def estado weber (1)

Prévia do material em texto

ENCONTRO ONLINE EM2
(SEMANA 13/07)
SOCIOLOGIA
www.ph.com.br
Estado, poder e política 
➢ Definição sociológica de Estado
➢ A relação entre Estado e poder
➢ A legitimidade e a dominação
A partir da sociologia de 
Max Weber
Apostila: 
páginas 62 
e 63 
(capítulo 4)
Definição sociológica de Estado
Max Weber. Ciência e política: duas vocações
Como as instituições políticas que o
precederam historicamente, o Estado
é uma relação de homens dominando
homens, relação mantida por meio da
violência legítima (isto e, considerada
como legítima). Para que o Estado
exista, os dominados devem obedecer
à autoridade alegada pelos detentores
do poder. Quando e por que os
homens obedecem? Sobre que
justificação íntima e sobre que meios
exteriores repousa esse domínio?
“Todo Estado se fundamenta na força”, disse Trotski em Brest-
Litovsk. Isso é realmente certo. Se não existissem instituições
sociais que conhecessem o uso da violência, então o conceito
de “Estado” seria eliminado, e surgiria uma situação que
poderíamos designar como “anarquia”, no sentido específico
da palavra. É claro que a força não é, certamente, o meio
normal, nem o único, do Estado — ninguém o afirma — mas
um meio específico ao Estado. Hoje, as relações entre o Estado
e a violência são especialmente íntimas. No passado, as
instituições mais variadas — a partir do clã — conheceram o
uso da força física como perfeitamente normal. Hoje, porém,
temos de dizer que o Estado é uma comunidade humana que
pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força
física dentro de um determinado território. Note-se que
território é uma das características do Estado.
Especificamente, no momento presente, o direito de usar a
força física é atribuído a outras instituições ou pessoas apenas
na medida em que o Estado o permite. O Estado é considerado
como a única fonte do “direito” de usar a violência.
Estado e poder
Weber apresenta a definição sociológica do Estado moderno que levaremos em 
consideração. Desta definição devemos destacar as seguintes características:
• Controle de um determinado território,
habitado por uma população
• Uso exclusivo da violência reivindicado pelo
Estado
• Violência como um instrumento do exercício
da soberania e da ordem interna (violência
como um instrumento de poder)
• Legitmidade e obediência à autoridade do
Estado
Estado e poder
Questões para reflexão:
• Como a intervenção federal em 2018 no Rio de Janeiro pode se relacionar à definição de Estado de Max Weber?
• A existência de gangues armadas controlando determinados territórios esbarra em algum elemento do Estado?
• Qual a relação entre as milícias e a violência do Estado?
Intervenção federal no Rio de Janeiro, quando o 
Exército ganhou poderes de comando sobre as forças 
policiais, alegadamente devido a incapacidade do 
governo do Estado de lidar com a situação da 
segurança pública.
Um dos desafios alegados pelas autoridades é o de 
retomar o controle do território onde estão as gangues 
armadas.
Pichações de uma milícia da cidade do Rio de Janeiro. Estes 
grupos são integrados em grande parte por agentes do Estado, e 
atuam no controle de territórios de pobreza e de exploração 
econômica ilegal diversa.
“Quando e por que os homens obedecem? Sobre que justificação íntima e sobre que meios
exteriores repousa esse domínio?”
Os três tipos de dominação legítima (ou as três legitimações do domínio):
A legitimidade e a dominação
Dominação tradicional Dominação carismática Dominação legal
Reconhecimento da autoridade com 
base nos hábitos, costumes e crenças 
tradicionais enraizados na sociedade
Com base na devoção afetiva à figura 
da liderança que tem ou aparenta 
possuir dons extraordinários 
Obediência às regras racionalmente 
criadas, pelo reconhecimento de sua 
validade, seja no âmbito do poder 
público ou na esfera privada
Obrigado!
www.ph.com.br