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13 DISCUSSÃO DE EXERCÍCIOS PRÁTICOS

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Aula 14 
Prof. Juliana Maltinti
CASOS PRÁTICOS 
01. No que tange ao Negócio Jurídico Processual, Rafael e Paulo, maiores e capazes, devidamente representados por seus advogados, celebraram um contrato, no qual, dentre outras obrigações, havia a previsão de que, em eventual ação judicial, os prazos processuais relativamente aos atos a serem praticados por ambos seriam, em todas as hipóteses, dobrados. Por conta de desavenças surgidas um ano após a celebração da avença, Rafael ajuizou uma demanda com o objetivo de rescindir o contrato e, ainda, receber indenização por dano material. Regularmente distribuída para o juízo da 10ª Vara Cível da comarca de Porto Alegre/RS, o magistrado houve por reconhecer, de ofício, a nulidade da cláusula que previa a dobra do prazo. Agiu corretamente o magistrado? Explique.
R: O magistrado agiu incorretamente, uma vez que, tratando-se de objeto disponível, realizado por partes capazes, eventual negócio processual, que ajuste o procedimento às especificidades da causa, deve ser respeitado, nos termos do art. 190, CPC. 
02. No moderno sistema processual brasileiro, o direito de recorrer ao Judiciário para a correção das lesões aos direitos individuais tornou-se garantia constitucional. Quais as vantagens de se optar por outros meios adequados de resolução de conflitos? Exemplifique.
R: Celeridade; oralidade; informalidade; independência; autonomia da vontade dos interessados; confidencialidade; satisfação no resultado obtido, pois todos são vitoriosos; maior efetividade no cumprimento do acordo etc...
AUTOCOMPOSIÇÃO:
Negociação
Mediação
Conciliação
HETEROCOMPOSIÇÃO:
Arbitragem
03. Helena ajuizou ação de indenização por danos morais e materiais contra Clarice. Ao receber a peça inicial, que preenche todos os requisitos legais, o Magistrado designa audiência de conciliação e determina a citação da ré com pelo menos 20 dias da data agendada para o ato processual. Após ser citada e intimada para comparecer à audiência conciliatória designada, Clarice protocola, por meio do seu advogado, petição manifestando expressamente desinteresse na composição amigável. Diante do caso apresentado, quando identificar que um acordo é inviável? A audiência de conciliação é obrigatória? O que significa resolver efetivamente um conflito? Fundamente sua resposta. 
R: O acordo é inviável quando não houver interesse de ambas as parte na composição do conflito, ou seja, ambas demonstram resistência. Não há outra alternativa senão a prestação jurisdicional.
Em regra, a audiência de conciliação é de caráter obrigatório, pois só não ocorrerá se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual ou quando o objeto do litígio não admitir a autocomposição (art. 334, § 4º, CPC). O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça, o que implica em uma sanção correspondente ao pagamento de multa no valor de até 2 por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em benefício da União ou do Estado (art. 334, § 8º, CPC).
Resolver efetivamente um conflito implica em renúncia de ambas as partes a fim de obter um resultado satisfatório para ambos os envolvidos no conflito. Todos saem vitoriosos...
04. Como o sujeito pode se tornar um conciliador ou mediador apto a atuar na audiência de conciliação e mediação? Pode ser escolhido pelas partes?
R: a) por meio de inscrição em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal (art. 167, caput, CPC). Para tanto, o sujeito precisa preencher o requisito da capacitação mínima, por meio de realização de curso realizado por entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça (art. 167, §1º, CPC); b) realização de concurso público para o preenchimento dos cargos (art. 167, §2º, CPC); c) as partes podem escolher o conciliador e mediador, hipótese em que ele poderá não estar cadastrado junto ao Centro de Solução Consensual de Conflitos (art. 168, §1º, CPC); d) realização de convênio do poder Judiciário com entidades privadas especializadas em soluções consensuais do conflito. 
05. O mediador ou conciliador precisa ser advogado? Há algum ônus para o advogado caso ele se cadastre como conciliador ou mediador?
R: Não há necessidade de o mediador ou conciliador ser advogado, o que poderia constituir indesejável reserva de mercado. Sendo advogado, o que não é necessário, mas admissível, o art. 167, §5º, CPC prevê que estará impedido de exercer a advocacia nos juízos em que desempenha suas funções. Além disto, o art. 172 do CPC estabelece que os mediadores e conciliadores ficam impedidos, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuaram, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. 
06. Em que momento pode ser celebrado o negócio jurídico processual? Depende de homologação judicial?
R: O negócio jurídico processual pode ser celebrado a qualquer tempo, antes ou durante o processo. Quando celebrado antes do processo, poderá constar cláusula de contrato celebrado entre as partes ou de contrato específico para esse fim. Nesse caso, há semelhança com a cláusula arbitral e com o compromisso arbitral, espécies de convenção de arbitragem. Quando celebrado durante o processo, só afetará atos processuais a serem praticados depois de sua celebração, podendo ser apresentado ao juízo em petição escrita ou em audiência, quando será reduzido a termo. 
O negócio jurídico processual gera efeitos imediatos, assim é celebrado entre as partes, independentemente de qualquer homologação judicial.
07. Os princípios processuais podem ser objeto de acordo procedimental?
R: Em regra não. Não há como dispor dos princípios da boa fé, lealdade processual, publicidade; por exemplo, não há como firmar um acordo determinando a existência de segredo de justiça quando não há previsão legal ou violar segredo de justiça determinado por lei. Também não tem como dispor do princípio da motivação das decisões, já que trata-se de ato do juízo e não das partes. No entanto, embora não há resposta objetiva, pelo contrário, trata-se de tema de discussões, ao referir-se ao princípio do contraditório, por exemplo, o dever de ser informado e direito da parte de reagir. É possível renunciar ao contraditório? Por exemplo, as partes convencionam que não devem ser intimadas dos atos processuais, os prazos terão início a partir das decisões (controle de acompanhamento das decisões compete às partes) e não das publicações; outra situação: o princípio da isonomia real, tratar os iguais de forma igual e os desiguais de maneira desigual. Por exemplo, os desiguais não podem renunciar a prerrogativa para ser tratado como a parte contrária? Imagine que o litisconsorte com advogados de escritórios diferentes renunciem os prazos em dobro. As garantias processuais podem ser objeto de transação? Assunto polêmico! 
08. A audiência de conciliação e mediação é obrigatória? A parte pode deixar de comparecer à audiência? Qual a consequência de o advogado deixar de comparecer à audiência de mediação e conciliação?
R: O art. 334, §4º do CPC estabelece que a audiência não será realizada se ambas as partes se manifestarem expressamente contra sua realização e também quando o direito versado no processo não admitir autocomposição. Cabe ressaltar o art. 695 do CPC que determina que nas ações de família a audiência será obrigatória. 
O comparecimento da parte na audiência é tratado como dever no art. 334, § 8º, CPC, ao prever que o não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até 2% da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.
O art. 334, § 9º, CPC prevê que as partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos na audiênciado art. 334. Diante disto, é possível a indicação de um advogado dativo para participar da audiência auxiliando a parte que comparecer sem advogado. No entanto, sendo a autocomposição um ato da parte, a audiência poderia ser realizada mesmo com as partes desassistidas... Será? 
 
09. Pode o réu alegar desinteresse na realização da audiência de conciliação e mediação, mesmo que o autor não tenha se manifestado nesse sentido?
R: Sim, ainda que num primeiro momento essa manifestação possa parecer inútil, porque a não realização da audiência depende de manifestação de ambas as partes (art. 334, §4º, I, CPC).
A partir da manifestação do réu, o autor deverá ser intimado para se manifestar diante da recusa do réu. Nesse caso, o autor poderá perder a motivação de participar da audiência em tese predestinada a frustração, podendo também, com isso, se manifestar contra a realização da audiência. 
10. A audiência de mediação e conciliação pode ser fracionada em diferentes datas?
R: Pode haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder dois meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessária à composição das partes (art. 334, §2º, do CPC/15).
11. Estabeleça a diferença entre a cláusula compromissória e o compromisso arbitral.
12. A arbitragem é obrigatória? Admite-se a renúncia de uma das partes à arbitragem? Há consequências? Explique.
13. As partes podem, por exemplo, convencionar que o árbitro seja um engenheiro, especialista na matéria tratada, com dez anos de experiência? Caso o árbitro determinado pelo órgão arbitral não tenha essas características, será incompetente para julgar a matéria que lhe é apresentada? Admite-se a invalidade da arbitragem?

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