Logo Passei Direto
Buscar

aula-6-formacao-de-pastagens-e-capineiras31a7fa20283242e50edb126c650df626

Material

Prévia do material em texto

{
Formação de Pastagens 
e Capineiras
Profa. Dra. Josemara SSantos
 PASTAGEM = unidade de manejo de pastejo, fechada
e separada de outras áreas por cerca ou barreiras.
Contém bebedouro e cocho para colocar sal.
 CAPINEIRA = área cultivada com gramíneas que
apresentam elevada produtividade, que são cortadas e
picadas para fornecimento de alimento verde aos animais.
FORMAÇÃO DE PASTAGEM
 Para a escolha da espécie forrageira é indispensável
considerar fatores como SOLO, CLIMA e o PROPÓSITO.
 É importante saber o objetivo da pastagem, para qual
animal se destina, que categoria animal, forma de
multiplicação da espécie, facilidade de pegamento ou
germinação, resistência à seca, geada, pragas, doenças,
pastejo e corte.
F
is
io
lo
g
ia
 d
as
 p
la
n
ta
s
SOLO
 Constitui umas das partes determinantes do bom
desenvolvimento de uma forrageira;
 Propriedades químicas e físicas;
 Práticas de conservação e melhoramento do solo;
 A forrageiras se dividem em plantas exigentes,
medianamente exigente e pouco exigente em fertilidade
do solo;
 Exploração Racional = é aquela que procura utilizar as
plantas mais produtivas para aquelas condições de solo
reinantes na região, aproveitando sua total potencialidade.
CLIMA
 Deve ser encarado considerando-se todos os seus
componentes principais:
 Temperatura média e sua amplitude, altitude, latitude,
precipitação anual e sua distribuição.
 Temperatura – afeta a planta tanto diretamente atuando em
sua fisiologia, quanto indiretamente influindo na absorção e
transporte de minerais.
 Temperatura média – 25°C
 Amplitude – de 0 a 35°C ou de 20 a 30°C.
 Precipitação e distribuição
 Boa distribuição de pouca chuva ao longo do ano
 Precipitação elevada concentrada em um determinado período
do ano.
PROPÓSITO - OBJETIVO
 Qual a espécie animal;
 Qual a categoria animal;
 Capineira;
 Fenação;
 Ensilagem;
 Pastejo direto;
 Contínuo ou rotacionado;
 Produção de carne;
 Produção de leite;
 Produção de lã.
 Forrageiras diferentes e Manejos diferentes
ESTABELECIMENTO DE PASTAGENS
 PREPARO DA TERRA
 Fator responsável por grande parcela do sucesso no
estabelecimento de pastagens.
 Utilização de máquinas adequadas de modo a destruir os
torrões de terra e também eliminar qualquer irregularidade
no terreno onde posteriormente se irá acumular água em
demasia.
 Despraguejamento - erradicação completa ou mais perfeita
possível de plantas invasoras. Concorrentes direta por
nutrientes, água e luz.
QUALIDADE DA SEMENTE
 Sementes de boa procedência;
 VC - Valor Cultural = porcentagem de Pureza vezes a
porcentagem de Germinação, dividindo tudo por 100.
 VC = %P x %G / 100
 Determinar a quantidade de sementes a serem utilizadas
por área.
 Exemplos com valores hipotéticos de preços:
 1. Caso de lotes com o mesmo preço
 Quando o produtor tem dois lotes de sementes com o mesmo preço, ele
vai comprar qualquer um deles. Isto não é o correto. A escolha, neste
caso, deve ser sobre o lote que apresentar maior VC;
 2. Caso de lotes com preços diferentes e VC's diferentes
 Um lote (A) de sementes a R$ 8,00/kg e um VC de 60%; outro lote (B) a
R$ 6,50/kg e um valor cultural de 40%. À primeira vista, a escolha seria
o lote B, mais barato. Mas, ai é que está o engano:
 Lote A = 8,00/60 = 0,13
 Lote B = 6,50/40 = 0,16
 A escolha deve ser o lote que apresentar a menor relação preço/VC, que,
neste caso, foi o lote A.
 3. Caso de lotes com preços diferentes e VC's iguais.
 Lote A = 8,00/60 = 0,13
 Lote B = 6,50/60 = 0,10
 A escolha deve recair sobre o lote B que apresenta a menor relação
preço/VC.
TAXA DE SEMEADURA
Para calcular a taxa de semeadura deve-se conhecer
o valor cultural (VC) da semente. A taxa de
semeadura é a quantidade de sementes necessária
para formar a pastagem.
Exemplo, no caso do azevém, a recomendação é de
20 a 30 kg/ha de sementes de boa qualidade. Se o
lote tiver um VC de 40%, a quantidade de sementes
(QS) a ser semeada será, considerando a média de
25 kg/ha:
QS = 100 x 25 kg/ha / 40 = 63 kg/ha
ÉPOCA DO PLANTIO OU SEMEADURA
É variável = do início do período chuvoso até o seu
final.
Em grande parte do país, estende-se de outubro a
março.
FORMAÇÃO DE CAPINEIRAS
 Deve ser plantada às proximidades do local de
fornecimento aos animais (estábulo, curral, etc.), para
facilitar o transporte e as operações de manutenção,
diminuindo os custos.
 Os solos mais recomendados são os bem drenados e
profundos, evitando-se aqueles excessivamente arenosos ou
pedregosos.
 Deve ser adaptada ao clima e ao solo do local e apresentar
uma produção forrageira de alta qualidade, inclusive na
estação seca.
 Capins elefante, napier e cameron (Pennisetum purpureum).
 A forragem colhida deve ser triturada em partículas de 1 a 2
cm e fornecida fresca aos animais, separadamente ou
juntamente com a ração concentrada.
 MANEJO DE PASTAGENS
 O manejo de pastagem é um conjunto de ações que visa à
máxima produção por unidade de área, de acordo com o
objetivo de exploração.
 Produção de carne e/ou leite, parece ocorrer uma relação
antagônica, ou seja, o rendimento máximo do animal
depende de exploração ou desfolha de pastagem, que, para
render o máximo, não pode ser desfolhada muito
intensamente.
 Assim, o desafio do manejo de pastagem consiste em retirar
a máxima produção animal sem extinguir a forrageira.
Objetivos do manejo de pastagens
✓ Maximizar o lucro do produtor (buscando a 
eficiência na produção);
✓ Evitar riscos e estresses desnecessários aos 
animais (fornecer conforto ao animal);
✓ Manter o equilíbrio do ecossistema (alta produtiv. 
no longo prazo).
Fatores do manejo de pastagens
✓ Produção e qualidade dos pastos;
✓ Métodos de pastejo;
✓ Consumo animal;
✓ Suplementação;
✓ Pressão de pastejo;
✓ Ganho/animal x ganho/área;
✓ Equilíbrio entre demanda e suprimento de alimentos
 À medida que aumenta a quantidade de forragem 
disponível, há tendência de diminuição de qualidade. O 
que se deve buscar é o ponto adequado para obter-se o 
máximo rendimento, com a melhor qualidade possível, o 
que corresponderia a estar empregando uma pressão de 
pastejo compatível com a capacidade de suporte da 
pastagem (Figura 2).
Idade do pasto (dias) 10 20 35
Teor de PB (% MS) 15 10 5
MSFT (kg/ha) 2000 4500 6000
Rendimento de PB (kg/ha) 300 450 300
Quantidade x Qualidade do pasto/Efeito da planta
Métodos de pastejo
✓ Lotação contínua
✓ Lotação rotativa
 Lotação rotativa convencional
 Lotação rotativa alternada
 Pastejo em faixas 
 Creep grazing
 Primeiro-último
 Pastejo diferido
Lotação contínua
Definição: o rebanho tem acesso à toda a área da 
pastagem durante toda a estação de crescimento
Vantagens da lotação contínua
✓ Menor investimento em infra-estrutura;
✓ Maior capacidade de “auto-correção” do ecossistema  
Aceita mais erros;
✓ Menor requerimento de mão-de-obra para o manejo.
Lotação rotativa
Definição: o rebanho tem acesso a uma subdivisão da 
pastagem a cada momento, havendo momentos de 
pastejo e de descanso para cada uma das subdivisões
Diretrizes iniciais no pastejo rotacionado:
 1. período de ocupação - 1 a 7 dias (piquete com animais);
 2. período de descanso - 20 a 45 dias; (piquete sem animais);
 3. área disponível por UA (unidade animal) por dia de 
permanência no piquete 30-150 m2;
 4. separação de animais por categoria (animais em 
produção, novilhas, matrizes, vacas secas, etc);
 5. divisão da pastagem em piquetes, conforme plano de uso 
adotado e com infraestrutura de cercas corredores e 
aguadas;
 6. não é dispensável a previsão de recursos forrageiros para 
períodos críticos de produção de forragem;
 7. reposição periódica de nutrientes retirados no pastejo;
 8. implantação de forrageira de alta produção com correção 
adequada do solo;
Conceitos importantes:
✓ Período de pastejo – PP ou PO período de ocupação: 
período em queo rebanho permanece em um piquete;
✓Período de descanso - PD = período entre dois pastejos 
sucessivos num mesmo piquete;
✓ Ciclo de pastejo - CP = tempo que o rebanho leva para 
dar uma “volta completa” no sistema, normalmente = 
PP+PD.
Métodos de pastejo - Lotação rotativa
Lotação rotativa convencional
Modalidades da lotação rotativa
Pastejo em faixas
Modalidades da lotação rotativa
Pastejo em faixas
Modalidades da lotação rotativa
Exemplo:
PD = 21 dias; PP = 1 dia; CP = 22 dias
Primeiro último
(“Ponta-rapador”?)
Usa 2 ou mais grupos de animais
Modalidades da lotação rotativa
Primeiro grupo:
categoria de 
maior exigência
Último grupo:
 categoria de 
menor exigência
Primeiro último
Modalidades da lotação rotativa
Conceitos importantes:
✓ Período de permanência: período em que um grupo de 
animais permanece no piquete;
✓ Período de ocupação: somas dos períodos de 
permanência de todos os grupos de animais em cada 
piquete;
Creep Grazing
Modalidades da lotação rotativa
Pastejo diferido
Modalidades da lotação rotativa
Feno, silagem, 
diferimento
Lotação contínua x lotação rotativa
Relação entre ganho por animal e a taxa de lotação nos métodos 
de pastejo sob lotação contínua e rotativa (RIEWE, 1985).
Vantagens da lotação rotativa
✓Melhor acompanhamento da condição da 
pastagem e do animal (mais fácil de enxergar 
possíveis erros);
✓Distribuição mais uniforme dos excrementos;
✓Permite pastejo com mais de um grupo de 
animais;
✓ Permite uma colheita do excesso de forragem 
com melhor qualidade para conservação.
Método de pastejo x uniformidade de pastejo
Ilustração: Ribeiro (http://www.capritec.com.br/pdf/Pastagensparacaprinos.pdf)
Uso da lotação rotativa
Espécie forrageira
✓ Bovinos:
 Capim-elefante
 Tanzânia, Mombaça, Tobiatã, Massai, Vencedor...
 Coast-cross, Tifton, Estrela Africana
 Braquiárias
 
✓ Ovinos e caprinos (forrageiras até porte médio):
 Tanzânia, Aruana, Massai
 Coast-cross, Tifton-68, Tifton-85, Estrela Africana
EXEMPLOS:
PD = 35 dias
PP = 5 dias
grupos de animais = 1
N = (35/5) + 1 = 8 piquetes
 
Dimensionam. de um módulo sob rotação
PP
5 5 5 5 5 5 5 5
PD = 35 dias
2 3 4 5 6 7 81Piq.
Layout de áreas sob lotação rotativa
Layout de áreas sob lotação rotativa
	Slide 1: Formação de Pastagens e Capineiras
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7: Fisiologia das plantas
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35
	Slide 36
	Slide 37
	Slide 38
	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42
	Slide 43
	Slide 44
	Slide 45
	Slide 46
	Slide 47
	Slide 48
	Slide 49
	Slide 50
	Slide 51
	Slide 52
	Slide 53: Uso da lotação rotativa
	Slide 54
	Slide 55: Layout de áreas sob lotação rotativa
	Slide 56
	Slide 57
	Slide 58: Layout de áreas sob lotação rotativa
	Slide 59
	Slide 60

Mais conteúdos dessa disciplina