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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO – CRCRJ 
 
 
EUGENIZE BEZERRA LIMA 
 
 
 
 
 
LEGALIZAÇÃO DE EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO - RJ 
05/08/2024 
2 
 
Unidade 1 – ABERTURA DA EMPRESA 
1.1. A importância do contador neste processo 
1.2. Idade mínima para ser titular de empresa 
1.3. Requisitos e impedimentos pessoais 
1.4. Documentos e providências necessárias 
 
Unidade 2 - FORMAS DE ATUAÇÃO 
 2.1. Autônomo 
 2.2. Empresas Unipessoais 
 2.3. Sociedades 
 
Unidade 3 – PASSO A PASSO PARA A LEGALIZAÇÃO 
3.1. Procedimentos 
3.2. Decisão de natureza jurídica 
3.3. Consulta Prévia de Local 
3.4. Consulta de nome e marca 
3.5. Certificado do Corpo de Bombeiros 
3.6. Inscrição Estadual 
3.7. Solicitação do CNPJ 
3.8. Arquivamento do Contrato Social – Protocolo Web 
3.9. Alvará de Licença e Registro na Secretaria Municipal de Fazenda 
3.10. Licença Sanitária 
3.11. Licença Ambiental 
 3.12. Utilizando o Redesim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
UNIDADE I – ABERTURA DA EMPRESA 
 
1.1 - A Importância Do Contador na Abertura e Legalização Das Empresas 
A legalização de empresas é um processo burocrático necessário e que precisa ser 
bem conduzido por profissional competente. O profissional contábil é um dos, e muitas 
vezes o único, responsável pela formação, educação e disciplina de um bom empresário. 
Geralmente o empreendedor tem foco apenas na parte material que compreende a 
implantação do seu empreendimento. O processo de implantação envolve diversas 
dimensões. Trata - se de um organismo vivo que desde a sua criação irá impactar a 
sociedade com sua existência e atuação. 
Ao decidir pela abertura de uma empresa, seja ela de que porte for, o passo 
seguinte de um empreendedor deverá ser a procura de um profissional contábil de 
confiança, sério e capacitado. A ele caberá identificar todas as necessidades e indicar o 
plano correto da empresa, isto é, a modalidade em que a empresa irá se enquadrar e quais 
serão os passos para sua legalização. O conhecimento da legislação e das técnicas 
contábeis em conjunto com a experiência vivida no dia a dia, são ingredientes 
fundamentais para a prudente legalização de um empreendimento que é dinâmico, desde 
a sua abertura. 
A sincronia de procedimentos, observando-se métodos, prazos e consequências, é 
de extrema importância para a obtenção de sucesso em um trabalho de legalização. Se 
algo sair errado poderá ocorrer dispêndio de tempo, dinheiro, multas, e outros prejuízos até 
mais graves. Dentre as diversas aptidões de um profissional contábil, esta é apenas mais 
uma: sua atuação no processo de legalização de empresas 
 
1.2 - Idade Mínima para ser Titular de Empresa 
Pode ser titular de empresa a pessoa natural, desde que não haja impedimento legal: 
1 - Maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que se achar na livre administração 
de sua pessoa e bens; 
2 - Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado: 
 
1.3 - Requisitos e impedimentos pessoais 
1.3.1 Capacidade para ser sócio (pessoa física) 
Pode ser sócio de sociedade limitada, desde que não haja impedimento legal: 
a) maior de 18 anos, brasileiro(a) ou estrangeiro(a), que se achar na livre administração de 
sua pessoa e bens; 
b) menor emancipado: 
• por concessão dos pais, ou de um deles na falta de outro se o menor tiver dezesseis 
anos completos. 
A outorga constará de instrumento público, que deverá ser inscrito no Registro Civil das 
Pessoas Naturais e arquivado na Junta Comercial. 
• por sentença do juiz que, também, deverá ser inscrita no Registro Civil das Pessoas 
Naturais; 
• pelo casamento; 
4 
 
• pelo exercício de emprego público efetivo (servidor ocupante de cargo em órgão 
da administração direta, autarquia ou fundação pública federal, estadual ou municipal); 
• pela colação de grau em curso de ensino superior; e 
• pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde 
que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria. 
c) desde que assistidos, como segue, uma vez que são relativamente incapazes para a 
prática de atos jurídicos: 
 por seus pais ou por tutor: 
- maior de 16 anos e menor de 18 anos; 
- Ébrios habituais e os viciados em tóxico (a lei deixa de fazer menção aos que, por 
deficiência mental, tenham discernimento reduzido); 
- Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade (foi 
excluída a menção aos excepcionais, sem desenvolvimento mental completo); 
- Os pródigos. 
• de acordo com a legislação especial (art.4°, parágrafo único do Código Civil), o índio; 
d) desde que representados, como segue, uma vez que são absolutamente incapazes de 
exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
• por seus pais ou por tutor: 
- o menor de 16 anos; 
e) pessoa jurídica nacional ou estrangeira 
f) O Fundo de Investimento em Participações - FIP, desde que devidamente representado 
por seu administrador 
 
 A emancipação é possível a partir dos 16 anos, por meio de instrumento público 
(Escritura Pública de Emancipação elaborada em Cartório de Notas) ou sentença judicial. 
Se o menor for emancipado é possível concluir que ele pode realizar todos os atos de 
comércio, sujeitando-se à norma falimentar (Lei 11.101, de 2015), praticando, em tese, 
condutas amoldadas aos crimes falimentares, entretanto, não poderá ser 
responsabilizado criminalmente por seus atos, mas sofrerá as regras do Estatuto da 
Criança e do Adolescente, caracterizando-se um ato infracional falimentar. 
A assistência dos pais ocorre entre maiores de 16 anos e menores de 18 anos 
(considerados relativamente incapazes – chamados de menores púberes), desde que não 
sejam emancipados. Nesse caso, o menor poderá participar apenas como sócio 
quotista, assistido pelos pais. O menor assina o contrato juntamente com seus pais, que 
também devem ser qualificados no preâmbulo do contrato. 
A representação ocorre para menores de 16 anos (considerados incapazes – 
chamados menores impúberes) que poderão participar como sócios quotistas 
representados pelos pais ou tutor. Nesse caso, o menor não assina o contrato, mas 
somente os pais, devidamente qualificados no preâmbulo do contrato. 
 
Art. 974, § 3º, do CC 
a) o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; 
b) o capital social deve ser totalmente integralizado; e, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11101.htm
5 
 
c) o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser 
representado legalmente. 
 Na abertura da sociedade, o capital deve ser expresso em moeda corrente, 
podendo compreender qualquer outra espécie de bens, suscetíveis de avaliação 
pecuniária. Em se tratando de participação de sócio menor de 18 anos, não emancipado, o 
capital social deverá estar totalmente integralizado. 
 Poderão ser utilizados para integralização de capital quaisquer bens, desde que 
suscetíveis de avaliação em dinheiro. No caso de imóvel, ou direitos a ele relativo, o 
contrato social por instrumento público ou particular deverá conter à sua titulação, bem 
como o número de sua matrícula no Registro Imobiliário. No caso de sócio menor, a 
integralização de capital social com bens imóveis dependerá de autorização judicial. 
 O sócio menor terá todos os direitos de um sócio, exceto o direito ao pró-labore, já 
que não exercerá nenhuma atividade laboral que a justifique, mas terá direito a distribuição 
de lucros, competindo aos pais representar ou assistir os menores, até que os mesmos 
completem a maioridade ou sejam emancipados. 
Fonte: Auditec http://audtecgestao.com.br/capa.asp?infoid=5727 
 
Menor de 18 e maior de 16 anos, emancipado 
A prova da emancipação do menor de 18 anos e maior de 16 anos, anteriormente 
averbada no registro civil,atividade restrita e prazo de 
existência determinado. É uma modalidade de organização mais indicada para grandes 
projetos e empreendimentos, em que o final do projeto é conhecido. A responsabilidade é 
dividida entre todas as partes. A SPE não constitui um novo tipo societário na ordem 
jurídica brasileira. Ela se organiza, sempre, sob uma das formas previstas pela legislação, 
isto é, pode ser uma sociedade limitada, uma companhia fechada ou aberta. 
 
2.3.2 Sociedade Personificadas 
 
2.3.2.1 Sociedade Simples 
Lembrando que o Parágrafo único do Art. 966 do Código Civil assim determina: ¨Não se 
considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa, e, que o Art. 982 do mesmo código, ensina: 
“Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o 
exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as 
demais. 
É regida pelos arts 997 a 1038 do Código Civil. O capital será expresso em moeda 
corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação 
29 
 
pecuniária. O respectivo Registro, deve ocorrer por meio do RCPJ Registro Civil de 
Pessoas Jurídicas. A sociedade de natureza simples poderá optar por outros tipos 
societários, como sociedade limitada, Sociedade em Comandita simples; Sociedade em 
nome coletivo. 
Uma sociedade simples é classificada como pura quando não adota outro tipo societário 
empresária. Neste caso, os sócios são responsáveis pelo financiamento e atuam 
diretamente na atividade da associação. 
Existe a possibilidade de agregar sócios de capital e sócios de serviços. Os sócios de 
capital (também chamados de sócios patrimoniais) integralizam sua parte no capital social 
de forma pecuniária. Os sócios de serviço integralizam sua parte no capital social através 
da continuidade de seu trabalho, não podendo ceder suas cotas a terceiros antes do 
totalmente pagas suas cotas. 
 
Sociedade Cooperativa 
Ainda que o Parágrafo único do Art. 982 ensine: “Independentemente de seu objeto, 
considera-se empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa”, o registro das 
cooperativas ocorre sempre na Junta comercial, em virtude de haver sido expressamente 
definido na Lei especial que as rege (Lei 5.764/71).. 
Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á pelo disposto no presente Capítulo, 
ressalvada a legislação especial. 
Art. 1.094. São características da sociedade cooperativa: 
I - variabilidade ou dispensa do capital social; 
II - concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da 
sociedade, sem limitação de número máximo; 
III - limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar; 
IV - intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos à sociedade, ainda que 
por herança; 
V - quorum para a assembléia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios 
presentes à reunião, e não no capital social representado; 
VI - direito de cada sócio a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade, 
e qualquer que seja o valor de sua participação; 
VII - distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo 
sócio com a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado; 
VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução 
da sociedade. 
 
2.3.2.2 Sociedades Empresárias 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem 
por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, 
simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a 
sociedade por ações; e, simples, a cooperativa. 
30 
 
Art. 983. A sociedade empresária deve constituir-se segundo um dos tipos regulados 
nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um 
desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias. 
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de 
empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de 
sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no 
Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, 
ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. 
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o 
pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a 
transformação. 
 
Dispõe o artigo 983 do Código Civil que a sociedade empresária deve revestir-se de um 
dos seguintes tipos societários: 
1) em nome coletivo; 
2) em comandita simples; 
3) em comandita por ações; 
4) limitada; e, 
5) sociedade anônima. 
 
2.3.2.2.1 Sociedade em Nome Coletivo 
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, 
respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. 
 
Art. 1.042. A administração da sociedade compete exclusivamente a sócios, sendo o uso 
da firma, nos limites do contrato, privativo dos que tenham os necessários poderes. 
Tipo societário pouquíssimo utilizado em função da responsabilidade ilimitada 
 
2.3.2.2.2 Sociedade em Comandita Simples 
Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas categorias: os 
comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações 
sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota. 
 
Parágrafo único. O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários. 
 
Art. 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe 
fiscalizar as operações, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter 
o nome na firma social, sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio 
comanditado. 
 
Tipo societário pouquíssimo utilizado. Empresa de capital fechado (não negociável em 
Bolsa). Nome: firma ou razão social (devem figurar apenas os sócios comanditados, sob 
pena de responsabilidade solidária e ilimitada). 
31 
 
 
2.3.2.2.3 - Sociedade em Comandita por Ações 
Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-
se pelas normas relativas à sociedade anônima, sem prejuízo das modificações constantes 
deste Capítulo, e opera sob firma ou denominação. 
Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como 
diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade. 
Também em processo de extinção. Somente acionistas podem ser diretores ou gerentes 
(sócios comanditados, nomeados no estatuto e destituídos por 2/3 do capital), 
respondendo ilimitadamente pelas obrigações da empresa, enquanto os sócios 
comanditários (demais acionistas não gerentes ou diretores) possuem responsabilidade 
limitada ao capital social. Assim como as S/As, pode ser empresa de capital aberto (ações 
em Bolsa de Valores). Nome: denominação ou nome fantasia, firma ou razão social, 
acrescidas da expressão “Comandita por Ações” ou “C/A”. 
 
2.3.2.2.4 - Sociedade Limitada 
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de 
suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 
§ 1º A sociedade limitada pode ser constituída por 1 (uma) ou mais pessoas. (Incluído pela 
Lei nº 13.874, de 2019) 
§ 2º Se for unipessoal, aplicar-se-ão ao documento de constituição do sócio único, no que 
couber, as disposições sobre o contrato social. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissõesdeste Capítulo, pelas normas da 
sociedade simples. 
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade 
limitada pelas normas da sociedade anônima. 
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou 
diversas a cada sócio. 
§ 1º Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente 
todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade. 
§ 2º É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. 
Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no 
contrato social ou em ato separado. 
Art. 1.061. A designação de administradores não sócios dependerá da aprovação de, no 
mínimo, 2/3 (dois terços) dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e da 
aprovação de titulares de quotas correspondentes a mais da metade do capital social, após 
a integralização. (Redação dada pela Lei nº 14.451, de 2022) 
 
2.3.2.2.5 - Sociedade Anônima 
Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se em ações, obrigando-
se cada sócio ou acionista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou 
adquirir. 
Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se-lhe, nos casos 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art7
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2022/Lei/L14451.htm#art2
32 
 
omissos, as disposições deste Código. 
Espécie mais utilizada que as anteriores, principalmente nos casos de grandes empresas, 
possui várias espécies de títulos (ações, partes beneficiárias, debêntures e bônus de 
subscrição), é regulamentada por diversos órgãos (Assembleias Gerais e Especiais, 
Diretoria, Conselho de Administração e Conselho Fiscal). Nome: denominação ou nome 
fantasia (não utiliza firma ou razão social), acrescidos da expressão “S/A” ou antecedido da 
expressão “Companhia” ou “Cia”. 
 
 
Unidade 3 – PASSO A PASSO PARA A LEGALIZAÇÃO 
3.1- Procedimentos 
Para o empresário legalizar o seu negócio há todo um trâmite legal pelo qual ele 
deve passar nas três esferas de governo (Federal, Estadual e Municipal). Na sequência, 
relacionamos os procedimento prévios à esta legalização, depois é claro, dos cuidados e 
precauções sobre os quais já falamos em itens anteriores. O primeiro passo após a 
escolha do local onde funcionará empresa é decidir sobre a natureza jurídica da empresa. 
 
3.2 - Decisão de Natureza Jurídica 
 A legislação brasileira contempla várias naturezas jurídicas, conforme visto no 
capítulo 2. É importante avaliar cada uma das possibilidades, seus pontos fortes e fracos. 
 
3.3 - Consulta Prévia de Local 
Finalidade 
A consulta comercial tem como finalidade a aprovação, por parte da Prefeitura 
Municipal, do local de funcionamento da empresa. Para tanto, verifica-se a conformidade, 
em termos legais, das atividades a serem desenvolvidas com a área (bairro, rua, avenida) 
onde a empresa será instalada. 
É necessário solicitar “Consulta Prévia” à Prefeitura Municipal para saber se é 
possível exercer as atividades desejadas no local em que se pretende implantar a empresa 
(conformidade com o Código de Posturas Municipais), bem como para obter a descrição 
oficial do endereço pretendido para a empresa. 
 
Órgão responsável 
Prefeitura Municipal 
Secretaria Municipal de Urbanismo 
 
Atualmente inúmeras prefeituras já disponibilizam o Alvará de forma eletrônica e logo após 
a finalização do registro na Junta Comercial. 
 
3.4 - Consulta de nome e marca 
Finalidade 
Verificar se existe alguma empresa registrada com o nome pretendido e a marca que 
será utilizada. 
33 
 
Órgão responsável 
Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples) 
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) 
Para a busca de nome e marca: 
Busca colidência de nome empresarial (www.jucerja.rj.gov.br) ou 
Pedido de Viabilidade - Formulário próprio (Junta Comercial) preenchido com três opções 
de nome, pode-se fazer a consulta no site (www.jucerja.rj.gov.br) 
Finalidade: 
Consultar a Junta Comercial sobre a disponibilidade do nome empresarial assim como 
verificar os dados dos futuros sócios e enviar ao Corpo de Bombeiros os dados para 
classificação do Certificado. De posse do protocolo, consultar o andamento do processo e 
quando for deferido, continuar o processo. 
 
 
Para verificação da marca no INPI, pode-se fazer a consulta pela internet no 
Site https://www.gov.br/inpi/pt-br 
Marcas 
Busca 
Marca 
 
3.5 – Certificado do Corpo de Bombeiros 
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) simplificou a 
concessão dos documentos necessários para a regularização das edificações para 
abertura de empresas por meio do sistema de autodeclaração online para aquisição do 
certificado de aprovação expedido pelo Corpo de Bombeiros Militar. Com base nessas 
informações será possível saber, ainda na viabilidade, se o seu negócio poderá ser 
beneficiado pelo procedimento simplificado ou não. 
Integrada à Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de 
Empresas e Negócios (REGIN), a corporação adequou as normas vigentes de acordo com 
Decreto nº 45.456, de 19 de novembro de 2015. O objetivo é agilizar o processo de 
legalização de estabelecimentos comerciais de baixo risco. 
O empreendedor precisa ter seu negócio classificado como de baixo risco – o que é feito 
na primeira etapa de inscrição. A partir daí, preenche um cadastro online em que obedece 
a critérios definidos relacionados com medidas de prevenção contra incêndio e pânico. O 
processo possibilita ao empreendedor obter o documento do Corpo de Bombeiros, via auto 
declaração pela internet, sem precisar ir a uma sede física. Durante a tramitação, o 
empresário recebe informações referentes às medidas preventivas necessárias para tornar 
o seu espaço seguro 
No sistema simplificado, os imóveis comerciais enquadrados no perfil de baixo risco 
não precisam passar por vistoria prévia para iniciarem seu funcionamento. Os empresários 
se comprometem a seguir as recomendações de segurança e realizam autodeclarações 
por meio de formulários eletrônicos. 
http://www.jucerja.rj.gov.br/
http://www.jucerja.rj.gov.br/
https://www.gov.br/inpi/pt-br
34 
 
Assim que a empresa for registrada na JUCERJA, os dados serão enviados 
automaticamente para os Bombeiros. Você só precisará acessar o Portal Web dos 
Bombeiros e informar o número do seu processo na JUCERJA e o CNPJ concedido. 
Somente com estas informações, você poderá emitir o DAEM e dar continuidade ao 
processo, gerando via web, respectivamente, o Termo de Responsabilidade, Verificação 
das Exigências e a geração CERTIFICADO DE APROVAÇÃO SIMPLIFICADO. 
Posteriormente, o Corpo de Bombeiros pode realizar vistorias do seu espaço 
seguro. 
 
Critérios para enquadramento no processo simplificado: 
 
 Área total construída menor que 900m²; 
 Até dois pavimentos (mezanino ou jirau); 
 Não exercer reunião de público, como atividade desenvolvida principal, secundária ou 
temporária: tais como: casas noturnas; boates; casas de festa; casas de espetáculo; 
restaurantes com música e espaço destinado a dança; lonas culturais; centros de 
convenções; teatros; cinemas; centros de exposição; circos e auditórios, templos 
religiosos, estádios de futebol; ginásios esportivos; arenas e congêneres; 
 Não possuir sprinklers (exceto salas comerciais que não tenham realizado alterações ou 
compartimentações); 
 Não utilizar materiais perigosos, como inflamáveis ou combustíveis; 
 Não comercializar gás inflamável; 
 Utilizar dois botijões de 13 quilos (deverão estar no pavimento térreo, no exterior e fora da 
projeção da edificação); Utilizar dois cilindros P-45 quilos (deverão estar no pavimento térreo, no exterior e fora da 
projeção da edificação); 
 Não pode ser posto de abastecimento de líquido inflamável ou combustível; 
 Não pode ser ponto de venda de GLP ou depósito de GLP. 
 
No modelo tradicional de regularização, os estabelecimentos passam por uma vistoria 
prévia do Corpo de Bombeiros. 
No modelo presencial de regularização poderá ser exigido um projeto contra incêndio e 
pânico que deverá ser assinado por engenheiro autônomo ou empresa de projetos 
credenciados ao CBMERJ. 
 
No link abaixo consta a relação de todas as empresas e engenheiros autônomos 
credenciados, com endereço, telefone, e mail e data de validade do registro. 
Site: https://www.cbmerj.rj.gov.br/ 
Para o cidadão 
Regularização de edificações 
Empresas e profissionais cadastrados 
 
3.6 – Inscrição Estadual 
https://www.cbmerj.rj.gov.br/
35 
 
A Inscrição Estadual é obrigatória para empresas dos setores do comércio, indústria e 
serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Também estão incluídos os serviços 
de comunicação e energia. 
 
Finalidade 
Obter a inscrição no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) 
 
Órgão responsável 
Receita Estadual; 
 
Documentação necessária 
Exigida somente em casos específicos, de acordo com a atividade da empresa. 
 
De acordo com a Resolução SEFAZ 720/14, alterada pelas Resoluções SEFAZ 157/17 e 
230/21: 
 
Art. 20. A solicitação de inscrição estadual no CAD-ICMS dar-se-á por meio do REGIN 
(Registro Integrado) e da REDESIM - Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da 
Legalização de Empresas e Negócios, observado o seguinte: 
I - para a pessoa jurídica com registro na JUCERJA ou em demais órgãos também 
conveniados ao REGIN, a inscrição deverá ser solicitada por meio de: 
a) requerimento eletrônico no momento da constituição da empresa ou de novo 
estabelecimento, disponível na página do órgão de registro na Internet; ou 
b) requerimento eletrônico de legalização do estabelecimento, quando esse já estiver 
inscrito no órgão de registro, disponível na página do referido órgão na Internet; 
II - nos demais casos, a inscrição deverá ser solicitada antes do início das atividades 
mediante o preenchimento dos formulários exclusivos da SEFAZ-RJ disponíveis na página 
da JUCERJA. 
§ 1º O pedido de inscrição dos estabelecimentos previstos no inciso VI-A do caput do art. 
7º deverá ser apresentado em até sessenta dias a contar da data: 
I - da assinatura do contrato, no caso do bloco de exploração de que trata o inciso III do § 
1º do art. 7º; 
II - da aprovação do Plano de Desenvolvimento pela ANP, no caso do campo de produção 
de que trata o inciso IV do § 1º do art. 7º ou da instalação compartilhada sem unitização de 
que trata a alínea “a” do inciso VI do § 1º do art. 7º; ou 
III - do ato da ANP que aprovar o acordo ou compromisso de individualização da produção, 
no caso de jazida unitizada de que trata o inciso V do § 1º do art. 7º ou da instalação 
compartilhada com unitização de que trata a alínea “b” do inciso VI do § 1º do art. 7º. 
§ 2º O disposto nos incisos II e III do § 1º aplica-se também no caso inscrição relativa a 
consórcio de que trata o § 4º no art. 16. 
 
Art. 23. O processo de concessão de inscrição, em função das características do 
contribuinte, poderá ser: 
36 
 
I - simplificado, ficando o requerente dispensado do comparecimento a uma repartição 
fiscal e de apresentação de documentação; ou 
II - presencial, ficando o requerente, ou o seu representante devidamente habilitado, 
obrigado ao comparecimento à repartição fiscal competente para apresentação, no prazo 
de 30 (trinta) dias, contado da data de transmissão do requerimento eletrônico à SEFAZ, 
dos documentos previstos nos artigos 24 a 30 deste Anexo, conforme o caso, observado o 
disposto no § 3º deste artigo. 
§ 1º O processo simplificado previsto no inciso I do caput deste artigo não prejudica a 
eventual exigência de comparecimento do requerente à repartição fiscal quando o fato se 
mostrar indispensável para a análise do pedido. 
 
PROCESSO SIMPLIFICADO 
Será aplicado aos pedidos que atendam às condições abaixo especificadas 
I –Ser um pedido de inscrição obrigatória para estabelecimento de pessoa jurídica ou 
empresário individual; 
II – Estabelecimento cujos atos legais estejam disponíveis nos órgãos de registro 
integrados (REGIN); 
III – A empresa não exercer atividade vinculada à área de petróleo, combustíveis, 
lubrificantes e aditivos em geral, envolvendo a extração, industrialização, comercialização 
e transporte desses produtos, além de outras atividades que venham a ter tratamento 
diferenciado por ato da SEFAZ; 
IV – O estabelecimento requerente estar localizado nesta unidade da federação. 
 
 O requerente só poderá solicitar a concessão da inscrição pela JUCERJA no momento 
da apresentação do pedido de registro do ato de constituição da empresa ou de abertura 
de filial ou de transferência de estabelecimento de outra unidade da federação. 
 
PROCESSO PRESENCIAL 
Para os casos em que seja exigido o comparecimento a uma repartição fiscal, 
deverá ser apresentado na Inspetoria identificada na Viabilidade, os documentos 
determinados pela legislação. 
Art. 23 § 3º No caso do inciso IV do § 2º deste artigo, a documentação a que se refere o 
inciso II do caput deste artigo poderá ser encaminhada por via postal para a repartição 
fiscal informada quando da transmissão do requerimento eletrônico. 
Nos casos de pedido de inscrição estadual na modalidade presencial, o requerente deverá 
efetuar o recolhimento da Taxa de Serviços Estaduais – TSE, e entregar os documentos 
exigidos. 
A relação completa dos documentos e das atividades com fiscalização diferenciada 
poderá ser obtida na Resolução SEFAZ nº 720/14 com as devidas alterações introduzidas 
pela Resolução SEFAZ 157 de 2017 e 230/2021. 
O pedido de inscrição para pessoa física, é isento de taxa. 
 
37 
 
Art. 23 § 2º O processo presencial previsto no inciso II do caput será aplicado aos 
seguintes casos: 
I - estabelecimento que exerça atividades sujeitas a controle diferenciado pela fiscalização, 
previstas no art. 5º deste Anexo; 
II - leiloeiro público; 
III - produtor rural pessoa física; 
IV - contribuinte externo, se exercer pelo menos uma atividade econômica prevista no 
artigo 5º; 
V - estabelecimento de entidade da Administração Pública; 
VI - estabelecimento cujos atos legais não estejam disponíveis nos órgãos de registro 
integrados (REGIN); 
VII - inscrição especial, 
 
3.7 - Solicitação do CNPJ 
Finalidade 
Incluir a empresa no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) 
 
Órgão responsável 
Receita Federal 
 
Documentação necessária 
a) FCPJ (Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica), que deverá ser preenchida por meio do 
Aplicativo de Coletor Nacional diretamente no sítio da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil (RFB), A FCPJ deverá ser acompanhada do QSA, no caso de sociedades; 
b) Quadro de Sócios e Administradores (QSA); 
c) Ficha Especifica, de interesse do órgão convenente; 
d) Ficha de Beneficiários Finais - para os CNPJ de Natureza Jurídica 321-2 ou do grupo 
200 (exceto 201-1, 219-4 e 227-5), quando estes informarem a existência/inexistência de 
beneficiários finais; 
 
Observações: 
1. O pedido de viabilidade deverá estar finalizado para ser utilizado no DBE; 
2. Viabilidades não serão aceitas pelo Coleta Nacional após 90 dias de sua solicitação; 
3. Quando o evento for de viabilidade obrigatória, somente será possível prosseguir no 
Coleta Nacional da Receita Federal informando uma viabilidade válida (Finalizada); 
3.1 Eventos de viabilidade obrigatória: Inscrição de Primeiro Estabelecimento (Matriz); 
Inscrição dos demais estabelecimentos (Filial); Alteração de Natureza Jurídica; Alteração 
de Nome Empresarial; Alteraçãoda Atividade Econômica; Alteração de Endereço; 
Transformação etc 
4. As informações da viabilidade serão replicadas no DBE da Receita Federal, impedindo a 
edição pelo usuário 
 
3.8 - Arquivamento do contrato social/Requerimento de Empresário 
https://www.redesim.gov.br/
38 
 
Finalidade 
Registrar o contrato social. 
Órgão responsável 
Junta Comercial ou Cartório (no caso de Sociedade Simples), OAB para empresas 
jurídicas. 
Documentação necessária 
Cópia da Identidade 
Instrumento de Inscrição de Empresário Individual ou Contrato de Sociedade Ltda, 
declaração de veracidade. 
 
 
3.9 - Protocolo WEB 
 
O protocolo via web da JUCERJA conta com os principais atos e eventos. 
 
O objetivo é facilitar o registro de forma segura e proporcionar mais comodidade para os 
nossos usuários. Nele é possível, inicialmente, abrir, alterar e encerrar empresas. e 
também desenquadrar, reenquadrar e enquadrar as empresas como ME e EPP além de 
proteção de nome empresarial e transformação. 
 
Todos os tipos jurídicos são contemplados pelo protocolo via web, e para que isso seja 
possível, o usuário deverá possuir certificado digital válido de pessoa física ou jurídica. 
 
O protocolo web permite o cadastro de processos de empresas Brasileiras, com sócios 
brasileiros ou estrangeiros. 
 
Abertura de Empresa 
Abertura de empresas e filiais de todos os tipos jurídicos. 
O usuário proprietário do e-CPF deverá fazer parte do quadro societário da empresa ou ser 
cadastrado como contador, ou ainda possuir e-CNPJ do escritório de contabilidade 
associado na ficha de cadastro. 
 
Enquadramento de Empresa 
Opção de enquadrar e reenquadrar a empresa como ME ou EPP e desenquadrar 
empresas. 
O enquadramento e reenquadramento poderão ocorrer em processos exclusivos ou 
vinculados aos processos de abertura ou alteração. De acordo com a Lei Complementar 
123 de 2006, Microempresa, ou ME, é a pessoa jurídica que obtenha um faturamento bruto 
anual igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). Podendo de 
acordo com a atividade desenvolvida se beneficiar do Simples Nacional como Regime de 
Tributação para pagamento de impostos. Empresa de pequeno porte, ou EPP, é a pessoa 
jurídica que obtém o faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 (trezentos e 
sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil 
39 
 
reais) (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016). Também de acordo com a 
atividade exercida pode optar pelo Simples Nacional para pagamento de impostos. 
Lei 147/14 
 
Protocolo com e sem assinatura digital 
A Junta faz a pesquisa de CPFs roubados e impedidos, para verificar se o CPF dos sócios 
ou titular possui impedimento por crime falimentar, responde por pena que o impeça de 
participar de atos societários, ou se o CPF foi roubado ou furtado. 
 
3.9 - Alvará de licença e Registro na Secretaria Municipal de Fazenda 
Finalidade 
 Licenciamento para desenvolver as atividades no local pretendido. Liberação da 
inscrição municipal (ISS). As empresas e os profissionais autônomos, que 
praticarem atividades de prestação de serviços de qualquer natureza, estarão 
obrigados a se cadastrar no Município. 
Órgão responsável 
 Prefeitura Municipal 
 Secretaria Municipal da Fazenda 
 
No município do Rio de Janeiro: 
De acordo com o Decreto 41827/16: 
Art. 5. A localização e o funcionamento de estabelecimentos comerciais, prestadores de 
serviços, industriais, agrícolas, pecuários e extrativistas, bem como de sociedades, 
instituições e associações de qualquer natureza, pertencentes a quaisquer pessoas físicas 
e jurídicas, no Município do Rio de Janeiro, estão sujeitos a licenciamento prévio na 
Secretaria Municipal de Fazenda, observado o disposto neste Decreto, na legislação 
relativa ao uso e ocupação do solo e na Lei nº 691/84 (Código Tributário do Município do 
Rio de Janeiro). 
 
§ 1º Considera-se estabelecimento, para os efeitos deste Decreto, qualquer local onde 
pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades. 
 
§ 2º A obrigação imposta neste artigo se aplica também ao exercício de atividades: 
I - no interior de residências, inclusive como simples ponto de referência; 
II - em locais ocupados por estabelecimentos já licenciados, mesmo em caso de pretensão 
de licenciamento de atividade idêntica; 
III - por período determinado 
§ 4º Para os fins deste Decreto, entende-se como licenciamento de simples ponto de 
referência a concessão de alvará em imóvel residencial condicionada à proibição de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art1
https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-janeiro/lei-ordinaria/1984/69/691/lei-ordinaria-n-691-1984-aprova-o-codigo-tributario-do-municipio-do-rio-de-janeiro-e-da-outras-providencias
40 
 
exercício da atividade, circulação de mercadorias, atendimento, armazenagem e exibição 
de publicidade no local. 
 
Ou seja, precisam fazer o alvará: 
 Estabelecimentos comerciais/atacadistas/varejistas; 
 Estabelecimentos industriais; 
 Estabelecimentos agrícolas; 
 Estabelecimentos prestadores de serviços; 
 Profissionais liberais e profissionais autônomos, localizados em unidades não 
residenciais ou na própria residência; 
 Pessoas físicas ou jurídicas no exercício de atividades por tempo determinado; 
 Microempreendedores individuais. 
Não necessitam de Alvará 
De acordo com o Decreto 41827/2016, artigo 5º, parágrafo 3º, os estabelecimentos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como suas autarquias e 
fundações, as sedes dos partidos políticos, as missões diplomáticas, os organismos 
internacionais reconhecidos pelo governo brasileiro, as associações de moradores e os 
templos religiosos estão excluídos da obrigação de obter Alvará de Licença para 
Estabelecimento. Assim, para acessar o REGIN e arquivar os atos constitutivos dessas 
entidades no RCPJ, sejam de constituição ou de alteração de local, o interessado deverá 
abrir a solicitação nesta página acionando o botão “abrir solicitação” à esquerda. 
 
Anexo I Dec. 41827/2016 - Usos e atividades sujeitos a apresentação prévia de 
Certificado do Corpo de Bombeiros 
1) Armazenagem potencialmente perigosa, nociva ou incômoda 
2) Asilo, casa de repouso e estabelecimentos congêneres 
3) Assistência médica com internação 
4) Casa de festas 
5) Casas de diversões 
6) Clínica veterinária com internação 
7) Clube 
8) Comércio de produtos inflamáveis 
9) Distribuidora de gás 
10) Ensino até terceiro grau, exceto curso livre 
11) Hospedagem 
12) Indústria potencialmente perigosa, nociva ou incômoda 
13) Parque de diversões 
14) Posto de serviço e revenda de combustíveis e lubrificantes 
41 
 
15) Restaurante e estabelecimentos congêneres com área igual ou superior a 200 m² 
(duzentos metros quadrados) 
16) Supermercado e estabelecimentos congêneres com área igual ou superior a 500 m² 
(quinhentos metros quadrados) 
 
Anexo VIII Dec. 41827/2016 - Critérios de enquadramento como atividade 
potencialmente poluidora, passível de licenciamento ambiental para instalação e/ou 
operação 
1. Possuir armazenagem subterrânea de substância combustível e/ou inflamável; e/ou 
2. Possuir armazenagem aérea de líquido combustível com capacidade total maior do que 
cinco (5) mil litros; e/ou 
3. Realizar operações de tingimento e/ou alvejamento; e/ou 
4. Possuir caldeira ou vasos de pressão categorias I, II e/ou III (conforme classificação da 
NR-13 do MTE); e/ou 
5. Utilizar amônia como fluido refrigerante; e/ou 
6. Possuir armazenagem de produtos perigosos (substâncias tóxicas e/ou inflamáveis) em 
quantidade maior ou igual ao mínimo tabelado nos Anexos D e E do Manual para 
Realização de Avaliação de Risco de Acidente de Origem Tecnológica da Secretaria de 
Meio Ambiente da Cidade do Rio de Janeiro - SMAC; e/ou 
7. Gerar resíduos perigosos (conformea classificação da ABNT NBR 10.004), exceto 
resíduos de serviço de saúde; e/ou 
8. Gerar resíduos de serviço de saúde quimioterápicos; 
9. Gerar resíduos de serviço de saúde, exceto quimioterápicos, dos grupos A, B e E 
(conforme a classificação da Resolução CONAMA 358/2005) em volume total de resíduos 
maior do que vinte (20) litros/dia ou cento e vinte (120) litros/semana; e/ou 
10. Possuir gerador de energia elétrica com potência total máxima maior do que um mil 
(1.000) KVA ou armazenagem de combustível aéreo maior do que um mil (1.000) litros; 
e/ou 
11. Possuir subestação de energia elétrica com potência total maior do que quinhentos 
(500) KVA; e/ou 
12. Emitir material particulado proveniente de cortes de madeira e/ou 
britamento/beneficiamento de pedras e/ou ensacamento de produtos e/ou lixamento e/ou 
jateamento, entre outros; e/ou 
13. Emitir compostos orgânicos voláteis (VOC); e/ou 
14. Gerar efluentes líquidos de processo produtivo, serviço que não seja esgoto sanitário; 
e/ou 
15. Gerar esgoto sanitário com carga orgânica maior do que vinte e cinco (25) Kg DBO/dia. 
 
Para as unidades residenciais multifamiliares (apartamentos e casas de vila) o 
funcionamento é restrito sendo vedado o atendimento no local, o estoque de mercadorias e 
a colocação de publicidade. 
 
42 
 
De acordo com o Decreto Municipal nº 40.710/2015, estão dispensados de requerer alvará 
os MEIs estabelecidos em residência (como ponto de referência), observadas as restrições 
aplicáveis, assim como os MEIs estabelecidos em áreas reconhecidas como favelas (neste 
caso, tanto em imóveis residenciais, quanto em imóveis comerciais). 
 
Alvará Simplificado: 
É uma forma imediata de concessão do Alvará de Licença para Estabelecimento (ALE) 
sem comparecimento do interessado na Inspetoria Regional de Licenciamento e 
Fiscalização (IRLF). O procedimento é formalizado via internet por meio do preenchimento 
da Consulta Prévia de Local e do Requerimento Eletrônico de Alvará. 
O Documento de Arrecadação Municipal (DARM) da taxa de licença para estabelecimento 
(TLE) também será disponibilizado via internet. Após todas as etapas cumpridas o Alvará 
poderá ser impresso na residência ou escritório do requerente sem a necessidade de 
comparecimento na IRLF. 
 
Licenciamento Presencial 
Se a atividade for considerada de risco elevado, se o imóvel pretendido não estiver 
legalizado na Secretaria de Urbanismo, e ainda nos casos de empresas não registradas 
em órgão conveniado ao REGIN, o procedimento eletrônico limitar-se-á à apresentação da 
consulta prévia de local pela internet. As etapas intermediárias do licenciamento, como a 
apresentação e conferência de documentos, e a emissão do DARM para pagamento da 
TLE deverão ser realizadas em uma das 19 IRLFs 
 
3.10 - Licença Sanitária 
De acordo com o Art. 2 da Resolução SES 2191 de 02/12/2020 : 
IX - Grau de risco: nível de perigo potencial de ocorrência de danos à integridade física e à 
saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio em decorrência de exercício de 
atividade econômica; 
 
XII - Licenciamento sanitário: etapa do processo de registro e legalização, eletrônica ou 
presencial, o qual atesta que o estabelecimento possui condições operativas, físico-
estruturais e sanitárias, concedendo o direito ao estabelecimento de desenvolver atividade 
econômica de interesse à saúde. 
 
XIII - Licença sanitária: documento emitido pelo órgão de vigilância sanitária do Sistema 
Único de Saúde que habilita a operação de atividade(s) específica(s) sujeita(s) à vigilância 
sanitária. 
 
Finalidade 
 Comprovar que a empresa está em condições para funcionar dentro dos padrões de 
higiene e saúde exigidos pela legislação 
Órgão responsável 
43 
 
Ainda de acordo com o da Resolução SES 2191 de 02/12/2020 
Art. 3º Para efeito de licenciamento sanitário e pós-mercado, de a cordo com a RDC 
ANVISA nº 153/2017 e a RDC ANVISA nº 418/2020 (art.5º), adota-se as determinações 
abaixo e a seguinte classificação do grau de risco das atividades e ocupações econômicas: 
 
I - nível de risco I - baixo risco, "baixo risco A", risco leve, irrelevante ou inexistente: 
conforme o art. 2º da Resolução CGSIM nº 51 DE 11.06.2019, a classificação de 
atividades cujo efeito específico e exclusivo é dispensar a necessidade de licença sanitária 
e quaisquer ato público de liberação da atividade econômica para plena e contínua 
operação e funcionamento do estabelecimento, estando somente sujeitas às ações pós-
mercado. 
 
II - nível de risco II - médio risco, "baixo risco B" ou risco moderado: a classificação de 
atividades cujo grau de risco não seja considerado alto e que não se enquadrem no 
conceito de nível de risco I, baixo risco, "baixo risco A", risco leve, irrelevante ou 
inexistente, disposto no inciso I deste artigo, cujo efeito é permitir, automaticamente após o 
ato do registro a emissão de licenças, alvarás e similares para início da operação do 
estabelecimento, sem prévia inspeção sanitária ou análise documental pelo órgão 
responsável pelo licenciamento sanitário, mediante o fornecimento de dados e declarações 
do responsável legal e/ou responsável técnico; 
 
III - nível de risco III - alto risco: aquelas assim definidas por outras resoluções do CGSIM e 
pelos respectivos entes competentes, em atendimento aos requisitos de segurança 
sanitária, metrologia, controle ambiental e prevenção contra incêndios, cujo efeito é a 
prévia inspeção sanitária e análise documental pelo órgão responsável pelo licenciamento 
sanitário antes do início das atividades. 
 
§ 1º Os estabelecimentos com atividades de baixo risco, "baixo risco A", risco leve, 
irrelevante ou inexistente nos termos do art. 3º, inciso I, desta Resolução estão 
dispensadas de licença sanitária e não comportam vistoria prévia para o exercício contínuo 
e regular da atividade, estando tão somente sujeitas à fiscalização posterior e demais 
ações de pós-mercado. 
 
§ 2º Os estabelecimentos com atividades de médio risco, "baixo risco B" ou risco 
moderado, nos termos do art. 3º, inciso II, desta Resolução, deverá ter a licença sanitária 
emitida logo após o registro da empresa e a vistoria realizada somente após o início das 
atividades. 
 
§ 3º Os estabelecimentos com atividades de alto risco, nos termos do art. 3º, inciso III, 
desta Resolução exigirão vistoria prévia para início das operações do estabelecimento. 
 
§ 4º As atividades econômicas exercidas pelos Microempreendedores Individuais - MEI, 
estão previstas no Anexo XI, da Resolução CGSN nº 140, de 2018, e conforme disposto no 
44 
 
parágrafo 1º do Art. 15 e art. 16 da Resolução CGSIM nº 48, de 11 de outubro de 2018, 
estão dispensadas de alvarás e licença sanitária. 
 
§ 5º O Microempreendedor Individual - MEI está somente sujeito às ações pós-mercado, 
incluindo inspeções de ofício e a coleta de seus produtos para monitoramento de 
qualidade. 
 
§ 6º O MEI manifestará sua concordância com o conteúdo do Termo de Ciência e 
Responsabilidade com Efeito de Dispensa de Alvará e Licença de Funcionamento a partir 
do ato de inscrição ou alteração, emitido eletronicamente, que permitirá o exercício de 
suas atividades. 
 
De acordo com a atividade exercida pela empresa e seu respectivo grau de risco, a licença 
da Vigilância Sanitária poderá ser obtida na esfera estadual ou na esfera municipal. 
 
ESTABELECIMENTOS DE COMPETÊNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTADUAL 
 
1- Clínica de Terapia Renal Substitutiva, exceto município do Rio de Janeiro; 
2 - Unidade Móvel de Terapia Renal Substitutiva, exceto município do Rio de Janeiro; 
3 - Hospitais e Clínicas com Internação, exceto município do Rio de Janeiro (Municipais e 
Federal) e município de Macaé; 
4- Serviços intra-hospitalares de (exceto município do Rio de Janeiro - Municipais e 
Federal, e município de Macaé): 
4.1- Laboratórios de Análises Clínicas, Pesquisa e Anatomia Patológica, Postode Coleta 
de Laboratório de Análises Clínicas; 
4.2- Serviço de Radiodiagnóstico Médico, Serviço de Imagem, Radiodiagnóstico 
Odontológico; 
4.3 - Unidade Odontológica Hospitalar; 
4.4 - Farmácias Privativas de Unidades Hospitalares ou Congêneres; 
5- Hemocentros, Núcleo de Hemoterapia, Unidade de Coleta e Transfusão, Unidade de 
Coleta Móvel ou Fixo, Agência Transfusional, Central de Triagem Laboratorial de 
Doadores; 
6 - Banco de Células, Tecidos e Órgãos, Centros de Tecnologia Celular, Laboratório de 
Células Progenitoras Hematopoiéticas e congêneres; 
7- Serviço de Radioterapia e Medicina Nuclear; 
8 - Empresas Prestadoras de Bens e ou Serviços de Nutrição Enteral e parenteral; 
9 - Indústrias de Ótica, Material e Equipamentos Óticos, de Aparelhos e Produtos Usados 
em Medicina, Ortopedia, Odontologia, Enfermagem, Educação Física, Embelezamento ou 
Correção Estética (Produtos Correlatos); 
10 – Empresas e unidades de processamento de material médico hospitalar; 
11 - Indústrias de Produtos Farmacêuticos, de Insumos Farmacêuticos, de Produtos 
Saneantes Domissanitários, de Cosméticos, Perfumes e Produtos de Higiene; 
45 
 
12 – Indústria de Insumos Farmacêuticos Sujeitos a Controle Especial, e Indústria de 
Produtos Farmacêuticos Contendo Substâncias Sujeitas a Controle Especial; 
13 - Armazéns (depósito) de medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos, de 
correlatos, de saneantes domissanitários, de cosméticos, perfumes e produtos de higiene, 
exclusivos de empresas fabricantes; 
 
De acordo com o Art. 1º da Resolução Estadual SES 1822 de 19/03/2019 
§ 1º No momento de constituição de novas empresas através do órgão competente 
JUCERJA - Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro, estas serão notificadas 
automaticamente sobre a necessidade de atendimento às exigências documentais 
pertinentes para o Licenciamento Inicial de cada atividade sujeita às ações da Vigilância 
Sanitária Estadual, com base nesta legislação sanitária, apresentando toda a 
documentação constante do anexo I desta resolução. 
 
Licenciamentoi Municipal 
DECRETO RIO Nº 45585 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018 
A maioria dos estabelecimentos e atividades exercidas na cidade precisa se licenciar, em 
um novo modelo totalmente on-line com acesso pelo Carioca Digital. Lá o contribuinte 
encontra o Sistema de Informação da Vigilância Sanitária e em cinco minutos preenche o 
requerimento para se regularizar. 
 
As modalidades de Licenciamento Sanitário são as seguintes: 
1) Licença Sanitária de Funcionamento (LSF): concedida a estabelecimentos regulados 
pela vigilância sanitária ou de interesse da vigilância de zoonoses, devendo ser 
anualmente revalidada até 30 de abril, abrangendo: 
● O comércio de alimentos 
● As indústrias de alimentos regulados pela ANVISA 
● O comércio farmacêutico 
● Os serviços assistenciais de saúde, incluídas as ambulâncias 
● A empresas transportadoras e seus veículos e os autônomos transportadores de 
alimentos e produtos farmacêuticos. 
● As creches, os orfanatos, as pré-escolas, escolas, os estabelecimentos de ensino e 
congêneres. 
● Os circos e parques de diversão com funcionamento permanente, parques aquáticos, 
parques temáticos e congêneres. 
● As casas de shows e espetáculos, os serviços de diversão, as casas de festa, as salas 
de apresentação, os teatros, os cinemas e congêneres. 
● Os clubes, as piscinas, saunas, termas e congêneres 
● Os serviços de captação, abastecimento, transporte e distribuição de água. 
● Os serviços de coleta, remoção, gerenciamento e transporte de resíduos especiais, os 
serviços de imunização e controle de pragas urbanas e vetores e congêneres. 
46 
 
● Os hotéis, motéis, as hospedarias, os alojamentos, albergues e congêneres. 
● Os shoppings centers, centros comerciais, condomínios comerciais ou mistos e 
congêneres. 
● Os estádios, as arenas, quadras e os ginásios poliesportivos. 
● As estações rodoviárias, metroviárias, aquaviárias e ferroviárias. 
● Os serviços de lavanderia, lavanderia industrial e hospitalar. 
● Ambulantes, feirantes e demais atividade não localizadas. 
 
2) Licença Sanitária de Atividades Relacionadas (LSAR): concedida a estabelecimentos 
relacionados com a vigilância sanitária, devendo ser anualmente revalidada até 30 de abril, 
abrangendo todas as pessoas jurídicas que exerçam as seguintes atividades: 
● Indústria. 
● Comércio. 
● Prestação de serviços. 
 
3) Licença Sanitária de Atividades Transitórias – LSAT: concedida com prazo máximo de 
cento e oitenta dias, em razão de: 
● Pessoa física ou jurídica, para cada atividade sujeita à vigilância sanitária exercida em 
eventos realizados em área pública ou privada. 
● Organizador do evento. 
● Ambulantes, veículos e demais atividades não localizadas exercidas em eventos em área 
pública. 
● Pessoa jurídica responsável por obras de construção, reforma, acréscimo, demolição, 
instalação, modificação, montagem ou desmontagem de edificações, estruturas, 
equipamentos e instalações executadas por pessoas jurídicas. 
● Pessoa jurídica responsável pela produção de alimentos ou de fornecimento de refeições 
destinados à alimentação coletiva de trabalhadores, em cozinhas ou refeitórios instalados 
em canteiros de obra e pessoa jurídica que presta serviços de saúde em eventos. 
 
4) Registro de Estabelecimento de Produção Agropecuária (REPA): concedido por adesão 
voluntária, devendo ser anualmente revalidado até 30 de abril, abrangendo os 
estabelecimentos que realizem o comércio municipal: 
● De produtos de origem animal, comestíveis ou não e que necessite de certificação 
sanitária e registro dos produtos que comercializa. 
● De produtos de origem vegetal, comestíveis ou não, e que necessite de certificação 
sanitária e registro dos produtos que comercializa. 
 
5) Autorização Sanitária Provisória (ASP): concedida à título precário e em caráter 
improrrogável até trinta de abril de cada exercício, para estabelecimentos regulados pela 
vigilância sanitária, mas com pendências relativas à obtenção de Alvará ou autorização 
junto à SMF e possuidores das seguintes características: 
47 
 
● Mobiliário ou equipamento fixo localizado em área pública (quiosques), destinado à 
preparação ou comercialização de refeições rápidas, lanches ou bebidas para o consumo 
imediato 
● Veículo especial, tracionado ou rebocado, destinado à preparação ou comercialização de 
refeições rápidas, lanches ou bebidas para o consumo imediato, tais como caminhão ou 
bicicleta de comida (food truck e food bike). 
● Veículos não tracionados e equipamentos estacionados ou fixados em área pública, 
destinados à preparação ou comercialização de refeições rápidas, lanches ou bebidas para 
o consumo imediato. 
● Atividades exercidas no interior de residências, como retaguarda para o armazenamento, 
a produção, o pré-preparo e a conservação de alimentos. 
 
Estabelecimentos sujeitos à vigilância sanitária devem solicitar o licenciamento sanitário 
exclusivamente on line no Site. 
 O licenciamento sanitário, assim como sua revalidação, deverá ser impresso e 
mantido no estabelecimento, exposto de forma visível ao público e disponível para consulta 
das autoridades sanitárias. 
 A documentação exigida para o funcionamento do estabelecimento deverá 
permanecer disponível de forma ordenada e permanente, para fins de verificação 
fiscalizatória. 
 
Estão sujeitos à inspeção antes da concessão da LSF inicial: 
I - os hospitais e as clínicas com internação de natureza privada; 
II - As farmácias com manipulação; 
III - os estabelecimentos de comércio varejista e atacadista, transporte e distribuição de 
medicamentos, produtos farmacêuticos e produtos de interesse à saúde; 
IV - As clínicas de terapia renal substitutiva; 
V - Os serviços de radioterapia e radioisótopos de natureza privada 
Quando do requerimento da licença inicial e considerando o risco associado àsatividades 
previstas anteriormente será emitido, previamente à concessão da LSF, protocolo 
numerado atestando que o estabelecimento encontra-se em processo para a obtenção do 
licenciamento, por meio do status AGUARDANDO INSPEÇÃO PARA LICENCIAMENTO 
SANITÁRIO INICIAL. 
O status mencionado autoriza o funcionamento provisório do estabelecimento, observados 
todos os dispositivos técnicos relativos ao seu funcionamento e demais condicionantes 
destinadas à proteção e à defesa da saúde pública. 
 
Licenciamento Sanitário Municipal Simplificado (LSS) 
 
É um procedimento simplificado via internet de concessão de licença pela Vigilância 
Sanitária aos estabelecimentos que exerçam atividades consideradas de baixo risco. Todo 
o processo de licenciamento sanitário poderá ser realizado de forma eletrônica, desde o 
48 
 
requerimento inicial até a emissão da licença, incluída a impressão da guia para 
pagamento da Taxa de Inspeção Sanitária-TIS, sem necessidade de comparecimento à 
Vigilância Sanitária – VISA. Foi abolida, também, a necessidade de inspeção prévia. 
 
A Licença Sanitária Simplificada pode ser concedida via WEB, através do Portal Carioca 
Digital. Nele, o requerente deverá informar primeiramente o número da Inscrição Municipal 
e o CNPJ/CPF. Serão exibidas, então, todas as atividades licenciadas no Alvará, para que 
o requerente selecione para qual(is) atividades(s) deseja obter o licenciamento sanitário 
simplificado. A partir das atividades selecionadas, será apresentado o Roteiro de Auto-
Inspeção pertinente. O requerente responderá às perguntas apresentadas, lembrando que 
é possível salvar o roteiro como rascunho. Após o preenchimento, o sistema irá gerar um 
número de protocolo e o roteiro ficará aguardando a avaliação pela Vigilância Sanitária. 
 
Será possível que o requerente consulte a qualquer momento, através deste Portal, o 
andamento da sua solicitação, informando o número do protocolo ou inscrição municipal ou 
CNPJ/CPF. 
 
A Vigilância Sanitária irá avaliar o roteiro preenchido e, em caso de deferimento, o 
requerente poderá imprimir a licença através deste Portal. 
 
Taxa de Inspeção Sanitária - TIS 
 
Para emissão da Licença Sanitária Simplificada não é necessário o prévio pagamento da 
Taxa de Inspeção Sanitária-TIS. Porém, o requerente terá quinze dias, a partir da emissão 
do Alvará, para impressão e recolhimento da guia inicial no site da Secretaria Municipal de 
Fazenda, sem incidência de juros e multa. Para isso bastará informar, no momento do 
cadastro para o Licenciamento Sanitário Simplificado, a metragem do estabelecimento, 
utilizando como referência o carnê do IPTU ou qualquer outro documento oficial. A 
conferência dos dados informados será feita na primeira vistoria pela Vigilância Sanitária. A 
TIS é paga anualmente, sendo encaminhada via correio ou retirada pela internet no site da 
Secretaria Municipal de Fazenda. 
O não recolhimento da TIS implica em inscrição na Dívida Ativa Municipal. 
 
3.11 - Licença Ambiental 
O licenciamento ambiental é uma exigência legal a que estão sujeitos todos os 
empreendimentos ou atividades que empregam recursos naturais ou que possam causar 
algum tipo de poluição ou degradação ao meio ambiente. É um procedimento 
administrativo pelo qual é autorizada a localização, instalação, ampliação e operação 
destes empreendimentos e/ou atividades. 
 
O Licenciamento ambiental é um dos instrumentos da Política Nacional de Meio 
Ambiente. O objetivo do licenciamento é a compatibilizar o desenvolvimento econômico-
social com um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Para isso, a construção, 
http://www2.rio.rj.gov.br/smf/darmtis/
http://www2.rio.rj.gov.br/smf/darmtis/
http://www2.rio.rj.gov.br/smf/darmtis/
http://www2.rio.rj.gov.br/smf/darmtis/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6938.htm
49 
 
instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de 
recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer 
forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental. 
 
De acordo com o grau de risco e complexidade, a licença ambiental poderá ser de 
competência da União - IBAMA, do Estado - INEA ou ainda do Município – Prefeitura 
Munucipal. 
 
O licenciamento ambiental é inexigível para as atividades listadas no Anexo I 
da RESOLUÇÃO INEA Nº 217 DE 05 DE MAIO DE 2021. 
 
Art. 3 do Decreto 8437 de 22/04/2015. Sem prejuízo das disposições contidas no art. 
7 º, caput , inciso XIV, alíneas “a” a “g”, da Lei Complementar nº 140, de 2011 , serão 
licenciados pelo órgão ambiental federal competente os seguintes empreendimentos ou 
atividades: 
I - rodovias federais: 
a) implantação; 
b) pavimentação e ampliação de capacidade com extensão igual ou superior a 
duzentos quilômetros; 
c) regularização ambiental de rodovias pavimentadas, podendo ser contemplada a 
autorização para as atividades de manutenção, conservação, recuperação, restauração, 
ampliação de capacidade e melhoramento; e 
d) atividades de manutenção, conservação, recuperação, restauração e 
melhoramento em rodovias federais regularizadas; 
II - ferrovias federais: 
a) implantação; 
b) ampliação de capacidade; e 
c) regularização ambiental de ferrovias federais; 
III - hidrovias federais: 
a) implantação; e 
b) ampliação de capacidade cujo somatório dos trechos de intervenções seja igual ou 
superior a duzentos quilômetros de extensão; 
IV - portos organizados, exceto as instalações portuárias que movimentem carga em 
volume inferior a 450.000 TEU /ano ou a 15.000.000 ton/ano; 
V - terminais de uso privado e instalações portuárias que movimentem carga em 
volume superior a 450.000 TEU /ano ou a 15.000.000 ton/ano; 
VI - exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos 
nas seguintes hipóteses: 
a) exploração e avaliação de jazidas, compreendendo as atividades de aquisição 
sísmica, coleta de dados de fundo (piston core), perfuração de poços e teste de longa 
duração quando realizadas no ambiente marinho e em zona de transição terra-mar 
(offshore); 
https://services-carioca.rio.rj.gov.br/documents/10279/1102162458/d5-2021/803da4b9-4d09-6e96-140e-d5a1a8d1e30c
https://services-carioca.rio.rj.gov.br/documents/10279/1102162458/d5-2021/803da4b9-4d09-6e96-140e-d5a1a8d1e30c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp140.htm#art7xiva
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp140.htm#art7xiva
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp140.htm#art7xiva
50 
 
b) produção, compreendendo as atividades de perfuração de poços, implantação de 
sistemas de produção e escoamento, quando realizada no ambiente marinho e em zona de 
transição terra-mar (offshore ); e 
c) produção, quando realizada a partir de recurso não convencional de petróleo e gás 
natural, em ambiente marinho e em zona de transição terra-mar (offshore) ou terrestre 
(onshore), compreendendo as atividades de perfuração de poços, fraturamento hidráulico 
e implantação de sistemas de produção e escoamento; e 
VII - sistemas de geração e transmissão de energia elétrica, quais sejam: 
a) usinas hidrelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos 
megawatt; 
b) usinas termelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos 
megawatt; e 
c) usinas eólicas, no caso de empreendimentos e atividades offshore e zona de 
transição terra-mar. 
 
§ 1 º O disposto nas alíneas “a” e “b” do inciso I do caput , em qualquer extensão, 
não se aplica nos casos de contornos e acessos rodoviários, anéis viários e travessias 
urbanas. 
 
§ 2 º O disposto no inciso II do caput não se aplica nos casos de implantação e 
ampliação de pátios ferroviários, melhoramentos de ferrovias, implantação e ampliação de 
estruturas de apoio de ferrovias, ramais e contornos ferroviários. 
 
§ 3 º A competênciapara o licenciamento será da União quando caracterizadas 
situações que comprometam a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético, 
reconhecidas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE, ou a necessidade 
de sistemas de transmissão de energia elétrica associados a empreendimentos 
estratégicos, indicada pelo Conselho Nacional de Política Energética - CNPE. 
 
O licenciamento ambiental federal ordinário de atividades e de empreendimentos 
compreende as seguintes etapas: 
abertura de processo; 
triagem e enquadramento; 
definição de escopo; 
elaboração do estudo ambiental; 
requerimento de licença; 
análise técnica; 
decisão; 
pagamento; 
acompanhamento. 
 
INEA 
51 
 
A Lei federal 6.938/81 atribuiu aos ESTADOS a competência de licenciar as atividades 
localizadas em seus limites regionais. Assim, no Rio de Janeiro, o órgão responsável pelo 
licenciamento é o INEA. No entanto, os órgãos estaduais, de acordo com a Resolução 
CONAMA 237/97, podem delegar esta competência, em casos de atividades com impactos 
ambientais locais, aos municípios. 
O § 2º Resolução CONEMA Nº 92 de 24/06/2021, determina que: Poderá o INEA delegar 
aos municípios, excepcionalmente, o controle ambiental envolvendo as hipóteses previstas 
no § 1º deste artigo, bem como os empreendimentos e as atividades não listados no Anexo 
I, nos termos do art. 5º da Lei Complementar nº 140/2011. 
Procedimento para licenciar o empreendimento no INEA 
Para obter o licenciamento ambiental do INEA: 
O Portal do Licenciamento substituiu o aplicativo Inea Licenciamento e é o único meio para 
fazer o enquadramento do empreendimento ou atividade e dar entrada no processo de 
licenciamento ambiental no Inea. 
 
Site: http://portallicenciamento.inea.rj.gov.br/requerente/login 
Criar login e senha 
Preencher o requerimento de solicitação 
Lá você poderá, além de preencher a solicitação, consultar se o(os) CNAE(s) da empresa 
está(ão) sujeito(s) ao licenciamento estadual, obter a declaração de inexibilidade e 
encontrar a legislação e os documentos necessários para o licenciamento de atividades 
específicas. 
 
 
PREFEITURAS 
No município do Rio de Janeiro 
Desde 25 de agosto de 2021, as atividades licenciadas ambientalmente pelos municípios 
do Estado do Rio de Janeiro são definidas de acordo com a Resolução Conema 92/2021, 
que dispõe sobre as atividades que causam ou possam causar impacto ambiental local. 
 
Em 20/06/2022, foi publicada a Resolução Conema 95, que alterou a Resolução 92, 
adotando a Norma Operacional INEA 46 (NOP-Inea-46), que trata do enquadramento de 
empreendimentos e atividades sujeitos ao licenciamento ambiental, como norma de 
referência para estabelecer a classe de impacto ambiental, conforme seu novo Anexo I 
 
A resolução CONEMA 92 de 24 de junho de 2021 atribui aos municípios a competência 
para licenciar atividades constantes em seu anexo I. De acordo com a Resolução: 
 
§ 1º do Art 1. O ente municipal não será considerado originariamente competente para 
promover o licenciamento e demais instrumentos de controle ambiental de 
empreendimentos ou atividades: 
I – Localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais municípios; 
http://portallicenciamento.inea.rj.gov.br/requerente/login
52 
 
II – Localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação do Estado ou da União, 
exceto em Áreas de Proteção Ambiental – APA; 
III – sujeitos à elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de 
Impacto Ambiental – EIA/Rima; ou 
IV – Localizados no mesmo complexo ou unidade e diretamente ligados ao essencial 
desenvolvimento de empreendimento ou atividade listados abaixo ou sujeitos à elaboração 
de EIA/Rima ou Relatório Ambiental Simplificado – RAS cuja competência para 
licenciamento compete a outro ente federativo: 
a) complexos portuários, aeroportuários e terminais de minério, petróleo e produtos 
químicos; 
b) aterros sanitários e industriais; e 
c) complexos ou unidades petroquímicas, cloroquímicas e siderúrgicas. 
 
O licenciamento Ambiental será fornecido pelos Municípios do Estado do Rio de 
Janeiro em casos específicos e determinados nos quais o impacto ambiental seja local e o 
empreendimento classificado como insignificante, baixo e médio potencial poluidor. 
Para os empreendimentos de Classe 1, ou seja, aqueles com potencial poluidor 
insignificante e com porte mínimo ou pequeno, a licença ambiental é inexigível. 
Para concessão da Licença Ambiental deverá ser comprovada pelo empreendedor a 
conformidade do empreendimento ou atividade à legislação municipal de uso e ocupação 
do solo, mediante certidão ou declaração expedida pelo município. 
 
No município do Rio de Janeiro – 
DECRETO Nº 40722 DE 8 DE OUTUBRO DE 2015 
Licenciamento Ambiental Municipal Simplificado (LMS) – Rio de Janeiro 
Procedimento criado para atender as atividades de pequeno porte sujeitas a Licenciamento 
Ambiental que apresentem baixo potencial de impacto e cujas medidas de controle são de 
simples implementação. (Resolução SMAC nº 461/09) 
 
O Requerimento é feito através do site da Prefeitura do Rio 
 
É necessário contar com um profissional legalmente habilitado junto aos Conselhos 
Regionais (CREA, CRQ e CRBIO) que preencha o Formulário de Caracterização Ambiental 
(FCA), e recolha a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou documento similar do 
Conselho Regional de sua profissão. 
O requerimento preenchido pela internet, juntamente com o Formulário de 
Caracterização Ambiental (FCA) e o Termo de Responsabilidade Ambiental (TRA) formarão 
um processo na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), devendo o responsável 
técnico comparecer à Coordenadoria Geral de Controle Ambiental para a assinatura do 
FCA. No caso do profissional ser do sistema CREA, tal assinatura será dispensada, visto 
que a autoria do trabalho será comprovada pela ART. 
O requerente receberá, através do endereço eletrônico fornecido no momento do 
requerimento da licença ambiental, aviso sobre a necessidade de esclarecimentos ou 
53 
 
informando o deferimento da Licença requerida, que deverá ser retirada na Coordenadoria 
Geral de Controle Ambiental. O responsável legal pela atividade, no momento da retirada 
da Licença, assinará o Termo de Responsabilidade Ambiental. 
 
A licença deve ser solicitada logo após a emissão do Alvará. 
 
3.12 – Utilizando o Redesim 
A Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e 
Negócios - Redesim foi criada pelo Governo Federal por meio da Lei Nº 11.598, de 3 de 
dezembro de 2007. 
 
A Redesim é uma rede de sistemas informatizados necessários para registrar e legalizar 
empresas e negócios, tanto no âmbito da União como dos Estados e Municípios. Tem 
como objetivo permitir a padronização dos procedimentos, o aumento da transparência e a 
redução dos custos e dos prazos de abertura de empresas. 
 
Todo esse processo informatizado, linear e único é composto pelos sistemas das 
instituições que dele participam com comunicação automática. Entre os parceiros, 
encontram-se os órgãos de registro (Juntas Comerciais, Cartórios de Registro Civil de 
Pessoas Jurídicas e OAB), as administrações tributárias no âmbito federal, estadual e 
municipal e os órgãos licenciadores, em especial o Corpo de Bombeiros, a Vigilância 
Sanitária e o Meio Ambiente. 
 
Você pode criar sua conta gov.br através do aplicativo gov.br ou pela internet, clicando em 
"Entrar com gov.br". Na tela inicial, digite seu CPF e clique em "Continuar". Caso não 
possua uma conta gov.br, será direcionado para criar uma. 
Você será guiado em todos os passos! Para iniciar, se você tiver CNH ou biometria facial 
no TSE, você fará o reconhecimento facial pelo aplicativo gov.br. Se der tudo certo, sua 
conta já será Ouro ou Prata, e na telinha você verá a mensagem de sucesso. Caso não 
tenha CNH ou biometria no TSE, você poderá criar sua conta por meiode bancos 
credenciados! Assim, sua conta será Prata. Mas, se não for possível criar a conta com 
banco credenciado, você responderá um breve questionário on-line e criaremos uma conta 
Bronze para você! 
PASSO A PASSO – PELO SITE: 
1 – Acessar site oficial: https://acesso.gov.br 
2 – Após digitar seu CPF, clique em “Continuar”; 
3 – Leia, aceite os termos e clique em “Continuar”; 
4 – Nesta etapa você deve escolher: 
A) baixar o aplicativo e continuar o cadastro via reconhecimento facial 
B) continaur sem baixar o aplicativo, clique em selecione a opção “Não tenho celular” 
» seguimos a explicação com a opção B, que vai autenticar o cadastro via banco. 
5 – Aponte um dos bancos para criar a conta ou clique em “Tentar de outra forma”, caso 
você não possua conta em banco ou não queira utilizá-la; 
54 
 
6 – Informe alguns de seus dados, como data de nascimento e nome da mãe, e clique em 
“Confirmar”; 
7 – Confirme alguns de seus dados; 
8 – A plataforma vai enviar um código, que pode ser recebido via e-mail ou celular. Digite-o 
no local indicado; 
9 – Crie uma senha que atenda os critérios exigidos; 
 
1º Passo: Consulta Prévia de Local 
Site: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/ 
Abra sua pessoa jurídica 
Consulta Prévia 
Selecione o Estado 
Selecione o Município de interesse e o órgão de registro 
Inscrição de primeiro estabelecimento 
 
O sistema irá solicitar o número da Consulta Prévia do Município. Caso tenha optado em 
solicitá-la diretamente no portal Carioca Digital, insira o seu número e demais dados 
solicitados. Caso esteja iniciando o processo na Redesim, acione Clique aqui e você será 
encaminhado ao Carioca Digital onde irá preencher os dados. 
 
Solicite sua consulta prévia de endereço através do site Carioca Digital. Após a solicitação, 
aguarde a resposta da análise. Após a aprovação da consulta prévia, confirme o Termo de 
Aceitação através do menu Alvará de Licenças para Estabelecimento, clique na sua 
consulta prévia e acesse a opção “Constituir Empresa”. Leia com atenção e confirme os 
Termos de Aceitação. As auto declarações representam o compromisso do interessado em 
cumprir a norma legal municipal e a veracidade das informações declaradas em sua 
consulta prévia. 
Preencha os campos dos passos 1, 2 e 3, inclusive o formulário de enquadramento do 
Corpo de Bombeiros, aceite o termo de responsabilidade e finalize. Tão logo a consulta 
esteja diferida, inclua o número da mesma no pedido de viabilidade para continuar 
preenchendo os dados. 
 
Receberá a resposta de forma imediata, ou, se a atividade for um pouco mais complexa, 
poderá ser enviada para análise do fiscal. Quando for deferida, relacionará todos os 
documentos necessários à continuação do processo. Se a Consulta Prévia de Local for 
deferida. 
Selecione a opção Constituir Empresa e/ou Solicitar Alvará 
Preencha as AUTO DECLARAÇÕES e selecione a opção “ENVIAR”. É obrigatório o 
preenchimento destas declarações para dar continuidade. 
Envie a solicitação 
 
2 º Passo: Busca de Colidência de nome 
https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/
http://carioca.rio.rj.gov.br/group/guest/carioca
https://carioca.rio/group/guest/alvara-de-licenca-para-estabelecimento
55 
 
Site: https://www.jucerja.rj.gov.br 
REGIN 
Lista de Serviços Regin 
Busca de Colidência de Nome Empresarial 
Preencher o nome desejado 
A resposta é imediata. 
 
3º Passo: Pedido de Viabilidade 
 
Site: https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/ 
Abra sua pessoa jurídica 
Consulta Prévia 
Selecione o Estado 
Selecione o Município de interesse e o órgão de registro 
O sistema irá direcioná-lo para o Site da Jucerja 
Inscrição de primeiro estabelecimento 
 
Nesta etapa deve-se preencher um formulário eletrônico com as informações 
necessárias para abertura de empresa. Tenha em mãos todos os documentos do processo 
de legalização para evitar perda de tempo ou informação incorreta de dados. 
 
A Viabilidade irá verificar a disponibilidade do nome empresarial desejado, o 
enquadramento no Corpo de Bombeiros (como simplificado ou não) e as possíveis 
restrições para obtenção de Inscrição Estadual na SEFAZ RJ. 
No pedido de Viabilidade são solicitados: 
1 – Reserva do nome escolhido 
2 – Inscrição Estadual (Cadastro no ICMS) 
3 - Certificado do Corpo de Bombeiros 
 
 
Reserva de Nome Empresarial 
Escolha três nomes para a empresa que não podem se repetir, e preencha os 
quadros. 
Quando o Pedido de Viabilidade for enviado, o nome ficará reservado por 
aproximadamente 10 dias úteis. Se, durante este prazo não for dado entrada na Jucerja 
para registro do contrato, o prazo da reserva expira. Neste caso é necessário prorrogá-lo. 
 
Site: www.jucerja.rj.gov.br 
 Regin 
 Serviços REGIN 
Consulta de Reserva de Nome Empresarial 
https://www.jucerja.rj.gov.br/
https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/
http://www.jucerja.rj.gov.br/servicos/regin/
56 
 
A renovação da reserva estará disponível durante os dois dias anteriores ao seu 
vencimento. Ex.: Se o vencimento da reserva selecionada é no dia 12, o botão de 
renovação ficará disponível entre os dias 10 e 12. 
Inscrição Estadual 
Os contribuintes registrados na JUCERJA e nos RCPJ conveniados ao integrador 
estadual apresentarão pedido de inscrição exclusivamente por meio dos formulários de 
constituição/legalização disponibilizados pelo REGIN, reduzindo significativamente o prazo 
para concessão de inscrição estadual. As alterações de dados cadastrais registrados 
nesses órgãos ganham também agilidade, passando a ser automaticamente reproduzidas 
no CAD-ICMS (Cadastro de Contribuintes do ICMS). 
Preencha os demais campos disponibilizados e assinale SIM para o item referente a 
pedido de inscrição, se for o caso. 
 
Não há pagamento de taxa para pedido de inscrição estadual quando: 
1. a apresentação seguir o rito simplificado; 
2. se tratar de leiloeiro público e produtor rural pessoa física; 
3. se tratar de entidade da administração pública nos casos de isenção previstos no 
Parágrafo Único do art. 106 do Decreto-Lei n.º 5/75. 
Para efetuar o pagamento da TSE, utilize o Portal de Pagamentos. 
Para consultar os valores das taxas, consulte a Portaria SUAR nº 14/2016 
 
Corpo de Bombeiros 
Na 7ª etapa do pedido de viabilidade, ao clicar no botão “PREENCHER”, você será 
direcionado para o formulário do Corpo de Bombeiros. Este formulário é importante para 
avaliação das medidas de segurança contra incêndio e pânico pelo Corpo de Bombeiros. 
Após preencher o formulário, salve o mesmo clicando no botão “salvar formulário”. Tendo 
concluído o preenchimento do formulário, será possível finalizar a viabilidade. Envie e 
aguarde a liberação da resposta. 
 
Anote o protocolo para que possa ser realizada a consulta do andamento da solicitação; 
 
OBSERVAÇÕES: 
Viabilidades indeferidas ou em processo de análise pela JUCERJA ou pelo Município não 
serão aceitas. 
No caso de a Viabilidade ser indeferida, o contribuinte deverá realizar novo pedido. 
Somente de posse da consulta prévia de local e do pedido de viabilidade deferidos parta 
para o próximo passo. 
 
4º Passo: DBE – Documento Básico de Entrada 
Site www.redesim.gov.br 
Passo 2 – coleta de dados 
Crie sua pessoa jurídica 
http://www.redesim.gov.br/
57 
 
Login e senha 
UF 
Município 
Natureza Jurídica 
Protocolo de Viabilidade 
 
O Documento Básico de Entrada – DBE é o documento utilizado para a prática de 
qualquer ato perante o CNPJ. Ao iniciar a solicitação do DBE, é necessário informar o 
número de protocolo do Pedido de Viabilidade. Os dados serão carregados 
automaticamente para o cadastro de solicitação. 
 
5º Passo: Consultar pedido CNPJ – Impressão do DBE – Documento Básico de 
Entrada 
Site: www.redesim.gov.br 
Consulta Prévia 
Acompanhar protocolo Redesim 
Número do protocolo 
Aguarde a validação após o envio, acesse o site para acompanhamentoda sua 
solicitação via Internet, digite o seu protocolo e clique em "Consultar". 
6º Passo: Guia Bancária 
Site www.jucerja.rj.gov.br 
Serviços 
Guia Bancária 
Gerar Boleto 
Para protocolar o pedido será necessário informar o número de um ou mais boletos 
pagos, gerados no portal web da JUCERJA. Importante destacar que somente poderão ser 
informados números de boletos pagos. 
Você também poderá acessar o protocolo Web e preencher as primeiras 
informações para registro. O campo para gerar a guia irá aparecer. 
 
7º Passo: Registro na Junta Comercial – Protocolo WEB 
Site: www.jucerja.rj.gov.br 
Protocolo WEB 
Começar o protocolo Web 
Usuário e senha 
Concordar com o texto 
Empresas 
Abertura 
Escolher o tipo de protocolo com assinatura digital 
Prosseguir 
 
http://www.redesim.gov.br/
http://www.jucerja.rj.gov.br/
http://www.jucerja.rj.gov.br/
58 
 
O sistema irá pedir o número do protocolo Redesim 
Após a geração do protocolo, aguarde o resultado do julgamento do mesmo. No processo 
com assinatura digital será obrigatório anexar as imagens. Nessa opção, a pessoa que 
abrir o protocolo deverá assinar digitalmente as imagens. 
Para acompanhar o protocolo WEB 
Site: www.jucerja.rj.gov.br 
Protocolo WEB 
Começar o protocolo Web 
Usuário e senha 
Concordar com o texto 
Consulta e gestão de protocolos 
Número do protocolo Redesim 
Pesquisar 
O sistema irá mostrar o status do protocolo, isto é: se está em exigência, 
aguardando análise ou finalizado. 
 
8º Passo: Alvará 
Site: http://carioca.rio.rj.gov.br/ 
Login, senha e caracteres 
Alvará Consulta prévia 
Alvará de Licença para estabelecimento 
Marcar a consulta prévia deferida 
Constituir empresa e/ou solicitar Alvará 
 
No município do Rio de Janeiro, quando o documento de constituição da empresa for 
registrado pela junta comercial, retorne ao portal Carioca Digital, acesse a CPL deferida, 
imprima a guia referente à taxa de Licença de Funcionamento, pague-a e posteriormente 
retorne ao Portal para imprimir seu Alvará, se o processo for simplificado, caso contrário, 
dê continuidade ao processo de obtenção do Alvará presencial. Se a empresa estiver 
localizada em outro município, inicie o requerimento do Alvará diretamente na Prefeitura 
local. 
Dar continuidade aos demais documentos como Certificado do Corpo de Bombeiros, 
Vigilância Sanitária, Licença Ambiental, etc. 
 
A consulta às regras de licenciamento deve ser realizada antes da abertura da Pessoa 
Jurídica. Desta fora, o empreendedor saberá quais são as exigências dos órgãos 
licenciadores para as atividades que ele pretende desenvolver. 
http://www.jucerja.rj.gov.br/
http://carioca.rio.rj.gov.br/
59 
 
Após o registro e a obtenção das inscrições tributárias, o empreendedor deve acessar 
novamente o sistema e selecionar o item “Licencie sua Pessoa Jurídica” para prestar 
informações mais detalhadas para as licenças específicas do Estado e do Município. A 
pessoa jurídica estará apta a operar assim que as licenças relativas às atividades a serem 
exercidas estiverem ativas.deverá instruir o processo ou ser arquivada em separado, 
simultaneamente com o contrato. 
 
A Lei 13146 que instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabeleceu novos 
instrumentos legais, que visam, no seu conjunto, proporcionar igualdade, acessibilidade, o 
respeito pela dignidade e autonomia individual, o que inclui a liberdade de fazer suas 
próprias escolhas. 
Inovações da Lei 13.146/2015: 
A Lei 13146 que instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabeleceu novos 
instrumentos legais, que visam, no seu conjunto, proporcionar igualdade, acessibilidade, o 
respeito pela dignidade e autonomia individual, o que inclui a liberdade de fazer suas 
próprias escolhas. 
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo 
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais 
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de 
condições com as demais pessoas. 
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade 
legal em igualdade de condições com as demais pessoas. 
§ 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a 
lei. 
§ 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão 
apoiada. 
http://audtecgestao.com.br/capa.asp?infoid=5727
6 
 
§ 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva 
extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o 
menor tempo possível. 
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza 
patrimonial e negocial. 
Processo de “tomada de decisão apoiada”, ou seja, “o processo pelo qual a pessoa com 
deficiência elege pelo menos duas pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e 
que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da 
vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa 
exercer sua capacidade” (artigo 1.783A do Código Civil, introduzido pelo EPD). 
Art 1783A CC 
§ 1º Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os 
apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e 
os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeito à 
vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar. 
§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz, assistido 
por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o 
requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio. 
 
Imigrantes 
A Lei de Migração (Lei nº 13.445/2017) alterou o termo utilizado para descrever os 
cidadãos que vem de outros países. Os estrangeiros, enquanto estiverem em território 
brasileiro, trabalhando ou residindo, são denominados como imigrantes. Além disso, o visto 
permanente deixou de existir e o temporário passou abranger os cidadãos que têm 
intenção de morar e trabalhar no Brasil com diversas finalidades, incluindo o exercício da 
atividade empresarial. 
De acordo com a IN DREI 81: 
Art. 11. O arquivamento de ato de empresário individual, sociedade empresária e 
cooperativa do qual conste participação de imigrante no Brasil será instruído 
obrigatoriamente com a fotocópia do documento de identidade, emitido por autoridade 
brasileira, com a comprovação da condição de residente, admitindo-se, ainda, o RNE* 
(Registro Nacional de Estrangeiros) válido para esse fim. (Redação dada pela Instrução 
Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022) 
§ 1º Os portugueses no Brasil, nos termos do Tratado de Amizade, Cooperação e 
Consulta, entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa, promulgado 
pelo Decreto nº 3.927, de 19 de setembro de 2001, gozarão dos mesmos direitos e estarão 
sujeitos aos mesmos deveres dos brasileiros e deles será exigido documento de identidade 
de modelo igual ao do brasileiro, com a menção da nacionalidade do portador e referência 
ao Tratado. 
§ 2º Não expedido o documento de identidade do imigrante, este poderá apresentar o 
documento comprobatório de sua solicitação à autoridade competente, acompanhado de 
documento de viagem válido ou de outro documento de identificação estabelecido em ato 
do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13445.htm
7 
 
§ 3º Será admitida a apresentação da fotocópia de identidade do imigrante com prazo de 
validade vencida, se houver ato normativo expedido pelo Ministério da Justiça e Segurança 
Pública que prorrogue o prazo de validade do referido documento, cabendo ao interessado 
comprovar a existência do ato normativo que contemple o seu caso concreto. (Incluído 
pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022) 
Art. 17. Para os fins desta Instrução Normativa, ao refugiado, bem como ao solicitante de 
reconhecimento da condição de refugiado, nos termos da Lei nº 9.474, de 22 de julho de 
1997, aplica-se o regramento previsto para os imigrantes, mediante apresentação do 
protocolo de solicitação de refúgio ou Documento Provisório de Registro Nacional 
Migratório, nos termos do Decreto nº 9.277, de 5 de fevereiro de 2018. 
 
Restrições e impedimentos ao estrangeiro 
Para o arquivamento de atos que conste participação de estrangeiros residentes e 
domiciliados no Brasil, pessoas físicas, brasileiras ou estrangeiras, residentes e 
domiciliadas no exterior e pessoas jurídicas com sede no exterior, é necessário observar a 
tabela de restrições constante dos manuais de registro. São exemplo deatividades com 
restrições: empresa de navegação e cabotagem, empresa jornalística e empresa de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens, empresa de mineração e energia elétrica, etc. 
 
1.3.2. Impedimentos para ser sócio 
Não podem ser sócios de sociedade limitada a pessoa impedida por norma constitucional 
ou por lei especial (vide Instrução Normativa DNRC nº 76, de 28/12/1998), observando-se, 
ainda, que: 
• português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, 
comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode participar de sociedade 
limitada, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens; 
• os cônjuges casados em regime de comunhão universal de bens ou de separação 
obrigatória, não podem ser sócios entre si, ou com terceiros; 
• pessoa jurídica brasileira: 
- em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens, exceto partido 
político e sociedade cujo capital pertença exclusiva e nominalmente a brasileiros e desde 
que essa participação se efetue através de capital sem direito a voto e não exceda a 30% 
do capital social; 
 
1.3.3 - Impedimentos para ser administrador 
 Não pode ser administrador de sociedade limitada a pessoa: 
 a) Os incapazes e relativamente capazes 
 b) Pessoa Jurídica 
 c) Condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos 
públicos; por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; 
contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de 
8 
 
defesa da concorrência, contra relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, 
enquanto perdurarem os efeitos da condenação; 
d) Impedidos por norma constitucional ou por lei especial: 
Brasileiro naturalizado há menos de 10 anos: 
Em empresa jornalística e de radiodifusão sonora e radiodifusão de sons e imagens; 
Imigrante: 
 - Em empresa jornalística de qualquer espécie, de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens; 
 - Em pessoa jurídica que seja titular de direito real sobre imóvel rural na Faixa de 
Fronteira (150 Km de largura ao longo das fronteiras terrestres), salvo com assentimento 
prévio do órgão competente;- Português, no gozo dos direitos e obrigações previstos no Estatuto da Igualdade, 
comprovado mediante Portaria do Ministério da Justiça, pode ser administrador de 
sociedade limitada, exceto na hipótese de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e 
de sons e imagens; 
e) Funcionários públicos federal civil ou militar da ativa. Em relação ao funcionário estadual 
e municipal, observar as respectivas legislações. 
f) Chefes do Poder Executivo, federal, estadual ou municipal; 
g) Magistrados; 
h) Membros do Ministério Público dos Estados, conforme a Constituição respectiva; 
i) Falidos, enquanto não forem legalmente reabilitados; 
j) Leiloeiros; 
k) O cônsul, no seu distrito, salvo o não remunerado; 
l) Os membros do Ministério Público da União, que compreende: 
Ministério Público Federal; 
Ministério Público do Trabalho; 
Ministério Público Militar; 
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
 
Art. 972 do Código Civil 
Funcionários Públicos, membros da magistratura e do Ministério Público, não podem ser 
empresários individuais, nem diretores ou controladores de sociedades empresariais, 
podem ser cotistas ou acionistas; Militares da ativa, constitui crime militar, e outros... 
 
1.4. - Documentos e providências necessárias 
1.4.1 – Principais pontos de observação 
Sempre que for tomada a decisão por empreender um negócio, alguns cuidados e 
precauções devem ser tomadas no que diz respeito à viabilidade para sua legalização. É 
importante lembrar que cada estado ou município pode ter particularidades que devem ser 
observadas. Vejamos alguns exemplos destes cuidados: 
 Verificar sempre se os nomes constantes nos documentos de identificação dos futuros 
titulares ou sócios conferem com os registros de CPF. 
9 
 
 Verificar na Prefeitura, ou na Regional da Prefeitura se há exigência de que o IPTU do 
imóvel, que será a sede da empresa, esteja regularizado para que seja emitido o Alvará. 
 No caso de serem instaladas cadeiras na calçada, será necessário verificar o que 
determina a legislação local sobre o licenciamneto das mesmas (no município do Rio de 
Janeiro o requerimento é feito no portal da prefeitura “Carioca Digital”. 
 Se a atividade envolver prestação de serviços cuja profissão seja regulamentada, 
verificar as exigências e formalidades do Conselho Regional quanto à elaboração do 
Contrato Social, formação societária e responsabilidades técnicas. 
De acordo com a IN DREI 81, 
§ 1º A constituição, alteração ou extinção de empresário individual, sociedade empresária 
e cooperativa sujeitos a controle de órgão de fiscalização de exercício profissional não 
depende de aprovação prévia desse órgão para arquivamento do respectivo ato na Junta 
Comercial. (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 
2022) 
 Sempre que ocorrer nomeação de Responsável Técnico, em qualquer instrumento 
submetido à Junta Comercial para registro, o nomeado deve manifestar expressamente a 
sua concordância, devendo sua firma ser devidamente reconhecida. 
 Atividades sujeitas a aprovação de órgãos e entidades governamentais - algumas 
atividades dependem de aprovação prévia para seu funcionamento, contudo, não são 
passíveis de exigências quando da análise do registro pelas Juntas Comerciais, conforme 
parágrafo único do art. 35 da Lei nº 8.934, de 1994, devendo, portanto, ser observada a 
respectiva legislação. São exemplos destas atividades: operadoras de planos de sáude, 
seguradoras, sociedades de crédito, bancos, vigilância patrimonial, escolta armada, entre 
outras. 
 Observar também na Prefeitura, ou na Regional da Prefeitura o funcionamento do 
licenciamento para instalação de letreiros. Existem dois tipos de letreiros: 
Letreiros do tipo indicativo - são aqueles que visam apenas veicular a mensagem 
indicativa do estabelecimento. 
Letreiros do tipo publicitário - são aqueles que veiculam mensagem além da indicação 
do estabelecimento, publicidade ou atividade de terceiros. 
 
No município do Rio de Janeiro 
Processo Simplificado (Decreto Rio Nº 40712 de 8/10/15) somente para letreiros 
indicativos. 
Art. 1º Ficam simplificados, nos termos previstos neste Decreto, os procedimentos para 
exibição de letreiros indicativos instalados: 
I — No plano da fachada da edificação; 
II — Perpendiculares à fachada da edificação; 
III — sob marquise, desde que não afixado nesta; 
IV — Diretamente no solo ou piso situado no interior de propriedade particular, somente 
em imóveis localizados na Zona de Preservação Paisagística e Ambiental 1 (ZPPA-1) e na 
Zona de Preservação Paisagística e Ambiental 2 (ZPPA-2). 
10 
 
I — ZPPA-1: Caju, Gamboa, Saúde, Santo Cristo, Centro, Botafogo, Catete, Cosme Velho, 
Flamengo, Glória, Humaitá, Laranjeiras, Urca, Copacabana, Leme, Gávea, Ipanema, 
Jardim Botânico, Lagoa, Leblon, São Conrado e Vidigal; 
II — ZPPA-2: Catumbi, Estácio, Cidade Nova, Rio Comprido Tijuca, Praça da Bandeira, 
Alto da Boa Vista, Vila Isabel, Andaraí, Grajaú, Maracanã e Santa Teresa. 
 
Processo não simplificado 
Quando a publicidade for instalada em cobertura ou telhado possuir área superior a 20 m2, 
ou vier a ser instalado (em local diferente de piso ou solo) nas ZPPA, será necessário a 
apresentação de projeto em três vias assinadas pelo requerente, preferencialmente em 
formato A4 ou A3, contendo título e mencionando todas as características dos anúncios, 
tais como: pronto de instalação, tipo de material, iluminação, número de faces com as 
respectivas mensagens, endereço da instalação, planta de fachada, corte e situação com 
todas as cotas indispensáveis à análise fiscal, assinatura e número de inscrição no CREA 
do profissional responsável pela segurança do engenho. Exceto para as propagandas 
veiculadas nas áreas de preservação paisagística (decretos 35.507, de 27 de abril de 
2012, e do Dec. nº 36.108, de 9 de agosto de 2012) 
 
1.4.2 - Autenticação de cópias de documentos 
1.4.2.1 – Reconhecimento de firma e autenticações 
A Lei 13.726 de 08/10/2018 instituiu a Racionalização de atos e procedimentos 
administrativos dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e 
instituiu o Selo de Desburocratização e Simplificação. 
 
INSTRUÇÃO NORMATIVA DREI Nº 81, DE 10 DE JUNHO DE 2020. 
Art. 28. Os atos apresentados a arquivamento são dispensados de: 
I - Reconhecimento de firma; e (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 
de junho de 2021) 
II - Autenticação de cópia de documento pelo cartório, que deverá, quando o ato exigir o 
original, ser realizada pelo: (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de 
junho de 2021) 
a) servidor da Junta Comercial, mediante a comparação entre o original e a cópia; ou 
b) pelo advogado, contador ou técnico em contabilidade da parte interessada, mediante o 
modelo de declaração constante do anexo VII. 
§ 1º Considera-se advogado, contador ou técnico em contabilidade da parte interessada o 
profissional que assinar o requerimento do ato levado a registro. 
§ 2º A declaração de autenticidade de que trata a alínea "b" do inciso II do caput deste 
artigo poderá ser feita: 
I - Em documento separado, com a devida especificação e quantidade de folhas do(s) 
documento(s) declarado(s) autêntico(s); ou 
II - Na(s) própria(s) folha(s) do(s) documento(s). § 3º Juntamente com a declaração de 
autenticidade deve ser apresentada cópia simples da carteira profissional ou certidão de 
regularidade, emitida através do respectivo Conselho. 
11 
 
Art. 29. A dispensa de que trata o artigo anterior somente não será cabível quando a Junta 
Comercial apresentar justificativa plausível, devidamente fundamentada. 
 
1.4.2.2 - Procurações 
De acordo com a IN DREI 81: 
Art. 12. A pessoa física, brasileira ou estrangeira, residente no exterior, que seja 
Empresário individual, administrador ou sócio de sociedade empresária, associado de 
cooperativadeverá instruir o ato empresarial a ser arquivado ou arquivar em processo 
autônomo, procuração outorgada ao seu representante no Brasil, observada a legislação 
que rege o respectivo tipo societário. Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 
112, de 20 de janeiro de 2022) 
§ 1º A pessoa jurídica com sede no exterior que seja sócia de sociedade empresária ou 
associada de cooperativa também se sujeita à regra do caput, e nesse caso deverá 
apresentar prova de sua constituição e de sua existência legal. Redação dada pela 
Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022) 
§ 2º O estrangeiro domiciliado no exterior e de passagem pelo Brasil poderá firmar a 
procuração prevista no caput deste artigo, por instrumento particular ou público, ficando, 
na segunda hipótese, dispensada a apresentação de seu documento de identidade perante 
a Junta Comercial. 
§ 3º A procuração a que se refere o caput deste artigo presume-se por prazo 
indeterminado quando não seja indicada sua validade. 
Art. 14. A Junta Comercial, para o arquivamento de ato com a participação de estrangeiro, 
pessoa física ou jurídica, deverá verificar se a atividade empresarial não se inclui nas 
restrições e impedimentos constantes de tabela própria nos Manuais de Registro, anexos a 
esta Instrução. 
OBS: Reconhecimento de firma - A procuração lavrada por instrumento particular deve ser 
apresentada com a assinatura reconhecida por Tabelião (grifo nosso). 
 
1.4.2.3 - Documentos vindos do Exterior 
De acordo com a IN DREI 81: 
Art. 15. Os documentos oriundos do exterior, inclusive procurações, deverão ser 
autenticados por autoridade consular brasileira, no país de origem, e quando não redigidos 
na língua portuguesa, ser acompanhados de tradução efetuada por tradutor público 
matriculado em qualquer Junta Comercial, exceto o documento de identidade. 
§ 1º Os documentos lavrados em notário francês, dispensa o visto da autoridade consular, 
nos termos dos arts. 28 a 30 do Decreto nº 91.207, de 29 de abril de 1985, mas não 
dispensa a respectiva tradução por tradutor público matriculado em qualquer Junta 
Comercial. 
§ 2º A legalização consular de que trata o caput deste artigo fica dispensada no caso dos 
documentos públicos oriundos dos países signatários da Convenção sobre a Eliminação 
da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, celebrada em Haia, 
em 5 de outubro de 1961, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 148, de 6 de julho de 2015 
e promulgada pelo Decreto nº 8.660, 29 de janeiro de 2016. 
12 
 
§ 3º A dispensa a que se refere o parágrafo anterior fica condicionada à comprovação de 
que o documento foi objeto do apostilamento de que trata a referida Convenção, conforme 
Resolução CNJ nº 228, de 22 de junho de 2016. 
Art. 16. Os cidadãos dos países dos Estados Partes do Mercosul, dos Associados e 
Estados que posteriormente venham a aderir e internalizar o Acordo sobre Residência para 
Nacionais dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul – Mercosul e Associados, que 
comprovadamente obtiverem a residência temporária de dois anos, com amparo no 
referido acordo, poderão exercer a atividade empresarial na condição de empresários, 
sócios ou administradores de sociedades empresárias ou cooperativas brasileiras, 
podendo esses atos serem devidamente arquivados na Junta Comercial, consoante a 
legislação vigente, observadas as regras internacionais decorrentes dos Acordos e 
Protocolos firmados no âmbito do Mercosul. 
 
1.4.2.4 - Abertura de filiais de empresas estrangeiras IN DREI 77 15/04/2019 (alterada 
pela IN DREI 88 de 23 de dezembro de 2022) 
Art. 1º A sociedade empresária estrangeira que desejar estabelecer filial, sucursal, agência 
ou estabelecimento no Brasil deverá solicitar autorização de funcionamento ao Governo 
Federal. 
§ 1º Os processos referentes aos pedidos de autorização governamental de que trata esta 
Instrução Normativa serão examinados e decididos pelo Departamento Nacional de 
Registro Empresarial e Integração da Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial 
de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, ressalvados 
os casos em que a legislação específica atribui competência à outrosórgãos do Poder 
Executivo. 
§ 2º A solicitação de que trata o § 1º deverá ser formalizada através do Portal "gov.br" e 
ser instruída com os seguintes documentos: 
I - ato de deliberação sobre o funcionamento de filial, sucursal, agência ou estabelecimento 
no Brasil; 
II - inteiro teor do contrato ou estatuto; 
III - lista de sócios ou acionistas, bem como relação dos membros de todos os órgãos da 
administração, com os nomes, profissões, domicílios e número de cotas ou de ações, salvo 
quando, em decorrência da legislação aplicável no país de origem, for impossível cumprir 
tal exigência; 
IV - prova de achar-se a sociedade constituída conforme a lei do seu país; 
V - ato de deliberação sobre a nomeação do representante no Brasil, acompanhado da 
procuração que lhe dá poderes para aceitar as condições em que é dada a autorização e 
plenos poderes para tratarde quaisquer questões e resolvê-las definitivamente, podendo 
ser demandado e receber citação pela sociedade; 
VI - declaração do representante no Brasil de que aceita as condições em que for dada a 
autorização para funcionamento pelo Governo Federal; 
VII - último balanço; e 
VIII - guia de recolhimento do preço do serviço. 
 
13 
 
Empresários estrangeiros precisam solicitar autorização do governo federal para abertura 
de filiais no Brasil antes do registro na junta comercial. Por meio de um representante legal, 
o pedido pode ser feito no Portal GovBr, após preenchimento de cadastro, criação de uma 
conta e envio da documentação necessária. 
Os documentos digitalizados podem ser enviados para análise da equipe do Drei via 
Internet. Na ausência de algum documento, o interessado será informado, via portal e e-
mail, e terá o prazo de 60 dias para atender às exigências. 
Em caso de aprovação, tanto a autorização quanto os documentos que devem ser 
apresentados à junta comercial são disponibilizados ao usuário no Portal “gov.br”. 
Além do processo de instalação e funcionamento, a filial autorizada a funcionar no Brasil 
poderá, via internet, solicitar autorização para realizar alterações, cancelamento ou mesmo 
dar início à nacionalização da filial. 
 
Roteiro para solicitar autorização: 
Solicitação de autorização → A sociedade empresária estrangeira gera no Portal de 
Serviços o processo de autorização dirigido ao Ministro e faz upload da documentação 
necessária, conforme o caso. 
Análise → O DREI/SGD analisa a documentação e se manifesta pelo Portal de Serviços. 
Caso seja verificada ausência de alguma formalidade legal, o processo será posto em 
exigência. A sociedade é notificada via Portal de Serviços e terá o prazo de até 60 dias 
para apresentar a documentação pendente. 
Cumprimento de exigência → A empresa insere no Portal de Serviços a documentação 
em cumprimento à exigência. 
Análise e deferimento do pleito → O DREI/SGD analisa a nova documentação e se 
manifesta pelo Portal de Serviços. (O processo é encaminhando internamente e decidido 
pelo Ministro, que autorizará o pleito, se for o caso, por meio de Portaria publicada no 
D.O.U.) 
Autenticação da documentação → A documentação será autenticada no próprio Portal 
de Serviços. 
Receber autorização → Será inserido no Portal de Serviços a portaria publicada no 
D.O.U. com a informação de qual documentação deverá ser apresentada na Junta 
Comercial. 
 
1.4.3 Outras Informações Indispensáveis 
 1.4.3.1 – Contrato Social 
O contrato Social, em linhas gerais, estabelece o regime jurídico, as regras para o 
funcionamento, liquidação da Sociedade, e necessita ser registrado no órgão competente. 
Ainda que não exista mágica capaz de garantir o sucesso de uma sociedade, um 
contrato maduramente discutido e que detalheos reais objetivos e limites dos sócios é a 
base de uma sociedade que resiste às turbulências naturais das relações societárias. 
 O contrato social é um documento onde constam as regras e as condições sob as 
quais a empresa funcionará e onde estão estabelecidos os direitos e as obrigações para 
https://www.servicos.gov.br/?utm_source=www.gov.br&utm_medium=gov.br
14 
 
cada um dos proprietários que compõem a sociedade (somente nos casos de sociedades 
com mais de uma pessoa). 
O Contrato Social é o instrumento jurídico de maior relevância dentro da empresa na 
medida em que, na observância da lei, tem o condão de adquirir, resguardar, transferir, 
conservar e/ou modificar direitos entre os sócios. Em outras palavras, o contrato social é a 
ferramenta hábil a proteger a empresa das relações existentes entre ela, seus sócios e 
terceiros. 
O fundamental, em qualquer caso de sociedade, é fugir dos contratos padrão e 
buscar uma consultoria capaz de identificar as necessidades particulares de cada tipo de 
sócio. “Um bom contrato social deve harmonizar os interesses de diferentes parceiros, 
traduzindo-os em um único e equilibrado interesse. 
A participação societária deve ter um início, um meio e um fim e, esse fim será 
menos traumático quanto mais detalhadamente ele estiver contratualmente previsto. “Os 
sócios devem estar conscientizados, desde o início, de que a retirada não é o fim do 
mundo, mas um evento natural e às vezes inevitável ante os desdobramentos possíveis da 
vida societária. O sócio sábio é o que negocia cautelosa e previamente as cláusulas que 
ditam o até quando seu comprometimento é exigível e o como se dará sua despedida”. 
 
De acordo com a IN DREI 81 
Art. 9º-B. Os sistemas ou módulos integradores utilizados pelas Juntas Comerciais deverão 
permitir o arquivamento de instrumentos ou atos elaborados de forma exclusiva pelas 
partes, desde que observadas as disposições legais, prevalecendo, assim, a autonomia 
privada delas. (Incluído pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de junho de 2021) 
 
§ 2º No registro digital, a Junta Comercial não deve exigir a apresentação de instrumento 
padronizado através de normativos próprios, mas pode incentivar o seu uso. (Incluído pela 
Instrução Normativa DREI nº 01, de 24 de janeiro de 2024) 
 
Partes de um Contrato Social 
Preâmbulo - qualificação dos sócios 
Capítulo 1: Sede, Prazo de duração e Denominação 
Capítulo 2: Objeto Social 
Capítulo 3: Capital Social 
Capítulo 4: Administração da Empresa e declaração dos administradores 
Capítulo 5: Exercício Social, Distribuição de Lucros e Demonstrações Financeiros 
Capítulo 6: Cessão ou transferências das cotas e Cessão do Direito de Preferência 
Capítulo 7: Falecimento, interdição, falência, insolvência e exclusão de sócio 
Capítulo 8: Exclusão de sócio 
Capítulo 9: Liquidação da sociedade 
Capítulo 10: Assembleia Geral dos Sócios para deliberações sociais 
Capítulo 11: Disposições Gerais 
 
Obs: 
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contrato_social
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contrato_social
http://www.contabeis.com.br/termos-contabeis/contrato_social
15 
 
Em razão da vedação prevista no Artigo 977 da Lei nº 10.406, de 10.01.2002, é necessário 
que conste o regime de bens do casamento, na qualificação de pessoas físicas casadas 
que sejam sócias cotistas de sociedades empresárias limitadas. No caso do regime de 
separação de bens, deverá constar a espécie da separação (isto é, separação de bens 
convencional, ou separação obrigatória, esta última também chamada separação legal). 
 
1.4.3.2 – Composição do Nome Empresarial 
Não copiar nomes ou marcas já existentes e não confundir nome empresarial com 
nome fantasia. O nome empresarial, que constará no Contrato Social, deverá observar as 
regras de formação próprias de cada tipo. Já o nome fantasia (nome comercial ou de 
fachada) é aquele pelo qual a empresa se torna conhecida do público. Nome empresarial é 
aquele sob o qual o empresário individual, as sociedades empresárias, as cooperativas 
exercem suas atividades e se obrigam nos atos a elas pertinentes. O nome empresarial 
compreende a firma e a denominação. Equipara-se ao nome empresarial a denominação 
das sociedades simples, associações e fundações (Art. 1.155 Código Civil) 
A firma é constituída pelo nome do titular, completo ou abreviado, aditando-lhe, se 
quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. (Art.1.156 CC). 
Art. 1.163 CC. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito 
no mesmo registro. 
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, 
deverá acrescentar designação que o distinga. 
 
De acordo com a IN DREI 81 
Art. 18. O nome empresarial atenderá aos princípios da veracidade e da novidade e 
identificará, quando assim exigir a lei, o tipo jurídico adotado. 
§ 1º O nome empresarial compreende a firma e a denominação. 
§ 2º A firma é composta pelo nome civil, de forma completa ou abreviada. 
§ 3º A denominação é formada por uma ou mais palavras da língua nacional ou 
estrangeira, podendo nela figurar parte do nome de um ou mais sócios, facultada a 
indicação do objeto. (Incluído pela Instrução Normativa DREI nº 01, de 24 de janeiro de 
2024) 
 
Art. 18-A. O empresário individual, a sociedade empresária e a cooperativa podem optar 
por utilizar o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ como 
nome empresarial, seguido da partícula identificadora do tipo societário ou jurídico, quando 
exigida por lei. (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 
2022) 
§ 1º Para os fins da utilização do número do CNPJ como nome empresarial, deve ser 
levado em conta apenas o número raiz, ou seja, os oito primeiros dígitos do CNPJ. 
(Incluído pela Instrução NormativaDREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022) 
§ 2º Quando existir legislação específica sobre a formação do nome empresarial de 
determinado segmento econômico, que seja incompatível com as disposições do caput 
16 
 
deste artigo, não será possível o uso do número do CNPJ como nome empresarial. 
(Incluído pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20de janeiro de 2022) 
§ 3º Não poderá ser utilizado o CNPJ como nome empresarial para as empresas públicas, 
sociedades de economia mista, consórcios, grupos de sociedade e empresas simples de 
crédito. (Incluído pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022) 
 
Art. 19. A expressão “grupo” é de uso exclusivo dos grupos de sociedades organizados, 
mediante convenção, na forma da Lei das Sociedades Anônimas. 
Parágrafo único. Após o arquivamento da convenção do grupo, a sociedade controladora, 
ou de comando, e as filiadas deverão acrescentar aos seus nomes a designação do grupo. 
§ 2º Não há proibição da utilização no nome empresarial do termo “grupo” quando redigido 
em outra língua diferente da portuguesa, desde que possua grafia distinta. (Incluído pela 
Instrução Normativa DREI nº 01, de 24 de janeiro de 2024) 
 
Art. 22. É vedado o registro do nome empresarial: 
I - idêntico a outro já registrado na mesma Junta Comercial; (Redação dada pela Instrução 
Normativa DREI nº 55, de 2 de junho de 2021) 
II - que contiver palavras ou expressões que sejam atentatórias à moral e aos bons 
costumes; 
III - que incluam ou reproduzam, em sua composição, siglas ou denominações de órgãos 
ou entidades da administração pública direta ou indireta ou de organismos internacionais, 
exceto quando for razoável presumir-se que, pelos demais termos contidos no nome, não 
causará confusão ou dúvida; 
IV - com palavras ou expressões que denotem atividade não prevista no objeto; ou 
V - que traga designação de porte ao seu final. 
Parágrafo único. Além dos requisitos legais previstos no caput deste artigo, nenhum outro 
será objeto de análise para efeitos de registro, sendo o seucumprimento de inteira 
responsabilidade do empresário. 
 
Art. 26. No caso de transferência de sede de empresário individual, sociedade empresária 
ou cooperativa com sede em outra unidade federativa, havendo identidade entre nomes 
empresariais, a Junta Comercial não procederá ao arquivamento do ato, salvo se o 
interessado arquivar na Junta Comercial da unidade federativa de destino, 
concomitantemente, ato de modificação de seu nome empresarial. (Redação dada pela 
Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022) 
 
Sociedade Limitada 
A sociedade limitada (de um ou mais sócios) pode usar firma ou denominação, integradas 
pela palavra final “limitada” ou a sua abreviatura. 
A omissão da palavra “limitada” determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos 
administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. 
Exemplo: Bar e Restaurante Estrada Amarela Ltda. 
Sociedade Anônima 
17 
 
A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas 
expressões “sociedade anônima” /SA ou “companhia” /Cia. 
Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja 
concorrido para o bom êxito da formação da empresa. 
Empresário 
O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-
lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. 
Exemplo: José Carlos da Silva Filho Mercearia. 
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no 
mesmo registro. 
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá 
acrescentar designação que o distinga. 
 
Terminações indispensáveis 
Sociedade Limitada – LTDA 
Sociedade Anônima – Sociedade Anônima “S/A” ou Companhia “Cia” 
Cooperativa – Cooperativa 
As Empresas Simples de Crédito – constituídas sob qualquer natureza jurídica, ao lado da 
firma ou denominação deverá constar “Empresa Simples de Crédito” 
As Sociedades de Propósito Específico – ao lado do nome, SPE 
a) se adotar o tipo Sociedade Limitada, a sigla SPE, deverá vir antes da expressão LTDA.; 
b) se adotar o tipo Sociedade Anônima, a sigla SPE deverá vir antes da expressão S/A; 
 
 
1.4.3.3 - Registro Digital 
De acordo com a IN DREI 81: 
Art. 32. As Juntas Comerciais poderão adotar exclusivamente o Registro Digital ou em 
coexistência com os métodos tradicionais. 
Art. 33. O Registro Digital deverá obedecer às normas atinentes ao Registro Público de 
Empresas quanto à publicidade do registro, publicação dos atos, proibições de 
arquivamento, autenticação, exame das formalidades, processo decisório e processo 
revisional, bem como seus respectivos prazos. 
§ 1º No exame das formalidades devem ser verificados os requisitos referentes às 
assinaturas eletrônicas utilizadas, especialmente no que diz respeito a sua validade. 
(Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de junho de 2021) 
 
Art. 36. Os documentos que instruírem obrigatoriamente os pedidos de arquivamento 
eletrônico nas Juntas Comerciais deverão observar o seguinte: 
I – os atos constitutivos, modificativos, extintivos ou outros documentos sujeitos à decisão 
singular ou colegiada, assim como procurações, protocolos, laudos de avaliação, balanços, 
documento de interesse, declarações, ou outros atos empresariais produzidos por meio 
eletrônico, deverão ser assinados eletronicamente pelos seus signatários, com qualquer 
certificado digital emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas 
18 
 
Brasileira – ICP-Brasil ou utilizar qualquer outro meio de comprovação da autoria e 
integridade de documentos em forma eletrônica, nos termos do § 2º do art. 10 da Medida 
Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, e da Lei nº 14.063, de 23 de setembro de 
2020. (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de junho de 2021) 
Art. 40. A Junta Comercial autenticará os atos submetidos ao registro digital, mediante a 
utilização de chancela digital ao final do documento que permita comprovar e certificar a 
autenticidade e que contenha, no mínimo: 
I - identificação da Junta Comercial; 
II - protocolo de registro ou protocolo REDESIM; 
III - número do arquivamento e a respectiva data; 
IV - nome empresarial; 
V - CNPJ da sede, quando disponível; 
VI - data dos efeitos do registro; 
VII - assinatura do Secretário Geral, nos termos do art. 28, V, do Decreto nº 1.800, de 
1996; e 
VIII - sequência alfa numérica e hash. 
Art. 41. Após o registro, a Junta Comercial disponibilizará o ato arquivado ao interessado. 
§ 1º O documento ficará à disposição do interessado no meio eletrônico indicado pela 
Junta Comercial por trinta dias. 
§ 2º A Junta Comercial disponibilizará pela internet meio de verificação da autenticidade 
do documento arquivado independentemente de autenticação de usuário e sem a 
necessidade dopagamento de taxas. 
Art. 42. Os documentos eletrônicos certificados digitalmente por uma Junta Comercial têm 
fé pública perante as demais, inclusive na hipótese do § 1º do art. 38. 
 
Registro automático 
De acordo com a IN DREI 81: 
Art. 43. O arquivamento de ato constitutivo, alteração e extinção de empresário individual, 
sociedade limitada, exceto empresas públicas, bem como transformação de empresário 
individual, ainda que enquadrado como MEI, e constituição de cooperativa, SEI 
19687.103059/2023-18 / pg. 36 Instrução Normativa 1 (39711171) poderá ser deferido de 
forma automática quando: (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 01, de 24 de 
janeiro de 2024) 
I - tenham sido dispensadas ou concluídas as consultas prévias da viabilidade de nome 
empresarial e de localização, quando exigidas; (Redação dada pela Instrução Normativa 
DREI nº 01, de 24 de janeiro de 2024) 
II - o instrumento contiver apenas as cláusulas padronizadas, conforme anexos II, IV e VI 
desta Instrução Normativa; e (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 
de janeiro de 2022) 
III - apresente, de forma física ou digital, os documentos obrigatórios para instrução do 
pedido de arquivamento, conforme anexos II, IV e VI desta Instrução Normativa. (Redação 
dada pela Instrução Normativa DREI nº 112, de 20 de janeiro de 2022) 
 
19 
 
§ 1º O disposto no caput não se aplica para: 
I - casos decorrentes de transformação, incorporação, fusão, cisão ou conversão; 
(Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 01, de 24 de janeiro de 2024) 
II - integralização de capital com quotas de outra sociedade; 
III - casos que houver pessoa incapaz ou representadas, não se admitindo uso de 
procuração e/ou representantes legais, incluindo nessa situação também o sócio pessoa 
jurídica; (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 01, de 24 de janeiro de 2024) 
§ 2º Além das cláusulas obrigatórias que devem constar do instrumento, as partes poderão 
adotar cláusulas opcionais padronizadas, também constantes dos anexos II, III, IV e VI 
desta Instrução Normativa. 
 
 
Deliberação JUCERJA Nº 164 DE 02/05/2024 
 
Estabelece as regras referentes à assinaturas de documentos levados a registro e 
arquivamento no âmbito da JUCERJA. 
 
Art. 1º A presente deliberação tem por objetivo regulamentar a assinatura de documentos 
levados a registro e arquivamento no âmbito da JUCERJA, a fim de garantir a integridade, 
confiabilidade e segurança jurídica. 
§ 1º Para fins da presente deliberação, considera-se requerimento exclusivamente digital 
aquele apresentado pelo próprio usuário pelo Protocolo Web. 
§ 2º Para fins da presente deliberação, considera-se requerimento híbrido aquele que é 
apresentado nas Delegacias da JUCERJA ou unidades de agentes parceiros. 
Art. 2º O requerimento por meio exclusivamente digital pode ser realizado por: 
I - empresário titular; 
II - sócio; 
III - cooperado; 
IV - acionista; 
V - administrador; 
VI - diretor; 
VII - inventariante; 
VIII - profissionaiscontabilistas; 
IX - advogados; e 
X - terceiros interessados. 
§ 1º Aquele que assina o requerimento exclusivamente digital é considerado o seu 
Requerente, sendo responsável pela realização dos procedimentos no Protocolo Web. 
§ 2º A assinatura do requerimento exclusivamente digital deve ser obrigatoriamente por 
meio de certificado digital (A1 ou A3), pelo Bio-Valid (reconhecimento facial) ou através do 
Gov.br (nível prata ou ouro). 
20 
 
§ 3º Não é necessária a apresentação de procuração para assinar o requerimento 
exclusivamente digital. 
Art. 3º Os atos apresentados por requerimento exclusivamente digital poderão contar com: 
I - assinatura física; 
II - assinatura eletrônica avançada; e 
III - assinatura eletrônica qualificada. 
Parágrafo único. Um mesmo ato pode conter mais de um tipo de assinatura. 
Art. 4º Considera-se assinatura eletrônica avançada, para os fins do art. 3º, inciso II, da 
presente deliberação, a que utiliza certificados não emitidos pela ICP-Brasil ou outro meio 
de comprovação da autoria e da integridade de documentos em forma eletrônica. 
Art. 5º Considera-se assinatura eletrônica qualificada, para os fins do art. 3º, inciso III, da 
presente deliberação, a que utiliza certificado digital, nos termos do § 1º do art. 10 da 
Medida Provisória nº 2.200-2 , de 24 de agosto de 2001. 
Art. 6º Os atos apresentados por requerimento exclusivamente digital deverão 
obrigatoriamente ser acompanhados de declaração de autenticidade eletrônica, nos 
moldes do anexo I da presente deliberação. 
§ 1º Fica dispensada a apresentação da declaração prevista no caput os atos cujas 
assinaturas sejam realizadas no sítio eletrônico da JUCERJA, pelo sistema BioValid, 
Gov.br (nível prata e ouro) ou certificado digital (A1 ou A3). 
§ 2º A declaração de autenticidade eletrônica deverá ser firmada obrigatoriamente por 
advogado, contador ou técnico em contabilidade da parte interessada, em documento 
separado, com a devida especificação e quantidade de folhas do (s) documento (s) 
declarado (s) autêntico (s); 
§ 3º Juntamente com a declaração de autenticidade eletrônica deve ser apresentada cópia 
simples da carteira profissional ou certidão de regularidade, emitida através do respectivo 
Conselho. 
§ 4º A JUCERJA poderá automatizar a emissão da declaração de autenticidade eletrônica 
pelo seu próprio sistema, mas a mesma ainda precisará ser assinada eletronicamente por 
advogado, contador ou técnico em contabilidade da parte interessada. 
§ 5º Na hipótese de a JUCERJA ser informada a respeito de irregularidades em 
assinaturas na forma prevista pelo art. 3º, incisos I e II, será realizada a apuração das 
alegações em processo administrativo autônomo. 
Art. 7º Os documentos físicos, digitalizados para apresentação por requerimento 
exclusivamente digital, deverão contar obrigatoriamente com a declaração de veracidade 
por parte do Requerente, sob sua responsabilidade pessoal, na forma do art. 36 , da 
Instrução Normativa DREI nº 81 , de 10 de junho de 2020. 
§ 1º A declaração de veracidade de que trata o caput deste artigo será emitida pelo próprio 
sistema da JUCERJA mediante aceitação por parte do Requerente. 
§ 2º Não há necessidade de apresentação de procuração para a realização da declaração 
21 
 
Art. 8º Fica delegada à Presidência da JUCERJA a competência para autorizar novos 
meios de assinatura digital, mediante portaria, na forma prevista no artigo 11 , § 1º, da Lei 
nº 5.427/2009 . 
 
Unidade 2 – FORMAS DE ATUAÇÃO 
Dependendo da existência ou não do aspecto “econômico da atividade”, se uma 
pessoa desejar atuar individualmente (sem a participação de um ou mais sócios) em algum 
segmento profissional, poderá enquadrar-se como EMPRESÁRIO ou AUTÔNOMO, 
conforme a situação, ou, caso prefira se reunir com uma ou mais pessoas para juntos, 
explorarem alguma atividade, deverão constituir uma sociedade que poderá ser 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA ou SOCIEDADE SIMPLES. 
 
2.1. Autônomo 
Trabalhador autônomo é qualquer pessoa física que, mesmo sem ter um 
estabelecimento e sem ter vínculo de emprego com a pessoa que lhe contrata, preste 
serviço ou execute qualquer atividade de natureza urbana ou rural. Considera-se 
autônomo aquele que atua, por conta própria (sem sócios) como profissional liberal 
(advogado, dentista, médico, engenheiro, arquiteto, contabilista etc.), que, na verdade, 
vendem serviços de natureza intelectual, mesmo que contem com o auxílio de 
empregados. Como não se trata de atividade formal de empresa, não faremos outros 
comentários. 
Regularização do Autônomo 
 Registro da Prefeitura como contribuinte do ISS. (CCM – Cadastro de Contribuinte 
Mobiliário) – No município do Rio, os contribuintes não estabelecidos estão isentos do 
pagamento de ISS (Lei nº 6.310, de 28 de dezembro de 2017). 
 Cadastro no INSS como contribuinte individual (ou nº do PIS) 
 Se estiver estabelecido, Alvará de funcionamento do local. 
 NF (opcional) 
 
No município do Rio, os contribuintes não estabelecidos isentos do pagamento de ISS (Lei 
nº 6.310, de 28 de dezembro de 2017) deverão declarar, no verso do recibo do 
pagamento: "O ISS não incide sobre os serviços prestados pelo profissional autônomo não 
estabelecido, por falta de previsão legal, tendo em vista que o art. 2º da Lei nº 3.720, de 5 
de março de 2004, com a alteração promovida pela Lei nº 6.310, de 28 de dezembro de 
2017, instituiu a base de cálculo do ISS exclusivamente para os profissionais autônomos 
estabelecidos." 
 
As empresas unipessoais, de profissões regulamentadas, ou não, podem ser 
estabelecidas sob uma das modalidades abaixo: 
 
2.2. Empresas Unipessoais 
2.2.1. Empresário Individual 
Conceito 
22 
 
De acordo com o Código Civil, temos: 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
O empresário individual é a pessoa física que exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada. O empresário individual (anteriormente chamado de firma 
individual) é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa 
física (natural) titular da empresa. O patrimônio da pessoa natural e o do empresário 
individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas. 
 
Requisitos e impedimentos pessoais para ser empresário individual 
Não é qualquer um que pode ser Empresário Individual. É importante verificar se o 
empreendedor se enquadra em alguma das situações a seguir, as quais impedem a sua 
inscrição na Junta Comercial como Empresário. 
 
Alerta importante: Estar incurso em algum impedimento e se inscrever como Empresário 
gera responsabilidade penal. As consequências do exercício pelo impedido: está sujeito a 
consequências de caráter administrativo ou penal. O impedido não poderá alegar a 
proibição do exercício da atividade, ou seja, ele responde pessoalmente pelas obrigações 
assumidas. Em regra, os impedidos não podem ser empresários individuais, 
administradores ou gerentes, mas podem ser sócios. 
 Pacto antenupcial, reconciliação e separação devem ser averbados no registro de 
empresa. O empresário não precisa da outorga conjugal para alienar ou gravar bens 
imóveis da empresa. 
 
Não podem ser empresários individuais: 
I - o menor de dezesseis anos e as pessoas relativamente incapazes, salvo quando autorizados 
judicialmente para continuação da empresa (art. 974 do Código Civil); 
II - os impedidos de ser empresário (art. 972 do Código Civil), tais como: 
a) os membros do Poder Legislativo, como Senadores, Deputados Federais e Estaduais e 
Vereadores, se a empresa “gozar de favor decorrente de contrato com pessoajurídica de direito 
público, ou nela exercer função remunerada” (art. 54, II, “a” e art. 29, IX, da CF); 
b) os Magistrados (art. 36, inciso I, Lei Complementar nº 35, de 14 de março 1979); 
c) os membros do Ministério Público (art. 36, inciso I, Lei Complementar nº 35, de 1979); 
d) os empresários falidos, enquanto não forem reabilitados (arts. 102, 181 da Lei nº 11.101, de 9 de 
fevereiro de 2005); 
e) as pessoas condenadas a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos 
públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou 
contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da 
concorrência, contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto perdurarem 
os efeitos da condenação (art. 1.011, § 1º, do Código Civil); 
f) os leiloeiros cujo objeto exceda a leiloaria (art. 36, letra “a” 2º, do Decreto nº 21.981, de 19 de 
outubro de 1932 c/c art. 53 da Instrução Normativa DREI nº 72, de 19 de dezembro de 2019); 
23 
 
g) os cônsules, nos seus distritos, salvo os não remunerados (art. 22, parágrafo único, do Decreto 
nº 24.239, de 22 de dezembro 1934; art. 48 do Decreto nº 24.113, de 12 de abril de 1934, e art. 42 
do Decreto nº 3.259, de 11 de abril de 1899); 
h) os médicos, em atividade, para o exercício simultâneo da farmácia (Decreto nº 20.931, de 11 de 
janeiro de 1932, art. 16, alínea “g” combinado com os arts. 68 e 69 do Código de Ética Médica); os 
farmacêuticos, para o exercício simultâneo da medicina; 
i) os servidores públicos civis da ativa, federais, inclusive Ministros de Estado e ocupantes de 
cargos públicos comissionados em geral (art. 117, inciso X, Lei nº 8.112/90 e art. 5º da Portaria 
Normativa MPOG nº 6, de 2018). Em relação aos servidores estaduais e municipais observar a 
legislação respectiva; 
j) os servidores militares da ativa das Forças Armadas e das Polícias Militares (art. 29 da Lei nº 
6.880, de 9 de dezembro de 1980); e 
k) os imigrantes, para o exercício das seguintes atividades: 34 
1. pesquisa ou lavra de recursos minerais ou de aproveitamento dos potenciais de energia 
hidráulica (art. 176, § 1º, da CF); 
2. atividade jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens; (art. 222, § 1º, da CF e art. 
2º da Lei nº 10.610, de 20 de dezembro 2002); e 
3. serem proprietários ou armadores de embarcação nacional, inclusive nos serviços de navegação 
fluvial e lacustre, exceto embarcação de pesca (art. 178 da CF e arts. 1º e 2º do Decreto-Lei nº 
2.784, de 20 de novembro de 1940). 
 
Abertura, Registro e Legalização 
Para abertura, registro e legalização do empresário individual, é necessário registro na 
Junta Comercial e, em função da natureza das atividades constantes do objeto social, 
inscrições em outros órgãos, como Receita Federal (CNPJ), Secretaria de Fazenda do 
Estado (inscrição estadual e ICMS) e Prefeitura Municipal (concessão do alvará de 
funcionamento e autorização de órgãos responsáveis pela saúde, segurança pública, meio 
ambiente e outros, conforme a natureza da atividade). 
 
Empresa Individual – Registro na Junta Comercial - 
O Empresário poderá se enquadrar como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno 
Porte (EPP), desde que atenda aos requisitos da Lei Complementar 123, de 14 de 
dezembro de 2006. O enquadramento será efetuado mediante declaração para essa 
finalidade, cujo arquivamento deve ser requerido em processo próprio. 
 
Instrumento de inscrição de empresário individual 
Deverá ser apresentado o instrumento padronizado, assinado pelo empresário ou seu 
procurador ou certidão de inteiro teor do instrumento, quando revestir a forma pública. 
(Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de junho de 2021). O corpo do 
instrumento de inscrição deverá contemplar cláusulas obrigatórias e poderá conter 
cláusulas facultativas. 
 
Nome Empresarial (Firma) 
O empresário individual somente poderá adotar firma individual como nome empresarial, a 
qual terá como núcleo o seu próprio nome civil, aditando, se quiser ou quando já existir 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp123.htm
24 
 
nome empresarial idêntico ou semelhante, designação mais precisa de sua pessoa ou de 
sua atividade. 
 
O nome civil deverá figurar de forma completa ou abreviada. Não constituem sobrenome e 
não podem ser abreviados: FILHO, JÚNIOR, NETO, SOBRINHO etc., que indicam uma 
ordem ou relação de parentesco. (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 
2 de junho de 2021) 
O empresário individual pode optar por utilizar o número de inscrição no Cadastro Nacional 
da Pessoa Jurídica (CNPJ) como nome empresarial. (Incluído pela Instrução Normativa 
DREI nº 55, de 2 de junho de 2021) 
 
Observações: 
I. Não pode ser excluído qualquer dos componentes/partículas do nome (ex.: e, de, do, da, 
etc.). (Incluído pala Instrução Normativa DREI 112 de 20 de janeiro de 2022) 
II. Quando se tratar de Empresa Simples de Crédito (ESC), de que trata a Lei 
Complementar nº 167, de 24 de abril de 2019: 
a) deverá conter a expressão "Empresa Simples de Crédito" ao final da firma, observados 
os demais critérios de formação do nome; e 
b) não poderá constar a palavra "banco" ou outra expressão identificadora de instituição 
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
 
Descrição do Objeto 
O objeto não poderá ser ilícito, impossível, indeterminado ou indeterminável, ou contrário 
aos bons costumes, à ordem pública ou à moral. 
Deverá indicar as atividades a serem desenvolvidas pelo empresário, podendo ser descrito 
por meio de códigos integrantes da estrutura da Classificação Nacional de Atividades 
Econômicas (CNAE). (Redação dada pela Instrução Normativa DREI nº 55, de 2 de junho 
de 2021) 
 
OBS: É vedada a inscrição na Junta Comercial de empresário cujo objeto inclua a 
atividade de advocacia. 
 
Representação do empresário (procurador) 
O empresário poderá ser representado por procurador com poderes específicos para a 
prática do ato. Quando o empresário for representado, deverá ser indicada a condição e 
qualificação do procurador em seguida à qualificação do empresário. 
 
Assinatura do Empresário 
O empresário individual, ou seu representante, deverá assinar o instrumento de inscrição. 
No caso de incapaz autorizado judicialmente a continuar a empresa, assinatura de seu 
assistente ou representante. A assinatura será lançada com a indicação do nome do 
signatário, por extenso, de forma legível, podendo ser substituído por assinatura eletrônica 
ou outro meio equivalente que comprove a sua autenticidade. 
25 
 
 
Assinatura da Firma pelo empresário (ou pelo representante/assistente) 
Nos termos do art. 968, II, do Código Civil deve constar a firma (nome empresarial), com a 
respectiva assinatura autógrafa, poderá ser substituída pela assinatura autenticada com 
certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o 
disposto no inciso I do § 1º do art. 4º da Lei Complementar nº 123, de 2006. A assinatura 
autógrafa poderá ser diversa da assinatura pessoal do empresário individual. Se não 
informada, será considerada coincidente com a assinatura pessoal do empresário. 
 
 
 
 
2.2.2 Microempreendedor Individual – MEI 
 
Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se 
legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é 
necessário faturar no máximo até R$ 81.000,00 por ano e não ter participação em outra 
empresa como sócio ou titular. Se a atividade for de transportador autônomo de cargas 
(MEI caminhoneiro) o valor anual do faturamento será de R$ 256.100,00. O MEI também 
pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. 
 
A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiaispara que o 
trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado. Entre as 
vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas 
Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a 
emissão de notas fiscais. 
 
Além disso, o MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos 
federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo 
mensal conforme tabela abaixo: 
 
Para este período, o valor a ser pago em DAS corresponderá a: 
 R$ 70,60 de INSS (5% do valor do salário-mínimo, de R$ 1.412,00); 
 R$ 5,00 de ISS, caso seja contribuinte deste imposto; e 
 R$ 1,00 de ICMS, caso seja contribuinte deste imposto. 
 
Observação: Para o MEI transportador autônomo de cargas, o valor do INSS será R$ 
169,44 (12% do valor do salário-mínimo, de R$ 1.412,00). 
 
Sendo assim: 
 Municipal: R$ 174,44 (169,44 + 5,00) 
 Fora do município (intermunicipal, interestadual, internacional): R$ 170,44 (169,44 + 1,00) 
 Produtos perigosos: R$ 175,44 (169,44 + 5,00 + 1,00) 
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leiscomplementares/2008/leicp128.htm
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 Mudanças: R$ 175,44 (169,44 + 5,00 + 1,00) 
 
Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo. 
Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios como 
auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros. 
Os atos de inscrição, alteração e extinção do MEI são efetuados por meio do Portal 
do Empreendedor e recebido pelas Juntas Comerciais por meio de arquivos eletrônicos. 
Após o cadastramento do Microempreendedor Individual, o CNPJ e o número de 
inscrição na Junta Comercial são obtidos imediatamente, não sendo necessário 
encaminhar nenhum documento (e nem sua cópia anexada) à Junta Comercial. O 
documento tem validade de Autorização de Funcionamento da Prefeitura. 
Os novos CNPJs criados para os microempreendedores Individuais (MEI) não 
trazem mais o CPF do titular. A mudança segue as diretrizes da Lei de Proteção de Dados 
(LGPD). Microempreendedores individuais formalizados antes de 12/12/2022 que 
desejarem retirar o CPF do nome empresarial podem fazer a solicitação de alteração do 
MEI no Portal do Empreendedor. 
O servidor público em atividade não se enquadra como MEI. Mas, se o servidor 
público for aposentado, exceto por invalidez, poderá ser MEI. O pensionista se não for 
servidor público em atividade e não tiver aposentadoria por invalidez, poderá ser MEI, não 
há impedimento. Quem mantém vínculo empregatício com empresa pode ser MEI 
 
2.3 - Sociedades 
De acordo com o Código Civil, temos: 
Art. 981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a 
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, 
entre si, dos resultados. 
Parágrafo único. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios 
determinados. 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por 
objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, 
simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade 
por ações; e, simples, a cooperativa. 
Art. 985. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, no registro próprio e 
na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 45 e 1.150). 
 
As sociedades podem ser não personificadas e personificadas. Entre as não 
personificadas encontram-se; 
 Sociedade em Comum 
 Sociedade em Conta de Participação 
 
As sociedades personificadas são: 
a) Sociedade Simples 
27 
 
b) Sociedade em Nome Coletivo 
c) Sociedade em Comandita Simples 
d) Sociedade Limitada 
e) Sociedade Anônima 
f) Sociedade em Comandita por Ações 
g) Sociedade Cooperativa 
 
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de 
Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro 
Civil das Pessoas Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele 
registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária. 
 
2.3.1 Sociedades Não Personificadas 
2.3.1.1 Sociedade em Comum 
Art. 986. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a sociedade, exceto por 
ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, observadas, subsidiariamente e no 
que com ele forem compatíveis, as normas da sociedade simples. 
Art. 987. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente por escrito podem 
provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo. 
Art. 988. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são 
titulares em comum. 
Art. 989. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos 
sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o 
terceiro que o conheça ou deva conhecer. 
Art. 990. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, 
excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela 
sociedade. 
 
2.3.1.2 Sociedade em Conta de Participação 
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social é 
exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e 
exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. 
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, 
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. 
Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer 
formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. 
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de 
seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. 
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos negócios sociais, o 
sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob 
pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que intervier. 
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, 
patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais. 
28 
 
§ 1º A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios. 
 
Uma SCP é um acordo formado entre uma pessoa jurídica e uma ou mais pessoas, físicas 
ou jurídicas, com objetivo de produzir um resultado comum específico. Para isso, um 
membro fornece recursos a outro para realizar o empreendimento ou projeto. Depois, os 
lucros são divididos, conforme o contrato. Muito utilizado em Startups e pequenos 
negócios. 
 
Sócio Ostensivo é a pessoa jurídica, que se obriga perante terceiros, ou seja, toda a 
atividade econômica deverá ser exercida única e exclusivamente por ele, sob sua própria e 
exclusiva responsabilidade. 
 
Sócio Participante ou Investidor, pode ser definido como uma espécie de sócio oculto, 
também chamado de anjo, que responde apenas com o que foi especificamente acordado 
no contrato social perante o sócio ostensivo, participando assim, somente, dos resultados 
do negócio firmado. Tem a principal função de fornecer capital para a empresa e fiscalizar 
a utilização do dinheiro. 
 
Por meio da Instrução Normativa RFB 2119 de 06 de dezembro de 2022, a Receita 
Federal institui uma norma que obriga o sócio ostensivo de uma SCP a cadastrar a sua 
sociedade em um CNPJ específico. 
 
A SCP é diferente da SPE Sociedade de Propósito Específico que corresponde a um 
modelo de organização empresarial pelo qual se constitui uma nova empresa com um 
objetivo específico. A SPE, desse modo, tem em geral

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