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Aula 13

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Aula 13 – Resumo
Períodos Biogeográficos
A história da Biogeografia foi dividida em três fases:
Período Clássico ou pré-Darwiniano-Wallaciano
Período Darwiniano-Wallaciano
Período Moderno ou Contemporâneo.
Período Clássico
Em 1744, Lineu publicou a primeira teoria biogegráfica moderna. Ele acreditava que os continentes teriam surgido dos mares e que todas as espécies foram criadas por Deus em um local previamente definido. Comte Buffon não questionou a idéia de centro de origem e dispersão, e sim a idéia criacionista de que todas as espécies foram independentemente criadas e são imutáveis. O período Clássico foi caracterizado pela publicação de vários volumes sobre história natural, entre 1749 e 1804, de autoria de Buffon. Estas sumarizaram todas as informações acerca da história natural, incluindo aspectos geológicos e biológicos. De Candolle fez a distinção entre Biogeografia Ecológica e Biogeografia Histórica. Ele criou os conceitos de endemismo (ocorrência de uma dada espécie em uma determinada área geográfica), e de regiões biogeográficas, e, também, os de estação e habitação (estação: corresponde à natureza do local onde cada espécie vive, Habitação: corresponde ao local de onde o organismo é nativo).
Período Darwiniano-Wallaciano
A idéia dispersionistas sustentava que as biotas eram produtos de sucessivas ou progessivas dispersões através de barreiras existentes (Barreiras representam qualquer fator climático ou topográfico ou uma combinação de fatores que impossibilitem a distribuição de um organismo). As explicações de Wallace baseavam-se na seguinte teoria: as maiores características geográficas da Terra foram sempre estáveis, durante a evolução e dispersão dos seres vivos. Tais rotas explicavam os eventos espetaculares de dispersão massiva. Os princípios essenciais das idéias dispersionistas foram:
A história das regiões consiste em grandes integrações de biotas alocrônicas e de procedência diversa ou na substituição de uma biota dominante por outra.
A origem das espécies, se localizam em uns poucos, se não em um só centro de imagem.
Para Darwin e Wallace, os centros de origem se localizavam na Eurásia. A teoria Tectônica de Placas e Deriva Continental, introduzida por Alfred Wagner em 1912, foi aceita amplamente pelos geólogos, apenas no final da década de 1960 e início de 1970. O movimento de grandes massas de terra e oceanos resultou em importantes movimentos de biotas.
Período Contemporâneo
Desde a aceitação da teoria de Deriva Continental / Placas Tectônicas, o desenvolvimento de novos métodos para reconstrução filogenética, a exploração de novos meios de pesquisa Biogeografia Ecológica e a investigação de mecanismos que limitam a distribuição de espécies deram um novo vigor à Biogeografia.
Biogeografia Clássica
Essa corrente é baseada na corrente Darwiniana Evolucionista. Seus pressupostos teóricos são:
As espécies surgem nos centros de origem, a partir dos quais se espalham;
As novas espécies formadas se dispersam, afastando-as dos centros de origem;
No centro de origem devem ser achados os fósseis mais antigos;
Os centros de origem correspondem as áreas com maior número de espécies.
O fundamental na teoria dispersionista é compreender e reconhecer o centro de origem e dispersão das espécies, que é o principal dogma desta linha de pensamento. Darlington definiu apenas 3 critérios:
Todos os grupos tendem a se especiar numa área limitada, a qual constitui o Centro de Origem;
Para duas espécies irmãs originadas de uma espécie ancestral, uma é sempre mais derivada que a outra;
O descendente mais derivado ocupa a área do centro de origem e o mais primitivo é deslocado para periferia da área.
Biogeografia Filogenética
Foi desenvolvida por Brundin, e é definida como o estudo de táxons monofiléticos, e leva em consideração a Cladogênese, Anagênese, Alopatria (evidência de Vicariância), Simpatria e os eventos paleogeográficos. Ela também esta fundamentada na dispersão dos organismos.
Biogeografia de Vicariância
Ela constitui a parte da Biogeografia Histórica que procura uma explicação geral da distribuição da biota, tendo como idéia que a evolução das áreas afeta a evolução dos táxons. Três fatores convergiram para o surgimento da Biogeografia de Vicariância:
O descobrimento da Sistemática Filogenética;
O redescobrimento da teoria da Deriva Continental / Placas Tectônicas;
A crítica de Leon Croizat, ao dispersionismo e a idéia de centro de origem.
Para os vicariantes, as histórias de distribuição de uma biota devem ser congruentes com a história geológica do local. Ela pode ser dividida em Pan-biogeografia e Biogeografia Cladística.
Pan-biogeografia: Postulada por Croizat, as biotas evoluem principalmente por vicariância, através de barreiras geográficas, isto é, a terra e a vida evoluem juntas.
Biogeografia Cladística: Essa escola comumente utiliza cladogramas de áreas, que supostamente coincidem com os eventos de especiação num cladograma de grupos. Cladogramas gerais de áreas podem ser derivados por justaposição de cladogramas de grupos taxonômicos individuais, dando uma idéia mais geral em relação às biotas.

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