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TECNICA DE AMPLIAÇÃO DO COLEGIADO 
 Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá 
prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão 
convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para 
garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais 
terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. 
§ 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, 
colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado. 
§ 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do 
prosseguimento do julgamento. 
§ 3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento 
não unânime proferido em: 
I - ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, 
seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno; 
II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o 
mérito. 
§ 4º Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: 
I - do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas; 
II - da remessa necessária; 
III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial. 
 
 
DISTINÇÃO – Distinguishing 
Significa distinção e se caracteriza por ser um método por meio do qual o julgador avalia 
se o caso em exame poderá ser considerado análogo ao paradigma. Tem-se, então, a 
não aplicação ou afastamento do precedente em razão da distinção no caso concreto. 
 
SUPERAÇÃO – Overruling 
Trata-se de uma técnica caracterizada pela revogação do entendimento baseado no 
precedente, por meio do qual ele é superado. 
Por meio dessa técnica (overruling) o precedente é revogado ou superado em razão da 
modificação dos valores sociais, dos conceitos jurídicos, da tecnologia ou mesmo em 
virtude de erro gerador de instabilidade em sua aplicação. 
 
 
ART. 927 
 
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: 
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de 
constitucionalidade; 
II - os enunciados de súmula vinculante; 
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de 
demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; 
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional 
e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional; 
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados. 
§ 1º Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, § 1º , quando 
decidirem com fundamento neste artigo. 
§ 2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou em julgamento de 
casos repetitivos poderá ser precedida de audiências públicas e da participação de pessoas, 
órgãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da tese. 
§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal 
e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver 
modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica. 
§ 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese 
adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação 
adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da 
confiança e da isonomia. 
§ 5º Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os por questão 
jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na rede mundial de computadores. 
 
 
ART. 932 ATRIBUIÇÕES DO RELATOR 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem 
como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; 
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência 
originária do tribunal; 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art10
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art489%C2%A71
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio 
tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça 
em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a 
decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio 
tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça 
em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for 
instaurado originariamente perante o tribunal; 
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; 
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo 
de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação 
exigível. 
 
 
VOTO VENCIDO ART. 941 §3 e ART. 976 
 
Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, 
designando para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto 
vencedor. 
[...] 
§ 3º O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do 
acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento. 
 
Art. 976. É cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas 
quando houver, simultaneamente: 
I - efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão 
unicamente de direito; 
II - risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica. 
§ 1º A desistência ou o abandono do processo não impede o exame de mérito do 
incidente. 
§ 2º Se não for o requerente, o Ministério Público intervirá obrigatoriamente no incidente 
e deverá assumir sua titularidade em caso de desistência ou de abandono. 
§ 3º A inadmissão do incidente de resolução de demandas repetitivas por ausência de 
qualquer de seus pressupostos de admissibilidade não impede que, uma vez satisfeito o 
requisito, seja o incidente novamente suscitado. 
§ 4º É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos 
tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para 
definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva. 
§ 5º Não serão exigidas custas processuais no incidente de resolução de demandas 
repetitivas. 
 
 
IAC 
Mecanismo criado para que causas de relevantes questões de direito, com grande 
repercussão social, sejam examinadas por órgão colegiado indicado pelo Regimento 
Interno do Tribunal, cujo resultado terá força vinculante sobre os juízes, órgãos 
fracionários e tribunais subordinados. 
O incidente de assunção de competência pode ser instaurado em qualquer tribunal, 
inclusive nos tribunais superiores. Enquanto não julgada a causa ou o recurso, é possível 
haver a instauração de incidente de assunção de competência, cujo julgamento produz 
um precedente obrigatório a ser seguido pelo tribunal e pelos juízos a ele vinculados. O 
incidente de assunção de competência é admissível em qualquercausa que tramita no 
tribunal. Não é sem razão, aliás, que o art. 947 do CPC estabelece serei admissível 
“quando o julgamento do recurso, da remessa necessária ou do processo de 
competência originária” envolver relevante questão de direito com grande repercussão 
social sem repetição em múltiplos processos. 
Caberá ao regimento interno dos Tribunais indicar qual o órgão colegiado a quem 
competirá a assunção de competência, quando preenchidos os requisitos. 
 
IRDR 
A finalidade do instituto é assegurar um julgamento único da questão jurídica que seja 
objeto de demandas repetitivas, com eficácia vinculante sobre os processos em curso. 
Pressupõe, portanto, múltiplas demandas envolvendo a mesma questão de direito. O 
novo incidente vem tornar mais efetivos os princípios da isonomia e da segurança 
jurídica, assegurando um julgamento uniforme da questão jurídica que é objeto de 
processos distintos. 
 
 
PEREMPÇÃO ART. 486 §3 
 
Art. 486. O pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte 
proponha de novo a ação. 
[...] 
§ 3º Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da 
causa, não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, 
entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o seu direito. 
 
 
LIGITIMIDADE PARA PROPOR AÇÃO RESCISORIA 
Art. 967. Têm legitimidade para propor a ação rescisória: 
I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular; 
II - o terceiro juridicamente interessado; 
III - o Ministério Público: 
a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção; 
b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim 
de fraudar a lei; 
c) em outros casos em que se imponha sua atuação; 
IV - aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção. 
Parágrafo único. Nas hipóteses do art. 178 , o Ministério Público será intimado para 
intervir como fiscal da ordem jurídica quando não for parte. 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art178
MULTA DA AÇÃO RESCISORIA 
 
Art. 968 
II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em 
multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente. 
 
JUIZO RESCINDENTE E RECISORIO 
Existe o “juízo rescindente” (juízo rescindens), voltado à desconstituir a decisão. Destruí-
la. Existe o “juízo rescisório” (juízo rescissorium), voltado a promover um novo 
julgamento da causa, já que a decisão passada foi destruída. 
 
 
AÇÃO RECISORIA 
Trata-se de uma ação autônoma, que tem origem no tribunal e objetiva desconstituir a decisão 
de mérito transitada em julgado. 
Portanto, ação rescisória não é recurso, já que o que pretende é desconstituição da coisa 
julgada material. 
A sua natureza primordial é desconstitutiva. Isso porque toda ação rescisória tem de ter o juízo 
rescindente, o pedido de desconstituição total ou parcial do julgamento anterior transitado em 
julgado. Mas, além dele, quando for o caso, a rescisória poderá ter também o juízo rescisório, 
em que o tribunal proferirá novo julgamento da questão anteriormente decidida. O juízo 
rescisório pode ter qualquer tipo de natureza: condenatória, constitutiva ou declaratória. E, 
sendo condenatória, pode ainda ter natureza mandamental ou executiva lato sensu.

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