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AULA 3 E 4 - Resumo da Aula: Método AHP e Sustentabilidade no Desenvolvimento de Produtos Esta aula aborda a aplicação do método AHP (Analytic Hierarchy Process) para seleção de componentes e estratégias sustentáveis no desenvolvimento de produtos, com um exemplo detalhado de um chuveiro de luxo. 1. Sustentabilidade no Design ● Uso de Materiais Reciclados: ○ Alumínio reciclado: ■ Leve, durável, resistente à corrosão. ■ Reduz a pegada de carbono e promove a economia circular. ○ Polipropileno reciclado: ■ Alternativa sustentável ao plástico virgem. ■ Resistente à umidade e impactos. ● Impacto Ambiental e Valor de Marca: ○ Adoção de materiais reciclados diminui a extração de recursos e gera produtos alinhados às expectativas de consumidores conscientes. ○ Contribui para a redução de resíduos e melhora a percepção da marca no mercado. 2. Método AHP para Seleção de Componentes O método AHP foi usado para avaliar fornecedores para o display digital de um produto. O processo segue as etapas abaixo: Passo 1: Definir Critérios ● Os critérios utilizados para avaliação foram: ○ Confiabilidade. ○ Capacidade de desenvolvimento. ○ Flexibilidade. ○ Disposição para participar do projeto. ○ Disposição para compartilhar conhecimento. Passo 2: Construir Matriz de Comparação por Pares ● Comparação dos critérios usando a escala de Saaty (1 a 9), onde: ○ 1 = igual importância. ○ 9 = extrema importância de um critério sobre outro. Passo 3: Normalizar a Matriz ● Cada elemento da matriz é dividido pela soma dos valores de sua coluna para normalizar os pesos. Passo 4: Calcular o Vetor de Prioridades ● A média dos valores normalizados de cada linha é usada para determinar o peso relativo de cada critério. Exemplo da Tabela Final: Critério Peso (Vetor de Prioridades) Confiabilidade 0.512 Capacidade de desenvolvimento 0.124 Flexibilidade 0.074 Disposição para participar 0.254 Disposição para compartilhar 0.034 Passo 5: Avaliar Alternativas ● Comparar alternativas com base em cada critério usando o mesmo processo. ● Combinar os pesos dos critérios com os das alternativas para obter um ranking final. 3. Aplicação no Produto ● A escolha do display digital foi baseada nos critérios definidos e no cálculo AHP. ● O vetor de prioridades final indicou a alternativa mais alinhada às necessidades do projeto, combinando critérios técnicos e estratégicos. Resultados ● Sustentabilidade: ○ Adoção de materiais reciclados fortalece o compromisso ambiental. ● Seleção de fornecedores: ○ AHP garantiu uma escolha baseada em análise objetiva e consistente. Se precisar de mais detalhes sobre os cálculos ou exemplos, posso ajudar! Aula 5 e 6 - Planejamento do Orçamento e Viabilidade Econômica Resumo da Aula: Planejamento do Orçamento e Viabilidade Econômica Esta aula apresenta conceitos fundamentais para o planejamento financeiro e a avaliação econômica de projetos, com foco em indicadores financeiros e ferramentas de controle. 1. Planejamento do Orçamento Gerenciamento de Custos ● Definição (PMBOK): ○ Inclui estimativas, orçamentos e controle dos custos para garantir que o projeto seja concluído dentro do orçamento aprovado. ● Elementos principais: ○ Basear estimativas na EAP (Estrutura Analítica do Projeto). ○ Considerar custos históricos e obter insights de especialistas. ○ Definir reservas para imprevistos e gerenciar mudanças no orçamento. Principais Problemas no Planejamento de Custos 1. Subestimar o escopo ou complexidade do projeto. 2. Usar dados imprecisos ou desatualizados. 3. Ignorar fatores externos que afetam os custos. 4. Comunicação ineficaz das previsões financeiras. 5. Falta de análise de riscos. Ferramenta de Controle: Curva S ● Representa visualmente os custos acumulados ao longo do tempo, comparando planejamento e execução. 2. Indicadores Financeiros Margem de Contribuição ● Mede a receita disponível para cobrir custos fixos e gerar lucro após pagar custos e despesas variáveis. ● Fórmula: MC=Receita Total−(Custos Variaˊveis+Despesas Variaˊveis)MC = \text{Receita Total} - (\text{Custos Variáveis} + \text{Despesas Variáveis})MC=Receita Total−(Custos Variaˊveis+Despesas Variaˊveis) ● Exemplo: ○ Preço de venda: R$35,00 ○ Custo variável: R$20,00 ○ Despesas variáveis: R$7,00 ○ MC=35−(20+7)=R$8,00MC = 35 - (20 + 7) = R\$8,00MC=35−(20+7)=R$8,00 ou ≈23%\approx 23\%≈23%. Ponto de Equilíbrio ● Define o volume de vendas necessário para cobrir os custos, sem lucro ou prejuízo. ● Fórmula: PE=Custos FixosMargem de Contribuic¸a˜oPE = \frac{\text{Custos Fixos}}{\text{Margem de Contribuição}}PE=Margem de Contribuic¸ a˜oCustos Fixos ● Exemplo: ○ Custos fixos: R$50.000 ○ Margem de contribuição: 23% ○ PE=50.000/0,23≈R$217.391,30PE = 50.000 / 0,23 \approx R\$217.391,30PE=50.000/0,23≈R$217.391,30. Payback Simples ● Calcula o tempo necessário para recuperar o investimento inicial. ● Fórmula: Payback=Investimento InicialFluxo de Caixa Anual\text{Payback} = \frac{\text{Investimento Inicial}}{\text{Fluxo de Caixa Anual}}Payback=Fluxo de Caixa AnualInvestimento Inicial ● Exemplo: ○ Investimento: R$200.000 ○ Fluxo de caixa anual: R$10.000 ○ Payback=200.000/10.000=20 meses\text{Payback} = 200.000 / 10.000 = 20 \, \text{meses}Payback=200.000/10.000=20meses. Payback Descontado ● Considera a variação do valor do dinheiro ao longo do tempo. ● Método: ○ Atualizar os fluxos de caixa futuros a valor presente com base em uma taxa de desconto. ○ Soma os valores presentes até atingir o valor do investimento inicial. ● Exemplo: ○ Investimento recuperado em 4 anos e 10 meses, com fluxos de caixa ajustados. Valor Presente Líquido (VPL) ● Avalia a viabilidade econômica ao calcular a diferença entre o valor presente dos recebimentos futuros e os desembolsos . ● Fórmula: VPL=∑t=1nFCt(1+K)t−Investimento InicialVPL = \sum_{t=1}^{n} \frac{\text{FCt}}{(1 + K)^t} - \text{Investimento Inicial}VPL=t=1∑n (1+K)tFCt −Investimento Inicial ○ FCtFCtFCt: Fluxo de caixa no período ttt. ○ KKK: Taxa de desconto. ● Interpretação: ○ VPL>0VPL > 0VPL>0: Projeto viável (lucro). ○ VPL=0VPL = 0VPL=0: Projeto neutro. ○ VPLcomo preço, qualidade e tecnologia. ● Análise de Patentes: Verificação de restrições legais para evitar conflitos de propriedade intelectual. Objetivo Final Criar uma base sólida de informações que guiarão as fases subsequentes do desenvolvimento do produto, garantindo alinhamento com as necessidades do cliente e viabilidade técnica e econômica. Aulas 9 e 10: Aplicação de Ferramentas na Fase Informacional A aula foca no aprofundamento da Fase Informacional no processo de desenvolvimento de produtos (PDP), com ênfase em ferramentas e métodos para priorização de requisitos e análise de riscos. Segue o resumo: Conceitos Abordados ● Fase Informacional: Etapa crucial para traduzir as necessidades do cliente em especificações técnicas do produto. ● Uso do QFD (Quality Function Deployment) para desdobrar e priorizar requisitos do cliente, conectando-os aos atributos técnicos do produto. Método QFD 1. Identificação das Necessidades do Cliente: ○ Exemplo: Um fabricante de calçados identifica conforto e durabilidade como prioridades principais. ○ Necessidades desdobradas em aspectos específicos, como "leveza" e "manutenção da aparência de novo". 2. Priorização e Benchmarking: ○ Requisitos são classificados em uma escala de importância (1 a 5). ○ Comparação com concorrentes para avaliar desempenho relativo. 3. Conversão em Especificações Técnicas: ○ Matriz QFD traduz necessidades em atributos como resistência à abrasão, elasticidade e capacidade de absorção de impacto. Análise de Riscos ● Qualitativa: ○ Uso de matriz probabilidade x impacto para categorizar riscos como altos, médios ou baixos. ○ Exemplo: Probabilidade alta (0,9) e impacto significativo podem indicar medidas preventivas. ● Quantitativa: ○ Aplicação de Árvore de Decisão e cálculo do Valor Monetário Esperado (VME). ○ Exemplo: Decisão entre prototipar ou não com base nos custos esperados de falha. Encerramento da Fase Informacional ● Consolidar especificações, validar viabilidade financeira (VEE e fluxo de caixa) e preparar transição para a próxima etapa do PDP. Aulas 11 e 12: Desenvolvimento Conceitual - Criatividade Tema Central: Introdução à fase conceitual, com foco na geração de ideias inovadoras e na modelagem funcional do produto. 1. Fase Conceitual ● Objetivo: ○ Traduzir as necessidades do cliente e as informações levantadas na fase informacional em conceitos claros e possíveis de serem implementados. ○ Criar uma estrutura funcional para o produto, que guiará o desenvolvimento nas próximas etapas. ● Características: ○ Não requer o desenvolvimento físico de componentes nesta etapa. ○ A saída inclui a arquitetura preliminar do produto, alternativas de solução e a lista de SSCs (sistemas, subsistemas e componentes). ● Etapas: ○ Decomposição: Dividir problemas complexos em partes menores (subfunções). ○ Síntese: Reunir soluções para essas subfunções e formar alternativas integradas. 2. Métodos Criativos ● Objetivo: Superar barreiras à criatividade, como medo de críticas, julgamento prematuro e resistência a mudanças. ● Principais Métodos: 1. Brainstorming: ■ Técnica para geração espontânea de ideias em grupo. ■ Evitar julgamentos durante o processo para manter a fluidez criativa. 2. Método 635: ■ Cada membro do grupo escreve 3 ideias em 5 minutos, que passam para outro membro aprimorar. 3. Método Galeria: ■ Soluções individuais são apresentadas visualmente (ex.: em uma parede) e analisadas em grupo. 4. Método das Analogias: ■ Busca soluções baseando-se em conceitos ou sistemas de outras áreas ou da natureza. 5. Método Morfológico: ■ Gera uma matriz que combina possíveis soluções para atender a funções específicas do produto. 3. Modelagem Funcional ● Representação de como o produto deve realizar suas funções principais e secundárias. ● Técnicas: ○ Diagrama FAST (Functional Analysis System Technique): ■ Relaciona funções de alto nível com subfunções em uma hierarquia lógica. ○ Estrutura Funcional: ■ Representa funções primárias e secundárias em relação às entradas e saídas do produto. ● Exemplo: ○ Máquina de lavar roupas: ■ Função principal: Lavar roupas. ■ Subfunções: Agitar, adicionar água, drenar, centrifugar. 4. Exemplos Práticos 1. Máquina de lavar roupas: ○ Subfunções detalhadas como "adicionar detergente" e "remover sujeira" são desmembradas para facilitar o design. 2. Equipamento para limpeza de mexilhões: ○ Diagrama FAST identifica funções como "movimentar grade porosa" e "separar resíduos". ○ Aulas 13 e 14: Desenvolvimento Conceitual - Ergonomia e Arquitetura Tema Central: Definição de ergonomia e arquitetura técnica para produtos. 1. Ergonomia ● Tipos: ○ Física: Postura e movimentos repetitivos. ○ Cognitiva: Interação humano-máquina. ○ Organizacional: Planejamento de trabalho. ● Objetivo: Melhorar segurança, conforto e eficiência. 2. Arquitetura do Produto ● Modularização: ○ Simplifica manutenção e montagem. ○ Usa interfaces padronizadas. Tema Central: Definir a ergonomia e a arquitetura técnica do produto para garantir funcionalidade, segurança e usabilidade. 1. Ergonomia ● Definição: 1. Disciplina científica que estuda a interação entre seres humanos e sistemas, com o objetivo de otimizar bem-estar e desempenho. ● Objetivos: 1. Saúde e segurança: ■ Prevenir acidentes, fadiga e doenças ocupacionais. 2. Satisfação do usuário: ■ Proporcionar conforto e usabilidade. 3. Eficiência e produtividade: ■ Facilitar o uso, reduzindo esforços desnecessários. 4. Acessibilidade para minorias: ■ Atender a necessidades de idosos, crianças e pessoas com deficiência. 2. Tipos de Ergonomia 1. Ergonomia Física: ○ Relaciona-se ao uso do corpo humano. ○ Exemplo: Ajuste da altura de uma bancada para evitar esforço excessivo. 2. Ergonomia Cognitiva: ○ Relaciona-se à interação humano-máquina. ○ Exemplo: Simplificar interfaces de software para facilitar a tomada de decisões. 3. Ergonomia Organizacional: ○ Abrange planejamento de trabalho e interações sociais. ○ Exemplo: Estruturar turnos para evitar sobrecarga. 3. Arquitetura do Produto ● Definição: 1. Organiza o produto em sistemas e subsistemas, estabelecendo a conexão entre eles. ● Elementos Principais: 1. Modularização: ■ Produtos são divididos em módulos independentes, facilitando manutenção e personalização. ■ Exemplo: Componentes intercambiáveis em um carro (faróis, painéis). 2. Diagrama de Blocos: ■ Representa graficamente os agrupamentos de funções do produto. 3. Lista de Materiais (BOM): ■ Descreve todos os componentes e seus custos associados. 4. Aplicação Prática ● Cabine de veículos da Scania: ○ Implementação de módulos padronizados para reduzir custos e facilitar a manutenção. ● Refrigeradores: ○ Diagrama de blocos organiza funções como refrigeração e controle eletrônico. Aulas 15 e 16: Sustentabilidade no Desenvolvimento Conceitual Tema Central: Integração de práticas sustentáveis no design e no planejamento do ciclo de vida dos produtos, considerando impacto ambiental, econômico e social. 1. Sustentabilidade no Ciclo de Vida do Produto 1.1. Conceito de Sustentabilidade ● Definição: Desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer as futuras gerações (Relatório Brundtland, 1987). ● Objetivo no Desenvolvimento de Produtos: ○ Minimizar impactos ambientais. ○ Reduzir consumo de recursos naturais. ○ Criar soluções que beneficiem tanto o meio ambiente quanto os consumidores. 1.2. Ciclo de Vida do Produto ● O ciclo de vida envolve as seguintes fases: 1. Extração de matérias-primas. 2. Fabricação e montagem. 3. Distribuição e logística. 4. Uso pelo consumidor. 5. Descarte, reciclagem ou reaproveitamento. ● Sustentabilidade busca reduzir impactos em cada fase, promovendo eficiência e inovação. 2. Planejamento do Fim de Vida do Produto 2.1. Estratégias Sustentáveis 1. Reciclagem: ○ Processar materiais para criar novos produtos. ○ Exemplo: Pneus reciclados para pavimentação e isolamentoacústico. 2. Reutilização: ○ Componentes ou produtos são usados novamente com pouca ou nenhuma modificação. ○ Exemplo: Reutilização de carcaças de máquinas para novos equipamentos. 3. Descarte Responsável: ○ Resíduos são tratados para minimizar poluição. 4. EcoDesign: ○ Produtos são projetados para serem facilmente desmontados, consertados e reciclados. 2.2. Benefícios do Planejamento ● Reduz a extração de matérias-primas. ● Diminui resíduos em aterros. ● Melhora a percepção da marca junto a consumidores ambientalmente conscientes. 3. Design for X (DfX) 3.1. Conceito Geral ● DfX (Design for Excellence): Conjunto de estratégias para otimizar aspectos específicos do design e produção. ● Cada "X" representa um foco diferente no desenvolvimento do produto. 3.2. Principais Estratégias do DfX 1. DfM (Design for Manufacturing): ○ Otimizar a fabricação, reduzindo custos e tempos de produção. ○ Exemplo: Simplificar formas para facilitar moldagem ou soldagem. 2. DfA (Design for Assembly): ○ Simplificar a montagem, reduzindo o número de componentes e etapas. ○ Exemplo: Produtos que utilizam encaixes em vez de parafusos. 3. DfMt (Design for Maintainability): ○ Facilitar inspeções, consertos e trocas de componentes. ○ Exemplo: Motores projetados para que filtros possam ser trocados facilmente. 4. DfE (Design for Environment): ○ Minimizar impactos ambientais durante o ciclo de vida. ○ Exemplo: Uso de materiais recicláveis e processos de produção limpos. 4. Impacto Ambiental e Sustentabilidade de Matérias-Primas 4.1. Produção de Matérias-Primas ● Certos materiais têm impacto significativo no meio ambiente: ○ Metais e terras raras: ■ Essenciais em tecnologias modernas (baterias, smartphones). ■ Podem causar eutrofização de águas e acidificação do solo durante extração e processamento. ○ Plásticos e polímeros: ■ Dependem de petróleo. ■ Demoram séculos para se decompor em aterros. 4.2. Alternativas Sustentáveis ● Materiais Reciclados: ○ Polímeros recicláveis, alumínio e vidro reciclados. ○ Exemplo: Carrocerias de veículos feitas com materiais reciclados. ● Matérias-Primas Renováveis: ○ Biomateriais como fibras vegetais e bioplásticos. ○ Exemplo: Embalagens biodegradáveis feitas de amido de milho. 4.3. Projeções de Demanda ● A demanda por metais raros e outros materiais para tecnologias de energia renovável (painéis solares, baterias de lítio) deve crescer exponencialmente até 2060. ● Planejar o uso eficiente desses recursos é essencial para reduzir a dependência de novos materiais. 5. Exemplo Prático: Produto Sustentável Caso: Desenvolvimento de um Refrigerador Sustentável ● Objetivo: Reduzir impacto ambiental sem comprometer desempenho. ● Soluções Aplicadas: 1. Uso de gases refrigerantes ecológicos para evitar danos à camada de ozônio. 2. Painéis e carcaça feitos de plásticos recicláveis. 3. Design modular para facilitar manutenção e reciclagem. 4. Eficiência energética com menor consumo durante o uso. 6. Benefícios da Sustentabilidade no Design 1. Ambientais: ○ Menor emissão de gases de efeito estufa. ○ Redução de resíduos sólidos. 2. Econômicos: ○ Redução de custos com matérias-primas virgens. ○ Aumento da eficiência operacional. 3. Sociais: ○ Melhoria na percepção da marca. ○ Atende às demandas de consumidores conscientes. Aula 19 e 20 - 04/10 - Sustentabilidade no Design Cenário Geral da Sustentabilidade ● Desenvolvimento sustentável: Atender às necessidades atuais sem comprometer as gerações futuras (definição de Bruntland, 1987). ● Agenda 2021 da ONU: Propostas como proteção à atmosfera, combate ao desmatamento e manejo seguro de resíduos tóxicos. ● Resiliência de ecossistemas: Capacidade de resistir a mudanças negativas sem perder o equilíbrio. Participação da Indústria ● O modelo industrial clássico linear é contraposto ao Design para o Meio Ambiente (DfE), que busca reduzir o impacto ambiental de produtos e processos produtivos. O Design for Environment (DfE) é uma abordagem de projeto que visa minimizar o impacto ambiental de produtos e processos. Ele integra estratégias como redução de materiais, uso de componentes recicláveis, fabricação limpa e eficiência energética, promovendo sustentabilidade ao longo de todo o ciclo de vida do produto. Princípios para Design Sustentável 1. Concepção de produtos: ○ Produtos duradouros, reutilizáveis e reparáveis. ○ Transformação de produtos em serviços (ex.: compartilhamento). ○ Acesso aberto para facilitar atualizações. 2. Seleção de materiais: ○ Uso de biodegradáveis, recicláveis, de longa duração e com menor toxicidade. ○ Preferência por materiais locais e certificados. 3. Manufatura: ○ Métodos de baixa energia e produção limpa (ciclo fechado). ○ Minimização de resíduos e consumo de recursos. 4. Logística: ○ Embalagens reutilizáveis e produtos leves para otimizar transporte. 5. Consumidores: ○ Produtos modulares, multifuncionais, ergonômicos e personalizáveis. 6. Fim de ciclo de vida: ○ Desenho para fácil desmontagem, reciclagem e reutilização. Modelos para Sustentabilidade nas Empresas ● Indicadores e índices globais de sustentabilidade ajudam a medir o impacto ambiental de processos industriais. ● São utilizados conceitos como recirculação de materiais para reintegrar resíduos ao ciclo produtivo. Aula 21 e 22 - 10/10 - Desenvolvimento Detalhado 1. Projeto Detalhado e projeto conceitual Conceitual O projeto conceitual é a fase de definição inicial do produto, onde são geradas alternativas de concepção, selecionadas as melhores ideias e estabelecidas especificações técnicas. É um processo top-down, partindo do produto final para seus subsistemas e componentes, priorizando inovação, viabilidade técnica e atendimento aos requisitos do cliente. Detalhado ● Integração de sistemas, subsistemas e componentes (SSC) para formar o produto final. ● Processo bottom-up, garantindo que tolerâncias e especificações atendam às metas e requisitos do cliente. 2. Preparação do Produto ● Criação dos SSCs: Envolve fabricar, reutilizar, terceirizar ou adaptar componentes, superando desafios como desempenho e integração. ● Decisão Make or Buy: Avalia infraestrutura, capacidade tecnológica, comportamento de fornecedores, custos totais e riscos para decidir entre fabricação interna ou terceirização. ○ Vantagens internas: Controle e independência. ○ Vantagens externas: Acesso a expertise, redução de custos e foco no core business. 3. Prototipagem ● Desenvolvimento de mockups, protótipos funcionais e outros modelos para validar conceitos, funcionalidade e interação com o usuário. ● Técnicas incluem materiais como madeira, argila, silicone e simulações virtuais. O objetivo é garantir que o produto seja fabricado com eficiência e atenda às expectativas do mercado e dos consumidores. Aulas 25 e 26 - Controle de Qualidade 1. Qualidade Online ● Definição: Métodos para melhorar o desempenho do produto ainda na fase de projeto. ● Metodologia de Taguchi: Avalia perdas pela variabilidade e não apenas pelo cumprimento de especificações. ○ Função de Perda: Li=k(yi−m)2L_i = k(y_i - m)^2Li =k(yi −m)2, onde k=AoΔ2k = \frac{A_o}{\Delta^2}k=Δ2Ao . ○ Exemplos: ■ Bateria com 12V: ■ k=2522=6,25k = \frac{25}{2^2} = 6,25k=2225 =6,25 ■ Perda para 11V: L=6,25(11−12)2=6,25L = 6,25(11 - 12)^2 = 6,25L=6,25(11−12)2=6,25 ■ Perda para 10,5V: L=6,25(10,5−12)2=14,06L = 6,25(10,5 - 12)^2 = 14,06L=6,25(10,5−12)2=14,06. ■ Redução de tolerância em uma peça: ■ Reduz perdas mensais de R$8.960 para R$1.440. ■ Payback do investimento: 4 meses. 2. Qualidade Offline ● Definição: Controle durante a produção para garantir conformidade com especificações. ● Índices de Capacidade: ○ Cp (bilateral): Avalia variabilidade do processo. ■ Cp=LSU−LSL6σCp = \frac{\text{LSU} - \text{LSL}}{6\sigma}Cp=6σLSU−LSL ■ Exemplo: Processo com Cp=1,69>1,33Cp = 1,69 > 1,33Cp=1,69>1,33 é considerado capaz. ○ Cpk (unilateral): Para processos não centrados. ■ Cpk=min (Meˊdia−LSL3σ,LSU−Meˊdia3σ)Cpk= \min\left(\frac{\text{Média} - \text{LSL}}{3\sigma}, \frac{\text{LSU} - \text{Média}}{3\sigma}\right)Cpk=min(3σMeˊdia−LSL ,3σLSU−Me ˊdia ) ■ Exemplo: Com Cpk=1,38>1,33Cpk = 1,38 > 1,33Cpk=1,38>1,33, o processo atende às especificações. Principais Ferramen tas e Resultados ● Função Perda: Identifica perdas econômicas associadas à variação da qualidade. ● Capacidade do Processo: ○ Cp>1,33Cp > 1,33Cp>1,33: Processo capaz. ○ Cpk>1,33Cpk > 1,33Cpk>1,33: Processo confiável, mesmo que não centrado. Aulas 27 e 28 - Preparação da Produção 1. Planejamento do Processo de Produção ● Define como a produção será realizada: ○ Novas instalações/equipamentos ou reutilização de recursos existentes. ● Ferramentas de apoio: ○ Mapeamento do Fluxo de Valor (VSM): Diagnóstico do estado atual e planejamento do estado futuro, identificando melhorias. 2. Plano de Manutenção ● Garante segurança, conservação e funcionalidade dos equipamentos. ● Inclui dados históricos, necessidades operacionais e informações técnicas. 3. Indicador OEE (Eficiência Geral dos Equipamentos) ● Mede a eficiência das máquinas: ○ Disponibilidade: (Tempo Produzindo/Tempo Programado)×100%(\text{Tempo Produzindo} / \text{Tempo Programado}) \times 100\%(Tempo Produzindo/Tempo Programado)×100% ○ Desempenho: (Produc¸a˜o Real/Produc¸a˜o Teoˊrica)×100%(\text{Produção Real} / \text{Produção Teórica}) \times 100\%(Produc¸ a˜o Real/Produc¸ a˜o Teoˊrica)×100% ○ Qualidade: (Itens Bons/Itens Produzidos)×100%(\text{Itens Bons} / \text{Itens Produzidos}) \times 100\%(Itens Bons/Itens Produzidos)×100% ○ OEE: Multiplicação dos três indicadores. ● Exemplo: ○ Disponibilidade: 16 h/21 h=76%16 \, \text{h} / 21 \, \text{h} = 76\%16h/21h=76% ○ Desempenho: 80 itens/100 itens=80%80 \, \text{itens} / 100 \, \text{itens} = 80\%80itens/100itens=80% ○ Qualidade: 72 itens/80 itens=90%72 \, \text{itens} / 80 \, \text{itens} = 90\%72itens/80itens=90% ○ OEE=76%×80%×90%=55%OEE = 76\% \times 80\% \times 90\% = 55\%OEE=76%×80%×90%=55%. 4. Roteiro de Produção e Fabricação ● Documenta operações necessárias para transformar insumos em produtos. ● Detalha máquinas, tempos de execução e custos envolvidos, facilitando gestão e treinamento. 5. Certificação do Produto ● Certificações Voluntárias: Decisão da empresa conforme benefícios esperados. ● Certificações Compulsórias: Exigidas por regulamentos antes da comercialização. ● Realizadas por Organismos de Certificação de Produto (OCP), acreditados pelo INMETRO. 6. Encerramento e Análise de Viabilidade ● Avalia se o processo e o produto atendem requisitos técnicos e econômicos antes do lançamento. Aulas 29 e 30 - Lançamento do Produto . Planejamento do Lançamento do Produto ● Objetivo: Garantir uma transição eficaz entre as fases de desenvolvimento, produção e comercialização. ● Áreas envolvidas: ○ Produção. ○ Logística e fornecedores. ○ Vendas e distribuição. ○ Suporte ao cliente. ○ Campanhas de marketing. 2. Principais Atividades a. Desenvolver processo de vendas: ● Treinamento da equipe comercial. ● Definição de metas de vendas e canais. ● Integração com a logística para garantir prazos de entrega. b. Desenvolver processo de distribuição: ● Planejamento e controle do fluxo de materiais e informações. ● Integração com os canais de vendas e assistência técnica. c. Desenvolver atendimento ao cliente: ● Estabelecer canais de comunicação (SAC, CRM). ● Criar uma base de dados única para entender e atender às demandas dos clientes. d. Desenvolver assistência técnica: ● Planejamento para suporte pós-venda. ● Gestão de peças de reposição e serviços de manutenção. e. Promover marketing de lançamento: ● Campanhas publicitárias alinhadas ao público-alvo. ● Estratégias de comunicação para destacar diferenciais do produto. f. Gerenciar o lançamento: ● Monitoramento das atividades relacionadas ao lançamento. ● Ajustes de processos conforme necessário. g. Monitorar viabilidade econômico-financeira: ● Avaliar o desempenho de vendas versus custos. ● Identificar oportunidades de melhoria na estratégia de mercado. h. Atualizar plano de fim de vida do produto: ● Preparar estratégias para o término do ciclo de vida, como reciclagem ou substituição. 3. Etapas Importantes a. Avaliar e aprovar a fase: ● Garantir que todas as etapas foram concluídas e atendem aos objetivos definidos. ● Documentar decisões e lições aprendidas para projetos futuros. b. Documentar as saídas: ● Relatórios detalhados sobre processos e resultados. ● Base para a avaliação contínua de desempenho. Aulas 29 e 30 - Parte 2 1. Acompanhamento do Produto e do Processo Essa etapa visa monitorar o desempenho do produto e das operações associadas, garantindo melhorias contínuas e aprendizados para futuros projetos. Tarefas principais: ● Monitoramento: ○ Desempenho técnico do produto no mercado, na produção e nos serviços associados. ○ Vendas e viabilidade econômica. ○ Custos do produto e impactos ambientais. ● Análise de dados: ○ Consolidação das informações e auditorias pós-projeto. ○ Identificação de erros e lições aprendidas para gerar melhorias no processo de desenvolvimento (PDP). ● Disseminação de conhecimento: ○ Armazenar e compartilhar aprendizados com equipes. 2. Descontinuação do Produto A descontinuação ocorre quando o produto perde relevância econômica ou estratégica. Essa fase envolve ações cuidadosas para minimizar impactos econômicos, ambientais e sociais. Eventos principais: 1. Recebimento do produto de volta: ○ Produtos retornados para reciclagem, remanufatura ou descarte. 2. Encerramento da produção: ○ Fabricação é interrompida, mantendo apenas a produção de peças de reposição. 3. Finalização do suporte: ○ Termina o fornecimento de assistência técnica e reposição de peças. Atividades detalhadas: 1. Analisar e aprovar a descontinuidade: ○ Avaliar impactos em áreas como imagem, mercado, ambiente e legislação. 2. Planejar a descontinuidade: ○ Elaborar um plano abrangente, abordando fatores internos (estoques, novos projetos) e externos (legislação ambiental, concorrência). 3. Preparar o recebimento do produto: ○ Planejar desmontagem, reciclagem e reaproveitamento de componentes. 4. Acompanhar o recebimento do produto: ○ Monitorar devoluções até atingir um percentual mínimo definido. 5. Descontinuar a produção: ○ Encerrar fabricação, ajustando contratos e uso de materiais. 6. Finalizar suporte: ○ Encerrar assistência técnica, evitando impactos negativos na imagem da empresa. 7. Avaliação geral de encerramento: ○ Realizar uma análise crítica final e documentar aprendizados e resultados. Resultados esperados: ● Relatório detalhado sobre o processo de descontinuidade. ● Identificação de problemas com produtos devolvidos. ● Garantia de conformidade ambiental durante o descarte ou reaproveitamento.