Logo Passei Direto
Buscar
Material
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

PCSP 
13 Dias 
 
 
 
 
Polícia Civil – São Paulo 
Investigador e Escrivão 
2020 
 
 
 
 
2 ID: 
Sumário 
D i a 1 .............................................................................................................................................. 6 
Constituição Federal: Arts. 1º - 5º 
Código Penal: Arts. 4º / 6º / 13 – 27 / 29 – 31 / 69 – 71 
Código de Processo Penal: Arts. 1º - 23 
Decreto-Lei nº 3.688/1941 (Lei das Contravenções Penais) 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
 
D i a 2 ............................................................................................................................................ 26 
Constituição Federal: Arts. 6º - 16 
Código Penal: Arts. 121 – 154 B 
Código de Processo Penal: Arts. 24 - 62 
Lei nº 13.869/2019 (Lei de Abuso de Autoridade) 
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos 
 
D i a 3 ............................................................................................................................................. 50 
Constituição Federal: Arts. 37 / 39 / 41 / 144 
Código Penal: Arts. 155 - 183 
Código de Processo Penal: Arts. 112 / 118 – 144 A 
Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal): Arts. 1º - 4º / 9º A – 11 / 38 – 41 / 120 – 125 / 146 B / 146-D / 198 - 199 / 202 
Lei nº 7.716/89 (Crimes de Preconceito Racial) 
Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais 
 
D i a 4 ........................................................................................................................................................................... 69 
Código Penal: Arts. 213 - 234 
Código de Processo Penal: Arts. 155 - 250 
Lei nº 7.960/89 (Prisão Temporária) 
Lei nº 8.072/1990 (Crimes Hediondos) 
Lei nº 9.296/1996 (Lei de Interceptação Telefônica) 
Convenção Contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes 
 
D i a 5 ........................................................................................................................................................................... 90 
Código Penal: Arts. 250 – 288 A 
Código de Processo Penal: Arts. 282 – 350 
Lei nº 9.455/1997 (Tortura) 
Lei nº 12.850/2013 (Lei de Combate às Organizações Criminosas) 
Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei (Adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas na 
sua resolução 34/169, de 17 de dezembro de 1979) Arts. 1º - 8º 
Lei Complementar nº 1.151/11 (Lei Orgânica da Polícia do Estado de São Paulo) 
 
D i a 6 ......................................................................................................................................................................... 111 
Código Penal: Arts. 289 – 311 A 
Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) Arts. 2º / 171 – 178 / 225 – 244 B 
Lei nº 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor) Arts. 61 – 80 
Lei nº 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa) Arts. 1º - 13 
Lei nº 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais Criminais) Arts. 2º / 60 / 76 / 88 – 92 
Lei nº 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro) Arts. 291 – 312 A 
Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas) Arts. 1º - 30 
 
D i a 7 ......................................................................................................................................................................... 132 
Código Penal: Arts. 312 – 361 
Lei nº 9.605/1998 (Lei do Meio Ambiente) Arts. 29 – 69 A 
Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) Arts.1º - 24 / 41 
Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas) Arts. 31 – 73 
 
D i a 8 ........................................................................................................................................... 154 
Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) 
Decreto Estadual nº 58.052/2012 Arts. 1º - 26 
Lei nº 12.830/2013 (Investigação criminal conduzida pelo Delegado de Polícia) 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
3 ID: 
Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) Arts. 88 – 91 
Lei nº 13.188/2015 (Direito de resposta ou retificação do ofendido) 
Lei nº 13.260/2016 (Lei Antiterrorismo) 
Lei nº 13.344/2016 (Prevenção e Repressão ao Tráfico de Pessoas) 
 
D i a 9 ........................................................................................................................................... 174 
Decreto Estadual nº 58.052/2012 Arts. 27 – 80 
Lei nº 9.784/1999 (O Processo Administrativo no Âmbito da Administração Pública Federal) 
Lei Complementar nº 207/1979 (Lei Orgânica da Polícia do Estado de São Paulo) Arts. 1º - 66 
 
D i a 1 0 ........................................................................................................................................ 193 
Lei Complementar nº 207/1979 (Lei Orgânica da Polícia do Estado de São Paulo) Arts. 67 – 138 
Lei nº 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) Arts. 93 – 109 
Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) Arts. 12 – 21 
Convenção Americana de Direitos Humanos / 1969 (Pacto de San José da Costa Rica) 
 
D i a 1 1 ........................................................................................................................................ 211 
Lei Estadual nº 10.261/1968 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo) Arts. 1º - 107 
Estatuto de Roma: Arts. 1º - 52 
 
D i a 1 2 ........................................................................................................................................ 230 
Lei Estadual nº 10.261/1968 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo) Arts. 107 - 240 
Estatuto de Roma: Arts. 53 – 76 
 
D i a 1 3 ........................................................................................................................................ 247 
Lei Estadual nº 10.261/1968 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo) Arts. 241 - 331 
Estatuto de Roma: Arts. 77 - 128 
 
 
O Plano de Leitura - Legislação Facilitada - é uma ferramenta indispensável para quem deseja aumentar o rendimento nos 
estudos e alcançar a tão sonhada aprovação. Abordamos nesse plano toda a legislação exigida pelo último edital do seu certame, 
selecionando, contudo, somente os dispositivos que poderão ser objeto de cobrança, buscando implementar um estudo direcionado e 
objetivo. 
Cada dia de leitura contempla leis e dispositivos diversos, de modo a tornar o estudo mais agradável e diversificado. Incorporamos, 
ainda, diversas ferramentas com o intuito de facilitar o estudo da legislação: 
• Marcações 
• Súmulas 
• Comentários Pontuais 
• Tabelas 
 
Os recursos empregados variam de acordo com a legislação exigida. 
Data de fechamento: 17.03.2020 
- Após a publicação do edital, será lançada uma edição atualizada conforme as novas exigências. 
- Quem adquiriu o Pré-edital terá direito ao novo material Pós-edital. 
- Acompanhe as principais alterações legislativas através na nossa página de Atualizações. 
 
Esse material é protegido por direito autorais, sendo vedada a sua reprodução, distribuição ou comercialização. 
Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/89) 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
4 ID: 
Calendário 2020 
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO 
D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 
5 6 7 8 9 10 11 
12 13 14 15 16 17 18 
19 20 21 22 23 24 25 
26 27 28 29 30 31 
 
 
 D S T Q Q S S 
 1 
2 3 4 5 6 7 8 
9 10 11 12 13 14 15 
16 17 18 19 20 21 22 
23 24 25 26 27 28 29 
 
 
 D S T Q Q S S 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
29 30 31 
 
 
 
ABRIL MAIO JUNHO 
D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 
5 6 7 8 9 10 11 
12 13 14 15 16 17 18 
19 20 21 22 23 24 25 
26 27 28 29 30 
 
 
 D S T Q Q S S 
 1 2 
3 4 5 6 7 8 9 
10 11 12 13 14 1516 
17 18 19 20 21 22 23 
24 25 26 27 28 29 30 
31 
 
 D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 5 6 
7 8 9 10 11 12 13 
14 15 16 17 18 19 20 
21 22 23 24 25 26 27 
28 29 30 
 
 
 
JULHO AGOSTO SETEMBRO 
D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 
5 6 7 8 9 10 11 
12 13 14 15 16 17 18 
19 20 21 22 23 24 25 
26 27 28 29 30 31 
 
 
 D S T Q Q S S 
 1 
2 3 4 5 6 7 8 
9 10 11 12 13 14 15 
16 17 18 19 20 21 22 
23 24 25 26 27 28 29 
30 31 
 
 D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 5 
6 7 8 9 10 11 12 
13 14 15 16 17 18 19 
20 21 22 23 24 25 26 
27 28 29 30 
 
 
 
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 
D S T Q Q S S 
 1 2 3 
4 5 6 7 8 9 10 
11 12 13 14 15 16 17 
18 19 20 21 22 23 24 
25 26 27 28 29 30 31 
 
 
 D S T Q Q S S 
1 2 3 4 5 6 7 
8 9 10 11 12 13 14 
15 16 17 18 19 20 21 
22 23 24 25 26 27 28 
29 30 
 
 
 D S T Q Q S S 
 1 2 3 4 5 
6 7 8 9 10 11 12 
13 14 15 16 17 18 19 
20 21 22 23 24 25 26 
27 28 29 30 31 
 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
5 ID: 
Horário Semanal 
 Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sab 
12 am 
 
1 am 
 
2 am 
 
3 am 
 
4 am 
 
5 am 
 
6 am 
 
7 am 
 
8 am 
 
9 am 
 
10 am 
 
11 am 
 
12 pm 
 
1 pm 
 
2 pm 
 
3 pm 
 
4 pm 
 
5 pm 
 
6 pm 
 
7 pm 
 
8 pm 
 
9 pm 
 
10 pm 
 
11 pm 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
6 ID: 
 
 
 
PREÂMBULO 
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em 
Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado 
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos 
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o 
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores 
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, 
na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das 
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a 
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA 
DO BRASIL. 
STF: O preâmbulo não possui força normativa, não pode servir de 
parâmetro para tornar normas inconstitucionais e não é de reprodução 
obrigatória pelas Constituições Estaduais. Trata-se de uma síntese das 
intenções dos constituintes e deve ser utilizado para fins interpretativos. 
 
 “O fato de usar no preâmbulo a expressão ‘sob a proteção de Deus’ por si 
não faz o Estado brasileiro um Estado religioso. O Brasil é um país ‘laico’ 
ou ‘leigo’, não possui elos de relação com religiões, embora inclua entre 
suas proteções o sentimento de liberdade religiosa e de crença”. 
Vitor Cruz, Constituição Federal anotada para concursos. 
 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem 
como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
(Memorize: So Ci Di Va Plu) 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, 
nos termos desta Constituição. 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Sistema de Freios e Contrapesos (check and balances): Cada Poder irá 
atuar com o intuito de impedir o exercício arbitrário do outro. 
 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação. 
(Memorize: Con Ga Er Pro) 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas 
suas relações internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
(Memorize: A-In-D Não Co-Pre-I Re-Co-S) 
A – autodeterminação dos povos In – independência nacional D – defesa 
da paz Não – não intervenção Co – cooperação entre os povos para o 
progresso da humanidade Pre – prevalência dos direitos humanos 
I – igualdade entre os Estados Re – repúdio ao terrorismo e ao racismo 
Co – concessão de asilo político S – solução pacífica dos conflitos 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil 
buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. 
 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA BRASILEIRA 
 
- FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO 
Na federação brasileira, o poder político é distribuído geograficamente em 
entidades governamentais autônomas (União, Estados, DF, Municípios), 
caracterizando-se pela descentralização política. Contudo, não há direito 
de secessão, pois se estabelece um vínculo indissolúvel. 
Características: Autogoverno (escolhem seus governantes); Auto-
organização (criam constituições estaduais ou leis orgânicas); 
Autolegislação (elaboram suas próprias leis); Autoadministração (possuem 
competências tributárias e administrativas). 
 
- FORMA DE GOVERNO: REPÚBLICA 
Trata da relação entre governantes e governados e a forma de distribuição 
do poder na sociedade. 
Características: Prestação de contas; Transparência; Temporariedade do 
mandato dos governantes; Eleições periódicas. 
 
- REGIME DE GOVERNO: DEMOCRACIA (SEMIDIRETA) 
Refere-se à participação do povo na produção do ordenamento jurídico e 
nas ações do governo. Prevalece a vontade da maioria, protegendo-se 
também as minorias. No Brasil, consagrou-se a Democracia Semidireta, 
que unifica a participação por representatividade com a participação direta, 
através de referendo e plebiscito. 
 
- SISTEMA DE GOVERNO: PRESIDENCIALISMO 
Está ligado ao modo como se relacionam os Poderes Executivo e 
Legislativo. No presidencialismo, há uma independência maior do Poder 
executivo em relação ao Legislativo. O presidente da república exerce as 
funções de Chefe de Estado (representando o Brasil internacionalmente) e 
Chefe de Governo (tratando da política interna). 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Direitos Fundamentais são cláusulas pétreas e normas abertas, sendo 
permitida a inclusão de novos direitos não previstos pelo constituinte 
originário. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: 
Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
7 
ID: 
Imprescritibilidade: Não desaparece com o tempo 
Inalienabilidade: Não é transferível a outra pessoa 
Irrenunciabilidade: Não pode sofrer renúncia 
Inviolabilidade: Autoridades e disposições infraconstitucionais devem 
observá-los 
Universalidade: Abrange a todos 
Efetividade: Poder público deve garantir sua aplicaçãoInterdependência: Há diversas ligações entre os Direitos fundamentais 
Complementariedade: Devem ser interpretados de forma conjunta 
Relatividade: Direitos fundamentais não são absolutos 
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional Descomplicado. 
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
STF: O estrangeiro em trânsito também está resguardado pelos direitos 
individuais, podendo, inclusive, utilizar-se de remédios constitucionais. 
Contudo, ele não poderá fazer uso de todos os direitos, a exemplo da ação 
popular, que é privativa de brasileiro. 
 I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
Princípio da Isonomia. Determina que seja dado igual tratamento aos 
que estão em situação equivalente, e tratamento desigual os desiguais, na 
medida de suas desigualdades. 
 II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei; 
Princípio da Legalidade. Para o particular, somente a lei pode criar 
obrigações, assim, a inexistência de lei proibitiva implica em permissão. 
Para o Poder Público, por sua vez, não é permitido atuar na ausência de 
lei. 
 III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante; 
 IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; 
STF: A defesa da legalização de drogas em espaços públicos 
constitui legítimo exercício do direito à livre manifestação do pensamento. 
 V - é assegurado o direito de resposta, proporcional 
ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou 
à imagem; 
STJ: Súmula 37 - São cumuláveis as indenizações por dano material e 
dano moral oriundos do mesmo fato. 
 VI - é inviolável a liberdade de consciência e de 
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais 
de culto e a suas liturgias; 
 VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva; 
 VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo 
se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada 
em lei; 
Escusa de Consciência. Norma constitucional de eficácia contida. 
 IX - é livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
Veda-se qualquer censura de natureza política, artística e ideológica, não 
se podendo exigir licença de autoridade para veiculação de publicações. 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação; 
STJ: Súmula 227 - Pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
STF: Admite as biografias não‐autorizadas, não excluindo a possibilidade 
de indenização por dano material ou moral 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém 
nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
STF: Casa é um termo amplo, consagrando consultório, escritório e 
qualquer lugar privado não aberto ao público. Contudo, não é um direito 
absoluto. 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
STF: É lícita a gravação de conversa telefônica realizada por um dos 
interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há 
investida criminosa deste último. 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício 
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que 
a lei estabelecer; 
Norma de eficácia contida. O STF decidiu pela inconstitucionalidade da 
exigência de diploma de jornalismo para o exercício da profissão de 
jornalista e pela constitucionalidade do exame da Ordem dos Advogados 
do Brasil (OAB), por considerar que o exercício da advocacia traz um risco 
coletivo. 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, 
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente; 
Não confundir a exigência de prévio aviso com autorização. Não se exige 
autorização da autoridade competente, mas somente que ela seja 
comunicada com antecedência. Contudo, devem-se observar os demais 
requisitos: que seja pacífica, sem armas e não frustre outra reunião. Esse 
dispositivo possui grande incidência nas provas. 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins 
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a 
de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a 
interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, 
o trânsito em julgado; 
Atividades Suspensas > Decisão Judicial 
Compulsoriamente Dissolvidas > Decisão Judicial + Trânsito em Julgado 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a 
permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
Representação Processual. Exige expressa autorização do associado para 
que seja válida, não podendo ser substituída por autorização genérica 
prevista em estatutos da entidade. 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
 XXV - no caso de iminente perigo público, a 
autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se 
houver dano; 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
8 
ID: 
Requisição administrativa da propriedade. A autoridade será competente 
para utilizar temporariamente o imóvel. Não haverá indenização se não 
ocorrer dano. 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida 
em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto 
de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de 
financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
O Direito Autoral configura-se como um privilégio vitalício, transmissível 
aos herdeiros apenas pelo prazo que a lei determinar. Após o prazo 
estipulado, será de domínio público. 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras 
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nasatividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que participarem aos 
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações 
sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos 
industriais privilégio temporário para sua utilização, bem 
como proteção às criações industriais, à propriedade das 
marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
Os inventos industriais, diferentemente do direito autoral, são privilégios 
temporários. 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados 
no País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa 
do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da 
lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo 
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente 
do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, 
para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; (Princípio da 
Inafastabilidade de Jurisdição) 
Como regra, qualquer pessoa poderá acessar o Poder Judiciário sem a 
necessidade de esgotar as esferas administrativas, ressalvadas as 
questões relativas à Justiça Desportiva e ao Habeas Data. 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o 
ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
Direito Adquirido: direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa 
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou 
condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem. 
Ato Jurídico Perfeito: consumado segundo a lei vigente ao tempo em 
que se efetuou. 
Coisa Julgada: decisão judicial de que já não caiba recurso. 
LINDB – Art. 6º (Decreto-Lei nº 4.657) 
----------------------------------------------------------------------------------------------------
STF: Súmula 654 - A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, 
XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade 
estatal que a tenha editado. 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
(Princípio do Juiz Natural) 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes 
dolosos contra a vida; 
STF: Súmula Vinculante 45 - A competência constitucional do Tribunal do 
Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido 
exclusivamente pela Constituição estadual 
STF: Súmula 603 - A competência para o processo e julgamento de 
latrocínio é do juiz singular, e não do Tribunal do Júri. 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal; 
O Princípio da Legalidade desdobra-se em dois: Princípio da Reserva 
Legal e Princípio da anterioridade. 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar 
o réu; 
STF: Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado 
ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da 
continuidade ou da permanência. 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória 
dos direitos e liberdades fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável 
e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e 
os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo 
os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se 
omitirem; (Memorize: 3TH não tem Graça ☹) 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a 
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o 
limite do valor do patrimônio transferido; (Princípio da 
intranscendência das penas) 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: (Princípio da 
individualização da pena) 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
Rol não-exaustivo, podendo a lei criar novos tipos de penalidades. 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos 
termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
Quanto ao caráter perpétuo, o máximo penal legalmente exequível, no 
ordenamento positivo nacional, é de 40 (quarenta) anos. (2019) 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos 
distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o 
sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral; 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
9 
ID: 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para 
que possam permanecer com seus filhos durante o período 
de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da 
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico 
ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por 
crime político ou de opinião; (Concessão de asilo político) 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente; (Princípio do Juiz Natural) 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal; (Princípio do devido 
processo legal - Due process of law) 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a 
ela inerentes; 
STF: Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por advogado no 
processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. 
STF: Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do 
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com 
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de 
defesa. 
STF: Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito 
ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de 
recurso administrativo. 
STF: Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito 
prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se 
pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos; 
Para a Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (Fruits of the 
Poisonous Tree), uma prova ilícita contamina todas as outras que dela 
derivam. Essa teoria é denominada pela doutrina como ilicitude por 
derivação. 
---------------------------------------------------------------------------------------------------- 
STJ: Não se aplica a Teoria da Árvore dos Frutos Envenenados quando a 
prova considerada como ilícita é independentedos demais elementos de 
convicção coligidos nos autos, bastantes para fundamentar a condenação. 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito 
em julgado de sentença penal condenatória; (Princípio da 
presunção de inocência) 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a 
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação 
pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito 
ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre 
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado; (Direito ao silêncio e à 
não-autoincriminação) 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada 
pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, 
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem 
fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a 
do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável 
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
O Brasil tornou-se signatário da Convenção Americana de Direitos 
Humanos - Pacto de San Jose da Costa Rica, que somente permite a 
prisão civil pelo não pagamento de obrigação alimentícia. Embora a 
Constituição continue prevendo a possibilidade de prisão do depositário 
infiel, a referida convenção, por possuir status supralegal, suspendeu a 
eficácia de toda legislação infraconstitucional que regia essa prisão civil, 
tornando-a inaplicável. 
---------------------------------------------------------------------------------------------------- 
STF: Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil do depositário infiel, 
qualquer que seja a modalidade de depósito. 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou 
abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas 
corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do 
Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre 
que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou 
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira 
fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica 
integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro 
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo 
fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente 
pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas 
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários 
ao exercício da cidadania. 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, 
são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
10 
ID: 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e 
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada 
Casa do Congresso Nacional, em 2 (dois) turnos, por 3/5 
(três quintos) dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
Os tratados e convenções internacionais de direitos humanos que não 
forem aprovados de acordo com os critérios acima mencionados terão 
hierarquia supralegal, situando-se abaixo da Constituição e acima da 
legislação interna. Os tratados internacionais que não versem sobre direito 
humanos terão status de leis ordinárias. 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal 
Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão. 
Direitos e garantias fundamentais 
STF: Súmula vinculante 25 - É ilícita a prisão civil de depositário infiel, 
qualquer que seja a modalidade do depósito. 
STF: Súmula 654 - A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, 
XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade 
estatal que a tenha editado. 
STJ: Súmula 444 - É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações 
penais em curso para agravar a pena-base. 
STJ: Súmula 2 - Não cabe o habeas data (CF, art. 5º, LXXII, letra "a") se 
não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa. 
STJ: Súmula 419 - Descabe a prisão civil do depositário infiel. 
STJ: Súmula 280 - O art. 35 do Decreto-Lei n° 7.661, de 1945, que 
estabelece a prisão administrativa, foi revogado pelos incisos LXI e LXVII 
do art. 5° da Constituição Federal de 1988. 
STJ: Súmula 403 - Independe de prova do prejuízo a indenização pela 
publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou 
comerciais. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 Tempo do crime 
 Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado. (Teoria da atividade) 
STF: Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado 
ou ao crime permanente, se a sua vigência é anteriorà cessação da 
continuidade ou da permanência. 
 
 Lugar do crime 
 Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que 
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como 
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. (Teoria 
da ubiguidade) 
 
 TÍTULO II 
DO CRIME 
De acordo com o Conceito Analítico de Crime, o delito constitui-se de 
um fato típico, ilícito e culpável. 
CONCEITO TRIPARTIDO DE CRIME 
✓ FATO TÍPICO - Conduta 
- Resultado 
- Nexo de causalidade 
- Tipicidade 
✓ ILÍCITO É a relação de contrariedade entre a conduta e a 
norma. Essa ilicitude poderá ser afastada por 
causas excludentes de antijuridicidade, quando o 
agente, por exemplo, pratica o fato: 
-- em estado de necessidade; 
-- em legítima defesa; 
-- em estrito cumprimento de dever legal 
-- em exercício regular de direito 
✓ CULPÁVEL - Imputabilidade 
- Potencial consciência da ilicitude 
- Exigibilidade de conduta diversa 
 
 Relação de causalidade 
 Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do 
crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. 
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o 
resultado não teria ocorrido. (Teoria da equivalência dos 
antecedentes causais – conditio sine qua non) 
A teoria da equivalência dos antecedentes causais possui extensão 
muito ampla, permitindo o regresso infinito das causas. Para evitar a 
responsabilização de determinadas condutas existentes na cadeia do 
regresso, deve-se buscar limites e complementos na legislação e na 
doutrina, como os critérios de imputação objetiva e a análise do dolo e da 
culpa. 
 Superveniência de causa independente 
 § 1º - A superveniência de causa relativamente 
independente exclui a imputação quando, por si só, 
produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, 
imputam-se a quem os praticou. (Teoria da causalidade 
adequada) 
 Relevância da omissão 
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o 
omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever 
 
 
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 
Código Penal 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
11 
ID: 
de agir incumbe a quem: (Crime omissivo impróprio ou comissivo 
por omissão) 
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou 
vigilância; 
 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de 
impedir o resultado; 
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da 
ocorrência do resultado. 
 
 Art. 14 - Diz-se o crime: 
 Crime consumado 
 I - consumado, quando nele se reúnem todos os 
elementos de sua definição legal; 
 Tentativa 
 II - tentado, quando, iniciada a execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. (Conatus) 
 Pena de tentativa 
 Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-
se a tentativa com a pena correspondente ao crime 
consumado, diminuída de 1/3 a 2/3 (um a dois terços). 
Infrações que não admitem a tentativa: 
- Contravenções penais 
- Crimes culposos 
- Crimes preterdolosos 
- Crimes unissubsistentes 
- Crimes omissivos próprios 
- Crimes condicionados 
- Crimes habituais 
- Crimes de atentado 
 
 Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
 Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza, só responde pelos atos já praticados 
 
 Arrependimento posterior 
 Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, 
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de 1/3 a 2/3 (um 
a dois terços). 
 
 Crime impossível 
 Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia 
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é 
impossível consumar-se o crime. 
STF: Súmula 145 - Não há crime, quando a preparação do flagrante pela 
polícia torna impossível a sua consumação. 
STJ: Súmula 567 - Sistema de vigilância realizado por monitoramento 
eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento 
comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto. 
 
 Art. 18 - Diz-se o crime: 
 Crime doloso 
 I - doloso, quando o agente quis o resultado (Dolo direto) 
ou assumiu o risco de produzi-lo (Dolo eventual). 
 Crime culposo 
 II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por 
imprudência, negligência ou imperícia. 
Imprudência – Atitude realizada sem a devida ponderação, de forma 
perigosa e precipitada; 
Negligência – Ausência de precaução. Deixar de fazer algo imposto; 
Imperícia – Conduta realizada com inaptidão para o exercício de arte ou 
profissão. 
 Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, 
ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão 
quando o pratica dolosamente. 
Princípio da excepcionalidade do tipo culposo: Os tipos penais 
culposos devem ser previstos de forma expressa. 
 
 Agravação pelo resultado 
 Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a 
pena, só responde o agente que o houver causado ao menos 
culposamente. 
 
 Erro sobre elementos do tipo 
 Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo 
legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por 
crime culposo, se previsto em lei. 
O erro sobre elementos do tipo, conhecido como Erro de Tipo 
Essencial, é a representação errônea da realidade. O agente acredita 
não estar presente um dos elementos essenciais que compõem o tipo 
penal. 
ERRO DE TIPO ESSENCIAL 
Escusável ou Inevitável: 
Exclui o dolo e a culpa 
Inescusável ou Evitável: 
Exclui o dolo, mas permite a punição 
por crime culposo, a título de culpa 
imprópria. 
 
 Descriminantes putativas (Erro de tipo permissivo) 
 § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente 
justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, 
se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de 
pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como 
crime culposo 
 
 Erro determinado por terceiro 
 § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o 
erro. 
 
 Erro sobre a pessoa (Error in persona) 
 § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é 
praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste 
caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da 
pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. 
 
 Erro sobre a ilicitude do fato (Erro de proibição) 
 Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O 
erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se 
evitável, poderá diminuí-la de 1/6 a 1/3 (um sexto a um 
terço). 
 Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o 
agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do 
fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou 
atingir essa consciência. 
 
 Coação irresistível e obediência hierárquica 
 Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou 
em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de 
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da 
ordem 
 
 Exclusão de ilicitude 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
 I - em estado de necessidade; 
 II - em legítima defesa 
 III - em estrito cumprimento de dever legal ou no 
exercício regular de direito 
 Excesso punível 
 Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses 
deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo 
 
 Estado de necessidade 
 Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem 
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou 
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito 
próprio ou alheio, cujo sacrifício,nas circunstâncias, não era 
razoável exigir-se. 
 § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem 
tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
 § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do 
direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de 1/3 a 2/3 
(um a dois terços). 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
12 
ID: 
 
 Legítima defesa 
 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
Parágrafo único. Observados os requisitos previstos 
no caput deste artigo, considera-se também em legítima 
defesa o agente de segurança pública que repele agressão 
ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a 
prática de crimes. (2019) 
 
TÍTULO III 
DA IMPUTABILIDADE PENAL 
 Inimputáveis 
 Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, 
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz 
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. (Critério biopsicológico) 
 Redução de pena 
 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3 
(um a dois terços), se o agente, em virtude de perturbação de 
saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento 
 
 Menores de dezoito anos 
 Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são 
penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas 
estabelecidas na legislação especial. (Critério biológico) 
 
 
TÍTULO IV 
DO CONCURSO DE PESSOAS 
 Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o 
crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua 
culpabilidade. 
 § 1º - Se a participação for de menor importância, a 
pena pode ser diminuída de 1/6 a 1/3 (um sexto a um terço). 
A minorante de 1/6 a 1/3 aplica-se somente ao partícipe, que não realiza 
diretamente a conduta típica nem possui o domínio final do fato. O 
partícipe concorre para o crime induzindo, instigando ou auxiliando o autor. 
 § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de 
crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa 
pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido 
previsível o resultado mais grave. (Cooperação dolosamente 
distinta) 
 
 Circunstâncias incomunicáveis 
 Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as 
condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do 
crime. 
ELEMENTARES - essentialia delicti: Constituem o tipo penal, os 
elementos constitutivos do crime. São comunicáveis. 
CIRCUNSTÂNCIAS - accidentalia delicti: são acessórios ao crime, 
dispensáveis para a configuração da figura típica. 
 -- Objetivas: São comunicáveis, quando houver conhecimento do 
outro agente 
 -- Subjetivas: São incomunicáveis, exceto quando elementares e de 
conhecimento do outro agente. 
 
 Casos de impunibilidade 
 Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o 
auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são 
puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
 Concurso material 
 Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma 
ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos 
ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de 
liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação 
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se 
primeiro aquela. (Sistema do cúmulo material) 
 § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver 
sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por 
um dos crimes, para os demais será incabível a substituição 
de que trata o art. 44 deste Código. 
 § 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de 
direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que 
forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. 
 
 Concurso formal 
 Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou 
omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, 
aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, 
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de 
1/6 (um sexto) até metade (Concurso formal próprio – Sistema da 
exasperação). As penas aplicam-se, entretanto, 
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes 
concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o 
disposto no artigo anterior. (Concurso formal impróprio - Sistema 
do cúmulo material) 
 Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que 
seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. 
STJ: A distinção entre o concurso formal próprio e o impróprio relaciona-se 
com o elemento subjetivo do agente, ou seja, a existência ou não de 
desígnios autônomos. 
STF: Na aplicação de pena privativa de liberdade, o aumento decorrente 
de concurso formal ou de crime continuado não incide sobre a pena-base, 
mas sobre a pena acrescida por circunstância qualificadora ou causa 
especial de aumento. 
 
 Crime continuado 
 Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação 
ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma 
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de 
execução e outras semelhantes, devem os subsequentes 
ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a 
pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se 
diversas, aumentada, em qualquer caso, de 1/6 a 2/3 (um 
sexto a dois terços). (Sistema da exasperação) 
Nosso Código Penal adota a teoria da ficção jurídica em relação ao 
crime continuado, considerando, por determinação legal, que os diversos 
crimes sejam concebidos como um único delito. Essa ficção jurídica visa 
amenizar a regra do concurso material 
 Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas 
diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à 
pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os 
antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena 
de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se 
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo 
único do art. 70 e do art. 75 deste Código 
STF: Súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado 
ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da 
continuidade ou da permanência. 
 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
13 
ID: 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 
LIVRO I 
DO PROCESSO EM GERAL 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o 
território brasileiro (Princípio da territorialidade), por este 
Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito 
internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da 
República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos 
com os do Presidente da República, e dos ministros do 
Supremo Tribunal Federal,nos crimes de responsabilidade 
(Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); (Jurisdição política) 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial 
(Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF 
nº 130) 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código 
aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis 
especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
 
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde 
logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a 
vigência da lei anterior. (Princípio do “tempus regit actum”) 
 
Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação 
extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento 
dos princípios gerais de direito. 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS: 
• Princípio da inércia: Veda-se o início da ação penal de ofício pelo juiz, 
cabendo ao titular da ação o seu oferecimento. 
• Princípio do devido processo legal: Busca assegurar um processo 
que respeite todas as etapas previstas em lei e que observe de todas as 
garantias constitucionais. É um princípio que desencadeia vários outros 
no processo penal. 
• Princípio da presunção de inocência: O acusado deve ser presumido 
inocente até a sentença condenatória transitar em julgado. 
• Princípio da paridade das armas: As partes devem ter as mesmas 
oportunidades em juízo e igualdade de tratamento. 
• Princípio da ampla defesa: O réu deve ter amplo acesso aos 
instrumentos de defesa, garantindo-se a autodefesa e a defesa técnica. 
• Princípio do contraditório: Ambos possuem o direito de manifestação 
quanto aos fatos e provas trazidos pela parte contrária. 
• Princípio do “in dubio pro reo”: Havendo dúvida quando à inocência 
do réu, este não deverá ser considerado culpado. 
• Princípio do duplo grau de jurisdição: Como regra, garante-se à parte 
a possibilidade de reexame da causa por instância superior. 
• Princípio do juiz natural: O julgador deve atuar nos feitos que foram 
previamente estabelecidos pelo ordenamento jurídico. Veda-se o 
Tribunal de Exceção. 
• Princípio da publicidade: Como regra, os atos processuais devem ser 
públicos, permitindo-se o amplo acesso à população, contudo, essa 
publicidade poderá sofrer restrição quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social exigirem. 
• Princípio da vedação às provas ilícitas: São inadmissíveis no 
processo, segundo nosso ordenamento jurídico, as provas obtidas por 
meios ilícitos e as ilícitas por derivação. 
• Princípio da duração razoável do processo: O Estado deverá prestar 
sua incumbência jurisdicional no menor prazo possível, respeitando, 
porém, os demais princípios, como a busca pela verdade real. 
• Princípio da busca pela verdade real ou material: Diferentemente do 
que ocorre no processo civil - no qual se busca a verdade formal, a 
verdade dos autos – no processo penal, busca-se a verdade material 
dos fatos, do mundo real, uma vez que trata de direitos indisponíveis, 
como a liberdade. 
• Princípio da vedação à autoincriminação: O acusado não é obrigado 
a participar de atividades probatórias que lhe sejam prejudiciais. 
• Princípio do “non bis in idem”: Veda-se que uma pessoa seja 
processada e condenada duas vezes pelo mesmo fato. 
• Princípio da comunhão da prova: Após ser produzida, a prova 
pertence ao juízo, podendo ser utilizada pelo juiz e por qualquer das 
partes 
• Princípio do impulso oficial: Iniciada a ação penal, o juiz tem o dever 
de promover o seu andamento até a etapa final. 
• Princípio do livre convencimento motivado: O juiz é livre para formar 
seu convencimento, contudo, deverá fundamentar suas decisões no 
momento de prolatá-las. 
• Princípio da lealdade processual: Reflete o dever de verdade, e a 
vedação a qualquer forma de fraude processual. 
 
Juiz das Garantias 
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura 
acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de 
investigação e a substituição da atuação probatória do 
órgão de acusação. (2019) 
 
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo 
controle da legalidade da investigação criminal e pela 
salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha 
sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, 
competindo-lhe especialmente: (2019) 
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos 
termos do inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição 
Federal; (2019) 
CF/ 1988 
Art. 5º (...) 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre 
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso 
ou à pessoa por ele indicada; 
II - receber o auto da prisão em flagrante para o 
controle da legalidade da prisão, observado o disposto no 
art. 310 deste Código; (2019) 
III - zelar pela observância dos direitos do preso, 
podendo determinar que este seja conduzido à sua presença, 
a qualquer tempo; (2019) 
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer 
investigação criminal; (2019) 
V - decidir sobre o requerimento de prisão 
provisória ou outra medida cautelar, observado o disposto 
no § 1º deste artigo; (2019) 
Decreto-Lei nº 3.689 / 1941 
Código de Processo Penal 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
14 
ID: 
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida 
cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las, 
assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em 
audiência pública e oral, na forma do disposto neste Código 
ou em legislação especial pertinente; (2019) 
VII - decidir sobre o requerimento de produção 
antecipada de provas consideradas urgentes e não 
repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em 
audiência pública e oral; (2019) 
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, 
estando o investigado preso, em vista das razões 
apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto 
no § 2º deste artigo; (2019) 
IX - determinar o trancamento do inquérito policial 
quando não houver fundamento razoável para sua 
instauração ou prosseguimento; (2019) 
X - requisitar documentos, laudos e informações ao 
delegado de polícia sobre o andamento da investigação; 
(2019) 
XI - decidir sobre os requerimentos de: (2019) 
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações 
em sistemas de informática e telemática ou de outras formas 
de comunicação; 
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e 
telefônico; 
c) busca e apreensão domiciliar; 
d) acesso a informações sigilosas; 
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam 
direitos fundamentais do investigado; 
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do 
oferecimento da denúncia; (2019) 
XIII - determinar a instauração de incidente de 
insanidade mental; (2019) 
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou 
queixa, nos termos do art. 399 deste Código; (2019) 
CPP 
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e 
hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu 
defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do 
assistente. 
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao 
interrogatório, devendo o poder público providenciar sua 
apresentação. 
§ 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a 
sentença. 
XV - assegurar prontamente, quando se fizer 
necessário, o direito outorgado ao investigado e ao seu 
defensor de acesso a todos os elementos informativos e 
provas produzidos no âmbito da investigação criminal, 
salvo no que concerne, estritamente, às diligências em 
andamento; (2019) 
XVI - deferir pedido de admissão de assistente 
técnico para acompanhar a produção da perícia; (2019) 
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de 
não persecução penal ou os de colaboração premiada, 
quando formalizados durante a investigação; (2019) 
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições 
definidas no caput deste artigo.(2019) 
§ 1º (VETADO). (2019) 
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das 
garantias poderá, mediante representação da autoridade 
policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única 
vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o 
que, se ainda assim a investigação não for concluída, a 
prisão será imediatamente relaxada. (2019) 
 
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias 
abrange todas as infrações penais, exceto as de menor 
potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia 
ou queixa na forma do art. 399 deste Código. (2019) 
§ 1º Recebida a denúncia ou queixa, as questões 
pendentes serão decididas pelo juiz da instrução e 
julgamento. (2019) 
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias 
não vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após 
o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a 
necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo 
máximo de 10 (dez) dias. (2019) 
§ 3º Os autos que compõem as matérias de 
competência do juiz das garantias ficarão acautelados na 
secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público 
e da defesa, e não serão apensados aos autos do 
processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, 
ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, 
medidas de obtenção de provas ou de antecipação de 
provas, que deverão ser remetidos para apensamento em 
apartado. (2019) 
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos 
autos acautelados na secretaria do juízo das garantias. (2019) 
 
Art. 3º-D. O juiz que, na fase de investigação, praticar 
qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º 
deste Código ficará impedido de funcionar no processo. (2019) 
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar 
apenas um juiz, os tribunais criarão um sistema de rodízio 
de magistrados, a fim de atender às disposições deste 
Capítulo. (2019) 
 
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado 
conforme as normas de organização judiciária da União, dos 
Estados e do Distrito Federal, observando critérios 
objetivos a serem periodicamente divulgados pelo respectivo 
tribunal. (2019) 
 
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o 
cumprimento das regras para o tratamento dos presos, 
impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com 
órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa 
submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, 
administrativa e penal. (2019) 
Parágrafo único. Por meio de regulamento, as 
autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) 
dias, o modo pelo qual as informações sobre a realização da 
prisão e a identidade do preso serão, de modo padronizado 
e respeitada a programação normativa aludida 
no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, 
assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à 
informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão. 
(2019) 
 
TÍTULO II 
DO INQUÉRITO POLICIAL 
Inquérito policial “é um procedimento preparatório da ação penal, de 
caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária e voltado à colheita 
preliminar de provas para apurar a prática de uma infração penal e sua 
autoria. Seu objetivo precípuo é a formação da convicção do Ministério 
Público, mas também a colheita de provas urgentes, que podem 
desaparecer, após o cometimento do crime”. 
(Guilherme de Souza Nucci, 2008, p. 143) 
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas 
autoridades policiais no território de suas respectivas 
circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais 
e da sua autoria. 
Parágrafo único. A competência definida neste artigo 
não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei 
seja cometida a mesma função. 
Polícia Judiciária: Possui caráter repressivo, atuando após a prática da 
infração penal. Polícia Civil (âmbito estadual), Polícia Federal (âmbito 
federal) 
Polícia Administrativa: Possui caráter preventivo ou ostensivo, busca 
evitar a prática de infrações penais. Polícia Militar 
 
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial 
será iniciado: 
I - de ofício; 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
15 
ID: 
 II – mediante requisição da autoridade judiciária ou 
do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de 
quem tiver qualidade para representá-lo. 
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá 
sempre que possível: 
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) a individualização do indiciado ou seus sinais 
característicos e as razões de convicção ou de presunção de 
ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade 
de o fazer; 
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de 
sua profissão e residência. 
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de 
abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento 
da existência de infração penal em que caiba ação pública 
poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade 
policial, e esta, verificada a procedência das informações, 
mandará instaurar inquérito. 
STF: Nada impede a deflagração da persecução penal pela chamada 
‘denúncia anônima’, desde que esta seja seguida de diligências realizadas 
para averiguar os fatos nela noticiados. 
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública 
depender de representação, não poderá sem ela ser 
iniciado. 
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial 
somente poderá proceder a inquérito a requerimento de 
quem tenha qualidade para intentá-la. 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: 
- Administrativo: É uma fase pré-processual, possui caráter 
administrativo 
- Sigiloso: Não haverá publicidade do inquérito, protegendo-se a 
intimidade do investigado. Contudo, não será sigiloso para o juiz, 
Ministério Público e advogado. 
- Escrito: Todo o procedimento deve ser escrito e os atos orais reduzidos 
a termo. 
- Inquisitivo: Não há contraditório nem ampla defesa na fase inquisitorial, 
uma vez que o inquérito possui natureza pré-processual, não havendo 
acusação ainda. 
- Indisponível: A autoridade policial, após instaurar o inquérito, não 
poderá proceder o seu arquivamento, atribuição exclusiva do Poder 
Judiciário, após o requerimento do titular da ação penal. 
- Discricionário na condução: Não há padrão pré-estabelecido para a 
condução do inquérito. Assim, a autoridade responsável poderá praticar as 
diligências da maneira que considerar mais frutíferas. 
- Dispensabilidade: O inquérito policial será dispensável quando o titular 
da ação já possuir elementos suficientes para o oferecimento da ação 
penal. 
- Oficiosidade: Incumbe à autoridade policial o dever de proceder a 
apuração dos delitos de ofício, nos crimes cuja ação penal seja pública 
incondicionada. 
- Oficialidade: É o órgão oficial do Estado (Polícia Judiciária) que deverá 
presidir o inquérito policial. 
- Inexistência de nulidades: Por ser um procedimento meramente 
informativo, é incabível a anulação de processo penal em razão de 
suposta irregularidade em inquérito policial. Os vícios ocorridos durante a 
fase pré-processual não afetarão a ação penal. 
 
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da 
infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se 
alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada 
dos peritos criminais; 
II - apreender os objetos que tiverem relação com o 
fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III - colher todas as provas que servirem para o 
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV - ouvir o ofendido; 
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for 
aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, 
devendo o respectivo termo ser assinado por duas 
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; 
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e 
a acareações; 
VII - determinar, se for caso,que se proceda a exame 
de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo 
processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos 
sua folha de antecedentes; 
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o 
ponto de vista individual, familiar e social, sua condição 
econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do 
crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que 
contribuírem para a apreciação do seu temperamento e 
caráter. 
X - colher informações sobre a existência de filhos, 
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o 
nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados 
dos filhos, indicado pela pessoa presa. (2016) 
 
Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a 
infração sido praticada de determinado modo, a autoridade 
policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, 
desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem 
pública. 
 
Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o 
disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro. 
 
Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num 
só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste 
caso, rubricadas pela autoridade. 
 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 
(dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou 
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta 
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de 
prisão, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto, 
mediante fiança ou sem ela. 
STF: Salvo quando o investigado se encontrar preso cautelarmente, a 
inobservância dos lapsos temporais estabelecidos para a conclusão de 
inquéritos policiais ou investigações deflagradas no âmbito do Ministério 
Público não possui repercussão prática, já que se cuidam de prazos 
impróprios. 
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver 
sido apurado e enviará autos ao juiz competente. 
§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar 
testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o 
lugar onde possam ser encontradas. 
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o 
indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a 
devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão 
realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
 
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os 
objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos 
do inquérito. 
 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia 
ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. 
 
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: 
 I - fornecer às autoridades judiciárias as informações 
necessárias à instrução e julgamento dos processos; 
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo 
Ministério Público; 
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas 
autoridades judiciárias; 
IV - representar acerca da prisão preventiva. 
 
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 
148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código 
Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 
(Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do 
Ministério Público ou o delegado de polícia poderá 
requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
16 
ID: 
empresas da iniciativa privada, dados e informações 
cadastrais da vítima ou de suspeitos. (2016) 
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no 
prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: (2016) 
I - o nome da autoridade requisitante; (2016) 
II - o número do inquérito policial; e (2016) 
III - a identificação da unidade de polícia judiciária 
responsável pela investigação. (2016) 
 
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão 
dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do 
Ministério Público ou o delegado de polícia poderão 
requisitar, mediante autorização judicial, às empresas 
prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática 
que disponibilizem imediatamente os meios técnicos 
adequados – como sinais, informações e outros – que 
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito 
em curso. (2016) 
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa 
posicionamento da estação de cobertura, setorização e 
intensidade de radiofrequência. (2016) 
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: (2016) 
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação 
de qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial, 
conforme disposto em lei; (2016) 
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia 
móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias, 
renovável por uma única vez, por igual período; (2016) 
III - para períodos superiores àquele de que trata o 
inciso II, será necessária a apresentação de ordem 
judicial. (2016) 
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito 
policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 
(setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva 
ocorrência policial. (2016) 
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 
12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às 
empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou 
telemática que disponibilizem imediatamente os meios 
técnicos adequados – como sinais, informações e outros – 
que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do 
delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. (2016) 
 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o 
indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será 
realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
 
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às 
instituições dispostas no art. 144 da Constituição 
Federal figurarem como investigados em inquéritos 
policiais, inquéritos policiais militares e demais 
procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação 
de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no 
exercício profissional, de forma consumada ou tentada, 
incluindo as situações dispostas no art. 23 do Decreto-Lei nº 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado 
poderá constituir defensor. (2019) 
CF /1988 
Art. 144. (...) 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. 
 
CP 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício 
regular de direito. 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste 
artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. 
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, 
o investigado deverá ser citado da instauração do 
procedimento investigatório, podendo constituir defensor 
no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do 
recebimento da citação. (2019) 
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo 
com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a 
autoridade responsável pela investigação deverá intimar a 
instituição a que estava vinculado o investigado à época da 
ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas, indique defensor para a 
representação do investigado. (2019) 
§ 3º (VETADO). (2019) 
§ 4º (VETADO). (2019) 
§ 5º (VETADO). (2019) 
§ 6º As disposições constantes deste artigo se 
aplicam aos servidores militares vinculados às instituições 
dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os 
fatos investigados digam respeito a missões para a 
Garantia da Lei e da Ordem. (2019) 
Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela 
Aeronáutica. 
 
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado 
curador pela autoridade policial. 
- Dispositivo tacitamenterevogado. 
 
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a 
devolução do inquérito à autoridade policial, senão para 
novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da 
denúncia. 
 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar 
arquivar autos de inquérito. 
STF: O sistema processual penal brasileiro não prevê a figura do 
arquivamento implícito de inquérito policial. 
STF: Súmula 524 - Arquivado o Inquérito Policial, por despacho do Juiz, a 
requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, 
sem novas provas. 
 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do 
inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a 
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas 
pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, 
os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, 
onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu 
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o 
pedir, mediante traslado. 
 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo 
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da 
sociedade. 
Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes 
que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá 
mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de 
inquérito contra os requerentes. 
STF: Súmula Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do 
representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com 
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de 
defesa 
 
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá 
sempre de despacho nos autos e somente será permitida 
quando o interesse da sociedade ou a conveniência da 
investigação o exigir. 
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não 
excederá de três dias, será decretada por despacho 
fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, 
ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art23
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art23
https://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/viwTodos/509f2321d97cd2d203256b280052245a?OpenDocument&Highlight=1,constitui%C3%A7%C3%A3o&AutoFramed
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
 
 
 
17 
ID: 
hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da 
Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril 
de 1963) 
Artigo não recepcionado pela CF/88 
 
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que 
houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com 
exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja 
procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, 
independentemente de precatórias ou requisições, e bem 
assim providenciará, até que compareça a autoridade 
competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua 
presença, noutra circunscrição. 
 
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao 
juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de 
Identificação e Estatística, ou repartição congênere, 
mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os 
dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS 
PARTE GERAL 
 Art. 1º Aplicam-se as contravenções às regras gerais do 
Código Penal, sempre que a presente lei não disponha de 
modo diverso. 
 
 Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção 
praticada no território nacional. 
 
 Art. 3º Para a existência da contravenção, basta a ação 
ou omissão voluntária. Deve-se, todavia, ter em conta o 
dolo ou a culpa, se a lei faz depender, de um ou de outra, 
qualquer efeito jurídico. 
 
 Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção. 
 
 Art. 5º As penas principais são: 
 I – prisão simples. 
 II – multa. 
 
 Art. 6º A pena de prisão simples deve ser cumprida, 
sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou 
seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto 
ou aberto. 
 § 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre 
separado dos condenados a pena de reclusão ou de 
detenção. 
 § 2º O trabalho é facultativo, se a pena aplicada, não 
excede a quinze dias. 
 
 Art. 7º Verifica-se a reincidência quando o agente 
pratica uma contravenção depois de passar em julgado a 
sentença que o tenha condenado, no Brasil ou no 
estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de 
contravenção. 
 
 Art. 8º No caso de ignorância ou de errada 
compreensão da lei, quando escusáveis, a pena pode deixar 
de ser aplicada. 
 
 Art. 9º A multa converte-se em prisão simples, de acordo 
com o que dispõe o Código Penal sobre a conversão de 
multa em detenção. 
 Parágrafo único. Se a multa é a única pena cominada, a 
conversão em prisão simples se faz entre os limites de 
quinze dias e três meses. 
- Dispositivo revogado pela Lei n. 9.268/96 
 
 Art. 10. A duração da pena de prisão simples não pode, 
em caso algum, ser superior a 5 (cinco) anos, nem a 
importância das multas ultrapassar cinquenta contos. 
 
 Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz 
pode suspender por tempo não inferior a 1 (um) ano nem 
superior a 3 (três), a execução da pena de prisão simples, 
bem como conceder livramento condicional. 
Observam-se, em relação ao sursis para contravenções penais, as 
mesmas condições exigidas nos arts. 77 e 78 do CP. Quanto ao 
livramento condicional, incidem as regras constantes no art. 83 do CP. 
 
 Art. 12. As penas acessórias são a publicação da 
sentença e as seguintes interdições de direitos: 
 I – a incapacidade temporária para profissão ou 
atividade, cujo exercício dependa de habilitação especial, 
licença ou autorização do poder público; 
 lI – a suspensão dos direitos políticos. 
 
 
Decreto-Lei nº 3.688 / 1941 
Lei das Contravenções Penais 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
18 
ID: 
 Parágrafo único. Incorrem: 
 a) na interdição sob nº I, por um mês a dois anos, o 
condenado por motivo de contravenção cometida com abuso 
de profissão ou atividade ou com infração de dever a ela 
inerente; 
 b) na interdição sob nº II, o condenado a pena privativa 
de liberdade, enquanto dure a execução do pena ou a 
aplicação da medida de segurança detentiva. 
- Lei n. 7.209/84 aboliu as penas acessórias e implantou a reforma do 
Código Penal 
 
 Art. 13. Aplicam-se, por motivo de contravenção, as 
medidas de segurança estabelecidas no Código Penal, à 
exceção do exílio local. 
- Não existe mais exílio local. 
 
 Art. 14. Presumem-se perigosos,além dos indivíduos a 
que se referem os ns. I e II do art. 78 do Código Penal: 
 I – o condenado por motivo de contravenção cometido, 
em estado de embriaguez pelo álcool ou substância de 
efeitos análogos, quando habitual a embriaguez; 
 II – o condenado por vadiagem ou mendicância; 
- Dispositivo revogado pela Lei n. 7.209/84 
 
 Art. 15. São internados em colônia agrícola ou em 
instituto de trabalho, de reeducação ou de ensino 
profissional, pelo prazo mínimo de um ano: 
 I – o condenado por vadiagem (art. 59); 
 II – o condenado por mendicância (art. 60 e seu 
parágrafo); 
- Dispositivo revogado pela Lei n. 7.209/84 
 
 Art. 16. O prazo mínimo de duração da internação em 
manicômio judiciário ou em casa de custódia e tratamento 
é de 6 (seis) meses. 
 Parágrafo único. O juiz, entretanto, pode, ao invés de 
decretar a internação, submeter o indivíduo a liberdade 
vigiada. 
- Dispositivo alterado pela Lei n. 7.209/84. Atualmente o prazo mínimo 
é de 1 ano. 
 
 Art. 17. A ação penal é pública, devendo a autoridade 
proceder de ofício. 
As contravenções penais são infrações de menor potencial ofensivo e 
se submetem ao rito da Lei dos Juizados Especiais (Lei nº 9.099/1995). 
---------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Súmula 38 do STJ - Compete à justiça estadual comum, na vigência da 
constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que 
praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da união ou de 
suas entidades. 
 
PARTE ESPECIAL 
CAPÍTULO I 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PESSOA 
 Art. 18. Fabricar, importar, exportar, ter em depósito 
ou vender, sem permissão da autoridade, arma ou 
munição: 
 Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou 
multa, de um a cinco contos de réis, ou ambas 
cumulativamente, se o fato não constitui crime contra a 
ordem política ou social. 
- Deve-se observar que, em face da Lei 10.826/2003 
(Estatuto do Desarmamento), os arts. 18 e 19 da Lei de 
Contravenções Penais foram derrogados quanto à arma de fogo. 
Porém, os referidos artigos continuam a ter aplicabilidade no que se 
refere às armas brancas: facas, navalhas, canivetes, estiletes etc. 
 
 Art. 19. Trazer consigo arma fora de casa ou de 
dependência desta, sem licença da autoridade: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou 
multa, de duzentos mil réis a três contos de réis, ou ambas 
cumulativamente. 
 § 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até metade, 
se o agente já foi condenado, em sentença irrecorrível, por 
violência contra pessoa. 
 § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a 
três meses, ou multa, de duzentos mil réis a um conto de 
réis, quem, possuindo arma ou munição: 
 a) deixa de fazer comunicação ou entrega à autoridade, 
quando a lei o determina; 
 b) permite que alienado menor de 18 anos ou pessoa 
inexperiente no manejo de arma a tenha consigo; 
 c) omite as cautelas necessárias para impedir que dela 
se apodere facilmente alienado, menor de 18 anos ou 
pessoa inexperiente em manejá-la. 
 
 Art. 20. Anunciar processo, substância ou objeto 
destinado a provocar aborto: 
 Pena - multa de hum mil cruzeiros a dez mil 
cruzeiros. 
 
 Art. 21. Praticar vias de fato contra alguém: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou 
multa, de cem mil réis a um conto de réis, se o fato não 
constitui crime. 
 Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) 
até a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) 
anos. 
São exemplos de vias de fato: tapa, empurrão, puxão de cabelo, rasteira. 
Não é possível verificar lesão pelo exame de corpo de delito. 
 
 Art. 22. Receber em estabelecimento psiquiátrico, e nele 
internar, sem as formalidades legais, pessoa apresentada 
como doente mental: 
 Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. 
 § 1º Aplica-se a mesma pena a quem deixa de 
comunicar a autoridade competente, no prazo legal, 
internação que tenha admitido, por motivo de urgência, sem 
as formalidades legais. 
 § 2º Incorre na pena de prisão simples, de quinze dias a 
três meses, ou multa de quinhentos mil réis a cinco contos de 
réis, aquele que, sem observar as prescrições legais, deixa 
retirar-se ou despede de estabelecimento psiquiátrico pessoa 
nele, internada. 
 
 Art. 23. Receber e ter sob custódia doente mental, fora 
do caso previsto no artigo anterior, sem autorização de quem 
de direito: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou 
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
 
CAPÍLULO II 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES AO PATRIMÔNIO 
 Art. 24. Fabricar, ceder ou vender gazua ou instrumento 
empregado usualmente na prática de crime de furto: 
 Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e 
multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. 
São exemplos de Gazua: pé-de-cabra, chave de fenda, serra etc. 
 
 Art. 25. Ter alguém em seu poder, depois de 
condenado, por crime de furto ou roubo, ou enquanto sujeito 
à liberdade vigiada ou quando conhecido como vadio ou 
mendigo, gazuas, chaves falsas ou alteradas ou instrumentos 
empregados usualmente na prática de crime de furto, desde 
que não prove destinação legítima: 
 Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, e multa 
de duzentos mil réis a dois contos de réis 
. 
 Art. 26. Abrir alguém, no exercício de profissão de 
serralheiro ou oficio análogo, a pedido ou por incumbência de 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
19 
ID: 
pessoa de cuja legitimidade não se tenha certificado 
previamente, fechadura ou qualquer outro aparelho 
destinado à defesa de lugar ou objeto: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou 
multa, de duzentos mil réis a um conto de réis. 
 
 Art. 27. (Revogado) 
 
CAPÍTULO III 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À 
INCOLUMIDADE PÚBLICA 
 Art. 28. Disparar arma de fogo em lugar habitado ou em 
suas adjacências, em via pública ou em direção a ela: 
 Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, 
de trezentos mil réis a três contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de 
quinze dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil réis a 
dois contos de réis, quem, em lugar habitado ou em suas 
adjacências, em via pública ou em direção a ela, sem licença 
da autoridade, causa deflagração perigosa, queima fogo de 
artifício ou solta balão aceso. 
- Caput revogado pelo art. 15 da Lei n. 10.826 / 2003 
(Estatuto do Desarmamento). 
- Parágrafo único revogado pelo art. 42 da Lei n. 9.605 / 1998 
(Lei de Crimes Ambientais). 
 
 Art. 29. Provocar o desabamento de construção ou, por 
erro no projeto ou na execução, dar-lhe causa: 
 Pena – multa, de um a dez contos de réis, se o fato não 
constitui crime contra a incolumidade pública. 
Somente caracteriza contravenção penal se não constituir crime mais 
grave. Código Penal, art. 256: “Causar desabamento ou desmoronamento, 
expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem. 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa”. 
 
 Art. 30. Omitir alguém a providência reclamada pelo 
Estado ruinoso de construção que lhe pertence ou cuja 
conservação lhe incumbe: 
 Pena – multa, de um a cinco contos de réis. 
 
 Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa 
inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal 
perigoso: 
 Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou 
multa, de cem mil réis a um conto de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
 a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou 
corrida, ou o confia àpessoa inexperiente; 
 b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança 
alheia; 
 c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a 
segurança alheia. 
 
 Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via 
pública, ou embarcação a motor em águas públicas: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
STF: Súmula 720 - O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que 
reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da lei das 
contravenções penais no tocante à direção sem habilitação em vias 
terrestres. 
---------------------------------------------------------------------------------------------------- 
A contravenção penal, contudo, ainda subsiste em relação à direção sem 
habilitação de embarcação a motor em águas públicas. 
 
 Art. 33. Dirigir aeronave sem estar devidamente 
licenciado: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, e 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
 Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações 
em águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou 
multa, de trezentos mil réis a dois contos de réis. 
Atualmente estão previstos na Lei 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro) 
os tipos penais referentes à direção de veículos na via pública. Porém, a 
contravenção penal ainda subsiste em relação às embarcações em águas 
públicas. 
 
 Art. 35. Entregar-se na prática da aviação, a 
acrobacias ou a voos baixos, fora da zona em que a lei o 
permite, ou fazer descer a aeronave fora dos lugares 
destinados a esse fim: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou 
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
 
 Art. 36. Deixar de colocar na via pública, sinal ou 
obstáculo, determinado em lei ou pela autoridade e 
destinado a evitar perigo a transeuntes: 
 Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
 a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de 
outra natureza ou obstáculo destinado a evitar perigo a 
transeuntes; 
 b) remove qualquer outro sinal de serviço público. 
 
 Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou em 
lugar de uso comum, ou do uso alheio, coisa que possa 
ofender, sujar ou molestar alguém: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, 
sem as devidas cautelas, coloca ou deixa suspensa coisa 
que, caindo em via pública ou em lugar de uso comum ou de 
uso alheio, possa ofender, sujar ou molestar alguém. 
 
 Art. 38. Provocar, abusivamente, emissão de fumaça, 
vapor ou gás, que possa ofender ou molestar alguém: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
CAPÍTULO IV 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA 
 Art. 39. Participar de associação de mais de 5 (cinco) 
pessoas, que se reúnam periodicamente, sob compromisso 
de ocultar à autoridade a existência, objetivo, organização ou 
administração da associação: 
 Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, 
de trezentos mil réis a três contos de réis. 
 § 1º Na mesma pena incorre o proprietário ou ocupante 
de prédio que o cede, no todo ou em parte, para reunião de 
associação que saiba ser de caráter secreto. 
 § 2º O juiz pode, tendo em vista as circunstâncias, 
deixar de aplicar a pena, quando lícito o objeto da 
associação. 
 
 Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo 
inconveniente ou desrespeitoso, em solenidade ou ato oficial, 
em assembleia ou espetáculo público, se o fato não constitui 
infração penal mais grave; 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
 Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo 
inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico 
ou tumulto: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
 Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego 
alheios: 
 I – com gritaria ou algazarra; 
 II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em 
desacordo com as prescrições legais; 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm
 
 
 
20 
ID: 
 III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais 
acústicos; 
 IV – provocando ou não procurando impedir barulho 
produzido por animal de que tem a guarda: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
CAPÍTULO V 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA 
 Art. 43. Recusar-se a receber, pelo seu valor, moeda 
de curso legal no país: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
 Art. 44. Usar, como propaganda, de impresso ou objeto 
que pessoa inexperiente ou rústica possa confundir com 
moeda: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
 Art. 45. Fingir-se funcionário público: 
 Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de 
quinhentos mil réis a três contos de réis. 
 
 Art. 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo 
de função pública que não exerce; usar, indevidamente, de 
sinal, distintivo ou denominação cujo emprego seja regulado 
por lei. 
 Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o fato 
não constitui infração penal mais grave. 
 
CAPÍTULO VI 
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO 
DO TRABALHO 
 Art. 47. Exercer profissão ou atividade econômica ou 
anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que 
por lei está subordinado o seu exercício: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou 
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
 
 Art. 48. Exercer, sem observância das prescrições 
legais, comércio de antiguidades, de obras de arte, ou de 
manuscritos e livros antigos ou raros: 
 Pena – prisão simples de um a seis meses, ou multa, de 
um a dez contos de réis. 
 
 Art. 49. Infringir determinação legal relativa à matrícula 
ou à escrituração de indústria, de comércio, ou de outra 
atividade: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a cinco contos de 
réis. 
 
CAPÍTULO VII 
DAS CONTRAVENÇÕES RELATIVAS À POLÍCIA DE 
COSTUMES 
 Art. 50. Estabelecer ou explorar jogo de azar em lugar 
público ou acessível ao público, mediante o pagamento de 
entrada ou sem ele: 
 Pena – prisão simples, de três meses a um ano, e multa, 
de dois a quinze contos de réis, estendendo-se os efeitos da 
condenação à perda dos moveis e objetos de decoração do 
local. 
 § 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se existe 
entre os empregados ou participa do jogo pessoa menor de 
18 (dezoito) anos. 
§ 2o Incorre na pena de multa, de R$ 2.000,00 (dois 
mil reais) a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), quem é 
encontrado a participar do jogo, ainda que pela internet ou 
por qualquer outro meio de comunicação, como ponteiro ou 
apostador. 
 § 3º Consideram-se, jogos de azar: 
 a) o jogo em que o ganho e a perda dependem 
exclusiva ou principalmente da sorte; 
 b) as apostas sobre corrida de cavalos fora de 
hipódromo ou de local onde sejam autorizadas; 
 c) as apostas sobre qualquer outra competição 
esportiva. 
 § 4º Equiparam-se, para os efeitos penais, a lugar 
acessível ao público: 
 a) a casa particular em que se realizam jogos de azar, 
quando deles habitualmente participam pessoas que não 
sejam da família de quem a ocupa; 
 b) o hotel ou casa de habitação coletiva, a cujos 
hóspedese moradores se proporciona jogo de azar; 
 c) a sede ou dependência de sociedade ou associação, 
em que se realiza jogo de azar; 
 d) o estabelecimento destinado à exploração de jogo de 
azar, ainda que se dissimule esse destino. 
 
 Art. 51. Promover ou fazer extrair loteria, sem 
autorização legal: 
 Pena – prisão simples, de seis meses a dois anos, e 
multa, de cinco a dez contos de réis, estendendo-se os 
efeitos da condenação à perda dos moveis existentes no 
local. 
 § 1º Incorre na mesma pena quem guarda, vende ou 
expõe à venda, tem sob sua guarda para o fim de venda, 
introduz ou tenta introduzir na circulação bilhete de loteria 
não autorizada. 
 § 2º Considera-se loteria toda operação que, mediante a 
distribuição de bilhete, listas, cupões, vales, sinais, símbolos 
ou meios análogos, faz depender de sorteio a obtenção de 
prêmio em dinheiro ou bens de outra natureza. 
 § 3º Não se compreendem na definição do parágrafo 
anterior os sorteios autorizados na legislação especial. 
- Dispositivo revogado pelo art. 45 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 52. Introduzir, no país, para o fim de comércio, 
bilhete de loteria, rifa ou tômbola estrangeiras: 
 Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e 
multa, de um a cinco contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, 
expõe à venda, tem sob sua guarda. para o fim de venda, 
introduz ou tenta introduzir na circulação, bilhete de loteria 
estrangeira. 
- Dispositivo revogado pelo art. 46 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 53. Introduzir, para o fim de comércio, bilhete de 
loteria estadual em território onde não possa legalmente 
circular: 
 Pena – prisão simples, de dois a seis meses, e multa, de 
um a três contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende, 
expõe à venda, tem sob sua guarda, para o fim de venda, 
introduz ou tonta introduzir na circulação, bilhete de loteria 
estadual, em território onde não possa legalmente circular. 
- Dispositivo revogado pelos arts. 46, 48 e 50 do Decreto-Lei n. 
6.259/44 
 
 Art. 54. Exibir ou ter sob sua guarda lista de sorteio de 
loteria estrangeira: 
 Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de 
duzentos mil réis a um conto de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem exibe ou 
tem sob sua guarda lista de sorteio de loteria estadual, em 
território onde esta não possa legalmente circular. 
- Dispositivo revogado pelo art. 49 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 55. Imprimir ou executar qualquer serviço de feitura 
de bilhetes, lista de sorteio, avisos ou cartazes relativos a 
loteria, em lugar onde ela não possa legalmente circular: 
 Pena – prisão simples, de um a seis meses, e multa, de 
duzentos mil réis a dois contos de réis. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13155.htm#art37
 
 
 
21 
ID: 
- Dispositivo revogado pelo art. 51 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 56. Distribuir ou transportar cartazes, listas de 
sorteio ou avisos de loteria, onde ela não possa legalmente 
circular: 
 Pena – prisão simples, de um a três meses, e multa, de 
cem a quinhentos mil réis. 
- Dispositivo revogado pelo art. 52 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
 
 Art. 57. Divulgar, por meio de jornal ou outro impresso, 
de rádio, cinema, ou qualquer outra forma, ainda que 
disfarçadamente, anúncio, aviso ou resultado de extração de 
loteria, onde a circulação dos seus bilhetes não seria legal: 
 Pena – multa, de um a dez contos de réis. 
- Dispositivo revogado pelos art. 55 e art. 56 do Decreto-Lei n. 
6.259/44 
 
 Art. 58. Explorar ou realizar a loteria denominada jogo 
do bicho, ou praticar qualquer ato relativo à sua realização 
ou exploração: 
 Pena – prisão simples, de quatro meses a um ano, e 
multa, de dois a vinte contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na pena de multa, de duzentos 
mil réis a dois contos de réis, aquele que participa da loteria, 
visando a obtenção de prêmio, para si ou para terceiro. 
- Dispositivo revogado pelo art. 58 do Decreto-Lei n. 6.259/44 
STJ: Súmula 51 - A punição do intermediador, no jogo do bicho, 
independe da identificação do “apostador” ou do “banqueiro”. 
 
 Art. 59. Entregar-se alguém habitualmente à 
ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que 
lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à 
própria subsistência mediante ocupação ilícita: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses. 
 Parágrafo único. A aquisição superveniente de renda, 
que assegure ao condenado meios bastantes de 
subsistência, extingue a pena. 
 
 Art. 60 (Revogado) 
 Art. 61. (Revogado) 
 
 Art. 62. Apresentar-se publicamente em estado de 
embriaguez, de modo que cause escândalo ou ponha em 
perigo a segurança própria ou alheia: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 Parágrafo único. Se habitual a embriaguez, o 
contraventor é internado em casa de custódia e tratamento. 
 
 Art. 63. Servir bebidas alcoólicas: 
 I - (Revogado) 
 II – a quem se acha em estado de embriaguez; 
 III – a pessoa que o agente sabe sofrer das faculdades 
mentais; 
 IV – a pessoa que o agente sabe estar judicialmente 
proibida de frequentar lugares onde se consome bebida de 
tal natureza: 
 Pena – prisão simples, de dois meses a um ano, ou 
multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis. 
 
 Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a 
trabalho excessivo: 
 Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, 
de cem a quinhentos mil réis. 
 § 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para 
fins didáticos ou científicos, realiza em lugar público ou 
exposto ao publico, experiência dolorosa ou cruel em animal 
vivo. 
 § 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o 
animal é submetido a trabalho excessivo ou tratado com 
crueldade, em exibição ou espetáculo público. 
- Dispositivo revogado pelo art. 32 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes 
Ambientais), o qual prevê o crime de maus tratos. 
 
 Art. 65. Molestar alguém ou perturbar-lhe a 
tranquilidade, por acinte ou por motivo reprovável: 
 Pena – prisão simples, de quinze dias a dois meses, ou 
multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 
CAPÍTULO VIII 
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 Art. 66. Deixar de comunicar à autoridade competente: 
 I – crime de ação pública, de que teve conhecimento no 
exercício de função pública, desde que a ação penal não 
dependa de representação; 
 II – crime de ação pública, de que teve conhecimento 
no exercício da medicina ou de outra profissão sanitária, 
desde que a ação penal não dependa de representação e a 
comunicação não exponha o cliente a procedimento criminal: 
 Pena – multa, de trezentos mil réis a três contos de réis. 
Crime próprio. Somente pode ser cometido por funcionário público ou 
profissional da área da saúde. 
 
 Art. 67. Inumar ou exumar cadáver, com infração das 
disposições legais: 
 Pena – prisão simples, de um mês a um ano, ou multa, 
de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
Inumar: sepultar, enterrar. 
 
 Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, 
justificadamente solicitados ou exigidos, dados ou indicações 
concernentes à própria identidade, estado, profissão, 
domicílio e residência: 
 Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis. 
 Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de 
um a seis meses, e multa, de duzentos mil réis a dois contos 
de réis, se o fato não constitui infração penal mais grave, 
quem,nas mesmas circunstâncias, faz declarações 
inverídicas a respeito de sua identidade pessoal, estado, 
profissão, domicílio e residência. 
 
 Art. 69. (Revogado) 
 
 Art. 70. Praticar qualquer ato que importe violação do 
monopólio postal da União: 
 Pena – prisão simples, de três meses a um ano, ou 
multa, de três a dez contos de réis, ou ambas 
cumulativamente. 
- O privilégio postal da União atualmente é regulado pela Lei n. 
6.538/78, que dispõe sobre os Serviços Postais. O art. 42 da referida 
lei revogou essa contravenção penal, passando a tipificar a violação 
do privilégio postal da União como crime. 
O monopólio é exercido atualmente pelos Correios - Empresa Brasileira 
de Correios e Telégrafos. 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
22 
ID: 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
Proclamada pela Resolução nº 217-A da Assembleia Geral 
das Nações Unidas, de 10 de dezembro de 1948. 
 
Preâmbulo 
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente 
a todos os membros da família humana e de seus direitos 
iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da 
justiça e da paz no mundo, 
 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos 
humanos resultam em atos bárbaros que ultrajam a 
consciência da humanidade e que o advento de um mundo 
em que os homens gozem de liberdade de palavra, de 
crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da 
necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do 
homem comum, 
 
Considerando essencial que os direitos humanos sejam 
protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não 
seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a 
tirania e a opressão, 
 
Considerando essencial promover o desenvolvimento de 
relações amistosas entre as nações, 
 
Considerando que os povos das Nações Unidas 
reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos 
fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana 
e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e 
que decidiram promover o progresso social e melhores 
condições de vida em uma liberdade mais ampla, 
 
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram 
a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o 
respeito universal aos direitos humanos e liberdades 
fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, 
 
Considerando que uma compreensão comum desses 
direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno 
cumprimento desse compromisso, 
 
A Assembleia Geral proclama: 
 
A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos 
como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e 
todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e 
cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta 
Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, 
por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela 
adoção de medidas progressivas de caráter nacional e 
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua 
observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos 
próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos 
territórios sob sua jurisdição. 
 
 Art. 1º Todas as pessoas nascem livres e iguais 
em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência 
e devem agir em relação umas às outras com espírito de 
fraternidade. 
 
 Art. 2º Toda pessoa tem capacidade para gozar os 
direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, 
sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, 
língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem 
nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra 
condição. 
Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na 
condição política, jurídica ou internacional do país ou território 
a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território 
independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a 
qualquer outra limitação de soberania. 
 
 Art. 3º Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade 
e à segurança pessoal. 
CF/88. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa 
do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
CF/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos 
desta Constituição; 
 
 Art. 4º Ninguém será mantido em escravidão ou 
servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão 
proibidos em todas as suas formas. 
 
 Art. 5º Ninguém será submetido à tortura, nem a 
tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. 
CF/88. Art. 5º: III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante; 
 
 Art. 6º Toda pessoa tem o direito de ser, em todos 
os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei. 
 
 Art. 7º Todos são iguais perante a lei e têm direito, 
sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm 
direito a igual proteção contra qualquer discriminação que 
viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a 
tal discriminação. 
Resolução nº 217-A / 1948 
Declaração Universal dos Direitos 
Humanos 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
23 
ID: 
 
 Art. 8º Toda pessoa tem direito a receber dos 
tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os 
atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam 
reconhecidos pela constituição ou pela lei. 
São exemplos de remédios, previsto na Constituição Federal de 1988, 
para atos que violem direitos fundamentais: habeas corpus, habeas data, 
mandado de segurança e ação popular. 
 
 Art. 9º Ninguém será arbitrariamente preso, 
detido ou exilado. 
CF/88. Art. 5º: XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, 
XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à 
pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de 
advogado; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade 
judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir 
a liberdade provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do 
depositário infiel; 
LXXV - o Estado indenizaráo condenado por erro judiciário, assim como o 
que ficar preso além do tempo fixado na sentença; 
 
 Art. 10 Toda pessoa tem direito, em plena 
igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um 
tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus 
direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação 
criminal contra ele. 
CF/88. Art. 5º: XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente; 
 
 Art. 11 - §1. Toda pessoa acusada de um ato 
delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a 
sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em 
julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas 
todas as garantias necessárias à sua defesa. 
 §2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer 
ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito 
perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será 
imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da 
prática, era aplicável ao ato delituoso. 
CF/88. Art. 5º: XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória; 
 
 Art. 12 Ninguém será sujeito a interferências na sua 
vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua 
correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. 
Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais 
interferências ou ataques. 
CF/88. Art. 5º: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano 
material ou moral decorrente de sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último 
caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer 
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; 
 
 Art. 13 - §1. Toda pessoa tem direito à liberdade 
de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada 
Estado. 
 §2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer 
país, inclusive o próprio, e a este regressar. 
CF/88. Art. 5º: XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo 
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, 
permanecer ou dele sair com seus bens; 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou e 
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 
 Art. 14 - §1. Toda pessoa, vítima de perseguição, 
tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. 
 §2. Este direito não pode ser invocado em caso 
de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito 
comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das 
Nações Unidas. 
CF/88. Art. 4º: X - Concessão de asilo político. 
 
 Art. 15 - §1. Toda pessoa tem direito a uma 
nacionalidade. 
 §2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. 
 
 Art. 16 - Os homens e mulheres de maior idade, 
sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, 
têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. 
Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua 
duração e sua dissolução. 
 §1. O casamento não será válido senão como o 
livre e pleno consentimento dos nubentes. 
 §2. A família é o núcleo natural e fundamental da 
sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado. 
CF/88. Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do 
Estado. 
 
 Art. 17 - §1. Toda pessoa tem direito à 
propriedade, só ou em sociedade com outros. 
 §2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua 
propriedade. 
CF/88. Art. 5º: XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e 
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá 
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização 
ulterior, se houver dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de 
débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os 
meios de financiar o seu desenvolvimento; 
 
 Art. 18 Toda pessoa tem direito à liberdade de 
pensamento, consciência e religião; este direito inclui a 
liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de 
manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, 
pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em 
público ou em particular. 
CF/88. Art. 5º: IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 
anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado 
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar- se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
 
 Art. 19 Toda pessoa tem direito à liberdade de 
opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
24 
ID: 
interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir 
informações e ideias por quaisquer meios e 
independentemente de fronteiras. 
CF/88. Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e 
a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão 
qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 
§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à 
plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de 
comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e 
artística. 
 
 Art. 20 - §1. Toda pessoa tem direito à liberdade de 
reunião e associação pacíficas. 
§2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de 
uma associação. 
CF/88. Art. 5º: XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, 
vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização sendo vedada a interferência estatal em seu 
funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter 
suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro 
caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer 
associado; 
 
Art. 21 - §1. Toda pessoa tem o direito de tomar 
parte no governo de seu país, diretamente ou por 
intermédio de representantes livremente escolhidos. 
 §2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao 
serviço público do seu país. 
 §3. A vontade do povo será a base da autoridade 
do governo; esta vontade será expressa em eleições 
periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto 
secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade 
de voto. 
CF/88. Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e 
pelo voto diretoe secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, 
mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
 Art. 22 - Toda pessoa, como membro da sociedade, 
tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço 
nacional, pela cooperação internacional de acordo com a 
organização e recursos de cada Estado, dos direitos 
econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua 
dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. 
 
 Art. 23 - §1. Toda pessoa tem direito ao 
trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e 
favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 
 §2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem 
direito a igual remuneração por igual trabalho. 
 §3. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma 
remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim 
como à sua família, uma existência compatível com a 
dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, 
outros meios de proteção social. 
 §4. Toda pessoa tem direito a organizar 
sindicatos e a neles ingressar para a proteção de seus 
interesses. 
CF/88. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social: 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de 
atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com 
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer 
fim; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a 
mais do que o salário normal; 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de 
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
CF/88. Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o 
seguinte: 
 
 Art. 24 - Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, 
inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias 
periódicas remuneradas. 
 
 Art. 25 - §1. Toda pessoa tem direito a um padrão 
de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e 
bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, 
cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, 
e direito à segurança em caso de desemprego, doença, 
invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios 
de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. 
§2. A maternidade e a infância têm direito a 
cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, 
nascidas dentro ou fora de matrimônio, gozarão da mesma 
proteção social. 
CF/88. Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o 
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência 
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. 
 
 Art. 26 - §1. Toda pessoa tem direito à instrução. 
A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares 
e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A 
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem 
como a instrução superior, esta baseada no mérito. 
 §2. A instrução será orientada no sentido do 
pleno desenvolvimento da personalidade humana e do 
fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas 
liberdades fundamentais. A instrução promoverá a 
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as 
nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as 
atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da 
paz. 
 §3. Os pais têm prioridade de direito na escolha 
do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. 
CF/88. Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
 Art. 27 - §1. Toda pessoa tem o direito de 
participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir 
as artes e de participar do processo científico e de seus 
benefícios. 
 §2. Toda pessoa tem direito à proteção dos 
interesses morais e materiais decorrentes de qualquer 
produção científica, literária ou artística da qual seja autor. 
CF/88. Art. 5º: XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos 
herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
 
 Art. 28 Toda pessoa tem direito a uma ordem 
social e internacional em que os direitos e liberdades 
estabelecidos na presente Declaração possam ser 
plenamente realizados. 
 
 Art. 29 - §1. Toda pessoa tem deveres para com 
a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de 
sua personalidade é possível. 
§2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa 
estará sujeita apenas às limitações determinadas por lei, 
exclusivamente com o fim de assegurar o devido 
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de 
outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da 
ordem pública e do bem-estar de uma sociedade 
democrática. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
25 
ID: 
§3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese 
alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e 
princípios das Nações Unidas. 
 
 Art. 30 Nenhuma disposição da presente 
Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a 
qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer 
qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à 
destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui 
estabelecidos. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
26 
ID: 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a 
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e 
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, 
dentre outros direitos; (Eficácia limitada) 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego 
involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; (FGTS) 
O empregador recolherá mensalmente a alíquota de 8% sobre a 
remuneração do trabalhador. Não se aplica a servidor público estatutário. 
IV - salário mínimo,fixado em lei, nacionalmente 
unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, 
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação 
para qualquer fim; (Reserva legal) 
STF: Súmula vinculante 6 - Não viola a Constituição o estabelecimento 
de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de 
serviço militar inicial. 
V - piso salarial proporcional à extensão e à 
complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, 
para os que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na 
remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
(Gratificação natalina) 
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno; 
STF: Súmula 213 - É devido o adicional de serviço noturno, ainda que 
sujeito o empregado ao regime de revezamento. 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo 
crime sua retenção dolosa; (Natureza alimentar) 
XI – participação nos lucros, ou resultados, 
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
(Eficácia limitada) 
XII - salário-família pago em razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Benefício 
previdenciário) 
XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 
(oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução da 
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XIV - jornada de 6 (seis) horas para o trabalho 
realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, 
preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário 
superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do 
normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, 1/3 (um terço) a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e 
do salário, com a duração de 120 (cento e vinte) dias; 
STF: Os prazos da licença-gestante não poderão ser superiores aos 
prazos da licença-adotante. 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT: Art. 10, § 1º - até 
que lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX da Constituição, o 
prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de 5 (cinco) dias. 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, 
mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, 
sendo no mínimo de 30 (trinta) dias, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por 
meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades 
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; (Benefício previdenciário) 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes 
desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches 
e pré-escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos 
coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da 
lei; (Eficácia limitada) 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a 
cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este 
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das 
relações de trabalho, com prazo prescricional de 5 (cinco) 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de 2 
(dois) anos após a extinção do contrato de trabalho; 
a) (Revogada). 
b) (Revogada). 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício 
de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no 
tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador 
portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, 
técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de 18 (dezoito) e de qualquer trabalho 
a menores de 16 (dezesseis) anos, salvo na condição de 
aprendiz, a partir de 14 (quatorze) anos; 
Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
27 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com 
vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos 
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos 
IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, 
XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições 
estabelecidas em lei e observada a simplificação do 
cumprimento das obrigações tributárias, principais e 
acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas 
peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e 
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. 
 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, 
observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para 
a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a 
intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização 
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria 
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que 
será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de um 
Município; (Princípio da unicidade sindical) 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e 
interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas; 
STF: O sindicato atua como substituto processual, não havendo 
necessidade de prévia autorização dos trabalhadores. 
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em 
se tratando de categoria profissional, será descontada em 
folha, para custeio do sistema confederativo da 
representação sindical respectiva, independentemente da 
contribuição prevista em lei; (Contribuição confederativa) 
Contribuição Confederativa Contribuição Sindical 
- Art. 8º, IV, CF/88 
- Fixada em assembleia geral 
- Não tem natureza tributária 
- Facultativa 
 
- Art. 149, CF/88 
- Fixada em lei 
- Tem Natureza tributária 
- A Reforma Trabalhista de 2017 tornou 
o recolhimento obrigatório apenas 
quando autorizado pelo empregado. 
STF: Súmula Vinculante 40 - A contribuição confederativa de que trata o 
art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato 
respectivo 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se 
filiado a sindicato; (Princípio da liberdade sindical) 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser 
votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado 
sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de 
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que 
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se 
cometer falta grave nos termos da lei. (Estabilidade sindical) 
STF: A garantia constitucional assegurada ao empregado enquanto no 
cumprimento de mandato sindical não se destina a ele propriamente dito, 
ex intuitu personae, mas sim à representação sindical de que se investe, 
que deixa de existir, entretanto, se extinta a empresa empregadora. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-
se à organização de sindicatos rurais e de colônias de 
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo 
aos trabalhadores decidirsobre a oportunidade de exercê-lo 
e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
STF: Não constitui falta grave a entrada do empregado em greve, desde 
que não se trate de movimento condenado pela Justiça do Trabalho e 
desde que o comportamento seja pacífico no pertinente. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais 
e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis 
da comunidade. 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis 
às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos 
trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos 
públicos em que seus interesses profissionais ou 
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. 
 Art. 11. Nas empresas de mais de 200 (duzentos) 
empregados, é assegurada a eleição de um representante 
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o 
entendimento direto com os empregadores. 
 
CAPÍTULO III 
DA NACIONALIDADE 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
NACIONALIDADE ORIGINÁRIA 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, 
ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam 
a serviço de seu país; (Jus solis) 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da 
República Federativa do Brasil; (Jus sanguinis) 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de 
mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição 
brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de 
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Jus 
sanguinis / Potestativa) 
II - naturalizados: 
NACIONALIDADE DERIVADA 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade 
brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por 1 (um) ano ininterrupto 
e idoneidade moral; (Naturalização ordinária) 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, 
residentes na República Federativa do Brasil há mais de 15 
(quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal, desde 
que requeiram a nacionalidade brasileira; (Naturalização 
extraordinária) 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente 
no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, 
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os 
casos previstos nesta Constituição. 
Não há atribuição de nacionalidade aos portugueses, mas a concessão de 
direitos inerentes aos nacionais do Brasil. Os portugueses permanecem 
com sua nacionalidade. 
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre 
brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos 
previstos nesta Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: (Rol 
taxativo) 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do 
brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença 
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
28 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela 
lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma 
estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, 
como condição para permanência em seu território ou para o 
exercício de direitos civis; 
 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da 
República Federativa do Brasil. 
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a 
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. 
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão ter símbolos próprios. 
 
CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo 
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual 
para todos, e, nos termos da lei, mediante: (Democracia 
semidireta ou participativa) 
I - plebiscito; 
Consulta a população previamente à edição do ato legislativo ou 
administrativo; 
II - referendo; 
Consulta a população posteriormente à edição do ato legislativo ou 
administrativo, para que o povo ratifique ou rejeite o ato. 
III - iniciativa popular. 
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: (Capacidade 
eleitoral ativa) 
I - obrigatórios para os maiores de 18 (dezoito) anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de 70 (setenta) anos; 
c) os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 
(dezoito) anos. 
TSE: Poderão votar aqueles que, na data da eleição, tiverem completado a 
idade mínima de 16 anos. 
TSE: Resolução 21.920/2004 – Não estará sujeita a sanção a pessoa 
portadora de deficiência que torne impossível ou demasiadamente 
oneroso o cumprimento das obrigações eleitorais, relativas ao alistamento 
e ao exercício do voto. 
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os 
estrangeiros e, durante o período do serviço militar 
obrigatório, os conscritos. 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
(Capacidade eleitoral passiva) 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
a) 35 (trinta e cinco) anos para Presidente e Vice-
Presidente da República e Senador; 
b) 30 (trinta) anos para Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) 21 (vinte e um) anos para Deputado Federal, 
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz 
de paz; 
d) 18 (dezoito) anos para Vereador. 
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver 
sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser 
reeleitos para um único período subsequente. 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o 
Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos 
respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito. 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do 
titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, 
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, 
de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 
(seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de 
mandato eletivo e candidato à reeleição. (Inelegibilidade reflexa) 
STF: Súmula vinculante 18 - A dissolução da sociedade ou do vínculo 
conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 
7º do artigo 14 da Constituição Federal 
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as 
seguintes condições: 
I - se contar menos de 10 (dez) anos de serviço, 
deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de 10 (dez) anos de serviço, será 
agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará 
automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de 
proteger a probidade administrativa, a moralidade para 
exercício de mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra 
a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de 
função, cargo ou emprego na administração direta ou 
indireta. 
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante 
a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da 
diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder 
econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em 
segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, setemerária ou de manifesta má-fé. 
 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, 
cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença 
transitada em julgado; (Perda) 
II - incapacidade civil absoluta; (Suspensão) 
III - condenação criminal transitada em julgado, 
enquanto durarem seus efeitos; (Suspensão) 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou 
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; (Perda) 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 
§ 4º. (Suspensão) 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará 
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à 
eleição que ocorra até um ano da data de sua 
vigência. (Princípio da anterioridade eleitoral) 
 
 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
29 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
PARTE ESPECIAL 
TÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A VIDA 
 Homicídio simples 
 Art. 121. Matar alguém: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 Caso de diminuição de pena 
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de 
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de 
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da 
vítima, o juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3 (um sexto a um 
terço).(Homicídio Privilegiado) 
Não confunda Domínio de violenta emoção (Causa de diminuição da 
pena) com Influência de violenta emoção (Atenuante prevista no art. 65, 
III, c, do CP). 
 Homicídio qualificado 
 § 2° Se o homicídio é cometido: 
 I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por 
outro motivo torpe; (Homicídio mercenário) 
 II - por motivo fútil; 
 III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, 
tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa 
resultar perigo comum; 
 IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação 
ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido; 
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a 
impunidade ou vantagem de outro crime: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Feminicídio 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo 
feminino: 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema 
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no 
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro 
grau, em razão dessa condição: (Homicídio funcional) 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
VIII - (VETADO): (2019) 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de 
sexo feminino quando o crime envolve: 
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à condição de 
mulher. 
 Homicídio culposo 
 § 3º Se o homicídio é culposo: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 Aumento de pena 
 § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 
(um terço), se o crime resulta de inobservância de regra 
técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de 
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as 
consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em 
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada 
de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor 
de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá 
deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração 
atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção 
penal se torne desnecessária. (Perdão Judicial) 
STJ: Súmula 18 - A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória 
da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. 
 § 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a 
metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o 
pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo 
de extermínio. 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um 
terço) até a metade se o crime for praticado: 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses 
posteriores ao parto; 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior 
de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de 
doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou 
de vulnerabilidade física ou mental; (2018) 
III - na presença física ou virtual de descendente ou 
de ascendente da vítima; (2018) 
IV - em descumprimento das medidas protetivas de 
urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da 
Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (2018) 
 
 Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a 
automutilação (2019) 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou 
a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para 
que o faça: (2019) 
Induzir é inspirar a vontade, fazer surgir a ideia; Instigar é reforçar uma 
vontade preconcebida; Auxiliar materialmente é ajudar a vítima a praticar 
o ato, a exemplo de entregar uma arma sabendo da finalidade a ser 
empregada. 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio 
resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, 
nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (2019) 
 
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 
Código Penal 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
30 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da 
automutilação resulta morte: (2019) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
§ 3º A pena é duplicada: (2019) 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe 
ou fútil; 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por 
qualquer causa, a capacidade de resistência. 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é 
realizada por meio da rede de computadores, de rede 
social ou transmitida em tempo real. (2019) 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é 
líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. (2019) 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta 
em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido 
contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por 
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer 
outra causa, não pode oferecer resistência, responde o 
agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. 
(2019) 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é 
cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra 
quem não tem o necessário discernimento para a prática 
do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos 
termos do art. 121 deste Código. (2019) 
 
 Infanticídio 
 Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, 
o próprio filho, durante o parto ou logo após: 
 Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Estado puerperalsão sintomas fisiológicos que, iniciados com o parto, 
acometem a mulher, podendo levá-la, dependendo do grau de perturbação 
emocional, a matar o próprio filho. 
Alex Salim, Marcelo André de Azevedo, Direito Penal 
 
 Aborto provocado pela gestante ou com seu 
consentimento 
 Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir 
que outrem lhe provoque: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
Aborto de feto anencéfalo: O STF, ao jugar a ADPF 54, considerou que 
a antecipação terapêutica de parto nos casos de feto anencéfalo não 
tipifica crime de aborto. 
 
 Aborto provocado por terceiro 
 Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da 
gestante: 
 Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 
 Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da 
gestante: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se 
a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada 
ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante 
fraude, grave ameaça ou violência 
 
 Forma qualificada 
 Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos 
anteriores são aumentadas de 1/3 (um terço), se, em 
consequência do aborto ou dos meios empregados para 
provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza 
grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, 
lhe sobrevém a morte. 
 
 Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: 
 Aborto necessário (Aborto Terapêutico) 
 I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
(Aborto sentimental, humanitário) 
 II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é 
precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, 
de seu representante legal. 
 
CAPÍTULO II 
DAS LESÕES CORPORAIS 
 Lesão corporal (LEVE) 
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de 
outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Lesão corporal de natureza grave 
 § 1º Se resulta: (GRAVE) 
 I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais 
de 30 (trinta) dias; 
 II - perigo de vida; 
 III - debilidade permanente de membro, sentido ou 
função; 
 IV - aceleração de parto: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2° Se resulta: (GRAVÍSSIMA) 
 I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
 II - enfermidade incurável; 
 III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
 IV - deformidade permanente; 
 V – aborto; 
O aborto do inciso V, para incidir como qualificadora, deverá ocorrer a 
título de culpa, configurando crime preterdoloso. 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 Lesão corporal seguida de morte 
 § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam 
que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de 
produzi-lo: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. (Crime 
preterdoloso) 
 Diminuição de pena 
 § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de 
relevante valor social ou moral ou sob o domínio de 
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da 
vítima, o juiz pode reduzir a pena de 1/6 a 1/3 (um sexto a um 
terço). 
 Substituição da pena 
 § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda 
substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos 
mil réis a dois contos de réis: 
 I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo 
anterior; 
 II - se as lesões são recíprocas. 
 Lesão corporal culposa 
 § 6° Se a lesão é culposa: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 Aumento de pena 
 § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer 
qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste 
Código. 
 § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do 
art. 121 
 Violência Doméstica 
 § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, 
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem 
conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o 
agente das relações domésticas, de coabitação ou de 
hospitalidade: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
Qualificadora referente a lesões corporais leves advindas de violência 
doméstica. 
---------------------------------------------------------------------------------------------------- 
STJ: Súmula 542 - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal 
resultante de violência doméstica contra a mulher é pública 
incondicionada. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=%28sumula%20adj1%20%27542%27%29.sub.#TIT1TEMA0
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=%28sumula%20adj1%20%27542%27%29.sub.#TIT1TEMA0
http://www.stj.jus.br/SCON/sumanot/toc.jsp?livre=%28sumula%20adj1%20%27542%27%29.sub.#TIT1TEMA0
 
 
 
31 
 § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se 
as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, 
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). 
 § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será 
aumentada de 1/3 (um terço) se o crime for cometido contra 
pessoa portadora de deficiência. 
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou 
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional 
de Segurança Pública, no exercício da função ou em 
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição, a pena é aumentada de 1/3 a 2/3 (um a dois 
terços). 
 
CAPÍTULO III 
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
 Perigo de contágio venéreo 
 Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais 
ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, 
de que sabe ou deve saber que está contaminado: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 § 2º - Somente se procede mediante representação. 
 
 Perigo de contágio de moléstia grave 
 Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem 
moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de 
produzir o contágio: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
 Perigo para a vida ou saúde de outrem 
 Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo 
direto e iminente: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
 Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/6 a 1/3 (um 
sexto a um terço) se a exposição da vida ou da saúde de 
outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a 
prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer 
natureza, em desacordo com as normas legais. 
 
 Abandono de incapaz 
 Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, 
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, 
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
(Crime próprio) 
 Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
 § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de 
natureza grave: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 Aumento de pena 
 § 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se 
de 1/3 (um terço): 
 I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
 II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, 
irmão, tutor ou curador da vítima. 
 III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos 
 
 Exposição ou abandono de recém-nascido 
 Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para 
ocultar desonra própria: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos.§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza 
grave: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
 Omissão de socorro 
 Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível 
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou 
em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o 
socorro da autoridade pública: (Crime omissivo próprio) 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se 
da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e 
triplicada, se resulta a morte. 
 
 Condicionamento de atendimento médico-hospitalar 
emergencial 
 Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou 
qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de 
formulários administrativos, como condição para o 
atendimento médico-hospitalar emergencial: 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e 
multa. 
 Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da 
negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza 
grave, e até o triplo se resulta a morte. 
 
 Maus-tratos 
 Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa 
sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de 
educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a 
de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-
a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de 
meios de correção ou disciplina: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza 
grave: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 § 3º - Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço), se o crime é 
praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. 
 
CAPÍTULO IV 
DA RIXA 
 Rixa 
 Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os 
contendores: 
 Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 
A rixa consiste em briga, com agressões físicas recíprocas, entre três ou 
mais pessoas. 
 Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal 
de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na 
rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
 Calúnia 
 Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente 
fato definido como crime: 
Resguarda a honra objetiva, a reputação que a pessoa possui perante a 
sociedade. Caso a imputação seja de fato definido como contravenção 
penal, haverá crime de difamação, e não de calúnia. 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a 
imputação, a propala ou divulga. 
 § 2º - É punível a calúnia contra os mortos. 
 Exceção da verdade (Exception veritatis) 
 § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: 
 I - se, constituindo o fato imputado crime de ação 
privada, o ofendido não foi condenado por sentença 
irrecorrível; 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
32 
 II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas 
indicadas no nº I do art. 141; (Presidente da República ou chefe 
de governo estrangeiro) 
 III - se do crime imputado, embora de ação pública, o 
ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. 
 
 Difamação 
 Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo 
à sua reputação: 
Resguarda também a honra objetiva, e não se exige que o fato ofensivo 
seja inverídico para tipificação dessa conduta. 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
 Exceção da verdade 
 Parágrafo único - A exceção da verdade somente se 
admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é 
relativa ao exercício de suas funções. 
 
 Injúria 
 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou 
o decoro: 
Resguarda a honra subjetiva, a percepção que o indivíduo tem de si 
mesmo e de atributos morais, éticos, intelectuais, físicos. A injuria consiste 
em atribuir qualidades negativas sobre a vítima, atingindo sua autoestima. 
Não se admite exceção da verdade. 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: (Perdão 
judicial) 
 I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou 
diretamente a injúria; 
 II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra 
injúria. 
 § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, 
que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se 
considerem aviltantes: (Injúria real) 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além 
da pena correspondente à violência. 
 § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos 
referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a 
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: 
(Injúria preconceituosa) 
 Pena - reclusão de um a três anos e multa. 
Atenção para não confundir: 
INJÚRIA PRECONCEITUOSA RACISMO 
A manifestação é dirigida contra 
uma vítima determinada. 
Ex. Chamar alguém de judeu 
safado ou de mulçumano 
terrorista. 
Reveste-se de cunho genérico, 
com vítima indeterminada. 
Ex. Negar emprego a judeus ou 
dizer que todos os mulçumanos 
são terroristas. 
Art. 140, § 3º, Código Penal Lei nº 7.716/89 
Crime afiançável Crime Inafiançável 
Crime prescritível Crime imprescritível 
Ação penal pública condicionada à 
representação do ofendido 
Ação penal pública 
incondicionada 
 
 Disposições comuns 
 Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo 
aumentam-se de 1/3 (um terço), se qualquer dos crimes é 
cometido: 
 I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de 
governo estrangeiro; 
 II - contra funcionário público, em razão de suas 
funções; 
 III - na presença de várias pessoas, ou por meio que 
facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. 
 IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou 
portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. 
 Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga 
ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. 
 § 2º (VETADO). (2019) 
 
 Exclusão do crime 
 Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: 
 I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, 
pela parte ou por seu procurador; 
 II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou 
científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou 
difamar; 
 III - o conceito desfavorável emitido por funcionário 
público, em apreciação ou informação que preste no 
cumprimento de dever do ofício. 
 Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde 
pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade. 
 
 Retratação 
 Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se 
retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento 
de pena. 
 Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha 
praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de 
comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o 
ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a 
ofensa. 
 
 Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se 
infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido 
pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-
las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde 
pela ofensa. (Pedido de explicações) 
 
 Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente 
se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 
140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. 
 Parágrafo único. Procede-se medianterequisição do 
Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 
deste Código, e mediante representação do ofendido, no 
caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 
3o do art. 140 deste Código. 
AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A HONRA 
REGRA: 
-- Ação penal privada 
 
EXCEÇÕES: 
-- Ação penal pública condicionada à requisição do Ministro da 
Justiça: contra o Presidente da República ou chefe de governo 
estrangeiro 
-- Ação penal pública condicionada à representação do ofendido: 1. 
contra funcionário público no exercício de duas funções. 2. injúria 
preconceituosa. 
-- Ação penal pública incondicionada: injúria real, quando da violência 
resulta lesão corporal. 
 
CAPÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL 
SEÇÃO I 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL 
 Constrangimento ilegal 
 Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou 
grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por 
qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer 
o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: (Crime 
subsidiário) 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 Aumento de pena 
 § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em 
dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais 
de três pessoas, ou há emprego de armas. 
 § 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as 
correspondentes à violência. 
 § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: 
 I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o 
consentimento do paciente ou de seu representante legal, se 
justificada por iminente perigo de vida; 
 II - a coação exercida para impedir suicídio. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
33 
 
 Ameaça 
 Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou 
gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal 
injusto e grave: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. (Crime 
formal) 
 Parágrafo único - Somente se procede mediante 
representação. 
 
 Sequestro e cárcere privado 
 Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante 
sequestro ou cárcere privado: (Crime permanente) 
 Pena - reclusão, de um a três anos. 
 § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: 
 I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou 
companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) 
anos; 
 II - se o crime é praticado mediante internação da vítima 
em casa de saúde ou hospital; 
 III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. 
 IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) 
anos; 
 V – se o crime é praticado com fins libidinosos. 
 § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou 
da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
 Redução a condição análoga à de escravo 
 Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de 
escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a 
jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições 
degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer 
meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o 
empregador ou preposto: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da 
pena correspondente à violência. 
 § 1o Nas mesmas penas incorre quem: 
 I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por 
parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de 
trabalho; 
 II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou 
se apodera de documentos ou objetos pessoais do 
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. 
 § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é 
cometido: 
 I – contra criança ou adolescente; 
 II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião 
ou origem. 
STF: É da Justiça Federal a competência para processar e julgar o crime 
de redução a condição análoga à de escravo. 
 
 Tráfico de Pessoas (2016) 
 Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, 
transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave 
ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a 
finalidade de:(Crime formal) 
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; 
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de 
escravo; 
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; 
IV - adoção ilegal; ou 
V - exploração sexual. 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e 
multa. 
§ 1o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a 
metade se: 
I - o crime for cometido por funcionário público no 
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-
las; 
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou 
pessoa idosa ou com deficiência; 
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, 
domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência 
econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica 
inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; 
ou 
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do 
território nacional. 
§ 2o A pena é reduzida de 1/3 a 2/3 (um a dois terços) 
se o agente for primário e não integrar organização 
criminosa. 
 
SEÇÃO II 
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO 
DOMICÍLIO 
 Violação de domicílio 
 Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou 
astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de 
quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: 
(Crime de mera conduta) 
 Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 
 § 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em 
lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou 
por duas ou mais pessoas: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da 
pena correspondente à violência. 
 § 2º - Revogado – (2019) 
 § 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em 
casa alheia ou em suas dependências: 
 I - durante o dia, com observância das formalidades 
legais, para efetuar prisão ou outra diligência; 
 II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum 
crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser. 
 § 4º - A expressão "casa" compreende: 
 I - qualquer compartimento habitado; 
 II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
 III - compartimento não aberto ao público, onde alguém 
exerce profissão ou atividade. 
 § 5º - Não se compreendem na expressão "casa": 
 I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação 
coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do 
parágrafo anterior; 
 II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. 
 
SEÇÃO III 
DOS CRIMES CONTRA A 
INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA 
 Violação de correspondência 
 Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de 
correspondência fechada, dirigida a outrem: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 Sonegação ou destruição de correspondência 
 § 1º - Na mesma pena incorre: 
 I - quem se apossa indevidamente de correspondência 
alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a sonega 
ou destrói; 
 Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica 
ou telefônica 
 II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem ou 
utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou radioelétrica 
dirigida a terceiro, ou conversação telefônica entre outras 
pessoas; 
 III - quem impede a comunicação ou a conversação 
referidas no número anterior; 
 IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho 
radioelétrico, sem observância de disposição legal. 
 § 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano 
para outrem. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
34 
 § 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de 
função em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou 
telefônico: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 § 4º - Somente se procede mediante representação, 
salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º. 
 
 Correspondência comercial 
 Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado 
de estabelecimento comercial ou industrial para, no todo ou 
em parte, desviar, sonegar, subtrair ou suprimir 
correspondência, ou revelar a estranho seu conteúdo: 
 Pena - detenção, de três meses a dois anos. 
 Parágrafo único - Somente se procede mediante 
representação. 
 
SEÇÃO IV 
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS 
SEGREDOS 
 Divulgação de segredo 
 Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo 
de documento particular ou de correspondência 
confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja 
divulgação possa produzir dano a outrem: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 § 1º Somente se procede mediante representação. 
 § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações 
sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou 
não nos sistemas de informações ou banco de dados da 
Administração Pública: 
 Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 § 2o Quando resultar prejuízo para a Administração 
Pública, a ação penal será incondicionada. 
 
 Violação do segredo profissional 
 Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de 
que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou 
profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 Parágrafo único - Somente se procede mediante 
representação. 
 
Invasão de dispositivo informático 
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, 
conectado ou não à rede de computadores, mediante 
violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim 
de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem 
autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou 
instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: 
O artigo 154-A foi introduzido através Lei nº 12.737 de 2012, conhecida 
como “Lei Carolina Dieckmann”. 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e 
multa. 
§ 1o Na mesma pena incorre quem produz, oferece, 
distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa de 
computador com o intuito de permitir a prática da conduta 
definida no caput. 
§ 2o Aumenta-se a pena de 1/6 a 1/3 (um sexto a um 
terço) se da invasão resulta prejuízo econômico. (Majorante) 
§ 3o Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo 
de comunicações eletrônicas privadas, segredos comerciais 
ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, 
ou o controle remoto não autorizado do dispositivo invadido: 
(Qualificadora) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa, se a conduta não constitui crime mais grave. 
§ 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de 1/3 a 
2/3 (um a dois terços) se houver divulgação, comercialização 
ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou 
informações obtidos. (Majorantes) 
§ 5o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade 
se o crime for praticado contra: (Majorantes) 
I - Presidente da República, governadores e 
prefeitos; 
II - Presidente do Supremo Tribunal Federal; 
III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara Municipal; 
ou 
IV - dirigente máximo da administração direta e 
indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal. 
 
Ação penal 
Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, somente se 
procede mediante representação, salvo se o crime é 
cometido contra a administração pública direta ou indireta de 
qualquer dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal ou 
Municípios ou contra empresas concessionárias de serviços 
públicos. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
35 
 
 
TÍTULO III 
DA AÇÃO PENAL 
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será 
promovida por denúncia do Ministério Público, mas 
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da 
Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver 
qualidade para representá-lo. 
AÇÃO PENAL 
PÚBLICA 
Incondicionada 
Condicionada 
- Requisição do Ministro da Justiça 
- Representação do ofendido 
PRIVADA 
Exclusiva 
Personalíssima 
Subsidiária da Pública 
Quando não houver menção expressa, no tipo penal, quanto à modalidade 
de ação, entende-se que o crime será de ação penal pública 
incondicionada. 
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando 
declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
representação passará ao cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão. 
A doutrina equipara o companheiro ao cônjuge. Cumpre observar que a 
ordem de legitimação disposta acima deve ser respeitada. CADI 
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em 
detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e 
Município, a ação penal será pública. 
 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de 
oferecida a denúncia. 
 
Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será 
iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de 
portaria expedida pela autoridade judiciária ou policial. 
 
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a 
iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a 
ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre 
o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos 
de convicção. 
 
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito 
policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma 
natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à 
vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará 
os autos para a instância de revisão ministerial para fins de 
homologação, na forma da lei. (2019) 
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não 
concordar com o arquivamento do inquérito policial, 
poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da 
comunicação, submeter a matéria à revisão da instância 
competente do órgão ministerial, conforme dispuser a 
respectiva lei orgânica. (2019) 
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados 
em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão 
do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada 
pela chefia do órgão a quem couber a sua representação 
judicial. (2019) 
 
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o 
investigado confessado formal e circunstancialmente a 
prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e 
com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério 
Público poderá propor acordo de não persecução penal, 
desde que necessário e suficiente para reprovaçãoe 
prevenção do crime, mediante as seguintes condições 
ajustadas cumulativa e alternativamente: (2019) 
I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, 
exceto na impossibilidade de fazê-lo; (2019) 
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos 
indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto 
ou proveito do crime; (2019) 
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades 
públicas por período correspondente à pena mínima 
cominada ao delito diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços), 
em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma 
do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 (Código Penal); (2019) 
CP 
Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades 
públicas é aplicável às condenações superiores a seis meses de privação 
da liberdade. 
§ 1o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades 
públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas ao condenado. 
§ 2o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em 
entidades assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros 
estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou estatais. 
§ 3o As tarefas a que se refere o § 1o serão atribuídas conforme 
as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma hora 
de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a 
jornada normal de trabalho. 
§ 4o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao 
condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca 
inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada 
nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública ou de 
interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que 
tenha, preferencialmente, como função proteger bens 
jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados 
pelo delito; ou(2019) 
CP 
Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, 
proceder-se-á na forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. 
§ 1o A prestação pecuniária consiste no pagamento em 
dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada 
com destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 
(um) salário mínimo nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários 
mínimos. O valor pago será deduzido do montante de eventual 
condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários. 
§ 2o No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do 
beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra 
natureza. 
§ 3o A perda de bens e valores pertencentes aos condenados 
dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo 
Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto – o que for maior – o 
montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por 
terceiro, em consequência da prática do crime. 
V - cumprir, por prazo determinado, outra 
condição indicada pelo Ministério Público, desde que 
proporcional e compatível com a infração penal imputada. 
(2019) 
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito 
a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as 
causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. 
(2019) 
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica 
nas seguintes hipóteses: (2019) 
I - se for cabível transação penal de competência dos 
Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; (2019) 
II - se o investigado for reincidente ou se houver 
elementos probatórios que indiquem conduta criminal 
habitual, reiterada ou profissional, exceto se 
insignificantes as infrações penais pretéritas; (2019) 
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) 
anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de 
não persecução penal, transação penal ou suspensão 
condicional do processo; e(2019) 
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência 
doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por 
Decreto-Lei nº 3.689 / 1941 
Código de Processo Penal 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art46
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art46
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art45
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art45
 
 
 
36 
razões da condição de sexo feminino, em favor do 
agressor. (2019) 
§ 3º O acordo de não persecução penal será 
formalizado por escrito e será firmado pelo membro do 
Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor. (2019) 
§ 4º Para a homologação do acordo de não 
persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz 
deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do 
investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade. 
(2019) 
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, 
insuficientes ou abusivas as condições dispostas no 
acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao 
Ministério Público para que seja reformulada a proposta 
de acordo, com concordância do investigado e seu defensor. 
(2019) 
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não 
persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério 
Público para que inicie sua execução perante o juízo de 
execução penal. (2019) 
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à 
proposta que não atender aos requisitos legais ou quando 
não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste 
artigo. (2019) 
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os 
autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de 
complementação das investigações ou o oferecimento da 
denúncia. (2019) 
§ 9º A vítima será intimada da homologação do 
acordo de não persecução penal e de seu descumprimento. 
(2019) 
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições 
estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério 
Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão 
e posterior oferecimento de denúncia. (2019) 
§ 11. O descumprimento do acordo de não 
persecução penal pelo investigado também poderá ser 
utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o 
eventual não oferecimento de suspensão condicional do 
processo. (2019) 
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de 
não persecução penal não constarão de certidão de 
antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no 
inciso III do § 2º deste artigo. (2019) 
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores 
ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, 
transação penal ou suspensão condicional do processo; 
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não 
persecução penal, o juízo competente decretará a extinção 
de punibilidade. (2019) 
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério 
Público, em propor o acordo de não persecução penal, o 
investigado poderá requerer a remessa dos autos a 
órgão superior, na forma do art. 28 deste Código. (2019) 
 
 Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de 
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, 
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e 
oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a 
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a 
ação como parte principal. (Ação penal privada subsidiária da 
pública) 
 
 Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para 
representá-lo caberá intentar a ação privada. 
 
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando 
declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer 
queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, 
ascendente, descendente ou irmão. 
 
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a 
requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, 
nomeará advogado para promover a ação penal. 
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder 
prover às despesas do processo, sem privar-sedos recursos 
indispensáveis ao próprio sustento ou da família. 
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da 
autoridade policial em cuja circunscrição residir o ofendido. 
 
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) 
anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e 
não tiver representante legal, ou colidirem os interesses 
deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser 
exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a 
requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente para 
o processo penal. 
 
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 
anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por 
seu representante legal. 
Esse dispositivo não possui mais aplicabilidade. 
 
Art. 35. (revogado) 
 
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com 
direito de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em 
seguida, o parente mais próximo na ordem de enumeração 
constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas 
prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou 
a abandone. 
 
Art. 37. As fundações, associações ou sociedades 
legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, 
devendo ser representadas por quem os respectivos 
contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, 
pelos seus diretores ou sócios-gerentes. 
 
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou 
seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de 
representação, se não o exercer dentro do prazo de 6 (seis) 
meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor 
do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o 
prazo para o oferecimento da denúncia. 
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do 
direito de queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, 
nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31. 
 
Art. 39. O direito de representação poderá ser 
exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes 
especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, 
ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial. 
§ 1o A representação feita oralmente ou por escrito, 
sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu 
representante legal ou procurador, será reduzida a termo, 
perante o juiz ou autoridade policial, presente o órgão do 
Ministério Público, quando a este houver sido dirigida. 
§ 2o A representação conterá todas as informações 
que possam servir à apuração do fato e da autoria. 
§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a 
autoridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo 
competente, remetê-lo-á à autoridade que o for. 
§ 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante 
este reduzida a termo, será remetida à autoridade policial 
para que esta proceda a inquérito. 
§ 5o O órgão do Ministério Público dispensará o 
inquérito, se com a representação forem oferecidos 
elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste 
caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 
 
Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que 
conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a existência 
de crime de ação pública, remeterão ao Ministério Público as 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
37 
cópias e os documentos necessários ao oferecimento da 
denúncia. 
 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição 
do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a 
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se 
possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando 
necessário, o rol das testemunhas. 
 
Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da 
ação penal. 
 
Art. 43. (revogado) 
 
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com 
poderes especiais, devendo constar do instrumento do 
mandato o nome do querelante e a menção do fato 
criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de 
diligências que devem ser previamente requeridas no juízo 
criminal. 
 
Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for 
privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério 
Público, a quem caberá intervir em todos os termos 
subsequentes do processo. 
 
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, 
estando o réu preso, será de 5 (cinco) dias, contado da data 
em que o órgão do Ministério Público receber os autos do 
inquérito policial, e de 15 (quinze) dias, se o réu estiver solto 
ou afiançado. No último caso, se houver devolução do 
inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da 
data em que o órgão do Ministério Público receber 
novamente os autos. 
PRAZO PARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA 
Investigado preso 5 dias 
Investigado solto 15 dias 
PRAZOS ESPECIAIS PARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA 
10 dias para os crimes eleitorais 
10 dias para os crimes previstos na Lei de Tóxicos 
15 dias para os crimes falimentares 
2 dias para os crimes contra a economia popular 
48 horas para o crime de abuso de autoridade 
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito 
policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á 
da data em que tiver recebido as peças de informações ou a 
representação 
§ 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 
(três) dias, contado da data em que o órgão do Ministério 
Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro 
do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, 
prosseguindo-se nos demais termos do processo. 
 
Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários 
maiores esclarecimentos e documentos complementares ou 
novos elementos de convicção, deverá requisitá-los, 
diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionários que 
devam ou possam fornecê-los. 
 
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do 
crime obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público 
velará pela sua indivisibilidade. 
 
Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, 
em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. 
 
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração 
assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou 
procurador com poderes especiais. 
Parágrafo único. A renúncia do representante legal 
do menor que houver completado 18 (dezoito) anos não 
privará este do direito de queixa, nem a renúncia do último 
excluirá o direito do primeiro. 
 
Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados 
aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em 
relação ao que o recusar. 
RENÚNCIA PERDÃO 
Instituto pré-processual: 
- Antes do início da ação. 
Instituto processual: 
- Após o início da ação, até o 
trânsito em julgado. 
Ato unilateral: 
- Não depende de concordância 
Ato bilateral: 
- Depende de concordância. 
 
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 
18 anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou 
por seu representante legal, mas o perdão concedido por um, 
havendo oposição do outro, não produzirá efeito. 
Esse dispositivo não possui mais aplicabilidade. 
 
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou 
retardado mental e não tiver representante legal, ou colidirem 
os interesses deste com os do querelado, a aceitação do 
perdão caberá ao curador que o juiz Ihe nomear. 
 
Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, 
observar-se-á, quanto à aceitação do perdão, o disposto 
no art. 52. 
Esse dispositivo não possui mais aplicabilidade. 
Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador 
com poderes especiais. 
 
Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual 
expresso o disposto no art. 50. 
 
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão 
todos os meios de prova. 
 
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração 
expressa nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro 
de 3 (três) dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser 
cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. 
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará 
extinta a punibilidade. 
 
Art. 59. A aceitação do perdão fora do processoconstará de declaração assinada pelo querelado, por seu 
representante legal ou procurador com poderes especiais. 
 
Art. 60. Nos casos em que somente se procede 
mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: 
A perempção, que ocorre somente na ação penal privada, configura-se 
“quando o querelante, por desídia, demonstra desinteresse pelo 
prosseguimento da ação penal”. Ela acarreta a extinção da punibilidade 
do agente “como autêntica penalidade imposta ao negligente querelante, 
incapaz de conduzir corretamente a ação penal, da qual é titular.” 
Nucci, 2008, p. 209 
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de 
promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias 
seguidos; 
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua 
incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no 
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer 
das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto 
no art. 36; 
 III - quando o querelante deixar de comparecer, sem 
motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
38 
estar presente, ou deixar de formular o pedido de 
condenação nas alegações finais; 
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta 
se extinguir sem deixar sucessor. 
 
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se 
reconhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo de 
ofício. 
Parágrafo único. No caso de requerimento do 
Ministério Público, do querelante ou do réu, o juiz mandará 
autuá-lo em apartado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar 
conveniente, concederá o prazo de cinco dias para a prova, 
proferindo a decisão dentro de cinco dias ou reservando-se 
para apreciar a matéria na sentença final. 
 
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz 
somente à vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o 
Ministério Público, declarará extinta a punibilidade. 
STF: Súmula 594 - Os direitos de queixa e de representação podem ser 
exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante 
legal. 
STF: Súmula 714 - É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante 
queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, 
para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão 
do exercício de suas funções. 
STJ: Súmula 234 - A participação de membro do Ministério Público na 
fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição 
para o oferecimento da denúncia. 
STJ: Súmula 542 - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal 
resultante de violência doméstica contra a mulher é pública 
incondicionada. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019 
Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade; altera a Lei 
nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 
de julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a 
Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; e revoga a Lei nº 4.898, 
de 9 de dezembro de 1965, e dispositivos do Decreto-Lei nº 
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu 
sanciono a seguinte Lei: 
 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de 
autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, 
que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-
las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído. 
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem 
crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo 
agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou 
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero 
capricho ou satisfação pessoal. 
- Prejudicar outrem 
- Beneficiar a si mesmo ou a terceiro 
- Mero capricho 
- Satisfação pessoal 
§ 2º A divergência na interpretação de lei ou na 
avaliação de fatos e provas não configura abuso de 
autoridade. 
 
CAPÍTULO II 
DOS SUJEITOS DO CRIME 
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de 
autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da 
administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e de Território, compreendendo, mas não se 
limitando a: 
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles 
equiparadas; 
II - membros do Poder Legislativo; 
III - membros do Poder Executivo; 
IV - membros do Poder Judiciário; 
V - membros do Ministério Público; 
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas. 
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os 
efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma 
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou 
função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste 
artigo. 
 
CAPÍTULO III 
DA AÇÃO PENAL 
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação 
penal pública incondicionada. 
 
 
Lei nº 13.869 / 2019 
Nova Lei de Abuso de Autoridade 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.869-2019?OpenDocument
 
 
 
39 
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal 
pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao 
Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer 
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do 
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a 
todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a 
ação como parte principal. 
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no 
prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar 
o prazo para oferecimento da denúncia. 
 
CAPÍTULO IV 
DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS 
RESTRITIVAS DE DIREITOS 
Seção I 
Dos Efeitos da Condenação 
Art. 4º São efeitos da condenação: 
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano 
causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do 
ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação 
dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos 
por ele sofridos; 
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato 
ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; 
III - a perda do cargo, do mandato ou da função 
pública. 
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III 
do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de 
reincidência em crime de abuso de autoridade e não são 
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na 
sentença. 
 
Seção II 
Das Penas Restritivas de Direitos 
Art. 5º As penas restritivas de direitos 
substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta 
Lei são: 
I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades 
públicas; 
II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do 
mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a 
perda dos vencimentos e das vantagens; 
III - (VETADO). 
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos 
podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. 
 
CAPÍTULO V 
DAS SANÇÕES DE NATUREZA CIVIL E 
ADMINISTRATIVAArt. 6º As penas previstas nesta Lei serão 
aplicadas independentemente das sanções de natureza 
civil ou administrativa cabíveis. 
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta 
Lei que descreverem falta funcional serão informadas à 
autoridade competente com vistas à apuração. 
 
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa 
são independentes da criminal, não se podendo mais 
questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando 
essas questões tenham sido decididas no juízo criminal. 
 
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim 
como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que 
reconhecer ter sido o ato praticado em estado de 
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de 
dever legal ou no exercício regular de direito. 
 
CAPÍTULO VI 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade 
em manifesta desconformidade com as hipóteses legais: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a 
autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar 
de: 
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal; 
II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar 
diversa ou de conceder liberdade provisória, quando 
manifestamente cabível; 
III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando 
manifestamente cabível. 
 
Art. 10. Decretar a condução coercitiva de 
testemunha ou investigado manifestamente descabida ou 
sem prévia intimação de comparecimento ao juízo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 11. (VETADO). 
 
Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar 
prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de 
prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a 
decretou; 
II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de 
qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou 
à pessoa por ela indicada; 
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte 
e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, 
com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das 
testemunhas; 
IV - prolonga a execução de pena privativa de 
liberdade, de prisão temporária, de prisão preventiva, de 
medida de segurança ou de internação, deixando, sem 
motivo justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de 
soltura imediatamente após recebido ou de promover a 
soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal. 
 
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, 
mediante violência, grave ameaça ou redução de sua 
capacidade de resistência, a: 
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido 
à curiosidade pública; 
II - submeter-se a situação vexatória ou a 
constrangimento não autorizado em lei; 
III - produzir prova contra si mesmo ou contra 
terceiro: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, 
sem prejuízo da pena cominada à violência. 
 
Art. 14. (VETADO). 
 
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, 
pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou 
profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem 
prossegue com o interrogatório: 
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao 
silêncio; ou 
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por 
advogado ou defensor público, sem a presença de seu 
patrono. 
 
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se 
falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando 
deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
40 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, 
como responsável por interrogatório em sede de 
procedimento investigatório de infração penal, deixa de 
identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo falsa 
identidade, cargo ou função. 
 
Art. 17. (VETADO). 
 
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial 
durante o período de repouso noturno, salvo se capturado 
em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, 
consentir em prestar declarações: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
 
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o 
envio de pleito de preso à autoridade judiciária 
competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou 
das circunstâncias de sua custódia: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado 
que, ciente do impedimento ou da demora, deixa de tomar as 
providências tendentes a saná-lo ou, não sendo competente 
para decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à 
autoridade judiciária que o seja. 
 
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista 
pessoal e reservada do preso com seu advogado: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem 
impede o preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se 
pessoal e reservadamente com seu advogado ou defensor, 
por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-
se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência, 
salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência 
realizada por videoconferência. 
 
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na 
mesma cela ou espaço de confinamento: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem 
mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na 
companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado, 
observado o disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
 
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou 
astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel 
alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas 
mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das 
condições estabelecidas em lei: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista 
no caput deste artigo, quem: 
I - coage alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas 
dependências; 
II - (VETADO); 
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar 
após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco 
horas). 
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar 
socorro, ou quando houver fundados indícios que indiquem 
a necessidade do ingresso em razão de situação de 
flagrante delito ou de desastre. 
 
Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de 
diligência, de investigação ou de processo, o estado de 
lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de 
responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém 
ou agravar-lhe a responsabilidade: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem 
pratica a conduta com o intuito de: 
I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa 
por excesso praticado no curso de diligência; 
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou 
informações incompletos para desviar o curso da 
investigação, da diligência ou do processo. 
 
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, 
funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou 
privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha 
ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, 
prejudicando sua apuração: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, 
além da pena correspondente à violência. 
 
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em 
procedimento de investigação ou fiscalização, por meio 
manifestamente ilícito: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único.Incorre na mesma pena quem faz 
uso de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com 
prévio conhecimento de sua ilicitude. 
 
Art. 26. (VETADO). 
 
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar 
procedimento investigatório de infração penal ou 
administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer 
indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração 
administrativa: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de 
sindicância ou investigação preliminar sumária, 
devidamente justificada. 
 
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem 
relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a 
intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem 
do investigado ou acusado: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento 
judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de 
prejudicar interesse de investigado: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. (VETADO). 
 
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, 
civil ou administrativa sem justa causa fundamentada ou 
contra quem sabe inocente: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 31. Estender injustificadamente a 
investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado 
ou fiscalizado: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, 
inexistindo prazo para execução ou conclusão de 
procedimento, o estende de forma imotivada, procrastinando-
o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado. 
 
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou 
advogado acesso aos autos de investigação preliminar, 
ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
41 
outro procedimento investigatório de infração penal, civil 
ou administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, 
ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, 
ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo 
sigilo seja imprescindível: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
 
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de 
obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem 
expresso amparo legal: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se 
utiliza de cargo ou função pública ou invoca a condição de 
agente público para se eximir de obrigação legal ou para 
obter vantagem ou privilégio indevido. 
 
Art. 34. (VETADO). 
 
Art. 35. (VETADO). 
 
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a 
indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que 
extrapole exacerbadamente o valor estimado para a 
satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela 
parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no 
exame de processo de que tenha requerido vista em órgão 
colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou 
retardar o julgamento: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
 
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, 
por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de 
culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a 
acusação: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa. 
 
 
 
CAPÍTULO VII 
DO PROCEDIMENTO 
Art. 39. Aplicam-se ao processo e ao julgamento dos 
delitos previstos nesta Lei, no que couber, as disposições 
do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de 
Processo Penal), e da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995 
(Lei dos Juizados Especiais). 
 
CAPÍTULO VIII 
DISPOSIÇÕES FINAIS 
Art. 40. O art. 2º da Lei nº 7.960, de 21 de dezembro 
de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação: (Prisão 
Temporária) 
“Art.2º 
...................................................................................................
§ 4º-A O mandado de prisão conterá necessariamente o 
período de duração da prisão temporária estabelecido 
no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso 
deverá ser libertado. (2019) 
................................................................................................... 
§ 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a 
autoridade responsável pela custódia deverá, 
independentemente de nova ordem da autoridade judicial, 
pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver 
sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou 
da decretação da prisão preventiva. (2019) 
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão 
no cômputo do prazo de prisão temporária. (2019) 
 
Art. 41. O art. 10 da Lei nº 9.296, de 24 de julho de 
1996, passa a vigorar com a seguinte redação: (Lei da 
Interceptação Telefônica) 
“Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de 
comunicações telefônicas, de informática ou telemática, 
promover escuta ambiental ou quebrar segredo da 
Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não 
autorizados em lei: (2019) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade 
judicial que determina a execução de conduta prevista 
no caput deste artigo com objetivo não autorizado em lei. 
(2019) 
 
Art. 42. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), passa a vigorar 
acrescida do seguinte art. 227-A: (Estatuto da Criança e do 
Adolescente) 
“Art. 227-A Os efeitos da condenação prevista no inciso I 
do caput do art. 92 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de 
dezembro de 1940 (Código Penal), para os crimes previstos 
nesta Lei, praticados por servidores públicos com abuso de 
autoridade, são condicionados à ocorrência de reincidência. 
(2019) 
Parágrafo único. A perda do cargo, do mandato ou da 
função, nesse caso, independerá da pena aplicada na 
reincidência. (2019) 
 
Art. 43. A Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994, passa a 
vigorar acrescida do seguinte art. 7º-B: (Estatuto da Advocacia e 
a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) 
‘Art. 7º-B Constitui crime violar direito ou prerrogativa 
de advogado previstos nos incisos II, III, IV e V do caput do 
art. 7º desta Lei: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e 
multa.’” 
 
Art. 44. Revogam-se a Lei nº 4.898, de 9 de 
dezembro de 1965, (Antiga Lei de Abuso de Autoridade) e o § 2º 
do art. 150 e o art. 350, ambos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 
de dezembro de 1940 (Código Penal). 
 
Art. 45. Esta Lei entra em vigor após decorridos 120 
(cento e vinte) dias de sua publicação oficial. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
42 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
Preâmbulo 
Os Estados-partes no Presente Pacto, 
 
Considerando que, em conformidade com os princípios 
proclamados na Carta das Nações Unidas, o 
reconhecimento da dignidade inerente a todos os 
membros da famíliahumana e dos seus direitos iguais e 
inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da 
justiça e da paz no mundo, 
 
Reconhecendo que esses direitos decorrem da dignidade 
inerente à pessoa humana, 
 
Reconhecendo que, em conformidade com a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, o ideal do ser humano 
livre, no gozo das liberdades civis e políticas e liberto do 
temor e da miséria, não pode ser realizado, a menos que 
se criem as condições que permitam a cada um gozar de 
seus direitos civis e políticas, assim como de seus 
direitos econômicos, sociais e culturais, 
 
Considerando que a Carta das Nações Unidas impõe aos 
Estados a obrigação de promover o respeito universal e 
efetivo dos direitos e das liberdades da pessoa humana, 
 
Compreendendo que o indivíduo, por ter deveres para com 
seus semelhantes e para com a coletividade a que pertence, 
tem a obrigação de lutar pela promoção e observância dos 
direitos reconhecidos no presente Pacto, 
 
Acordam o seguinte: 
 
PARTE I 
Art. 1º - §1. Todos os povos têm direito à 
autodeterminação. Em virtude desse direito, determinam 
livremente seu estatuto político e asseguram livremente seu 
desenvolvimento econômico, social e cultural. 
A autodeterminação dos povos é um dos princípios adotado pelo Brasil 
em suas relações internacionais (art. 4º, III, da CF). 
§2. Para a consecução de seus objetivos, todos os 
povos podem dispor livremente de suas riquezas e de 
seus recursos naturais, sem prejuízo das obrigações 
decorrentes da cooperação econômica internacional, 
baseada no princípio do proveito mútuo e do Direito 
Internacional. Em caso algum poderá um povo ser privado de 
seus próprios meios de subsistência. 
§3. Os Estados-partes no presente Pacto, inclusive 
aqueles que tenham a responsabilidade de administrar 
territórios não autônomos e territórios sob tutela, deverão 
promover o exercício do direito à autodeterminação e 
respeitar esse direito, em conformidade com as disposições 
da Carta das Nações Unidas. 
 
PARTE II 
Art. 2º - §1. Os Estados-partes no presente Pacto 
comprometem-se a garantir a todos os indivíduos que se 
encontrem em seu território e que estejam sujeitos à sua 
jurisdição os direitos reconhecidos no presente Pacto, sem 
discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, língua, 
religião, opinião política ou de qualquer outra natureza, 
origem nacional ou social, situação. 
§2. Na ausência de medidas legislativas ou de outra 
natureza destinadas a tornar efetivos os direitos 
reconhecidos no presente Pacto, os Estados-partes 
comprometem-se a tomar as providências necessárias, com 
sitas a adotá-las, levando em consideração seus respectivos 
procedimentos constitucionais e as disposições do presente 
Pacto. 
§3. Os Estados-partes comprometem-se a: 
1.garantir que toda pessoa, cujos direitos e 
liberdades reconhecidos no presente Pacto hajam sido 
violados, possa dispor de um recurso efetivo, mesmo que a 
violência tenha sido perpetrada por pessoas que agiam no 
exercício de funções oficiais; 
2.garantir que toda pessoa que interpuser tal 
recurso terá seu direito determinado pela competente 
autoridade judicial, administrativa ou legislativa ou por 
qualquer outra autoridade competente prevista no 
ordenamento jurídico do Estado em questão e a desenvolver 
as possibilidades de recurso judicial; 
3.garantir o cumprimento, pelas autoridades 
competentes, de qualquer decisão que julgar procedente tal 
recurso. 
 
Art. 3º Os Estados-partes no presente Pacto 
comprometem-se a assegurar a homens e mulheres 
igualdade no gozo de todos os direitos civis e políticos 
enunciados no presente Pacto. 
 
Art. 4º - §1. Quando situações excepcionais 
ameacem a existência da nação e sejam proclamadas 
oficialmente, os Estados-partes no presente Pacto 
podem adotar, na estrita medida em que a situação o exigir, 
medidas que suspendam as obrigações decorrentes do 
presente Pacto, desde que tais medidas não sejam 
incompatíveis com as demais obrigações que lhes sejam 
impostas pelo Direito Internacional e não acarretem 
discriminação alguma apenas por motivo de raça, cor, sexo, 
língua, religião ou origem social. (Derrogação temporária das 
obrigações do Pacto) 
§2. A disposição precedente não autoriza qualquer 
derrogação dos artigos 6º. 7º, 8º (parágrafos 1º e 2º), 11, 15, 
16 e 18. 
§3. Os Estados-partes no presente Pacto que 
fizerem uso do direito de derrogação devem comunicar 
imediatamente aos outros Estados-partes no presente Pacto, 
por intermédio do Secretário Geral da organização das 
Nações Unidas, as disposições que tenham derrogado, bem 
como os motivos de tal derrogação. Os Estados-partes 
deverão fazer uma nova comunicação igualmente por 
intermédio do Secretário Geral das Nações Unidas, na data 
em que terminar tal suspensão. 
 
Pacto Internacional dos Direitos 
Civis e Políticos (1966) 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
43 
Art. 5º - §1 – Nenhuma disposição do presente 
Pacto poderá ser interpretada no sentido de reconhecer a 
um Estado, grupo ou indivíduo qualquer direito de deixar-se a 
quaisquer atividades ou de praticar quaisquer atos que 
tenham por objetivo destruir os direitos ou liberdades 
reconhecidos no presente Pacto por ou impor-lhes limitações 
mais amplas do que aquelas nele previstas. 
§2. Não se admitirá qualquer restrição ou 
suspensão dos direitos humanos fundamentais 
reconhecidos ou vigentes em qualquer Estado-parte no 
presente Pacto em virtude de leis, convenções, regulamentos 
ou costumes, sob pretexto de que o presente Pacto não os 
reconheça ou nos reconheça em menos grau. 
 
PARTE III 
Art. 6º - § 1. O direito à vida é inerente à pessoal 
humana. Este direito deverá ser protegido pelas Leis. 
Ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida. 
§2.Nos países em que a pena de morte não tenha 
sido abolida, esta poderá ser imposta apenas nos casos de 
crimes mais graves, em conformidade coma legislação 
vigente na época em que o crime foi cometido e que não 
esteja em conflito com as disposições do presente Pacto, 
nem com a Convenção sobre a Prevenção e a Repressão do 
Crime de Genocídio. Poder-se-á aplicar essa pena em 
decorrência de uma sentença transitada em julgado e 
proferida por tribunal competente. 
§3. Quando a privação da vida constituir crime de 
genocídio, entende-se que nenhuma disposição do presente 
artigo autorizará qualquer Estado-parte no presente Pacto s 
eximir-se, de modo algum, do cumprimento de qualquer das 
obrigações que tenham assumido, em virtude das 
disposições da Convenção sobre a Prevenção e Repressão 
do Crime de Genocídio. 
§4. Qualquer condenado à morte terá o direito de 
pedir indulto ou comutação da pena. A anistia, o indulto ou 
a comutação da pena poderão ser concedidos em todos os 
casos. 
§5. Uma pena de morte não poderá ser imposta 
em casos de crimes por pessoas menores de 18 (dezoito) 
anos, nem aplicada a mulheres em caso de gravidez, 
§6. Não se poderá invocar disposição alguma de 
presente artigo para retardar ou impedir a abolição da pena 
de morte por um Estado-parte no presente Pacto. 
A pena de morte continua sendo possível nos países que já a adotaram. O 
pacto consente somente com a manutenção dessa espécie de pena para 
aqueles que à época da assinatura do Pacto já haviam estabelecido 
legislação interna nesse sentido. Após a assinatura do Pacto, porém, os 
Estados-partes não poderão mais instituir a pena de morte em suas 
legislações. 
 
Art. 7º Ninguém poderá ser submetido a tortura, 
nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou 
degradantes. Será proibido, sobretudo, submeter uma 
pessoa, sem seu livre consentimento, a experiências 
médicas ou científicas. 
 
Art. 8º - §1. Ninguém poderá ser submetido à 
escravidão; a escravidão e o tráfico de escravos, em todas 
as suas formas, ficam proibidos. 
§2. Ninguém poderá ser submetido à servidão. 
a) ninguém poderá ser obrigado a executartrabalhos forçados ou obrigatórios; 
b) a alínea "a" do presente parágrafo não poderá 
ser interpretada no sentido de proibir, nos países em que 
certos crimes sejam punidos com prisão e trabalhos forçados, 
o cumprimento de uma pena de trabalhos forçados, imposta 
por um tribunal competente; 
c)para os efeitos do presente parágrafo, não serão 
considerados "trabalhos forçados ou obrigatórios": 
1. qualquer trabalho ou serviço, não previsto na 
alínea "b", normalmente exigido de um indivíduo que tenha 
sido encarcerado em cumprimento de decisão judicial ou que, 
tendo sido objeto de tal decisão, ache-se em liberdade 
condicional; 
2. qualquer serviço de caráter militar e, nos países 
em que se admite a isenção por motivo de consciência, 
qualquer serviço nacional que a lei venha a exigir daqueles 
que se oponham ao serviço militar por motivo de consciência; 
3. qualquer serviço exigido em casos de 
emergência ou de calamidade que ameacem o bem-estar da 
comunidade: 
4. qualquer trabalho ou serviço que faça parte das 
obrigações cívicas normais. 
 
Art. 9º - §1. Toda pessoa tem direito à liberdade e 
à segurança pessoais. Ninguém poderá ser preso ou 
encarcerado arbitrariamente. Ninguém poderá ser privado 
de sua liberdade, salvo pelos motivos previstos em lei e em 
conformidade com os procedimentos nela estabelecidos. 
§2. Qualquer pessoa, ao ser presa, deverá ser 
informada das razões da prisão e notificada, sem demora, 
das acusações formuladas contra ela. 
§3. Qualquer pessoa presa ou encarcerada em 
virtude de infração penal deverá ser conduzida, sem 
demora, à presença do juiz ou de outra autoridade 
habilitada por lei a exercer funções judiciais e terá o direito de 
ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade. 
A prisão preventiva de pessoas que aguardam julgamento 
não deverá constituir a regra geral, mas a soltura poderá 
estar condicionada a garantias que assegurem o 
comparecimento da pessoa em questão à audiência e a 
todos os atos do processo, se necessário for, para a 
execução da sentença. 
§4. Qualquer pessoa que seja privada de sua 
liberdade, por prisão ou encarceramento, terá o direito de 
recorrer a um tribunal para que este decida sobre a 
legalidade de seu encarceramento e ordene a soltura, caso a 
prisão tenha sido ilegal. 
§5. Qualquer pessoa vítima de prisão ou 
encarceramento ilegal terá direito à reparação. 
 
Art. 10 - §1. Toda pessoa privada de sua liberdade 
deverá ser tratada com humanidade e respeito à dignidade 
inerente à pessoa humana. 
a) As pessoas processadas deverão ser 
separadas, salvo em circunstâncias excepcionais, das 
pessoas condenadas e receber tratamento distinto, 
condizente com sua condição de pessoas não condenadas. 
b) As pessoas jovens processadas deverão ser 
separadas das adultas e julgadas o mais rápido possível. 
§2. O regime penitenciário consistirá em um 
tratamento cujo objetivo principal seja a reforma e 
reabilitação moral dos prisioneiros. Os delinquentes juvenis 
deverão ser separados dos adultos e receber tratamento 
condizente com sua idade e condição jurídica. 
 
Art. 11 Ninguém poderá ser preso apenas por 
não poder cumprir com uma obrigação contratual. 
Ademais, consagra o Pacto o direito de que ninguém poderá ser preso 
apenas por não poder cumprir com uma obrigação contratual (art. 11). No 
Brasil, esse dispositivo fundou, em conjunto com o art. 7.7 da Convenção 
Americana de Direitos Humanos, novo entendimento do STF, vedando a 
prisão civil do depositário infiel (Súmula Vinculante nº 25, do STF: “É ilícita 
a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de 
depósito.”) 
André de Carvalho Ramos. Curso de Direitos Humanos. 
 
Art. 12 - §1. Toda pessoa que se encontre 
legalmente no território de um Estado terá o direito de nele 
livremente circular e escolher sua residência. (Direito de ir e 
vir) 
§2. Toda pessoa terá o direito de sair livremente 
de qualquer país, inclusive de seu próprio país. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
44 
§3. Os direitos supracitados não poderão constituir 
objeto de restrições, a menos que estejam previstas em lei e 
no intuito de proteger a segurança nacional e a ordem, saúde 
ou moral públicas, bem como os direitos e liberdades das 
demais pessoas, e que sejam compatíveis com os outros 
direitos reconhecidos no presente Pacto. 
§4. Ninguém poderá ser privado arbitrariamente 
do direito de entrar em seu próprio país. 
 
Art. 13 Um estrangeiro que se encontre 
legalmente no território de um Estado-parte no presente 
Pacto só poderá dele ser expulso em decorrência de 
decisão adotada em conformidade com a lei e, a menos 
que razões imperativas de segurança nacional a isso se 
oponham, terá a possibilidade de expor as razões que 
militem contra a sua expulsão e de ter seu caso reexaminado 
pelas autoridades competentes, ou por uma ou várias 
pessoas especialmente designadas pelas referidas 
autoridades, e de fazer- se representar com este objetivo. 
 
Art. 14 - §1. Todas as pessoas são iguais perante 
os Tribunais e as Cortes de Justiça. Toda pessoa terá o 
direito de ser ouvida publicamente e com as devidas 
garantias por um Tribunal competente, independente e 
imparcial, estabelecido por lei, na apuração de qualquer 
acusação de caráter penal formulada contra ela ou na 
determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil. A 
imprensa e o público poderão ser excluídos de parte ou da 
totalidade de um julgamento, quer por motivo de moral 
pública, ordem pública ou de segurança nacional em uma 
sociedade democrática, quer quando o interesse da vida 
privada das partes o exija, quer na medida em que isto seja 
estritamente necessário na opinião da justiça, em 
circunstâncias específicas, nas quais a publicidade venha a 
prejudicar os interesses da justiça; entretanto, qualquer 
sentença proferida em matéria penal ou civil deverá 
tornar-se pública, a menos que o interesse de menores 
exija procedimento oposto, ou o processo diga respeito a 
controvérsias matrimoniais ou à tutela de menores. (Garantias 
processuais) 
§2. Toda pessoa acusada de um delito terá direito 
a que se presuma sua inocência enquanto não for 
legalmente comprovada sua culpa. 
§3. Toda pessoa acusada de um delito terá direito, 
em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: 
1. a ser informada, sem demora, em uma língua que 
compreenda e de forma minuciosa, da natureza e dos 
motivos da acusação contra ela formulada; 
2. a dispor do tempo e dos meios necessários à 
preparação de sua defesa e a comunicar-se com defensor de 
sua escolha; 
3. a ser julgada sem dilações indevidas; 
4. a estar presente no julgamento e a defender-se 
pessoalmente ou por intermédio de defensor de sua escolha; 
a ser informada, caso não tenha defensor, do direito que lhe 
assiste de tê-lo, e sempre que o interesse da justiça assim 
exija, a Ter um defensor designado ex ofício gratuitamente, 
se não tiver meios para remunerá-lo; 
5. a interrogar ou fazer interrogar as testemunhas 
de acusação e a obter comparecimento e o interrogatório das 
testemunhas de defesa nas mesmas condições de que 
dispõem as de acusação; 
6. a ser assistida gratuitamente por um intérprete, 
caso não compreenda ou não fale a língua empregada 
durante o julgamento; 
7. a não ser obrigada a depor contra si mesma, nem 
a confessar-se culpada. 
§4. O processo aplicável aos jovens que não sejam 
maiores nos termos da legislação penal levará em conta a 
idade dos mesmos e a importância de promover sua 
reintegração social. 
§5. Toda pessoa declarada culpada por um delito 
terá o direito de recorrer da sentença condenatória e da 
pena a uma instância superior, em conformidade com a lei. 
§6. Se uma sentença condenatória passada em 
julgado for posteriormente anulada ou quando um indulto for 
concedido, pela ocorrência ou descoberta de fatos novos que 
provem cabalmente a existência de erro judicial,a pessoa 
que sofreu a pena decorrente dessa condenação deverá ser 
indenizada, de acordo com a lei, a menos que fique provado 
que se lhe pode imputar, total ou parcialmente, e não-
revelação do fato desconhecido em tempo útil. 
§7. Ninguém poderá ser processado ou punido por 
um delito pelo qual já foi absolvido ou condenado por 
sentença passada em julgado, em conformidade com a lei e 
com os procedimentos penais de cada país. 
 
Art. 15 - §1. Ninguém poderá ser condenado por atos ou 
omissões que não constituam delito de acordo com o 
direito nacional ou internacional, no momento em que 
foram cometidos. Tampouco poder-se-á impor pena mais 
grave do que a aplicável no momento da ocorrência do 
delito. Se, depois de perpetrado o delito, a lei estipular a 
imposição de pena mais leve, o delinquente deverá dela 
beneficiar-se. (Princípio da legalidade / Irretroatividade da lei penal 
mais gravosa / Retroatividade da lei penal mais benéfica ao réu) 
§2. Nenhuma disposição do presente Pacto 
impedirá o julgamento ou a condenação de qualquer 
indivíduo por atos ou omissões que, no momento em que 
foram cometidos, eram considerados delituosos de acordo 
com os princípios gerais de direito reconhecidos pela 
comunidade das nações. 
 
Art. 16 Toda pessoa terá o direito, em qualquer 
lugar, ao reconhecimento de sua personalidade jurídica. 
 
Art. 17 - §1. Ninguém poderá ser objeto de 
ingerências arbitrárias ou ilegais em sua vida privada, em 
sua família, em seu domicílio ou em sua correspondência, 
nem de ofensas ilegais à sua honra e reputação. 
§2. Toda pessoa terá direito à proteção da lei contra 
essas ingerências ou ofensas. 
 
Art. 18 - §1. Toda pessoa terá direito à liberdade de 
pensamento, de consciência e de religião. Esses direitos 
implicará a liberdade de ter ou adotar uma religião ou crença 
de sua escolha e a liberdade de professar sua religião ou 
crença, individual ou coletivamente, tanto pública como 
privadamente, por meio do culto, da celebração de ritos, de 
práticas e do ensino. 
§2. Ninguém poderá ser submetido a medidas 
coercitivas que possam restringir sua liberdade de ter ou de 
adotar uma religião ou crença de sua escolha. 
§3. A liberdade de manifestar a própria religião ou 
crença estará sujeita a penas às limitações previstas em lei e 
que se façam necessárias para proteger a segurança, a 
ordem, a saúde ou a moral pública ou os direitos e as 
liberdades das demais pessoas. 
§4. Os Estados-partes no presente Pacto 
comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais - e, quando 
for o caso, dos tutores legais – de assegurar aos filhos a 
educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas 
próprias convicções. 
 
Art. 19 - §1. Ninguém poderá ser molestado por 
suas opiniões. 
§2. Toda pessoa terá o direito à liberdade de 
expressão; esses direitos incluirá a liberdade de procurar, 
receber e difundir informações e ideias de qualquer natureza, 
independentemente de considerações de fronteiras, 
verbalmente ou por escrito, de forma impressa ou artística, 
ou por qualquer meio de sua escolha. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
45 
§3. O exercício de direito previsto no § 2 do 
presente artigo implicará deveres e responsabilidades 
especiais. Consequentemente, poderá estar sujeito a certas 
restrições, que devem, entretanto, ser expressamente 
previstas em lei e que se façam necessárias para: 
1. assegurar o respeito dos direitos e da reputação 
das demais pessoas; 
2. proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde 
ou a moral pública. 
 
Art. 20 - §1. Será proibida por lei qualquer 
propaganda em favor da guerra. 
§2. Será proibida por lei qualquer apologia ao ódio 
nacional, racial ou religioso, que constitua incitamento à 
discriminação, à hostilidade ou à violência. 
 
Art. 21 O direito de reunião pacífica será 
reconhecido. O exercício desse direito estará sujeito apenas 
às restrições previstas em lei e que se façam necessárias, 
em uma sociedade democrática, ao interesse da segurança 
nacional, da segurança ou ordem públicas, ou para proteger 
a saúde ou a moral pública ou os direitos e as liberdades das 
demais pessoas. 
 
Art. 22 - §1. Toda pessoa terá o direito de 
associar-se livremente a outras, inclusive o direito de 
constituir sindicatos e de a eles filiar-se, para proteção de 
seus interesses. 
§2. O exercício desse direito estará sujeito apenas 
às restrições previstas em lei e que se façam necessárias, 
em uma sociedade democrática, ao interesse da segurança 
nacional, da segurança e da ordem públicas, ou para 
proteger a saúde ou a moral pública ou os direitos e as 
liberdades das demais pessoas. O presente artigo não 
impedirá que se submeta a restrições legais o exercício 
desses direitos por membros das forças armadas e da 
polícia. 
§3. Nenhuma das disposições do presente artigo 
permitirá que os Estados-partes na Convenção de 1948 da 
Organização Internacional do trabalho, relativa à liberdade 
sindical e à proteção do direito sindical, venham a adotar 
medidas legislativas que restrinjam – ou a aplicar a lei de 
maneira a restringir – as garantias previstas na referida 
Convenção. 
 
Art. 23 - §1. A família é o núcleo natural e 
fundamental da sociedade e terá o direito de ser protegida 
pela sociedade e pelo Estado. 
§2. Será reconhecido o direito do homem e da 
mulher de, em idade núbil, contrair casamento e constituir 
família. 
§3. Casamento algum será celebrado sem o 
consentimento livre e pleno dos futuros esposos. 
§4. Os Estados-partes no presente Pacto deverão 
adotar as medidas apropriadas para assegurar a igualdade 
de direitos e responsabilidades dos esposos quanto ao 
casamento, durante o mesmo e por ocasião de sua 
dissolução. Em caso de dissolução, deverão adotar-se as 
disposições que assegurem a proteção necessárias para os 
filhos. 
 
Art. 24 - §1. Toda criança terá direito, sem 
discriminação alguma por motivo de cor, sexo, língua, 
religião, origem nacional ou social, situação econômica ou 
nascimento, às medidas de proteção que a sua condição de 
menor requer por parte de sua família, da sociedade e do 
Estado. 
§2. Toda criança deverá ser registrada 
imediatamente após seu nascimento e deverá receber um 
nome. 
§3. Toda criança terá o direito de adquirir uma 
nacionalidade. 
 
Art. 25 Todo cidadão terá o direito e a 
possibilidade, sem qualquer das formas de discriminação 
mencionadas no artigo 2º e sem restrições infundadas: 
(Direitos Políticos) 
1. de participar da condução dos assuntos 
públicos, diretamente ou por meio de representantes 
livremente escolhidos; 
2. de votar e ser eleito em eleições periódicas, 
autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário e 
por voto secreto, que garantam a manifestação da vontade 
dos eleitores; 
3. de ter acesso, em condições gerais de 
igualdade, às funções públicas de seu país. 
 
Art. 26 Todas as pessoas são iguais perante a lei 
e têm direito, sem discriminação alguma, a igual proteção da 
lei. A este respeito, a lei deverá proibir qualquer forma de 
discriminação e garantir a todas as pessoas proteção igual e 
eficaz contra qualquer discriminação por motivo de raça, cor, 
sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, 
origem nacional ou social, situação econômica, nascimento 
ou qualquer outra situação. (Direito à igualdade) 
 
Art. 27 Nos Estados em que haja minorias étnicas, 
religiosas ou linguísticas, as pessoas pertencentes a essas 
minorias não poderão ser privadas do direito de ter, 
conjuntamente com outros membros de seu grupo, sua 
própria vida cultural, de professar e praticar sua própria 
religião e usar sua própria língua. (Respeito às minorias) 
 
PARTE IV 
Art. 28 - §1. Constituir-se-á um Comitê de Direitos 
Humanos (doravante denominado "Comitê" no presente 
Pacto). O Comitê será composto de 18 (dezoito) membros e 
desempenhará as funções descritas adiante. 
§2. O Comitê será integrado pornacionais dos 
Estados-partes no presente Pacto, os quais deverão ser 
pessoas de elevada reputação moral e reconhecida 
competência em matéria de direitos humanos, levando-se em 
consideração a utilidade da participação de algumas pessoas 
com experiência jurídica. 
§3. Os membros do Comitê serão eleitos e 
exercerão suas funções a título pessoal. 
 
Art. 29 - §1. Os membros do Comitê serão eleitos 
em votação secreta dentre uma lista de pessoas que 
preencham os requisitos previstos no artigo 28 e indicadas, 
com esse objetivo, pelos Estados-partes no presente Pacto. 
§2. Cada Estado-parte no presente Pacto poderá 
indicar duas pessoas. Essas pessoas deverão ser nacionais 
do Estado que as indicou. 
§3. A mesma pessoa poderá ser indicada mais de 
uma vez. 
 
Art. 30 §1. A primeira eleição realizar-se-á no 
máximo 6 (seis) meses após a data da entrada em vigor do 
presente Pacto. 
§2. Ao menos 4 (quatro) meses antes da data de 
cada eleição do Comitê, e desde que não seja uma eleição 
para preencher uma vaga declarada nos termos do artigo 34, 
o Secretário Geral da Organização das Nações Unidas 
convidará, por escrito, os Estados-partes no presente Pacto a 
indicar, no prazo de 3 (três) meses, os candidatos a membro 
do Comitê. 
§3. O Secretário Geral da Organização das Nações 
Unidas organizará uma lista por ordem alfabética de todos os 
candidatos assim designados, mencionando os Estados-
partes que os tiverem indicado, e a comunicará aos Estados-
partes no presente Pacto, no máximo um mês antes da data 
de cada eleição. 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
46 
§4. Os membros do Comitê serão eleitos em 
reuniões dos Estados-partes convocadas pelo Secretário 
Geral da Organização das Nações Unidas na sede da 
Organização. 
Nessas reuniões, em que o quórum será estabelecido por 
dois terços dos Estados- partes no presente Pacto, serão 
eleitos membros do Comitê os candidatos que obtiverem o 
maior número de votos e a maioria absoluta dos votos dos 
representantes dos Estados-partes presentes e votantes. 
 
Art. 31 - §1. O Comitê não poderá ter mais de um 
nacional de um mesmo Estado. 
§2. Nas eleições do Comitê, levar-se-ão em 
consideração uma distribuição geográfica equitativa e uma 
representação das diversas formas da civilização, bem como 
dos principais sistemas jurídicos. 
 
Art. 32 - §1. Os membros do Comitê serão eleitos 
para um mandato de 4 (quatro) anos. Poderão, caso suas 
candidaturas sejam apresentadas novamente, ser reeleitos. 
Entretanto, o mandato de nove dos membros eleitos na 
primeira eleição expirará ao final de dois anos; 
imediatamente após a primeira eleição, o presidente da 
reunião a que se refere o parágrafo 4º do artigo 30 indicará, 
por sorteio, os nomes desses nove membros. 
§2. Ao expirar o mandato dos membros, as eleições 
se realizarão de acordo com o disposto nos artigos 
precedentes desta parte do presente Pacto. 
 
Art. 33 - §1. Se, na opinião unânime dos demais 
membros, um membro do Comitê deixar de desempenhar 
suas funções por motivos distintos de uma ausência 
temporária, o Presidente comunicará tal fato ao Secretário 
Geral da Organização das Nações Unidas, que declarará 
vago o lugar que ocupava o referido membro. 
§2. Em caso de morte ou renúncia de um membro 
do Comitê, o Presidente comunicará imediatamente tal fato 
ao Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, que 
declarará vago o lugar desde a data da morte ou daquela em 
que a renúncia passe a produzir efeitos. 
 
Art. 34 - §1. Quando um cargo for declarado vago 
nos termos do artigo 33 e o mandato do membro a ser 
substituído não expirar no prazo de seis meses a contar da 
data em que tenha sido declarada a vaga, o Secretário Geral 
das Nações Unidas comunicará tal fato aos Estados-partes 
no presente Pacto, que poderão, no prazo de dois meses, 
indicar candidatos, em conformidade com o artigo 29, para 
preencher a vaga. 
§2. O Secretário Geral da Organização das Nações 
Unidas organizará uma lista por ordem alfabética dos 
candidatos assim designados e a comunicará aos Estados- 
partes no presente Pacto. A eleição destinada a preencher tal 
vaga será realizada nos termos das disposições pertinentes 
desta parte do presente Pacto. 
§3. Qualquer membro do Comitê eleito para 
preencher a vaga em conformidade com o artigo 33 fará 
parte do Comitê durante o restante do mandato do membro 
que deixar vago o lugar do Comitê, nos termos do referido 
artigo. 
 
Art. 35 Os membros do Comitê receberão, com a 
aprovação da Assembleia Geral das Nações Unidas, 
honorários provenientes de recur4sos da Organização das 
Nações Unidas, nas condições fixadas, considerando-se a 
importância das funções do Comitê, pela Assembleia Geral. 
 
Art. 36 O Secretário Geral da Organização das 
Nações Unidas colocará à disposição do Comitê o pessoal e 
os serviços necessários ao desempenho eficaz das funções 
que lhe são atribuídas em virtude do presente Pacto. 
 
Art. 37 - § 1. O Secretário Geral da Organização 
das Nações Unidas convocará os Membros do Comitê para a 
primeira reunião, a realizar-se na sede da Organização. 
§2. Após a primeira reunião, o Comitê deverá 
reunir-se em todas as ocasiões previstas em suas regras de 
procedimento. 
§3. As reuniões do Comitê serão realizadas 
normalmente na sede da Organização das Nações Unidas ou 
no Escritório das Nações Unidas em Genebra. 
 
Art. 38 Todo membro do Comitê deverá, antes de 
iniciar suas funções, assumir, em sessão pública, o 
compromisso solene de que desempenhará suas funções 
imparcial e conscientemente. 
 
Art. 39 - §1. O Comitê elegerá sua Mesa para um 
período de 2 (dois) anos. Os membros da Mesa poderão ser 
reeleitos. 
§2. O próprio Comitê estabelecerá suas regras de 
procedimento; estas, contudo, deverão conter, entre outras, 
as seguintes disposições: 
1. o quórum será de 12 (doze) membros; 
2. as decisões do Comitê serão tomadas por 
maioria dos votos dos membros presentes. 
 
Art. 40 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto 
comprometem-se a submeter relatórios sobre as medidas por 
eles adotadas para tornar efetivos os direitos reconhecidos 
no presente Pacto e sobre o progresso alcançado no gozo 
desses direitos: 
1. dentro do prazo de um ano, a contar do início da 
vigência do presente Pacto nos Estados-partes interessados; 
2. a partir de então, sempre que o Comitê vier a 
solicitar. 
§2. Todos os relatórios serão submetidos ao 
Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, que os 
encaminhará, para exame, ao Comitê. Os relatórios deverão 
sublinhar, caso existam, os fatores e as dificuldades que 
prejudiquem a implementação do presente Pacto. 
§3. O Secretário Geral da Organização das Nações 
Unidas poderá, após consulta ao Comitê, encaminhar às 
agências especializadas cópias das partes dos relatórios que 
digam respeito à sua esfera de competência. 
§4. O Comitê estudará os relatórios apresentados 
pelos Estados-partes no presente Pacto e transmitirá aos 
Estados-partes seu próprio relatório, bem como os 
comentários geris que julgar oportunos. O Comitê poderá 
igualmente transmitir ao Conselho Econômico e Social os 
referidos comentários, bem como cópias dos relatórios que 
houver recebido dos Estados-partes no presente Pacto. 
§5. Os Estados-partes no presente Pacto poderão 
submeter ao Comitê as observações que desejarem formular 
relativamente aos comentários feitos nos termos do parágrafo 
4º do presente artigo. 
 
Art. 41 - §1. Com base no presente artigo, todo 
Estado-parte no presente Pacto poderá declarar, a qualquer 
momento, que reconhece a competência do Comitê para 
receber e examinar as comunicações em que um Estado-
parte alegue que outro Estado-parte não vem cumprindo as 
obrigações que lhe impõe o presente Pacto. As referidas 
comunicações só serão recebidas e examinadas nos termos 
do presente artigo no caso de serem apresentadas por um 
Estado-parte que houver feito uma declaraçãoem que 
reconheça, com relação a si próprio, a competência do 
Comitê. O Comitê não receberá comunicação alguma relativa 
a um Estado-parte que não houver feito uma declaração 
dessa natureza. As comunicações recebidas em virtude do 
presente artigo estarão sujeitas ao procedimento que segue: 
1. Se um Estado-parte no presente Pacto 
considerar que outro Estado-parte não vem cumprindo as 
disposições do presente Pacto poderá, mediante 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
47 
comunicação escrita, levar a questão ao conhecimento desse 
Estado- parte. Dentro do prazo de 3 (três) meses, a contar 
da data do recebimento da comunicação, o Estado 
destinatário fornecerá ao Estado que enviou a comunicação 
explicações e quaisquer outras declarações por escrito que 
esclareçam a questão, as quais deverão fazer referência, até 
onde seja possível e pertinente, aos procedimentos nacionais 
e aos recursos jurídicos adotados, em trâmite ou disponíveis 
sobre a questão; 
2. Se dentro do prazo de 6 (seis) meses, a contar 
da data do recebimento da comunicação original pelo Estado 
destinatário, a questão não estiver dirimida satisfatoriamente 
para ambos os Estados-partes interessados, tanto um como 
o outro terão o direito de submetê-la ao Comitê, mediante 
notificação endereçada ao Comitê ou ao outro Estado 
interessado; 
3. O Comitê tratará de todas as questões que se lhe 
submetam em virtude do presente artigo, somente após ter-
se assegurado de que todos os recursos internos disponíveis 
tenham sido utilizados e esgotados, em conformidade com os 
princípios do Direito Internacional geralmente reconhecidos. 
Não se aplicará essa regra quando a aplicação dos 
mencionados recursos prolongar-se injustificadamente; 
4. O Comitê realizará reuniões confidenciais quando 
estiver examinando as comunicações previstas no presente 
artigo; 
5. Sem prejuízo das disposições da alínea "c", o 
Comitê colocará seus bons ofícios à disposição dos Estados-
partes interessados, no intuito de alcançar uma solução 
amistosa para a questão, baseada no respeito aos direitos 
humanos e liberdades fundamentais reconhecidos no 
presente Pacto; 
6. Em todas as questões que se lhe submetam em 
virtude do presente artigo, o Comitê poderá solicitar aos 
Estados-partes interessados, a que se faz referência na 
alínea "b", que lhe forneçam quaisquer informações 
pertinentes; 
7. os Estados-partes interessados, a que se faz 
referência na alínea "b", terão o direito de fazer-se 
representar, quando as questões forem examinadas no 
Comitê, e de apresentar suas observações verbalmente e/ou 
por escrito; 
8. O Comitê, dentro dos doze meses seguintes à 
data do recebimento da notificação mencionada na alínea 
"b", apresentará relatório em que: 
9. se houver sido alcançada uma solução nos 
termos da alínea "e", p Comitê restringir-se-á, em seu 
relatório, a uma breve exposição dos fatos e da solução 
alcançada; 
10. se não houver sido alcançada solução alguma 
nos termos da alínea "e", o Comitê restringir-se-á, em seu 
relatório, a uma breve exposição dos fatos; serão anexados 
ao relatório o texto das observações escritas e das atas das 
observações orais apresentadas pelos Estados-partes 
interessados. Para cada questão, o relatório será 
encaminhado aos Estados-partes interessados. 
§2. As disposições do presente artigo entrarão em 
vigor a partir do momento em eu dez Estados-partes no 
presente Pacto houverem feito as declarações mencionadas 
no parágrafo 1º deste artigo. As referidas declarações serão 
depositadas pelos Estados- partes junto ao Secretário Geral 
da Organização da Nações Unidas, que enviará cópia das 
mesmas aos demais Estados-partes. Toda declaração 
poderá ser retirada, a qualquer momento, mediante 
notificação endereçada ao Secretário Geral. Far-se-á essa 
retirada sem prejuízo do exame de quaisquer questões que 
constituam objeto de uma comunicação já transmitida nos 
termos deste artigo; em virtude do presente artigo, não se 
receberá qualquer nova comunicação de um Estado-parte, 
quando o Secretário Geral houver recebido a notificação 
sobre a retirada da declaração, a menos que o Estado-parte 
interessado haja feito uma nova declaração. 
 
Art. 42 - §1: 
a) Se uma questão submetida ao Comitê, nos 
termos do artigo 41, não estiver dirimida satisfatoriamente 
para os Estados-partes interessados, o Comitê poderá, com 
o consentimento prévio dos Estados-partes interessados, 
constituir uma Comissão de Conciliação ad hoc (doravante 
denominada "a Comissão"). A Comissão colocará seus bons 
ofícios à disposição dos Estados-partes interessados, no 
intuito de se alcançar uma solução amistosa para a questão 
baseada no respeito aos presente Pacto. 
b) A Comissão será composta por cinco membros 
designados com o consentimento dos Estados-partes 
interessados. Se os Estados-partes interessados não 
chegarem a um acordo a respeito da totalidade ou de parte 
da composição da Comissão dentro do prazo de três meses, 
os membros da Comissão em relação aos quais não se 
chegou a um acordo serão eleitos pelo Comitê, entre os seus 
próprios membros, em votação secreta e por maioria de dois 
terços dos membros do Comitê. 
§2. Os membros da Comissão exercerão suas 
funções a título pessoal. Não poderão ser nacionais dos 
Estados interessados, nem do Estado que não seja Parte no 
presente Pacto, nem de um Estado-parte que não tenha feito 
a declaração prevista pelo artigo 41. 
§3. A própria Comissão elegerá seu Presidente e 
estabelecerá suas regras de procedimento. 
§4. As reuniões da Comissão serão realizadas 
normalmente na sede da Organização das Nações Unidas ou 
no Escritório das Nações Unidas em Genebra. Entretanto, 
poderão realizar-se em qualquer outro lugar apropriado que a 
Comissão determinar, após a consulta ao Secretário Geral da 
Organização das Nações Unidas e aos Estados-partes 
interessados. 
§5. O Secretariado referido no artigo 36 também 
prestará serviços às comissões designadas em virtude do 
presente artigo. 
§6. As informações obtidas pelo Comitê serão 
colocadas à disposição da Comissão, a qual poderá solicitar 
aos Estados-partes interessados que lhe forneçam qualquer 
outra informação pertinente. 
§7. Após haver estudado a questão sob todos os 
seus aspectos, mas, em qualquer caso, no prazo de não 
mais que doze meses após dela ter tomado conhecimento, a 
Comissão apresentará um relatório ao Presidente do Comitê, 
que o encaminhará aos Estados-partes interessados: 
1. se a Comissão não puder terminar o exame da 
questão, restringir-se-á, em seu relatório, a uma breve 
exposição sobre o estágio em que se encontra o exame da 
questão; 
2. se houver sido alcançada uma solução amistosa 
para a questão, baseada no respeito dos direitos humanos 
reconhecidos no presente Pacto, a Comissão restringir-se-á, 
em seu relatório, a uma breve exposição dos fatos e da 
solução alcançada; 
3. se não houver sido alcançada solução nos 
termos da alínea "b", a Comissão incluirá no relatório suas 
conclusões sobre os fatos relativos à questão debatida entre 
os Estados-partes interessados, assim como sua opinião 
sobre a possibilidade de solução amistosa para a questão; o 
relatório incluirá as observações escritas e as atas das 
observações orais feitas pelos Estados-partes interessados; 
4. se o relatório da Comissão for apresentado nos 
termos da alínea "c", os Estados-partes interessados 
comunicarão, no prazo de três meses a contar da data do 
recebimento do relatório, ao Presidente do Comitê, se 
aceitam ou não os termos do relatório da Comissão. 
§8. As disposições do presente artigo não 
prejudicarão as atribuições do Comitê previstas no artigo 41. 
§9. Todas as despesas dos membros da Comissão 
serão repartidas equitativamente entre os Estados-partes 
interessados, com base em estimativas a serem 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br48 
estabelecidas pelo Secretário Geral da Organização das 
Nações Unidas. 
§10. O Secretário Geral da Organização das 
Nações Unidas poderá, caso seja necessário, pagar as 
despesas dos membros da Comissão antes que sejam 
reembolsadas pelos Estados-partes interessados, em 
conformidade com o parágrafo 9 do presente artigo. 
 
Art. 43 Os membros do Comitê e os membros da 
Comissão de reconciliação ad hoc que forem designados nos 
termos do artigo 42, terão direito às facilidades, privilégios e 
imunidades que se concedem aos peritos em desempenho 
de missões para a Organização das Nações Unidas, em 
conformidade com as seções pertinentes da Convenção 
sobre Privilégios e imunidades das Nações Unidas. 
 
Art. 44 As disposições relativas à implementação do 
presente Pacto aplicar-se-ão sem prejuízo dos 
procedimentos instituídos em matéria de direitos humanos 
pelos – ou em virtude dos mesmos – instrumentos 
constitutivos e pelas Convenções da Organização das 
Nações Unidas e das agências especializadas, e não 
impedirão que os Estados- partes venham a recorrer a outros 
procedimentos para a solução das controvérsias, em 
conformidade com os acordos internacionais gerais ou 
especiais vigentes entre eles. 
 
Art. 45 O Comitê submeterá à Assembleia Geral, 
por intermédio do Conselho Econômico e Social, um relatório 
sobre suas atividades. 
 
PARTE V 
Art. 46 Nenhuma disposição do presente Pacto 
poderá ser interpretada em detrimento das disposições da 
Carta das Nações Unidas ou das constituições das 
agências especializadas, as quais definem as 
responsabilidades respectivas dos diversos órgãos da 
Organização das Nações Unidas e das agências 
especializadas relativamente às matérias tratadas no 
presente Pacto. 
 
Art. 47 Nenhuma disposição do presente Pacto 
poderá ser interpretada em detrimento do direito inerente 
a todos os povos de desfrutar e utilizar plena e 
livremente suas riquezas e seus recursos naturais. 
 
PARTE VI 
Art. 48 - §1. O presente Pacto está aberto à 
assinatura de todos os Estados membros da Organização 
das Nações Unidas ou membros de qualquer de suas 
agências especializadas, de todos Estado-parte no Estatuto 
da Corte Internacional de Justiça, bem como de qualquer 
outro Estado convidado pela Assembleia Geral das Nações 
Unidas a tornar-se Parte no presente Pacto. 
§2. O presente Pacto está sujeito à ratificação. Os 
instrumentos de ratificação serão depositados junto ao 
Secretário Geral da Organização das Nações Unidas. 
§3. O presente Pacto está aberto à adesão de 
qualquer dos Estados mencionados no parágrafo 1º do 
presente artigo. 
§4. Far-se-á a adesão mediante depósito do 
instrumento de adesão junto ao Secretário Geral das Nações 
Unidas. 
§5. O Secretário Geral da Organização das Nações 
Unidas informará todos os Estados que hajam assinado o 
presente Pacto, ou a ele aderido, do depósito de cada 
instrumento de ratificação ou adesão. 
 
Art. 49 - §1. O presente Pacto entrará em vigor três 
meses após a data do depósito, junto ao Secretário Geral da 
Organização das Nações Unidas do trigésimo quinto 
instrumento de ratificação ou adesão. 
§2. Para os Estados que vierem a ratificar o 
presente Pacto ou a ele aderir após o depósito do trigésimo 
quinto instrumento de ratificação ou adesão, o presente 
Pacto entrará em vigor três meses após a data do depósito, 
pelo Estado em questão, de seu instrumento de ratificação ou 
adesão. 
 
Art. 50 Aplicar-se-ão as disposições do presente 
Pacto, sem qualquer limitação ou exceção, a todas as 
unidades constitutivas dos Estados federativos. 
 
Art. 51 - §1. Qualquer Estado-parte no presente 
Pacto poderá propor emendas e depositá-las junto ao 
Secretário Geral da Organização das Nações Unidas. O 
Secretário Geral comunicará todas as propostas de emendas 
aos Estados-partes no presente Pacto, pedindo-lhes que o 
notifiquem se desejam que se convoque uma conferência dos 
Estados-partes destinada a examinar as propostas e 
submetê-las a votação. Se pelo menos um terço dos 
Estados-partes se manifestar a favor da referida convocação, 
o Secretário Geral convocará a conferência sob os auspícios 
da Organização das Nações Unidas. Qualquer emenda 
adotada pela maioria dos Estados-partes presentes e 
votantes na conferência será submetida à aprovação da 
Assembleia Geral das Nações Unidas. 
 §2. Tais emendas entrarão em vigor quando 
aprovadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas e 
aceitas, em conformidade com seus respectivos 
procedimentos constitucionais, por uma maioria de dois 
terços dos Estados-partes no pressente Pacto. 
§3. Ao entrarem em vigor, tais emendas serão 
obrigatórias para os Estados-partes que as aceitaram, ao 
passo que os demais Estados-partes permanecem obrigados 
pelas disposições do presente Pacto e pelas emendas 
anteriores por eles aceitas. 
 
Art. 52 Independentemente das notificações 
previstas no parágrafo 5º do artigo 48, Secretário Geral da 
Organização das Nações Unidas comunicará a todos os 
Estados mencionados no parágrafo 1º do referido artigo: 
1. As assinaturas, ratificações e adesões recebidas 
em conformidade com o artigo 48; 
2. A data da entrada em vigor do Pacto, nos termos 
do artigo 49, e a data de entrada em vigor de quaisquer 
emendas, nos termos do artigo 51. 
 
Art. 53 - §1. O presente Pacto, cujos textos em 
chinês, espanhol, francês, inglês e russo são igualmente 
autênticos, será depositado nos arquivos da Organização das 
Nações Unidas. 
§2. O Secretário Geral da Organização das Nações 
Unidas encaminhará cópias autenticadas do presente Pacto 
a todos os Estados mencionados no artigo 48. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
49 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
50 
 
 
 
CAPÍTULO VII 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
(Memorize: LIMPE) 
I - os cargos, empregos e funções públicas são 
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma 
da lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
STF: Súmula 683 - O limite de idade para a inscrição em concurso público 
só se legitima em face do art. 7º, XXX, da CF, quando possa ser justificado 
pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 
STF: Súmula 684 - É inconstitucional o veto não motivado à participação 
de candidato a concurso público. 
STF: Súmula 685 - É inconstitucional toda modalidade de provimento que 
propicieao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso 
público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira 
na qual anteriormente investido. 
STF: Súmula 686 - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a 
habilitação de candidato a concurso público. 
III - o prazo de validade do concurso público será de 
até 2 (dois) anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital 
de convocação, aquele aprovado em concurso público de 
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, 
na carreira; 
STF: Os candidatos aprovados em concurso público têm direito subjetivo à 
nomeação para a posse que vier a ser dada nos cargos vagos existentes 
ou nos que vierem a vagar no prazo de validade do concurso. A recusa da 
Administração Pública em prover cargos vagos, quando existentes 
candidatos aprovados em concurso público, deve ser motivada, e esta 
motivação é suscetível de apreciação pelo Poder Judiciário. 
V - as funções de confiança, exercidas 
exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e 
os cargos em comissão, a serem preenchidos por 
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais 
mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições 
de direção, chefia e assessoramento; 
STF: Súmula vinculante 13 - A nomeação de cônjuge, companheiro ou 
parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa 
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função 
gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a 
Constituição Federal. 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre 
associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos 
limites definidos em lei específica; 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos 
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e 
definirá os critérios de sua admissão; 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por 
tempo determinado para atender a necessidade temporária 
de excepcional interesse público; 
X - a remuneração dos servidores públicos e o 
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser 
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa 
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, 
sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
STF: Súmula 679 - A fixação de vencimentos dos servidores públicos não 
pode ser objeto de convenção coletiva. 
STF: Súmula 681 - É inconstitucional a vinculação de vencimentos de 
servidores estaduais e municipais a índices federais de correção 
monetária. 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de 
cargos, funções e empregos públicos da administração 
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais 
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie 
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas 
as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não 
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se 
como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos 
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do 
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder 
Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de 
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos 
por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, 
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos 
Procuradores e aos Defensores Públicos; 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo 
e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos 
pagos pelo Poder Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público; 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por 
servidor público não serão computados nem acumulados 
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Vedação ao 
efeito cascata) 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de 
cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o 
disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, 
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou 
científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
XVII - a proibição de acumular estende-se a 
empregos e funções e abrange autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas 
Constituição da República Federativa 
do Brasil de 1988 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
51 
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público; 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores 
fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e 
jurisdição, precedência sobre os demais setores 
administrativos, na forma da lei; 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada 
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação; (Administração pública indireta) 
XX - depende de autorização legislativa, em cada 
caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas 
no inciso anterior, assim como a participação de qualquer 
delas em empresa privada; 
XXI - ressalvados os casos especificados na 
legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação pública que 
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, 
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, 
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação 
técnica e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
XXII - as administrações tributárias da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades 
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por 
servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários 
para a realização de suas atividades e atuarão de forma 
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e 
de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter 
caráter educativo, informativo ou de orientação social, 
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores 
públicos. 
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III 
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade 
responsável, nos termos da lei. 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do 
usuário na administração pública direta e indireta, regulando 
especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços 
públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de 
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e 
interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e 
a informações sobre atos de governo,observado o disposto 
no art. 5º, X e XXXIII; 
III - a disciplina da representação contra o exercício 
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública. 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa 
importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da 
função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em 
lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para 
ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que 
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de 
direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Teoria do Risco Administrativo. O Estado deverá ser responsabilizado 
pelos danos causados por seus agentes, independentemente de dolo ou 
culpa. Responsabilidade Objetiva. 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao 
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e 
indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira 
dos órgãos e entidades da administração direta e indireta 
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre 
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto 
a fixação de metas de desempenho para o órgão ou 
entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de 
desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos 
dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal." 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas 
públicas e às sociedades de economia mista, e suas 
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de 
proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos 
arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou 
função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em 
comissão declarados em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites 
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste 
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em 
lei. 
 § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput 
deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal 
fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas 
Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio 
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de 
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos 
por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste 
parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais 
e dos Vereadores. 
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo 
poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas 
atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a 
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou 
mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que 
possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para 
o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de 
origem. (2019) 
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de 
tempo de contribuição decorrente de cargo, emprego ou 
função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência 
Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o 
referido tempo de contribuição. (2019) 
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias 
de servidores públicos e de pensões por morte a seus 
dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 
a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga 
regime próprio de previdência social. (2019) 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
Seção II 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
52 
jurídico único e planos de carreira para os servidores da 
administração pública direta, das autarquias e das fundações 
públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão conselho de política de administração e 
remuneração de pessoal, integrado por servidores 
designados pelos respectivos Poderes. (Cautelarmente 
suspenso) 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos 
demais componentes do sistema remuneratório observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a 
complexidade dos cargos componentes de cada carreira; 
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos. 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão 
escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento 
dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos 
cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, 
facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos 
entre os entes federados. 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo 
público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, 
XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer 
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do 
cargo o exigir. 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato 
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e 
Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio 
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer 
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de 
representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, 
em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e 
a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, 
em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário 
publicarão anualmente os valores do subsídio e da 
remuneração dos cargos e empregos públicos. 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos 
orçamentários provenientes da economia com despesas 
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para 
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e 
produtividade, treinamento e desenvolvimento, 
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço 
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de 
produtividade. 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos 
organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 
4º. 
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de 
caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função 
de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do 
cargo efetivo. (2019) 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
Art. 41. São estáveis após 3 (três) anos de efetivo 
exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja 
assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho, na forma de lei complementar, assegurada 
ampla defesa. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do 
servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual 
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de 
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro 
cargo ou posto em disponibilidadecom remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua 
desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, 
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu 
adequado aproveitamento em outro cargo. 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, 
é obrigatória a avaliação especial de desempenho por 
comissão instituída para essa finalidade. 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
CAPÍTULO III 
DA SEGURANÇA PÚBLICA 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito 
e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação 
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
patrimônio, através dos seguintes órgãos: (Rol taxativo) 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (2019) 
STF: A atividade de policiamento naval é uma atividade secundária da 
Marinha de Guerra, possuindo caráter meramente administrativo. Não se 
pode atribuir a essa função natureza militar, apesar de ser desempenhada 
pela Marinha de Guerra. 
§ 1º A POLÍCIA FEDERAL, instituída por lei como 
órgão permanente, organizado e mantido pela União e 
estruturado em carreira, destina-se a: 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e 
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da 
União ou de suas entidades autárquicas e empresas 
públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha 
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão 
uniforme, segundo se dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo 
da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas 
respectivas áreas de competência; 
III - exercer as funções de polícia marítima, 
aeroportuária e de fronteiras; 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia 
judiciária da União. 
§ 2º A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL, órgão 
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado 
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 
ostensivo das rodovias federais. 
§ 3º A POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL, órgão 
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado 
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 
ostensivo das ferrovias federais. 
§ 4º Às POLÍCIAS CIVIS, dirigidas por delegados de 
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da 
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais, exceto as militares. 
§ 5º Às POLÍCIAS MILITARES cabem a polícia 
ostensiva e a preservação da ordem pública; aos CORPOS 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
53 
DE BOMBEIROS MILITARES, além das atribuições 
definidas em lei, incumbe a execução de atividades de 
defesa civil. 
STF: A polícia militar, embora não seja polícia judiciária, pode realizar 
flagrantes ou participar da busca e apreensão determinada por ordem 
judicial. 
§ 5º-A. Às POLÍCIAS PENAIS, vinculadas ao órgão 
administrador do sistema penal da unidade federativa a que 
pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. 
(2019) 
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros 
militares, forças auxiliares e reserva do Exército subordinam-
se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais 
estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Territórios. (2019) 
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento 
dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira 
a garantir a eficiência de suas atividades. 
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas 
municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e 
instalações, conforme dispuser a lei. 
STF: Guardas Municipais podem exercer poder de polícia de trânsito, 
aplicando sanções administrativas - multas - aos infratores. 
§ 9º A remuneração dos servidores policiais 
integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada 
na forma do § 4º do art. 39. 
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação 
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu 
patrimônio nas vias públicas: 
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização 
de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que 
assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana 
eficiente; e 
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou 
entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados 
em Carreira, na forma da lei. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
TÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
CAPÍTULO I 
DO FURTO 
 Furto (Simples) 
 Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia 
móvel: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
STJ: Súmula 567 - Sistema de vigilância realizado por monitoramento 
eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento 
comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto. 
 § 1º - A pena aumenta-se de 1/3 (um terço), se o crime 
é praticado durante o repouso noturno. 
STJ: A causa especial de aumento de pena do furto cometido durante o 
repouso noturno pode se configurar mesmo quando o crime é cometido 
em estabelecimento comercial ou residência desabitada, sendo indiferente 
o fato de a vítima estar, ou não, efetivamente repousando. 
 § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a 
coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela 
de detenção, diminuí-la de 1/3 a 2/3 (um a dois terços), ou 
aplicar somente a pena de multa. (Furto privilegiado) 
Princípio da Insignificância ou Bagatela: para a aplicação desse 
princípio, segundo o STJ, é necessária a observância dos seguintes 
requisitos: 1. Mínima ofensividade da conduta do agente. 2. Ausência 
de periculosidade social. 3. Reduzidíssimo grau de reprovabilidade 
do comportamento. 4. Inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
Furto famélico: é o furto praticado para saciar a fome, quando o 
agente se encontra na extrema pobreza. De acordo com o STJ, 
poderá ser causa de exclusão de ilicitude por estado de necessidade. 
 § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou 
qualquer outra que tenha valor econômico. (Crime permanente) 
 Furto qualificado 
 § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, 
se o crime é cometido: 
 I - com destruição ou rompimento de obstáculo à 
subtração da coisa; 
 II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, 
escalada ou destreza; 
 III - com emprego de chave falsa; 
 IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
STJ: Súmula 442 - É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo 
concurso de agentes, a majorante do roubo. 
STJ: Súmula 511 - É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 
2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem 
presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a 
qualificadora forde ordem objetiva. 
 § 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) 
anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de 
artefato análogo que cause perigo comum. (2018) 
 
 
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 
Código Penal 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
54 
 § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a 
subtração for de veículo automotor que venha a ser 
transportado para outro Estado ou para o exterior. 
 § 6o A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos 
se a subtração for de semovente domesticável de 
produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local 
da subtração. (2016) - (Crime de abigeato) 
 § 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos 
e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou 
de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem 
sua fabricação, montagem ou emprego. (2018) 
 
 Furto de coisa comum 
 Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, 
para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a 
coisa comum: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
 § 1º - Somente se procede mediante representação. 
 § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum 
fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o 
agente. 
 
 
CAPÍTULO II 
DO ROUBO E DA EXTORSÃO 
 Roubo 
 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para 
outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou 
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência: (Roubo próprio) 
STJ: Súmula 582 - Consuma-se o crime de roubo com a inversão da 
posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda 
que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e 
recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e 
pacífica ou desvigiada. 
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de 
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave 
ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a 
detenção da coisa para si ou para terceiro. (Roubo impróprio) 
 
 § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: 
(2018) - (Roubo circunstanciado) 
 I – (revogado); 
 II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
 III - se a vítima está em serviço de transporte de valores 
e o agente conhece tal circunstância. 
 IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a 
ser transportado para outro Estado ou para o 
exterior; 
 V - se o agente mantém a vítima em seu poder, 
restringindo sua liberdade. 
 VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de 
acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua 
fabricação, montagem ou emprego. (2018) 
 VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com 
emprego de arma branca; (2019) 
 § 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (2018) 
 I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego 
de arma de fogo; (2018) 
 II – se há destruição ou rompimento de obstáculo 
mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que 
cause perigo comum. (2018) 
 § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com 
emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-
se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. (2019) 
 § 3º Se da violência resulta: (2018) 
 I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 
(sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; (2018) 
 II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 
(trinta) anos, e multa. (2018) - (Latrocínio) 
Roubo 
STF: Súmula 610 - Há crime de latrocínio, quando o homicídio se 
consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da 
vítima. 
STJ: Súmula 443 - O aumento na terceira fase de aplicação da pena no 
crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo 
suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de 
majorantes. 
 
 Extorsão (Simples) 
 Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou 
grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para 
outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que 
se faça ou deixar de fazer alguma coisa: 
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais 
pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de 
1/3 (um terço) até metade. 
 § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência 
o disposto no § 3º do artigo anterior. 
§ 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da 
liberdade (Sequestro relâmpago) da vítima, e essa condição é 
necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena 
é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se 
resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas 
previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. 
Extorsão 
STJ: Súmula 96 - O crime de extorsão consuma-se independentemente 
da obtenção da vantagem indevida. 
 
 Extorsão mediante sequestro 
 Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si 
ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço 
do resgate: 
 Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. 
 § 1o Se o sequestro dura mais de 24 (vinte e quatro) 
horas, se o sequestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 
60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou 
quadrilha. 
 Pena - reclusão, de doze a vinte anos. 
 § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza 
grave: 
 Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro 
anos. 
 § 3º - Se resulta a morte: 
 Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta 
anos. 
 § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente 
que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do 
sequestrado, terá sua pena reduzida de 1/3 a 2/3 (um a dois 
terços). (Delação premiada) 
 
 Extorsão indireta 
 Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, 
abusando da situação de alguém, documento que pode dar 
causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra 
terceiro: 
 Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
CAPÍTULO III 
DA USURPAÇÃO 
 Alteração de limites 
 Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou 
qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para 
apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem: 
 Usurpação de águas 
 I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, 
águas alheias; 
 Esbulho possessório 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
55 
 II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou 
mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou 
edifício alheio, para o fim de esbulho possessório. 
 § 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na 
pena a esta cominada. 
 § 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego 
de violência, somente se procede mediante queixa. 
 
 Supressão ou alteração de marca em animais 
 Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado 
ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade: 
 Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. 
 
CAPÍTULO IV 
DO DANO 
 Dano 
 Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 Dano qualificadoParágrafo único - Se o crime é cometido: 
 I - com violência à pessoa ou grave ameaça; 
 II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, 
se o fato não constitui crime mais grave 
 III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito 
Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública, 
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa 
concessionária de serviços públicos; (2017) 
 IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável 
para a vítima: 
 Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, 
além da pena correspondente à violência. 
 
 Introdução ou abandono de animais em propriedade 
alheia 
 Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade 
alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o 
fato resulte prejuízo: 
 Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa. 
 
 Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou 
histórico 
 Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa 
tombada pela autoridade competente em virtude de valor 
artístico, arqueológico ou histórico: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 
 Alteração de local especialmente protegido 
 Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade 
competente, o aspecto de local especialmente protegido por 
lei: 
 Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
 
 Ação penal 
 Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu 
parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante 
queixa. 
 
CAPÍTULO V 
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
 Apropriação indébita 
 Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que 
tem a posse ou a detenção: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 Aumento de pena 
 § 1º - A pena é aumentada de 1/3 (um terço), quando o 
agente recebeu a coisa: 
 I - em depósito necessário; 
 II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, 
inventariante, testamenteiro ou depositário judicial; 
 III - em razão de ofício, emprego ou profissão. 
 
 Apropriação indébita previdenciária 
 Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as 
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e 
forma legal ou convencional: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 § 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
 I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra 
importância destinada à previdência social que tenha sido 
descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros 
ou arrecadada do público; 
 II – recolher contribuições devidas à previdência social 
que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos 
à venda de produtos ou à prestação de serviços; 
 III - pagar benefício devido a segurado, quando as 
respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à 
empresa pela previdência social. 
STF / STJ: Não se exige dolo específico. 
 § 2o É extinta a punibilidade se o agente, 
espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento 
das contribuições, importâncias ou valores e presta as 
informações devidas à previdência social, na forma definida 
em lei ou regulamento, antes do início da ação 
fiscal. (Extinção da punibilidade) 
STF / STJ: A quitação do débito decorrente de apropriação indébita 
previdenciária enseja a extinção da punibilidade, desde que realizada 
antes do trânsito em julgado da sentença condenatória. 
 § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou 
aplicar somente a de multa se o agente for primário e de 
bons antecedentes, desde que: (Perdão judicial) 
STF / STJ: Atualmente, entende-se que deve haver a aplicação do 
princípio da insignificância quando o valor do débito seja igual ou 
inferior ao estabelecido pela previdência como sendo o mínimo para 
ajuizamento das ações fiscais. O valor atual é de R$ 20.000,00. 
 I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes 
de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social 
previdenciária, inclusive acessórios; ou 
 II – o valor das contribuições devidas, inclusive 
acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela 
previdência social, administrativamente, como sendo o 
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se 
aplica aos casos de parcelamento de contribuições cujo 
valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele 
estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo 
para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (2018) 
 
 Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito 
ou força da natureza 
 Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao 
seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza: 
 Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
 Parágrafo único - Na mesma pena incorre: 
 Apropriação de tesouro 
 I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no 
todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do 
prédio; 
 Apropriação de coisa achada 
 II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, 
total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou 
legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, 
dentro no prazo de 15 (quinze) dias. 
 Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se 
o disposto no art. 155, § 2º. (Apropriação privilegiada) 
 
CAPÍTULO VI 
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES 
 Estelionato 
 Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem 
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém 
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio 
fraudulento: 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
56 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de 
quinhentos mil réis a dez contos de réis. 
 § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor 
o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no 
art. 155, § 2º. (Estelionato privilegiado) 
 § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: 
 Disposição de coisa alheia como própria 
 I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou 
em garantia coisa alheia como própria; 
 Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria 
 II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia 
coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou 
imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento 
em prestações, silenciando sobre qualquer dessas 
circunstâncias; 
 Defraudação de penhor 
 III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo 
credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando 
tem a posse do objeto empenhado; 
 Fraude na entrega de coisa 
 IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de 
coisa que deve entregar a alguém; 
 Fraude para recebimento de indenização ou valor de 
seguro 
 V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa 
própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as 
consequências da lesão ou doença, com o intuito de haver 
indenização ou valor de seguro; 
 Fraude no pagamento por meio de cheque 
 VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em 
poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. 
 § 3º - A pena aumenta-se de 1/3 (um terço), se o crime é 
cometido em detrimento de entidade de direito público ou de 
instituto de economia popular, assistência social ou 
beneficência. 
Estelionato contra idoso 
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for 
cometido contra idoso. 
§ 5º Somente se procede mediante representação, 
salvo se a vítima for: (2019) 
I - a Administração Pública, direta ou indireta; 
II - criança ou adolescente; 
III - pessoa com deficiência mental; ou 
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz. 
 
EstelionatoSTF: Súmula 246 - Comprovado não ter havido fraude, não se configura o 
crime de emissão de cheque sem fundos. 
STF: Súmula 521 - O foro competente para o processo e julgamento dos 
crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque 
sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento 
pelo sacado. 
STF: Súmula 554 - O pagamento de cheque emitido sem provisão de 
fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da 
ação penal. 
STJ: Súmula 17 - Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva, é por este absorvido. 
STJ: Súmula 24 - Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como 
vítima entidade autárquica da previdência social, a qualificadora do § 3º, 
do art. 171 do Código Penal. 
STJ: Súmula 48 - Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem 
ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante 
falsificação de cheque. 
STJ: Súmula 73 - A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado 
configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça 
Estadual. 
STJ: Súmula 244 - Compete ao foro do local da recusa processar e julgar 
o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos. 
 
 Duplicata simulada 
 Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que 
não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou 
qualidade, ou ao serviço prestado. 
 Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquele 
que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro 
de Duplicatas. 
 
 Abuso de incapazes 
 Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de 
necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da 
alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo 
qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito 
jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
 
 Induzimento à especulação 
 Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da 
inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de 
outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à 
especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou 
devendo saber que a operação é ruinosa: 
 Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
 Fraude no comércio 
 Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, 
o adquirente ou consumidor: 
 I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria 
falsificada ou deteriorada; 
 II - entregando uma mercadoria por outra: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
 § 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a 
qualidade ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, 
pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; 
vender pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso, 
metal de ou outra qualidade: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. 
 § 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º. 
 
 Outras fraudes 
 Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em 
hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de 
recursos para efetuar o pagamento: 
 Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 
 Parágrafo único - Somente se procede mediante 
representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, 
deixar de aplicar a pena. 
 
 Fraudes e abusos na fundação ou administração de 
sociedade por ações 
 Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações, 
fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à 
assembleia, afirmação falsa sobre a constituição da 
sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato 
não constitui crime contra a economia popular. 
 § 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não constitui 
crime contra a economia popular: 
 I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade por 
ações, que, em prospecto, relatório, parecer, balanço ou 
comunicação ao público ou à assembleia, faz afirmação falsa 
sobre as condições econômicas da sociedade, ou oculta 
fraudulentamente, no todo ou em parte, fato a elas relativo; 
 II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por 
qualquer artifício, falsa cotação das ações ou de outros títulos 
da sociedade; 
 III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à 
sociedade ou usa, em proveito próprio ou de terceiro, dos 
bens ou haveres sociais, sem prévia autorização da 
assembleia geral; 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
57 
 IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende, por 
conta da sociedade, ações por ela emitidas, salvo quando a 
lei o permite; 
 V - o diretor ou o gerente que, como garantia de crédito 
social, aceita em penhor ou em caução ações da própria 
sociedade; 
 VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço, em 
desacordo com este, ou mediante balanço falso, distribui 
lucros ou dividendos fictícios; 
 VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta 
pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a aprovação 
de conta ou parecer; 
 VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII; 
 IX - o representante da sociedade anônima estrangeira, 
autorizada a funcionar no País, que pratica os atos 
mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao 
Governo. 
 § 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a 
dois anos, e multa, o acionista que, a fim de obter vantagem 
para si ou para outrem, negocia o voto nas deliberações de 
assembleia geral. 
 
 Emissão irregular de conhecimento de depósito ou 
"warrant" 
 Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, 
em desacordo com disposição legal: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
 Fraude à execução 
 Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, 
destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
 Parágrafo único - Somente se procede mediante 
queixa. 
 
CAPÍTULO VII 
DA RECEPTAÇÃO 
 Receptação 
 Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou 
ocultar (Receptação própria), em proveito próprio ou alheio, 
coisa que sabe ser produto de crime, ou influir (Receptação 
imprópria) para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou 
oculte: 
A receptação é um crime acessório ou parasitário – depende da 
existência de um crime anterior. Caso a infração anterior seja uma 
contravenção penal, não se tipificará o crime de receptação. 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 Receptação qualificada 
 § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter 
em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à 
venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou 
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, 
coisa que deve saber ser produto de crime: 
 Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. 
 § 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito 
do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular 
ou clandestino, inclusive o exercício em residência. 
 § 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza 
ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela 
condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por 
meio criminoso: (Receptação culposa) 
 Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou 
ambas as penas. 
 § 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido 
ou isento de pena o autor do crime de que proveio a 
coisa. 
 § 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, 
pode o juiz, tendo em consideração ascircunstâncias, deixar 
de aplicar a pena (Perdão judicial). Na receptação dolosa 
aplica-se o disposto no § 2º do art. 155 (Receptação 
privilegiada). 
 § 6o Tratando-se de bens do patrimônio da União, de 
Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia, 
fundação pública, empresa pública, sociedade de economia 
mista ou empresa concessionária de serviços públicos, 
aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. 
(2017) 
 
 Receptação de animal 
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, 
ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de 
produção ou de comercialização, semovente domesticável 
de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que 
deve saber ser produto de crime: (2016) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
(2016) 
 
CAPÍTULO VIII 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos 
crimes previstos neste título, em prejuízo: (Imunidade penal 
absoluta) 
 I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
 II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco 
legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. 
 
 Art. 182 - Somente se procede mediante 
representação, se o crime previsto neste título é cometido 
em prejuízo: (Imunidade penal relativa) 
 I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
 II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
 III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
 
 Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos 
anteriores: (Exclusão das imunidades) 
 I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, 
quando haja emprego de grave ameaça ou violência à 
pessoa; 
 II - ao estranho que participa do crime. 
 III – se o crime é praticado contra pessoa com idade 
igual ou superior a 60 (sessenta) anos. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
58 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
CAPÍTULO III 
DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS 
Art. 112. O juiz, o órgão do Ministério Público, os 
serventuários ou funcionários de justiça e os peritos ou 
intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando 
houver incompatibilidade ou impedimento legal, que 
declararão nos autos. Se não se der a abstenção, a 
incompatibilidade ou impedimento poderá ser arguido pelas 
partes, seguindo-se o processo estabelecido para a exceção 
de suspeição. 
Para Eugênio Pacelli de Oliveira, enquanto os casos de suspeição e de 
impedimento têm previsão expressa no Código de Processo Penal, as 
incompatibilidades previstas no art. 112 do CPP compreenderão todas as 
demais situações que possam interferir na imparcialidade do julgador e 
que não estejam arroladas entre as hipóteses de uma e outra. É o que 
ocorre, por exemplo, em relação às razões de foro íntimo, não previstas na 
casuística da lei, mas suficientes para afetar a imparcialidade 
Eugêncio Pacelli de Oliveira, 2008, p. 260 
 
--------------------------------------------------------------------------------- 
 
CAPÍTULO V 
DA RESTITUIÇÃO DAS COISAS APREENDIDAS 
Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença 
final, as coisas apreendidas não poderão ser restituídas 
enquanto interessarem ao processo. 
 
Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 
do Código Penal não poderão ser restituídas, mesmo depois 
de transitar em julgado a sentença final, salvo se 
pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-fé. 
Após a Reforma Penal de 1984, perdeu efeito a menção ao art. 100 e o 
art. 74 transformou-se no art. 91, II, do Código Penal, que estipula: “São 
efeitos da condenação: (...) II - a perda em favor da União, ressalvado o 
direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, 
desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou 
detenção constitua fato ilícito; b) do produto do crime ou de qualquer bem 
ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato 
criminoso. 
Guilherme de Souza Nucci, Código de Processo Penal Comentado, 2019 
 
Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser 
ordenada pela autoridade policial ou juiz, mediante termo 
nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do 
reclamante. 
§ 1o Se duvidoso esse direito, o pedido de restituição 
autuar-se-á em apartado, assinando-se ao requerente o 
prazo de 5 (cinco) dias para a prova. Em tal caso, só o juiz 
criminal poderá decidir o incidente. 
§ 2o O incidente autuar-se-á também em apartado e 
só a autoridade judicial o resolverá, se as coisas forem 
apreendidas em poder de terceiro de boa-fé, que será 
intimado para alegar e provar o seu direito, em prazo igual e 
sucessivo ao do reclamante, tendo um e outro dois dias para 
arrazoar. 
§ 3o Sobre o pedido de restituição será sempre 
ouvido o Ministério Público. 
§ 4o Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro 
dono, o juiz remeterá as partes para o juízo cível, ordenando 
o depósito das coisas em mãos de depositário ou do próprio 
terceiro que as detinha, se for pessoa idônea. 
§ 5o Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis, 
serão avaliadas e levadas a leilão público, depositando-se o 
dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha, se 
este for pessoa idônea e assinar termo de responsabilidade. 
 
Art. 121. No caso de apreensão de coisa adquirida 
com os proventos da infração, aplica-se o disposto 
no art. 133 e seu parágrafo. 
 
Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as 
coisas apreendidas serão alienadas nos termos do 
disposto no art. 133 deste Código. (2019) 
Parágrafo único. (Revogado). (2019) 
 
Art. 123. Fora dos casos previstos nos artigos 
anteriores, se dentro no prazo de 90 (noventa) dias, a contar 
da data em que transitar em julgado a sentença final, 
condenatória ou absolutória, os objetos apreendidos não 
forem reclamados ou não pertencerem ao réu, serão 
vendidos em leilão, depositando-se o saldo à disposição do 
juízo de ausentes. 
 
Art. 124. Os instrumentos do crime, cuja perda em 
favor da União for decretada, e as coisas confiscadas, de 
acordo com o disposto no art. 100 do Código Penal, serão 
inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver 
interesse na sua conservação. 
Após a Reforma Penal de 1984, perdeu efeito a menção ao art. 100. A 
correspondência hoje se faz com o art. 91, II, do Código Penal, que 
estipula: “São efeitos da condenação: (...) II - a perda em favor da União, 
ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos 
instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, 
alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; b) do produto do 
crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo 
agente com a prática do fato criminoso. 
 
Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento 
de obras de arte ou de outros bens de relevante valor 
cultural ou artístico, se o crime não tiver vítima 
determinada, poderá haver destinação dos bens a museus 
públicos. (2019) 
 
CAPÍTULO VI 
DAS MEDIDAS ASSECURATÓRIAS 
Art. 125. Caberá o sequestro dos bens imóveis, 
adquiridos peloindiciado com os proventos da infração, ainda 
que já tenham sido transferidos a terceiro. 
Sequestro é a medida assecuratória consistente em reter os bens imóveis 
e moveis do indiciado ou acusado, ainda que em poder de terceiros, 
quando adquiridos com o proveito da infração penal, para que deles não 
se desfaça, durante o curso da ação penal, a fim de se viabilizar a 
indenização da vitima ou impossibilitar ao agente que tenha lucro com 
atividade criminosa. 
Guilherme de Souza Nucci, Código de Processo Penal Comentado, 2019 
 
Art. 126. Para a decretação do sequestro, bastará a 
existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos 
bens. 
 
Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do 
Ministério Público ou do ofendido, ou mediante representação 
da autoridade policial, poderá ordenar o sequestro, em 
Decreto-Lei nº 3.689 / 1941 
Código de Processo Penal 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
59 
qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a 
denúncia ou queixa. 
 
Art. 128. Realizado o sequestro, o juiz ordenará a sua 
inscrição no Registro de Imóveis. 
 
Art. 129. O sequestro autuar-se-á em apartado e 
admitirá embargos de terceiro. 
 
Art. 130. O sequestro poderá ainda ser embargado: 
I - pelo acusado, sob o fundamento de não terem os 
bens sido adquiridos com os proventos da infração; 
II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido 
transferidos a título oneroso, sob o fundamento de tê-los 
adquirido de boa-fé. 
Parágrafo único. Não poderá ser pronunciada decisão 
nesses embargos antes de passar em julgado a sentença 
condenatória. 
 
Art. 131. O sequestro será levantado: 
I - se a ação penal não for intentada no prazo de 60 
(sessenta) dias, contado da data em que ficar concluída a 
diligência; 
II - se o terceiro, a quem tiverem sido transferidos os 
bens, prestar caução que assegure a aplicação do disposto 
no art. 74, II, b, segunda parte, do Código Penal; 
III - se for julgada extinta a punibilidade ou 
absolvido o réu, por sentença transitada em julgado. 
 
Art. 132. Proceder-se-á ao sequestro dos bens 
móveis se, verificadas as condições previstas no art. 126, 
não for cabível a medida regulada no Capítulo Xl do Título Vll 
deste Livro. 
Código Civil - Bens Móveis 
Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de 
remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação 
econômico-social. 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem 
empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa 
qualidade os provenientes da demolição de algum prédio. 
 
Art. 133. Transitada em julgado a sentença 
condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do 
interessado ou do Ministério Público, determinará a 
avaliação e a venda dos bens em leilão público cujo 
perdimento tenha sido decretado. (2019) 
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres 
públicos o que não couber ao lesado ou a terceiro de 
boa-fé. (2019) 
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo 
Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa 
em lei especial. (2019) 
 
Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o 
interesse público, a utilização de bem sequestrado, 
apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos 
órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da 
Constituição Federal, do sistema prisional, do sistema 
socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública 
e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas 
atividades. (2019) 
§ 1º O órgão de segurança pública participante das 
ações de investigação ou repressão da infração penal que 
ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua 
utilização. (2019) 
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o 
interesse público, o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos 
demais órgãos públicos. (2019) 
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for 
veículo, embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à 
autoridade de trânsito ou ao órgão de registro e controle a 
expedição de certificado provisório de registro e 
licenciamento em favor do órgão público beneficiário, o qual 
estará isento do pagamento de multas, encargos e 
tributos anteriores à disponibilização do bem para a sua 
utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável. 
(2019) 
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal 
condenatória com a decretação de perdimento dos bens, 
ressalvado o direito do lesado ou terceiro de boa-fé, o juiz 
poderá determinar a transferência definitiva da propriedade 
ao órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem. 
(2019) 
 
Art. 134. A hipoteca legal sobre os imóveis do 
indiciado poderá ser requerida pelo ofendido em qualquer 
fase do processo, desde que haja certeza da infração e 
indícios suficientes da autoria. 
 
Art. 135. Pedida a especialização mediante 
requerimento, em que a parte estimará o valor da 
responsabilidade civil, e designará e estimará o imóvel ou 
imóveis que terão de ficar especialmente hipotecados, o juiz 
mandará logo proceder ao arbitramento do valor da 
responsabilidade e à avaliação do imóvel ou imóveis. 
§ 1o A petição será instruída com as provas ou 
indicação das provas em que se fundar a estimação da 
responsabilidade, com a relação dos imóveis que o 
responsável possuir, se outros tiver, além dos indicados no 
requerimento, e com os documentos comprobatórios do 
domínio. 
§ 2o O arbitramento do valor da responsabilidade e a 
avaliação dos imóveis designados far-se-ão por perito 
nomeado pelo juiz, onde não houver avaliador judicial, sendo-
lhe facultada a consulta dos autos do processo respectivo. 
§ 3o O juiz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, 
que correrá em cartório, poderá corrigir o arbitramento do 
valor da responsabilidade, se Ihe parecer excessivo ou 
deficiente. 
§ 4o O juiz autorizará somente a inscrição da hipoteca 
do imóvel ou imóveis necessários à garantia da 
responsabilidade. 
§ 5o O valor da responsabilidade será liquidado 
definitivamente após a condenação, podendo ser requerido 
novo arbitramento se qualquer das partes não se conformar 
com o arbitramento anterior à sentença condenatória. 
§ 6o Se o réu oferecer caução suficiente, em dinheiro 
ou em títulos de dívida pública, pelo valor de sua cotação em 
Bolsa, o juiz poderá deixar de mandar proceder à inscrição 
da hipoteca legal. 
 
Art. 136. O arresto do imóvel poderá ser decretado 
de início, revogando-se, porém, se no prazo de 15 (quinze) 
dias não for promovido o processo de inscrição da hipoteca 
legal. 
 
Art. 137. Se o responsável não possuir bens imóveis 
ou os possuir de valor insuficiente, poderão ser arrestados 
bens móveis suscetíveis de penhora, nos termos em que é 
facultada a hipoteca legal dos imóveis. 
§ 1o Se esses bens forem coisas fungíveis e 
facilmente deterioráveis, proceder-se-á na forma do § 5o do 
art. 120. 
§ 2o Das rendas dos bens móveis poderão ser 
fornecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a manutenção 
do indiciado e de sua família. 
 
Art. 138. O processo de especialização da hipoteca e 
do arresto correrão em auto apartado. 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
 
 
 
60 
Art. 139. O depósito e a administração dos bens 
arrestados ficarão sujeitos ao regime do processo civil. 
 
Art. 140. As garantias do ressarcimento do dano 
alcançarão tambémas despesas processuais e as penas 
pecuniárias, tendo preferência sobre estas a reparação do 
dano ao ofendido. 
 
Art. 141. O arresto será levantado ou cancelada a 
hipoteca, se, por sentença irrecorrível, o réu for absolvido ou 
julgada extinta a punibilidade. 
 
Art. 142. Caberá ao Ministério Público promover as 
medidas estabelecidas nos arts. 134 e 137, se houver 
interesse da Fazenda Pública, ou se o ofendido for pobre e o 
requerer. 
 
Art. 143. Passando em julgado a sentença 
condenatória, serão os autos de hipoteca ou arresto 
remetidos ao juiz do cível (art. 63). 
 
Art. 144. Os interessados ou, nos casos do art. 142, o 
Ministério Público poderão requerer no juízo cível, contra o 
responsável civil, as medidas previstas nos arts. 
134, 136 e 137. 
 
Art. 144-A. O juiz determinará a alienação 
antecipada para preservação do valor dos bens sempre que 
estiverem sujeitos a qualquer grau de deterioração ou 
depreciação, ou quando houver dificuldade para sua 
manutenção. 
§ 1o O leilão far-se-á preferencialmente por meio 
eletrônico. 
§ 2o Os bens deverão ser vendidos pelo valor fixado 
na avaliação judicial ou por valor maior. Não alcançado o 
valor estipulado pela administração judicial, será realizado 
novo leilão, em até 10 (dez) dias contados da realização do 
primeiro, podendo os bens ser alienados por valor não 
inferior a 80% (oitenta por cento) do estipulado na avaliação 
judicial. 
§ 3o O produto da alienação ficará depositado em 
conta vinculada ao juízo até a decisão final do processo, 
procedendo-se à sua conversão em renda para a União, 
Estado ou Distrito Federal, no caso de condenação, ou, no 
caso de absolvição, à sua devolução ao 
acusado. 
§ 4o Quando a indisponibilidade recair sobre dinheiro, 
inclusive moeda estrangeira, títulos, valores mobiliários ou 
cheques emitidos como ordem de pagamento, o juízo 
determinará a conversão do numerário apreendido em 
moeda nacional corrente e o depósito das correspondentes 
quantias em conta judicial. 
§ 5o No caso da alienação de veículos, embarcações 
ou aeronaves, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao 
equivalente órgão de registro e controle a expedição de 
certificado de registro e licenciamento em favor do 
arrematante, ficando este livre do pagamento de multas, 
encargos e tributos anteriores, sem prejuízo de execução 
fiscal em relação ao antigo proprietário. 
§ 6o O valor dos títulos da dívida pública, das ações 
das sociedades e dos títulos de crédito negociáveis em bolsa 
será o da cotação oficial do dia, provada por certidão ou 
publicação no órgão oficial. 
§ 7o (VETADO). 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
TÍTULO I 
Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as 
disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar 
condições para a harmônica integração social do condenado 
e do internado. 
STF: Por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu 
que o artigo 283 do Código de Processo Penal (CPP) não impede o 
início da execução da pena após condenação em segunda instância e 
indeferiu liminares pleiteadas nas Ações Declaratórias de 
Constitucionalidade (ADCs) 43 e 44. 
---------------------------------------------------------------------------------------------------- 
De acordo com o Art. 283, do CPP, “ninguém poderá ser preso senão em 
flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade 
judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada 
em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de 
prisão temporária ou prisão preventiva.” 
 
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da 
Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será 
exercida, no processo de execução, na conformidade desta 
Lei e do Código de Processo Penal. 
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao 
preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou 
Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à 
jurisdição ordinária. 
 
 
 
Lei nº 7.210 / 1984 
Lei de Execução Penal 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
61 
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão 
assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou 
pela lei. 
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de 
natureza racial, social, religiosa ou política. 
 
Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da 
comunidade nas atividades de execução da pena e da 
medida de segurança. 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
Art. 9o-A. Os condenados por crime praticado, 
dolosamente, com violência de natureza grave contra 
pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1o da Lei 
no 8.072, de 25 de julho de 1990, serão submetidos, 
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante 
extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica 
adequada e indolor. 
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar 
garantias mínimas de proteção de dados genéticos, 
observando as melhores práticas da genética forense. 
(2019) 
§ 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá 
requerer ao juiz competente, no caso de inquérito instaurado, 
o acesso ao banco de dados de identificação de perfil 
genético. 
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados 
genéticos o acesso aos seus dados constantes nos bancos 
de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da 
cadeia de custódia que gerou esse dado, de maneira que 
possa ser contraditado pela defesa. (2019) 
§ 4º O condenado pelos crimes previstos 
no caput deste artigo que não tiver sido submetido à 
identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no 
estabelecimento prisional deverá ser submetido ao 
procedimento durante o cumprimento da pena. (2019) 
§ 5º (VETADO). (2019) 
§ 6º (VETADO). (2019) 
§ 7º (VETADO). (2019) 
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado 
em submeter-se ao procedimento de identificação do 
perfil genético. (2019) 
 
CAPÍTULO II 
Da Assistência 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever 
do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o 
retorno à convivência em sociedade. 
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. 
 
Art. 11. A assistência será: 
I - material; 
II - à saúde; 
III -jurídica; 
IV - educacional; 
V - social; 
VI - religiosa. 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
CAPÍTULO IV 
Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina 
SEÇÃO I 
Dos Deveres 
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações 
legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de 
execução da pena. 
 
Art. 39. Constituem deveres do condenado: 
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da 
sentença; 
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer 
pessoa com quem deva relacionar-se; 
III - urbanidade e respeito no trato com os demais 
condenados; 
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou 
coletivos defuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; 
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens 
recebidas; 
VI - submissão à sanção disciplinar imposta; 
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores; 
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das 
despesas realizadas com a sua manutenção, mediante 
desconto proporcional da remuneração do trabalho; 
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; 
X - conservação dos objetos de uso pessoal. 
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que 
couber, o disposto neste artigo. 
 
SEÇÃO II 
Dos Direitos 
Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à 
integridade física e moral dos condenados e dos presos 
provisórios. 
 
Art. 41 - Constituem direitos do preso: 
I - alimentação suficiente e vestuário; 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
III - Previdência Social; 
IV - constituição de pecúlio; 
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o 
trabalho, o descanso e a recreação; 
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, 
artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis 
com a execução da pena; 
VII - assistência material, à saúde, jurídica, 
educacional, social e religiosa; 
VIII - proteção contra qualquer forma de 
sensacionalismo; 
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; 
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e 
amigos em dias determinados; 
XI - chamamento nominal; 
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às 
exigências da individualização da pena; 
XIII - audiência especial com o diretor do 
estabelecimento; 
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, 
em defesa de direito; 
XV - contato com o mundo exterior por meio de 
correspondência escrita, da leitura e de outros meios de 
informação que não comprometam a moral e os bons 
costumes. 
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido 
anualmente, sob pena da responsabilidade da autoridade 
judiciária competente. 
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X 
e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato 
motivado do diretor do estabelecimento. 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
SEÇÃO III 
Das Autorizações de Saída 
SUBSEÇÃO I 
Da Permissão de Saída 
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em 
regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
62 
poderão obter permissão para sair do estabelecimento, 
mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: 
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, 
companheira, ascendente, descendente ou irmão; 
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo 
único do artigo 14). 
Parágrafo único. A permissão de saída será 
concedida pelo diretor do estabelecimento onde se 
encontra o preso. 
 
Art. 121. A permanência do preso fora do 
estabelecimento terá a duração necessária à finalidade da 
saída. 
 
SUBSEÇÃO II 
Da Saída Temporária 
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em 
regime semi-aberto poderão obter autorização para saída 
temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos 
seguintes casos: 
I - visita à família; 
II - frequência a curso supletivo profissionalizante, bem 
como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do 
Juízo da Execução; 
III - participação em atividades que concorram para o 
retorno ao convívio social. 
§ 1º A ausência de vigilância direta não impede a 
utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo 
condenado, quando assim determinar o juiz da execução. 
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se 
refere o caput deste artigo o condenado que cumpre pena 
por praticar crime hediondo com resultado morte. (2019) 
 
 
Art. 123. A autorização será concedida por ato 
motivado do Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público 
e a administração penitenciária e dependerá da satisfação 
dos seguintes requisitos: 
I - comportamento adequado; 
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se 
o condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente; 
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da 
pena. 
 
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não 
superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por mais 4 
(quatro) vezes durante o ano. 
§ 1o Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao 
beneficiário as seguintes condições, entre outras que 
entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a 
situação pessoal do condenado: 
I - fornecimento do endereço onde reside a família a 
ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo 
do benefício; 
II - recolhimento à residência visitada, no período 
noturno; 
III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e 
estabelecimentos congêneres. 
§ 2o Quando se tratar de frequência a curso 
profissionalizante, de instrução de ensino médio ou superior, 
o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das 
atividades discentes. 
§ 3o Nos demais casos, as autorizações de saída 
somente poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 
(quarenta e cinco) dias de intervalo entre uma e outra. 
 
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado 
quando o condenado praticar fato definido como crime 
doloso, for punido por falta grave, desatender as condições 
impostas na autorização ou revelar baixo grau de 
aproveitamento do curso. 
Parágrafo único. A recuperação do direito à saída 
temporária dependerá da absolvição no processo penal, do 
cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração do 
merecimento do condenado. 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por 
meio da monitoração eletrônica quando: 
I - (VETADO); 
II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto; 
III - (VETADO); 
IV - determinar a prisão domiciliar; 
V - (VETADO); 
Parágrafo único. (VETADO). 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser 
revogada: 
I - quando se tornar desnecessária ou inadequada; 
II - se o acusado ou condenado violar os deveres a 
que estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta 
grave. 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
TÍTULO IX 
Das Disposições Finais e Transitórias 
Art. 198. É defesa ao integrante dos órgãos da 
execução penal, e ao servidor, a divulgação de ocorrência 
que perturbe a segurança e a disciplina dos 
estabelecimentos, bem como exponha o preso à 
inconveniente notoriedade, durante o cumprimento da pena. 
 
Art. 199. O emprego de algemas será disciplinado por 
decreto federal. 
 
---------------------------------------------------------------------------------- 
 
Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão 
da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por 
autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer 
notícia ou referência à condenação, salvo para instruir 
processo pela prática de nova infração penal ou outros casos 
expressos em lei. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
63 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes 
resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, 
etnia, religião ou procedência nacional. 
 
Art. 2º (Vetado). 
 
Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, 
devidamente habilitado, a qualquer cargo da Administração 
Direta ou Indireta, bem como das concessionárias de 
serviços públicos. 
Pena: reclusão de dois a cinco anos. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por 
motivo de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou 
procedência nacional, obstar a promoção funcional. 
 
Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa 
privada. 
Pena: reclusão de dois a cinco anos. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem, por motivo de 
discriminação de raça ou de cor ou práticas resultantes do 
preconceito de descendência ou origem nacional ou étnica: 
I - deixar de conceder os equipamentos necessários 
ao empregado em igualdade de condições com os demais 
trabalhadores; 
II - impedir a ascensão funcional do empregado ou 
obstar outra forma de benefício profissional; 
III - proporcionar ao empregado tratamento 
diferenciado no ambiente de trabalho, especialmente quanto 
ao salário. 
§ 2o Ficará sujeito às penas de multa e de prestação 
de serviços à comunidade, incluindo atividades de promoção 
da igualdade racial, quem, em anúncios ou qualquer outra 
forma de recrutamento de trabalhadores, exigir aspectos de 
aparência próprios de raça ou etnia para emprego cujas 
atividades não justifiquem essas exigências. 
 
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento 
comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente 
ou comprador. 
Pena: reclusão de um a três anos. 
 
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou 
ingresso de aluno em estabelecimento de ensino público ou 
privado de qualquer grau. 
Pena: reclusão de três a cinco anos. 
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor 
de dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço). 
 
Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em 
hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento 
similar. 
Pena: reclusão de três a cinco anos. 
 
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em 
restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes 
abertos ao público. 
Pena: reclusão de um a três anos. 
 
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em 
estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou 
clubes sociais abertos ao público. 
Pena: reclusão de um a três anos. 
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. DIREITO 
PROCESSUAL PENAL.INÉPCIA DA DENÚNCIA. CRIME DE 
PRECONCEITO DE RAÇA OU DE COR. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. 
INOCORRÊNCIA. 
1. A denúncia que se mostra ajustada ao artigo 41 do Código de 
Processo Penal, ensejando o pleno exercício da garantia constitucional da 
ampla defesa, não deve, nem pode, ser tida e havida como inepta. 2. A 
recusa de admissão no quadro associativo de clube social, em razão de 
preconceito de raça ou de cor, caracteriza o tipo inserto no artigo 9º da Lei 
nº 7.716/89, enquanto modo da conduta impedir, que lhe integra o núcleo. 
3. A faculdade, estatutariamente atribuída à diretoria, de recusar propostas 
de admissão em clubes sociais, sem declinação dos motivos, não lhe 
atribui a natureza especial de fechado, de maneira a subtraí-lo da 
incidência da lei. 4. A pretensão de exame de prova é estranha, em regra, 
ao âmbito angusto do habeas corpus. 5. Recurso improvido. 
STJ, Relator: Ministro HAMILTON CARVALHIDO 
Data de Julgamento: 22/03/2005, T6 - SEXTA TURMA 
 
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em 
salões de cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de 
massagem ou estabelecimento com as mesmas finalidades. 
Pena: reclusão de um a três anos. 
 
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em 
edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou 
escada de acesso aos mesmos: 
Pena: reclusão de um a três anos. 
 
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes 
públicos, como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, 
metrô ou qualquer outro meio de transporte concedido. 
Pena: reclusão de um a três anos. 
 
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao 
serviço em qualquer ramo das Forças Armadas. 
Pena: reclusão de dois a quatro anos. 
 
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma, 
o casamento ou convivência familiar e social. 
Pena: reclusão de dois a quatro anos. 
 
Art. 15. (Vetado). 
 
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do 
cargo ou função pública, para o servidor público, e a 
suspensão do funcionamento do estabelecimento particular 
por prazo não superior a três meses. 
 
Art. 17. (Vetado). 
 
Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 
desta Lei não são automáticos, devendo ser motivadamente 
declarados na sentença. 
 
Lei nº 7.716 / 1989 
Crimes Resultantes de Preconceito 
de Raça ou de Cor 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
64 
Art. 19. (Vetado). 
 
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação 
ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência 
nacional. 
Pena: reclusão de um a três anos e multa. 
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular 
símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda 
que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de 
divulgação do nazismo. 
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa. 
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é 
cometido por intermédio dos meios de comunicação social 
ou publicação de qualquer natureza: 
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa 
§ 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá 
determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, 
ainda antes do inquérito policial, sob pena de 
desobediência: 
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão 
dos exemplares do material respectivo 
II - a cessação das respectivas transmissões 
radiofônicas, televisivas, eletrônicas ou da publicação por 
qualquer meio; 
III - a interdição das respectivas mensagens ou 
páginas de informação na rede mundial de computadores. 
§ 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da 
condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a 
destruição do material apreendido. 
O STJ reconhece que a consumação do crime de racismo por meio da 
internet ocorre no local de onde foram enviadas as manifestações 
racistas. 
STJ, CC 102454/RJ, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, j. 25.03.2009, DJe 15.04.2009. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 
Adotada pela Resolução n.2.200-A (XXI) da Assembleia 
Geral das Nações Unidas, em 16 de dezembro de 1966 e 
ratificada pelo Brasil em 24 de janeiro de 1992. 
 
Preâmbulo 
Os Estados Membros no presente Pacto, 
 
Considerando que, em conformidade com os princípios 
proclamados na Carta das Nações Unidas, o 
reconhecimento da dignidade inerente a todos os 
membros da família humana e dos seus direitos iguais e 
inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da 
justiça e da paz no mundo, 
 
Reconhecendo que esses direitos decorrem dadignidade 
inerente à pessoa humana, 
 
Reconhecendo que, em conformidade com a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, o ideal do ser humano 
livre, liberto do temor e da miséria, não pode ser realizado 
a menos que se criem as condições que permitam a cada um 
gozar de seus direitos econômicos, sociais e culturais, 
assim como de seus direitos civis e políticos, 
 
Considerando que a Carta das Nações Unidas impõe aos 
Estados a obrigação de promover o respeito universal e 
efetivo dos direitos e das liberdades da pessoa humana, 
 
Compreendendo que o indivíduo, por ter deveres para com 
seus semelhantes e para com a coletividade a que pertence, 
tem a obrigação de lutar pela promoção e observância dos 
direitos reconhecidos no presente Pacto, 
 
Acordam o seguinte: 
 
PARTE I 
Art. 1º - § 1. Todos os povos têm o direito à 
autodeterminação. Em virtude desse direito, determinam 
livremente seu estatuto político e asseguram livremente seu 
desenvolvimento econômico, social e cultural. 
 §2. Para a consecução de seus objetivos, todos os 
povos podem dispor livremente de suas riquezas e de 
seus recursos naturais, sem prejuízo das obrigações 
decorrentes da cooperação econômica internacional, 
baseada no princípio do proveito mútuo e do Direito 
Internacional. Em caso algum poderá um povo ser privado de 
seus próprios meios de subsistência. 
§3. Os Estados Membros no presente Pacto, 
inclusive aqueles que tenham a responsabilidade de 
administrar territórios não autônomos e territórios sob tutela, 
deverão promover o exercício do direito à autodeterminação 
e respeitar esse direito, em conformidade com as disposições 
da Carta das Nações Unidas. 
 
 
 
Pacto Internacional dos Direitos 
Econômicos, Sociais e Culturais 
(1966) 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
65 
PARTE II 
Art. 2º - §1. Cada Estado Membro no presente 
Pacto compromete-se a adotar medidas, tanto por esforço 
próprio como pela assistência e cooperação internacionais, 
principalmente nos planos econômico e técnico, até o 
máximo de seus recursos disponíveis, que visem a 
assegurar, progressivamente, por todos os meios 
apropriados, o pleno exercício dos direitos reconhecidos no 
presente Pacto, incluindo, em particular, a adoção de 
medidas legislativas. 
§2. Os Estados Membros no presente Pacto 
comprometem-se a garantir que os direitos nele enunciados 
se exercerão sem discriminação alguma por motivo de 
raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de 
qualquer outra natureza, origem nacional ou social, 
situação econômica, nascimento ou qualquer outra 
situação. 
§3. Os países em desenvolvimento, levando 
devidamente em consideração os direitos humanos e a 
situação econômica nacional, poderão determinar em que 
medida garantirão os direitos econômicos reconhecidos no 
presente Pacto àqueles que não sejam seus nacionais. 
 
Art. 3º Os Estados Membros no presente Pacto 
comprometem-se a assegurar a homens e mulheres 
igualdade no gozo dos direitos econômicos, sociais e 
culturais enumerados no presente Pacto. 
 
Art. 4º Os Estados Membros no presente Pacto 
reconhecem que, no exercício dos direitos assegurados em 
conformidade com o presente Pacto pelo Estado, este poderá 
submeter tais direitos unicamente às limitações estabelecidas 
em lei, somente na medida compatível com a natureza 
desses direitos e exclusivamente com o objetivo de favorecer 
o bem-estar geral em uma sociedade democrática. 
 
Art. 5º - §1. Nenhuma das disposições do presente 
Pacto poderá ser interpretada no sentido de reconhecer a um 
Estado, grupo ou indivíduo qualquer direito de dedicar-se a 
quaisquer atividades ou de praticar quaisquer atos que 
tenham por objetivo destruir os direitos ou liberdades 
reconhecidas no presente Pacto ou impor-lhes limitações 
mais amplas do que aquelas nele previstas. 
§2. Não se admitirá qualquer restrição ou 
suspensão dos direitos humanos fundamentais 
reconhecidos ou vigentes em qualquer país em virtude de 
leis, convenções, regulamentos ou costumes, sob o pretexto 
de que o presente Pacto não os reconheça ou os reconheça 
em menor grau. 
 
PARTE III 
Art. 6º - §1. Os Estados Membros no presente Pacto 
reconhecem o direito de toda pessoa de ter a possibilidade 
de ganhar a vida mediante um trabalho livremente 
escolhido ou aceito e tomarão medidas apropriadas para 
salvaguardar esse direito. 
§2. As medidas que cada Estados Membros no 
presente Pacto tomará, a fim de assegurar o pleno exercício 
desse direito, deverão incluir a orientação e a formação 
técnica e profissional, a elaboração de programas, normas 
técnicas apropriadas para assegurar um desenvolvimento 
econômico, social e cultural constante e o pleno emprego 
produtivo em condições que salvaguardem aos indivíduos o 
gozo das liberdades políticas e econômicas fundamentais. 
 
Art. 7º Os Estados Membros no presente Pacto 
reconhecem o direito de toda pessoa de gozar de condições 
de trabalho justas e favoráveis, que assegurem 
especialmente: 
1.Uma remuneração que proporcione. no mínimo, a 
todos os trabalhadores: 
2.Um salário equitativo e uma remuneração igual 
por um trabalho de igual valor, sem qualquer distinção; em 
particular, as mulheres deverão ter a garantia de condições 
de trabalho não inferiores às dos homens e perceber a 
mesma remuneração que eles, por trabalho igual; 
3.Uma existência decente para eles e suas famílias, 
em conformidade com as disposições do presente Pacto; 
4.Condições de trabalho seguras e higiênicas; 
5.Igual oportunidade para todos de serem 
promovidos, em seu trabalho, à categoria superior que lhes 
corresponda, sem outras considerações que as de tempo, de 
trabalho e de capacidade; 
6.O descanso, o lazer, a limitação razoável das 
horas de trabalho e férias periódicas remuneradas, assim 
como a remuneração dos feriados. 
 
Art. 8º - §1. Os Estados Membros no presente Pacto 
comprometem-se a garantir: 
1. O direito de toda pessoa de fundar com outras 
sindicatos e de filiar-se ao sindicato de sua escolha, 
sujeitando-se unicamente aos estatutos da organização 
interessada, com o objetivo de promover e de proteger seus 
interesses econômicos e sociais. O exercício desse direito só 
poderá ser objeto das restrições previstas em lei e que sejam 
necessárias, em uma sociedade democrática, ao interesse da 
segurança nacional ou da ordem pública, ou para proteger os 
direitos e as liberdades alheias; 
2. O direito dos sindicatos de formar federações ou 
confederações nacionais e o direito destas de formar 
organizações sindicais internacionais ou de filiar-se às 
mesmas; 
3. O direito dos sindicatos de exercer livremente 
suas atividades, sem quaisquer limitações além daquelas 
previstas em lei e que sejam necessárias, em uma sociedade 
democrática, ao interesse da segurança nacional ou da 
ordem pública, ou para proteger os direitos e as liberdades 
das demais pessoas; 
4. O direito de greve, exercido em conformidade 
com as leis de cada país. 
§2. O presente artigo não impedirá que se submeta 
a restrições legais o exercício desses direitos pelos membros 
das forças armadas, da polícia ou da administração pública. 
§3. Nenhuma das disposições do presente artigo 
permitirá que os Estados Membros na Convenção de 1948 
da Organização Internacional do Trabalho, relativa à 
liberdade sindical e à proteção do direito sindical, venham a 
adotar medidas legislativas que restrinjam – ou a aplicar a lei 
de maneira a restringir – as garantias previstas na referida 
Convenção. 
 
Art. 9º Os Estados Membros no presente Pacto 
reconhecem o direito de toda pessoa à previdência social, 
inclusive ao seguro social. 
 
Art. 10 Os Estados Membros no presente Pacto 
reconhecem que: 
1. Deve-se conceder à família, que é o núcleo 
natural e fundamental da sociedade, a mais ampla proteção e 
assistência possíveis, especialmente para a sua constituição 
e enquanto ela for responsável pela criaçãoe educação dos 
filhos. O matrimônio deve ser contraído com o livre 
consentimento dos futuros cônjuges. 
2. Deve-se conceder proteção especial às mães por 
um período de tempo razoável antes e depois do parto. 
Durante esse período, deve-se conceder às mães que 
trabalham licença remunerada ou licença acompanhada de 
benefícios previdenciários adequados. 
3. Deve-se adotar medidas especiais de proteção e 
assistência em prol de todas as crianças e adolescentes, 
sem distinção alguma por motivo de filiação ou qualquer 
outra condição. Deve-se proteger as crianças e adolescentes 
contra a exploração econômica e social. O emprego de 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
66 
crianças e adolescentes, em trabalho que lhes seja nocivo à 
moral e à saúde, ou que lhes faça correr perigo de vida, ou 
ainda que lhes venha prejudicar o desenvolvimento normal, 
será punido por lei. Os Estados devem também estabelecer 
limites de idade, sob os quais fique proibido e punido por lei 
o emprego assalariado da mão-de-obra infantil. 
 
Art. 11 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto 
reconhecem o direito de toda pessoa a um nível de vida 
adequado para si próprio e para sua família, inclusive à 
alimentação, vestimenta e moradia adequadas, assim 
como uma melhoria contínua de suas condições de vida. Os 
Estados-partes tomarão medida apropriadas para assegurar 
a consecução desse direito, reconhecendo, nesse sentido, a 
importância essencial da cooperação internacional fundada 
no livre consentimento. 
§2. Os Estados-partes no presente Pacto, 
reconhecendo o direito fundamental de toda pessoa de 
estar protegida contra a fome, adotarão, individualmente e 
mediante cooperação internacional, as medidas, inclusive 
programas concretos, que se façam necessários para: 
1. Melhorar os métodos de produção, conservação 
e distribuição de gêneros alimentícios pela plena utilização 
dos conhecimentos técnicos e científicos, pela difusão de 
princípios de educação nutricional e pelo aperfeiçoamento ou 
reforma dos regimes agrários, de maneira que se assegurem 
a exploração e a utilização 
 
mais eficazes dos recursos naturais. 
2. Assegurar uma repartição equitativa dos recursos 
alimentícios mundiais em relação às necessidades, levando-
se em conta os problemas tanto dos países importadores 
quanto dos exportadores de gêneros alimentícios. 
 
Art. 12 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto 
reconhecem o direito de toda pessoa de desfrutar o mais 
elevado nível de saúde física e mental. 
§2. As medidas que os Estados-partes no presente 
Pacto deverão adotar, com o fim de assegurar o pleno 
exercício desse direito, incluirão as medidas que se façam 
necessárias para assegurar: 
1. A diminuição da mortinatalidade e da mortalidade 
infantil, bem como o desenvolvimento são das crianças. 
2. A melhoria de todos os aspectos de higiene do 
trabalho e do meio ambiente. 
3. A prevenção e o tratamento das doenças 
epidêmicas, endêmicas, profissionais e outras, bem como a 
luta contra essas doenças. 
4. A criação de condições que assegurem a todos 
assistência médica e serviços médicos em caso de 
enfermidade. 
 
Art. 13 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto 
reconhecem o direito de toda pessoa à educação. 
Concordam em que a educação deverá visar ao pleno 
desenvolvimento da personalidade humana e do sentido de 
sua dignidade e a fortalecer o respeito pelos direitos 
humanos e liberdades fundamentais. Concordam ainda que a 
educação deverá capacitar todas as pessoas a participar 
efetivamente de uma sociedade livre, favorecer a 
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as 
nações e entre todos os grupos raciais, étnicos ou religiosos 
e promover as atividades das Nações Unidas em prol da 
manutenção da paz. 
§2. Os Estados-partes no presente Pacto 
reconhecem que, com o objetivo de assegurar o pleno 
exercício desse direito: 
1. A educação primária deverá ser obrigatória e 
acessível gratuitamente a todos. 
2. A educação secundária em suas diferentes 
formas, inclusive a educação secundária técnica e 
profissional, deverá ser generalizada e tornar-se acessível a 
todos, por todos os meios apropriados e, principalmente, pela 
implementação progressiva do ensino gratuito. 
3. A educação de nível superior deverá igualmente 
tornar-se acessível a todos, com base na capacidade de 
cada um, por todos os meios apropriados e, principalmente, 
pela implementação progressiva do ensino gratuito. 
4. Dever-se-á fomentar e intensificar, na medida do 
possível, a educação de base para aquelas pessoas não 
receberam educação primária ou não concluíram o ciclo 
completo de educação primária. 
5. Será preciso prosseguir ativamente o 
desenvolvimento de uma rede escolar em todos os níveis de 
ensino, implementar-se um sistema adequado de bolsas de 
estudo e melhorar continuamente as condições materiais do 
corpo docente. 
6. Os Estados-partes no presente Pacto 
comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais e, quando 
for o caso, dos tutores legais, de escolher para seus filhos 
escolas distintas daquelas criadas pelas autoridades 
públicas, sempre que atendam aos padrões mínimos de 
ensino prescritos ou aprovados pelo Estado, e de fazer com 
que seus filhos venham a receber educação religiosa ou 
moral que esteja de acordo com suas próprias convicções. 
7. Nenhuma das disposições do presente artigo 
poderá ser interpretada no sentido de restringir a liberdade de 
indivíduos e de entidades de criar e dirigir instituições de 
ensino, desde que respeitados os princípios enunciados no 
parágrafo 1º do presente artigo e que essas instituições 
observem os padrões mínimos prescritos pelo Estado. 
 
Art. 14 Todo Estados-partes no presente Pacto que, 
no momento em que se tornar Parte, ainda não tenha 
garantido em seu próprio território ou território sob a sua 
jurisdição a obrigatoriedade ou a gratuidade da educação 
primária, se compromete a elaborar e a adotar, dentro de um 
prazo de dois anos, um plano de ação detalhado destinado à 
implementação progressiva, dentro de um número razoável 
de anos estabelecido no próprio plano, do princípio da 
educação primária obrigatória e gratuita para todos. 
 
Art. 15 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto 
reconhecem a cada indivíduo o direito de: 
1. Participar da vida cultural; 
2. Desfrutar o progresso científico e suas 
aplicações; 
 3. Beneficiar-se da proteção dos interesses morais 
e materiais decorrentes de toda a produção científica, literária 
ou artística de que seja autor. 
§2. As medidas que os Estados-partes no presente 
Pacto deverão adotar com a finalidade de assegurar o pleno 
exercício desse direito incluirão aquelas necessárias à 
conservação, ao desenvolvimento e à difusão da ciência e da 
cultura. 
§3. Os Estados-partes no presente Pacto 
comprometem-se a respeitar a liberdade indispensável à 
pesquisa científica e à atividade criadora. 
§4. Os Estados-partes no presente Pacto 
reconhecem os benefícios que derivam do fomento e do 
desenvolvimento da cooperação e das relações 
internacionais no domínio da ciência e da cultura. 
 
PARTE IV 
Art. 16 - §1. Os Estados-partes no presente Pacto 
comprometem-se a apresentar, de acordo com as 
disposições da presente parte do Pacto, relatórios sobre as 
medidas que tenham adotado e sobre o progresso 
realizado, com o objetivo de assegurar a observância dos 
direitos reconhecidos no Pacto. 
a) Todos os relatórios deverão ser encaminhados 
ao Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, o 
qual enviará cópias dos mesmos ao Conselho Econômico e 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
67 
Social, para exame de acordo com as disposições do 
presente Pacto. 
b) O Secretário Geral da Organização das Nações 
Unidas encaminhará também às agências especializadas 
cópias dos relatórios – ou de todasas partes pertinentes dos 
mesmos – enviados pelos Estados-partes no presente Pacto 
que sejam igualmente membros das referidas agências 
especializadas, na medida em que os relatórios, ou parte 
deles, guardem relação com questões que sejam da 
competência de tais agências, nos termos de seus respectivo 
instrumentos constitutivos. 
 
Art. 17 §1. Os Estados-partes no presente Pacto 
apresentarão seus relatórios por etapas, segundo um 
programa a ser estabelecido pelo Conselho Econômico e 
Social, no prazo de um ano a contar da data da entrada em 
vigor do presente Pacto, após consulta aos Estados-partes e 
às agências especializadas interessadas. 
§2. Os relatórios poderão indicar os fatores e as 
dificuldades que prejudiquem o pleno cumprimento das 
obrigações previstas no presente Pacto. 
§3. Caso as informações pertinentes já tenham sido 
encaminhadas à Organização das Nações Unidas ou a uma 
agência especializada por um Estados Membros, não será 
necessário reproduzir as referidas informações, sendo 
suficiente uma referência precisa às mesmas. 
 
Art. 18 Em virtude das responsabilidades que lhes 
são conferidas pela Carta das Nações Unidas no domínio dos 
direitos humanos e das liberdades fundamentais, o Conselho 
Econômico e Social poderá concluir acordos com as 
agências especializadas sobre a apresentação, por estas, de 
relatórios relativos aos progressos realizados quanto ao 
cumprimento das disposições do presente Pacto que 
correspondam ao seu campo de atividades. Os relatórios 
poderão incluir dados sobre as decisões e recomendações, 
referentes ao cumprimento das disposições do presente 
Pacto, adotadas pelos órgãos competentes das agências 
especializadas. 
 
Art. 19 O Conselho Econômico e Social poderá 
encaminhar à Comissão de Direitos Humanos, para fins de 
estudo e de recomendação de ordem geral, ou para 
informação, caso julgue apropriado, os relatórios 
concernentes aos direitos humanos que apresentarem os 
Estados, nos termos dos artigos 16 e 17, e aqueles 
concernentes aos direitos humanos que apresentarem as 
agências especializadas, nos termos do artigo 18. 
 
Art. 20 Os Estados-partes no presente Pacto e as 
agências especializadas interessadas poderão encaminhar 
ao Conselho Econômico e Social comentários sobre qualquer 
recomendação de ordem geral, feita em virtude do artigo 19, 
ou sobre qualquer referência a uma recomendação de ordem 
geral que venha a constar de relatório da Comissão de 
Direitos Humanos ou de qualquer documento mencionado no 
referido relatório. 
 
Art. 21 O Conselho Econômico e Social poderá 
apresentar ocasionalmente à Assembleia Geral relatórios que 
contenham recomendações de caráter geral, bem como 
resumo das informações recebidas dos Estados-partes no 
presente Pacto e das agências especializadas, sobre as 
medidas adotadas e o progresso realizado com a finalidade 
de assegurar a observância geral dos direitos reconhecidos 
no presente Pacto. 
 
Art. 22 O Conselho Econômico e Social poderá 
levar ao conhecimento de outros órgãos da Organização das 
Nações Unidas, de seus órgãos subsidiários e das agências 
especializadas interessadas, às quais incumba a prestação 
de assistência técnica, quaisquer questões suscitadas nos 
relatórios mencionados nesta parte do presente Pacto, que 
possam ajudar essas entidades a pronunciar-se, cada uma 
dentro de sua esfera de competência, sobre a conveniência 
de medidas internacionais que possam contribuir para a 
implementação efetiva e progressiva do presente Pacto. 
 
Art. 23 Os Estados-partes no presente Pacto 
concordam em que as medidas de ordem internacional, 
destinadas a tornar efetivos os direitos reconhecidos no 
referido Pacto, incluem, sobretudo, a conclusão de 
convenções, a adoção de recomendações, a prestação de 
assistência técnica e a organização, em conjunto com os 
governos interessados, e no intuito de efetuar consultas e 
realizar estudos, de reuniões regionais e de reuniões 
técnicas. 
 
Art. 24 Nenhuma das disposições do presente 
Pacto poderá ser interpretada em detrimento das disposições 
da Carta das Nações Unidas ou das constituições das 
agências especializadas, as quais definem as 
responsabilidades respectivas dos diversos órgãos da 
Organização das Nações Unidas e agências especializadas, 
relativamente às matérias tratadas no presente Pacto. 
 
Art. 25 Nenhuma das disposições do presente 
Pacto poderá ser interpretada em detrimento do direito 
inerente a todos os povos de desfrutar e utilizar plena e 
livremente suas riquezas e seus recursos naturais. 
 
PARTE V 
Art. 26 - §1. O presente Pacto está aberto à 
assinatura de todos os Estados-membros da Organização 
das Nações Unidas ou membros de qualquer de suas 
agências especializadas, de todo Estado Membro no Estatuto 
da Corte Internacional de Justiça, bem como de qualquer 
outro Estado convidado pela Assembleia Geral das Nações 
Unidas a tornar-se Parte no presente Pacto. 
§2. O presente Pacto está sujeito à ratificação. Os 
instrumentos de ratificação serão depositados junto ao 
Secretário Geral da Organização das Nações Unidas. 
§3. O presente Pacto está aberto à adesão de 
qualquer dos Estados mencionados no parágrafo 1º do 
presente artigo. 
§4. Far-se-á a adesão mediante depósito do 
instrumento de adesão junto ao Secretário Geral das Nações 
Unidas. 
§5. O Secretário Geral da Organização das Nações 
Unidas informará a todos os Estados que hajam assinado o 
presente Pacto, ou a ele aderido, do depósito de cada 
instrumento de ratificação ou adesão. 
 
Art. 27 - §1. O presente Pacto entrará em vigor três 
meses após a data do depósito, junto ao Secretário Geral da 
Organização das Nações Unidas, do trigésimo quinto 
instrumento de ratificação ou adesão. 
§2. Para os Estados que vierem a ratificar o 
presente Pacto ou a ele aderir após o depósito do trigésimo 
quinto instrumento de ratificação ou adesão, o presente 
Pacto entrará em vigor três meses após a data do depósito, 
pelo Estado em questão, de seu instrumento de ratificação ou 
adesão. 
 
Art. 28 Aplicar-se-ão as disposições do presente 
Pacto, sem qualquer limitação ou exceção, a todas as 
unidades constitutivas dos Estados federativos. 
 
Art. 29 - §1. Qualquer Estado Membro no presente 
Pacto poderá propor emendas e depositá-las junto ao 
Secretário Geral da Organização das Nações Unidas. O 
Secretário Geral comunicará todas as propostas de emendas 
aos Estados-partes no presente Pacto, pedindo-lhes que o 
notifiquem se desejarem que se convoque uma conferência 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
68 
dos Estados-partes, destinada a examinar as propostas e 
submetê-las a votação. Se pelo menos um terço dos 
Estados-partes se manifestar a favor da referida convocação, 
o Secretário Geral convocará a conferência sob os auspícios 
da Organização das Nações Unidas. Qualquer emenda 
adotada pela maioria dos Estados-partes presentes e 
votantes na conferência será submetida à aprovação da 
Assembleia Geral das Nações Unidas. 
§2. Tais emendas entrarão em vigor quando 
aprovadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas e 
aceitas, em conformidade com seus respectivos 
procedimentos constitucionais, por uma maioria de dois 
terços dos Estados-partes no presente Pacto. 
 §3. Ao entrarem em vigor, tais emendas serão 
obrigatórias para os Estados-partes que as aceitaram, ao 
passo que os demais Estados-partes permanecem obrigados 
pelas disposições do presente Pacto e pelas emendas 
anteriores por eles aceitas. 
 
Art. 30 Independentemente das notificações 
previstas no parágrafo 5º do artigo 26, o Secretário Geral da 
Organização das Nações Unidas comunicará a todos os 
Estados mencionados no §1 do referido artigo: 
1. As assinaturas, ratificações e adesões recebidas 
em conformidade com o artigo 26; 
2. A data da entrada em vigor do Pacto, nos termos 
do artigo 27, e a data de entrada em vigor de quaisquer 
emendas, nos termos do artigo29. 
 
Art. 31 - §1. O presente Pacto, cujos textos em 
chinês, espanhol, francês, inglês e russo são igualmente 
autênticos, será depositado nos arquivos da Organização das 
Nações Unidas. 
§2. O Secretário Geral da Organização das Nações 
Unidas encaminhará cópias autenticadas do presente Pacto 
a todos os Estados mencionados no artigo 26. 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 
 
 
01_____________________________________ 
02_____________________________________ 
03_____________________________________ 
04_____________________________________ 
05_____________________________________ 
06_____________________________________ 
07_____________________________________ 
08_____________________________________ 
09_____________________________________ 
10_____________________________________ 
11_____________________________________ 
12_____________________________________ 
13_____________________________________ 
14_____________________________________ 
15_____________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
69 
 
 
 
TÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
CAPÍTULO I 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 
 
Estupro 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência 
ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou 
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: 
STJ: Como a Lei 12.015/2009 unificou os crimes de estupro e atentado 
violento ao pudor em um mesmo tipo penal, deve ser reconhecida a 
existência de crime único de estupro, caso as condutas tenham sido 
praticadas contra a mesma vítima e no mesmo contexto fático. 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. 
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de 
natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou 
maior de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
§ 2o Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) 
anos 
 Art. 214. (revogado) 
 
Violação sexual mediante fraude 
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato 
libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que 
impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: 
(Estelionato sexual) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de 
obter vantagem econômica, aplica-se também multa. 
 
Importunação sexual (2018) 
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua 
anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a 
própria lascívia ou a de terceiro: (2018) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato 
não constitui crime mais grave. (2018) (Tipo penal subsidiário) 
 
 Art. 216. (revogado) 
 
 Assédio sexual 
 Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter 
vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o 
agente da sua condição de superior hierárquico ou 
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou 
função. 
 Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
 Parágrafo único. (Vetado) 
 § 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima 
é menor de 18 (dezoito) anos. 
 
CAPÍTULO I-A 
DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL 
Registro não autorizado da intimidade sexual 
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, 
por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato 
sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem 
autorização dos participantes: (2018) 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e 
multa. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem 
realiza montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer 
outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez 
ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo. (2018) 
CAPÍTULO II 
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL 
 
 Sedução 
 Art. 217 - (revogado) 
 
Estupro de vulnerável 
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro 
ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Presunção 
absoluta) 
STJ: Presunção Absoluta. Não há possibilidade de prova em contrário, 
não podendo o infrator alegar que a vítima já possuía discernimento, ou 
que já praticava relações sexuais com outras pessoas. 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) 
anos. 
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações 
descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tem o necessário discernimento 
para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não 
pode oferecer resistência. 
§ 2o (vetado) 
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de 
natureza grave 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) 
anos. 
§ 4o Se da conduta resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) 
anos. 
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º 
deste artigo aplicam-se independentemente do 
consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido 
relações sexuais anteriormente ao crime. (2018) 
STJ: Súmula 593 - O crime de estupro de vulnerável se configura com a 
conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, 
sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato, 
sua experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso 
com o agente. 
 
 Corrupção de menores 
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos 
a satisfazer a lascívia de outrem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) 
anos. 
Parágrafo único. (vetado) 
 
Satisfação de lascívia mediante presença de 
criança ou adolescente 
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor 
de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção 
carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia 
própria ou de outrem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. 
 
Favorecimento da prostituição ou de outra forma 
de exploração sexual de criança ou adolescente ou de 
vulnerável. 
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à 
prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém 
menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tem o necessário discernimento 
Decreto-Lei nº 2.848 / 1940 
Código Penal 
https://www.instagram.com/legislacaofacilitada/
https://www.legislacaofacilitada.com.br
https://www.legislacaofacilitada.com.br
 
 
 
70 
para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a 
abandone: 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) 
anos. 
§ 1o Se o crime é praticado com o fim de obter 
vantagem econômica, aplica-se também multa. 
§ 2o Incorre nas mesmas penas: 
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato 
libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 
(catorze) anos na situação descrita no caput deste 
artigo; 
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo 
local em que se verifiquem as práticas referidas 
no caput deste artigo. 
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito 
obrigatório da condenação a cassação da licença de 
localização e de funcionamento do estabelecimento. 
 
Divulgação de cena de estupro ou de cena de 
estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de 
pornografia. (2018) 
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, 
transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar 
ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de 
comunicação

Mais conteúdos dessa disciplina