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3. FORÇAS DISTRIBUÍDAS 3.1. Considerações Iniciais Até agora, no presente curso, lidou-se apenas com sistema de forças concentradas. Porém, em muitas aplicações de engenharia essa abordagem não é adequada em razão da natureza das forças e/ou a forma de sua aplicação na estrutura analisada. Além disso, diante da necessidade de se analisar os elementos estruturais em termos de efeitos internos, faz-se necessário uma abordagem mais realística possível da atuação dessas forças. Exemplos: Na realidade esfera tende a se deformar, causando a distribuição da força resultante ao longo de uma superfície de contato. 3.1. Considerações Iniciais (cont.) As forças distribuídas podem ser modeladas de acordo com a geometria do corpo em que atuam, ou seja: (i) Distribuição linear: atua ao longo de estruturas planas lineares, tais como vigas e cabos. Exemplos: A intensidade da força distribuída linear é dada por F/L. Unidades: N/m; kgf/m; lb/in; lb/ft 3.1. Considerações Iniciais (cont.) (ii) Distribuição bidimensional: atua ao longo de superfícies da uma dada estrutura espacial ou plana. Exemplos: A intensidade da força distribuída ao longo de uma área é dada por F/L2. Unidades: N/m2; kgf/m2; lb/in2; lb/ft2 Obs: As forças distribuídas em razão da ação de fluidos são denominadas de pressão, enquanto que para forças internas em sólidos, chama-se tensões (assunto a ser discutido na 3ª unidade do nosso curso). 3.1. Considerações Iniciais (cont.) (iii) Distribuição volumétrica: atua em razão da atuação de campos de força, também chamada de força de corpo. Exemplos: Peso próprio de um corpo. A intensidade da força distribuída ao longo do volume é dada por F/L3. Para o peso próprio essa intensidade é chamada de peso específico, ou seja: Unidades: N/m3; kgf/m3; lb/in3; lb/ft3 E ainda, o peso total do corpo é: g Massa específica Aceleração da gravidade W V Volume do corpo Considere-se o corpo sólido no espaço sujeito ao seu peso próprio: x y z r i j k (vetor posição do C. G. do corpo.) Na realidade, o sistema de forças no corpo é composto por infinitas forças DW paralelas aplicadas em pequenos elementos. A idéia do conceito de Centro de Gravidade (C. G.) é substituir o sistema de forças infinito por outro de apenas uma força “W” concentrada. 3.2. Centro de Gravidade, Centro de Massa (cont.) x y z r i j k (vetor posição de um ponto genérico) Portanto, temos: W W W W D D F j j Para infinitos elementos, com quantidades infinitesimais, as Equações (1) e (2), tornam-se: 3.2. Centro de Gravidade, Centro de Massa (cont.) W W W W W W D D D oM r j r j r j r j r rEq.(2) Eq.(1) ; ; W dW xdW ydW zdW W dW x y z W W W r r Peso do corpo; As coordenadas do Centro de gravidade 3.2. Centro de Gravidade, Centro de Massa (cont.) E ainda, sabendo que: gmW e dW gdm Tem-se as expressões para o Centro de Massa do corpo: ; ; xg dm xdm yg dm ydm zg dm z dm x y z mg m mg m mg m OBS: O Centro de Massa é de uso mais geral na física, pois não está associado ao campo gravitacional. Eles são coincidentes por se admitir um campo gravitacional uniforme e paralelo ao longo do corpo, o que é bastante razoável. 3.3. Centróides ou Centro Geométricos As coordenadas do Centro de Massa de um corpo são dadas por: Sabendo que: e , tem-se: ; ; xdm ydm z dm x y z m m m Na grande parte das aplicações da engenharia é comum se ter , ou seja, corpo homogêneo, então: dVdmVm ; ; x dV y dV z dV x y z V V V cte ; ; xdV y dV z dV x y z V V V Coordenadas x, y, z do centróide do corpo de volume “V”. OBS: O centróide de um corpo é uma característica puramente geométrica, portanto independente do campo gravitacional ou da densidade do corpo. Esses três centros (de gravidade, geométrico e de massa), são coincidentes apenas se: O corpo é homogêneo e o campo gravitacional uniforme e paralelo ao longo do corpo. 3.3. Centróides ou Centro Geométricos (cont.) (i) Expressão do C. G. de figuras geométrica em formato de linha: LAV Sendo: dV AdL ; ; xdL y dL z dL x y z L L L Tem-se: (ii) Expressão do C. G. para superfícies (espessura “t” constante): V At Sendo: dV t dA ; ; xdA y dA z dA x y z A A A Tem-se: Para uma área plana (no plano x-y, por exemplo), tem-se: ; y x Q Q x y A A Onde: ;y xQ xdA Q y dA Momentos estáticos de área em relação ao eixo y e x respectivamente. 3.3. Centróides ou Centro Geométricos (cont.) dA x y x y ; ; xdA y dA x y A A As coordenadas do Centróide, são dadas por: Chamando: Tem-se: y x Q A x xdA Q A y y dA OBS: Os momentos estáticos de área não tem significado físico algum, apenas levam esse nome em razão da analogia à determinação de um momento de uma força em relação a um eixo. Também são chamados de Primeiros momentos de área. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1 – Sempre que a figura geométrica do corpo tiver um eixo de simetria, o centróide dessa figura estará nesse eixo. Ex: 2 – Em alguns casos, o centróide de uma figura pode estar fora dela, ou seja: 3.3. Centróides ou Centro Geométricos (cont.) c.g. c.g. c.g. c.g. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES (CONT): 3 – Sempre que a figura for anti-simétrica, o centróide vai estar na origem dos eixos de anti-simetria: 3.3. Centróides ou Centro Geométricos (cont.) c.g. Para todo (x,y) existe um correspondente (-x,-y), de forma que: 0; 0y xQ xdA Q y dA
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