iguais. Embora tenham muitas 
semelhanças, há uma grande sociodiversidade étnica, linguística e 
cultural que deve ser (re)conhecida, respeitada e considerada, 
especialmente, no que tange à promoção da saúde desses povos, 
pois o processo de saúde-doença está diretamente ligado a essa 
diversidade.
A terra e o território onde habitam têm um valor imensurável para os 
povos indígenas. Essa relação é profunda e está ligada à identidade, 
sendo muito importante para a preservação do meio ambiente, além 
de ser um dos mais importantes determinantes sociais da saúde para 
essa população.
32
Grande parte dos povos indígenas encontra-se em condições de 
extrema vulnerabilidade social e econômica em todo o país. Apenas 
13,82% das terras indígenas são regularizadas no território brasileiro, e 
esse baixo número contribui para a presença de indígenas em 
acampamentos em condições precárias, geralmente, sem 
esgotamento sanitário, sem coleta regular de lixo e com baixa 
infraestrutura (Rio Grande do Sul, 2017).
Destaca-se que a demarcação das terras 
indígenas é um direito constitucional, e sua 
relevância está diretamente relacionada à 
garantia da autodeterminação, autonomia e 
à proteção dos direitos dos povos indígenas, 
assim como sua participação ativa e efetiva 
na gestão e preservação desses territórios.
“A terra não é apenas suporte para a vida material, meio de 
subsistência ou fator de produção, mas é, também, referencial do 
seu mundo simbólico. Todas as dimensões da vida de um povo 
indígena têm por base seu território físico” (Lopes, V. [s.d.]).
33
Um estudo técnico, realizado e publicado 
pela Secretaria Executiva da Câmara 
Interministerial de Segurança Alimentar e 
Nutricional (CAISAN), em 2018, evidenciou 
que a desnutrição segue sendo um 
problema de saúde pública importante no 
país, especialmente, quando se trata de 
crianças menores de 5 anos, pertencentes 
a povos e comunidades tradicionais, 
como as indígenas, negras e quilombolas.
No ano de 2016, 8% das crianças indígenase 6,1% das quilombolas 
apresentaram baixo peso. O mesmo foi identificado para a 
deficiência de estatura para a idade, em 30,5% das indígenas e 17,0% 
das quilombolas (Bortolini et al., 2020; Caisan, 2018).
34
A seguir, veremos alguns 
indicadores de saúde dos 
povos indígenas.
A Atenção Primária em Saúde (APS) em 
Saúde é a principal porta de entrada do 
SUS e desempenha um papel fundamental 
na promoção de melhores desfechos em 
alimentação e nutrição. Você, Agente de 
Saúde, com suas atribuições profissionais, 
pode contribuir ativamente para alcançar 
esses resultados, promovendo orientações 
e ações que impactam positivamente a 
saúde da comunidade.
Segundo Bortolini (2020), essas ações devem estar orientadas pelas 
diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) e 
podem ser potencializadas a partir de ações de vigilância alimentar e 
nutricional. Nesse sentido, é importante que a equipe da APS, com o 
apoio dos(as) Agentes de Saúde, conheça as comunidades 
tradicionais dos seus territórios, bem como seus costumes, hábitos 
alimentares e culturais, para uma adequada vigilância alimentar e 
nutricional e enfrentamento à desnutrição, às carências de 
micronutrientes, ao sobrepeso e à obesidade nessas populações.
Os resultados da pesquisa do IBGE (2022a) também encontraram 
achados, que reafirmam a correlação entre condições 
socioeconômicas, raça/cor e má-alimentação. Além da desnutrição 
em crianças, também as adolescentes pretas (10 a 19 anos) pretas 
apresentaram IMC acima da média em relação às demais cores ou 
raças, em 2021.
Veja, a seguir, dois tipos de Agentes de Saúde, definidos pelo 
Ministério da Saúde, que desempenham um papel fundamental na 
promoção da saúde dentro das comunidades indígenas.
35
Os(as) Agentes Indígenas de saúde (AIS) 
fazem parte da Equipes Multidisciplinares de 
Saúde Indígena (EMSI) dos distritos. Eles(as) 
moram em aldeias e são responsáveis pela 
prevenção de doenças, acompanhamento 
de saúde de crianças a idosos, educação em 
saúde e contato com os profissionais de 
saúde do DSEI. Eles(as) trabalham, também, 
como intérpretes e são os articuladores(as) 
entre a medicina convencional e as práticas 
tradicionais indígenas, realizando a 
integração das equipes de saúde com os 
pajés, xamãs, rezadores, raizeiros e parteiras 
de cada etnia.
Agentes Indígenas de Saúde (AIS)
Os(as) Agentes Indígenas de Saneamento 
(AISAN), são responsáveis pelo 
monitoramento da qualidade da água, 
destinação dos resíduos sólidos, apoio na 
manutenção dos Sistemas de 
Abastecimento de Água (SAA) e pelo 
trabalho de educação em saúde.
Agentes Indígenas de
Saneamento (AISAN)
36
No total, o Brasil possui 7,6 mil Agentes Indígenas, sendo 4,8 mil AIS e 
2,8 mil AISAN. Eles(as) representam 52% dos profissionais de saúde 
que compõem as EMSI, fazem parte da força de trabalho da SESAI, 
que atua diretamente nas aldeias. Os AIS e os AISAN desempenham 
papéis importantes no cuidado à saúde indígena. Suas principais 
funções são:
Intermediação cultural: atuam facilitando a 
comunicação entre as comunidades indígenas e os 
profissionais de saúde, garantindo que as práticas 
culturais sejam respeitadas.
Educação em saúde: promovem a educação em 
saúde dentro das comunidades, abordando temas 
como higiene, prevenção de doenças e cuidados 
básicos de saúde.
Monitoramento e prevenção: ajudam a monitorar a 
saúde da comunidade, identificando precocemente 
sinais de doenças e promovendo ações preventivas.
Apoio às equipes de saúde: trabalham em conjunto 
com as equipes de saúde, auxiliando na 
implementação de programas de saúde e 
saneamento.
Valorização do conhecimento tradicional: colaboram 
com os profissionais de saúde para integrar o 
conhecimento tradicional indígena aos cuidados de 
saúde modernos.
1
2
3
4
5
37
Você, Agente de Saúde, pode auxiliar na realização da Vigilância 
Alimentar e Nutricional (VAN) no seu território, e auxiliar a detectar 
precocemente situações de risco nutricional nas famílias negras, 
quilombolas e indígenas. Todos os profissionais de saúde da APS são 
responsáveis por realizar a VAN e devem ser capacitados para 
coletar os dados de antropometria e do consumo alimentar durante 
os atendimentos e as atividades de rotina. Conhecer a situação de 
alimentação, nutrição, saneamento e acesso à água da população 
do seu território, principalmente, aquelas com maior vulnerabilidade e 
risco social, e realizar a coleta e registro dos dados no e-SUS APS (ou 
sistemas próprios) pode ser um dos caminhos para a redução dos 
números de desnutrição e sobrepeso.
#FICA A DICA
Clique aqui ou aponte a câmera de seu celular e 
escaneie o QR CODE para conhecer o Guia para a 
Organização da Vigilância Alimentar e 
Nutricional na Atenção Primária à Saúde. Você 
também pode acessar o guia nos materiais 
complementares dessa disciplina.
Você pode acessar, também, a Cartilha O Agente 
Comunitário de Saúde na Promoção de Hábitos 
Alimentares Saudáveis, e ajudar contribuir para a 
promoção da saúde e de hábitos alimentares 
saudáveis para toda a população. Clique aqui ou 
aponte a câmera de seu celular e escaneie o QR 
CODE.
38
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_organizacao_vigilancia_alimentar_nutricional.pdf
https://fadc.org.br/sites/default/files/2019-08/o-agente.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_organizacao_vigilancia_alimentar_nutricional.pdf
https://fadc.org.br/sites/default/files/2019-08/o-agente.pdf
Em um estudo realizado por Araújo et al. (2023), observou-se altas 
taxas de suicídio entre os indígenas brasileiros, no período de 2000 a 
2010. Os números atingiram mais de duas vezes e meia os níveis da 
população brasileira, em geral, em 2020 (17,57 mortes por suicídio 
versus 6,35 mortes por suicídio por 100.000 habitantes, 
respectivamente). Destaca-se o fato de que a faixa etária mais jovem 
(10 a 24 anos), apresentou as maiores taxas de suicídio em todos os 
anos do estudo.
A pesquisa de Alves (2021), revelou desigualdades e piores 
indicadores de saúde nos povos indígenas do Brasil. Um exemplo 
disso, foi a proporção de óbitos em indígenas menores de 1 ano foi 
maior em todos os anos da série histórica analisada (15,3% em 2000, 
17,7% em 2010 e 16,2%; em 2018), e em comparação ao restante do 
Brasil, que foi de 7,2%, 3,5% e 2,7%, respectivamente.
A proporção de óbitos a partir de 50 anos nos indígenas nos mesmos 
anos foi de 47,0%, 48,1% e 52,0%; e no restante do Brasil, foi de 66,8%, 
74,4% e 79,4% (Alves et al., 2021, p.1). 
39
Em 2018, indígenas menores de 1 ano morreram mais de afecções 
perinatais (39,4%), doenças infecciosas e parasitárias (10,1%) e causas 
externas (9,8%). Em menores de 1 ano do restante da população 
brasileira, essas causas corresponderam a 57,8%, 3,8% e 2,8%. 
Indígenas acima de 50 anos morreram mais por doenças 
circulatórias (28,6%), respiratórias (15,4%) e neoplasias (14,6%); e no 
restante da população brasileira, essas causas representaram 31,5%, 
13,6% e 19,0% (Alves et al., 2021, p.1).
O Primeiro Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição dos Povos 
Indígenas, cuja pesquisa de campo aconteceu entre 2008 e 2009, 
encontrou significativas desigualdades étnico-raciais na atenção 
Pré-natal de mulheres indígenas, com idades entre 14 e 49 anos, com 
filhos menores de 60 meses, no Brasil.
Dados do estudo de Garnelo et al. (2019, p.1), mostraram que, embora 
o Pré-natal tenha sido ofertado para a maioria das mães indígenas 
(86,6%), a região Norte registrou a maior proporção de mulheres que 
não fizeram o Pré-natal; somente 30% iniciaram o Pré-natal no 1º 
trimestre (recomendado pelo Ministério da Saúde), e apenas 60% das 
elegíveis receberam vacinas contra Difteria e Tétano. 
Apenas 16% das gestantes indígenas realizaram 7 ou mais consultas 
de Pré-natal, conforme recomendação da OMS e Ministério da Saúde. 
Foi baixa a solicitação de exames, como Glicemia(53,6%), Urina (53%), 
Hemograma (56,9%), Citologia Oncótica (12,9%), teste de Sífilis (57,6%), 
Sorologia para HIV (44,2%), Hepatite B (53,6%), Rubéola (21,4%) 
Toxoplasmose (32,6%) e prescrição de Sulfato Ferroso (44,1%).
40
Os indicadores mencionados nos permitem visualizar os efeitos do 
racismo e das desigualdades étnico-raciais nas condições de vida e 
saúde dos povos indígenas. Muitos dos agravos estão relacionados 
ao que chamamos de condições sensíveis à APS, o que significa que 
são condições que poderiam ter sido tratadas no âmbito da APS, de 
forma oportuna e efetiva, a partir da promoção, educação e 
prevenção em saúde, evitando que a população adoeça ou evolua 
para uma possível internação ou venha a óbito.
41
O estudo destaca, ainda, que os percentuais de realização das ações 
do Pré-natal das indígenas são mais inferiores que os achados para 
mulheres não indígenas no território nacional, reafirmando a 
manutenção de desigualdades étnico-raciais, que afetam de forma 
negativa a saúde e o bem-estar de mães indígenas (Garnelo et al., 
2019, p.1).
As doenças crônicas não transmissíveis (Diabetes, Hipertensão, 
Pneumonias bacterianas, Asma etc.), as doenças preveníveis por 
imunização (Tétano, Sífilis congênita, Difteria, Hepatite B, Rubéola, 
Malária etc.) e as deficiências nutricionais, como a desnutrição, são 
condições sensíveis à APS e podem ser enfrentadas de forma efetiva, 
com o trabalho dos Agentes de Saúde, seja por meio da atuação 
junto aos domicílios; vistoria dos imóveis residenciais e não 
residenciais; orientação da população sobre hábitos saudáveis, 
promoção e prevenção de doenças e sobre vacinação; notificação e 
encaminhamento das fichas de notificação para o setor competente, 
conforme estratégia local, dentre outras estratégias a serem 
desenvolvidas, respeitando a sociodiversidade dos povos indígenas.
Agora, você já sabe: os povos indígenas não são iguais! 
Embora haja semelhanças, há uma grande diversidade 
étnica, linguística e cultural entre eles.
PARA REFLETIR!
Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE para 
assistir ao vídeo “Quantas línguas 
indígenas o Brasil tem e como é 
escutá-las?” e conhecer um pouco 
sobre a diversidade linguística dos povos 
indígenas. 
42
https://www.youtube.com/watch?v=-dKBt5btcq0
https://www.youtube.com/watch?v=-dKBt5btcq0
De acordo com IBGE, a população negra é caracterizada pela soma 
de pretos e pardos, que, em 2022, correspondia a 55,5% da população 
brasileira (IBGE, 2023c). A população quilombola também constitui a 
população negra no Brasil.
São reconhecidos como povos e 
comunidades tradicionais: 
● grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem 
como tais; 
● que possuem formas próprias de organização social; 
● que ocupam e usam territórios e recursos naturais, como 
condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, 
ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, 
inovações e práticas geradas e transmitidas pela tradição 
(Decreto 6.040, art. 3º, § 1º).
Populações Negras
43
A trajetória de luta pelo direito à terra e de combate ao racismo da 
sociedade brasileira resiste nos quilombos da atualidade, e para 
Nascimento (2006), essas comunidades são “a materialização da 
resistência negra à escravização”. 
Pela primeira vez, o Censo 2022 do IBGE contabilizou os quilombolas 
no país. Trata-se de uma população de 1,3 milhão de pessoas, 
distribuída entre 1.696 municípios e 494 Territórios Quilombolas 
oficialmente delimitados.
44
Apesar de representarem a maioria da população no Brasil, pessoas 
negras estão entre os grupos com os mais altos índices de 
desocupação, subutilização, subemprego e trabalho informal, 
independentemente do nível de escolaridade. Além disso, enfrentam 
os menores rendimentos no trabalho e na renda per capita, com uma 
parcela significativa vivendo abaixo da linha da pobreza. Também 
enfrentam a situação de maior insegurança de posse e de 
informalidade da moradia própria, vivendo em domicílios sem 
esgotamento por rede coletora ou pluvial, e sem acesso à rede de 
abastecimento de água e à coleta de lixo (IBGE, 2022b).
As péssimas condições de vida, em que se encontra a maior parte da 
população negra brasileira, resultam do processo histórico escravista 
que durou mais de 300 anos, o qual, mesmo abolido, segue 
desumanizando e deixando às margens a população negra. Histórica 
e socialmente esses corpos são repetidamente violados por grande 
parte das instituições, que deveriam proteger e garantir os seus 
direitos.
A seguir, você verá alguns indicadores de saúde da população negra, 
que refletem os impactos dos determinantes sociais da saúde, 
principalmente, do racismo estrutural e institucional, na vida dessa 
população.
45
No que tange à saúde materna, mulheres 
negras têm apresentado os piores indicadores 
de acesso e cuidado à saúde, fazem menos 
consultas de Pré-natal e o iniciam mais 
tardiamente em comparação às mulheres 
brancas. São mais acometidas pelo óbito 
materno e possuem as menores proporções no 
que se refere ao recebimento de uma 
assistência adequada (Coelho, Remédios, 
Campos, 2022).
Em 2021, 47.847 pessoas foram mortas por violência (homicídio) no 
Brasil, segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde, esse número 
representa uma redução de 4,8% na taxa de homicídios em relação 
ao ano anterior. Todavia, essa redução não se aplicou às mortes de 
pessoas negras: esse mesmo período foi marcado pelo aumento da 
violência letal contra negros, indígenas e mulheres (Cerqueira et al., 
2023).
O Atlas da Violência de 2023 evidenciou taxas de homicídios de 
homens, mulheres, jovens e idosos negros mais elevadas em relação 
às pessoas não negras. O risco de um negro morrer assassinado foi 
2,9 vezes maior do que um não negro. Ainda, a taxa de mortalidade 
por homicídio de mulheres negras foi de 4,3 por 100 mil mulheres 
negras, e a taxa entre não negras foi de 2,4 por 100 mil, isto é, 
mulheres negras morrem 1,8 vezes mais do que as não negras por 
homicídio. Entre 2020 e 2021, enquanto a taxa de homicídios para 
mulheres negras cresceu 0,5%, entre as mulheres não negras houve 
redução de 2,8% (Cerqueira et al., 2023).
46
O estudo de Batista (2005) evidenciou que homens negros morrem 
mais que os brancos. Dentre as causas de morte dos homens negros, 
destacam-se os óbitos por transtornos mentais (uso de álcool e 
outras drogas); doenças infecciosas e parasitárias (Tuberculose e 
HIV/Aids) e causas externas (homicídio). 
O Boletim Epidemiológico Saúde da População Negra, do Ministério da 
Saúde, evidenciou disparidades raciais no acesso à saúde de pessoas 
negras e indígenas. Em 2020, aferiu-se uma maior proporção de mães 
que tiveram acesso a sete ou mais consultas de Pré-natal, em todas 
as categorias de raça/cor, no entanto, houve um gradiente por 
raça/cor com maior proporção de sete ou mais consultas nas mães 
que se declararam ser da raça/cor branca (80,9%), seguida da 
amarela (74,3%), da preta (68,7%), da parda (66,2%) e da indígena 
(39,4%) (Brasil, 2023).
A pesquisa Nascer no Brasil, realizada pela Fiocruz, identificou que 
mulheres pretas e pardas apresentam prevalências mais altas de 
parto pós-termo (após as 42 semanas de gestação; menor aplicação 
de analgesia; Pré-natal com menor número de consultas e exames; 
maior peregrinação para parir; maior violação da garantia do direito 
da mulher ao acompanhante por ocasião do parto; pior relação com 
as/os profissionais de saúde nos hospitais/maternidade; menor 
satisfação com o atendimento recebido nos hospitais/maternidade 
(Leal et al., 2017).
Os indicadores da população negra também nos permitem identificar 
as iniquidades raciais no acesso à saúde. Assim como vimos em 
relação aos indígenas, são as condições sensíveis parte das causas 
que levam pessoas negras ao adoecimento e ao óbito. Olhar para 
essas populações e suas especificidades,bem como construir ações 
em saúde antirracistas, é fundamental para a promoção da equidade 
no SUS.
47
Agente de Saúde, ao atender pessoas negras, quilombolas e 
indígenas na sua Unidade de Saúde, esteja atento aos 
determinantes sociais da saúde, que afetam as condições de vida 
dessas pessoas, especialmente, o racismo. No atendimento:
• Certifique-se de que as pessoas e seus domicílios estão 
cadastrados e vinculados a alguma equipe da Unidade de Saúde, e 
de que os dados estão corretos. Caso a pessoa não seja do 
território, acolha e a oriente sobre sua Unidade de referência.
• Atualize com frequência os dados dessas pessoas (de domicílio, 
antropométricos, entre outros).
• Pergunte se há crianças, idosos, pessoas com deficiência e 
gestantes nas famílias negras e indígenas.
• Confira os cartões de vacinação da gestante e da criança, para 
verificar o que está faltando, discutindo com a equipe a situação e 
fazendo o registro de tudo o que for necessário, no que se refere à 
saúde dessas pessoas.
• Identifique informações sobre o número de consultas das gestantes 
negras e indígenas, sobre as vacinas, exames e testes importantes 
para cada período da gestação ou do recém-nascido. São dados 
relevantes para reduzir as chances de adoecimento ou óbito 
dessas pessoas por agravos evitáveis e sensíveis a APS.
#FICA A DICA
48
• Conheça todas as comunidades negras, quilombolas e indígenas 
localizadas no território da sua Unidade e equipe; faça visitas 
periódicas e diagnósticos das situações de saúde e condições de 
vida dessas famílias.
• Conheça quais as condições de moradia das famílias negras e 
indígenas e verifique se as residências possuem instalações 
sanitárias, saneamento básico, água potável, o tipo de estrutura da 
casa, se próximo às comunidades quilombolas e indígenas existem 
focos endêmicos etc. Registre todas as informações, e, junto à 
equipe, elabore estratégias específicas para essas comunidades e 
famílias.
• Identifique indivíduos ou famílias negras e indígenas em situação 
de rua e discuta as situações com a sua equipe. A equipe pode 
acionar outras secretarias e redes do município, para oferecer 
atendimento e acolhimento a essas pessoas.
• Identifique situações de violência, acolha as vítimas e tome as 
providências necessárias (discussão do caso com a equipe, 
notificação e eventual denúncia).
• Discuta, sempre, as situações que você identificar no território 
sempre com a sua equipe. Ela pode, quando necessário, acionar 
outras secretarias e instituições do seu município, como Assistência 
Social, Educação, Habitação, o Distrito Sanitário Especial Indígena 
(DSEI) e os Conselhos de Desenvolvimento das Comunidades 
Negras e Indígenas para construir ações intersetoriais e mais 
efetivas a essas populações.
#FICA A DICA
49
As pessoas que criaram esse conceito diziam que o racismo não 
existia no Brasil, que o existia, aqui, era uma harmonia entre as raças 
e que indivíduos negros e indígenas viviam em condições de plena 
igualdade em relação aos brancos.
A realidade no país sempre nos mostrou e afirmou que esse conceito 
trata-se de um mito. As pessoas brancas, negras e indígenas são 
iguais perante a lei. No entanto, na prática, essa igualdade ainda não 
está dada, por isso a necessidade de olharmos atentamente para os 
grupos excluídos e que vivem em condições desiguais. 
O que você observa sobre as relações de trabalho, educação, renda, 
moradia entre pessoas negras e brancas? São relações e condições 
semelhantes?
Vamos entender melhor o que 
é democracia racial!
Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE e assista 
ao vídeo “Desigualdade Racial no Brasil 
- 2 minutos para entender!”. 
Assista, também, ao vídeo “As 
estatísticas que revelam a 
desigualdade racial no Brasil e nos 
EUA”, para conhecer dados que expõem 
a disparidade racial nesses países. 
Clique aqui ou aponte a câmera do seu 
celular e escaneie o QR CODE.
50
https://www.youtube.com/watch?v=ufbZkexu7E0
https://www.youtube.com/watch?v=d45Woc456DY
https://www.youtube.com/watch?v=ufbZkexu7E0
https://www.youtube.com/watch?v=d45Woc456DY
04
COMBATE AO 
RACISMO E 
POLÍTICAS E 
PROMOÇÃO 
DA EQUIDADE 
ÉTNICO-RACIAL 
NA SAÚDE
A equidade é um dos princípios doutrinários do SUS e orienta as 
políticas de saúde, reconhecendo as necessidades de grupos 
específicos e atuando para reduzir o impacto dos determinantes 
sociais da saúde e desigualdades, às quais algumas populações 
estão submetidas. 
As Políticas de Promoção da Equidade em Saúde são um conjunto de 
políticas, programas e ações governamentais de saúde, no contexto 
do SUS, formuladas para fomentar o respeito à diversidade e garantir 
o direito à saúde integral e equânime a populações em situação de 
vulnerabilidade e desigualdade social (Brasil, 2024c).
A APS deve ser espaço de fomento à implementação de políticas e 
ações intersetoriais de promoção da equidade em saúde, acolhendo 
e articulando as demandas de grupos em situação de iniquidade no 
acesso e na assistência à saúde (Brandt; Areosa; Rodrigues, 2022, p. 
9). 
Para sua efetivação, é necessária uma rede de serviços sensíveis e 
comprometidos, a fim de superar as deficiências de cobertura, acesso 
e aceitabilidade do SUS para essas populações. 
Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE para saber mais 
sobre a iniciativa Saúde sem Racismo, 
proposta pelo Ministério da Saúde.
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-sem-racismo
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-sem-racismo
A Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), 
aprovada pela Portaria do MS nº 254, de 31 de janeiro de 2002, integra 
a Política Nacional de Saúde, em consonância às determinações das 
Leis Orgânicas da Saúde com as da Constituição Federal, que 
reconhecem aos povos indígenas suas especificidades étnicas e 
culturais e seus direitos territoriais (Brasil, 2002). Foi uma política 
formulada com a participação, em todas as etapas, de 
representantes dos órgãos responsáveis pelas políticas de saúde e 
pela política e ação indigenista do governo, assim como de 
organizações da sociedade civil com trajetória reconhecida no 
campo da atenção e da formação de recursos humanos para a 
saúde dos povos indígenas (Brasil, 2002). 
A PNASPI está vinculada à Secretaria Especial de Saúde Indígena 
(SESAI) do Ministério da Saúde. Tal secretaria, criada em 2010, é 
responsável por coordenar a atenção à saúde das Políticas para os 
Povos Indígenas e todo o processo de gestão do Subsistema de 
Atenção à Saúde Indígena (SASISUS), no contexto do SUS, em todo o 
território brasileiro. A criação da SESAI e do SASISUS surgiu a partir da 
necessidade de reformulação da gestão da saúde indígena no país, 
demanda reivindicada pelos próprios indígenas, durante as 
Conferências Nacionais de Saúde Indígena.
Política Nacional de Atenção à Saúde 
dos Povos Indígenas (PNASPI)
53
Segundo Brasil (2002), a implementação da PNASPI requer a adoção 
de um modelo complementar e diferenciado de organização dos 
serviços – voltados para a proteção, promoção e recuperação da 
saúde –, e que garanta às populações indígenas o exercício de sua 
cidadania nesse campo. Nesse sentido, a rede de serviços nas terras 
indígenas é condição fundamental para efetivar o direito à saúde, 
bem como superar as deficiências de cobertura, acesso e 
aceitabilidade do SUS pelos indígenas.
O propósito dessa política é garantir aos povos indígenas o acesso à 
atenção integral à saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do 
SUS, garantindo a equidade, contemplando a diversidade social, 
cultural, geográfica, histórica e política, de modo a favorecer a 
superação dos fatores que tornam essa população mais vulnerável 
aos agravos à saúde de maior magnitude e transcendência entre os 
brasileiros, reconhecendo a eficácia de sua medicina e o direito 
desses povosà sua cultura.
O modelo de organização dos serviços dessa Política se dá por meio 
dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Cada DSEI é 
orientado para um espaço etnocultural dinâmico, geográfico, 
populacional e administrativo bem delimitado –, que abrange um 
conjunto de atividades técnicas, medidas racionalizadas e 
qualificadas de atenção à saúde, promovendo a reordenação da 
rede de saúde e das práticas sanitárias e desenvolvendo atividades 
administrativo-gerenciais necessárias à prestação da assistência, 
com controle social (Brasil, 2002). 
54
As relações sociais entre os diferentes povos indígenas do território e 
a sociedade regional e a distribuição demográfica tradicional dos 
povos indígenas, que não coincide, necessariamente, com os limites 
de estados e municípios onde estão localizadas as terras indígenas, 
são alguns dos critérios que devem ser considerados para a definição 
territorial dos DSEI (Brasil, 2002).
Cada distrito possui uma rede de serviços de Atenção Básica de 
Saúde dentro das áreas indígenas, integrada e hierarquizada com 
complexidade crescente e articulada com a rede do SUS. As equipes 
de saúde dos distritos deverão ser compostas por médicos, 
enfermeiros, odontólogos, auxiliares de enfermagem e AIS, contando 
com a participação sistemática de antropólogos, educadores, 
engenheiros sanitaristas e outros especialistas e técnicos 
considerados necessários (Brasil, 2002). Observe que você, ACS, e 
você, ACE, não atuam nos DSEIs.
Nas aldeias, a atenção básica será realizada por intermédio dos(as) 
AIS, nas unidades de saúde, e pelas equipes multidisciplinares 
periodicamente, conforme planejamento das suas ações. Portanto, 
os(as) AISs são como os Agentes Comunitários e de Endemias para 
toda a população: desempenham papel importante para garantir e 
promover o acesso dos povos indígenas à saúde.
É comum, que no imaginário coletivo a imagem de indígenas seja 
associada à vida nas aldeias, isoladas em meio às florestas. No 
entanto, essa é uma das tantas realidades dos povos indígenas no 
Brasil. Em alguns estados do país, os povos indígenas podem ser 
encontrados nos centros urbanos e fora das suas aldeias. Podem e 
devem, inclusive, acessar os serviços de saúde fora dos DSEIs. Assim, 
outros Agentes de Saúde, como você, ACS ou ACE, podem ter em seus 
territórios pessoas indígenas, que necessitem de atenção à saúde.
55
56
Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE para acessar a 
“Política Nacional de Atenção à Saúde dos 
Povos Indígenas” na íntegra. Você também 
pode acessá-la nos materiais 
complementares dessa disciplina.
Esteja atento(a) ao fato de que uma pessoa indígena, em contexto 
urbano ou fora do seu território de origem, não deixa de ser indígena. 
Portanto, ao identificar indígenas no seu território e Unidade de Saúde, 
lembre-se de acolher e promover a equidade em saúde.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_saude_indigena.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_saude_indigena.pdf
A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) é 
uma resposta do Ministério da Saúde às desigualdades em saúde que 
acometem a população negra, e o reconhecimento de que as suas 
condições de vida resultam de injustos processos sociais, culturais e 
econômicos presentes na história do país. Essa Política tem o 
compromisso de combater as desigualdades no SUS e promover a 
saúde da população negra de forma integra (Brasil, 2009). 
Aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde, em novembro de 2006, 
mas instituída somente em 2009, a PNSIPN reitera a relação entre 
racismo e vulnerabilidade em saúde, tendo como objetivos:
I – garantir e ampliar o acesso da população negra residente em 
áreas urbanas, em particular, nas regiões periféricas dos grandes 
centros, às ações e aos serviços de saúde;
II – garantir e ampliar o acesso da população negra do campo e da 
floresta, em particular, as populações quilombolas, às ações e aos 
serviços de saúde;
III – incluir o tema Combate às Discriminações de Gênero e 
Orientação Sexual, com destaque para as interseções com a saúde 
da população negra, nos processos de formação e educação 
permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle 
social;
A Política Nacional de Saúde Integral 
da População Negra (PNSIPN)
57
IV – identificar, combater e prevenir situações de abuso, exploração e 
violência, incluindo assédio moral, no ambiente de trabalho;
V – aprimorar a qualidade dos Sistemas de Informação em Saúde, 
por meio da inclusão do quesito cor em todos os instrumentos de 
coleta de dados adotados pelos serviços públicos, os conveniados ou 
contratados com o SUS;
VI – melhorar a qualidade dos Sistemas de Informação do SUS, no 
que tange à coleta, processamento e análise dos dados 
desagregados por raça, cor e etnia; 
VII – identificar as necessidades de saúde da população negra do 
campo e da floresta, das áreas urbanas e utilizá-las como critério de 
planejamento e definição de prioridades; 
VIII – definir e pactuar, junto às três esferas de governo, indicadores e 
metas para a promoção da equidade étnico-racial na saúde;
IX – monitorar e avaliar os indicadores e as metas pactuados para a 
promoção da saúde da população negra, visando a reduzir as 
iniquidades macrorregionais, regionais, estaduais e municipais;
X – incluir as demandas específicas da população negra nos 
processos de regulação do sistema de saúde suplementar; 
XI – monitorar e avaliar as mudanças na cultura institucional, visando 
à garantia dos princípios antirracistas e não-discriminatório; 
XII – fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre racismo e 
saúde da população negra (Brasil, 2009).
Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE e acesse a 
“Política Nacional de Saúde Integral da 
População Negra” na íntegra. Você também 
pode acessá-la nos materiais 
complementares dessa disciplina.
58
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_integral_populacao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_integral_populacao.pdf
05
QUESITO 
RAÇA/COR/ETNIA: 
FORMULÁRIOS E 
SISTEMAS DE 
INFORMAÇÕES DE 
SAÚDE
O quesito raça/cor/etnia é um ponto central para o enfrentamento do 
racismo nos mais diversos indicadores, sejam da saúde, educação, 
socioeconômicos, entre outros, conforme observado nos tópicos 
anteriores (Silveira, 2021).
Os Sistemas de Informação em Saúde são fundamentais para 
compreender a distribuição da saúde na população brasileira. A partir 
da desagregação racial das informações epidemiológicas, pode-se 
visibilizar e analisar as iniquidades nas condições de vida, saúde, 
adoecimento e morte da população no Brasil. 
No esforço para reduzir as assimetrias e desigualdades na saúde, é 
necessário que todos(as) os(as) profissionais de saúde qualifiquem 
as informações, por meio de ferramentas como:
Formulário de Cadastro do Cartão SUS
Ficha de Cadastro Individual e-SUS AB
Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)
Sistema de Nascidos Vivos (SINASC)
Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA)
60
Sistema Nacional de Agravos Notificáveis 
(SINAN)
Sistema de Informações dos Centros de 
Testagem e Aconselhamento (SI-CTA)
Em cada um desses Sistemas é fundamental o correto 
preenchimento do campo denominado raça/cor/etnia, respeitando o 
critério de autodeclaração do usuário e da usuária de saúde, para 
maior assertividade das ações e práticas de saúde.
61
Além de outros Sistemas não citados nessa lista.
Portaria MS/GM nº 344, de 2017
A variável raça/cor, presente nos formulários e Sistemas de 
Informações em Saúde, é o que nos permite mensurar, identificar e 
denunciar o impacto do racismo e das iniquidades raciais no acesso 
aos serviços de saúde. 
Desde 1º de fevereiro de 2017, por meio da Portaria MS/GM nº 344, a 
coleta e o preenchimento desse quesito/camposão obrigatórios para 
todos os profissionais que atuam nos serviços de saúde, o qual deve 
constar em todas as fichas e formulários dos Sistemas de Informação 
em Saúde no âmbito do SUS.
Critério de autodeclaração da raça/cor/etnia
O critério de autodeclaração do usuário de saúde deve ser seguido, 
orientado pelos padrões utilizados pelo IBGE, que constam nos 
formulários como: branca, preta, amarela, parda ou indígena (Brasil, 
2017a). Segundo o IBGE (2023c):
Cor ou raça é uma percepção que o informante tem sobre si 
mesmo (autoidentificação) e sobre como os outros moradores 
se autoidentificam (ausentes). O quesito é denominado cor ou 
raça e não apenas “cor” ou apenas “raça”, pois há vários 
critérios que podem ser usados pelo informante para a 
classificação, tais como: origem familiar, cor da pele, traços 
físicos, etnia, entre outros, e porque as 5 (cinco) categorias 
disponíveis (Branca, Preta, Amarela, Parda e Indígena) podem 
ser entendidas pelo informante de forma variável (IBGE, 2023c, 
p. 123).
62
Conforme discutido, no início da disciplina, é importante sempre 
lembrar, que raça não é um conceito biológico, mas, sim, uma 
categoria construída socialmente, e que pode variar, inclusive, ao 
longo dos anos e em diferentes sociedades. Sendo assim, as 
categorias podem ser entendidas da seguinte maneira:
• Branca - para a pessoa que se autodeclarar branca.
• Preta - para a pessoa que se autodeclarar preta.
• Amarela - para a pessoa de origem oriental: japonesa, chinesa, 
coreana etc.
• Parda - para a pessoa que se autodeclarar parda, ou que se 
identifique com mistura de duas ou mais opções de cor ou raça, 
incluindo branca, preta, parda e indígena.
• Indígena - para a pessoa que se autodeclarar indígena ou índia. 
Essa classificação é utilizada tanto aos indígenas que vivem em 
terras indígenas, como aos que vivem fora delas, inclusive, em 
áreas quilombolas (IBGE, 2023c, p. 123).
63
Os usuários devem ser informados pelos profissionais quanto ao 
método de classificação utilizado pelo IBGE, respeitados diante de sua 
autodeclaração, para que a produção dos dados seja fidedigna 
(Brasil, 2018a). A coleta, a análise e o uso dos indicadores e das 
informações em saúde estratificados por raça/cor têm papel 
relevante para a formulação, implementação e execução de políticas 
públicas de saúde no país (Brasil, 2018a; 2018b). 
Além disso, no âmbito dos serviços de saúde são estratégias de 
gestão e de atenção à saúde essenciais, para dar visibilidade 
estatística às populações que fazem parte de grupos étnico-raciais 
socialmente excluídos e, assim, promover e garantir o princípio da 
equidade no SUS, por meio de ações que reconhecem e consideram 
as diferenças nas condições de vida e saúde, bem como as 
necessidades e especificidades dos usuários.
A sua atuação contribui para um elo maior entre os usuários, as 
equipes e os serviços, pois possuem contato direto com a população 
e o território adscrito. O preenchimento dos registros e das 
informações relacionadas aos usuários e aos domicílios atendidos 
pela Unidade de referência é uma das atividades imprescindíveis 
para o trabalho desses profissionais. 
Portanto, você, Agente de Saúde, tem um papel central na coleta e no 
preenchimento adequado do quesito raça/cor, e de todas as outras 
informações igualmente importantes, para o diagnóstico da situação 
de saúde da população e para a elaboração de ações e práticas de 
saúde universais, integrais e, sobretudo, mais equânimes e 
antirracistas.
Perguntar o quesito raça/cor não é racismo, não ofende e ajuda a 
prevenir e promover a saúde!
64
Veja algumas orientações que poderão ajudar no 
registro da informação de “cor ou raça/etnia” 
(Dias; Giovanetti; Santos, 2009):
● A “cor ou raça/etnia” faz parte das características dos indivíduos, 
assim como sexo, idade, orientação sexual e outros. Desde os anos 
90, o IBGE coleta esses dados para conhecer melhor a sua 
população.
● A padronização da classificação e do método de identificação são 
providências importantes para melhorar a qualidade da 
informação “cor ou raça/etnia”. Todos os formulários devem conter 
as mesmas categorias de “cor ou raça/etnia”, e a mesma maneira 
de abordar o(a) usuário(a).
● Como já vimos antes, o método de identificação é a 
autodeclaração, e as categorias possíveis são branca, preta, 
amarela, parda e indígena, conforme preconizado pelo IBGE.
● Haverá situações em que será necessária a utilização da 
heteroclassificação. A heteroclassificação é quando uma outra 
pessoa, preferencialmente, um membro da família, define a cor ou 
raça/etnia do(a) usuário(a). Em quais situações específicas pode 
acontecer a heteroclassificação? No caso de Declaração de 
Nascidos Vivos, de Declaração de Óbito, no registro de pacientes 
em coma ou quadros semelhantes.
65
• As pessoas são mesmo dessas cores? Se olharmos bem, não! No 
entanto, essas categorias foram criadas apenas para classificar os 
grupos populacionais de diferentes origens étnico-raciais, ou seja, 
os brasileiros e brasileiras descendentes de europeus, de orientais, 
de africanos, de indígenas ou da miscigenação (mistura) de dois 
desses grupos.
• É importante ressaltar, que nenhuma dessas cores é utilizada, nas 
informações em saúde, com sentido pejorativo ou com intenção de 
discriminar qualquer um dos grupos étnico-raciais.
• Devemos utilizar as categorias empregadas pelo IBGE, porque 
possibilita o cruzamento dos dados obtidos em todo o país. Assim, 
podemos fazer comparações abrangentes e ter estatísticas em 
nível nacional. Um estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa 
Econômica Aplicada (IPEA), relata que o 1º Censo oficial brasileiro, 
realizado em 1872, utilizou as seguintes categorias: preto, pardo, 
branco e caboclo. A categoria caboclo, naquela época, foi usada 
para classificar o grupo dos indígenas. Pardo designava os 
mestiços; e, mais tarde, com a imigração asiática, criou-se a 
categoria amarela para designar os orientais/asiáticos.
• Perguntar a “cor ou raça/etnia” dos(as) usuários(as) contribui para 
melhorar a qualidade dos serviços de saúde, para elaborar 
políticas públicas e identificar as doenças e agravos 
predominantes nos diferentes grupos que compõem a nossa 
sociedade.
66
Quais são as possíveis reações desfavoráveis dos usuários, quando 
perguntamos a sua “cor ou raça/etnia”? 
Irritação, agressividade, curiosidade, desconfiança, dúvida, 
constrangimento. Por isso, é fundamental estar preparado(a) para 
explicar o porquê e para que precisamos dessa informação (Dias; 
Giovanetti; Santos, 2009).
• A informação “cor ou raça/etnia” possibilita que o SUS cumpra um 
de seus princípios fundamentais que é a equidade, ou seja, o 
compromisso de oferecer a todos cidadãos e cidadãs um 
tratamento igualitário e, ao mesmo tempo, atender às 
necessidades que cada situação apresenta. É um dado que pode 
orientar o tratamento das populações específicas. 
67
Veja mais algumas dicas para enfrentar as dificuldades de 
perguntar e coletar dos dados de raça/cor: 
1. Distribuir folhetos explicativos aos usuários(as), enquanto 
permanecem na sala ou fila de espera. 
2. Naturalizar a pergunta “qual é a sua cor ou raça/etnia?”, ou seja, 
integrá-la ao conjunto de informações (nome, idade, sexo etc.) de 
forma natural. 
3. Dialogar com cada usuário(a) e orientar como se autoclassificar, 
quando não souber. 
4. Assegurar ao usuário(a) que essa informação não tem por 
objetivo discriminar, mas, sim, prevenir doenças. 
5. Solicitar apoio e orientações à chefia e à supervisão, sempre que 
for necessário (Dias; Giovanetti; Santos, 2009).
Clique aqui ou aponte a câmera de seu 
celular e escaneie o QR CODE para acessar o 
documento "Perguntar não ofende. Qual é a 
sua cor ou raça/etnia? responder ajuda a 
prevenir" e encontrar mais dicas para coletar 
e preencher o quesito raça/cor.
68
https://www.saude.sp.gov.br/resources/ouvidoria-da-secretaria-de-estado-da-saude-de-sao-paulo/biblioteca/perguntar_nao_ofende.pdf

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