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DPCI - Aula 03 - Conciliação e Mediação

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KM_DPCI
Direito Processo Civil I	 2 
AULA 03	 2 
I. CONCILIAÇÃO	 2 
II. MEDIAÇÃO	 2 
III. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO 
OBRIGATÓRIA DO NOVO CPC	 3 
IV. PRAZO PARA CONTESTAÇÃO NO NOVO CPC E 
“CONCILIAÇÃO DESARMADA”	 7 
DPC_AULA 03 28/08/2015 " DE "1 7
KM_DPCI
Direito Processo Civil I 
Karina Martins 
2015_2 
Direito Processo Civil I 
AULA 03 
I. CONCILIAÇÃO 
 
Na conciliação, a um terceiro imparcial é imposta a missão de 
tentar aproximar os interesses de ambas as partes, orientando-as na 
formação de um acordo. O conciliador é um facilitador do acordo entre os 
envolvidos e para isso deve tentar criar um ambiente propício ao 
entendimento mútuo com a aproximação dos interesses. 
Em geral, na conciliação há concessões recíprocas com vistas a 
resolver antecipadamente o conflito com um acordo razoável para ambas 
as partes. 
II. MEDIAÇÃO 
A mediação também é uma forma de tentar findar litígios através 
de um acordo, mas tem certas peculiaridades. 
A mediação é um processo que oferece aqueles que estão 
vivenciando um conflito, geralmente decorrente de alguma relação 
continuada, a oportunidade e o ambiente adequados para encontrar, juntos, 
uma solução para aquele problema. 
O mediador, diferente do conciliador, além de imparcial é neutro. 
É dizer: o mediador não pode sugerir soluções para o conflito, 
mas deve deixar que as partes proponham, negociem e cheguem a esta 
solução sem sua intervenção direta. O mediador é um moderador que 
deve se limitar a garantir as condições para o diálogo entre as partes. 
DPC_AULA 03 28/08/2015 " DE "2 7
KM_DPCI
O conciliador possui mais liberdade, mas o mediador, em geral, 
trata de assuntos mais sensíveis, como questões de guarda de filhos, 
pensão alimentícia, divórcio. 
III. AU D I Ê N C I A D E C O N C I L I A Ç Ã O O U M E D I A Ç Ã O 
OBRIGATÓRIA DO NOVO CPC 
O Novo CPC trouxe, como já dito, a audiência de composição 
obrigatória. 
É a regra. 
No procedimento comum, o réu não é mais intimado para 
responder, mas para comparecer a uma audiência de conciliação ou 
mediação que passa a ser obrigatória. 
O art. 334 do Novo CPC tem a seguinte redação: 
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos 
essenciais e não for o caso de improcedência liminar 
do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou 
de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) 
dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 
(vinte) dias de antecedência. 
§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará 
necessariamente na audiência de conciliação ou de 
mediação, observando o disposto neste Código, bem 
como as disposições da lei de organização judiciária. 
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à 
conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 
(dois) meses da data de realização da primeira sessão, 
desde que necessárias à composição das partes. 
§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na 
pessoa de seu advogado. 
Do texto inicial do art. 334 apresentado, tive as seguintes 
conclusões: 
DPC_AULA 03 28/08/2015 " DE "3 7
KM_DPCI
✓ Em regra, a audiência deve ser sempre designada, 
salvo indeferimento/determinação de emenda da 
inicial ou improcedência liminar; 
✓ Entre a data da designação e da audiência deve 
haver um hiato mínimo de 30 dias, enquanto que o 
réu deve ser citado pelo menos 20 dias antes da 
realização da audiência de conciliação ou mediação; 
✓ A audiência será presidida por conciliador ou 
mediador, sendo possível (onde não haja estas 
figuras) que seja presidida por servidor com outras 
funções; 
✓ A audiência de conciliação ou mediação poderá ser 
cindida quando a autoridade que a preside entender 
que tal providência é necessária, não podendo ser 
marcada a continuação para data superior a 2 meses 
da primeira sessão; 
✓ O autor é intimado por seu advogado, o réu, por ser 
sua primeira participação no processo, é intimado 
pessoalmente; 
Sigamos na análise do texto do art. 334 do Novo CPC: 
Art. 334. 
§ 4o A audiência não será realizada: 
I – se ambas as partes manifestarem, expressamente, 
desinteresse na composição consensual; 
II – quando não se admitir a autocomposição. 
§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu 
desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-
lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de 
antecedência, contados da data da audiência. 
DPC_AULA 03 28/08/2015 " DE "4 7
KM_DPCI
§ 6o Havendo litisconsórcio, o desinteresse na 
realização da audiência deve ser manifestado por todos 
os litisconsortes. 
A regra é que a audiência seja obrigatória, mas ela pode não ser 
realizada quando: 
(a) todas as partes envolvidas no processo (inclusive 
litisconsortes ativos e passivos) manifestem 
desinteresse na composição consensual; ou 
(b) quando a lide não admitir autocomposição nem 
mesmo em tese. 
Lembrando que apenas a manifestação de todos os interessados 
pode levar a não realização da audiência, não basta apenas o desinteresse 
de uma das partes como ocorre atualmente com o velho CPC/73. 
O autor deve indicar que não quer a audiência logo na petição 
inicial, enquanto o réu poderá fazê-lo em petição autônoma, desde que 
com antecedência mínima de 10 dias da data da audiência. 
Art. 334, §7º A audiência de conciliação ou de 
mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos 
termos da lei. 
Atento à facilidade dos meios eletrônicos e ao constante avanço 
da infraestrutura dos tribunais nacionais, o Novo CPC já admitiu 
antecipadamente a realização de conciliação ou mediação por meio 
eletrônico, apesar de ter remetido aos “termos da lei” que, entendo, não 
precisa ser uma lei de processo (necessariamente federal), mas uma lei de 
procedimento (pode ser estadual) que informará a formalidade básica para 
realização do ato em meio eletrônico. 
Entendo que a expressão meio eletrônico deve ser interpretada 
em consonância com o instituto a que se refere (audiência), de modo que 
DPC_AULA 03 28/08/2015 " DE "5 7
KM_DPCI
não seria admissível “audiência” realizada por e-mail ou outro sistema de 
troca de mensagens que não seja ao vivo. 
§8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à 
audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da 
justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem 
econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União 
ou do Estado. 
Não mais se admite que uma das partes falte a audiência e 
justifique alegando simplesmente o desinteresse em conciliar, a parte é 
obrigada a comparecer sob pena de multa. 
§9º As partes devem estar acompanhadas por seus advogados 
ou defensores públicos. 
A parte não poderá comparecer desacompanhada de advogado, 
de modo a garantir-se o conhecimento das implicações jurídicas de 
qualquer acordo a ser celebrado na audiência, bem como as 
consequências de não fazê-lo. 
§10 A parte poderá constituir representante, por meio de 
procuração específica, com poderes para negociar e transigir. 
A parte poderá constituir representante para a audiência de 
conciliação ou mediação, no entanto é imprescindível que este tenha 
poderes específicos para negociar e transigir, os quais devem ser 
veiculados em procuração específica para a audiência. 
§11 A autocomposição obtida será reduzida a termo e 
homologada por sentença. 
§12 A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será 
organizada de modo a respeitar o intervalo mínimo de20 (vinte) minutos 
entre o início de uma e o início da seguinte. 
A autocomposição, por conciliação ou mediação, será reduzida a 
termo e homologada por sentença e não se admitirá audiências 
designadas com prazos mínimos entre uma e outra que só gera 
DPC_AULA 03 28/08/2015 " DE "6 7
KM_DPCI
insatisfação dos advogados que sempre enfrentam grandes atrasos em sua 
agenda. 
IV. PRAZO PARA CONTESTAÇÃO NO NOVO CPC E 
“CONCILIAÇÃO DESARMADA” 
Outra novidade do novo CPC é o que chamo de conciliação 
desarmada. 
O réu não é mais citado para responder, mas para participar de 
audiência de conciliação ou mediação, ou seja, quando da citação não 
precisa se preocupar em se armar de diversos argumentos defensivos / 
contestar, mas simplesmente se comprometer a encontrar o réu e 
conversar sobre o assunto com o mesmo. 
Assim, não precisa argumentar quem está “mais certo” ou se seu 
argumento tem fundamento na jurisprudência, mas apenas conversar sobre 
o interesse ou desinteresse em conciliar. 
O prazo para contestar só começa a fluir da realização da 
audiência ou do dia em que o réu se manifesta pelo desinteresse em sua 
realização (Somente admissível se o autor também manifestou 
desinteresse). 
DPC_AULA 03 28/08/2015 " DE "7 7

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