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Disciplina: Manejo e conservação do solo. 
Professor: Rafael Gouveia de Andrade 
1. Aspectos gerais da física, química, morfologia e conservação dos solos, 
aptidão agrícola das terras. 
1.1. Clima e agricultura 
Apesar dos recentes avanços tecnológicos e científicos, o clima ainda é a mais 
importante variável na produção agrícola. Isto ocorre através das influências que o clima 
exerce nos vários estágios da produção agrícola como plantio, colheita, transporte, 
comercialização, armazenagem. Qualquer sistema agrícola é um ecosistema feito pelo 
homem que depende do clima para funcionar como o sistema natural. Os principais 
elementos que afetam a produção agrícola são os mesmo que afetam a vegetação 
natural: entre eles a radiação solar, a temperatura e a umidade. Estes parâmetros que 
vão determinar em larga escala a distribuição global dos cultivos e da pecuária, assim 
como a produtividade agrícola e dos rebanhos dentro de uma determinada zona 
climática. Todos os cultivos têm limites climáticos para a produção econômica embora 
muitos paradigmas tenham sido quebrados nos últimos tempos. Levemos em conta que 
uma variável climática pode se modificar mediante outra variável, pois elas estão inter-
relacionadas na influência que exercem sobre os cultivos e rebanhos, além das variáveis 
anuais ou sazonais. Considerando os ambientes climáticos dos cultivos e criações, se 
desenvolvem os microclimas em torno, que são de vital importância, assim como no 
interior do solo e nas proximidades da área, que podem ser bastante diferentes do 
ambiente do cultivo. A escolha da cultura a ser plantada começa pelas características 
climáticas locais, uma vez que dependem de fatores como solo, calor, precipitação, 
umidade relativa e sazonalidade. 
1.2. Solo e meio ambiente 
A vida dos homens e animais domésticos está condicionada aos elementos 
indispensáveis à subsistência. O meio ambiente em que vivem deve ter ar puro, para 
atender a uma das funções orgânicas básicas - a respiração; água potável, para 
satisfazer às necessidades hídricas, e alimentos com boa qualidade e em quantidades 
suficientes. A fonte fornecedora desse combustível, que faz a máquina/homem ou 
animal viver, caminhar e exercer outras atividades é o solo. É desse elemento que o 
homem retira direta ou indiretamente o seu alimento. O solo deve ser fértil, para atender 
às demandas da população, em quantidade e qualidade. Se o solo for deficiente em um 
elemento químico, as plantas nele cultivadas serão carentes nessa qualidade. Quando 
o homem deixou de ser nômade, sentiu necessidade de prover sua subsistência e da 
família. Ao retirar a manta vegetal que cobria o terreno para, em seu lugar, realizar uma 
exploração, o homem expõe o solo à ação direta da água da chuva e/ou vento que, pela 
ação erosiva provoca o seu desgaste, portanto, a perda de nutrientes indispensáveis às 
culturas. A terra carreada pelas enxurradas vai se depositar em leito dos rios e de 
reservatórios e, após uma chuva forte, ocasiona inundações provocando danos 
ambientais. Quando o agricultor e/ou pecuarista usam fertilizantes e outros produtos 
químicos, em terrenos não devidamente protegidos contra os efeitos erosivos da água 
da chuva, essas substâncias são carreadas juntamente com a terra para cursos d'água, 
ocasionando sua degradação, alterando as condições ambientais e prejudicando 
diretamente a subsistência da flora e da fauna aquáticas e, também, dos seres humanos 
e dos animais que dependem desta fonte para atender às suas necessidades de água. 
A manutenção das características produtivas dos solos é uma atividade indispensável 
à subsistência humana, pela importância do fornecimento direto ou indireto dos 
alimentos; porque a ação erosiva da água da chuva, carreando a terra para locais 
indesejáveis, acarreta uma série de prejuízos ao meio ambiente, com consequências 
sócio econômicas. Os objetivos das práticas conservacionistas são eliminar a ação da 
água da chuva e do vento sobre os terrenos, a fim de evitar danos ambientais; que os 
solos atendam às necessidades alimentares da população atual e mantenham suas 
qualidades potenciais para satisfazer às solicitações das gerações futuras. 
Complementarmente, os Conservacionistas trabalham para que a cobertura vegetal e 
os restos culturais sejam incorporados ao solo, eliminando a queima, cuja consequência 
imediata é a poluição do ar ambiental, ocasionando danos à saúde do homem e dos 
animais, além dos estragos sobre os terrenos e o maléfico efeito estufa. O solo tem as 
funções de servir de suporte mecânico para os vegetais e reter a umidade, libertando 
os nutrientes e o oxigênio para as raízes, quando as plantas dele necessitam. O solo 
agrícola é a parte mais externa da crosta terrestre que sofreu a ação dos agentes das 
intempéries. A riqueza mineral de um solo é variável com os elementos constituintes da 
rocha-matriz. A manta de vegetação protetora do solo, que surge após a sua 
constituição pode ser retirada pelo agricultor, ao realizar uma lavoura, pelos animais, 
por pastoreio ou eliminada pelas queimadas sucessivas. A degradação do solo resulta 
nas alterações de suas características físicas, químicas e biológicas, perda da 
capacidade de retenção da umidade e diminuição dos nutrientes, reduzindo as 
condições de desenvolvimento das culturas e aumentando a suscetibilidade à ação da 
erosão hídrica e eólica. Meio-ambiente é o conjunto dos elementos que cercam o ser 
vivo, podendo ser biológicos e físicos (ou abióticos); nestes últimos destacam-se o 
clima, os solos e os recursos hídricos. Há uma interação de efeitos desses elementos. 
Devido a esse inter-relacionamento, o solo, a água e as florestas ocupam lugar de realce 
na qualidade do ambiente. A preservação desses elementos é fundamental para a 
sustentabilidade dos seres vivos. O objeto básico da ecologia é o estudo das relações 
entre os organismos e o ambiente em que vivem. O sistema ecológico que engloba o 
conjunto de organismos de uma área (comunidade biótica) e os fatores abióticos a ela 
associados, com suas possíveis inter-relações é denominado ecossistema. O 
desenvolvimento sustentável objetiva demonstrar a preocupação da sociedade com a 
agressão dos elementos da natureza e realça que as atividades para o desenvolvimento 
da humanidade sejam realizadas de modo a preservar as qualidades essenciais dos 
recursos naturais. Sistema agrícola sustentável é a garantia da satisfação das 
necessidades da população atual, mantida a qualidade ambiental e a preservação dos 
recursos naturais, a fim de conservar a potencialidade produtiva dos elementos 
essenciais, não vindo a ocasionar restrições à subsistência das gerações futuras. A 
Agricultura Conservacionista é a utilização dos elementos naturais, de modo a que as 
atividades produtivas sejam realizadas de acordo com a capacidade potencial de cada 
gleba, objetivando a garantia da demanda da população atual, sem comprometer o 
atendimento da subsistência dos futuros habitantes. É executada com base no 
levantamento das condições de cada gleba a fim de, superando os fatores restritivos ou 
limitantes (se existentes), planejar o seu manejo e uso com o emprego de insumos (se 
necessário) e de processos que evitem a ação dos agentes erosivos e que possibilitem 
as explorações mais econômicas para cada terreno, em função de suas peculiaridades. 
A agricultura conservacionista é baseada na classificação da capacidade-de-uso das 
terras, feita através da interpretação do levantamento do meio-físico efetuado nas 
glebas. Objetiva o planejamento da utilização e manejo adequado do solo, culturas e 
processos conservacionistas. A Agricultura Conservacionista, embora tenha os mesmos 
fins que a Agricultura Sustentável, possui uma sistemática definida, devidamente 
adaptada às condições de tipos de solo, clima e culturas realizadas no território 
brasileiro. O solo é a formação natural quese desenvolve na porção superficial da crosta 
terrestre. Ele é resultado essencialmente da interação dos processos físicos, químicos 
e biológicos sobre as rochas superficiais da crosta terrestre (DERISIO, 2000). Na 
definição da EMBRAPA (2004), solo é um recurso natural que deve ser utilizado como 
patrimônio da coletividade, independente do seu uso ou posse. É um dos componentes 
vitais do meio ambiente e constitui o substrato natural para o desenvolvimento das 
plantas. A ciência da conservação do solo preconiza um conjunto de medidas, 
objetivando a manutenção ou recuperação das condições físicas, químicas e biológicas 
do solo, estabelecendo critérios para o uso e manejo das terras, de forma a não 
comprometer sua capacidade produtiva. Estas medidas visam protegê-lo, prevenindo-o 
dos efeitos danosos da erosão, aumentando a disponibilidade de água, de nutrientes e 
da atividade biológica do mesmo, criando condições adequadas ao desenvolvimento 
das plantas. As principais áreas de preservação ambiental frequentemente encontram-
se nas zonas rurais: áreas de mananciais, nascentes, corpos d’água, maciços vegetais, 
dentre outros recursos naturais. Faz-se necessária a verificação das condições dessas 
áreas e a possibilidade da recuperação das áreas degradadas, em face de luta contra 
a desertificação e a defesa da biodiversidade, reforçando a sustentabilidade econômica 
e territorial (LIMA, 2003). Após a retirada da cobertura vegetal, o solo fica exposto a 
diversas intempéries, como o sol, a chuva, os ventos, culminando na redução de sua 
permeabilidade, em consequência de sua compactação, desencadeando sérios 
problemas, como processos erosivos, principalmente do tipo laminar, que além de 
degradar o solo também o empobrece (GUERRA et al., 2007) Todo esse processo pode 
se tornar ainda mais agressivo ao ambiente, pois o solo retirado de um determinado 
lugar pelo escoamento laminar irá se acumular no leito dos rios, causando 
assoreamentos, enchentes podendo alterar todo o ecossistema aquático (DERISIO, 
2000). O valor do solo rural não pode se restringir às questões relacionadas à produção 
agrícola, sendo de grande importância a sua função ambiental, como o de assegurar a 
quantidade e qualidade das águas, manterem a estabilidade das Áreas de Preservação 
Permanente (APP’s), ajudar na infiltração de águas e nutrientes, além de assegurar a 
existência de matéria orgânica para as plantas. 
1.3. Conservação do solo e da água 
O solo é um recurso natural que deve ser utilizado como patrimônio da 
coletividade, independente do seu uso ou posse. É um dos componentes vitais do meio 
ambiente e constitui o substrato natural para o desenvolvimento das plantas. A ciência 
da conservação do solo e da água preconiza um conjunto de medidas, objetivando a 
manutenção ou recuperação das condições físicas, químicas e biológicas do solo, 
estabelecendo critérios para o uso e manejo das terras, de forma a não comprometer 
sua capacidade produtiva. Estas medidas visam proteger o solo, prevenindo-o dos 
efeitos danosos da erosão aumentando a disponibilidade de água, de nutrientes e da 
atividade biológica do solo, criando condições adequadas ao desenvolvimento das 
plantas. Planejamento Conservacionista A solução dos problemas decorrentes da 
erosão não depende da ação isolada de um produtor. A erosão produz efeitos negativos 
para o conjunto dos produtores rurais e para as comunidades urbanas. Um plano de 
uso, manejo e conservação do solo e da água deve contar com o envolvimento efetivo 
do produtor, do técnico, dos dirigentes e da comunidade. O Agrônomo e outros 
Profissionais das ciências agrárias e ambientais, devem ser consultados para 
elaboração do planejamento de conservação do solo e da água. Princípios Básicos 
Dentre os princípios fundamentais do planejamento de uso das terras, destaca-se um 
maior aproveitamento das águas das chuvas. Evitando-se perdas excessivas por 
escoamento superficial, podem-se criar condições para que a água pluvial se infiltre no 
solo. Isto, além de garantir o suprimento de água para as culturas, criações e 
comunidades, previne a erosão, evita inundações e assoreamento dos rios, assim como 
abastece os lençóis freáticos que alimentam os cursos de água. Uma cobertura vegetal 
adequada assume importância fundamental para a diminuição do impacto das gotas de 
chuva. Há redução da velocidade das águas que escorrem sobre o terreno, 
possibilitando maior infiltração de água no solo e, diminuição do carreamento das suas 
partículas. Práticas Vegetativas Florestamento e reflorestamento Plantas de cobertura 
morta Rotação de culturas Formação e manejo de pastagem Cultura em faixa de 
bordadura Quebra vento e bosque sombreador Cordão vegetativo permanente Manejo 
do mato e alternância de capinas Práticas Edáficas Cultivo de acordo com a capacidade 
de uso da terra Controle do fogo Adubação: verde, química, orgânica Calagem Práticas 
Mecânicas Preparo do solo e plantio em nível Distribuição adequada dos caminhos 
Sulcos e camalhões em pastagens Enleiramento em contorno Terraceamento 
Subsolagem Irrigação e drenagem A escolha dos métodos / práticas de prevenção à 
erosão é feita em função dos aspectos ambientais e sócio-econômicos de cada 
propriedade e região. Cada prática, aplicada isoladamente, previne apenas de maneira 
parcial o problema. Para uma prevenção adequada da erosão, faz-se necessária a 
adoção simultânea de um conjunto de práticas. Práticas conservacionistas: Plantio em 
nível - neste método todas as operações de preparo do terreno, balizamento, 
semeadura, etc, são realizadas em curva de nível. No cultivo em nível ou contorno 
criam-se obstáculos à descida da enxurrada, diminuindo a velocidade de arraste, e 
aumentando a infiltração d’água no solo. Este pode ser considerado um dos princípios 
básicos, constituindo-se em uma das medidas mais eficientes na conservação do solo 
e da água. Porém, as práticas devem ser adotadas em conjunto para a maior eficiência 
conservacionista. Cultivo de acordo com a capacidade de uso - as terras devem ser 
utilizadas em função da sua aptidão agrícola, que pressupõe a disposição adequada de 
florestas / reservas, cultivos perenes, cultivos anuais, pastagens, etc, racionalizando, 
assim, o aproveitamento do potencial das áreas e sua conservação. Reflorestamento - 
áreas muito susceptíveis à erosão e de baixa capacidade de produção devem ser 
mantidas recobertas com vegetação permanente. Isto permite seu uso econômico, de 
forma sustentável, e proporciona sua conservação. Este cuidado deve ser adotado em 
locais estratégicos, que podem estar em nascentes de rios, topos de morros e/ou 
margem dos cursos d’água. Plantas de cobertura - objetivam manter o solo coberto no 
período chuvoso, diminuindo os riscos de erosão e melhorando as condições físicas, 
químicas e biológicas do solo. Pastagem - o manejo racional das pastagens pode 
representar uma grande proteção contra os efeitos da erosão. O pasto mal conduzido, 
pelo contrário, torna-se uma das maiores causas de degradação de terras agrícolas. 
Cordões de vegetação permanente - são fileiras de plantas perenes de crescimento 
denso, dispostas em contorno. Algumas espécies recomendadas: cana-de-açúcar, 
capim-vetiver, erva-cidreira, capim gordura, etc. Controle do fogo - o fogo, apesar de ser 
uma das maneiras mais fáceis e econômicas de limpar o terreno, quando aplicado 
indiscriminadamente é um dos principais fatores de degradação do solo e do ambiente. 
Correção e adubação do solo - como parte de uma agricultura racional, estas práticas 
proporcionam melhoramento do sistema solo, no sentido de se dispor de uma plantação 
mais produtiva e protetora das áreas agrícolas. A conservação do solo e da água 
melhora o rendimento das culturas e garante um ambiente mais saudável e produtivo, 
para a atual e as futuras gerações. 
1.4. Importância do solo e suas funções 
O solo é um recursofinito, limitado e não renovável, face às suas taxas de 
degradação potencialmente rápidas, que têm vindo a aumentar nas últimas décadas 
(pela pressão crescente das actividades humanas) em relação às suas taxas de 
formação e regeneração extremamente lentas. A formação de uma camada de solo de 
30 cm leva 1.000 a 10.000 anos a estar completa (Haberli et al, 1991). Os processos de 
degradação do solo constituem um grave problema a nível mundial, com consequências 
ambientais, sociais e económicas significativas. À medida que a população mundial 
aumenta, a necessidade de proteger o solo como recurso vital, sobretudo para produção 
alimentar, também aumenta. Nos últimos 40 anos, cerca de um terço dos solos agrícolas 
mundiais deixaram de ser produtivos do ponto de vista agrícola, devido à erosão. 
Atualmente, cerca de 77% das terras da União Europeia (UE) correspondem a áreas 
agrícolas e silvícolas, evidenciando a importância da política agrícola no território. Na 
UE, calcula-se que 52 milhões de hectares de solo, equivalendo a mais de 16% da 
superfície terrestre total, estão afetados por processos de degradação; nos países 
candidatos à adesão esta percentagem ronda os 35%, de acordo com o mapa mundial 
do estado de degradação do solo induzida pelo Homem (Projecto GLASOD, 1992). Por 
outro lado, os solos com melhor qualidade encontram-se dispersos e confinados muitas 
vezes a áreas com grande pressão para o uso da terra, nomeadamente para construção 
imobiliária. As zonas costeiras mediterrâneas completamente livres de construção 
continuam a diminuir, representando, em 1996, apenas 29% das zonas costeiras 
italianas. Evidencia-se assim a necessidade de planificar devidamente a afetação dos 
solos e o ordenamento do território. A agricultura e a silvicultura dependem do solo para 
a fixação de raízes, fornecimento de água e nutrientes, sendo este também fonte de 
outras matérias-primas como a argila, areias, minerais e turfa. Além disso, o solo 
armazena e transforma parcialmente minerais, água, matéria orgânica e diversas 
substâncias químicas, possuindo uma capacidade elevada de filtragem e efeito tampão, 
intimamente relacionada com a sua carga de matéria orgânica, limitando a erosão e 
difusão da poluição do solo para a água. O solo desempenha uma grande variedade de 
funções vitais, de caráter ambiental, ecológico, social e econômico, constituindo um 
importante elemento paisagístico, patrimonial e físico para o desenvolvimento de 
infraestruturas e atividades humanas O solo é um meio vivo e dinâmico, constituindo o 
habitat de biodiversidade abundante, com padrões genéticos únicos, onde se encontra 
a maior quantidade e variedade de organismos vivos, que servem de reservatório de 
nutrientes. Uma grama de solo em boas condições pode conter 600 milhões de bactérias 
pertencentes a 15.000 ou 20.000 espécies diferentes. Nos solos desérticos, estes 
valores diminuem para 1 milhão e 5.000 a 8.000 espécies, respectivamente. A atividade 
biológica, dependente da quantidade de matéria orgânica presente no solo, elimina 
agentes patogênicos, decompõe a matéria orgânica e outros poluentes em 
componentes mais simples (frequentemente menos nocivos) e contribui para a 
manutenção das propriedades físicas e bioquímicas necessárias para a fertilidade e 
estrutura dos solos.

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