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★ Mhayra A. Sousa- MED 26 
Anatomia do Sistema digestório- aula 02 
 
Cavidade abdominopélvica 
- é a soma da cavidade abdominal com a cavidade pélvica 
- é nessa cavidade que se encontra os órgão abdominais e os órgão pélvicos 
- toda a cavidade abdominal e pélvica é revestida em 360° por peritônio parietal 
 
● A abertura da cavidade pélvica é o limite da cavidade abdominal 
● Peritônio visceral: tem contato íntimo com as vísceras 
● Cavidade parietal (é um espaço capilar): fica entre o peritônio visceral e o peritônio parietal e 
é preenchida por líquido peritoneal, em torno de 50mL. 
- Processos inflamatórios que acometem tanto o peritônio visceral quanto o peritônio 
parietal, denomina-se peritonite. 
 
Mesentério: intestino delgado 
- A raiz do mesentério tem em média 15 cm de comprimento, origina-se no nível do plano 
transpilórico (L1), faz um trajeto de anterior para lateral e termina na articulação 
sacro-ilíaca direita ( Todo seu trajeto é retroperitoneal). 
Essa raiz está localizada no compartimento infra cólico e o subdivide em espaço infra cólico 
direito e esquerdo. 
- Da raiz do mesentério até a borda do intestino tem em média 20 cm de comprimento 
- Esse peritônio é uma dupla camada de peritônio visceral que entre elas tem-se a presença de 
tecido conjuntivo e gordura, no mais,promove a passagem de vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos, nervos, linfonodos e gordura. 
 
Mesocolo: intestino grosso 
- Mesocólon transverso: se fixa na parede posterior do abdômen 
Nota: o mesocólon transverso é uma estrutura muito importante, pois o médico utiliza essa estrutura 
para dividir a cavidade abdominal em compartimento supra cólico (estômago, fígado e baço) e 
compartimento infra cólico (intestino delgado, cólon ascendente e cólon descendente) até a abertura 
superior da pelve. 
- Mesocólon ascendente: apenas 25% da população tem a presença desse mesocólon 
- Mesocólon descendente: presente em apenas 33% da população 
 
OBS: mesmo que apenas uma pequena parte da população tenha a presença desses mesocólon, eles 
são curtos, o que dificulta a ocorrência de de uma torção no intestino, ou seja, a dobre de uma alça 
intestinal durante os movimentos peristálticos. Tanto que as partes do intestino que mais sofrem 
torções são o intestino delgado e o colón sigmóide. 
 
★ Mhayra A. Sousa- MED 26 
- Mesocólon sigmóide: 
- Mesoapêndice: faz a sustentação do apêndice vermiforme em relação ao ceco 
 
OBS: porém todos significam a mesma estrutura, mudando de nome apenas em virtude do local que 
está localizada. Além disso, tem-se sempre duas camadas ( parietal e visceral) 
 
Omento 
- é uma extensão ou prega de peritônio em duas camadas que vai do estômago e da parte 
proximal do duodeno até os órgãos adjacentes na cavidade abdominal . 
Omento maior 
- Se origina na curvatura maior do estômago 
- Também é uma prega dupla de peritônio que faz uma curvatura para inferior e depois 
ascende. 
- É constituído por partes, sendo elas : o ligamento gastrocólico, ligamento gastrofrênico (se 
relaciona com o diafragma) e o ligamento gastroesplênico ( se relacionando com a curvatura 
maior do estômago e com o baço). 
- é uma prega peritoneal proeminente, que tem quatro camadas (pois descende com uma dobra 
dupla e ascende com uma dobra dupla para se fixar no mesocólon transverso) e pende como 
um avental da curvatura maior do estômago e da parte proximal do duodeno. Após descer, 
dobra-se de volta e se fixa à face anterior do colo transverso e seu mesentério 
Omento menor 
- Se origina na curvatura menor do estômago 
- É a junção de dois ligamentos, o ligamento hepatoduodenal ( tem origem na face visceral do 
fígado e inserção na parte superior do duodeno) e o ligamento hepatogástrico. 
- Entre as duas camadas de mesentério do ligamento hepatoduodenal, tem-se a tríade portal, 
que é constituída pela veia porta, pelo ducto colédoco e pela artéria hepática. 
 
Forame de Winslow 
- Pode ser denominado, também, de forame omental ou forame epiplóico na clínica 
- Quando o médico precisa localizar essas estruturas, ele adentra com os dedos indicador e 
médio por esse forame 
- Seus limites são representados pelo ligamento hepatoduodenal anteriormente, a veia cava 
posteriormente, o fígado superiormente e o duodeno inferiormente. 
- Alguns indivíduos nascem com esse forame aumentado, e alguma alça intestinal durante os 
movimentos peristálticos acaba adentrando e o forame omental acaba estrangulando a víscera 
levando-a a uma necrose, o tratamento deve ser cirúrgico, pois irá suturar uma parte dessa 
forame para diminuir o seu tamanho. 
 
 
★ Mhayra A. Sousa- MED 26 
Bolsa omental 
- é o recesso inferior mais o recesso superior 
Sulco paracólicos 
- está presente, tanto no lado direito quanto no lado esquerdo. 
- É através desses sulcos que o compartimento infra cólico se comunica com o compartimento 
supra cólico. 
OBS: mediante uma peritonite é importante saber a localização desses sulcos e dos compartimentos, 
pois mantém-se o paciente na posição de Fowler que é uma manobra que coloca o paciente 
parcialmente sentado, por meio da elevação da cabeceira da maca a um ângulo entre 45° e 60°, a 
fim de impedir que a peritonite localizada na região abdominal passe pra cavidade pélvica. 
 
Nota: diante de um processo inflamatório ou até mesmo quando se realiza uma cirurgia de campo 
aberto como, por exemplo, uma apendicite, é comum notar que o omento esteja voltado para a direita 
ou para a esquerda de acordo com a região impactada, a fim de tentar impedir a propagação dessa 
inflamação ( é um mecanismo de defesa do organismo). 
 
 
Nota 2: é comum, principalmente, quando o paciente já fez 
várias cirurgias abdominais, encontrar pregas/ aderência 
entre as alças intestinais e o omento maior. Quando 
encontradas é importante remover essas aderências 
(adesiólise). 
 
 
 
 
Mediante uma apendicectomia , o médico faz um corte na região infra umbilical e, normalmente, 
sangra-se muito, justamente pela secção dos vasos epigástricos inferiores (artéria epigástrica 
inferior- ramo da a. ilíaca externa, veia epigástrica inferior- tributária da v.ilíaca externa, esseas 
vasos fazem um trajeto ascendente indo na direção medial, mas percorrem a parede posterior do 
músculo reto do abdome e a fáscia transversal). 
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Entre o ligamento umbilical mediano e o ligamento umbilical lateral fica localizado as fossas supra 
vesicais (direita e esquerda), entre esses dois ligamentos também temos o trígono de hasselbach. 
 
Trígono de hasselbach 
- É nesse local que ocorrem as hérnias inguinais diretas. 
- Podem ocorrer por vários motivos, entre eles, fraqueza muscular na parede antero lateral de 
abdome ou até mesmo durante o desenvolvimento fetal onde pode ocorrer uma falha na 
formação na parede da musculatura. 
Limites 
- margem lateral do músculo reto abdominal (medialmente), 
- ligamento inguinal (inferiormente) 
- vasos epigástricos inferiores ou ligamento umbilical lateral (lateralmente) 
 
★ Intestino delgado: 
- É formado pelo duodeno, jejuno e íleo sendo o principal local de absorção de nutrientes. 
- Do piloro até a junção ileocecal. 
- Piloro controla a saída para duodeno. 
Duodeno 
- Primeira e mais curta (25 cm), mais larga e mais fixa, localizado no abdome no nível de 
L1-L3 
- Faz um trajeto em C ao redor da cabeça do pâncreas. 
- É dividido em parte superior, descendente, horizontal e ascendente, mas algumas pessoas 
ainda chamam de 1º,2º,3º e 4º parte. 
Parte superior: tem em média 5cm de comprimento, entretanto, nos 2 primeiros cm temos a ampola 
 
Ampola 
- Possui uma túnica mucosa interna mais lisa e na clínica é chamada de bulbo duodenal, esse 
estrutura é muito importante, pois mediante a administração de Bário essa estrutura tem 
uma aparência diferente do restante do Duodeno, por exemplo, quando o paciente tem um 
leiomioma,que é um câncer benigno de musculatura lisa, ele extravasa pelo piloro e fica 
impactado no bulbo do duodeno. 
- é considerada intraperitoneal, pois é a única parte do duodeno que tem mesentério, ou seja, 
que faz com que o duodeno tenha mobilidade é a ampola, o restante (3cm) é retroperitoneal 
como todo o restante do duodeno. 
OBS: só tem peritônio na parte anterior do duodeno, já todo o restante não tem, ou seja, é 
retroperitoneal. 
Parte descendente 
- É nessa parte, que se apoia a cabeça do pâncreas, mais precisamente o processo uncinado. 
- ao término da parte ascendente, temos a flexura duodenojejunal 
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5- Flexura duodenojejunal 
- é nessa flexura que o intestino volta a ser intraperitoneal 
- essa flexura, também, se origina o músculo suspensor do 
duodeno, na clínica pode é chamado de ligamento de treitz tem 
uma constituição fibromuscular, além disso, tem uma 
constituição de musculatura lisa das partes horizontal e 
ascendente do duodeno e do pilar direito do diafragma, esse 
ligamento passa anterior a veia renal esquerda, para se fixar no 
pilar direito do diafragma 
 
OBS: esse ligamento ascende passa anterior a veia renal 
esquerda e fica no entorno do hiato esofágico e, na passagem do 
alimento esse ligamento contrai e aumenta o diâmetro na flexura 
duodenojejunal facilitando a passagem dessa digestão em direção 
ao jejuno. 
 
Pregas circulares 
- conforme vai se descendendo na estrutura no intestino essas pregas vão sendo diminuídas 
- Tem a função de reabsorver a água e ajudar na formação da massa fecal. 
 
 
Papila maior do duodeno 
- abre-se póstero medialmente na parte descendente do duodeno 
- é a abertura do ducto pancreático ou da ampola hepatopancreática 
 
OBS: em algumas pessoas a abertura do ducto pancreático ocorre separadamente do ducto colédoco, 
ou quando ocorre a fusão desses dois ductos é formada a ampola hepatopancreática, fazem um trajeto 
posteromedial para se abrir na parte descendente do duodeno na papila maior. 
 
Papila menor do duodeno 
- encontra-se um pouco mais acima da papila maior, cerca de 1 a 1,5 cm 
- é uma estrutura inconstante, ou seja, nem todos os indivíduos têm a presença dessa abertura 
- Nela se abre o ducto pancreático acessório 
 
Drenagem linfática do duodeno 
- Os vasos linfáticos anteriores vão drenar para os linfonodos pancreáticos duodenais e, 
também para os linfonodos pilóricos ao longo do piloro ou próximo dessa região pilórica e, por 
sua vez, esses linfonodos direcionam a linfa para os linfonodos celíacos. 
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- Vasos linfáticos posteriores seguem posteriormente a cabeça do pâncreas e drenam para 
linfonodos mesentéricos superiores. 
- Já os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos duodenais drenam para linfonodos celíacos. 
 
O ducto colédoco é utilizado como um ponto de referência, pois nesse ponto a vascularização do 
intestino tem um sentido oral ( em direção a boca) a aboral (em direção ao ânus), também, é um 
ponto importante para a inervação. 
No sentido oral: 
- A vascularização do duodeno, estômago, baço, fígado, vesícula biliar e parte abdominal do 
duodeno será vascularizada por meio de remos do tronco celíaco. 
Já no sentido aboral: 
- A vascularização do intestino delgado e, também, parte do intestino grosso será realizada 
através da artéria mesentérica superior. 
 
Vascularização do duodeno 
- Artérias pancreaticoduodenais superiores anterior e posterior (ramos da artéria 
gastroduodenal- ramo do tronco celíaco). 
- Artéria gastroduodenal inferior (ramo da a. mesentérica inferior) 
 
Inervação do duodeno 
Simpática 
- ocorre através dos nervos esplâncnicos maior (T5-T9) e menor( T10-T11), são 
pré-sinápticos, e fazem sinapse nos gânglios na emergência das artérias tanto de tronco 
celíaco quanto de AMS, esses gânglios por meio das artérias enviam fibras pós-sinápticas 
simpáticas para o duodeno. Essa inervação pós sináptica simpática ocorre através das 
artérias pancreaticoduodenais superior e inferior, ramos do tronco celíaco e AMS. 
Parassimpática 
- ocorre por meio do nervo vago 
 
 
Jejuno e Íleo 
- tem em média de 6-7 metros de comprimento, ⅖ são representados pelo jejuno e ⅗ pelo íleo, 
não há uma linha que separe uma estrutura da outra, nesse sentido, o médico vai se guiar 
pela disposição dos vasos sanguíneos que possuem características diferentes entre jejuno e 
íleo, por exemplo, o diâmetro deles no jejuno é maior em relação ao íleo, os vasos retos são 
mais longos no jejuno e no íleo mais curtos, o jejuno é mais vascularizados. 
- Além disso, o médico também se localiza com a ajuda dos quadrantes, pois o jejuno está 
localizado no quadrante superior esquerdo e o íleo no inferior direito. 
 
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Drenagem linfática de jejuno e íleo 
- ocorre para os linfonodos justa-intestinais (são próximos à parede do intestino), os linfonodos 
mesentéricos que ficam dispersos entre os arcos arteriais (arcos anastomóticos) e , por sua 
vez, a linfa é direcionada para os linfonodos centrais superiores que ficam posicionados na 
raiz do mesentério em seguida a linfa é direcionada para o troncos intestinais, cisterna do 
quilo e, por fim, ducto torácico. 
 
Vascularização de Jejuno e íleo 
- Ocorre pelos vasos mesentéricos superiores, que têm origem a, aproximadamente, 1 cm 
inferior ao tronco celíaco e passa ao nível do plano transpilórico. 
- A veia mesentérica superior faz um trajeto à direita e anterior a artéria mesentérica superior 
- A AMS dará origem a 15-18 ramos jejunais e ileais ao todo. 
Inervação de Jejuno e Íleo 
Simpática 
- ocorre através dos nervos esplâncnicos maior (T5-T9) e menor( T10-T11), são fibras 
ganglionares pré-sinápticas que fazem sinapse nos gânglios do Tronco celíaco e os gânglios 
localizados na emergência da AMS. Após a sinapse as fibras pós-sinápticas simpáticas são 
direcionadas para o jejuno e o íleo através dos ramos dessas artérias para realizar suas ações 
Parassimpática 
- Ocorre por meio do tronco vagal superior, as fibras pré-sinápticas fazem sinapse com os 
neurônios pós-sinápticos localizados no plexo mioentérico e submucoso de jejuno e íleo. 
 
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Drenagem linfática 
- ocorre para os linfonodos justa intestinais,sendo direcionada, em seguida, para os linfonodos 
mesentéricos (ficam dispersos entre os arcos arteriais) e, por sua vez, a linfa é direcionada 
para os linfonodos centrais superiores (ficam na raiz do mesentério), sendo direcionada para 
os troncos intestinais ➡ cisterna do quilo ➡ Ducto torácico. 
 
★ Fígado 
- Pesa em média 1,5/1,7 kg 
- É um órgão ímpar, localizado no hipocôndrio direito e no hipogástrio 
- Face diafragmática: se relaciona com o diafragma, mais especificamente o lado direito. 
Entre o diafragma e o fígado, existe apenas a presença de tecido conjuntivo, pois o diafragma se 
relaciona intimamente com o fígado . 
- Área nua: pega tanto o lobo hepático direito quanto o lobo hepático esquerdo. É o local onde o 
diafragma se liga intimamente ao fígado (sem a presença de peritônio visceral, como ocorre 
em todo o fígado). 
- Sulco da veia cava: onde fica localizada a VCI, que recebe tributação das veias hepáticas 
direita, esquerda e intermédia. 
- Ligamento venoso: é um remanescente fibroso do ducto venoso fetal que desviava sangue da 
veia umbilical para VCI. 
- Ligamento falciforme: é onde internamente passa o ligamento redondo do fígado (meio que 
abraça esse ligamento). Além disso, é uma dobra de peritônio que vai do umbigo até fígado 
na face posterior até a parede anterolateral do abdome. 
● Limita o lobo hepático direito do lobo hepático esquerdo (vista anterior) 
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Fissura sagital esquerda 
- ou fissura umbilical 
- É uma linha imaginária que passa pelo ligamento venoso, separa anatomicamente o 
lobo hepático direito do lobo hepático esquerdo. 
-O lobo caudado tem dois processos: um processo papilar e um processo caudado 
(próximo a VCI). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamento redondo do fígado 
- é um resquício embriológico da veia umbilical obliterada, é uma estrutura com bastante 
importância clínica, principalmente, após o nascimento porque normalmente ela não se 
oblitera na maioria dos recém nascidos e, os médicos utilizam esse veia quando precisam 
realizar o tratamento para eritroblastose fetal ou mediante uma transfusão sanguínea. 
- Antes do nascimento a veia umbilical obliterada, tinha a função de desviar sangue rico em 
O2 e nutrientes da placenta para o feto. 
 
Porta do fígado 
- É uma região na face visceral do fígado, onde encontra-se o pedículo do fígado e a tríade 
portal (veia porta do fígado, artéria hepática e ducto colédoco). 
 
Tuber omental: onde se conecta o omento menor ( mais precisamente o ligamento hepatoduodenal) 
Impressão cólica: se relaciona com a flexura direita do cólon ascendente. 
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● A linha de Kent e a fissura umbilical marcam as tributária da VCI. 
 
 
 
 
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Bolsa de Hartmann. 
- É nesse local que ficam armazenadas/represados os cálculos 
biliares 
- Dessa forma, essa região começa a pressionar o ducto cístico 
que, por sua vez, começa a pressionar o ducto hepático comum 
- (é uma condição rara, denominada síndrome de mirizzi). 
 
 
 
 
 
Triângulo de calot 
- ou triângulo cisto hepático ( onde fica localizada a 
artéria cística) 
- É delimitado pela face visceral do fígado, pelo ducto 
hepático comum e pelo ducto cístico. 
- Diante uma Colecistectomia, a primeira coisa que o 
médico identifica é o triângulo de calot. 
 
 
 
Pâncreas 
- É uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, localizada transversalmente 
aos corpos das vértebras L1 e L2 na parede posterior do abdome, situado atrás do estômago 
entre o duodeno, no lado direito, e o baço, na parte esquerda. 
- Apresenta 4 partes: cabeça, colo, corpo e cauda 
Cabeça do pâncreas: é a parte expandida da glândula que é circundada pela curvatura em forma de 
C do duodeno à direita dos vasos mesentéricos superiores. A cabeça do pâncreas está apoiada 
posteriormente na VCI, artéria e veias renais direitas e, veia renal esquerda. 
- Processo uncinado: é a projeção póstero-inferior da cabeça do pâncreas e, se 
relaciona com os vasos mesentéricos superiores. 
Colo do pâncreas: 
- É curto, com cerca de 1,5 a 2 cm, e está localizado sobre os vasos mesentéricos superiores. A 
face anterior do colo, que é coberta de peritônio, está situada adjacente ao piloro do 
estômago. A VMS se une à veia esplênica posterior ao colo para formar a veia porta. 
 
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Corpo do Pâncreas: 
- Está situado à esquerda dos VMS, passando sobre a aorta e L2, logo acima do plano 
transpilórico e posteriormente à bolsa omental. 
- O corpo do pâncreas apresenta faces: ântero-superior; ântero-inferior e face posterior Fase 
anterior: é coberta por peritônio, situada no assoalho da bolsa omental e forma parte 
do leito do estômago. 
Fase posterior: não tem peritônio e está em contato com a aorta, AMS, glândula 
suprarrenal esquerda, rim esquerdo e vasos renais esquerdos. 
Cauda do pâncreas 
- Está anteriormente ao rim esquerdo, relaciona-se com o hilo esplênico e com a flexura 
esquerda do colo. É uma estrutura relativamente móvel e passa entre os ligamentos 
esplenorrenal e junto com os vasos esplênicos. 
Ducto pancreático principal: 
- se inicia na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima pancreático da cauda até a cabeça e 
se abre na papila maior do duodeno. 
- A secreção exócrina pancreática é liberada no duodeno pelos ductos pancreático e pancreático 
acessório 
Ducto pancreático acessório: 
- Se abre no duodeno através da papila menor, em geral se comunica com o ducto principal. - 
Em alguns casos, o ducto pancreático principal é menor do que o ducto acessório e pode não 
haver conexão entre os dois. 
Irrigação arterial 
- O tronco celíaco dá origem a artéria esplênica, que 
trafega superiormente ao corpo do pâncreas até o baço, e 
vasculariza ambas as vísceras. Da artéria esplênica, que é 
bem tortuosa, se originam os ramos pancreáticos que 
irrigam o pâncreas. 
OBS: Até 10 ramos da artéria esplênica irrigam o corpo 
e a cauda do pâncreas 
- Também do tronco celíaco, se origina a artéria hepática 
comum que dá origem à artéria gastroduodenal, que se 
divide em artéria pancreaticoduodenal superior posterior e 
artéria pancreaticoduodenal superior anterior. 
- Da artéria mesentérica superior, se origina as artérias 
pancreaticoduodenais inferior anterior e posterior que 
suprem a cabeça do pâncreas e o processo uncinado. 
 
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Drenagem venosa 
- A drenagem venosa do pâncreas é feita pelas veias pancreáticas, que são tributárias das 
partes esplênica e mesentérica da veia porta, sendo que a maioria delas drena para a veia 
esplénica. 
Inervação 
- A inervação simpática é feita pelos nervos esplâncnicos maior e menor. Esses nervos 
carregam fibras pré ganglionares simpáticas que fazem sinapse nos gânglios pré vertebrais 
(celíaco e mesentérico superior) 
- A inervação parassimpática é oriunda do nervo vago

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