Buscar

A Importância do Contexto Social na Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Contexto social
Apresentação
Crescer e se desenvolver em um determinado ambiente, com uma família específica, em uma 
cidade e com amigos e conhecidos, é estar inserido em um contexto social, pois gera a interação 
imediata com o próximo.
Uma pessoa que cresce sem nenhuma estrutura pode, sim, ter um desenvolvimento pleno, com 
suas necessidades básicas atendidas, mas as condições socioeconômicas de uma família tendem a 
fornecer um bem-estar maior.
As políticas públicas e de saúde exercem um papel extremamente importante dentro do contexto 
social, visto que as alterações sociodemográficas e os contextos de saúde pública fazem parte da 
estrutura que será fornecida para o desenvolvimento físico e pessoal do indivíduo.
Mesmo que a influência não seja de causa e efeito, o contexto social, ou seja, as circunstâncias e 
experiências que aquele ser humano presencia gera consequências, sejam elas boas ou ruins. É 
impossível dizer que um indivíduo que cresce dentro de uma estrutura familiar é igual àquele que 
cresce sem nenhum apoio afetivo e suporte em todas as outras áreas da vida.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá as alterações sociodemográficas que colaboraram com 
as políticas de saúde da atualidade. Além disso, conhecerá os contextos social e demográfico 
brasileiro em cada política de saúde implementada.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Caracterizar o contexto social e demográfico brasileiro em cada política de saúde 
implementada.
•
Identificar as alterações sociodemográficas que possibilitaram a implementação das atuais 
políticas de saúde.
•
Comparar contextos sociais de saúde pública mundiais com o brasileiro.•
Desafio
O contexto social agrega informações e facilita o estudo de processos de saúde-doença, sem que 
existam negligências associadas às variáveis contextuais. Os estudos e as pesquisas de campo 
deixam nítida a associação entre o desenvolvimento individual e as necessidades e influências do 
contexto.
Os ambientes social e físico são primordiais para a compreensão de habilidades e inter-
relacionamentos de hábitos e fatores psicológicos. Os indivíduos são confrontados com problemas 
específicos do dia a dia que tendem a implicar ações dirigidas para objetivos particulares.
Dessa forma, a análise de conceitos teóricos relevantes para o desenvolvimento de uma 
metodologia experimental de acordo com o ambiente, a comunicação, o significado e o contexto é 
de suma importância, sendo definidos conforme os determinantes sociais.
Acompanhe a situação a seguir:
Sendo assim, responda:
a) O que é possível compreender por determinantes sociais de saúde (DSS)? Cite exemplos de DSS 
e suas aplicações.
b) Qual é a importância do setor de saúde ser multidisciplinar e se somar aos demais setores da 
sociedade no combate às iniquidades? Cite um exemplo de equipe multidisciplinar na saúde 
pública.
Infográfico
As políticas sociais abrangem o desenvolvimento da cidadania, compreendendo direitos e deveres 
que são estabelecidos ao cidadão e ao Estado.
Assim sendo, as políticas sociais são intervenções estatais que emergem de um contexto histórico, 
sendo condicionadas à atualidade e à demanda existente. A identificação da política e seus pontos-
chave influenciam direta e indiretamente no contexto social, devendo zelar por planos, programas e 
medidas necessários ao reconhecimento, à implementação, ao exercício e ao gozo dos direitos 
sociais, ou seja, as ações de políticas públicas assumem diferentes modalidades, todas objetivando 
o bem-estar social e a saúde, conforme definição da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O estado de bem-estar social gera proteção social com base na necessidade ou no contrato 
firmado. O estado deve fornecer cidadania plena a todos. Já o Sistema Único de Saúde (SUS) leva 
seus princípios de universalidade, integralidade e equidade, bem como a presença ou ausência de 
todos esses princípios e do estado de bem-estar social levam à alteração do contexto social, que 
vem passando por modificações de acordo com as identificações políticas.
Neste Infográfico, você vai ver uma linha do tempo.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
O contexto social tem grande importância no dia a dia da área da saúde, afinal, pode influenciar 
tanto positivamente quanto negativamente em questões de saúde geral e bucal. Dessa forma, o 
estudo do contexto social demanda o compreendimento de fatores socioeconômicos, demografia 
brasileira e políticas públicas, bem como suas ações de prevenção e promoção de saúde.
A aplicação correta de ações de políticas públicas tendem a influenciar no contexto social, com o 
objetivo de reestruturar os hábitos e a rotina do indivíduo.
No capítulo Contexto social, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as 
políticas públicas do Brasil, a demografia e os fatores socioeconômicos. Além disso, vai conhecer 
um pouco das políticas públicas de outros países.
Boa leitura.
SAÚDE BUCAL 
COLETIVA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Caracterizar o contexto social e demográfico brasileiro em cada política 
de saúde implementada.
 > Identificar as alterações sociodemográficas que possibilitaram a imple-
mentação das atuais políticas de saúde.
 > Comparar contextos sociais de saúde pública mundiais com o brasileiro.
Introdução
Estudar o contexto social é de suma importância para compreender as doenças 
infecciosas, porque os hábitos e as condições de vida das pessoas influenciam o 
desenvolvimento dessas doenças. Um indivíduo que vive num local com esgoto 
a céu aberto e sem água filtrada, por exemplo, está sob mais ameaça de contrair 
doenças do que aquele que vive em ambientes com esgoto e água tratados. 
Com a transição demográfica no Brasil, a taxa de longevidade tem au-
mentado, e a de fecundidade, diminuído. Observa-se, com isso, uma intensa 
urbanização e um aumento da população idosa no país, o que gera desafios 
em termos de políticas públicas, já que essa população precisa de serviços que 
possibilitem uma vida digna e ativa. Para isso, alocam-se recursos adicionais 
e implementam-se programas de saúde específicos aos cuidados da saúde 
do idoso.
Neste capítulo, você vai estudar as características do contexto social e 
demográfico do Brasil, as alterações sociodemográficas que possibilitaram 
a implementação das atuais políticas de saúde, além de conhecer o contexto 
de saúde mundial, comparando-o com o brasileiro.
Contexto social
Fernanda Rodrigues
Contexto social e demográfico brasileiro 
A transição demográfica diz respeito a uma mudança nos índices de morta-
lidade e fecundidade de um país, que altera sua estrutura etária, gerando 
o envelhecimento populacional. Os países que passaram pela transição de-
mográfica podem tê-la iniciado precocemente, como os países europeus 
ocidentais, ou tardiamente, como os países da América Latina e do Caribe. 
Além disso, há países em que não se observou a transição, como os da África 
(LEBRÃO, 2007).
A transição demográfica passa por algumas fases. Na primeira fase, as 
taxas brutas de natalidade e de mortalidade são altas. Na segunda, as taxas 
de mortalidade começam a cair, mas as de fecundidade se mantêm altas, o 
que aumenta o ritmo de crescimento da população e faz com que a estrutura 
etária seja bastante jovem. Isso muda na terceira fase, quando as taxas de 
fecundidade caem, que é quando ocorre a transição em si, com ritmos de-
crescentes. Como resultado dos altos níveis de fecundidade da primeira e da 
segunda fases, quando se ingressa na terceira fase, o aumento da população 
em idade ativa é considerável. Quando os níveis de mortalidade e de fecun-
didade são baixos, o crescimento populacional é lento, podendo ser nulo ou 
negativo. O Brasil vem passando por essa transição desde 1970 e, atualmente, 
encontra-se na terceira fase de transição demográfica (BRITO et al., 2007).
O Brasil passou de uma sociedade rural e tradicional, com grandesfamílias 
e níveis de mortalidade infantil altos, para uma sociedade predominantemente 
urbana. No passado, a população era predominantemente jovem. Hoje, predo-
minam pessoas de 60 anos ou mais (LEONE; MAIA; BALTAR, 2010; VASCONCELOS; 
GOMES, 2012). Nessa fase atual, o avanço demográfico pode representar uma 
oportunidade de desenvolvimento econômico e social, desde que existam 
políticas públicas que garantam o emprego da mão de obra disponível. No 
entanto, caso a economia esteja estagnada, as oportunidades podem passar 
despercebidas. A transição demografia, portanto, oferece uma oportunidade, 
mas não uma garantia de desenvolvimento. Os benefícios demográficos 
requerem investimento em capital humano, desenvolvimento de instituições 
e mecanismos de poupança, além de capacidade de mercado, para que exista 
espaço nele para as pessoas trabalharem (ALVES, 2008; BRITO et al., 2007). 
Em 2005, a taxa de fecundidade total brasileira atingiu 2,1 filhos por mulher, 
o suficiente para um crescimento demográfico considerado nulo. Estudos 
indicam que, em 2050, o Brasil terá a quinta maior população do mundo, com 
cerca de 253 milhões de habitantes, seguido da índia, da China, dos Estados 
Unidos e da Indonésia, o que vai requerer mudanças nas políticas públicas.
Contexto social2
 A mudança na demografia populacional diminuirá a taxa de crescimento 
da economia, porque menos pessoas poderão prestar serviços, e insumos 
de produção serão escassos. Por outro lado, haverá o aumento da demanda 
de serviços de saúde e benefícios previdenciários. Como a população infantil 
vai diminuir, uma educação de qualidade pode se tornar possível. Para isso, 
políticas públicas voltadas para a infância devem visar aos principais desafios 
enfrentados no Brasil em relação à educação, como a cobertura insatisfa-
tória da rede educacional, as altas taxas de repetência e de evasão, a baixa 
qualidade de ensino e os baixos salários dos professores (BRITO et al., 2007; 
COSTA et al., 2011; WONG; CARVALHO, 2006).
Outro ponto a ser avaliado é que o envelhecimento da população é mais 
acentuado nas camadas mais ricas da população do que nas mais pobres. Isso 
significa que nascem mais crianças em um contexto social pobre e, por isso, 
as mudanças estruturais da sociedade brasileira devem ser potencializadas, 
para que a população do país não envelheça se mantendo pobre. Além disso, 
o envelhecimento populacional tende a apresentar mais problemas de saúde, 
que desafiam os sistemas de saúde e de previdência social. Os avanços na 
ciência da saúde e na tecnologia tornaram possível, para aqueles com poder 
aquisitivo ou cobertos por serviços adequados, públicos ou privados, uma 
melhor qualidade de vida na velhice. Estratégias de prevenção ao longo de 
todo o curso de vida são importantes para manter a qualidade de vida (BRITO, 
2010; KALACHE, 2008). 
A transição demográfica está correlacionada à transição epidemiológica, 
que diz respeito às mudanças que ocorrem no padrão das doenças. Normal-
mente, essas mudanças acompanham outras transformações demográficas, 
sociais e econômicas. A transição epidemiológica passa por três mudanças 
fundamentais: a substituição das doenças transmissíveis por doenças não 
transmissíveis e causas externas; o deslocamento da carga de morbimor-
talidade para os grupos mais idosos; e a predominância de morbidades, em 
vez de um perfil de mortalidade. A transição da saúde que tem ocorrido em 
alguns países não é resultado apenas das melhorias no desenvolvimento 
socioeconômico, mas também de mudanças importantes em serviços e siste-
mas de saúde, que melhoraram o acesso e a cobertura de várias intervenções 
essenciais de saúde (OMRAN, 2005; RIBEIRO; SCHRAMM, 2004; SAVIGNY, 2014).
No Brasil, a transição epidemiológica vem acontecendo de forma desorde-
nada, diferentemente de outros países. Novos problemas de saúde ocorrem, 
mas os antigos se mantêm, principalmente as doenças crônico-degenerativas, 
como a hipertensão arterial e a diabetes mellitus. Assim, é determinado um 
mosaico epidemiológico, caracterizado pela distribuição desigual dos riscos 
Contexto social 3
e agravos nos grupos da população. Essa desigualdade se expressa nas dife-
renças no perfil de saúde entre as regiões do país, as regiões de um mesmo 
estado ou de uma mesma cidade, associadas, muitas vezes, às condições de 
vida e de trabalho da população. O perfil epidemiológico, portanto, é reflexo 
das desigualdades sociais e está associado à formulação e ao direcionamento 
de investimentos nas políticas públicas, bem como à realização de ações 
capazes de promover uma distribuição de riqueza e renda mais adequada 
(FREESE; FONTBONNE, 2006; PAIVA; TEIXEIRA, 2014; RIBEIRO; SCHRAMM, 2004).
Os serviços de saúde são direcionados principalmente para a saúde mater-
no-infantil e reprodutiva. Para lidar com as doenças infecciosas, no entanto, 
com a transição epidemiológica, há a necessidade de privilegiar políticas de 
prevenção, centralizando-se em doenças crônicas. É fundamental investir 
na formação de recursos humanos para serviços que atendem aos idosos, 
em todos os níveis de cuidado, desde o primeiro nível de atenção à saúde 
até os tratamentos de alta complexidade, visando à melhoria das condições 
socioeconômicas, culturais e ambientais. Além disso, boas condições de vida, 
como educação de qualidade, ambiente de trabalho satisfatório, acesso a 
serviços de água tratada, esgoto e de saúde permitem que um indivíduo viva 
um contexto social muito mais favorável. Isso pode influenciar, também, a taxa 
de natalidade, porque as pessoas tendem a avaliar as condições socioeconô-
micas, culturais e ambientais para que tenham filhos (WONG; CARVALHO, 2006).
Alterações sociodemográficas e políticas de 
saúde
As alterações atreladas ao processo de declínio da fecundidade tiveram seu 
início de forma tardia nas regiões norte e nordeste em relação às demais 
regiões do Brasil. Por isso, a queda adquiriu um ritmo próprio nessas regiões 
(SIMÕES, 2002). Em 1980, notou-se o declínio generalizado em todo o país. Até 
os anos 1970, a estrutura etária da população era predominantemente jovem, 
mas, entre a década de 1990 e os anos 2000, o grupo erário em idade ativa, 
ou seja, em fase de trabalhar, passou de 86,8 milhões para 106,4 milhões, 
como reflexo das fases anteriores. Isso é chamado de bônus demográfico, 
indicando que o índice de fecundidade era amplo, e entrou-se em uma fase 
em que a economia começou a apresentar sinais de retração, com aumento 
do desemprego e diminuição da renda real do trabalhador (IBGE, 2009).
Contexto social4
De acordo com as projeções da população brasileira até 2050, realizada 
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008, levando 
em consideração a hipótese de uma queda maior da fecundidade, em relação 
a 2004, as modificações têm efeitos sobre os custos da previdência social e 
sobre os indicadores da violência, por exemplo. Dessa forma, surge um novo 
desafio, além dos problemas histórico-estruturais da sociedade brasileira, 
em decorrência do processo de envelhecimento da população (IBGE, 2009).
Um indicador da razão de dependência total (Figura 1) relacionou o total 
da população em idade potencialmente inativa (menores de 15 anos e 60 
anos ou mais) com a população em idade potencialmente ativa (entre 15 e 
59 anos). É possível observar a chamada carga econômica do inativo sobre 
o segmento populacional que poderia estar exercendo alguma atividade 
produtiva (IBGE, 2009). 
Figura 1. Taxas específicas de fecundidade.
Fonte: IBGE (2009, p. 15).
%
0,0000
0,0500
0,1000
0,1500
0,2000
0,2500
De 15 a 19 De 20 a 24 De 25 a 29 De 30 a 34 De 35 a 39 De 40 a 44 De 45 a 49
1980 1991 2000 2006
Pesquisas do IBGE têm demonstrado essa mudança no perfil demográfico 
e apontam o planejamento e a reformulação das políticas sociais, econômi-
cas e de saúde. Uma delas é a Política nacional de promoção da saúde, que 
veremos a seguir. 
Contexto social 5
Política nacional de promoçãoda saúde 
Como vimos, com a transformação demográfica, tornou-se ainda mais impor-
tante reduzir as chances de adoecimento e morte precoce. Além disso, sabe-se 
que o processo saúde-doença tem como um dos gatilhos o contexto histórico 
e social do indivíduo (BRASIL, 2010). Em 30 de março de 2006 foi instituída a 
Política nacional de promoção da saúde (PNPS), pela Portaria MS/GM nº 687, 
ratificando o dever do Estado com a ampliação e a qualificação de ações de 
promoção da saúde nos serviços e na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).
No Brasil, a atenção à saúde vem investindo em implementação de políticas 
de promoção e recuperação de saúde, buscando concretizar um modelo que 
dê prioridade a ações capazes de melhorar a qualidade de vida em âmbito 
individual e coletivo. Para isso, foram instituídos três eixos: o pacto em defesa 
do SUS, o pacto de gestão e o pacto em defesa da vida. Este último visa a 
aprimorar o acesso de qualidade aos serviços do SUS, com ênfase na Estratégia 
de Saúde da Família, promovendo, informando e educando sobre atividades 
físicas, hábitos saudáveis, controle de tabagismo e etilismo e cuidados no 
envelhecimento. Esses três pactos marcam a agenda de compromisso pela 
saúde definida em 2005 pelo Ministério da Saúde e devem definir as respon-
sabilidades e prioridades (BRASIL, 2010).
A promoção de saúde surge como um modo de pensar e operar as demais 
políticas e tecnologias, contribuindo para outras áreas e possibilitando o 
cumprimento dos determinantes sociais de saúde. No SUS, a intenção da 
promoção da saúde é focar em aspectos determinantes de adoecimento no 
Brasil, como violência, desemprego, falta de saneamento, habitação inade-
quada e fome. O principal objetivo é potencializar as formas mais amplas 
de intervir positivamente na saúde, como ações e serviços que atuem além 
das unidades de saúde e do sistema de saúde. Nesse caminho, a promoção 
e a vigilância em saúde caminham juntas, reforçando a ideia de um sistema 
multidisciplinar e integral, pregado pela Estratégia de Saúde da Família, 
estimulando os cidadãos na elaboração e na implementação de políticas de 
saúde, ou seja, a participação social (BRASIL, 2010).
Contextos sociais de saúde pública 
mundiais 
Na Constituição Federal brasileira de 1988, o SUS foi criado para ser um 
conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições 
públicas federais, estaduais e municipais, de administração direta ou indireta, 
Contexto social6
que pode ser complementado por serviços de saúde da iniciativa privada 
(BRASIL, 1988). Embora enfrente desafios, como a falta de recursos e problemas 
de gestão, o SUS é visto como modelo de programa de saúde pública para 
outros países. Alguns dos seus programas são o programa Saúde da Família, 
o programa de vacinação, o de controle de HIV/Aids, o de transplantes e 
controle do tabagismo, entre outros (SIMÕES, 2002). A seguir, vamos conferir 
a situação de saúde pública em outros países ao redor do mundo.
Na América do Sul, a Argentina passou por uma reestruturação da previ-
dência em 1967 e, a partir de então, a saúde ficou sob custódia dos sindicatos, 
por meio de obras sociais. Um pacto entre o Estado e os sindicatos dificultou 
a formação de um sistema universal, mas a expansão privada ocorreu a 
partir de 1990, quando foram articulados seguros de saúde com empresas de 
medicina pré-paga (MACHADO, 2018). Já no Paraguai, em 1996 foi instituído o 
Sistema de Saúde do Paraguai, cujos valores básicos são universalidade da 
cobertura, abrangência de benefícios, igualdade de benefícios, solidariedade 
e responsabilidade social. Sua principal característica é a divisão em sub-
setores. É um modelo segmentado, que inclui instituições públicas, como o 
Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social, os Serviços de Saúde Militar, 
Policial e da Marinha, o Instituto de Bem-Estar Social, o Hospital de Clínicas, 
que faz parte da Universidade Nacional de Assunção, e o Centro de Saúde 
Materno-Infantil. Inclui, também, instituições privadas, como organizações 
não governamentais e cooperativas, instituições de medicina pré-paga e 
fornecedores privados. Algumas instituições participantes, além disso, são 
mistas, como a Cruz Vermelha paraguaia (GALANTE, 2020).
Nos Estados Unidos, não existe um sistema público de cobertura universal, 
mas sim alguns programas financiados pelo governo, como o Medicare, des-
tinado a pessoas com mais de 65 anos, e o Medicaid, oferecido a pessoas de 
baixa renda. Os americanos que não se enquadram nessas situações devem 
adquirir seu próprio plano de saúde, por meio de seus empregadores ou por 
conta própria. Em alguns casos, o segurado deve pagar parte do tratamento. 
No entanto, em casos de emergência, quem não tem convênio é atendido 
gratuitamente (BRASIL, 2010).
Na União Europeia, a cobertura é universal. O direito à saúde faz parte 
do rol de direitos humanos e é dever do Estado. Na Alemanha, existe o fi-
nanciamento de saúde por meio de contribuições sociais que asseguram a 
assistência médica gratuita. O pagamento do seguro é um percentual da renda. 
O seguro de saúde na Alemanha pode ser social/compulsório ou privado 
e ocupa uma posição de destaque no sistema de saúde, cobrindo 88% da 
população. Em Portugal, a criação do Serviço Nacional de Saúde, em 1979, foi 
Contexto social 7
um marco, assegurando o direito à saúde de forma universal, compreensiva 
e equitativa. O sistema de saúde em Portugal não é gratuito e, em questões 
de qualidade, compara-se ao sistema de saúde particular no Brasil. Já a Itália 
conta com um sistema de saúde similar ao SUS brasileiro. É possível obter 
tratamentos gratuitos e consultas com especialistas. A chamada reforma de 
1978, pela primeira vez, introduziu a universalização dos cuidados de saúde 
e desenvolveu um processo de descentralização (RAMALHO, 2019; SERAPIONI, 
2014; STEGMÜLLER, 2009).
Na região da Ásia, a assistência médica sistematizada iniciou-se pela 
introdução da medicina chinesa, dando destaque a especialistas em Meiji, 
em meados de 1868. A medicina ocidental era, naquela época, promovida 
como uma política de saúde nacional, que permitiu o desenvolvimento do 
sistema médico japonês. Hoje, o sistema de saúde do Japão é visto como um 
dos mais avançados no mundo. O país tem expectativa de vida alta e taxas de 
mortalidade neonatal baixas. No entanto, o sistema enfrenta desafios, como 
baixo número de profissionais por leito, ampla espera por atendimento e um 
número grande de casos geriátricos, em decorrência da elevação da idade 
populacional (EMBAIXADA DO JAPÃO, 2012).
Como exemplo do continente africano, em Moçambique, o fenômeno da 
pobreza tem ligação evidente com a saúde precária. Observa-se a necessidade 
de estratégias para o desenvolvimento de políticas e ações que melhorem a 
qualidade de vida e a educação básica, para que a população tenha conhe-
cimento em relação a medidas de prevenção para determinadas doenças 
e seus tratamentos. O país vem, aos poucos, entrando em um sistema de 
industrialização e requer políticas de atenção em saúde e de redistribuição 
de renda. A falta dessas políticas relacionadas à saúde tende a aumentar 
ainda mais a desigualdade social. A melhoria das condições de vida e de 
saúde refletiriam na melhoria do contexto social e, consequentemente, da 
qualidade de vida da população. Hoje, Moçambique vive de organizações sem 
fins lucrativos e, na grande maioria dos tratamentos, não existe um sistema 
de saúde claramente imposto (MITANO; VENTURA; PALHA, 2016).
Como vimos neste capítulo, estudar o contexto social é muito importante 
para entendermos os padrões de saúde e doença de uma população. Um 
dos aspectos do contexto social que podemos observar é a transição demo-
gráfica, que auxilia no estudo dos hábitos de vida e do desenvolvimento de 
doenças. Por exemplo, no Brasil, a transição demográfica indica que a taxa 
de longevidade tem aumentado, e a de fecundidade, diminuído, o que faz 
aumentar a quantidade de pessoas vivendoem cidades grandes e o número de 
Contexto social8
idosos. Para acompanhar essas mudanças e proporcionar saúde e qualidade 
de vida para todos, são necessárias ações e políticas públicas por parte do 
Estado. No Brasil, um exemplo é a Política nacional de promoção da saúde, 
que reforça o dever do Estado em ampliar e promover saúde nos serviços e 
na gestão do SUS. Criar um sistema equitativo e abrangente é um desafio, 
principalmente em países geograficamente e populosamente grandes. Mesmo 
com seus problemas de gestão e de falta de recursos, o SUS brasileiro é 
muito bem-visto pelo mundo inteiro. Vários programas criados e difundidos 
pelo SUS são considerados modelos de atenção à saúde para outros países.
Referências 
ALVES, J. E. D. A transição demográfica e a janela de oportunidade. São Paulo: Instituto 
Fernand Braudel de Economia Mundial, 2008. 
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 
DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 12 maio 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. BBC Brasil responde a 
algumas perguntas [...]. Brasília, DF: CNS, 2010. Disponível em: http://conselho.saude.
gov.br/ultimas_noticias/2010/22_mar_eua_perguntas1.htm. Acesso em: 11 maio 2022.
BRITO, F. A reinvenção da transição demográfica: envelhecer antes de enriquecer? Belo 
Horizonte: UFMG, Cedeplar, 2010.
BRITO, F. et al. A transição demográfica e as políticas públicas no Brasil: crescimento 
demográfico, transição da estrutura etária e migrações internacionais. Belo Horizonte: 
[s. n.], 2007.
COSTA, C. K. F. et al. Envelhecimento populacional e a necessidade de reforma da 
saúde pública e da previdência social brasileiras. A Economia em Revista, v. 19, n. 2, 
p. 121-131, 2011.
EMBAIXADA DO JAPÃO. Sistema de saúde. Embaixada do Japão no Brasil, 2012. Dispo-
nível em: https://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/sistemadesaude.html. Acesso em: 
12 maio 2022.
FREESE, E.; FONTBONNE, A. Transição epidemiológica comparada: modernidade, preca-
riedade e vulnerabilidade. In: FREESE, E. (org.). Epidemiologia, políticas e determinantes 
das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. Recife: UFPE, 2006. p. 17-46.
GALANTE, M. L. Sistema de saúde: Paraguai. USP, 2020. Disponível em: https://sites.
usp.br/iberoamericanoralhealth/perfil/paraguai/sistema-de-saude-paraguai/. Acesso 
em: 12 maio 2022.
IBGE. Indicadores sociodemográficos e de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. 
Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv42597.pdf. Acesso 
em: 11 maio 2022.
KALACHE, A. O mundo envelhece: é imperativo criar um pacto de solidariedade social. 
Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, n. 4, p. 1107-1111, 2008. 
LEBRÃO, M. L. O envelhecimento no Brasil: aspectos da transição demográfica e epi-
demiológica. Saúde Coletiva, v. 4, n. 17, p. 135-140, 2007. 
Contexto social 9
LEONE, E. T.; MAIA, A. G.; BALTAR, P. E. Mudanças na composição das famílias e impactos 
sobre a redução da pobreza no Brasil. Economia e Sociedade, v. 19, n. 1, p. 59-77, 2010.
MACHADO, C. V. Políticas de saúde na Argentina, Brasil e México: diferentes caminhos, 
muitos desafios. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 7, 2018. 
MITANO, F.; VENTURA, C. A. A.; PALHA, P. F. Saúde e desenvolvimento na África Subsaa-
riana: uma reflexão com enfoque em Moçambique. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 
v. 26, n. 3, 2016.
OMRAN, A. R. The epidemiologic transition: a theory of the epidemiology of population 
change. The Milbank Quartely, v. 83, n. 4, p. 731-757, 2005.
PAIVA, C. H. A.; TEIXEIRA, L. A. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde: 
notas sobre contextos e autores. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, v. 21, n. 1, 
p. 15-35, 2014.
RAMALHO, M. Opinião: sistema nacional de saúde em Portugal é para ricos e pobres. 
Euro Dicas, 21 jan. 2019. 
RIBEIRO, C. D. M.; SCHRAMM, F. R. A necessária frugalidade dos idosos. Cadernos de 
Saúde Pública, v. 20, n. 5, p. 1141-1159, 2004.
SAVIGNY, D. Health systems: the challenge of adapting and responding to the accelerating 
health transition in low income countries. BMC Health Services Research, v. 14, 2014.
SERAPIONI, M. O impacto da crise na saúde no sistema de saúde de Itália. Debates, 
n. 7, p. 64-70, 2014.
SIMÕES, C. C. S. A mortalidade infantil na década de 90 e alguns condicionantes so-
cioeconômicos da mortalidade na infância. In: SIMÕES, C. C. S. Perfis de saúde e de 
mortalidade no Brasil: uma análise de seus condicionantes em grupos populacionais 
específicos. Brasília, DF: OPAS, 2002. p. 51-74.
STEGMÜLLER, K. O agir econômico como motor da política de saúde na Alemanha: 
consequências para a prevenção e promoção da saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 
14, n. 3, 2009.
VASCONCELOS, A. M. N.; GOMES, M. M. F. Transição demográfica: a experiência brasileira. 
Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 21, n. 4, 2012. 
WONG, L. L. R.; CARVALHO, J. A. O rápido processo de envelhecimento populacional 
do Brasil: sérios desafios para as políticas públicas. Rebep, v. 23, n. 1, p. 6-26, 2006.
Leituras recomendadas
BRITO, F. Transição demográfica e desigualdades sociais no Brasil. Revista Brasileira 
de Estudos de População, v. 25, n. 1, p. 5-26, 2008.
CESSE, E. A. P.; FREESE, E. Características e determinantes do padrão brasileiro de 
ocorrências das DCNT no século XX. In: FREESE, E. (org.). Epidemiologia, políticas e 
determinantes das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. Recife: UFPE, 2006. 
p. 47-72.
CHAIMOWICZ, F. A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas, 
projeções e alternativas. Revista de Saúde Pública, v. 31, n. 2, p. 184-200, 1997.
Contexto social10
KRIGER, L.; MOYSÉS, S. J.; MOYSÉS, S. T. (org.). Saúde coletiva: políticas, epidemiologia da 
saúde bucal e redes de atenção odontológica. São Paulo: Artes Médicas, 2013. (ABENO: 
Odontologia Essencial: Temas Interdisciplinares).
UZÊDA, S. Q. (coord.). Saúde coletiva e epidemiologia. 2. ed. Salvador: Sanar, 2017. 
(Coleção Manuais da Odontologia, v. 1).
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os edito-
res declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
integralidade das informações referidas em tais links.
Contexto social 11
Dica do professor
O Sistema Único de Saúde (SUS) encara como um dos maiores desafios a sustentação do sistema e 
das políticas públicas de saúde instituídas.
Uma das formas de aliviar a rede pública é criando condições para que mais pessoas possam ter 
acesso à saúde privada, ou por meio de planos de saúde. No entanto, as questões socioeconômicas 
não permitem que isso aconteça em grande parte da população.
As ações de políticas públicas incluem diversas atitudes que no dia a dia é possível entender como 
comuns, mas que fazem diferença, como a proibição de fumar em ambientes fechados e 
caminhadas contra o câncer.
Nesta Dica do Professor, você vai aprofundar os seus conhecimentos em relação às políticas 
nacionais de saúde e seu funcionamento.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/febfe57657ac46f82d6e093b0a022840
Exercícios
1) O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma política de Estado que foi materializada pelo 
Congresso Nacional em 1988. A saúde é uma obrigatoriedade do Estado. Nesse sentido, 
pode-se afirmar que o SUS é um projeto cujos princípios são da universalidade, equidade e 
integralidade da atenção à saúde da população, o que significa que o sistema é universal e de 
acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de atenção. Além disso, é integral em sua 
assistência, sendo compreendidocomo um conjunto de ações e serviços preventivos e 
curativos, individuais e coletivos, que devem funcionar de forma articulada em todos os 
níveis de atenção, prestando serviços com equidade da assistência à saúde, sem 
preconceitos ou privilégios de qualquer natureza, adaptando-se à necessidade de cada 
indivíduo.
Sobre os princípios da equidade e da integralidade, assinale a alternativa correta.
A) A equidade diz respeito ao cuidado de forma igual para todos, já a integralidade tem relação 
com o cuidado de todos os brasileiros, isto é, imigrantes não podem ter acesso ao SUS.
B) A equidade diz respeito ao cuidado de forma justa, adaptando a regra à necessidade de cada 
indivíduo, já a integralidade tem relação com cuidar do indivíduo como um todo.
C) A equidade diz respeito ao cuidado de forma justa, porém sem modificações para cada 
indivíduo, já a integralidade tem relação com cuidar do indivíduo como um todo.
D) A equidade diz respeito ao cuidado igualitário e total do paciente, já a integralidade tem 
relação com os horários de atendimento a qualquer hora do dia.
E) A equidade diz respeito ao cuidado de forma justa, porém sem que existam modificações 
nestes, já a integralidade tem relação com cuidar do indivíduo como um todo.
2) Ao realizar uma visita domiciliar, um agente comunitário de saúde (ACS) encontrou uma 
mulher, analfabeta, de 50 anos, tabagista, com dificuldades de locomoção e queixa de dor e 
dificuldade de manter a língua em posição de repouso. Ela se recusa a ir até à unidade de 
saúde da família (USF), referindo ter medo e vergonha, além da dificuldade para andar.
Qual ação poderá ser tomada diante desse contexto?
A) O ACS deverá advertir a mulher e dar o prazo de 30 dias para o agendamento de consulta 
com o cirurgião-dentista, sob pena de multa.
B) O ACS deverá orientar a mulher e fazer o diagnóstico ali mesmo, encaminhando a paciente 
somente para o tratamento, não podendo fornecer o transporte, visto que a obrigatoriedade 
do Estado é apenas o atendimento.
C) O ACS deverá conciliar com o cirurgião-dentista um horário para atendimento domiciliar, pois 
a mulher tem dificuldades de locomoção. Caso necessário, deverá encaminhá-la para a USF, 
podendo o Estado auxiliar no transporte.
D) O ACS deverá aconselhar a paciente e chamar o cirurgião-dentista, para que apresente os 
riscos do paciente comparecer à USF, podendo o Estado auxiliar no transporte.
E) O ACS deverá aconselhar a paciente e chamar a coordenadora da unidade para que aplique 
uma advertência, caso a mulher não realize o agendamento em até 30 dias.
3) Determinantes sociais de saúde (DSS) são fatores sociais, econômicos, culturais, 
étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas 
de saúde e seus fatores de risco na população. Sobre os DSS, analise as afirmativas a seguir:
I. A equipe multidisciplinar e as ações de promoção de saúde não são uma maneira 
importante de informar ao indivíduo a necessidade de autoexame e consultas.
II. O acesso ao saneamento básico e à alimentação saudável não influencia no processo 
saúde-doença.
III. Educação, emprego, boa alimentação, exercícios físicos, moradia e saneamento básico 
estão entre os principais DDS.
IV. Mudar hábitos de risco por vontade própria é algo muito difícil. Diretrizes e regras, que 
influenciem nas normas culturais, são uma maneira mais simples. Dessa forma, são 
necessárias políticas de abrangência populacional que promovam mudanças de 
comportamento.
Quais são as assertivas corretas?
A) As afirmativas I e IV estão corretas.
B) As afirmativas II e IV estão corretas.
C) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
D) As afirmativas III e IV estão corretas.
E) As afirmativas I e II estão corretas.
4) O Programa Nacional de Controle do Tabagismo se destaca na articulação para a 
implementação dos seguintes artigos da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da 
Organização Mundial da Saúde (CQCT/OMS): 12 – educação, comunicação, treinamento e 
conscientização do público; e 14 – medidas de redução de demanda relativas à dependência 
e ao abandono do tabaco.
Qual é o real objetivo da CQCT/OMS?
A) Proteger os indivíduos das consequências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas, além 
de reduzir a prevalência do consumo e a exposição ao tabaco.
B) Proteger os indivíduos das consequências econômicas, além de reduzir os custos em 
tratamento de câncer de boca e orofaringe.
C) Proteger os indivíduos das consequências ambientais e econômicas, além de reduzir a 
prevalência do consumo e da exposição ao tabaco.
D) Proteger os indivíduos das consequências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas, além 
de reduzir os custos com campanhas e tratamentos pelo sistema público de saúde.
E) Proteger os indivíduos das falsas propagandas de empresas de tabacos e das consequências 
dos tratamentos para sanar o hábito tabágico, além de prevenir o etilismo que, 
frequentemente, está associado ao tabagismo.
5) A demografia e a saúde seguem juntas, sendo relevante para o Sistema Único de Saúde 
(SUS), por sinalizar ajustes na atuação, devido ao processo de transição demográfica 
acelerado.
Diante disso, qual é a mudança que mais afetará o perfil da demanda do SUS?
A) A alimentação e os hábitos do sedentarismo.
B) As mudanças de comportamento dos jovens, influenciados pelo tabagismo.
C) A diminuição de ações para saneamento básico. 
D) As mudanças na composição etária, com a população envelhecendo.
E) A baixa procura de homens por exames e consultas médicas.
Na prática
Muitos alunos não entendem a real importância da disciplina de saúde coletiva, principalmente do 
contexto social. No entanto, o trabalho nas unidades básicas de saúde (UBS) e nas unidades de 
saúde da família (USF) exige o domínio de determinantes da saúde, ações de promoção e 
prevenção, além de estar por dentro dos programas que são implementados nas políticas públicas. 
É primordial entender que a saúde é multidisciplinar e que diversos diagnósticos são realizados pelo 
cirurgião-dentista em boca, enquanto outros são encaminhados pelo agente comunitário de saúde 
(ACS).
Neste Na Prática, você vai entender a eficácia do programa de prevenção da Aids.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/860b554f-c7d0-4e4e-b698-a571cb615d70/187856bf-5e8e-43fb-a6cc-cbd434f53dc4.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
A história da saúde pública no Brasil
Nesta aula, o professor Paulo Sérgio explica toda a história da saúde pública, deixando claro os 
acontecimentos políticos durante o período. Veja a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Elaboração e implementação de políticas públicas
Nesta obra, os autores desmistificam as políticas públicas, identificando os princípios da gestão, 
trilhando o caminho até os dias atuais. Leia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Demografia e saúde: contribuição para análise de situação e 
tendências
Este exemplar da rede interagencial de informações para saúde, deixa nítida qualquer informação 
referente ao avanço demográfico e ao envelhecimento da população, bem como sua influência ao 
sistema nacional de saúde. Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/yuDpa-nU3t8
https://publica.sagah.com.br/publicador/objects/attachment/1841717561/DEMOGRAFIAESAUDE.pdf?v=1918178286

Continue navegando