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Contratos - Plano de aula 16 - Contrato Estimatório

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CURSO DE DIREITO
DIREITO DOS CONTRATOS
PROFESSOR: LAURICIO ALVES CARVALHO PEDROSA
Plano de aula 16 – Contrato Estimatório
(CC, arts. 534 a 537)
Conceito. Características. Utilidade
Através dele uma parte (consignante ou tradens), faz a entrega a outra (consignatária ou accipiens) de coisas móveis, a fim de que esta conclua a venda em um prazo e preço fixados
Não havia sido disciplinado pelo Código Civil de 1916
Trata-se de contrato real, pois só se aperfeiçoa com a efetiva entrega de bem móvel
É um contrato oneroso, comutativo e bilateral
O tradens ou consignante ostenta a condição de dono, titular da disponibilidade da coisa móvel dada em consignação
O consignatário recebe a coisa com o intuito de vendê-la segundo o preço e condições estabelecidas pelo consignante
O contrato estabelece uma obrigação alternativa, pois o consignatário pode optar entre devolver a coisa ou pagar o preço
O consignatário auferirá lucro no sobrepreço que obtiver da venda
É utilizado com freqüência para bens duráveis, a exemplo de veículos usados, eletrodomésticos, artigos de arte, livros etc.
Natureza jurídica
Há controvérsia na doutrina acerca de sua natureza jurídica. Para Venosa, esse contrato assemelha-se a um mandato para vender, com a peculiaridade de que o mandante não fica responsável pelos atos do accipiens perante terceiros�. No mesmo sentido, manifesta-se Gonçalves�. Para Caio Mário da Silva Pereira, trata-se de uma obrigação alternativa�. 
Carlos Roberto Gonçalves o classifica como contrato de natureza real, pois se aperfeiçoa com a entrega da coisa ao consignatário, oneroso e comutativo�.
Para Orlando Gomes, consiste em uma venda sob a condição de que o comprador revenda em certo prazo, venda a qual se adjetivaria o pacto de se desfazer, se o comprador não conseguir vender as coisas recebidas�.
Nesse contrato, o consignante, embora dono da coisa, perde sua disponibilidade para o consignatário
Direitos e obrigações do consignante
Deve entregar a coisa móvel, bem como sua disponibilidade
Ao final do prazo do contrato ou da notificação, terá direito ao preço ou à restituição do bem.
Durante o lapso contratual, não pode pretender a restituição nem turbar a posse do consignatário (CC, art. 537)
Como a propriedade permanece com o consignante, a coisa não pode ser penhorada por credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço (CC, art. 536)
Direitos e deveres do consignatário
A restituição ao consignante constitui obrigação facultativa do accipiens
Entende-se que o prazo é concedido em favor do consignatário, salvo disposição em contrário
O consignatário responde pela perda ou deterioração da coisa e continua obrigado pelo preço estimado (CC, art. 535)
Os gastos ordinários com a conservação pertencem ao consignante, salvo disposição contratual em contrário
Estimação do preço
O contrato estimatório não se aperfeiçoa enquanto não for estipulado o preço
As partes podem estabelecer que o preço seja fixado por um terceiro ou por cotação em bolsa, o que não desnatura o instituto.
Segundo Caio Mário da Silva Pereira, o preço de oferta, ou seja, o que será exposto à venda, não importa, pois o preço estimado é aquele que figura nas relações entre consignante e consignatário. Sobre esse preço incide o direito do consignante, ainda que tenha havido variação para mais ou para menos no preço final�.
Caso o consignatário esteja autorizado a estabelecer o preço, o negócio estará descaracterizado como contrato estimatório�
Uma vez decorrido o prazo, sem o pagamento do preço ou restituição da coisa, o consignatário submete-se aos efeitos da mora
� VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil. Vol III: Contratos em espécie. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 538.
� GONÇALVES, Carlos Roberto.Direito civil brasileiro. Vol. III: Contratos. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006,p. 251.
� PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Vol. III: Contratos. 13 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p.198.
� GONÇALVES, 2006, p. 251.
� GOMES, Orlando. Contratos. 26 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p. 284.
� PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. Vol. III: Contratos. 13 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009, p.199.
� VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil. Vol. III: Contratos em espécie. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 539.
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