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Física IV Maiza Ozório Faculdade de Ciência e Tecnologia , FCT/UNESP Presidente Prudente, 24 de março de 2014 Conteúdo: • Combinações de lentes delgadas; • Instrumentos óticos; • Interferência; • Difração. Combinações de lentes delgadas Calcula –se a imagem formada pela primeira lente como se a segunda lente não estivesse presente; a luz se aproxima da segunda lente como se estivesse vinda da imagem formada pela primeira lente; a imagem da primeira lente é tratada como objeto para a segunda lente; a imagem formada pela segunda lente é a imagem final. Supondo duas lentes delgadas de distância focais f1 e f2: 𝟏 𝒔𝟏 + 𝟏 𝒔𝟏′ = 𝟏 𝒇𝟏 𝒔𝟐=−𝒔𝟏′ 𝟏 𝒔𝟐 + 𝟏 𝒔𝟐′ = 𝟏 𝒇𝟐 (1) (2) − 𝟏 𝒔𝟏′ + 𝟏 𝒔𝟐′ = 𝟏 𝒇𝟐 Fazendo (1) + (2): (2) 𝟏 𝒔𝟏 + 𝟏 𝒔𝟏′ − 𝟏 𝒔𝟏′ + 𝟏 𝒔𝟐′ = 𝟏 𝒇𝟏 + 𝟏 𝒇𝟐 𝟏 𝒔𝟏 + 𝟏 𝒔𝟐′ = 𝟏 𝒇𝟏 + 𝟏 𝒇𝟐 𝟏 𝒇𝒆𝒒 = 𝟏 𝒇𝟏 + 𝟏 𝒇𝟐 Duas lentes delgadas em contato são equivalentes a uma única lente delgada cuja distância focal é dada pela equação 3. (3) Instrumentos Óticos: lente de aumento simples Ampliação Angular mθ: 𝒎𝜽 = 𝜽′ 𝜽 A ampliação angular de uma lente de aumento simples é definida como a razão entre o ângulo ocupado pela imagem produzida pela lente e o ângulo ocupado pelo objeto quando o objeto se encontra no ponto próximo do observador. Ângulos pequenos tan θ ≈ θ tan θ’ ≈ θ’ 𝜽 ≈ 𝒉 𝟐𝟓 𝜽′ ≈ 𝒉 𝒇 𝒎𝜽 ≈ 𝟐𝟓 𝒄𝒎 𝒇 Ampliação angular máxima A ampliação é máxima quando s’ → Pp s’ = 25 cm 𝟏 𝒔 + 𝟏 𝒔′ = 𝟏 𝒇 𝟏 𝒔 + 𝟏 −𝟐𝟓 𝒄𝒎 = 𝟏 𝒇 𝒔 = 𝟐𝟓𝒇 𝒇 + 𝟐𝟓 𝒎𝜽 = 𝜽′ 𝜽𝟎 Ângulos pequenos tan θ0 ≈ θ0 tan θ ≈ θ 𝜽 ≈ 𝒉 𝒔 𝜽𝟎 ≈ 𝒉 𝟐𝟓 𝒎𝜽 = 𝒉 𝒔 𝒉 𝟐𝟓 = 𝟐𝟓 𝒔 = 𝟐𝟓 𝟐𝟓𝒇 𝒇 + 𝟐𝟓 = 𝟏 + 𝟐𝟓 𝒇 Aumento máximo!!! Instrumentos Óticos: microscópio composto Objetiva → f0b ˂ 1cm Ocular → foc (alguns centímetros) foc ˃ f0b L ˃ fob L ˃ foc 𝒎𝒐𝒃 = − 𝒔𝟏′ 𝒔𝟏 𝒔𝟏 ′ ≈ 𝑳 𝒔𝟏 ≈ 𝒇𝒐𝒃 𝒎𝒐𝒃 = − 𝑳 𝒇𝒐𝒃 (ampliação lateral) 𝒎𝒐𝒄 = 𝟐𝟓 𝒄𝒎 𝒇𝒐𝒄 (ampliação angular) Ampliação final do microscópio composto: 𝑴 = 𝒎𝒐𝒃𝒎𝒐𝒄 = − 𝑳 𝒇𝒐𝒃 𝟐𝟓 𝒄𝒎 𝒇𝒐𝒄 Instrumentos Óticos: telescópio refrator 𝑳 = 𝒇𝒐𝒃 + 𝒇𝒐𝒄 𝒎𝜽 = 𝜽 𝜽𝟎 𝜽𝟎 ≈ 𝒉′ 𝒇𝒐𝒄 𝜽 ≈ 𝒉′ 𝒇𝒐𝒄 𝒎𝜽 = 𝒉′ 𝒇𝒐𝒄 𝒉′ 𝒇𝒐𝒃 = 𝒇𝒐𝒃 𝒇𝒐𝒄 Interferência Ótica Ondulatória → a luz como uma onda Primeiro a apresentar uma teoria ondulatória → físico holandês Christian Huygens Princípio de Huygens Todos os pontos de uma frente de onda se comporta como fontes pontuais de ondas secundárias. Depois de um intervalo de tempo t, a nova posição da frente de onda é dada por uma superfície tangente a essas ondas secundárias. Onda se propagando no vácuo Interferência: a lei da refração Princípio de Huygens → Lei de Snell - - - - - - - - 𝜽𝟏 O ângulo θ1 é o ângulo entre a frente de onda e o plano de interface; esse ângulo é igual ao ângulo entre a normal à frente de onda e a normal e a interface (ângulo de incidência). expansão Tempo necessário para a expansão é: ∆𝒕 = 𝝀𝟏 𝒗𝟏 No mesmo intervalo de tempo, temos: ∆𝒕 = 𝝀𝟐 𝒗𝟐 Igualando os dois tempos de percurso, obtemos a relação: 𝝀𝟏 𝝀𝟐 = 𝒗𝟏 𝒗𝟐 Os comprimentos de onda da luz em meios diferentes são proporcionais à velocidade da luz nesses meios. - - - - - - - - 𝜽𝟐 - - - - - - - - 𝜽𝟏 𝜽𝟏 O ângulo de θ2 entre a frente de onda da onda refratada e a superfície, é o ângulo de refração Para os triângulos retângulos hce e hcg, podemos escrever: 𝒔𝒆𝒏𝜽𝟏 = 𝝀𝟏 𝒉𝒄 𝒔𝒆𝒏𝜽𝟐 = 𝝀𝟐 𝒉𝒄 para o triângulo hce para o triângulo hcg Dividindo a primeira dessas equações pela segunda, temos: 𝒔𝒆𝒏𝜽𝟏 𝒔𝒆𝒏𝜽𝟐 = 𝝀𝟏 𝝀𝟐 = 𝒗𝟏 𝒗𝟐 A refração ocorre na superfície e faz a onda mudar de direção. Interferência: a lei da refração - - - - - - - - 𝜽𝟐 - - - - - - - - 𝜽𝟏 𝜽𝟏 Índice de refração (n) para cada meio: 𝒏 = 𝒄 𝒗 Em nosso caso particular: 𝒏𝟏 = 𝒄 𝒗𝟏 𝒏𝟐 = 𝒄 𝒗𝟐 e 𝒔𝒆𝒏𝜽𝟏 𝒔𝒆𝒏𝜽𝟐 = 𝒗𝟏 𝒗𝟐 Combinando as equações, temos: 𝒔𝒆𝒏𝜽𝟏 𝒔𝒆𝒏𝜽𝟐 = 𝒄 𝒏𝟏 𝒄 𝒏𝟐 = 𝒏𝟐 𝒏𝟏 ou 𝒏𝟏𝒔𝒆𝒏𝜽𝟏 = 𝒏𝟐𝒔𝒆𝒏𝜽𝟐 Lei da refração ou Lei de Snell Observação: ao mudar de meio n1 para n2 a frequência é inalterada. Interferência: defasagem ao atravessar dois meios O comprimento de onda da luz em qualquer meio depende do índice de refração do meio. Suponha que uma certa luz monocromática tem um comprimento de onda λ e uma velocidade c no vácuo e um comprimento de onda λn e uma velocidade v em um meio cujo índice de refração é n. 𝝀 𝝀𝒏 = 𝒄 𝒗 𝝀𝟏 𝝀𝟐 = 𝒗𝟏 𝒗𝟐 → 𝝀𝒏 = 𝝀 𝒗 𝒄 → 𝒗 𝒄 = 𝟏 𝒏 𝝀𝒏 = 𝝀 𝒗 𝒄 = 𝝀 𝒏 𝒏 = 𝒄 𝒗 Como , logo Então: Quanto maior o índice de refração do meio, menor o comprimento de onda nesse meio. E a frequência!?? 𝒗 = λ𝒇 → 𝒇𝒏 = 𝒗 𝝀𝒏 𝒇𝒏 = 𝒄 𝒏 𝝀 𝒏 = 𝒄 𝝀 = 𝒇 (A frequência da luz é a mesma no meio e no vácuo) Interferência: defasagem ao atravessar dois meios A diferença dos índices de refração produz uma diferença de fase entre as duas ondas. Cálculo da diferença de fase em termos de comprimento de onda: Primeiro contamos o número de comprimentos de onda (N1) no comprimento L do meio 1: 𝝀𝒏𝟏 = 𝝀 𝒏𝟏 𝑵𝟏 = 𝑳 𝝀𝒏𝟏 = 𝑳𝒏𝟏 𝝀 Em seguida contamos o número de comprimentos de onda (N2) no comprimento L do meio 2: 𝝀𝒏𝟐 = 𝝀 𝒏𝟐 𝑵𝟐 = 𝑳 𝝀𝒏𝟐 = 𝑳𝒏𝟐 𝝀 Interferência: defasagem ao atravessar dois meios Para calcular a diferença de fase entre as duas ondas, basta determinar o módulo da diferença entre N1 e N2. Supondo que n2 ˃ n1, temos: 𝑵𝟐 − 𝑵𝟏 = 𝑳𝒏𝟐 𝝀 − 𝑳𝒏𝟏 𝝀 = 𝑳 𝝀 𝒏𝟐 − 𝒏𝟏 Difração Um feixe luminoso que passa por uma fenda sofre um alargamento (é difratado). Para um comprimento de onda λ, quanto menor a largura da fenda mais pronunciada é a difração. Difração Quando uma onda encontra um obstáculo que possui uma abertura de dimensões comparáveis ao comprimento de onda, a parte da onda que passa pela abertura se alarga (é difratada) na região que fica do outro lado do obstáculo. Esse alargamento ocorre de acordo com o Princípio de Huygens. A difração não se limita apenas às ondas luminosas, mas pode ocorrer com ondas de todos os tipos. Difração: Experimento de Young provou que a luz é uma onda; demonstrou que a luz sofre interferência; conseguiu medir o comprimento de onda médio da luz solar (570 nm). O experimento... Figura de Interferência franjas brilhantes e escuras Difração: Experimento de Young Interferência construtiva → franjas brilhantes Interferência destrutiva → franjas escuras Difração: Experimento de Young (a) As duas ondas emergem das fendas em fase e atingem o anteparo no ponto central P. Como estas ondas percorrem a mesma distância, as duas chegam em fase em P, e então ocorre interferência construtiva, e se tem franja brilhante; (b) as duas ondas emergemem fase, mas a onda de cima tem que percorrer um comprimento de onda a mais para atingir o ponto Q sobre o anteparo. A onda de cima está atrasada em relação a de baixo por exatamente um comprimento de onda, as duas atingem Q em fase, e então temos uma franja brilhante; (c) a onda de cima atrasou-se meio comprimento de onda em relação à onda de baixo, isto quer dizer que o mínimo da onda de baixo se superpõe um máximo da onda de cima, o que provoca interferência destrutiva, e se tem uma franja escura. Difração: Experimento de Young Relações quantitativas na experiência de Young ∆𝑳 = 𝒓𝟐 − 𝒓𝟏 = 𝒅𝒔𝒆𝒏𝜽 Se a diferença de percurso for nula, ou igual a um número inteiro de comprimento de onda, então as duas ondas estão em fase em P e haverá INTERFERÊNCIA CONSTRUTIVA. ∆𝑳 = 𝒅𝒔𝒆𝒏θ = 𝒎λ 𝒎 = (𝟎, ±𝟏, ±𝟐, … ) O número m é a ordem da franja. A franja central brilhante em θ = 0 (m = 0) é o máximo de ordem zero. O primeiro máximo de qualquer dos lados deste, com m = ±1 é o máximo de primeira ordem, e assim por diante. 𝑳 ≫ 𝒅 Difração: Experimento de Young Analogamente, quando a diferença de percurso for um múltiplo de λ/2, as duas ondas que chegam em P estarão 180º fora de fase, e a INTERFERÊNCIA DESTRUTIVA. ∆𝑳 = 𝒅𝒔𝒆𝒏𝜽 = (𝒎 + 𝟏 𝟐 )𝝀 𝒎 = (𝟎, ±𝟏, ±𝟐, … ) 𝒅 ≫ λ Posição das franjas brilhantes e escuras 𝒔𝒆𝒏θ ≈ 𝒕𝒂𝒏θ = 𝒚 𝑳 𝒅𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝒎𝝀 → 𝒔𝒆𝒏θ = 𝒎𝝀 𝒅 Então: 𝒚𝒃𝒓𝒊𝒍 = 𝒎𝝀𝑳 𝒅 𝒚𝒆𝒔𝒄 = (𝒎 + 𝟏 𝟐)𝝀𝑳 𝒅
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