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Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo Curso de Engenharia Civil Laboratório de Materiais para Construção Civil Professor(a): Gianne Ferreira Alves DETERMINAÇÃO DA MASSA UNITÁRIA E DO VOLUME DE VAZIOS EM AGREGADOS (NBR NM 45:2006) 6º B 207609, Cássio Rigo Altoé 205121, Henrique Alves Moreira 208103, Jeferson Candido Bettero 206331, João Guilherme Schwartz 205694, Tiogo Stein Dias Cachoeiro de Itapemirim – ES Setembro/2015 Cássio Rigo Altoé Henrique Alves Moreira Jeferson Candido Bettero João Guilherme Schwartz Tiogo Stein Dias DETERMINAÇÃO DA MASSA UNITÁRIA E DO VOLUME DE VAZIOS EM AGREGADOS (NBR NM 45:2006) Relatório Descritivo de Procedimentos Experimentais realizados no Laboratório para avaliação da disciplina de Laboratório de Materiais de construção civil do Curso de Engenharia Civil, do Centro Universitário São Camilo, ministrado pela Prof.ªGianne Ferreira Alves. Cachoeiro de Itapemirim – ES Setembro/2015 SUMÁRIO INTRODUÇÃO Segundo Petrucci (1970) define-se agregado como o material granular, sem forma e volume definidos, geralmente inerte de dimensões e propriedades adequadas para a engenharia. Os agregados conjuntamente com os aglomerantes, especificamente o cimento, formam o principal material de construção; o concreto. Pela importância, é fundamental o conhecimento das propriedades dos agregados, pois influenciam diretamente no comportamento desses. Os agregados miúdos (areias) e os agregados graúdos (seixos e britas) apresentam características distintas de propriedades físicas e que são determinadas através de ensaios experimentais. Neste relatório será descrito a forma utilizada em um experimento para determinação da massa unitária e do volume de vazios conforme NBR NM45: 2006, sendo que a massa unitária é a relação entre a massa do agregado lançado no recipiente sem compactação, incluindo os vazios entre os grãos e o volume desse recipiente. Enquanto volume de vazios é o espaço entre os grãos de uma massa de agregado (NBR/NM45: 2006). OBJETIVO Este procedimento experimental tem por objetivo, determinar a massa unitária e o volume de vazios do agregado miúdo no estado solto fundamentado nas normas: NBR/NM 45:2006; NBR 7211:2009; NBR/NM 26:2009; NBR 7251. É utilizado na transformação de massa para volume com vazios entre os grãos de agregados, aplicação em concreto dosado em volume e para controle de recebimento e estocagem de agregados em volumes. A massa unitária também serve como parâmetro para classificação do agregado quanto à densidade. No final desse relatório serão discutidos os resultados e os possíveis erros apresentados em estudo, baseado nos resultados obtidos. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Os materiais e equipamentos utilizados no procedimento experimental foram: Estufa; Balança com sensibilidade de 0,1g (Figura 2); Concha (Figura 1); Espátula; Pincel (Figura 1); Régua (Figura 1); Recipiente cilíndrico com volume de 565,49 cm³ (Figura 2); Figura 1 – Concha, pincel e régua (Autor, 2015). Figura 2 – Balança e recipiente cilíndrico (Autor, 2015). PROCEDIMENTOS Inicialmente, o material ensaiado foi retirado de uma amostra de pó de pedra previamente coletada e devidamente acondicionada, de modo a garantir a manutenção das suas características. Posteriormente, para a determinação da massa unitária, a amostra passou pelo processo de secagem em estufa a 110°C até a constância de sua massa. Logo após, foi separado uma amostra com volume que consistia em no mínimo duas vezes o do recipiente a ser utilizado. Reunidos todos os materiais, procede-se a execução do ensaio, tomando-se, com o auxílio da pá metálica, amostra de pó de pedra e fazendo-se o seu lançamento no recipiente a uma altura em torno de 10 a 15 cm da borda superior deste, de forma a evitar a compactação do material. O lançamento foi realizado de forma a espalhar de maneira uniforme o material dentro do recipiente (Figura 3). O processo repetiu-se até que todo o recipiente fosse preenchido. Figura 3 – Preenchimento do recipiente com amostra de pó de pedra (Autor, 2015). Com o auxílio de uma régua, procedeu-se a regularização da superfície de forma a deixá-la nivelada em relação às bordas do recipiente conforme mostra a figura 4. Figura 4 – Regularização da superfície (Autor, 2015). Finalmente, pesou-se o recipiente com o agregado miúdo para leitura de sua massa (Figura 5) e anotaram-se os dados. Conforme NBR/NM – 45:2006, todo esse processo foi repetido no total de três amostras. Figura 5 – Aferição do peso agregado + recipiente (Autor, 2015). RESULTADOS Realizados todos os procedimentos de execução do ensaio, conforme preconiza a NBR/NM – 45:2006, foram obtidos os resultados a seguir. Para determinar a massa unitária, precisa-se conhecer o volume do recipiente e a massa dos agregados. Para essa determinação foi utilizada a equação: Vr = × H Tendo 12 cm de diâmetro e 5 cm de altura o recipiente, foi calculado o volume do recipiente, obtendo o seguinte valor: Vr = 565,49 cm³ Sendo assim, foram obtidos os seguintes resultados: Tabela 1 Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Mr (g) Mra (g) Vr (cm³) Mr (g) Mra (g) Vr (cm³) Mr (g) Mra (g) Vr (cm³) 58,19 918,65 565,49 58,19 915,12 565,49 58,19 906,25 565,49 Onde: Mr = massa do recipiente Mra = Massa do recipiente com a amostra Vr = Volume do recipiente Para cálculo das massas unitárias foi utilizada a seguinte equação: ɣ = ( Mra - Mr) / Vr Onde: ɣ = massa unitária do agregado miúdo, expressa em g/cm3 A tabela 2 apresenta os valores das massas unitárias das 3 amostras e o valor unitário médio das massas das 3 amostras, que foi calculada pelo somatório de todas as massas dividido pela quantidade de itens. Tabela 2 ɣ1(g/cm³) ɣ2(g/cm³) ɣ3(g/cm³) ɣmédio (g/cm³) 1,52 1,51 1,50 1,51 Conforme NBR NM45: 2006, os resultados iniciais não devem apresentar desvios maiores de 1% em relação à média. Sendo assim, para verificação da exigência conforme estabelecido pela norma, realizou-se um comparativo entre as massas unitárias. Como mostra a tabela 3, ficou evidente que os valores mantiveram-se dentro do percentual estabelecido pela norma. Tabela 3 Percentual de Diferença em Relação à Média Média (g/cm³) Massa unitária (g/cm³) Desvio (%) 1,51 1,52 0,66 1,51 1,51 0 1,51 1,50 0,66 Além disso, a NBR NM45: 2006 determina que, duas determinações consecutivas, feitas com amostras do mesmo agregado, não devem diferir entre si de mais de 0,05g/cm3, portanto os resultados foram expressos com duas casas decimais. Sendo assim, a tabela 4 apresenta as diferenças entre as determinações consecutivas, e fica notório que os valores mantiveram-se dentro estabelecido pela NBR. Tabela 4 Diferença entre as determinações consecutivas | ɣ1 - ɣ2| 0,01 g/cm³ | ɣ2 - ɣ3| 0,01 g/cm³ DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Com o ensaio de determinação da massa unitária e do volume de vazios do agregado miúdo solto normalizado pela a NBR NM45: 2006 realizado no laboratório de construção do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário São Camilo foi possível analisar três determinações do material miúdo já seco e realizar a média entre eles assim sendo possível efetuar os cálculos de massa unitária que constata que os materiais testados foram aprovados e estão dentro da Normas Brasileiras de Regulamentação. Com este ensaio é possível se obter o valor do agregado miúdo com os espaços de ar entre as partículas do pó de pedra. A partir deste volume do agregado com os espaços de ar consegue-se montar com maior precisão o volume de cada material para a formação do traço de concreto por exemplo. Percebeu-se que pelo agregadoser pó de pedra, classificado como miúdo, possui um numero de vazios em uma amostragem menor do que os agregados graúdos devido ao formato de seus grãos, sendo assim, conclui-se que o agregado miúdo possui a massa unitária maior do que o agregado graúdo devido a menor quantidade de vazios em uma amostra igual. O agregado utilizado (pó de pedra) fornecido pela empresa Minerasul, possui peso específico de 2700 kg/m3 conforme conversado com o laboratorista da mesma. Por isso, o agregado é classificado como pesado, pelo fato de possuir peso específico maior que 2080 kg/m3 conforme estabelecido pela NBR 7211. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PETRUCCI, E. G. R. Concreto de cimento Portland. 10ª Edição. São Paulo: GLOBO, 1970. ABNT. Agregados – Determinação da massa unitária e do volume de vazios – NBR/NM 45:2006. Disponível em: <http://docslide.com.br/documents/nbr-nm-45-2006-agregados-determinacao-da-massa-unitaria-e-do-volume-de-vazios.html> Acesso em: 15 Set. 2015. ABNT. Agregados para Concreto – Especificações – NBR 7211:2009. Disponível em: <http://areiaovitoria.com.br/download/NBR%207211.pdf> Acesso em: 15 Set. 2015. ABNT. Agregados – Amostragem: Procedimento – NBR/NM 26:2009. Disponível em: <http://docslide.com.br/documents/nbr-nm-26-amostragem.html> Acesso em: 20 Set. 2015 ABNT. Agregados em estado solto – NBR 7251. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/237928421/NBR-7251-Determinacao-de-Massa-Unitaria#scribd> Acesso em: 20 Set. 2015. ANEPAC.Associação nacional de entidades de produtores de agregados para construção civil. Disponível em: <http://www.anepac.org.br/wp/>. Acesso em 29 ago. de 2015. DNER. Departamento Nacional de Estradas e Rodagens. Diretoria de desenvolvimento tecnológico – IPR. Agregados – determinação do teor de materiais pulverulentos. Rio de Janeiro. Disponível em: < http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNER-ME266-97.pdf>. Acesso em 20 ago. de 2015.
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