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A EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA PSICOLÓGICA UNIVERSIDADE NILTON LINS DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 1 Prof. Msc. Hebert Balieiro Teixeira Manaus, 2015 CIÊNCIA E SENSO COMUM Quantas vezes no nosso dia a dia ouvimos o termo psicologia? Qualquer um entende um pouco dela. Podemos até dizer que “[...] de psicólogo e de louco todo mundo tem um pouco” A psicologia usada no cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum, mas nem por isso deixa de ser psicologia. As pessoas, normalmente, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento acumulado pela Psicologia científica, o que lhes permite explicar ou compreender seus problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico. 2 CIÊNCIA E SENSO COMUM 3 As pessoas em geral tem a sua psicologia. Usamos o termo psicologia em vários sentidos: 1. Quando falamos no sentido de persuasão do vendedor, que utiliza de psicologia para vender seu produto; 2. Quando nos referimos na jovem estudante que usa o seu poder de persuasão para atrair o rapaz, falamos que ela usa de psicologia; 3. Quando procuramos aquele amigo que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos que ele tem psicologia para entender as pessoas. SENSO COMUM: UMA VISÃO-DE-MUNDO O conhecimento comum acumulado diariamente pela sociedade sobre determinado objeto, através da realidade é chamado de senso comum: Esse conhecimento acaba por se apropriar de conhecimentos produzidos pelos outros setores da produção do saber humano. O senso comum mistura e recicla esses outros saberes, muito mais especializados, e os reduz a um tipo de teoria simplificada, produzindo uma determinada visão-de-mundo. Podemos até estar muito próximos do conceito científico, mas, na maioria das vezes, nem o sabemos. Somente esse tipo de conhecimento, porém, não seria suficiente para as exigências de desenvolvimento da humanidade. 4 O SENSO COMUM CONHECIMENTO DA REALIDADE 1. A dona de casa, quando usa a garrafa térmica para manter o café quente, sabe por quanto tempo ele permanecerá razoavelmente quente, desconhecendo completamente as leis da termodinâmica. 2. Quando alguém em casa reclama de dores no fígado, ela faz um chá de boldo, que é uma planta medicinal já usada pelos avós de nossos avós, sem, conhecer o princípio ativo de suas folhas nas doenças hepáticas e sem nenhum estudo farmacológico. 3. Nós mesmos, quando precisamos atravessar uma avenida movimentada, com o tráfego de veículos em alta velocidade, sabemos perfeitamente medir a distância e a velocidade do automóvel que vem em nossa direção. Não conhecemos ninguém que usa maquina ou fita métrica para essa tarefa 5 A PSICOLOGIA CIENTÍFICA O que é ciência? Conceito Sistema metódico-racional que compõe um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade, sendo expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Processo do método: 1. Observação; 2. Medição; 3. Classificação; 4. Inferência e 5. Comunicação. 6 O que é ciência? Uma atividade iminentemente reflexiva, a partir de um estudo sistemático; O saber pode ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido. Essa característica da produção científica possibilita sua continuidade: um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido. A ciência avança. A ciência caracteriza-se como um processo 7 O que é ciência? Quando fazemos ciência, baseamos na realidade cotidiana e pensamos sobre ela. O cotidiano e a realidade cientifica aproximam-se e se afastam: Aproximam-se porque a ciencia se refere ao real. Se afastam porque a ciencia abstrai a realidade para a compreendê-la melhor, o que permite a construção do conhecimento científico do real. Pensemos na abstração, o distanciamento e o trabalho mental que Isaac Newton teve de fazer para, partindo da fruta que caia da arvore, fato do cotidiano, formualr a lei da gravidade, fato científico. 8 O que é ciência? A ciência tem ainda uma característica fundamental: ela aspira à objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação e isentas de emoção, para, assim, tornarem-se válidas para todos. Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento, objetividade fazem da ciência uma forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento espontâneo do senso comum. 9 A PSICOLOGIA CIENTÍFICA O objeto de estudo da psicologia A palavra psicologia é formada por duas palavras gregas: psique, que significa alma, e logos que significa estudo (ciência). Portanto, etimologicamente, Psicologia significa estudo da alma; O objeto de estudo da Psicologia é o próprio homem (subjetividade humana); Um psicólogo comportamentalista, ele dirá: O objeto de estudo da Psicologia é o comportamento humano”. Se a palavra for dada a um psicólogo psicanalista, ele dirá: “O objeto de estudo da Psicologia é o inconsciente”. Outros dirão que é a consciência humana, e outros, ainda, a personalidade. 10 A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA A Psicologia colabora com o estudo da subjetividade, contribuindo para a compreensão da totalidade da vida humana. Subjetividade humana: fenômenos fisiológicos, comportamentais, psicológicos (consciencia, vida psíquica, cognição, emoção), e sociais; A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; é uma síntese que nos identifica, de um lado, por ser única, e nos iguala, de outro lado, na medida em que os elementos que a constituem são experienciados no campo comum da objetividade social; 11 A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA A subjetividade — é o mundo de ideias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais. O mundo social e cultural, conforme vai sendo experienciado por nós, possibilita-nos a construção de um mundo interior; A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um; Cada qual é o que é: sua singularidade. 12 A síntese que a subjetividade representa não é inata ao indivíduo; Criando e transformando o mundo (externo), o homem constroi a si mesmo. Vivemos em um mundo objetivo porque seres humanos o movimentam permanentemente com suas intervenções e em um mundo subjetivo porque os indivíduos estão permanentemente se apropriando de novas matérias-primas para constituírem suas subjetividades. De certo modo, podemos dizer que a subjetividade não só é fabricada, produzida, moldada, mas também é automoldável. 13 A SUBJETIVIDADE COMO OBJETO DA PSICOLOGIA Por traz de qualquer produção material ou espiritual, existe a história. A história da Psicologia tem por volta de dois milênios. Começa com os gregos, no período anterior a era cristã. A história de sua construção está ligada às exigencias de conhecimento da humanidade, pela insaciável necessidade do homem de compreender a si mesmo. A Filosofia começou a especular em torno do homem e sua interioridade. 14 PSICOLOGIA E HISTÓRIA É entre os filósofo gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia. O proprio termo Psicologia significa “estudo da alma”.A alma ou espírito era concebida como parte imaterial do ser humano e abarcaria: O pensamento; Os sentimentos (amor e ódio); A irracionalidade; O desejo; A sensação; A Percepção. 15 A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: Os primórdios Os filósofós pré-socráticos preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Discutiam se o mundo existe porque o homem o vê ou se o homem vê o mundo que já existe. Havia uma oposição entre os idealistas ( a ideia forma o mundo) e os materialistas (a matéria que forma o mundo é dada pela percepção). 16 A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: Os primórdios É com Sócrates que a Psicologia na antiguidade ganha consistência. Sua preocupação era com o limite que separa o homem dos animais. Postulava que a principal característica humana era a razão. A razão permitia sobrepor-se aos instintos, que seriam a base a irracionalidade. Sócrates abre um caminho que seria muito explorado pela Psicologia. As teorias da consciência são, de certa forma, frutos dessa sistematização na Filosofia. 17 A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: Sócrates (469-399 A.C) Discípulo de Sócrates; Procurou definir um “lugar” para a razão no corpo humano; Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem (a medula seria o elemento de ligação da alma com o corpo). Platão concebia a alma separada do corpo; Quando alguém morria a matéria (o corpo) desapareceria, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo. 18 A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: Platão (427-347 a.C.) Postulava que a alma e corpo não podem ser dissociados; A psyché seria o principio ativo da vida; Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimentapossui a sua psyché ou alma; O filósofo chegou a estudar a diferença entre a razão, a percepção e as sensações. Este estudo está sistematizado no Da anima, que pode ser considerado o primeiro tratado de psicologia. O filósofo supunha a existência de três mentes: A vegetal – estaria apenas preocupada com a nutrição e crescimento; A animal – além de desempenhar essas funções, também seria capaz de experimentar sensções como dor, prazer e desejo; A humana – poderia fazer tudo isso e raciocinar. 19 A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: Aristóteles (384-322 a.C.) Falar de psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento religioso; Santo Agostinho (354-430 d.C.), inspirado em Platão, fazia uma cisão entre alma e corpo; Para ele a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina no homem; A alma seria imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus; São Tomás de Aquino (1225-1274 d.C.), buscou em Aristóteles a distinção entre essência e existência: O homem na sua essência o homem busca a perfeição através da sua existência. 20 A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO ROMANO E NA IDADE MÉDIA RAÍZES FILOSÓFICAS: A GÊNESE DA PSICOLOGIA Muitos temas da Psicologia moderna já eram debatidos pela filosofia; Os fiósofos já procuravam saber sobre nosso modo de pensar e agir; Os filósofos discutiam questões como: 1. consciência e Ser, 2. mente e corpo, 3. Conhecimento e percepção. 21 RAÍZES FILOSÓFICAS: A GÊNESE DA PSICOLOGIA As diversas ciências evoluíram no século XVI e tomaram impulso com a “revolução científica” (Era da Razão ou iluminismo - século XVIII); O filósofo René Descartes (Sec. XVII) traçou uma distinção entre corpo e mente, que tornaria essencial para o desenvolvimento da psicologia; Descartes afirmava que todos tinham uma essência dual: o corpo que funciona como uma máquina e a mente pensante e imaterial, ou alma; 22 Há uma alma racional nessa máquina 23 A mente e o corpo são Seperados O corpo é uma máquina mecanica e material A mente pode controlar o corpo físico, estimulando os “espíritos animais” a fluir pelo sistema nervoso A mente é imaterial, mas está ligada na glândua pineal do cérebro. HÁ UMA MÁQUINA RACIONAL NESSA MÁQUINA RENÉ DESCARTES (1596-1696) 24 Uma velha controvérsia: Hereditariedade x ambiente Com o Renescimento os cientístas perguntaram-se até que ponto a mente é formada por fatores físicos e o quanto é moldada pelo ambiente. Surgiram os Inatistas e Ambientalistas; Inatistas: O desenvolvimento intelectual dependia de fatores endógenos (do próprio organismo). Os pensadores favoráveis à influência da hereditariedade afirmavam que todos os traços psicológicos eram transmitidos de geração em geração através dos genes. O ambiente tinha pouca importância. Se um pai tinha um nível de inteligência muito baixo, seus filhos, forçosamente, não seriam bem sucedidos nos estudos. Se um homem fosse ladrão, seus filhos também seriam. 25 Uma velha controvérsia: Hereditariedade x ambiente Ambientalistas: Seria preciso considerar as influências ambientais. Os ambientalistas afirmavam que as diferenças entre as pessoas resultam de diferentes oportunidades ambientais. A personalidade é moldada pelo modo e pelas circunstâncias em que a pessoa é criada e educada. John Locke afirmava que nossa mente, ao nascermos é uma folha em branco. Isto é, nossos pensamentos, desejos, comportamentos, etc. são esultantes da educação. Para Watson, uma criança poderá ser, conforme a educação recebida, um ladrão, um sábio, um viciado em drogas …. 26 Uma velha controvérsia: Hereditariedade x ambiente A questão hereditariedade versus ambiente permaneceu sem solução por muitos anos. Nenhum dos lados reconheceu a importancia de uma terceira dimensão: o tempo. O desenvolvimento é resultado da hereditariedade interagindo com o ambiente e com o tempo. O potencial hereditário de uma pessoa pode ser nutrido ou inibido dependendo do tipo, quantidade e qualidade de encontros ambientais e dependendo de quando esses encontros ocorram. 27 Visões sobre o Homem da Psicologia Científica Ambientalismo Termo importante: informação Contato com informação = Repetição, decorar, imagem sem leitura, criação de hábito = Conhecimento Inatismo Termo importante: aptidão Maturação biológica = Desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social = Conhecimento O conhecimento na Renascença ou Renascimento 29 O nascimento da Psicologia 30 O nascimento da Psicologia 31 Wilhelm Wundt Considerado o pai da psicoligia experimental. Funda em 1879, na Alemanha, o primeiro laboratório de psicologia experimental, de caráter mais científico. 32 A psicologia experimental de Wundt Com base na teoria evolucionista Wundt defendeu que a consciência é uma propriedade universal de todos os seres vivos; Wundt afirmou que até mesmo os organismos mais simples como os protozoários possuem alguma forma de consciência; O único objetivo da psicologia experimental é a descrição exata da consciência; Este objetivo levou ao estudo do comportamento humano; Wundt dizia haver dois métodos de observação: a externa – ocupa-se dos relatos de eventos visíveis (causas e efeitos). Ex: testes de estímulo e resposta. a interna – denoninada “introspecção ou auto-observação”, envolve o reconhecimento e o registro de eventos internos, como pensamentos e sentimentos. 33 O Extruturalismo No período de 1867 a 1927, um brilhante aluno de Wundt, o inglês Edwardt Titchner, divulgou o Estruturalismo nos Estados Unidos da América;O objetivo do Estruturalismo era descobrir tudo sobre a estrutura e o conteúdo da mente humana. Seus partidários sustentavam que cada totalidade psicológica compõe-se de experiência consciente (sensações, imagens e sentimentos); Wundt pretendia: analisar a consciência (mente) até chegar às suas estruturas componentes (atenção, percepção e memória); descobrir como são estes elementos e como estes conteúdos mentais se combinam; determinar as leis de conexão que governam essa organização. 34 William James Teve seu papel central na consolidação da psicologia como disciplina realmente científica. Juntamente com seus discípulos tomaram um caminho mais teórico e filosófico. 35 O Funcionalismo A primeira reação contrária dos psicólogos norte- americanos ao pensamento de Wundt foi representada por William James (1842-1910), que fundou a corrente chamada Funcionalismo; É considerado como a primeira sistematização genuinamente americana de conhecimentos em Psicologia; Tem por base o pragmatismo; Para a escola funcionalista importa respoder “o que fazem os homens” e “por que o fazem”; Para esponder estas questões elegem a consciência como centro de suas preocupações. 36 O Funcionalismo Os funcionalistas buscavam examinar as atividades da mente, procurando compreender como ela realiza as funções de adaptação à realidade. O funcionalismo preocupa-se com a utilidade prática das ideias e dos comportamentos para a sobrevivência do organismo no meio ambiente. Essa busca de utilidade confere aos funcionalistas um modo pragmático de ver o mundo; Para eles, só tem valor estudar os processos mentais que têm um sentido prático, ou seja, as ideias só tem sentido se tiverem efeitos ou consequências. 37 O Associacionismo O principal representando do Associacionismo é Edward Thorndike (1874-1949); Sua importância está em ter sido o formulador da primeira teoria de aprendizagem da psicologia; O termo associacionismo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das ideias, das mais simples às mais complexas; para aprender um conteúdo complexo a pessoa precisaria primeiro aprender as ideias mais simples que estariam associadas àquele conteúdo; Após ter estudado a inteligência animal, Thorndike formulou sua “lei do efeito”, que seria de grande importância para a teoria comportamentalista. 38 O Associacionismo De acordo com a Lei do Efeito, todo comportamento de um organismo vivo (um homem, um pombo, um rato etc.) tende a repetir, se nós recompensarmos (efeito) o organismo assim que este emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência. Pela lei do Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes. Por exemplo: se ao apertarmos um dos botões do rádio formos premiados com música, em outras oportunidades apertaremos o mesmo botão, bem como, generalizaremos essa aprendizagem para outros aparelhos, como, toca-discos, gravadores, entre outros. 39 O Associacionismo O sujeito aprendia porque associava o estímulo e resposta adequada. A teoria de aprendizado de Thorndike representa a estrutura original S-R da psicologia comportamental: o aprendizado é o resultado de associações formadas entre estímulos e respostas. Tais associações ou "hábitos" se tornam fortalecidas ou enfraquecidas pela natureza e frequência do par S-R 40 O Associacionismo A teoria Associacionista consiste de três leis primárias: Lei do efeito - as respostas para uma situação, que são seguidas por um estado recompensador de eventos, vão ser fortalecidas e vão se tornar respostas habituais para aquela situação; Lei da prontidão - uma série de respostas podem ser unidas para satisfazer alguma meta que vai resultar em aborrecimento, se bloqueada; Lei do exercício - as conexões se tornam fortalecidas com a prática e enfraquecidas quando a prática é descontinuada. Um corolário da lei de efeito foi que respostas que reduzem a probabilidade de alcançar um estado recompensador (isto é, punições, fracassos) vão diminuir em força. 41 Teorias da inteligência ANTES 1859 – O naturalista inglês Charles Darwin propõe que a iteligência é herdada geneticamente; Desde 1879 – Wilhelm Wundt aplica métodos científicos à psicologia, procurando meios objetivos de medir as habilidades mentais, como a inteligência; 1890 – O psicólogo americano James Cattell concebe testes para medir diferenças em habilidades mentais individuias; 42 Teorias da inteligência ANTES No começo da década de 1880, Francis Galton, primo da Charles Darwin, realizou testes com as habilidades de cerca de 9 mil londrinos e concluiu que a inteligência básica era determinada pelo nascimento; Por volta da mesma época Wundt sugeriu a ideia de haver um quociente de inteligência (QI) e esboçou tentativas de medi-lo; O trabalho de Wundt serviu de inspiração para Alfred Binet constituir as bases de sua pesquisa sobre a inteligência humana; 43 Teorias da inteligência Em 1900 Alfred Binet foi convidado pelo governo fancês para desenvolver um teste capaz de identificar crianças com possíveis distúrbios de aprendizagem, para que pudessem receber educação apropriada às suas necessidades; Nessa tarefa Binet teve colaboração de Théodore Simon; Binet ressaltou que o desenvolvimento mental progride em rítmos diferentes e pode ser influenciado por fatores ambientais; “Eu não queria criar um método de medição… mas apenas um método de classificação dos indivíduos” (Alfred Binet) 44 45 Testes de inteligência só podem medir … as habilidades mentais de um indíduo em determinada hora e em determinadao contexto. As habilidades variam em um curto período de tempo; mudam também a longo prazo, como parte do processo de desenvolvimento A inteligência varia ao longo da vida A inteligência individual não tem uma quantidade fixa. Teorias da inteligência DEPOIS 1920 – O psicólogo educacional inglês Cyril Burt afirma que a inteligência é definida primeiramente pela genética; 1927 – Charles Spearman, simpático à noção de uma inteligência geral, de fator “g” afirmou que a inteligência se baseia apenas em fatores biológicos; 1938 – L. L. Thurstone, simpático a uma visão pluralista de inteligência, definia a inteligência a partir de fatores, nos quais as capacidades mentais primárias eram divididas em 7 fatores (ou vetores da mente); 1940 – Raymond Cattell caracteriza dois tipos de inteligência: fluida (inata) e cristalizada (moldada pela experiência); 46 Teorias da inteligência DEPOIS 1967-1988 - J. P. Guilford afirmava que a inteligência era estruturada por até 150 “fatores do intelecto” – explicando a inteligência como tendo muitos componentes dissociáveis. Na década de 1980 – Sternberg elabora a Teoria Triarquica, a qual o ser humano é possuidor das seguintes inteligências: prática, analítica e criativa. 1983 – O psicólogo americano Howard Gardner, simpático à visão multifatorial da inteligência, e em contraposição ao teste do QI de origem behaviorista, elebora a teoria das inteligências múltiplas, a qual somos possuidores de 7 inteligencias. 47 Visões sobre o Homem da Psicologia Científica Psicologia como disciplina na formação dos professores: 1900 - Não existia 1921 - Disciplina facultativa 1928 - Psicologia Experimental Nova vertente da Psicologianessa época: Psicometria. Testes psicológicos: aceitar que é possível medir características psicológicas. 1960 - Disciplina Obrigatória