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AULA 3 E 4 - Resumo da Aula: Método AHP e Sustentabilidade
no Desenvolvimento de Produtos
Esta aula aborda a aplicação do método AHP (Analytic Hierarchy Process) para
seleção de componentes e estratégias sustentáveis no desenvolvimento de
produtos, com um exemplo detalhado de um chuveiro de luxo.
1. Sustentabilidade no Design
● Uso de Materiais Reciclados:
○ Alumínio reciclado:
■ Leve, durável, resistente à corrosão.
■ Reduz a pegada de carbono e promove a economia circular.
○ Polipropileno reciclado:
■ Alternativa sustentável ao plástico virgem.
■ Resistente à umidade e impactos.
● Impacto Ambiental e Valor de Marca:
○ Adoção de materiais reciclados diminui a extração de recursos e gera
produtos alinhados às expectativas de consumidores conscientes.
○ Contribui para a redução de resíduos e melhora a percepção da marca
no mercado.
2. Método AHP para Seleção de Componentes
O método AHP foi usado para avaliar fornecedores para o display digital de um
produto. O processo segue as etapas abaixo:
Passo 1: Definir Critérios
● Os critérios utilizados para avaliação foram:
○ Confiabilidade.
○ Capacidade de desenvolvimento.
○ Flexibilidade.
○ Disposição para participar do projeto.
○ Disposição para compartilhar conhecimento.
Passo 2: Construir Matriz de Comparação por Pares
● Comparação dos critérios usando a escala de Saaty (1 a 9), onde:
○ 1 = igual importância.
○ 9 = extrema importância de um critério sobre outro.
Passo 3: Normalizar a Matriz
● Cada elemento da matriz é dividido pela soma dos valores de sua coluna para
normalizar os pesos.
Passo 4: Calcular o Vetor de Prioridades
● A média dos valores normalizados de cada linha é usada para determinar o
peso relativo de cada critério.
Exemplo da Tabela Final:
Critério Peso (Vetor de
Prioridades)
Confiabilidade 0.512
Capacidade de
desenvolvimento
0.124
Flexibilidade 0.074
Disposição para participar 0.254
Disposição para compartilhar 0.034
Passo 5: Avaliar Alternativas
● Comparar alternativas com base em cada critério usando o mesmo processo.
● Combinar os pesos dos critérios com os das alternativas para obter um
ranking final.
3. Aplicação no Produto
● A escolha do display digital foi baseada nos critérios definidos e no cálculo
AHP.
● O vetor de prioridades final indicou a alternativa mais alinhada às
necessidades do projeto, combinando critérios técnicos e estratégicos.
Resultados
● Sustentabilidade:
○ Adoção de materiais reciclados fortalece o compromisso ambiental.
● Seleção de fornecedores:
○ AHP garantiu uma escolha baseada em análise objetiva e consistente.
Se precisar de mais detalhes sobre os cálculos ou exemplos, posso ajudar!
Aula 5 e 6 - Planejamento do Orçamento e
Viabilidade Econômica
Resumo da Aula: Planejamento do Orçamento e Viabilidade Econômica
Esta aula apresenta conceitos fundamentais para o planejamento financeiro e a
avaliação econômica de projetos, com foco em indicadores financeiros e
ferramentas de controle.
1. Planejamento do Orçamento
Gerenciamento de Custos
● Definição (PMBOK):
○ Inclui estimativas, orçamentos e controle dos custos para garantir que
o projeto seja concluído dentro do orçamento aprovado.
● Elementos principais:
○ Basear estimativas na EAP (Estrutura Analítica do Projeto).
○ Considerar custos históricos e obter insights de especialistas.
○ Definir reservas para imprevistos e gerenciar mudanças no orçamento.
Principais Problemas no Planejamento de Custos
1. Subestimar o escopo ou complexidade do projeto.
2. Usar dados imprecisos ou desatualizados.
3. Ignorar fatores externos que afetam os custos.
4. Comunicação ineficaz das previsões financeiras.
5. Falta de análise de riscos.
Ferramenta de Controle: Curva S
● Representa visualmente os custos acumulados ao longo do tempo,
comparando planejamento e execução.
2. Indicadores Financeiros
Margem de Contribuição
● Mede a receita disponível para cobrir custos fixos e gerar lucro após pagar
custos e despesas variáveis.
● Fórmula: MC=Receita Total−(Custos Variaˊveis+Despesas Variaˊveis)MC =
\text{Receita Total} - (\text{Custos Variáveis} + \text{Despesas
Variáveis})MC=Receita Total−(Custos Variaˊveis+Despesas Variaˊveis)
● Exemplo:
○ Preço de venda: R$35,00
○ Custo variável: R$20,00
○ Despesas variáveis: R$7,00
○ MC=35−(20+7)=R$8,00MC = 35 - (20 + 7) =
R\$8,00MC=35−(20+7)=R$8,00 ou ≈23%\approx 23\%≈23%.
Ponto de Equilíbrio
● Define o volume de vendas necessário para cobrir os custos, sem lucro ou
prejuízo.
● Fórmula: PE=Custos FixosMargem de Contribuic¸a˜oPE = \frac{\text{Custos
Fixos}}{\text{Margem de Contribuição}}PE=Margem de Contribuic¸ a˜oCustos
Fixos 
● Exemplo:
○ Custos fixos: R$50.000
○ Margem de contribuição: 23%
○ PE=50.000/0,23≈R$217.391,30PE = 50.000 / 0,23 \approx
R\$217.391,30PE=50.000/0,23≈R$217.391,30.
Payback Simples
● Calcula o tempo necessário para recuperar o investimento inicial.
● Fórmula: Payback=Investimento InicialFluxo de Caixa Anual\text{Payback} =
\frac{\text{Investimento Inicial}}{\text{Fluxo de Caixa Anual}}Payback=Fluxo de
Caixa AnualInvestimento Inicial 
● Exemplo:
○ Investimento: R$200.000
○ Fluxo de caixa anual: R$10.000
○ Payback=200.000/10.000=20 meses\text{Payback} = 200.000 / 10.000
= 20 \, \text{meses}Payback=200.000/10.000=20meses.
Payback Descontado
● Considera a variação do valor do dinheiro ao longo do tempo.
● Método:
○ Atualizar os fluxos de caixa futuros a valor presente com base em uma
taxa de desconto.
○ Soma os valores presentes até atingir o valor do investimento inicial.
● Exemplo:
○ Investimento recuperado em 4 anos e 10 meses, com fluxos de caixa
ajustados.
Valor Presente Líquido (VPL)
● Avalia a viabilidade econômica ao calcular a diferença entre o valor presente
dos recebimentos futuros e os desembolsos
.
● Fórmula: VPL=∑t=1nFCt(1+K)t−Investimento InicialVPL = \sum_{t=1}^{n}
\frac{\text{FCt}}{(1 + K)^t} - \text{Investimento
Inicial}VPL=t=1∑n (1+K)tFCt −Investimento Inicial
○ FCtFCtFCt: Fluxo de caixa no período ttt.
○ KKK: Taxa de desconto.
● Interpretação:
○ VPL>0VPL > 0VPL>0: Projeto viável (lucro).
○ VPL=0VPL = 0VPL=0: Projeto neutro.
○ VPLcomo preço, qualidade e tecnologia.
● Análise de Patentes: Verificação de restrições legais para evitar conflitos de
propriedade intelectual.
Objetivo Final
Criar uma base sólida de informações que guiarão as fases subsequentes do
desenvolvimento do produto, garantindo alinhamento com as necessidades do
cliente e viabilidade técnica e econômica.
Aulas 9 e 10: Aplicação de Ferramentas na
Fase Informacional
A aula foca no aprofundamento da Fase Informacional no processo de
desenvolvimento de produtos (PDP), com ênfase em ferramentas e métodos para
priorização de requisitos e análise de riscos. Segue o resumo:
Conceitos Abordados
● Fase Informacional: Etapa crucial para traduzir as necessidades do cliente
em especificações técnicas do produto.
● Uso do QFD (Quality Function Deployment) para desdobrar e priorizar
requisitos do cliente, conectando-os aos atributos técnicos do produto.
Método QFD
1. Identificação das Necessidades do Cliente:
○ Exemplo: Um fabricante de calçados identifica conforto e
durabilidade como prioridades principais.
○ Necessidades desdobradas em aspectos específicos, como "leveza" e
"manutenção da aparência de novo".
2. Priorização e Benchmarking:
○ Requisitos são classificados em uma escala de importância (1 a 5).
○ Comparação com concorrentes para avaliar desempenho relativo.
3. Conversão em Especificações Técnicas:
○ Matriz QFD traduz necessidades em atributos como resistência à
abrasão, elasticidade e capacidade de absorção de impacto.
Análise de Riscos
● Qualitativa:
○ Uso de matriz probabilidade x impacto para categorizar riscos como
altos, médios ou baixos.
○ Exemplo: Probabilidade alta (0,9) e impacto significativo podem indicar
medidas preventivas.
● Quantitativa:
○ Aplicação de Árvore de Decisão e cálculo do Valor Monetário
Esperado (VME).
○ Exemplo: Decisão entre prototipar ou não com base nos custos
esperados de falha.
Encerramento da Fase Informacional
● Consolidar especificações, validar viabilidade financeira (VEE e fluxo de
caixa) e preparar transição para a próxima etapa do PDP.
Aulas 11 e 12: Desenvolvimento Conceitual - Criatividade
Tema Central: Introdução à fase conceitual, com foco na geração de ideias
inovadoras e na modelagem funcional do produto.
1. Fase Conceitual
● Objetivo:
○ Traduzir as necessidades do cliente e as informações levantadas na
fase informacional em conceitos claros e possíveis de serem
implementados.
○ Criar uma estrutura funcional para o produto, que guiará o
desenvolvimento nas próximas etapas.
● Características:
○ Não requer o desenvolvimento físico de componentes nesta etapa.
○ A saída inclui a arquitetura preliminar do produto, alternativas de
solução e a lista de SSCs (sistemas, subsistemas e componentes).
● Etapas:
○ Decomposição: Dividir problemas complexos em partes menores
(subfunções).
○ Síntese: Reunir soluções para essas subfunções e formar alternativas
integradas.
2. Métodos Criativos
● Objetivo: Superar barreiras à criatividade, como medo de críticas, julgamento
prematuro e resistência a mudanças.
● Principais Métodos:
1. Brainstorming:
■ Técnica para geração espontânea de ideias em grupo.
■ Evitar julgamentos durante o processo para manter a fluidez
criativa.
2. Método 635:
■ Cada membro do grupo escreve 3 ideias em 5 minutos, que
passam para outro membro aprimorar.
3. Método Galeria:
■ Soluções individuais são apresentadas visualmente (ex.: em
uma parede) e analisadas em grupo.
4. Método das Analogias:
■ Busca soluções baseando-se em conceitos ou sistemas de
outras áreas ou da natureza.
5. Método Morfológico:
■ Gera uma matriz que combina possíveis soluções para atender
a funções específicas do produto.
3. Modelagem Funcional
● Representação de como o produto deve realizar suas funções principais e
secundárias.
● Técnicas:
○ Diagrama FAST (Functional Analysis System Technique):
■ Relaciona funções de alto nível com subfunções em uma
hierarquia lógica.
○ Estrutura Funcional:
■ Representa funções primárias e secundárias em relação às
entradas e saídas do produto.
● Exemplo:
○ Máquina de lavar roupas:
■ Função principal: Lavar roupas.
■ Subfunções: Agitar, adicionar água, drenar, centrifugar.
4. Exemplos Práticos
1. Máquina de lavar roupas:
○ Subfunções detalhadas como "adicionar detergente" e "remover
sujeira" são desmembradas para facilitar o design.
2. Equipamento para limpeza de mexilhões:
○ Diagrama FAST identifica funções como "movimentar grade porosa" e
"separar resíduos".
○
Aulas 13 e 14: Desenvolvimento Conceitual - Ergonomia e
Arquitetura
Tema Central: Definição de ergonomia e arquitetura técnica para produtos.
1. Ergonomia
● Tipos:
○ Física: Postura e movimentos repetitivos.
○ Cognitiva: Interação humano-máquina.
○ Organizacional: Planejamento de trabalho.
● Objetivo: Melhorar segurança, conforto e eficiência.
2. Arquitetura do Produto
● Modularização:
○ Simplifica manutenção e montagem.
○ Usa interfaces padronizadas.
Tema Central: Definir a ergonomia e a arquitetura técnica do produto para garantir
funcionalidade, segurança e usabilidade.
1. Ergonomia
● Definição:
1. Disciplina científica que estuda a interação entre seres humanos e
sistemas, com o objetivo de otimizar bem-estar e desempenho.
● Objetivos:
1. Saúde e segurança:
■ Prevenir acidentes, fadiga e doenças ocupacionais.
2. Satisfação do usuário:
■ Proporcionar conforto e usabilidade.
3. Eficiência e produtividade:
■ Facilitar o uso, reduzindo esforços desnecessários.
4. Acessibilidade para minorias:
■ Atender a necessidades de idosos, crianças e pessoas com
deficiência.
2. Tipos de Ergonomia
1. Ergonomia Física:
○ Relaciona-se ao uso do corpo humano.
○ Exemplo: Ajuste da altura de uma bancada para evitar esforço
excessivo.
2. Ergonomia Cognitiva:
○ Relaciona-se à interação humano-máquina.
○ Exemplo: Simplificar interfaces de software para facilitar a tomada de
decisões.
3. Ergonomia Organizacional:
○ Abrange planejamento de trabalho e interações sociais.
○ Exemplo: Estruturar turnos para evitar sobrecarga.
3. Arquitetura do Produto
● Definição:
1. Organiza o produto em sistemas e subsistemas, estabelecendo a
conexão entre eles.
● Elementos Principais:
1. Modularização:
■ Produtos são divididos em módulos independentes, facilitando
manutenção e personalização.
■ Exemplo: Componentes intercambiáveis em um carro (faróis,
painéis).
2. Diagrama de Blocos:
■ Representa graficamente os agrupamentos de funções do
produto.
3. Lista de Materiais (BOM):
■ Descreve todos os componentes e seus custos associados.
4. Aplicação Prática
● Cabine de veículos da Scania:
○ Implementação de módulos padronizados para reduzir custos e facilitar
a manutenção.
● Refrigeradores:
○ Diagrama de blocos organiza funções como refrigeração e controle
eletrônico.
Aulas 15 e 16: Sustentabilidade no Desenvolvimento
Conceitual
Tema Central: Integração de práticas sustentáveis no design e no planejamento do
ciclo de vida dos produtos, considerando impacto ambiental, econômico e social.
1. Sustentabilidade no Ciclo de Vida do Produto
1.1. Conceito de Sustentabilidade
● Definição: Desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem
comprometer as futuras gerações (Relatório Brundtland, 1987).
● Objetivo no Desenvolvimento de Produtos:
○ Minimizar impactos ambientais.
○ Reduzir consumo de recursos naturais.
○ Criar soluções que beneficiem tanto o meio ambiente quanto os
consumidores.
1.2. Ciclo de Vida do Produto
● O ciclo de vida envolve as seguintes fases:
1. Extração de matérias-primas.
2. Fabricação e montagem.
3. Distribuição e logística.
4. Uso pelo consumidor.
5. Descarte, reciclagem ou reaproveitamento.
● Sustentabilidade busca reduzir impactos em cada fase, promovendo
eficiência e inovação.
2. Planejamento do Fim de Vida do Produto
2.1. Estratégias Sustentáveis
1. Reciclagem:
○ Processar materiais para criar novos produtos.
○ Exemplo: Pneus reciclados para pavimentação e isolamentoacústico.
2. Reutilização:
○ Componentes ou produtos são usados novamente com pouca ou
nenhuma modificação.
○ Exemplo: Reutilização de carcaças de máquinas para novos
equipamentos.
3. Descarte Responsável:
○ Resíduos são tratados para minimizar poluição.
4. EcoDesign:
○ Produtos são projetados para serem facilmente desmontados,
consertados e reciclados.
2.2. Benefícios do Planejamento
● Reduz a extração de matérias-primas.
● Diminui resíduos em aterros.
● Melhora a percepção da marca junto a consumidores ambientalmente
conscientes.
3. Design for X (DfX)
3.1. Conceito Geral
● DfX (Design for Excellence): Conjunto de estratégias para otimizar aspectos
específicos do design e produção.
● Cada "X" representa um foco diferente no desenvolvimento do produto.
3.2. Principais Estratégias do DfX
1. DfM (Design for Manufacturing):
○ Otimizar a fabricação, reduzindo custos e tempos de produção.
○ Exemplo: Simplificar formas para facilitar moldagem ou soldagem.
2. DfA (Design for Assembly):
○ Simplificar a montagem, reduzindo o número de componentes e
etapas.
○ Exemplo: Produtos que utilizam encaixes em vez de parafusos.
3. DfMt (Design for Maintainability):
○ Facilitar inspeções, consertos e trocas de componentes.
○ Exemplo: Motores projetados para que filtros possam ser trocados
facilmente.
4. DfE (Design for Environment):
○ Minimizar impactos ambientais durante o ciclo de vida.
○ Exemplo: Uso de materiais recicláveis e processos de produção
limpos.
4. Impacto Ambiental e Sustentabilidade de Matérias-Primas
4.1. Produção de Matérias-Primas
● Certos materiais têm impacto significativo no meio ambiente:
○ Metais e terras raras:
■ Essenciais em tecnologias modernas (baterias, smartphones).
■ Podem causar eutrofização de águas e acidificação do solo
durante extração e processamento.
○ Plásticos e polímeros:
■ Dependem de petróleo.
■ Demoram séculos para se decompor em aterros.
4.2. Alternativas Sustentáveis
● Materiais Reciclados:
○ Polímeros recicláveis, alumínio e vidro reciclados.
○ Exemplo: Carrocerias de veículos feitas com materiais reciclados.
● Matérias-Primas Renováveis:
○ Biomateriais como fibras vegetais e bioplásticos.
○ Exemplo: Embalagens biodegradáveis feitas de amido de milho.
4.3. Projeções de Demanda
● A demanda por metais raros e outros materiais para tecnologias de energia
renovável (painéis solares, baterias de lítio) deve crescer exponencialmente
até 2060.
● Planejar o uso eficiente desses recursos é essencial para reduzir a
dependência de novos materiais.
5. Exemplo Prático: Produto Sustentável
Caso: Desenvolvimento de um Refrigerador Sustentável
● Objetivo: Reduzir impacto ambiental sem comprometer desempenho.
● Soluções Aplicadas:
1. Uso de gases refrigerantes ecológicos para evitar danos à camada
de ozônio.
2. Painéis e carcaça feitos de plásticos recicláveis.
3. Design modular para facilitar manutenção e reciclagem.
4. Eficiência energética com menor consumo durante o uso.
6. Benefícios da Sustentabilidade no Design
1. Ambientais:
○ Menor emissão de gases de efeito estufa.
○ Redução de resíduos sólidos.
2. Econômicos:
○ Redução de custos com matérias-primas virgens.
○ Aumento da eficiência operacional.
3. Sociais:
○ Melhoria na percepção da marca.
○ Atende às demandas de consumidores conscientes.
Aula 19 e 20 - 04/10 - Sustentabilidade no
Design
Cenário Geral da Sustentabilidade
● Desenvolvimento sustentável: Atender às necessidades atuais sem
comprometer as gerações futuras (definição de Bruntland, 1987).
● Agenda 2021 da ONU: Propostas como proteção à atmosfera, combate ao
desmatamento e manejo seguro de resíduos tóxicos.
● Resiliência de ecossistemas: Capacidade de resistir a mudanças negativas
sem perder o equilíbrio.
Participação da Indústria
● O modelo industrial clássico linear é contraposto ao Design para o Meio
Ambiente (DfE), que busca reduzir o impacto ambiental de produtos e
processos produtivos.
O Design for Environment (DfE) é uma abordagem de projeto que visa
minimizar o impacto ambiental de produtos e processos. Ele integra
estratégias como redução de materiais, uso de componentes recicláveis,
fabricação limpa e eficiência energética, promovendo sustentabilidade ao
longo de todo o ciclo de vida do produto.
Princípios para Design Sustentável
1. Concepção de produtos:
○ Produtos duradouros, reutilizáveis e reparáveis.
○ Transformação de produtos em serviços (ex.: compartilhamento).
○ Acesso aberto para facilitar atualizações.
2. Seleção de materiais:
○ Uso de biodegradáveis, recicláveis, de longa duração e com menor
toxicidade.
○ Preferência por materiais locais e certificados.
3. Manufatura:
○ Métodos de baixa energia e produção limpa (ciclo fechado).
○ Minimização de resíduos e consumo de recursos.
4. Logística:
○ Embalagens reutilizáveis e produtos leves para otimizar transporte.
5. Consumidores:
○ Produtos modulares, multifuncionais, ergonômicos e personalizáveis.
6. Fim de ciclo de vida:
○ Desenho para fácil desmontagem, reciclagem e reutilização.
Modelos para Sustentabilidade nas Empresas
● Indicadores e índices globais de sustentabilidade ajudam a medir o impacto
ambiental de processos industriais.
● São utilizados conceitos como recirculação de materiais para reintegrar
resíduos ao ciclo produtivo.
Aula 21 e 22 - 10/10 - Desenvolvimento
Detalhado
1. Projeto Detalhado e projeto conceitual
Conceitual
O projeto conceitual é a fase de definição inicial do produto, onde são
geradas alternativas de concepção, selecionadas as melhores ideias e estabelecidas
especificações técnicas. É um processo top-down, partindo do produto final para
seus subsistemas e componentes, priorizando inovação, viabilidade técnica e
atendimento aos requisitos do cliente.
Detalhado
● Integração de sistemas, subsistemas e componentes (SSC) para formar o
produto final.
● Processo bottom-up, garantindo que tolerâncias e especificações atendam
às metas e requisitos do cliente.
2. Preparação do Produto
● Criação dos SSCs: Envolve fabricar, reutilizar, terceirizar ou adaptar
componentes, superando desafios como desempenho e integração.
● Decisão Make or Buy: Avalia infraestrutura, capacidade tecnológica,
comportamento de fornecedores, custos totais e riscos para decidir entre
fabricação interna ou terceirização.
○ Vantagens internas: Controle e independência.
○ Vantagens externas: Acesso a expertise, redução de custos e foco no
core business.
3. Prototipagem
● Desenvolvimento de mockups, protótipos funcionais e outros modelos para
validar conceitos, funcionalidade e interação com o usuário.
● Técnicas incluem materiais como madeira, argila, silicone e simulações
virtuais.
O objetivo é garantir que o produto seja fabricado com eficiência e atenda às
expectativas do mercado e dos consumidores.
Aulas 25 e 26 - Controle de Qualidade
1. Qualidade Online
● Definição: Métodos para melhorar o desempenho do produto ainda na fase
de projeto.
● Metodologia de Taguchi: Avalia perdas pela variabilidade e não apenas pelo
cumprimento de especificações.
○ Função de Perda: Li=k(yi−m)2L_i = k(y_i - m)^2Li =k(yi −m)2, onde
k=AoΔ2k = \frac{A_o}{\Delta^2}k=Δ2Ao .
○ Exemplos:
■ Bateria com 12V:
■ k=2522=6,25k = \frac{25}{2^2} = 6,25k=2225 =6,25
■ Perda para 11V: L=6,25(11−12)2=6,25L = 6,25(11 - 12)^2
= 6,25L=6,25(11−12)2=6,25
■ Perda para 10,5V: L=6,25(10,5−12)2=14,06L = 6,25(10,5
- 12)^2 = 14,06L=6,25(10,5−12)2=14,06.
■ Redução de tolerância em uma peça:
■ Reduz perdas mensais de R$8.960 para R$1.440.
■ Payback do investimento: 4 meses.
2. Qualidade Offline
● Definição: Controle durante a produção para garantir conformidade com
especificações.
● Índices de Capacidade:
○ Cp (bilateral): Avalia variabilidade do processo.
■ Cp=LSU−LSL6σCp = \frac{\text{LSU} -
\text{LSL}}{6\sigma}Cp=6σLSU−LSL 
■ Exemplo: Processo com Cp=1,69>1,33Cp = 1,69 >
1,33Cp=1,69>1,33 é considerado capaz.
○ Cpk (unilateral): Para processos não centrados.
■ Cpk=min (Meˊdia−LSL3σ,LSU−Meˊdia3σ)Cpk=
\min\left(\frac{\text{Média} - \text{LSL}}{3\sigma}, \frac{\text{LSU}
-
\text{Média}}{3\sigma}\right)Cpk=min(3σMeˊdia−LSL ,3σLSU−Me
ˊdia )
■ Exemplo: Com Cpk=1,38>1,33Cpk = 1,38 > 1,33Cpk=1,38>1,33,
o processo atende às especificações.
Principais Ferramen tas e Resultados
● Função Perda: Identifica perdas econômicas associadas à variação da
qualidade.
● Capacidade do Processo:
○ Cp>1,33Cp > 1,33Cp>1,33: Processo capaz.
○ Cpk>1,33Cpk > 1,33Cpk>1,33: Processo confiável, mesmo que não
centrado.
Aulas 27 e 28 - Preparação da Produção
1. Planejamento do Processo de Produção
● Define como a produção será realizada:
○ Novas instalações/equipamentos ou reutilização de recursos
existentes.
● Ferramentas de apoio:
○ Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM): Diagnóstico do estado atual e
planejamento do estado futuro, identificando melhorias.
2. Plano de Manutenção
● Garante segurança, conservação e funcionalidade dos equipamentos.
● Inclui dados históricos, necessidades operacionais e informações técnicas.
3. Indicador OEE (Eficiência Geral dos Equipamentos)
● Mede a eficiência das máquinas:
○ Disponibilidade: (Tempo Produzindo/Tempo
Programado)×100%(\text{Tempo Produzindo} / \text{Tempo
Programado}) \times 100\%(Tempo Produzindo/Tempo
Programado)×100%
○ Desempenho: (Produc¸a˜o Real/Produc¸a˜o
Teoˊrica)×100%(\text{Produção Real} / \text{Produção Teórica}) \times
100\%(Produc¸ a˜o Real/Produc¸ a˜o Teoˊrica)×100%
○ Qualidade: (Itens Bons/Itens Produzidos)×100%(\text{Itens Bons} /
\text{Itens Produzidos}) \times 100\%(Itens Bons/Itens
Produzidos)×100%
○ OEE: Multiplicação dos três indicadores.
● Exemplo:
○ Disponibilidade: 16 h/21 h=76%16 \, \text{h} / 21 \, \text{h} =
76\%16h/21h=76%
○ Desempenho: 80 itens/100 itens=80%80 \, \text{itens} / 100 \,
\text{itens} = 80\%80itens/100itens=80%
○ Qualidade: 72 itens/80 itens=90%72 \, \text{itens} / 80 \, \text{itens} =
90\%72itens/80itens=90%
○ OEE=76%×80%×90%=55%OEE = 76\% \times 80\% \times 90\% =
55\%OEE=76%×80%×90%=55%.
4. Roteiro de Produção e Fabricação
● Documenta operações necessárias para transformar insumos em produtos.
● Detalha máquinas, tempos de execução e custos envolvidos, facilitando
gestão e treinamento.
5. Certificação do Produto
● Certificações Voluntárias: Decisão da empresa conforme benefícios
esperados.
● Certificações Compulsórias: Exigidas por regulamentos antes da
comercialização.
● Realizadas por Organismos de Certificação de Produto (OCP), acreditados
pelo INMETRO.
6. Encerramento e Análise de Viabilidade
● Avalia se o processo e o produto atendem requisitos técnicos e econômicos
antes do lançamento.
Aulas 29 e 30 - Lançamento do Produto
. Planejamento do Lançamento do Produto
● Objetivo: Garantir uma transição eficaz entre as fases de desenvolvimento,
produção e comercialização.
● Áreas envolvidas:
○ Produção.
○ Logística e fornecedores.
○ Vendas e distribuição.
○ Suporte ao cliente.
○ Campanhas de marketing.
2. Principais Atividades
a. Desenvolver processo de vendas:
● Treinamento da equipe comercial.
● Definição de metas de vendas e canais.
● Integração com a logística para garantir prazos de entrega.
b. Desenvolver processo de distribuição:
● Planejamento e controle do fluxo de materiais e informações.
● Integração com os canais de vendas e assistência técnica.
c. Desenvolver atendimento ao cliente:
● Estabelecer canais de comunicação (SAC, CRM).
● Criar uma base de dados única para entender e atender às demandas dos
clientes.
d. Desenvolver assistência técnica:
● Planejamento para suporte pós-venda.
● Gestão de peças de reposição e serviços de manutenção.
e. Promover marketing de lançamento:
● Campanhas publicitárias alinhadas ao público-alvo.
● Estratégias de comunicação para destacar diferenciais do produto.
f. Gerenciar o lançamento:
● Monitoramento das atividades relacionadas ao lançamento.
● Ajustes de processos conforme necessário.
g. Monitorar viabilidade econômico-financeira:
● Avaliar o desempenho de vendas versus custos.
● Identificar oportunidades de melhoria na estratégia de mercado.
h. Atualizar plano de fim de vida do produto:
● Preparar estratégias para o término do ciclo de vida, como reciclagem ou
substituição.
3. Etapas Importantes
a. Avaliar e aprovar a fase:
● Garantir que todas as etapas foram concluídas e atendem aos objetivos
definidos.
● Documentar decisões e lições aprendidas para projetos futuros.
b. Documentar as saídas:
● Relatórios detalhados sobre processos e resultados.
● Base para a avaliação contínua de desempenho.
Aulas 29 e 30 - Parte 2
1. Acompanhamento do Produto e do Processo
Essa etapa visa monitorar o desempenho do produto e das operações associadas,
garantindo melhorias contínuas e aprendizados para futuros projetos.
Tarefas principais:
● Monitoramento:
○ Desempenho técnico do produto no mercado, na produção e nos
serviços associados.
○ Vendas e viabilidade econômica.
○ Custos do produto e impactos ambientais.
● Análise de dados:
○ Consolidação das informações e auditorias pós-projeto.
○ Identificação de erros e lições aprendidas para gerar melhorias no
processo de desenvolvimento (PDP).
● Disseminação de conhecimento:
○ Armazenar e compartilhar aprendizados com equipes.
2. Descontinuação do Produto
A descontinuação ocorre quando o produto perde relevância econômica ou
estratégica. Essa fase envolve ações cuidadosas para minimizar impactos
econômicos, ambientais e sociais.
Eventos principais:
1. Recebimento do produto de volta:
○ Produtos retornados para reciclagem, remanufatura ou descarte.
2. Encerramento da produção:
○ Fabricação é interrompida, mantendo apenas a produção de peças de
reposição.
3. Finalização do suporte:
○ Termina o fornecimento de assistência técnica e reposição de peças.
Atividades detalhadas:
1. Analisar e aprovar a descontinuidade:
○ Avaliar impactos em áreas como imagem, mercado, ambiente e
legislação.
2. Planejar a descontinuidade:
○ Elaborar um plano abrangente, abordando fatores internos (estoques,
novos projetos) e externos (legislação ambiental, concorrência).
3. Preparar o recebimento do produto:
○ Planejar desmontagem, reciclagem e reaproveitamento de
componentes.
4. Acompanhar o recebimento do produto:
○ Monitorar devoluções até atingir um percentual mínimo definido.
5. Descontinuar a produção:
○ Encerrar fabricação, ajustando contratos e uso de materiais.
6. Finalizar suporte:
○ Encerrar assistência técnica, evitando impactos negativos na imagem
da empresa.
7. Avaliação geral de encerramento:
○ Realizar uma análise crítica final e documentar aprendizados e
resultados.
Resultados esperados:
● Relatório detalhado sobre o processo de descontinuidade.
● Identificação de problemas com produtos devolvidos.
● Garantia de conformidade ambiental durante o descarte ou reaproveitamento.

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