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1. Sistema de forças 1.1. Conceitos Básicos I) MECÂNICA: Ramo da física que estuda o comportamento dos corpos submetidos a forças de várias naturezas. É basicamente subdividida em duas principais áreas: i) Mecânica dos Fluidos ii) Mecânica Sólidos ii.a) Mecânica dos corpos rígidos (estática e dinâmica); ii.b) Mecânica dos corpos deformáveis (resistência dos materiais). II) Corpo Rígido: Corpo que não se deforma. É uma idealização com finalidade de estudar APENAS os efeitos das forças EXTERNAS aplicadas sobre o corpo. Corpo deformável Corpo rígido 1.1. Conceitos Básicos (cont.) III) FORÇA: É uma grandeza vetorial (módulo, direção e sentido) que é definida na estática como sendo a ação de um corpo sobre o outro. Em dinâmica, as forças tendem a acelerar o corpo. Para completa determinação da ação de uma força sobre um corpo, deve-se ainda considerar o seu PONTO DE APLICAÇÃO (no exemplo acima a força P está aplicada em “A”). P A Modelo PONTO DE APLICAÇÃO 0.1. Conceitos Básicos (cont.) IV) EFEITO DAS FORÇAS NOS CORPOS (estática): Ao agirem em um corpo qualquer, as forças provocam efeitos classificados como EXTERNOS e INTERNOS a esse corpo: i) EFEITO EXTERNOS: forças de contato entre os corpos, reações nos suportes, forças transmitidas por parafusos, soldas etc. ii) EFEITOS INTERNOS: Forças internas entre as partículas que constituem o corpo, tensões e deformações (Assunto estudado em RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS, 3ª Unidade do nosso curso). 0.1. Conceitos Básicos (cont.) V) PRINCÍPIO DA TRANSMISSIBILIDADE: Ao estudarmos, por enquanto, apenas os efeitos externos nos corpos (Mecânica dos Corpos Rígidos), pode-se utilizar esse princípio a fim de se determinar tais efeitos. Esse princípio afirma que ao se aplicar uma força em dado corpo rígido, o seu efeito nesse corpo não se altera se essa força se move ao longo da sua linha de ação, ou seja: Linha de ação da força P 0.1. Conceitos Básicos (cont.) ii) DE CORPO: Surge em razão da atuação de um campo de forças sobre o corpo. Ex: Campo Gravitacional, Elétrico, Magnético. OBS: O peso próprio (W) é uma força distribuída ao longo de todo volume do corpo, porém para se determinar os efeitos externos desse corpo em face do seu peso próprio, basta considerar o peso total como uma força concentrada aplicada no centro de gravidade: VI) CLASSIFICAÇÃO DAS FORÇAS: i) DE CONTATO OU DE SUPERFÍCIE: São divididas entre FORÇAS CONCENTRADAS e DISTRIBUÍDAS ao longo de uma área ou comprimento. 1.2. Componentes Retangulares 1.2.1. Caso Bidimensional Em aplicações da Mecânica é bastante útil decompor os vetores força segundo componentes retangulares, também chamadas de componentes cartesianas. Considere a força F com as coordenadas retangulares em destaque: x yF F x yF = F +F i j E ainda: 2 2cos ; ;x y x yF F F Fsen F F F x yF e F OBS: são componentes escalares de F. Essas componentes podem assumir valores positivos ou negativos. As componentes de uma força dependem do sistema de eixos adotado e esse sistema é muitas vezes adotado à conveniência da geometria do corpo que sofre a influência da força, exemplo: 1.2.1. Caso Bidimensional (cont.) Havendo forças concorrentes (duas ou mais) em um dado ponto, pode-se determinar sua resultante a partir de suas componentes retangulares, ou seja: Onde: jiF jiF1 yx yx FF FF 222 11 Sendo , tem-se: 1 2R = F +F 1 2 1 2x x y y x yF F F F R R R = i j i j 1 2 1 2 x x x y y y R F F R F F Para “n” forças concorrentes em um dado ponto, pode-se escrever: 1 2 3 1 1 2 3 1 n x x x x nx ix i n y y y y ny iy i R F F F F F R F F F F F EXEMPLO 1:Determine a intensidade e a direção da força resultante que atua no pino. 1.2.1. Caso Bidimensional (cont.) 1.2.2. Caso Tridimensional Considere agora uma força F no espaço: x y zF F F x y zF = F +F +F i j k Onde: cos ; cos ; cosx x y y z zF F F F F F , ,x y zF F F Componentes escalares de F em relação ao sistema xyz adotado. As componentes de F podem ser dadas por: Sendo: , ,x y z Ângulo entre F e os vetores unitários i, j e k respectivamente. São chamados de ângulos diretores do vetor F. É comum também denominar: cos ; cos ; cosx y zl m n Onde: , ,l m n Cossenos diretores do vetor F. E ainda: 2 2 2 1l m n 1.2.2. Caso Tridimensional (cont.) Sendo assim, pode-se escrever: cos cos cos cos cos cos x y z x y z x y z F F F F F F F F l m n F i j k i j k i j k i j k Chamando , tem-se: l m n Fλ i j k F FF λ Vetor unitário na DIREÇÃO e SENTIDO de F , Fλ Para se determinar as componentes da força F, existem duas formas básicas: i) Quando se conhece dois pontos pertencentes à linha de ação da Força: Fλ Tem-se que: 2 1 2 1 2 1 2 2 2 2 1 2 1 2 1 x x y y z zAB AB x x y y z z F i j k λ Assim: F FF λ OBS: Fazendo-se¨ , obtém-se -F BA 1.2.2. Caso Tridimensional (cont.) ii) Quando se conhece dois ângulos que orientam a linha de ação da Força: Sendo os ângulos f e conhecidos, tem-se: zF Fsenf cosxyF F f Sendo os ângulos f e conhecidos, tem-se: cosx xy y xy F F F F sen Assim: x y zF F F F i j k EXEMPLO 2: O cabo BC suporta uma força trativa de 750 N. Escreva esta força trativa como uma força T atuando no ponto B em termos dos vetores unitários i, j, k. O cotovelo em A forma uma ângulo reto. 1.2.2. Caso Tridimensional (cont.)
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