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MATERIAL INTERATIVO Ao ver o ícone, clique no conteúdo. Editora Fundação Estadual de Saúde - FUNESA Aracaju-SE 2023 É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. EDITORA FUNESA Elaboração, distribuição e informações: Travessa Manoel Aguiar Menezes, 49 Getúlio Vargas. CEP 49055-750 Aracaju, SE - Brasil. SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE Secretário Walter Gomes Pinheiro Júnior Superintendente executivo Vinícius Vilela Dias FUNDAÇÃO ESTADUAL DE SAÚDE / FUNESA Diretora Geral Carla Valdete Santos Cardoso Diretor Administrativo e Financeiro Vítor Luis Freire de Souza Diretor Operacional Caique da Silva Costa Superintendente da Escola de Saúde Pública Daniele de Araújo Travassos Superintendente de Ações e Serviços em Saúde Fernanda dos Santos Trindade Coordenação de Gestão Editorial Dagna Patricia de Souza Rodrigues Reis Coordenação de Tecnologias Aplicadas a Educação em Saúde Eneida Carvalho Gomes Ferreira Coordenação do Núcleo de Gestão Pedagógica Erica de Santana Santos Gerência de EAD Ana Carla Ferreira Guedes da Cruz GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE Governador Fábio Cruz Mitidieri Vice- Governador José Macedo Sobral SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA Secretário José Macedo Sobral Secretário Executivo Francisco Marcel Freire Resende Superintendente Executivo Edson Costa Coordenação de Educação a Distância, Formação e Tecnologias Educacionais - CEFOR Clotildes Farias de Souza Serviço de Formação dos Profissionais da Educação - SEFORPE/CEFOR Luana Silva Boamorte de Matos Serviço de Educação a Distância e Midiática - SEDIM/CEFOR Thirza Mangueira Teixeira Departamento de Apoio ao Sistema Educacional - DASE Eliane Passos Santana Serviço de Projetos Escolares para Direitos Humanos - SPEDH/DASE Adriane Álvaro Damascena Elaboração Kamila Milena Sousa Santana Revisão Pedagógica Célia Maria de Lima Ihanna Mara Mendonça de Oliveira Maria Mirian Mendes Leite Rodrigues Tânia Santos de Jesus Organização Ana Carla Ferreira Guedes da Cruz Josefa Cilene Fontes Viana Revisão Editorial Nivalda Meneze Santos Josefa Cilene Fontes Viana Paloma Sant’anna de Oliveira Mendonça Revisão Ortográfica Fabiana dos Santos Michelle Pereira de Oliveira Sandra Rodrigues Oliveira Formatação de Conteúdo Ruberval Leone Azevedo Projeto Gráfico Amanda Pinto Dantas de Santana Diagramação Amanda Pinto Dantas de Santana Fernando de Jesus Caldas Normalização Bibliográfica Laurides Batista Cruz Colaboração Gráfica Shirley Jacy Santos Gomes Com o apoio da Fundação Estadual de Saúde (FUNESA), a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (SEDUC), por meio da Coor- denadoria de Educação a Distância, Formação e Tecnologias Educacio- nais – CEFOR, cumpre a Lei nº. 13.722, de 04 de outubro de 2018, mais conhecida como Lei Lucas, que tem por objetivo primordial proteger os dis- centes nos seus mais variados níveis de ensino, de acidentes comuns que podem ocorrer no ambiente escolar. Através da capacitação de professores e funcionários de estabelecimentos de ensinos públicos e privados da educação básica e estabelecimentos de recreação infantil em Noções Básicas em Prime- iros Socorros. Assim sendo, este curso visa aprimorar os conhecimentos dos profissionais da educação sobre as principais ações passíveis de serem reali- zadas frente a uma situação de emergência. Além disso, a parceria SEDUC- FUNESA visa oferecer conhecimentos cada vez mais necessários à prevenção da saúde e ao cuidado com a vida humana. Equipe SEDUC/CEFOR Sinta-se acolhido(a) pela SEDUC, com votos de um excelente curso. Espera-se que este "Curso de Noções Básicas em Primeiros Socorros para o Ambiente Escolar" seja o máximo aproveitável na prática escolar e pedagógica, porque o contexto social atual exige que novos olhares sejam promovidos a partir da formação profissional. Seja bem-vindo ao Curso de Noções Básicas em Primeiros Socorros para o Ambiente Escolar Lista de Figuras Figura 22. Contusões Figura 17. Imobilização da Perna e Tornozelo Figura 24. Como conter hemorragia na palma da mão Figura 25. Sangramento nasal Figura 16. Imobilização do Braço Figura 26. Sinal universal do engasgo Figura 27. Manobra de Heimlich no adulto Figura 18. Imobilização do Pé Figura 30. Mapa mental Manobra de Heimlich Figura 11. Compressões torácicas em crianças menores de 8 anos Figura 12. Compressões torácicas em bebês menores de 1 ano Figura 31. Afogamento não é acidente Figura 32. Afogamento Figura 8. Abertura de Vias Aéreas Figura 9. Pocket mask Figura 19. Imobilização do Maxilar Figura 33. Posição lateral de segurança Figura 35. Afogamento em escola em Pernambuco Figura 28. Manobra de Heimlich na criança maior de 2 anos Figura 4. Desmaio Figura 7. Chame ajuda Figura 21. Luxações Figura 23. Como realizar torniquete Figura 36. Asfixia por inalação de fumaça Figura 38. Incêndio em escola Islâmica Figura 6. Mitos e verdades sobre a crise convulsiva Figura 39. Tipos de queimaduras Figura 14. Notícia sobre Parada Cardiorrespiratória em aula de educação física Figura 29. Manobra de Heimlich em bebês Figura 37. Incêndio em Aracaju Figura 34. Cadeia de sobrevivência do afogamento Figura 40. Choque elétrico Figura 5. Hipoglicemia Figura 20. Entorse Figura 15. Informações técnicas sobre termômetro infravermelho Figura 10. Compressões torácicas Figura 13. Notícia sobre Parada Cardiorrespiratória em escola Figura 2 Quando acionar o socorro adequado? Figura 3 Desmaio Figura 1 Quadro de Riscos Figura 43. Desfibrilador Externo Automático Figura 41. Animais peçonhentos Figura 42. Kit de Primeiros Socorros 13 16 17 18 19 21 22 23 23 24 25 26 27 28 29 34 34 35 35 36 37 37 39 39 40 41 44 45 45 45 46 47 48 48 49 50 51 52 55 57 58 62 63 1.3 Atividade reflexiva 2 EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 1 LEI LUCAS 2.1 Desmaios 2.4 Parada Cardiorrespiratória - PCR 2.4.3. Compressões em bebês menores de 1 ano 2.4.2. Compressões em criança menores de 8 anos 1.2 Mapa de risco no ambiente escolar 2.4.4. Febre 1.1 Vídeo de apresentação da Lei Lucas 2.2 Situação especial: Hipoglicemia 2.4.1. Compressões em criança maiores de 8 anos e/ou adultos MÓDULO I MÓDULO II 2.3 Crise convulsiva 5.1 Queimaduras 3.2 Entorse 3.1 Fraturas REFERÊNCIAS 4 ASFIXIA 4.1. Asfixia por obstrução de vias aéreas por corpo estranho 5.2 Choque elétrico 7.1 Medidas coletivas de proteção 4.1.1. Asfixia por afogamento BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS MÓDULO III 3.5 Hemorragia 3.4 Contusões 3.6 Sangramento nasal 5 OUTRAS EMERGÊNCIAS MÓDULO VI 4.1.2. Asfixia por inalação de fumaça 6 KIT DE PRIMEIROS SOCORROS 6.2 Desfibrilador externo automático - DEA MÓDULO IV 5.3 Acidentes com animais domésticos e peçonhentos MÓDULO V MÓDULO ESPECIAL 7 COVID 5.1.1 Como previnir queimaduras nas escolas 3 EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS 3.3 Luxações 6.1 Como montar um Kit de Primeiros Socorros 7.2 Medidas individuais (profissionais e discentes) de proteção 8 10 12 12 13 14 16 17 18 20 22 24 25 25 29 31 33 33 36 37 37 38 40 42 44 44 47 48 53 55 55 56 57 58 60 62 62 63 64 66 66 66 68 71 Sumário Citar quais normas regulamenmapa de risco de uma escola. Módulo I - A Lei Lucas Compreender a importância do cumprimento a Lei nº. 13.722 de 04 de outubro de 2018 - Lei Lucas, que visa à preparação dos profissionais que atuam no ambiente escolar para prestar os primeiros socorros em situações que ameacem a vida de todos que transitam por este ambiente. Descrever os riscos aos quais discentes e profissionais estão expostos diariamente no ambiente escolar. Descrever o que é mapa de risco de uma escola, identificando sua função na prevenção de acidentes no ambiente escolar e quais normas o regula- mentam.que recebe a descarga elétrica pode apresentar lesão externa mínima, superfi- cial. Porém, pode acometer extensos danos internos decorrentes das altas temperatu- ras ocasionadas pela corrente elétrica, que podem queimar os órgãos e tecidos que estiverem em seu trajeto. (SÃO PAULO, 20007, p.11). Figura 40 - Choque Elétrico. Fonte: Silva Júnior ([2020?]) Como proceder? - Desligue a fonte de energia, mas não toque na vítima. - Observe se a pessoa está consciente e respi- rando. - Se estiver consciente, acalme a vítima até a chegada do Serviço de emergência; - Afaste a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque, usando materiais não condutores e que estejam secos como: madei- ra, plástico ou borracha. - Cuidar das queimaduras (ver assunto “Quei- maduras”), procurar pelas queimaduras das regiões de entrada e de saída da corrente elétrica. - Se estiver inconsciente, mas respirando, deite-a de lado em posição lateral de segurança (deitando-a do lado esquerdo preferencialmen- te). - Iniciar manobras Reanimação Cardiopul- monar (RCP), se for necessário. (Ver assunto sobre “Parada Cardiorrespiratória”). O primeiro impulso de qualquer um quando vê alguém levando um cho- que, é tentar puxá-lo. Outro erro comum é utilizar panos molhados ou úmidos para socorrer a vítima. NÃO FAÇAM ISSO! ATENÇÃO! Vídeo sobre Choque Elétrico Assista ao vídeo seguinte sobre o tema estudado, para melhor fixação do assunto: Vídeo sobre Choque Elétrico Módulo V - Outras Emergências 57 https://www.youtube.com/watch?v=1DXMZcXGy5s https://www.youtube.com/watch?v=1DXMZcXGy5s https://www.youtube.com/watch?v=1DXMZcXGy5s https://www.youtube.com/watch?v=1DXMZcXGy5s https://www.youtube.com/watch?v=1DXMZcXGy5s https://www.youtube.com/watch?v=1DXMZcXGy5s https://www.youtube.com/watch?v=1DXMZcXGy5s 5.3 Acidentes com animais domésticos e peçonhentos Acidentes com animais podem ocorrer também no ambiente escolar. Dentre os principa- is estão as mordeduras, arranhaduras e picadas de animais domésticos, silvestres e peçonhen- tos. Alguns desses podem ser transmissores da raiva e, além disso, ferimentos causados por qualquer animal podem infectar-se devido a microorganismos presentes na flora bacteriana da sua boca (São Paulo, 2007). Figura 41 - Animais peçonhentos. Fonte: Paraná (2019). Como proceder em casos de mordedura e arranhadura de animais? - Cobrir os ferimentos com gazes (ou, na falta destas, com panos limpos) e enfaixar. - Realizar a lavagem imediata e abundante dos ferimentos com água corrente e sabão. - Se houver sangramento abundante, comprimir o local e, a seguir, enfaixar com com- pressão, com cuidado para não garrotear. - Nos casos de ferimentos pequenos, superficiais, com pouco sangramento, encaminhar a vítima à Unidade Básica de Saúde de referência para avaliação médica. - Se possível, leve o cartão de vacinação da criança e do animal até a unidade de saúde para que sejam tomados devidos cuidados referentes à imunização. - Em casos de ferimentos extensos, profundos ou com sangramento abundante, encami- nhar a vítima para o Pronto-Socorro de referência. Módulo V - Outras Emergências 58 Como proceder em casos de picadas de animais peço- nhentos? - NÃO garrotear o membro afetado. NÃO colocar folhas, pó de café ou urina no local da picada. - NÃO tentar retirar o veneno e não realizar sucção do ferimento. - No caso de picada por abelhas, formigas ou marimbondos, mesmo que seja única, na qual o indivíduo apresente tosse, chiado no peito, rouquidão, olhos inchados ou dificulda- de respiratória, encaminhá-lo imediatamente ao serviço de urgência mais próximo, pois pode estar apresentando uma reação alérgica grave. - Realizar compressas mornas na região, pois ajudam a aliviar o quadro até a chegada ao hospital, onde será avaliada a necessidade ou não de aplicação de soro. Não é recomen- dável colocar gelo no local. - Nos acidentes com cobras, aranhas e escorpiões, procurar não perder tempo e remover a vítima imediatamente para o pronto-socorro de referência. - Realizar a lavagem dos ferimentos com água corrente e sabão. - No caso de picadas por mais de dez abelhas ou marimbondos, encaminhar a vítima à unidade de urgência mais próxima. Módulo V - Outras Emergências Vídeo sobre animas peçonhentos O ambiente escolar também pode ser propício a esses tipos de acidentes, uma vez que a depender da região em que a escola esteja inserida, como proximidade com rios, lagos, man- gues, pastos, locais com grandes enchentes, áreas rurais, entre outras, esses eventos podem acontecer com mais frequência. Assista ao vídeo seguinte sobre o tema estudado, e saiba como prestar os primeiros socorros em casos de acidentes com animais. Vídeo sobre Animais Peçonhentos 59 https://www.youtube.com/watch?v=1qmTLuAWoUI https://www.youtube.com/watch?v=1qmTLuAWoUI https://www.youtube.com/watch?v=1qmTLuAWoUI https://www.youtube.com/watch?v=1qmTLuAWoUI https://www.youtube.com/watch?v=1qmTLuAWoUI https://www.youtube.com/watch?v=1qmTLuAWoUI https://www.youtube.com/watch?v=1qmTLuAWoUI Módulo VI- Kit de Primeiros Socorros Carga horária deste módulo: 03 horas Objetivos deste módulo: Descrever a montagem de um kit de primeiros socorros com todos os itens pertinentes. Definir a importância da disponibilidade de um kit de primeiros socorros nas unidades escolares. estipulando um período de conferência e garantindo assim sua disponibilidade quando necessário. Compreender a necessidade do kit de primeiros socorros no ambiente escolar, Módulo VI Kit de Primeiros Socorros A escola em que você trabalha dispõe de kit’s de primeiros socorros para uso em caso de necessidade? Você sabe como montar um Kit de primeiros socorros? Neste módulo, você aprenderá como montá-lo e alguns cuidados especiais como periodicidade de conferência. 6 Kit de Primeiros Socorros 6.1 Como montar um kit de Primeiros Socorros Na escola em que você trabalha tem kit de primeiros socorros? Aqui você aprenderá a montá-lo, pois este é um grande aliado no momento em que precisamos prestar socorro. Os itens que o compõem podem ser encontrados em qualquer farmácia, vamos lá? “Armazene os materiais em caixa composta por material lavável, como acrílico/PVC que permite limpeza de forma adequada com água e sabão ou álcool 70%” (CRECHE SEGURA, s.d). Módulo VI - Kit de Primeiros Socorros Quais ítns deve conter? - Ataduras de crepe de 10 cm - Pacotes de gaze - Fita tipo esparadrapo de 10 cm - Compressa de algodão de 10X15 cm - Bolsa térmica gel - Micropore - Caixa de luvas tamanho M - Almotolia de sabão líquido - Kit de talas moldáveis, tipo EVA - Aspirador nasal - Frasco de álcool 70% - Frasco de soro fisiológico 0,9% 250 ml - Caixa de curativo adesivo - Tipoia descartável - Tesoura sem ponta - Termômetro digital - Lençol ou toalha Fonte - CRECHE SEGURA, s.d Figura 42 - Kit de primeiros socorros. Fonte: Nandi (2017). Vídeos sobre Kit de Primeiros Socorros Assista ao vídeo seguinte sobre o tema estudado, para melhor fixação do assunto: Vídeo sobre Kit de Primeiros Socorros ATENÇÃO! - Conferência do Kit de Primeiros Socorros: Institua uma rotina de conferência da validade dos materiais do kit de primeiros socorros (por exemplo, a cada 60 dias) e registrar em impresso que poderá ficar armazenado em saco plástico dentro da caixa. - Atenção aos produtos para curativos: Não utilize pomadas ou cremes para realização de curativos, pois o aluno poderá apresentar uma sensibilização aos componentes do produto ou até uma reação alérgica. 62 https://www.youtube.com/watch?v=8il_Mlbi8-4 https://www.youtube.com/watch?v=8il_Mlbi8-4 https://www.youtube.com/watch?v=8il_Mlbi8-4 https://www.youtube.com/watch?v=8il_Mlbi8-4 https://www.youtube.com/watch?v=8il_Mlbi8-4 https://www.youtube.com/watch?v=8il_Mlbi8-4 https://www.youtube.com/watch?v=8il_Mlbi8-4 https://www.youtube.com/watch?v=8il_Mlbi8-4 - Aplicação de compressas frias: Existem inúmeras situações nas quais a aplicaçãode frio é recomendada, procure manter sempre uma bolsa (por exemplo termogel) protegida com saco plástico no congelador, isso dispensará a utilização de gelo quando este não estiver disponível. - Atenção à pele: Sempre que utilizar aplicação de calor ou frio proteja a pele do aluno com um tecido para evitar lesões no local da aplicação. 6.2 Desfibrilador Externo Automático - DEA Equipamento de suma importância para uso, requer capacitação específica, assim, ao passo que esses sejam adquiridos, tais treinamentos poderão ser ofertados de acordo com parceria firmada entre FUNESA, SEDUC e SES. Figura 43 - Desfibrilador Externo Automático Fonte: Schlins (2017). Vídeos sobre Desfibrilador Externo Automático (DEA) Assista ao vídeo seguinte sobre o tema estudado, para melhor fixação do assunto: Vídeo sobre Desfibrilador Externo Automático 63 Módulo VI - Kit de Primeiros Socorros https://www.youtube.com/watch?v=xKaXFOvWQxk https://www.youtube.com/watch?v=xKaXFOvWQxk https://www.youtube.com/watch?v=xKaXFOvWQxk https://www.youtube.com/watch?v=xKaXFOvWQxk https://www.youtube.com/watch?v=xKaXFOvWQxk https://www.youtube.com/watch?v=xKaXFOvWQxk https://www.youtube.com/watch?v=xKaXFOvWQxk Módulo Especial: Covid-19 Objetivos deste módulo: Carga horária deste módulo: 02 horas. Descrever sobre as medidas coletivas e individuais de proteção contra a Covid- 19 para o retorno seguro das aulas; Citar as medidas de proteção e distanciamento social contra a proliferação da Covid-19. Módulo Especial Covid-19 Esse é o nosso último módulo, reservado para orientações sobre a Covid-19 e o retorno às aulas. 7 Covid-19 7.1 Medidas coletivas de proteção - Discentes “A volta às aulas em tempos de Covid-19, envolve questões psicológicas, pedagógicas, bem como cuidados para preservar a saúde dos discentes e da equipe das escolas” (STANGA, 2021). Como ficam nossos alunos e profissionais? Será que todas as escolas estão devidamen- te preparadas para a volta das atividades? Como as escolas podem auxiliar nesse processo? A realização de treinamentos para professores e cuidados quanto à aplicação de medidas de prevenção e sua adesão por parte dos educandos, é sugerida pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). - Familiares dos discentes Quando abordamos o ambiente escolar propriamente dito, três principais grupos devem ser abordados: - Profissionais da educação - Organizar as equipes para trabalharem de forma escalonada, com medidas de distanciamento social. - Lavar as mãos com água e sabão ou higienizar com álcool em gel 70%. - Garantir adequada comunicação visual de proteção e prevenção de risco à Covid-19. Segundo Ministério da Educação são medidas coletivas de proteção para o retorno das aulas pós-pandemia: - Considerar o trabalho remoto aos servidores e colaboradores do grupo de risco. - Priorizar o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para realização de reu- niões e eventos à distância. Se for necessário o encontro presencial, optar por ambientes bem ventilados. - Utilizar máscaras, conforme orientação da autoridade sanitária, de forma a cobrir a boca e o nariz. - Seguir as regras de etiqueta respiratória para proteção em casos de tosse e espirros. - Evitar cumprimentar com aperto de mãos, beijos e/ou abraços. - Organizar a rotina de limpeza do ambiente de trabalho e dos equipamentos de uso individual e coletivo. - Manter, sempre que possível, portas e janelas abertas para ventilação do ambiente. 7.2 Medidas individuais de proteção (Profissionais e Discentes) - Não compartilhar objetos de uso pessoal, como: copos e talheres, materiais de escritórios, livros e afins. - Aferição da temperatura dos servidores, estudantes e colaboradores na entrada da Instituição e de salas e ambientes fechados. Para retomada segura das atividades, recomenda-se à Instituição de Ensino garantir: - Manter cabelo preso e evitar usar acessórios pessoais, como brincos, anéis, relógios. Segundo Ministério da Educação, são medidas individuais de proteção para o retorno das aulas pós-pandemia: - Respeitar o distanciamento de pelo menos 1,5m (um metro e meio) entre você e outra pessoa. Módulo Especial - Covid-19 66 - A limpeza periódica em locais utilizados com maior fluxo de pessoas. - No uso de bebedouros deverá evitar contato direto com a superfície, realizar higienização das mãos. Na impossibilidade do cumpriment o dessas orientações, recomenda-se a interdição dos bebedouros. Áreas comuns (estacionamentos, vias de acesso interno, pátio, biblioteca, refeitório etc.): - Utilizar, obrigatoriamente, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) como jaleco, máscara e touca, sem uso de adornos antes de entrar em laboratórios. - A disponibilização de termômetro e álcool 70% para cada unidade (administrativa e de ensino). - Manter a limpeza de salas e auditórios a cada troca de turma. - Manter os ambientes ventilados (janelas abertas). - Manter limpeza e desinfecção de equipamentos e maquinários coletivos após a utilização por usuário (BRASIL, 2020). Vídeo sobre medidas de proteção contra Covid-19 Assista ao vídeo seguinte sobre o tema estudado, para melhor fixação do assunto. Vídeo sobre Medidas de proteção contra Covid-19 Módulo Especial - Covid-19 67 https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM Referências pdf. Acesso em: 01 ago. 2022. BRASIL. Lei n.º 13.722 de 04 de outubro de 2018. Torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. Brasília, 2018. Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/ BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 21 set. 2021. G1 SERGIPE. Garoto de 12 anos passa mal em aula de educação física, infarta e morre. Disponível em: https://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2015/04/garoto-de-12-anos- passa-mal-em-aula-de-educacao-fisica-infarta-e-morre.html. Acesso em: 21 set. 2021. AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA). Destaques das diretrizes de RCP e ACE de 2020 da American Heart Association. Disponível em: https://cpr.heart.org/-/ media/CPR- Files/ CPR-Guidelines-Files/Highlights/Hghlghts_2020ECCGuidelines_ Portuguese. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Informações técnicas sobre termômetro infravermelho. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt- br/assuntos/noticias-anvisa/2020/informacoes-tecnicas-sobre-termometro-infravermelho. Acesso em: 06 dez. 2021. tipo=LEI&numero=13722&ano=2018&ato=9fdgXQE5UeZpWT64f. Acesso em: 20 set. 2021. FOLHA DE PERNAMBUCO. Menino de três anos é socorrido após afogamento em colégio em Abreu e Lima. 2018. 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Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24 Página 25 Página 26 Página 27 Página 28 Página 29 Página 30 Página 31 Página 32 Página 33 Página 34 Página 35 Página 36 Página 37 Página 38 Página 39 Página 40 Página 41 Página 42 Página 43 Página 44 Página 45 Página 46 Página 47 Página 48 Página 49 Página 50 Página 51 Página 52 Página 53 Página 54 Página 55 Página 56 Página 57 Página 58 Página 59 Página 60 Página 61 Página 62 Página 63 Página 64 Página 65 Página 66 Página 67 Página 68 Página 69 Página 70 Página 71 Página 72 Página 73 Página 74 Página 75 Página 76Carga horária deste módulo: 05 horas Objetivos deste módulo: Módulo I A Lei Lucas Módulo I - A Lei Lucas Ao final do módulo, você terá acesso aos materiais complementares e deverá realizar uma atividade proposta. Logo após, você poderá dar continuidade ao curso. Este módulo aborda a Lei nº. 13.722, de 04 de Outubro de 2018 - A Lei Lucas. Você também poderá entender um pouco mais sobre o Maa de Risco da sua escola. Dentro desse contexto, você compreenderá a importância da temática e o quanto é necessário um ‘‘Curso de Noções Básicas em Primeiros Socorros para o Ambiente Escolar’’. 1 Lei Lucas Você conhece a Lei Lucas? Módulo I - A Lei Lucas 10 Aqui você verá a Lei nº. 13.722 na integra e entenderá o porquê da obrigatoriedade deste curso aos profissionais da educação, além de outras condições que o tornam essencial para o ambiente escolar. Lei nº 13.722, de 04 de Outubro de 2018. Torna obrigatória a capacitação em noções básicas de primeiros socorros de professores e funcionários de estabelecimentos de ensino públicos e privados de educação básica e de estabelecimentos de recreação infantil. Art. 2º Os cursos de primeiros socorros serão ministrados por entidades munici- pais ou estaduais especializadas em práticas de auxílio imediato e emergencial à população, no caso dos estabelecimentos públicos, e por profissionais habilitados, no caso dos estabelecimentos privados, e têm por objetivo capacitar os professores e funcionários para identificar e agir preventivamente em situações de emergência e urgência médicas, até que o suporte médico especializado, local ou remoto, se torne possível. § 1º O conteúdo dos cursos de primeiros socorros básicos ministrados deverá ser condizente com a natureza e a faixa etária do público atendido nos estabelecimen- tos de ensino ou de recreação. § 2º A quantidade de profissionais capacitados em cada estabelecimento de ensino ou de recreação será definida em regulamento, guardada a proporção com o tamanho do corpo de professores e funcionários ou com o fluxo de atendimento de crianças e adolescentes no estabelecimento. Art. 1º Os estabelecimentos de ensino de educação básida da rede pública, por meio dos respectivos sistemas de ensino, e os estabelecimentos de ensino de educa- ção básica e de recreação infantil da rede privada deverão capacitar professores e funcionários em noções de primeiros socorros. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional dereta e eu sanciono a seguinte lei: § 3º A responsabilidade pela capacitação dos professores e funcionários dos estabelecimentos públicos caberá aos respectivos sistemas ou redes de ensino. § 1º O curso deverá ser ofertado anualmente e destinar-se-á à capacitação e/ou à reciclagem de parte dos professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino e recreação a que se refere o caput deste artigo, sem prejuízo de suas atividades ordinárias. Módulo I - A Lei Lucas 11 § 2º Os estabelecimentos de ensino ou de recreação das redes pública e particu- lar deverão dispor de kits de primeiros socorros, conforme orientação das entidades especializadas em atendimento emergencial à população. Art. 3º São os estabelecimentos de ensino obrigados a afixar em local visível a certificação que comprove a realização da capacitação de que trata esta Lei e o nome dos profissionais capacitados. Art. 4º O não cumprimento das disposições desta Lei implicará a imposição das seguintes penalidades pela autoridade administrativa, no âmbito de sua competência: II - multa, aplicada em dobro em caso de reincidência; ou Art. 5º Os estabelecimentos de ensino de que trata esta Lei deverão estar integrados à rede de atenção de urgência e emergência de sua região e estabelecer fluxo de encaminhamento para uma unidade de saúde de referência. III - em caso de nova reincidência, a cassação do alvará de funcionamento ou da autorização concedida pelo órgão de educação, quando se tratar de creche ou estabe- lecimento particular de ensino ou de recreação, ou a responsabilização patrimonial do agente público, quando se tratar de creche ou estabelecimento público. Art. 7º As despesas para a execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, incluídas pelo Poder Executivo nas propostas orçamentárias anuais e em seu plano plurianual. I - notificação de descumprimento da Lei; Art. 6º O Poder Executivo definirá em regulamento os critérios para a implemen- tação dos cursos de primeiros socorros previstos nesta Lei. Brasília, 4 de outubro de 2018; 197º da Independência e 130º da República. Gustavo do Vale Rocha Art. 8º Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial. MICHEL TEMER 1.1 - Vídeo de Apresentação da Lei Lucas Olá! Você sabia que a Lei Lucas hoje é uma realidade? Você conhece a trágica história do menino Lucas Begalli, que deu origem a Lei nº.13.722? Envão vamos lá! 1.2 - Mapa de risco no ambiente Escolar Você sabe o que é mapa de risco? Módulo I - A Lei Lucas De acordo com o art. 4º do Estatuto da criança e do adolescente: 12 A Lei Lucas foi criada em homenagem ao menino de 10 anos, Lucas Begalli, que ao participar de um passeio promovido por sua escola, na pausa para o lanche, acabou se engas- gando. Os profissionais da escola, que ali estavam, não eram aptos a prestar os primeiros socorros, então, Lucas só foi atendido após a chegada do SAMU (Serviço Móvel de Urgência) ao local. O menino chegou a ser transferido para UTI (Unidade de Terapia Intensiva), depois de sete paradas cardiácadas, e de 50 minutos com tentativas de reanimação cardíaca, não resistiu. Lucas acabou morrendo em decorrência da asfixia por obstrução de vias aéreas. Alessandra Begallo, mãe de Lucas, atua como advogada e ativista social, lutou brava- mente para que o caso do seu filho não ficasse despercebido e para que outras vidas não fossem ceifadas. Surgindo, assim, a Lei Lucas. Assista ao vídeo seguinte para melhor entender do surgimento da Lei. No ambiente escolar, o mapa de risco é definido como um ‘‘croqui ou uma maquete da escola e da comunidade em que está inserida’’ e deve ser usado para identificar os fatores de risco e, consequentemente, prevenir acidentes e até mesmo danos causados por desastres naturais. (SAUSEN, 2013, p. 2696 apud SOUSA et al., 2019 p.5). O Mapa de Risco visa a prevenção de acidentes detectando previamente possíveis fatores que favorecem o surgimento de eventos no ambiente de trabalho, melhorando as condi- ções: segurança, conforto e comodidade das pessoas que ali estão. (NASCIMENTO et al., 213). É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária (BRASIL, 1990, p.1). https://www.youtube.com/watch?v=cWiFBhX4ld8 https://www.youtube.com/watch?v=cWiFBhX4ld8 https://www.youtube.com/watch?v=cWiFBhX4ld8 https://www.youtube.com/watch?v=cWiFBhX4ld8 https://www.youtube.com/watch?v=cWiFBhX4ld8 https://www.youtube.com/watch?v=cWiFBhX4ld8 https://www.youtube.com/watch?v=cWiFBhX4ld8 1.3 - Atividade Reflexiva Quais atividades escolares podem acarretar maiores riscos aos discentes? Agora, faça uma autoavaliação de como você prestaria socorro caso algum acidente acontecesse nesse ambiente. Hoje, você se sente seguro para prestar os primeiros socorros? Módulo I - A Lei Lucas No ambiente escolar, existem diversos riscos aos quais todos que ali estão podem estar expostos: Fonte: Elaboração própria, adaptado de UNASUS (2016) Figura 1 - Quadro de Riscos. 13 Até aqui você já estudou sobre a Lei Lucas e sobre os riscos aos quais estamos expostos diariamente. Agora, faça uma análise crítica do ambiente em que você trabalhar como um todo (estrurura física, mobiliário, áreasexternas, laboratórios, áreas de esporte/lazer...) e identifique todos os possíveis riscos que seus discentes e demais profissionais estão expostos diariamen- Carga horária deste módulo: 05 horas Analisar as principais causas de uma crise convulsiva, mitos e verdades sobre essa patologia, entendendo como socorrer a vítima em convulsão. bebês menores de 01 ano de idade, identificando a quem solicitar ajuda nesses casos. Identificar quais as emergências clínicas são mais comuns no ambiente escolar, entendendo como acionar o socorro adequadamente para cada situação. Objetivos deste módulo: maiores de 08 anos de idade, crianças menores de 08 anos de idade e em Citar os sinais clássicos da febre, compreendendo os sinais e gravidade, bem como proceder nessa situação. Descrever os sinais clínicos do desmaio, suas possíveis causas e como prestar os primeiros socorros adequadamente nessa situação. Diferenciar os casos de parada cardiorrespiratória (PCR) em adultos, crianças Módulo II- Emergências Clínicas Conhecer os sinais da parada cardiorrespiratória (PCR), oferecendo os primei- ros socorros adequadamente. Módulo II Emergências Clínicas Módulo II - Emergências Clínicas Ao final do módulo, você terá acesso aos materiais complementares e deverá realizar uma avaliação que contará com 10 questões de múltipla escolha e, para avançar no curso, você deverá acertar pelo menos 7 delas. Pedimos especial atenção para as informações sobre ‘‘Como acionar o socorro especializado adequadamente!’’. Neste módulo você conhecerá algumas emergências clínicas como: desmaio, crise convulsiva, parada cardiorrespiratória e febre, bem como proceder, caso algum desses eventos aconteçam dentro do ambiente escolar. Apresentaremos conteúdos de forma clara e objetiva, além de vídeos explicativos para melhor entendimento dos nossos cursistas. 2 Emergências clínicas Você sabe o que são emergências clínicas? Um atendimento efetivo, planejado e correto pode prevenir sérios riscos para os nossos discentes, visto que os primeiros 10 minutos, após um acidente, são de grande importância para ajudar salvar uma vida. Tenha sempre em mente a prática do: São agravos de saúde, com causa, normalmente decorrente de doenças preexistentes, ou seja, não foram causados por nenhum fator externo. Avaliar o estado geral do indivíduo e se o ambiente Não apresenta riscos ao socorrista. Chamar emergência sempre que necessário, ou pedir socorro. Procurar solucionar o que for mais grave, até o serviço de emergência chegar. Como acionar socorro corretamente? Você sabe qual(is) serviços(s) deve(m) ser acionado(s) para cada tipo de emergência? Cada um tem sua finalidade e, por isso, devemos estar bem atentos a quem pedir ajuda! Dessa forma, o tempo para o atendimento adequado será otimizado e garantirá uma maior sobrevida do indivíduo afetado. Lembre-se: ‘‘Nossas escolhas podem salvar caminhos, mas nossas atitudes salvam vidas’’! (Chistopher Caleb). Módulo II - Emergências Clínicas S A M U B O M B E I R O S Fonte: Elaboração própria, adaptado de UNASUS (2016) Figura 2 - Quando acionar o socorro adequado? 16 (TORRES,2020) Ligar CuidarChecar ilu st ra çã o : S h ir le y Ja cy . 2.1 Desmaios Módulo II - Emergências Clínicas Desmaio: O desmaio é a perda súbita, transitória e repentina da consciência, devido à diminuição de sangue e oxigênio no cérebro. Como proceder? Ao apresentar início dos sintomas de desmaio: Sentar a vítima em uma cadeira e inclinar o tronco em direção às pernas, a fim de manter a cabeça da vítima abaixo do nível do coração, favorecendo a circulação sanguinea. Observe a figura ao lado. Figura 3 - Desmaio. Fonte: Elaboração própria, adaptado de Fiocruz (2010). 17 Síntomas clássicos - Suor frio abundante - Palidez intensa - Fraqueza - Pulso fraco - Náusea ou ânsia de vômito - Respiração lenta - Pressão arterial baixa - Extremidades frias - Tontura Principais causas - Nervosismo intenso - Acidentes, principalmente com grande perda sanguínea. - Hipoglicemia (diminuilçao do açucar no sangue) - Cansaço excessivo. - Fome - Emoções súbitas. - Prolongada permanência em pé - Dor intensa. - Susto - Mudança súbita de posição (levantar-se rapidamente) - Ambientes fechados e quentes - Disritmias cardíacas (alterações cardíacas. 2.2 Situação especial: hipoglicemia De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de diabetes (2019-2020), em individuos diabéticos, sintomas como: palizes, suor frio, confusão mental, pode ser caracterizado como hipoglicemia (diminuição dos níveis de açucar no sangue abaixo de 70 mg/dL). Em pessoas conscientes, a forma correta de corrigir a hipoglicemia é ofertando cerca de 15 gramas de carboidrato simples, o que é equivalente a uma colher de sopa de açucar (diluída em água), ou uma colher de sopa ou 3 cachês de mel (não é permitido para crianças menores de um ano), ou 150 ml de refrigerante comum (não dietético) ou suco de laranja integral ou de 3-4 balas mastigáveis (SBD, 2019). Caso hipoglicemia não seja revertida, encaminhá-la ao serviço de urgência mais próximo. Módulo II - Emergências Clínicas Figura 4 - Desmaio. Fonte: Singletaria et al. (2015). 18 - Folgar as roupas apertadas para que a vítima possa respirar mais facilmente; Após a vítima ter desmaiado: - Deitar o indivíduo e elevar as suas pernas, pelo menos 40 cm, durante alguns segundos até que recupere a consciência; - Deixar a boca da vítima livre e evitar dar algo para beber ou comer enquanto não estiver totalmente consciente. - Colocar o indivíduo de lado para ele não se engasgar, caso não se recupere do desmaio e exista o risco de a língua cair; Módulo II - Emergências Clínicas ilu st ra çã o : S h ir le y Ja cy . Vídeo sobre desmaio Figura 5 - Hipoglicemia. Fonte: Elaboração própria, adaptado de Fiocruz (2010). 19 Não esqueça: Quem presta os primeiros socorros deve conhecer suas próprias limitações! Tenha sempre à mão os números de atendimento de emergência (SAMU 192). Caso não consiga solucionar o problema, chame ajuda! https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM https://www.youtube.com/watch?v=0W1IzIY4PsM 2.3 Crise convulsiva Crise convulsiva: Contratura involutária da musculatura que provoca movimentos desordenados. Geralmente é acompanhada pela perda da consciência. As convulsões aconte- cem quando há excitação da camada externa do cérebro (SÃO PAULO, 2007). Como proceder? Nunca colocar a mão na boca e/ou tentar puxar a língua da pessoa em convulsão, pois pode ser perigoso para o socorrista! ATENÇÃO! 20 Módulo II - Emergências Clínicas Síntomas clássicos - Fraqueza - Náusea ou ânsia de vômito - Pulso fraco - Palidez intensa - Suor frio abundante - Pressão arterial baixa - Respiração lenta - Extremidades frias - Tontura Principais causas - Falta de oxigenação no cérebro - Febre muito alta - Efeitos colaterais provocados por medicamentos - Hipoglicemia - Intoxicação por produtos químicos - Traumatismo na cabeça - Hemorragia intracraniana, edema cerebral e tumores - Epilepsia ou outras doenças do Sistema Nervoso Central. - Se houver febre alta, dê um banho com água em temperatura ambiente, ou compressa nas regiões da testa, axílas e virilha, após a crise. - Caso esteja salivando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela sufoque com a própria saliva. - Quando a crise passar, deixe-a descansar, mantendo sua privacidade. - Folgue as roupas. - Verifique se existe identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão. - Nunca segure a pessoa em crise convulsiva (deixe-a debater-se), proteja a cabeça para evitar lesões. - Remover qualauqer objeto com o qual a vítima possa se machucar e afastá-la de locais e ambientes potencialmente perigosos,como por exemplo: escadas, portas de vidro, janelas, fogo, eletricidade, máquinas em funcionamento. Módulo II - Emergências Clínicas 21 Vídeo sobre crise convulsiva Você conhece alguém que teve ou tenha crise convulsiva constantemente? Se esse fato ocorresse em um ambiente escolar, você saberia ajuá-lo (a) a efrentar esse momento? Assista ao vídeo seguinte e faça uma reflexão sobre quais condutas você já conhecia e quais são uma novidade para você, referente a esse assunto. Figura 6 - Mitos e verdades sobre a crise convulsiva Fonte: autoria própria (2022). Mitos e verdades sobre a crise convulsiva - Toda convulsão é uma epilepsia. - Durante uma crise convulsiva, deve-se segurar os braços e a língua da pessoa. - A crise convulsiva é uma doença mental. - No momento da crise, o ideal é colocar a pessoa acometida em posição lateralizada, evitando dessa forma, que haja aspiração das secreções que forem expelidas. - Não devemos segurar a língua, nem colocar nenhum tipo de objeto na boca da pessoa. - Devemos proteger sempre a cabeça da vítima, a fim de evitar possíveis traumas. - A crise convulsiva é uma doença neurológica, não mental! Quando identificada e tratada a tempo, o indivíduo consegue ter uma vida normal. MITO VERDADE https://www.youtube.com/watch?v=YxsNmlJFZzc https://www.youtube.com/watch?v=YxsNmlJFZzc https://www.youtube.com/watch?v=YxsNmlJFZzc https://www.youtube.com/watch?v=YxsNmlJFZzc https://www.youtube.com/watch?v=YxsNmlJFZzc 2.4 Parada cardiorrespiratória - PCR Módulo II - Emergências Clínicas É a cessação repentina da função de bombardeamento Parada cardiorrespiratória: cardíaco e da respiração. Ocorre mais frequentemente nos extremos de idade escolar, ou seja, em crianças menores de um ano e na adolescência (SÃO PAULO, 2007). As manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em pessoas acometidas por parada cardiorrespiratória (PCR), ainda que realiza- das apenas com compressões torácicas, aumentam as taxas de so- brevivência das vítimas. (GONZALES et al. 2013, p. 04). ATENÇÃO! Figura 6 - Chame ajuda. Fonte: INBRAEP (2019). 22 Principais causas - Síndrome da morte súbita infantil - Doenças respiratórias - Doenças neurologicas Durante a infância as causas mais comuns são: - Doenças cardíacas congênitas complexas - Lesões intencionais (maus-tratos) ou não-intencionais (acidentes) - Afogamento - Obstrução de vias aéreas (incluindo aspiração de corpo estranho) - Infecção generalizada Síntomas clássicos - Irresponsividade: Todas os ombros e chamar o nome da pessoa em voz alta e a vítima não responder e/ou não possuir nenhum estímulo. - Ausência de respiração ou respiração agônica: deve-se aproximar bem a orelha da face da vítima e olhando na direção do tórax, executar a técnica do Ver: se existe ruído do ar exalado pela boca ou nariz, e Sentir: o fluxo de ar exalado pela boca ou nariz. Nas crianças maiores de um ano e nos adolescentes - Os traumas (intencionais ou não) constituem a principal causa de PCR fora do hospital. Módulo II - Emergências Clínicas 23 Fonte: Elaboração própria, adaptado de COREN - SP, 2011. Como proceder? O indivíduo deve estar em decúbito dorsal (deitado de costas) sobre uma superfície plana e rígida (o chão é o melhor local). Você e seu colega socorrista irão: - Abrir as Vias Aéreas: O 1º socorris- ta colocará uma das mãos na testa da vítima, e os dedos indicador e médio da outra mão, sob a parte óssea da mandíbula, perto da ponta do queixo e tracionará levemente a mandíbula para cima e para fora, inclinando a cabeça gentilmente para trás; o pesoço é ligeiramente estendido, conforme demonstra figura a seguir: Figura 8 - Abertura das Vias Aéreas - Ventilação de resgate: A respiração boca a boca não é mais recomendada, devido não garantir benefícios na PCR, além do risco aumentado de transmissão de doenças. Entretando, existem dispositivos que, se disponí- veis, podem ajudar a oferecer as ventilações de resgate, como é o caso da Pocket Mask (máscara de bolso), em que se utiliza uma máscara entre a sua boca e a boca da vítima para realizar a ventilação, conforme figura a seguir. Contudo, na ausência desse dispositivo e na imposssibilidade de realizar as ventilações, apenas com- prima o tórax da vítima adequadamen- te. Figura 9 - Pocket mask Fonte: Saúde Desportiva, 2016. Caso você não tenha a máscara adequada disponível, inicie apenas com as compressões. Diversos estudos demonstram que somente a compressão, quando realizada de forma correta, é muito eficaz. ATENÇÃO! Módulo II - Emergências Clínicas 2.4.1 Compressões em crianças maiores de 8 e/ou adultos: - Posicionar adequadamente suas mãos no tórax da vítima, na linha dos mamilos, uma mão sobre a outra, encostando apenas a palma da mão inferior, seus cotovelos devem estar estendidos, mantendo os braços firmes e seus ombros na direção das suas mãos. De acordo com as Diretrizes da American Heart Association (2020), para executar RCP de qualidade em adultos, devemos: - Posicionar-se ajoelhado ao lado da vítima, à altura dos ombros dela. - Realizar as compressões de forma rítmica e intensa, comprimir pelo menos 05 cm da profundidade do tórax, aguardar o retorno total do tórax e evitar interrupções. - Manter ciclos de 15 compressões e 12 ventilações - 15:2 (com 02 socorristas) ou 30 compressões e 2 ventilações - 30:2 (com apenas um socorrista). A cada 05 ciclos, os socorris- tas trocam de posição. Ou manter apenas compressões por 02 minutos consecutivos (de 100 a 120 compressões por minutos), sem pausas, em seguida trocando os socorristas, até a chega- da do socorro especializado. Figura 10 - Compressões torácicas. Fonte: Elaboração própria, adaptado de Gonzalez (2013). Movimento ascendente Movimento descendente 5 cm 24 ilu st ra çã o : S h ir le y Ja cy . 2.4.2 Compressões em crianças menores de 8 anos - Colocar apenas a palma de uma das mãos na região entre os mamilos da vítima e realizar as compressões: 15:2 (com 02 socorristas) ou 0:2 (com apenas um socorrista). A cada 05 ciclos, os socorristas trocam de posição. Ou manter apenas compressões por 02 minutos consecutivos, sem pausas, em seguida trocando os socorristas até a chegada do socorro especializado. Figura 11 - Compressões torácicas em crianças menores de 8 anos. Fonte: UNASUS (2016). 2.4.3 Compressões em bebês menores de 1 ano - Com a outra mão comprimir o tórax com dois dedos sobre o osso esterno, imediata- mente abaixo da linha dos mamilos. Realizar as compressões de forma rítmica e intensa, comprimindo pelo menos 1/3 do diâmetro do tórax, aguardando o retorno total do tórax e evitan- do interrupções. - Usar uma das mãos para manter a posição da cabeça do bebê. - Comprimir 15:2 (com 02 socorristas) ou 30:2 (com apenas um socorrista). A cada 05 ciclos, os socorristas trocam de posição. Ou manter apenas compressões por 02 minutos consecutivos, sem pausas, em seguida trocando os socorristas, até a chegada do socorro especializado. De acordo com as Diretrizes da American Heart Association (2020), para executar RCP de qualidade em pediatria, a área de compressão deve ser sobre o esterno (osso central da caixa toráxica). A técnica para compressão torácica é a seguinte: 25 Módulo II - Emergências Clínicas Módulo II - Emergências Clínicas Figura 12 - Compressões torácicas em bebês menores de 1 ano. Fonte: CFAB - Centro de Tratamento em Emergência (2018). Manter as manobras de Reanimação Cardiopulmonar, sem interrup- ção, até a chegada do SAMU 192 ou até que a vítima apresente respi- ração e movimentos espontâneos. ATENÇÃO! Vídeo sobre Parada Cardiorrespiratória: A média de sobrevivência nos casos de PCR é de 10% e muitas das pessoas reanimadas sofrem danos neurológicos permanentes. Em contraparti- da, a parada respiratória possui taxa de sobrevivência maior do que 50%, quando a reanimação imediata é providenciada, e a maioria dos pacientes sobrevivem neurologicamente deforma intacta. ( SÃO PAULO, 2007, 49) Vídeo sobre Parada Cardiorrespiratória 26 https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 Casos Reais de Parada Cardiorrespiratória em Escolas Percebeu o quanto é importante que os profissionais da educação estejam capacitados em primeiros socorros? Não é impossível que esses eventos ocorram, mas com procedimentos simples, que podem ser realizados por qualquer pessoa, quando executados da forma correta e em tempo hábil, podem salvar uma vida! Agora, que você já aprendeu sobre como prestar os primeiros socorros em casos de Parada Cardiorrespiratória, veja alguns casos reais que aconteceram em nosso estado antes da criação da Lei Lucas. Figura 13 - Noticia sobre parada cardiorrespiratória em escola. Fonte: Infonet (2015). 27 Módulo II - Emergências Clínicas Veja outro caso de Parada Cardiorrespiratória durante aula de educação física, que também aconteceu em nosso estado antes da criação da Lei Lucas: Figura 14 - Notícia sobre parada cardiorrespiratória em aula de educação física. Módulo II - Emergências Clínicas Fonte: G1 Sergipe (2015). 28 Figura 15 - Informações Técnicas sobre termômetro infravermelho. Fonte: ANVISA (2020). Módulo II - Emergências Clínicas Entretanto, algumas situações podem causar aumento da temperatura corporal, sem que signifiquem febre, como exemplo: exercício físico, tipo de roupa, temperatura ambiente elevada, exposição ao sol e ingestão de alimentos ou bebidas quentes. Viu como o uso dos termômetros infravermelhos não traz nenhum tipo de dano à saúde das pessoas? Sua luz infravermelha não é prejudicial, ela serve apenas para captação da temperatura corporal através do calor humano. Podemos usá-lo à vontade, sem nos preocu- parmos, pois o principal órgão competente, que neste caso é a ANVISA, garante-nos isso! 29 2.4.4 Febre Dê preferência ao uso de termômetros digitais, pois são considerados mais fidedignos. Em caso de termômetros infravermelhos, verificar a temperatura, preferencialmente, na testa da pessoa (este local possui menor variação de temperatura comparado com as extremidades do corpo). ‘‘O uso do termômetro infravermelho para medir a temperatura corporal em outra parte do corpo pode levar a erro de leitura, a não ser que tal procedimento esteja explícito no manual do produto’’ (ANVISA,2020). Febre é a elevação da temperatura corporal acima do normal. A temperatura normal do corpo pode variar de 36 a 37 ºC. Consideramos a pessoa febril com a temperatura > 37.5 ºC. Veja o que diz a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão responsável pela proteção da saúde da população, através do controle sanitário, a respeito das Fake News (notícias falsas), sobre o uso dos termômetros infravermelhos na testa. Módulo II - Emergências Clínicas São sinais de gravidade, se a criança apresentar coloração arroxeada nos lábios e mãos, palidez, apresentar vômitos, manchas vermelhas ou roxas na pele, apresentar alteração de consciência (sonolência ou dificuldade para despertar). Nesses casos, é preciso encaminhá-la para Urgência mais próxima. ATENÇÃO! Se for convulsão, ver assunto: Crise convulsiva. Vídeo sobre Febre: É comum ocorrer febre principalmente em crianças, uma situação por vezes simples de ser solucionada, porém, se não for tratada com devido cuidado, pode trazer sérios danos para nossas crianças. Você sabe agir corretamente nessas situações? Assista ao vídeo seguinte e aprimore seus conhecimentos sobre o assunto: 30 Como proceder? - Oferecer líquidos, preferencialmente água não gelada. - Retirar o excesso de roupas ou as roupas muito quentes. - Substituir as roupas molhadas de suor por outras secas. - Colocar a pessoa em ambiente fresco e arejado. - Encaminhá-la para a UBS (Unidade Básica de Saúde) ou Pronto-Socorro de referência. - O uso de medicamentos deve seguir orientação médica. - Dá um banho morno (NÃO colocar álcool na água), ou fazer compressas na região da testa, axilas, tórax, virilhas e punho. Síntomas clássicos: - Diminuição da atividade da pessoa. - Dor de cabeça. - Dores no corpo. - Irritabilidade. - Sensação de frio. - Aceleração dos batimentos cardiácos. - Respiração rápida. - Vermelhidão, mais evidente na face. https://www.youtube.com/watch?v=H6r2rz3wvfM https://www.youtube.com/watch?v=H6r2rz3wvfM https://www.youtube.com/watch?v=H6r2rz3wvfM https://www.youtube.com/watch?v=H6r2rz3wvfM https://www.youtube.com/watch?v=H6r2rz3wvfM Diferenciar entorses, luxações e contusões, entendendo como proceder nesses casos. Identificar o que deve ou não ser feito em caso de sangramento nasal. Identificar as emergências traumáticas que são mais acometidas no ambiente escolar, atuando com técnicas de imobilização, que visam a redução de complicações locais agudas e crônicas. Citar técnicas para controle de hemorragia, evitando possíveis complicações. Módulo III Emergências traumáticas Pedimos especial atenção para as informações de como acionar o socorro especiali- zado adequadamente! Neste módulo você conhecerá algumas emergências traumáticas como: Fraturas, Entorses, Luxações e Contusões, Hemorragias e Sangramento Nasal, bem como proceder caso algum desses eventos aconteçam dentro do ambiente escolar. Apresentaremos conteú- dos de forma clara e objetiva, além de vídeos explicativos para melhor entendimento dos nos- sos cursistas. Ao final do módulo, você terá acesso aos materiais complementares, e deverá realizar uma avaliação que contará com 10 questões de múltipla escolha e, para avançar no curso, você deverá acertar pelo menos 7 delas. 3 Emergências traumáticas 3.1 Fraturas São danos causados ao corpo, decorrente de traumas, ou seja, decorrente de fatores externos. As principais causas de traumas são: acidentes de trânsito, quedas em geral, quedas de bicicletas, patinetes ou skates, traumas durante atividades esportivas e agressões físicas. Como proceder? Síntomas clássicos - Dor intensa no local - Encurtamento ou deformação do membro - Inchaço do membro afetado - Perda total ou parcial dos movimentos - Crepitação (sensação de raspar uma parte do osso quebrado na outra parte ou sensação de palpar um saco de pedras) ao tocar o membro afetado. - Se houver sangramento abundante, tentar comprimir (com a mão sobre as gazes) um pouco acima ou abaixo da lesão. - Quando possível, retirar adornos como anéis, pulseiras, etc. do membro lesado. - Se a lesão for no pé, retirar o calçado cuidadosamente, cortando-o com tesoura, evitando movimentar o membro lesado. - Tentar acalmar o indivíduo. - Manter o membro com suspeita de lesão na posição em que foi encurtado, principalmente se a lesão for na articulação. - Se houver ferimentos, cortar as roupas que estejam sobre a região ferida e colocar gazes estéreis ou pano limpo sobre o ferimento para protegê-lo de contaminação. Nunca tente colocar o osso no lugar, pois vasos sanguíneos e nervos podem ser lesados. ATENÇÃO! Como improvisar uma tala e uma tipoia? - Utilize revistas, pedaço de papelão, tábua ou outro objeto. Amarre delicadamente o membro machucado a uma dessas superfícies. Use tiras de pano, ataduras ou cintos, sem apertar muito para não dificultar a circulação sanguínea. - Utilize um pedaço grande de tecico com as pontas presas ao redor do pescoço, para casos de fratura de punho, antebraço, cotovelo, costelas ou clavícula. Só use a tipoia, se o braço ferido puder ser flexionado sem dor ou se já estiver dobrado. Expomos na próxima página figuras que demonstram como podemos proceder no momento da imobilização de um membro. 33 Módulo III - Emergências traumáticas A Figura 16 demonstra a imobilização improvisada do braço, com materiais e objetos que normalmente temos disponívelem casa, por exemplo: lenços, jornal ou revista. Figura 16 - Imobilização de braço. Fonte: Elaboração própria, adaptado de Fiocruz (2010). ilu st ra çã o : S h ir le y Ja cy . A Figura 17 demonstra a imobilização improvisada da perna e tornozelo, com materiais e objetos de fácil acesso como: pedaço de madeira, ou até mesmo cabo de vassoura e tecidos. Figura 17 - Imobilização da perna e tornozelo. Fonte: Elaboração própria, adaptado de Fiocruz (2010). ilu st ra çã o : S h ir le y Ja c y. Módulo III - Emergências traumáticas 34 A Figura 18 demonstra a imobilização do pé. Podemos usar pedaço de madeira, papelão, ou qualquer objeto rígido e plano, que esteja disponível, tecidos ou até mesmo uma gravata, pode ajudar neste momento. Figura 18 - Imobilização de pé. Fonte: Elaboração própria, adaptado de Fiocruz (2010). A Figura 19 demonstra a imobiliza- ção do maxilar (parte superior da boca). Podemos usar tira de pano com um compri- mento grande, por exemplo. Figura 19 - Imobilização do maxilar. Fonte: Elaboração própria, adaptado de Fiocruz (2010). As fraturas necessitam ser tratadas no ambiente hospitalar. Transporte a vítima até a urgência mais próxima ou chame o SAMU 192. ATENÇÃO! Módulo III - Emergências traumáticas 35 ilu s tr a çã o : S h ir le y Ja c y. ilu st ra çã o : S h ir le y Ja cy . Vídeos sobre fraturas Você já presenciou uma emergência traumática no ambiente escolar? Sabe como imobilizar o membro afetado? Como conter um sangramento ativo? Assista aos vídeos seguin- tes e aprenda como agir nessas situações. Assista o vídeo seguinte e aprenda como agir nessas situações: Módulo III - Emergências traumáticas 3.2 Entorse São sintomas da entorse: edema (incha- ço local), vermelhidão e hematoma (área arroxeada). O local fica sensível, existe a possibilidade de inflamar e, muitas vezes, há dificuldade para realizar movimentos. Além disso, a vítima também pode sentir um ‘‘estali- do’’ no momento do trauma que pode corres- ponder à lesão do ligamento e em casos mais graves também pode ser notada uma deformi- dade. Lesão dos ligamentos das articulações, de modo que eles esticam além de sua amplitu- de normal, rompendo-se. Geralmente, é conhe- cida por torcedura ou mal jeito. Ocorre com maior frequência em articulações do tornozelo, joelho, ombro, punho e dedos. Figura 20 - Entorse. Fonte: Super Interessante (2018). Como proceder? - Repouso: orientar para que a vítima não se apoie sobre a área afetada e que permaneça em repouso, sem movimentos bruscos. - Compressas frias: até a chegada de socorro especializado aplicar compressas frias no local para diminuir o inchaço e a dor. - Imobilização: Imobilizar o membro afetado usando ataduras ou lenços até a chegada de socorro especializado. (LOPES, 2022) 36 Vídeo sobre Fraturas https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 https://www.youtube.com/watch?v=BGAYD_gGZk0 3.3 Luxação Ocorre somente nas articulações, geralmente nos tornozelos, ombros, cotovelhos, joelhos, quadris, dedos e mandíbula. Pode ser decorrente de um movimento malfeito, uma pancada, acidente, queda ou qualquer outra situação que venha forçar a articulação e faça com que os ossos se movimentem e se desencontrem. Lesões em que a extremidade de um dos ossos, que compõem a articulação, é desloca- da do seu lugar. Causa da dor intensa na articulação afetada e pode irradiar pelo membro ou região do corpo, em função de dano ao nervo. Outros sintomas que se manifestam são o edema (inchaço local), hematoma (área arroxeada), limitação ou impossibilidade de movimentos e deformidade. Figura 21 - Luxações. Fonte: Super Interessante (2018). Como proceder? - Repouso: orientar para que a vítima não se apoie sobre a área afetada e que permaneça em repouso, sem movi- mentos bruscos. - Compressas frias: até a chegada de socorro especializado aplicar compres- sas frias no local para diminuir o incha- ço e a dor. - Imobilização: imobilizar o membro afetado com extremo cuidado, levando- se em consideração que a dor local é intensa. Não tente colocar a articulação luxada no lugar. (LOPES, 2022) 3.3 Contusões Lesões provocadas por pancadas, sem a presença de ferimentos abertos, sem rompi- mento de pele. Acontece de forma superficial, afetando somente tecidos moles, como a pele, a camada de gordura, a musculatura e vasos sanguíneos, decorrente de um tombo ou pancada. Sendo assim, quando você bate a perna ou o braço, por exemplo, e o local fica dolorido por um tempo, você sofreu uma lesão desse tipo. Assim que os sintomas cessam, é possível retornar às atividades sem limitações. Módulo III - Emergências traumáticas Figura 22 - Contusões Fonte: Super Interessante (2018). 33 Síntomas clássicos - Vermelhidão - Inchaço - Hematoma - Sensação de calor na região afetada e duram de acordo com a intensidade da pancada sofrida. - Dor Como proceder? - Aplicar bolsa de gelo ou compressas frias durante as primeiras 24h. - Transportar ao serviço de urgência. - Imobilização do local afetado. Vídeos sobre Entorses, Luxações e Contusões: Assista ao vídeo seguinte para melhor compreensão dos assuntos estudados: Entorses, Luxações e Contusões. Vídeo sobre Entorses, Luxações e Contusões 3.5 Hemorragias É a perda de sangue decorrente da ruptura dos vasos sanguíneos, geralmente provoca- da por traumas. Pode ser interna quando não se vê o sangue, ou externa, quando há um sangra- mento ativo (BORBA et al., 2013). O torniquete ou garrote é usado somente para controlar grandes hemorragias ou em casos em que houve amputação traumática de membro, onde procedimentos normais de estancamento não obti- veram êxito (GOMES et al., 2017). ATENÇÃO! Como proceder? - Aplicar compressa esterilizada ou pano limpo sobre a ferida, aplicando pressão firmemente. - Se a hemorragia parar, aplicar um curativo compressivo sobre a ferida. Em lesões com sangramento ativo abundante, não resolvido com as medidas acima, pode-se aplicar o torniquete (ou garrote). - Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo menos 10 minutos). - Se as compressas ficarem saturadas de sangue, colocar outras por cima, sem nunca retirar as primeiras. - Elevar o membro acima do nível do coração, observando a vítima, mas caso esta manobra cause dor, não realizá-la, pois pode haver uma lesão mais grave ou fratura. - Utilizar um garrote de borracha ou improvisar com uma tira de pano, ou uma gravata. Módulo III - Emergências traumáticas 38 https://www.youtube.com/watch?v=bpc7aloREBA https://www.youtube.com/watch?v=bpc7aloREBA https://www.youtube.com/watch?v=bpc7aloREBA https://www.youtube.com/watch?v=bpc7aloREBA https://www.youtube.com/watch?v=bpc7aloREBA https://www.youtube.com/watch?v=bpc7aloREBA - Colocar o garrote em volta do membro ferido, se o garrote for improvisado com uma tira de pano ou gravata, dar dois nós, entre os quais se coloca um pau, que poderá ser girado até a hemorragia estancar. - Aplicado o garrote, esse terá de ser aliviado de 15 em 15 minutos, durante 30 segun- dos a 2 minutos, conforme a intensidade da hemorragia (quanto maior é a hemorragia, menor é o tempo que o garrote está aliviado). - Anotar sempre a hora em que o garrote começou a fazer compressão, para informar posteriormente aos tripulantes do Serviço de Emergência Médica. Módulo III - Emergências traumáticas Figura 23 - Como realizar torniquete Fonte: Gomes et al. (2017). Nunca tirar o garrote complementar até chegar ao hospital, pois há risco de morte! ATENÇÃO! 39 Módulo III - Emergências traumáticas Figura 24 - Como conter hemorragia na palma da mão Fonte: Produção própria, adaptado de Fiocruz (2010). Como proceder no caso de hemorragia na palma da mão: - Deve-se fechar fortemente a mão sobre um rolo de pano limpo, de modo a fazer compreesão sobre a ferida. - Colocar em seguida, uma ligadura oupano em volta da mão. - Colocar o braço ao peito com ajuda de um lenço grande, mantendo a mão elevada e encostada ao peito. Todas essas situações são graves e necessitam de um transporte urgente para o hospital. ATENÇÃO! Vídeos sobre Hemorragia: Você já precisou estancar um sangramento decorrente de trauma na escola que você trabalha? Sua ação no momento foi eficaz para conter o sangramento? Assista ao vídeo seguinte para melhor fixação do conteúdo. Vídeo sobre Hemorragia 3.6 Sangramento nasal O nariz tem muitos vasos sanguíneos, podendo o sangramento ser comum principal- mente em crianças. Geralmente, acontece devido ao trauma no nariz. Porém, pode acontecer também quando o indivíduo está resfriado, fica exposto ao sol, ou ainda na rinite alérgica (SÃO PAULO, 2007). 40 ilu st ra çã o : S h ir le y Ja cy . https://www.youtube.com/watch?v=_xICY4VBTfw https://www.youtube.com/watch?v=_xICY4VBTfw https://www.youtube.com/watch?v=_xICY4VBTfw https://www.youtube.com/watch?v=_xICY4VBTfw https://www.youtube.com/watch?v=_xICY4VBTfw https://www.youtube.com/watch?v=_xICY4VBTfw Como proceder? Nunca coloque objetos dentro do nariz a fim de cessar o sangramento. - Caso o sangramento não cesse, colocar uma bolsa de gelo sobre a testa da criança por cerca de 20 minutos e continuar comprimindo as narinas. Nunca inclinar a cabeça para trás, pois pode aumentar o sangramento. - Manter a cabeça do indivíduo levemente inclinada para frente e para baixo, a fim de evitar a deglutição do sangue e/ou vômito. - Comprimir a narina sangrante ou ambas narinas contra o septo nasal, durante 10 minutos, orientando a criança a respirar pela boca. Figura 25 - Sangramento nasal. x Fonte: Elaboração própria, adaptado de sangramento... (2021) Vídeos sobre Sangramento Nasal: O sangramento nasal pode ser facilmente controlado com medidas simples. Assista ao vídeo seguinte para facilitar seu entendimento e ofertar os primeiros socorros ao aluno mais rapidamente: Vídeo sobre sangramento nasal Módulo III - Emergências traumáticas 41 ilu st ra ç ã o : S h ir le y Ja cy . https://www.youtube.com/watch?v=YgancAzs_4c https://www.youtube.com/watch?v=YgancAzs_4c https://www.youtube.com/watch?v=YgancAzs_4c https://www.youtube.com/watch?v=YgancAzs_4c https://www.youtube.com/watch?v=YgancAzs_4c https://www.youtube.com/watch?v=YgancAzs_4c https://www.youtube.com/watch?v=YgancAzs_4c Módulo IV - Asfixia Carga horária deste módulo: 05 horas Objetivos deste módulo: Identificar situações de afogamento e a(s) técnica(s) de primeiros socorros para essas situações, conhecendo a cadeia de sobrevivência do afogado com a finalidade de aumentar a sobrevida da vítima. Citar os tipos de asfixias mais comuns no ambiente escolar, e a forma que podemos prestar os primeiros socorros adequadamente à vítima. Especificar como proceder em situações de asfixia por inalação de fumaça, preservando a vida da vítima e de quem o socorre. Descrever como se deve prestar socorro às vítimas de asfixia por obstru- ção de corpo estranho, diferenciando a técnica das manobras de Heimlich nos adultos, crianças e bebês. Módulo IV Asfixia Seja bem-vindo(a) a mais um módulo! Aqui falaremos sobre alguns tipos de asfixia, tema que deu origem a Lei nº. 13.722, de 04 de outubro de 2018. Abordaremos os primeiros socor- ros às vítimas de Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho – OVACE, também conheci- do como engasgo, além de Afogamento e Asfixia por inalação de fumaça. Atente-se a como proceder nessas situações e como acionar o socorro especializado adequadamente! Ao final do módulo, você terá acesso aos materiais complementares e deverá realizar uma avaliação que contará com 10 questões de múltipla escolha e, para avançar no curso, você deverá acertar pelo menos 7 delas. 4 Asfixia 4.1 Asfixia por obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) Quando a via aérea é obstruída por corpo estranho, pode ocorrer o bloqueio da passa- gem de ar, impedindo a criança de respirar, podendo levá-la à morte, se não forem tomadas medidas corretas o mais rapidamente. De acordo com Françoso e Malvestio: Podem ocasionar obstrução de vias aéreas: brinquedos, tampinhas, moedas e outros pequenos objetos, além de alimentos (por ex: pedaço de carne, cachorro-quente, balas, castanhas, etc.) e secreções nas vias aéreas superiores, quando aspirados, podem causar obstrução das vias aéreas (SÃO PAULO, 2007, p. 58). Síntomas clássicos de obstrução de vias aéreas - Sinal universal do engasgo: demonstra impossibilidade de respirar, de falar, de tossir e a pessoa leva as mãos à garganta. Início súbito de dificuldade respiratória, acompanhada de: - Coloração arroxeada dos lábios - Náuseas (enjoos) - Dificuldade ou até incapacidade para falar ou chorar - Ruídos respiratórios incomuns Outros sinais: - Aumento da dificuldade para respirar, com sofrimento. - Tosse - Descoloração da pele (palidez) Como proceder? Se for obstrução leve e a vítima estiver responsiva, peça para tossir o mais vigorosamente possível, pois a tosse forte é o meio mais efetivo para remover um corpo estranho. Figura 26 - Sinal universal do engasgo Fonte: Honorato (2020). Módulo IV - Asfixia 44 Módulo IV - Asfixia 1 - Posicionar-se atrás da vítima em pé ou de joelhos, a depender da altura de quem está sofrendo o engas- go. Caso não seja solucionado: 2 - Envolver os braços no entorno da vítima, posicio- nando uma das mãos fechada e com o polegar voltado para o abdome na linha média entre o apên- dice xifoide e o umbigo da vítima. 3 - A outra mão deve ser posicionada firmemente, em cima da mão que está em contato com o abdome da vítima. 4 - Devem ser aplicadas compressões rápidas, pressionando a região para dentro e para cima, em um movimento que simule a letra jota. 5 - A manobra deve ser realizada até que o objeto saia, ou até a vítima não estar mais responsiva. Fonte: Honorato (2020). Agora veja o posicionamento do socorrista para realizar manobra de Heimlich em crian- ças maiores de 2 anos. Figura 28 - Manobra de Heimlich na criança maior de 2 anos. Você percebeu que no adulto e na criança as manobras são bem parecidas? O que muda é só a posi- ção do socorrista, pois em criança de menor estatura, ele precisa agachar-se para que ambos fiquem com o mesmo tamanho, tornando assim a manobra mais eficaz, e reduzindo as chances de complicações como: fraturas de coste- las, lesão de órgãos internos, entre outros. Já em bebês, a manobra muda um pouco devido sua estrutura anatô- mica, além da maior fragilidade do seu corpo. Veja na figura 29 como realizá-la. Figura 27 - Manobra de Heimlich no adulto. Fonte: Honorato (2020). Figura 29 - Manobra de Heimlich em bebês Fonte: Adaptado de Honorato (2020). 2- Então, dê cinco tapas no meio das costas e entre os ombros, não muito fortes; 1- Coloque o bebê de bruços apoiado no antebraço e com a cabeça virada para baixo; 3- Se o engasgo persistir o bebê deve ser virado de barriga para cima, sob o outro antebraço, pressionado cinco vezes com os dois dedos indicadores no meio do peito do bebê, entre os dois mamilos. 4- Caso chore, vomite ou tussa é sinal que conseguiu desengasgar, se continuar engasgado, repetir o procedimento até que o bebê desengasgue. 45 Figura 30 - Mapa mental manobra de Heimlich Fonte: Autoria própria, adaptado de Honorato (2020). Veja o mapa mental a seguir sobre a manobra de Heimlich: Realizada manobra de Heimlich e se a obstrução não for resolvida, pode causar obstrução grave levando a vítima à Parada Cardiorres- piratória! Ver assunto Parada Cardiorrespiratória. ATENÇÃO! Não esqueça: Quem presta os primeiros socorros deve conhecer suas próprias limitações! Tenha sempre à mão os números de atendimento de emergência (SAMU 192). Caso não consiga solucionar o problema, chame ajuda! Vídeos sobre Asfixia por obstrução de corpo estranho - OVACE O engasgo é uma das principaiscausas de óbito em crianças. Você apendeu as mano- bras de desengasgo em adultos e em crianças. Agora, assista aos vídeos seguintes para um melhor entendimento sobre o assunto: Vídeo sobre Desobstrução de Vias Aéreas (Adultos) Vídeo sobre Desobstrução de Vias Aéreas (crianças e bebês) Módulo IV - Asfixia 44 https://www.youtube.com/watch?v=BQG9oV4IqJw https://www.youtube.com/watch?v=BQG9oV4IqJw https://www.youtube.com/watch?v=BQG9oV4IqJw https://www.youtube.com/watch?v=BQG9oV4IqJw https://www.youtube.com/watch?v=BQG9oV4IqJw https://www.youtube.com/watch?v=BQG9oV4IqJw https://www.youtube.com/watch?v=tC-OiNlHpcI&ab_channel=GrupoLeforte https://www.youtube.com/watch?v=tC-OiNlHpcI&ab_channel=GrupoLeforte https://www.youtube.com/watch?v=tC-OiNlHpcI&ab_channel=GrupoLeforte https://www.youtube.com/watch?v=tC-OiNlHpcI&ab_channel=GrupoLeforte https://www.youtube.com/watch?v=tC-OiNlHpcI&ab_channel=GrupoLeforte https://www.youtube.com/watch?v=tC-OiNlHpcI&ab_channel=GrupoLeforte https://www.youtube.com/watch?v=tC-OiNlHpcI&ab_channel=GrupoLeforte https://www.youtube.com/watch?v=tC-OiNlHpcI&ab_channel=GrupoLeforte Módulo IV - Asfixia 4.2 Asfixia por afogamento É a dificuldade ou impossibilidade respiratória, causada pela aspiração de um líquido que entra em contato com as vias aéreas, de modo a dificultar ou impedir as trocas gasosas. O afogamento pode, ou não, levar a óbito (SOCIEDADE BRASILE- IRA DE SALVAMENTO AQUÁTICO, 2019). Caso o indivíduo fique de dois a quatro minutos submerso, pode levá-lo a perda de consciência e lesões cerebrais graves. Os afogamentos acontecem de forma rápida e silenciosa. A partir do momento em que o indivíduo começa a se afogar, você tem só alguns segundos para agir. Figura 31 - Afogamento não é acidente. Fonte: Szpilman (2012). 47 A vítima do afogamento normalmente se encontra em posição vertical, com braços levantados lateralmente, debatendo-se dentro da água, pode submergir e emergir dentro da água por diversas vezes (INBRA- EP, 2019). Fica a cada segundo mais difícil da vítima chamar por socorro, pois sua prioridade neste momento é somente respi- rar! Como reconhecer a situação? Figura 32 - Afogamento. Fonte: Envato (2023). Como proceder? - Remova a vítima da água o mais rapidamente possível; - Avalie o nível de consciência e o padrão respiratório (se apresenta dificuldade para respirar, tosse, espuma na boca ou nariz, ausência de respiração); e - Aqueça sempre a vítima. - Coloque-a sobre uma superfície reta e seca; Se a vítima estiver consciente, vire-a de lado (preferencialmente do lado direito). Nesta posição, ela terá uma respiração mais confortável, já que nosso pulmão esquerdo é menor – por conta do posicionamento do coração – e tende a acumular mais líquidos, além do risco de ocorrer vômitos, por isso, é importante deixar o lado esquerdo para cima. Em seguida, encaminhe-a ao serviço de urgência mais próximo. Módulo IV - Asfixia Figura 33 - Posição lateral de segurança. Fonte: Elaboração própria, adaptado de Reis (2010). Antes de qualquer atitude, certifique-se de que o ambi- ente está seguro para você, Todas essas situações são graves e necessitam de um transporte urgente para o hospital. ATENÇÃO! ATENÇÃO! socorrista. Mantenha sempre a calma, atitudes precipitadas podem fazer de você uma segunda vítima. A maioria dos óbitos ocorrem por ignorar os ris- cos, desrespeitar os limites de cada um, e não saber como agir corretamen- te. Fique ligado! Figura 34 - Cadeia de sobrevivência do afogamento. 1. crianças a distância de um braço mesmo que sai- bam nadar. 2. Nade onde exista a se- gurança de guarda-vidas. 3. Restrinja o acesso a pis- cinas e tanques com uso de cercas. 4. Sempre utilize colete salva-vidas em barcos e esportes com pranchas. 5. Aprenda natação, medi- das de segurança na água e primeiros socorros. Ao ajudar alguém em perigo na árgua 1. Reconheça o afogamento - banhista incapaz de deslocar-se ou em posição vertical na água com natação errática. 2. Peça a alguém que chame por socorro (193). 3. Observe ou peça a alguém que vigie a vítima dentro da água enquanto tenta ajudar. 4. Pare o afogamento - Forneça um flutuador. 5. Tente ajudar sem entrar na água - mantenha sua segurança. 6. Use uma vara ou corda para retirar o afogado. 7. Só entre na água para socorrer se for seguro a você, e use algum material flutuante para sua própria ajuda. 8. Se você estiver se afogando, não entre em pânico, acene por socorro e flutue. 1. Se o afogado não estiver respirando, inicie a RCP com ventilação imediatamente. 2. Se houver respiração, permaneça junto ao afogado até a ambulância chegar. 3. Procure hospital se houver qualquer sintoma. Fonte: Szpilman (2012). Não esqueça: Lembre-se de que você pode acionar o serviço 193 (Corpo de Bombeiros) e/ou o Serviço Móvel de Urgência (SAMU 192), se a vítima estiver inconsciente, realizar a abertura das vias aéreas, checar a respiração: VER, OUVIR e SENTIR. Iniciar mabobras de RCP (Reanimação Cardiopulmonar) imediatamente (Ver aula de Parada Cardiorrespiratória), até a chegada do atendimento especializado. 48 Vídeos sobre afogamento: Você, profissional da educação, já pensou na possibilidade de um aluno afogar-se durante as aulas de natação em sua escola, por exemplo? O que você faria para salvá-lo, visto que temos poucos minutos para agir? Assista ao vídeo seguinte para um melhor entendimento sobre assunto: Vídeo sobre Afogamento Módulo IV - Asfixia Caso Real de afogamento em Escola Percebeu a quantidade de riscos que estamos expostos diariamente? Leia a matéria a seguir: Veja um caso real de afogamento no ambiente escolar. Felizmente, graças aos primeiros socorros prestados pelos profissionais da escola, juntamente com o corpo de bombeiros, essa história teve um bom desfecho. Figura 35 - Afogamento em Escola em Pernambuco. Fonte: Folha de Pernambuco (2018). 49 https://www.youtube.com/watch?v=CiBaKoPl4IM https://www.youtube.com/watch?v=CiBaKoPl4IM https://www.youtube.com/watch?v=CiBaKoPl4IM https://www.youtube.com/watch?v=CiBaKoPl4IM https://www.youtube.com/watch?v=CiBaKoPl4IM https://www.youtube.com/watch?v=CiBaKoPl4IM 4.3 Asfixia por inalação de fumaça Você lembra do incêndio que aconteceu recentemente no Centro de Treinamento do Flamengo e na Boate Kiss? Nesses casos, as vias aéreas das vítimas foram prejudicadas pela inalação de fumaça em alta temperatura e das substâncias tóxicas liberadas no processo de queima. A asfixia foi a principal causa de morte e, entre os sobreviventes, as sequelas foram constatadas e precisam ser tratadas até hoje. Ocorre por deficiência de oxigênio no organismo. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (s.d.), são exemplos de asfixiantes: o monóxido de carbono (é um gás sem cheiro e sem cor), dióxido de carbono, acetileno e metano. Síntomas clássicos - Dor de cabeça - Falta de ar, rouquidão ou respiração ruidosa - Náuseas/vômito - Pele pálida, azulada ou avermelhada, podendo haver queimaduras - Aumento dos batimentos cardíacos - Tosse - Aumento ou diminuição da frequência respiratória - Parada respiratória ou cardiopulmonar. - Baixa saturação de oxigênio - Confusão mental Como proceder? - Se estiver consciente, encaminhá-la imediatamente ao Serviço de Urgência mais próximo. - Avaliar a segurança da cena. - Se não houver risco para o socorrista, retirar imediatamente a vítima do ambien- te contaminado e colocá-la em local arejado. - Se estiver inconsciente ou não houver possibilidade de removê-lo rapidamente para o Pronto-Socorro, acionar o SAMU 192. - Se possível, retirar as roupas e sapatos, pois frequentemente essas estão contami- nadas. - Iniciar manobras Reanimação Cardiopul- monar (RCP), se necessário. (Ver assunto sobre “Parada Cardiorres-piratória”). Figura 36 - Asfixia por inalação de fumaça. Fonte: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia ([2020?]). Informações para o paciente O que acontece com os pulmõese vias aéreas em casos de ?incêndio Lesão pela inalação de térmica fumaça em alta temperatura. Lesão pela inalação de química gases irritantes e substâncias tóxicas, como plástico, resina e espuma, liberadas no processo de queima. 50 Módulo IV - Asfixia Nunca retorne ao local tomado pela fumaça! Você pode se tornar mais uma vítima! Acione o Corpo de Bombeiros 193 para prestar o socorro devido. ATENÇÃO! Vídeo sobre Asfixia por inalação de fumaça Assista ao vídeo seguinte sobre asfixia por inalação de fumaça, para melhor compreen- são do assunto abordado: Vídeo sobre Asfixia por inalação de fumaça Casos reais de asfixia por inalação de fumaça Incêndios podem acontecer em qualquer local e a qualquer momento. Diante disso, devemos estar aptos para prestar socorro imediato e salvar uma vida. Apesar da aflição no momento de um incêndio, precisamos ter cautela, pois, quem socorre, também pode estar vulnerável. Atenção! Tenha certeza de que o ambiente está seguro, aí sim você poderá ajudar o próximo. Veja a matéria seguinte, sobre um incêndio de grande proporção, que aconteceu em um Hospital de Aracaju no ano de 2021. Muitas vítimas foram salvas, graças ao ágil atendimento dos profissionais, mas, infelizmente algumas morreram decorrentes dos danos causados pela asfixia por inalação de fumaça. Figura 37 - Incêndio em Aracaju. Fonte: G1 Sergipe (2021). Módulo IV - Asfixia 51 https://www.youtube.com/watch?v=27imIwPdUcE https://www.youtube.com/watch?v=27imIwPdUcE https://www.youtube.com/watch?v=27imIwPdUcE https://www.youtube.com/watch?v=27imIwPdUcE https://www.youtube.com/watch?v=27imIwPdUcE https://www.youtube.com/watch?v=27imIwPdUcE https://www.youtube.com/watch?v=27imIwPdUcE Veja esse outro caso de incêndio, agora em uma escola islâmica: Figura 38 - Incêndio em Escola Islâmica. Fonte: O Globo (2013). Módulo IV - Asfixia 52 Objetivos deste módulo: Módulo V- Outras Emergências Carga horária deste módulo: 05 horas Identificar outras emergências como: queimaduras, choque elétrico e acidentes com animais domésticos e peçonhentos podem estar presentes no ambiente escolar, bem como devemos intervir para prevenção dos riscos. Definir os tipos de queimaduras existentes, suas características e como ajudar a vítima a fim de amenizar o processo doloroso, infecções e futuras complicações. Especificar como agir corretamente em caso de choque elétrico, preservando a vida da vítima e de quem o socorre, bem como o acionamento do socorro adequado. Descrever como proceder em casos de picadas, mordeduras ou arranhadura de animais domésticos e peçonhentos. Módulo V Outras emergências Neste módulo você aprenderá como prestar os primeiros socorros corretamente em casos de: queimaduras, choque elétrico e acidentes com animais peçonhentos. Fique atento às condutas mais adequadas nessas situações. Pedimos especial atenção para as informações de Como acionar o socorro especiali- zado adequadamente! Ao final do módulo, você terá acesso aos materiais complementares, e deverá realizar uma avaliação. Ela contará com 10 questões de múltipla escolha e, para avançar no curso, você deverá acertar pelo menos 7 delas. Parabéns por ter chegado até aqui! Seu interesse pelo aprendizado fará grande diferen- ça entre os profissionais. 5 Outras Emergências 5.1 Queimaduras Neste módulo abordaremos outras emergências: Queimaduras, Choque elétrico, e Acidentes com animais peçonhentos. Muita atenção sobre como devemos proceder em cada caso e principalmente ao que não fazer. É toda lesão provocada pelo contato direto com alguma fonte de calor ou frio, produtos químicos, corrente elétrica, radiação, ou mesmo alguns animais e plantas (como larvas, água- viva, urtiga), entre outros. Reconhecendo os tipos de queimaduras Figura 39 - Tipos de queimadura Atinge a parte mais superficial da pele e pode ocorrer na exposição prolonga- da ao sol. Sintomas como pele averme- lhada, quente e dolorosa, podem ocorrer. Queimadura de 1º Grau Atinge mais profun- damente a camada da pele, é mais observada em queimaduras com líquidos quentes. Sintomas como pele avermelhada, dolorosa e com bolhas, geralmente ocorrem. Queimadura de 2º Grau Fonte: Produção própria com elementos do banco de imagens Freepik (2023). Todas as camadas da pele são atingi- das. É observada nas queimaduras por chamas, quei- maduras químicas e elétricas. A dor é inexistente, pois há acometimento de nervos locais. Queimadura de 3º Grau Atinge mais profun- damente a camada da pele, é mais observada em queimaduras com líquidos quentes. Sintomas como pele avermelhada, dolorosa e com bolhas, geralmente Queimadura de 4º Grau Módulo V - Outras Emergências 55 Como proceder? - Avaliar a segurança da cena. - Afastar a vítima do agente causador ou afastar o agente da vítima, se a cena estiver segura. - Remova anéis, pulseiras e colares, pois o edema (inchaço) se desenvolve rapidamente. - Coloque a área queimada debaixo da água fria (e não gelada). O resfriamento das lesões com água fria é o melhor tratamento de urgência da queimadura. - Envolva-o com lençol limpo, agasalhos, e encaminhe-o para o atendimento médico. - Se a roupa da vítima estiver grudada na área queimada, lave a região abundantemente. Se continuar aderida à pele, o tecido deve ser cortado ao redor do ferimento. - Se houver fogo nas roupas, pedir para a vítima deitar-se no chão e rolar de um lado para o outro para extinguir as chamas, ou então, usar um casaco, toalha ou cobertor para abafá-las. O QUE NÃO FAZER? - NÃO passar nenhum produto ou pomada caseira (como por exemplo, pó de café, creme dental, etc), pois a pele queimada pode apresentar irritação, já que após uma queimadura, a pele fica extremamente sensível, além do risco de - Em casos nos quais a roupa tiver sido atingida pelo fogo, NÃO tentar removê-la, pois isso poderá romper bolhas e até arrancar parte do tecido. A recomendação é molhar a vesti- menta e permanecer com esta até a chegada ao pronto-socorro. contaminação por microrganismos. - NÃO esfregar o local com toalha ou qualquer outro material para secar. - NUNCA utilizar gelo no local. - NÃO romper as bolhas (presentes em queimaduras de segundo grau), essa bolha é uma barreira natural da pele, se for removida, irá expor a área queimada além do risco de contaminação. Módulo V - Outras Emergências 5.1.1 Como Prevenir Queimaduras nas Escolas? - Cuidado com tomadas, fiações expostas e líquidos inflamáveis. Prevenir sempre é o melhorremédio. - Seguir todas as medidas de segurança. - Em atividades ao ar livre, estar atento ao uso de protetor solar e boné. Nos horários antes das 10h e após as 16h, os níveis de radiação ultravioletas são menores. - Cuidado ao utilizar escorregadores nos parques, principalmente quando esses estão expostos ao sol, devido ao risco de queimaduras. - NÃO permitir acesso à área de preparação de alimentos. - Testar a temperatura de alimentos, antes de ofertar à criança. Vídeos sobre Queimaduras Você já teve algum tipo de queimadura ou já presen- ciou alguém passando por essa situação? É desesperador não é mesmo? O que você fez para aliviar o sofrimento do queimado nesse momento? De acordo com essa aula, você agiu corretamente? Assista ao vídeo seguinte sobre o tema estudado, para melhor fixação do assunto. Vídeo sobre Queimaduras 56 https://www.youtube.com/watch?v=hDGkiZD_f7k https://www.youtube.com/watch?v=hDGkiZD_f7k https://www.youtube.com/watch?v=hDGkiZD_f7k https://www.youtube.com/watch?v=hDGkiZD_f7k https://www.youtube.com/watch?v=hDGkiZD_f7k https://www.youtube.com/watch?v=hDGkiZD_f7k https://www.youtube.com/watch?v=hDGkiZD_f7k 5.2 Choque Elétrico “Ocorre sempre que uma determinada corrente elétrica percorre o corpo humano. Dependendo da situação, um choque pode causar apenas um formigamento, queimaduras de 3º ou 4º grau ou até mesmo levar a pessoa a óbito” (SILVA JÚNIOR, [2020?]) a vítima