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} AULA 2 CIÊNCIA POLÍTICA – CAPÍTULOS 3 E 4 • Sociedade conjunto de pessoas (conceito não satisfatório). O estabelecimento de regras de convivência que definem uma ordem. Estabelecer uma harmonização de vida. • A sociedade é produzida culturalmente pelo ser humano, não é encontrada na natureza. • O Estado surge como uma necessidade da sociedade em compartilhamento de vias de estabelecer uma ordem. • Hegel o Estado media as relações entre a esfera privada e a esfera pública. • Para garantir a liberdade coletiva, é necessário abrir mão de parte da liberdade privada. • O Estado é dotado de poder e capaz de assegurar a ordem, intermediando a tensão entre público-‐privado, lembrando que o direito público não pode sacrificar 100% do direito privado e vice-‐versa. • O Estado SURGE da sociedade. • Atualmente, o Estado é “engolido” pela iniciativa privada e coloca em risco a iniciativa pública. • A sociedade é privada. • Luhman o Estado não pode ter práticas ou ações que não sejam de vontade da sociedade. Tudo que o estado faz tem sua raiz na sociedade. • Marx o Estado é uma instituição que visa controlar um grupo específico da sociedade. O Direito e o Estado teriam sido criados pela burguesia para que fosse instituído o seu Estado de preferência. o Infraestrutura: economia o Estrutura: política, direito, moral, estética, religião (estão relacionados aos interesses econômicos) • “Uberização” ESTADO: • Elementos constitutivos do Estado: o Elemento humano o Elemento territorial o Elemento poder • Elemento humano: o NÃO usar o termo população. o Esse termo tem natureza quantitativa. o É preciso identificar o POVO: há vínculo de natureza política entre o humano e o Estado. o O vínculo político só é reconhecido como o Direito o define. o Nacionalidade vínculo jurídico que define o povo como parte integrante do estado. o O que diferencia o povo de nação: § Nação: conceito mais forte do que o de povo. Não preenche critérios jurídicos, tem a ver com o reconhecimento de um Só haverá Estado quando algum grupo humano estabelecer relações de poder em um determinado território. Estado Elemento territorial Elemento humano Elemento poder indivíduo com por exemplo a cultura, tem a ver com o sentimento de pertencimento e o reconhecimento do grupo em relação a você. o Reconhecimento da nacionalidade: § Primária: depende do estado. Tem relação com a origem do indivíduo. Seu nascimento. É também chamada de originária, são os natos. Parentesco (jus sanguinis) ou territorialidade (jus solis) § Secundária: derivada. É gerada durante a vida do indivíduo. São os naturalizados. É o estrangeiro que ve, para o país e deseja adotar a nacionalidade brasileira contanto que preencha os critérios necessários. o Idoneridade moral ??? o Heimatulos: não têm vínculo de nacionalidade com nenhum estado. o Darcy Ribeiro: “O Brasil tem um povo, mas não tem uma nação” o Nacionalidade para identificar quem faz parte politicamente da sociedade. o O conceito de nação vem sendo relativizado, no caso do Brasil é um conceito muito frágil. o Cidadania não deve ser confundida com nacionalidade. É ter uma relação com um Estado que gere direitos e deveres. Quem tem a nacionalidade passa a ter um complexo de direitos e deveres que gera a cidadania (Marshall). Direitos e deveres civis e políticos. o Hoje há uma nova noção de cidadania na América latina. Aumenta a participação política do cidadão. A ideia de cidadania está na participação de assuntos políticos importantes coletivamente. Aplicar uma democracia participativa. Constitucionalismo Latino-‐Americano. o Não pode ter Estado sem povo. O vaticano é uma exceção. • Constituição do ESTADO: o Como se constitui o estado o Traz os elementos constitutivos do estado o Elementos essenciais para o estado. AULA 3 -‐ CIÊNCIA POLÍTICA • Poder à diversos tipos de manifestação podendo ser ou não natural. • O estado não existe sem poder. • Potência, força, devem ser associados a poder. Atrelado as relações que acontecem dentro de um estado entre quem governa e quem é governado. • Algumas pessoas precisam lidar com o poder público, em função da coletividade e não do que a interessa. (Nem sempre é assim) • Quem governa (interesse público) tem força. • Quem é governado (interesse privado). • As decisões de quem governa tem força para impor as decisões tomadas. O poder precisa ser impessoal. • O poder só pode ser exercido dentro de limites. • Só quem tem a tarefa de exercer o poder é quem pode exercê-‐lo. • O Estado é uma instituição criada. • Força coercitiva. • O que dá alguém a condição de exercer poder? Qual o limite do poder? • Poder de fato. • Poder de direito à quem exerce deve ser predefinido pelo ordenamento jurídico. Se é ilícito ou não. Passa a haver segurança, você sabe o que pode, o que não pode. Definido em uma ordem jurídica. • IM à a origem do poder era Divino. O Monarca era legitimado por Deus. • Poder temporal (só o homem pode terpoder sobre o homem) difere de poder espiritual. • Súdito – está submetido à. • Pós IM perda de referencial do que é certo e errado, agora é preciso justificar racionalmente o Direito, o certo é o lícito e o errado é ilícito. • O estado de Direito não gera a emancipação do ser humano. • Contrato social – se outrora o estado de natureza o ser humano se submetia a divindade, hoje o homem com relações entre homens. Ordem jurídica. Estado de natureza à estado de direito. Poder de fato à poder de direito. Poder disciplinado. Não tem mais uma submissão a vontade divina. • O poder é político. Questões que envolvem o poder tem a ver com o direito. • O Direito é fruto do exercício de poder. • O poder não é subordinado integralmente ao Direito. • O que vem primeiro o poder ou o Direito? • O Direito não retira do poder sua capacidade decisória. Depende da forma de governo. • Sistema de dominação à direito dominado o poder. O direito é feito por alguém. • Quanto mais direito, menos política e mais autoritarismo. • Legalidade e legitimidade do poder: o O poder está fundamentado em ordenamentos jurídicos, em dispositivos legais, que asseguram que esse poder será cumprido. O poder tem legalidade. o Legitimidade: se o poder está em conformidade com algo (parâmetro). Qual é esse parâmetro? A lei foi feita por alguém. A lei é fruto de um processo democrático, há participação do popular. É legitimidade. Dentro de uma ditadura quem legitima é o Ditador. • Fracionamento do poder: o Concentração de poder é um prestígio. O poder tem um elemento de corrupção. Tirar proveito pessoal do poder. o Locke à quem cria a lei não pode ser quem aplica a lei. o Barão de Montesquieu à poder tripartido, administrar, legislar e julgar. Executivo, legislativo e judiciário. o Rousseau à o poder não é divisível. O poder do estado é indivisível. Temos uma divisão do exercício de poder e não do poder. o Deve-‐se dividir o exercício do poder. o O estado que não defende os direitos humanos e não aplica a tripartição dos poderes não é certo. o Tripartição dos poderes busca limitar o poder. o O poder precisa ser exercido dentro de limites, caso contrário ocorre a corrupção. o Cada um faz sua função. o Tempo e espaço. o Divisão das funções estatais e não de fato dos poderes. Cada poder exerce mais uma função. Função típica de cada poder. Todos os poderes exercem todas as funções, contudo realizam uma função típica e todas as outras são atípicas. o Briga dos poderes pela hegemonia do seu poder. o Supremocracia em crise à Oscar o Soberania é a suprema potestas. Poder superior. Manifestação de poder diferenciada a sobreposição de um poder sobre o outro. o Bodin à soberania decorre da existência e poder do estado de maneira superior impor suas decisões políticas. Quem governa o estado tem esse poder. Soberania enquanto poder emana do povo. O povo legitima a soberania do estado. AULA 4 – CIÊNCIA POLÍTICA • Território como elemento do Estado: o Inicialmente à base em que se encontra o estado, preocupação geográfica, quantitativo. o Logo depois à o importante é o aspecto geopolítico do poder, até que extensão esse poder é exercido? • 1a teoria: território do estado é o território que pertence ao rei. O território tem uma relação de domínio, relação de posse, com quem exerce o poder. • Depois: o território do estado passa a ser o território das pessoas que pertencem ao estado. Ou seja, se temos Fátima, Leo, Gabriel e cada um tem um pedaço de terra, e eles pertencem ao mesmo estado X, seus pedaços de terra formam o território do estado. • O território não é mais uma relação de propriedade e de domínio. Não tem a ver com domínio, mas até que dimensão territorial recai o exercício do poder. • Espaços nos quais são exercidas as relações de poder. (Imperium do poder) • Teoria do território-‐competência: competência não tem sentido adjetivo. Está atrelada a exercício de atribuições. Só se pode fazer aquilo que é de sua competência. O que define o território do estado são os espaços nos quais o Estado exerce as suas competências, atribuições, funções. Onde o estado pode exercer poder. Só poder exercer poder onde tiver competência. • Pode existir estado sem território, povo, ou poder se for reconhecido internacionalmente pela ONU. • Povo, território e poder podem estar ausentes e existir estado. • O estado é uma pessoa jurídica. • Finalidade do estado: o A finalidade que tem o estado não é vista como elemento constitutivo do estado. o O estado não é desprovido de fins, não foi criado sem nenhuma intenção. o Teses organicistas do estado à estado com um fim único, só funciona integrado. § Fim é o fim orgânico do estado. § Fortalece a figura do estado. § Regimes totalitários são organicistas. o Não há um consenso sobre qual seria o fim do estado, qual seria seu propósito. o Vivemos em uma sociedade em conflitos. AULA 5 – CIÊCNIA POLÍTICA Formas de estado • Como se dá a organização político-‐administrativa do estado. • A forma do estado era simples à unitário, centralização e concentração do poder. Apenas um núcleo tomava as decisões. o Esse tipode organização era insuficiente. • Necessidade de que os estados passem a se unir, surge, para suprir as necessidades. • Uniões eram feitas por diversos motivos: abastecimento, proteção... • Confederação à união de estados na qual os estados membros mantem sua soberania acordando a partir de um tratado internacional direitos e deveres recíprocos na partilha de interesses. O estado membro pode sair a qualquer momento. • Estados precisam se unir, eles têm interesses em comum. • Estado à unidade, partes membras de um estado são os estados membros. Ex.: Estado – Brasil Estado membro – Bahia. Sozinhos, não atendem a esses interesses, procuram estabelecer uma união, união que tem regras claras. • Esse acordo que diz os direitos e os deveres da confederação é o tratado internacional que não tira desses estados sua soberania. • Federação à mais eficiente do ponto de vista político do que a confederação. Estados membros não têm sua soberania, mas tem autonomia. Soberania é do estado pessoa jurídica do direito internacional. O documento jurídico que estabelece esse pacto é a constituição. A partir da qual os estados passam a se subordinar a supremacia da constituição. Na federação existe a impossibilidade de cessação, ninguém pode se separar. A constituição procura manter a unidade. • O Federalista à Junção de 81 artigos, publicados principalmente na imprensa nova-‐ iorquina, explicando a federação. “Escrito” por Publius. Autores reais: Alexander Hamilton, James Madison, John Jay. Mostra a essência política do que foi pensado para a federação. • Os poderes da união são os que são necessários para a manutenção da integridade do estado. O que não estiver atribuído a união, é dos estados membros são as competências residuais ou remanescentes. Nos EUA esse poder dos estados membros é ampliado e o da união minimizado. No Brasil, ao contrario. (Federação) • O nosso processo só pode ser comparado com a Federação Americana se forem feitas as devidas considerações. • Nossa federação tem características particulares. • Federação brasileira surge de um golpe. o Elite brasileira não queria monarquia. o SP, MG, RS à precisam romper com a monarquia. o 1889 o Dizem haver uma revolução republicana. o Ato em 1890 abriu discurso para a nova constituição. § Rui Barbosa, liberal, gostava da constituição norte-‐americana, queria trazer para o Brasil aqueles traços, Estados Unidos do Brasil, institui-‐se um modelo federativo, deixa de ser um estado unitário para ser vários estados que nem foram consultados. o Nossa federação com maior poder na união, permanece o caráter centralizador, o poder político se regionaliza. o Momento histórico: política dos coronéis. o Quem se beneficiou foi quem ficou no núcleo do poder. (SP, RS, MG) o Principais matérias são da união. O que é do estado é algo bem restrito. A união concentra atribuições e decisões políticas sobre as principais matérias. o Não se considerou poderes para os estados membros. o Entre união, estado, município e DF, não existe hierarquia. Existem competências diferentes. Cada um tem seu campo de atuação. • Formas de governo: o De acordo com a teoria clássica da Ciência Política: § Monarquia § República o Para Aristóteles, que procurou pensar como esse governo se conduz e não apenas quantos o conduzem, existem 6 formas, 3 puras e 3 impuras: § Monárquica à tirânica § Aristocrática à oligárquica § Democrática àdemagógica o As formas puras ocorrem quando o governo é exercido para atender a coletividade. O governo, portanto, vai ser exercido sempre com o objetivo de servir a coletividade. o As formas impuras ocorrem quando os governos são dotados de pessoalidade e voltados para os direitos pessoais, interesses pessoais. o Maquiavel à formas puras e impuras se estabelecem de maneira cíclica. A volta da república. o Processos cíclicos não têm, não seguem regras. o Monarquia à concentrado na figura do governante. Centralização do poder no governante, define como será governado o estado. Pessoalidade do poder. “O estado sou eu”. Sucessão de poder ocorre de maneira hierárquica, não considerando habilidades do governante. O herdeiro vai suceder. Poder é tido como patrimônio. AULA 6 – CIÊNCIA POLÍTICA • Monárquica à pessoalidade do poder. • Republicano à impessoalidade do poder. Tem de prevalecer a coletividade. Se o governo se pauta no que é do povo ele tem de se manter impessoal. Monarquia Tirania Aristocracia Oligarquia Democracia Demagogia • 1o Artigo da CF institui a república e, portanto, um estado que põe, deve por o interesse público em primeiro lugar e acima do individual. • Tirar a dignidade do outro não é republicano. • Colocar o interesse público como algo que norteia as decisões do estado respeitando os direitos privados. • Privacidade é um direito fundamental. • Princípio da publicidade à existe porque o estado é republicano. • República à forma de governo. • Impessoalidade, publicidade, moralidade à Estado que adota uma forma de governo republicano dispõe dessas características. • Os atos públicos têm de ser praticados dentro de uma moralidade. • Império Republicano à é possível de se ter um império republicano,a exemplo a república de Weimar. • A ideia republicana está ligada ao valor de um estado que vai sempre colocar a coletividade em primeiro lugar. • Interesses coletivos. • A sociedade se forma a partir de valores antagônicos. • Lugar de fala à permite que eu entenda o outro. • Democracia à regime de governo que complementa, facilita a república. • Ausência do republicanismo no judiciário brasileiro. • Pós-‐verdade à a opinião importa. As coisas são baseadas na crença dos outros, no que elas acham e não nos fatos que aconteceram. • Sistemas de governo: o Parlamentarismo: surgiu por conta de uma sucessão de fatos históricos. Sempre houve disputa de poder. Relação mútua de responsabilidade política entre legislativo e judiciário. O povo elege o parlamento e o parlamento elege o gabinete de ministros. Existem vários tipos de parlamentarismo. 1o ministro/chefe de estado à opera na ordem internacional, tem poder de articulação política (deveria ter). Chefe de governo à opera na ordem nacional. o Presidencialismo: o presidente é o chefe de estado e de governo e deve ser eleito democraticamente pelo povo para cumprir um mandato, por um determinado tempo, tem uma responsabilidade política e pessoal que não é partilhada com o legislativo. A responsabilidade política do presidente é criminal. Crime de responsabilidade, responsabilidade pessoal. • O presidencialismo oferece um poder pessoal típico ao poder monárquico, ao presidente. Há pessoalidade no presidencialismo, constitui o gabinete de ministros do jeito desejado. AULA 7 – CIÊNCIA POLÍTICA • A democracia é um sistema no qual o povo participa da política. • Atualmente, tem estado cada vez mais forte o desejo de participação popular na política. Forma de governo: Monarquia República Sistema de governo: Presidencialismo Parlamentarismo Regimes regime de governo: Democracia Aristocracia Forma de estado Federação Confederação • A democracia grega não foi tão democrática assim, só quem participava era o “cidadão” e só quem eram cidadãos eram os homens (sexo masculino), livres, que tinham escravos... • A educação é elemento fundamental para o pensamento crítico social e, por consequência, para a existência da democracia. • Democracia garante liberdade política, garante que todo mundo possa ter suas opiniões e possa expressá-‐las sem sofrer represálias. • Como a esfera socioeconômica se desenvolve influencia na democracia. • O texto constitucional prevê participação direta do povo na política a partir de: plebiscitos, refereduns (apresenta-‐se uma lei já aprovada e pergunta ao povo se ele quer que entre em vigência) • O Estado sempre esteve relacionado ao capitalismo. • Todo movimento tem uma pauta, um objetivo. • As redes sociais tiraram essa característica de delimitação de pautas. • Partido político à uma espécie de locus (local) no qual as pessoas se reuniriam para tratar de uma ideologia. Uma associação de pessoas. Visão extremamente romântica. Associação de pessoas para discutir ideologias. • O Partido político parte de uma união ideológica, mas sua função é muito mais prática, ele busca agir, ele não quer manter o debate político ele quer partir para a ação política, transformar o governo. É muito mais do que capaz de criar o debate ideológico ele parte para a ação. • Sistemas políticos partidários: o Mono ou unipartidário: um partido só. URSS é um exemplo, existia um único partido o Partido Comunista. o Bipartidário: dois partidos que monopolizam a disputa dos cargos majoritários (executivo). Mas podem existir outros partidos na disputa de cargos representativos (legislativo). o Multipartidário: não há restrição.