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IMUNIZAÇÕES P R O F . H E L E N A S C H E T I N G E R Estratégia MED Prof. Helena Schetinger | ImunizaçõesPEDIATRIA 2 PROF. HELENA SCHETINGER APRESENTAÇÃO: Olá, Estrategista, este resumo vai trazer um assunto que eu, particularmente, gosto muito: imunizações! Imunizar é prevenir, é cumprir o juramento que fizemos de cuidar das pessoas, mas antes mesmo que elas adoeçam! É por isso que esse tema é tão interessante e tão importante para sua vida profissional. Além disso, é um assunto que os examinadores adoram e que pode estar presente em qualquer área da sua prova, da Pediatria até a Cirurgia. Na Pediatria, é o assunto mais prevalente em provas! Responder corretamente a uma questão sobre isso pode fazer a diferença para sua aprovação. As questões tendem a ser variadas, a depender da vacina, desde o conhecimento do calendário vacinal até as reações adversas. Mas, daremos mais detalhes em cada tópico! Então, vamos começar! @estrategiamed /estrategiamed Estratégia MED t.me/estrategiamed @estrategiamed @prof.helenaped https://www.instagram.com/estrategiamed/ https://www.facebook.com/estrategiamed1 https://www.youtube.com/channel/UCyNuIBnEwzsgA05XK1P6Dmw https://t.me/estrategiamed https://t.me/estrategiamed https://www.tiktok.com/@estrategiamed https://www.instagram.com/prof.helenaped/ Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 3 SUMÁRIO 1.0 IMUNIZAÇÕES 6 1.1 IMUNIZAÇÃO PASSIVA 6 1.2 IMUNIZAÇÃO ATIVA 6 2.0 O QUE SÃO VACINAS? 6 2.1 VIVAS ATENUADAS 6 2.2 INATIVADAS 7 2.3 ESQUEMA VACINAL 10 2.4 IMUNIDADE DE REBANHO 10 2.5 CONTRAINDICAÇÕES DAS VACINAS 11 2.6 CALENDÁRIOS VACINAIS 11 2.7 CALENDÁRIOS ESPECIAIS 16 2.7.1 CALENDÁRIO DOS PREMATUROS 17 2.8 CALENDÁRIO DOS CRIES 18 2.9 CALENDÁRIO DAS SOCIEDADES 18 3.0 BCG 18 3.1 REVACINAÇÃO 19 3.2 CONTRAINDICAÇÕES E REAÇÕES ADVERSAS 20 3.3 SITUAÇÕES ESPECIAIS 20 4.0 HEPATITE B 22 4.1 IMUNOGLOBULINA ANTI-HEPATITE B 22 4.2 SITUAÇÕES ESPECIAIS 22 Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 4 5.0 FAMÍLIA DTP 23 5.1 DTPw – TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL DE CÉLULAS INTEIRAS 23 5.2 DTPa - TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL ACELULAR 23 5.3 DT – DUPLA BACTERIANA INFANTIL 23 5.4 dT – DUPLA BACTERIANA ADULTA 23 5.5 dTpa – TRÍPLICE BACTERIANA ADULTA ACELULAR 24 5.6 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 25 5.7 PREVENÇÃO DO TÉTANO ACIDENTAL 26 5.8 VACINAÇÃO SELETIVA DOS COMUNICANTES DE COQUELUCHE 27 6.0 VACINA CONTRA POLIOMIELITE 28 7.0 VACINA CONTRA ROTAVÍRUS 29 7.1 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 29 8.0 VACINAS PNEUMOCÓCICAS 30 8.1 PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE 30 8.2 PNEUMOCÓCICA 13-VALENTE E 15-VALENTE 30 8.3 PNEUMOCÓCICA 23-VALENTE 30 9.0 VACINAS MENINGOCÓCICAS 31 9.1 MENINGOCÓCICA C 31 9.2 MENINGOCÓCICA ACWY 31 9.3 MENINGOCÓCICA B 31 10.0 VACINA CONTRA FEBRE AMARELA 31 10.1 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 32 Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 5 11.0 VACINA CONTRA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA 32 11.1 VACINA TRÍPLICE VIRAL 33 11.2 VACINA TETRA VIRAL 33 11.3 VACINA VARICELA ISOLADA 33 11.4 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 33 11.5 IMUNOGLOBULINA ANTI-SARAMPO E ANTI-VARICELA-ZOSTER 34 12.0 VACINA CONTRA HPV 35 13.0 VACINA INFLUENZA 35 13.1 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 36 14.0 PREVENÇÃO CONTRA O VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO 37 14. 1 PALIVIZUMABE 37 14. 2 VACINAS 37 15.0 VACINA E SORO CONTRA RAIVA 38 15.1 INDICAÇÕES 38 16.0 VACINAS CONTRA COVID 39 17.0 RESUMO DOS ESQUEMAS VACINAIS DE ACORDO COM A IDADE E SITUAÇÃO. 41 18.0 VACINAS CONTRA DENGUE 42 19.0 LISTA DE QUESTÕES 43 20.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 44 21.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 45 Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 6 1.0 IMUNIZAÇÕES “Imunizar” é definido no dicionário como “Tornar ou ficar imune a determinado agente patogênico, a uma doença infecciosa”. Ou seja, é o ato de proteger-se de determinada patologia. E como isso funciona? Há dois tipos de imunização, vamos conhecê-los. CAPÍTULO 1.1 IMUNIZAÇÃO PASSIVA É a introdução no organismo de anticorpos já prontos, como soro e imunoglobulinas. Ela também é a forma que o feto recebe anticorpos maternos. Como vantagem, a proteção é imediata e não depende do sistema imune de quem está recebendo. Ou seja, deve ser utilizada em situações que o indivíduo não pode esperar a formação de anticorpos. Como desvantagem, não gera memória imunológica. 1.2 IMUNIZAÇÃO ATIVA É a introdução no organismo de antígenos, que irão gerar resposta imune. Pode ser natural, por meio da própria doença, ou artificial, por meio das vacinas. A vantagem é gerar memória imunológica e a desvantagem, demorar de 10 a 14 dias para produzir anticorpos. Falaremos mais sobre isso à frente. Primeiro, vamos mais fundo conhecer as vacinas. 2.0 O QUE SÃO VACINAS? CAPÍTULO As vacinas são micro-organismos inteiros ou parte deles injetados no corpo para prevenção de doenças infecciosas. Apesar de a maioria induzir uma boa proteção contra infecções, a resposta imune dos indivíduos é geneticamente determinada, portanto as respostas às vacinas não são iguais. Isso explica por que nenhuma vacina tem 100% de eficácia. Elas são divididas em dois grandes grupos: vivas atenuadas e inativadas. 2.1 VIVAS ATENUADAS São vacinas que contém o patógeno, entretanto de uma forma enfraquecida, na qual ele perdeu a capacidade de produzir a doença em imunocompetentes. Elas imitam o ciclo da doença, estimulando a resposta humoral e celular, produzindo uma espécie de infecção branda. É como se você ficasse doente, mas de uma forma leve. A partir daí, você cria anticorpos próprios contra a doença e fica protegido em futuros contatos com o patógeno. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 7 2.2 INATIVADAS As vacinas inativadas não contêm o patógeno vivo, portanto não têm capacidade de produzir a doença e não imitam o ciclo de infecção. Elas ativam apenas a resposta humoral, a não ser que você a conjugue com uma proteína, nesse caso elas ativam também a resposta celular e aumentam a resposta imune. Exatamente por não conterem o patógeno, elas têm como Essa imitação do ciclo faz com que elas tenham como vantagem proporcionar uma imunidade mais duradoura que as inativadas, além de necessitarem de um número menor de doses para criar proteção efetiva. Como desvantagem, são perigosas para imunodeprimidos, imunodeficientes e gestantes, pois mesmo um agente enfraquecido pode causar doença nesses grupos. A maioria delas é de aplicação subcutânea. vantagem serem seguras para imunodeprimidos, imunodeficientes e gestantes. Como desvantagens, a imunidade gerada pode ser mais curta, necessitando de doses de reforço e precisando de um número maior de doses para produzir a imunidade ideal. A maioria delas é aplicada via intramuscular. O quadro abaixo coloca cada vacina em sua devida classificação e você precisa conhecê-lo! Vivas atenuadas Inativadas Bacterianas BCG Difteria Tétano Coqueluche Meningocócicas C, B e ACWY Pneumocócicas 7, 10, 13 e 23 valente Haemophilus influenzae tipo B Virais Rotavírus Febre amarela Sarampo Caxumba Rubéola Varicela Pólio oral Dengue Herpes-zoster (Zostavax®) Hepatites A e B HPV Pólio inativada Raiva Influenza Coronavírus Herpes-zoster (Shingrix®) Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 8 Hoje CORri PORAÍ (Hepatites, HPV, Coronavírus, Pólio injetável, Raiva, Influenza) É seguro e eficaz coadministrar vacinas no mesmo dia. Vacinas inativadas com inativadas ou com vivas podem ser administradas no mesmo dia ou com qualquer intervalo de tempo. Vacinas vivas, se não administradas no mesmo dia, precisam de 4 semanas de intervalo entre elas. Inativada x inativada Administrar no mesmo dia ou com qualquerintervalo de tempo Inativada x viva Administrar no mesmo dia ou com qualquer intervalo de tempo Viva x viva Administrar no mesmo dia ou com 4 semanas de intervalo entre elas Para lembrar sem decorar, a maioria das bacterianas são inativadas, a exceção é a BCG. Já a maioria virais são vivas atenuadas, as exceções são as Hepatites, HPV, Pólio Inativada, vacinas contra coronavírus, Raiva e Influenza. MNEMÔNICO PARA LEMBRAR QUAIS AS VIRAIS INATIVADAS! Há uma exceção, e fique atento, pois é pegadinha de prova! As vacinas que contêm sarampo — tríplice ou tetra viral com a febre amarela em crianças menores de 2 anos — não podem ser administradas no mesmo dia. Deve ser respeitado um intervalo mínimo de 15 dias entre elas, 30 dias idealmente. Estudos mostraram que há perda de imunogenicidade quando aplicadas juntas. Fonte: Shutterstock. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 9 É para decorar! Mas, pode aproveitar esta associação, que fica fácil: Pode fazer as vacinas no mesmo dia, com qualquer intervalo de tempo! Imagine duas pessoas mortas (inativadas). Elas podem brigar? Pode fazer as vacinas no mesmo dia, com qualquer intervalo de tempo! Uma pessoa morta (inativada) e uma viva podem brigar? Faça no mesmo dia ou com 4 semanas de intervalo! Duas pessoas vivas podem brigar? Já a coadministração de vacinas vivas atenuadas e de imunoglobulinas não é indicada. A indicação é esperar, no mínimo, 2 semanas, mas, idealmente, no mínimo, 3 meses entre um e outro. A administração de vacinas após transfusão de sangue também deve obedecer a um intervalo mínimo de 5 meses, de acordo com o Ministério da Saúde. Quanto à coadministração de vacinas com antitérmicos, é contraindicada, exceto pela vacina meningocócica B, a qual está liberada para ser aplicada com paracetamol. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 10 2.3 ESQUEMA VACINAL O esquema vacinal depende de cada vacina e é definido como o número de doses que deve ser feito para atingir a imunidade ideal. Pacientes vacinados com um menor número de doses que o ideal podem apresentar a doença ou uma forma branda dela. “DOSE DADA NÃO É DOSE PERDIDA.” Agora, uma questão recorrente de provas de Residência é a ausência ou perda de carteirinha! Nesse caso, siga a rima: “Sem comprovação, devemos fazer a revacinação”. Sempre que o paciente não apresentar comprovação vacinal, devemos revacinar. Fique atento com a BCG, pois, se o paciente apresentar cicatriz vacinal, isso serve como comprovação! 2.4 IMUNIDADE DE REBANHO A imunidade de rebanho ocorre quando temos dois grupos de pessoas em uma mesma comunidade: 1) Imunizados para determinada doença, que precisam ser a maioria. 2) Não imunizados para a tal doença, que precisam ser a minoria. O primeiro grupo, como está protegido, não irá se infectar com a doença, assim, não será fonte de infecção para o segundo grupo. É como se fizéssemos um casulo de proteção contra a doença, que beneficiará aquele indivíduo não imunizado. Agora, muita atenção, pois isso só vale para doenças com transmissão interpessoal! Quando o esquema vacinal estiver incompleto, devemos sempre completá-lo com as doses que faltam, não há necessidade de reiniciar a vacinação para nenhuma vacina. Segue a frase utilizada pela Sociedade Brasileira de Imunizações que define muito bem o caso: Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 11 2.5 CONTRAINDICAÇÕES DAS VACINAS Fique ligado, pois este tópico é o queridinho das provas de Residência! As vacinas têm poucas contraindicações absolutas. Anafilaxia em dose anterior e alergia grave a algum dos componentes contraindicam a vacina a qual o paciente apresenta alergia. Imunodeprimidos, imunodeficientes e gestantes não devem aplicar vacina viva atenuada sob o risco de infectarem-se. As Agora, fique ligado nas falsas contraindicações de vacinas, que a banca adora colocar para o confundir: • Uso de corticosteroides: apenas contraindica vacinas vivas se feito em doses imunossupressoras (≥ 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente por 14 dias ou mais). Corticoides inalatórios ou tópicos não impedem a vacinação. • Doenças agudas afebris. • Uso de antibiótico. • História familiar de alergias e crises convulsivas. • Dermatites. • Choro e febre persistentes pós-vacinação prévia. • Desnutrição. • Filhos de mães HIV positivo: a criança exposta ao HIV vertical deve ser vacinada com todas as vacinas do calendário até que se prove laboratorialmente ou clinicamente a imunodepressão. Vacinas inativadas podem ser feitas independentemente do estado imune do paciente. 2.6 CALENDÁRIOS VACINAIS Caro aluno, a maioria das questões vai cobrar conhecimento do Calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Ele pode ser dividido em calendário da criança, do adolescente, do adulto e do idoso. Os indígenas também apresentam calendário próprio para cada faixa de idade, mas não vimos eles serem cobrados em provas. É fundamental decorar os calendários para responder às questões, e você deve encontrar a melhor maneira de fazer isso. Uma dica pessoal: desenhe o calendário em cada questão que você for responder. Vai facilitar a visualização e estimular sua memória. vacinas inativadas são seguras para esses pacientes. Doença febril aguda contraindica a vacina no momento da doença, devendo ser aplicada após a resolução do quadro. Agora, o que é doença febril aguda? O Ministério da Saúde não explica! Então, vamos de acordo com nossa prática clínica: seria aquela criança com febre e queda do estado geral. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 12 CALENDÁRIO VACINAL DAS CRIANÇAS DO PNI VACINAS Ao nascer 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7 meses 9 meses 12 meses 15 meses 4 a 6 anos BCG Dose única Hepatite B Dose única Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenzae tipo B) 1ª dose (2ª dose da hepatite B) 2ª dose (3ª dose da hepatite B) 3ª dose (4ª dose da hepatite B) Pólio inativada (VIP/Salk) 1ª dose 2ª dose 3ª dose Reforço Rotavírus 1ª dose 2ª dose Pneumocócica 10-valente 1ª dose 2ª dose Reforço Meningocócica C 1ª dose 2ª dose Reforço Coronavírus 1ª dose 2ª dose Febre amarela 1ª dose Reforço (4 anos) Tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola) 1ª dose Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola, varicela) 2ª dose sarampo, caxumba e rubéola 1ª dose varicela DTP (difteria, tétano, coqueluche) Reforço Reforço Hepatite A Dose única Varicela isolada 2ª dose Varicela Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 13 CALENDÁRIO VACINAL DOS ADOLESCENTES – 10 AOS 19 ANOS – DO PNI O calendário dos adolescentes é composto por: • 2 vacinas próprias dos adolescentes: HPV e meningocócica ACWY. • 1 vacina que gosto de chamar de grudenta ou de "chicleta", pois ela vai estar presente em todos os calendários a partir daqui: dT. • 3 vacinas que "olham para trás", para o calendário anterior, pois se já tiverem sido aplicadas, não precisam de novas doses: Hepatite B, febre amarela e tríplice viral. VACINAS DOSES HPV 9 a 14 anos Dose única Meningocócica ACWY 11 a 14 anos Dose única Dupla bacteriana adulto (dT) Uma dose de reforço a cada 10 anos Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente Hepatite B Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente Febre amarela Dose única, se não tiver vacinação prévia Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 14 Tríplice Viral (Sarampo, caxumba e rubéola) Duas doses, se não tiver o esquema completo anteriormente CALENDÁRIO VACINAL DO ADULTO – 20 AOS 59 ANOS – PNI Esse é fácil! Aqui teremos:• A "chicleta" • As três que "olham para trás". VACINAS DOSES Dupla bacteriana adulto (dT) Uma dose de reforço a cada 10 anos Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente Hepatite B Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 15 Febre amarela Dose única, se não tiver vacinação prévia Tríplice Viral (Sarampo, caxumba e rubéola) Duas doses, se não tiver o esquema completo anteriormente até os 29 anos Dose única dos 30 aos 59 anos CALENDÁRIO VACINAL DO IDOSO – MAIOR DE 60 ANOS – DO PNI No idoso temos: • A "chicleta" • Apenas a hepatite B "olhando para trás". • Três novas vacinas: coronavírus e influenza, pois idoso é grupo de risco, e pneumocócica 23 valente. VACINAS DOSES Dupla bacteriana adulto (dT) Uma dose de reforço a cada 10 anos Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 16 Hepatite B Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente Influenza Dose única anual Coronavírus Anualmente, duas doses, com 6 meses de intervalo Pneumocócica 23-valente Uma dose para acamados ou moradores de instituições fechadas 2.7 CALENDÁRIOS ESPECIAIS Além desses, temos duas situações que você precisa conhecer, pois são muito cobradas em provas: calendário das gestantes e dos prematuros. CALENDÁRIO VACINAL DA GESTANTE DO PNI Aqui, temos 4 vacinas: • Três vacinas próprias da gestante, que serão aplicadas todas as vezes que ela engravidar: coronavírus, influenza e dTpa. • A hepatite B, mais uma vez, olhando para trás. • E, surpresa! A "chicleta", que será feita apenas se as doses anteriores da dT estiverem ausentes ou incompletas. VACINAS DOSES Influenza Uma dose anual Tríplice bacteriana acelular (dTpa) Uma dose a partir da 20ª semana de gestação até 45 dias dos pós- parto Coronavírus Uma dose a cada 6 meses Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 17 Hepatite B Três doses, se não tiver o esquema completo anteriormente Dupla bacteriana adulto (dT) Duas doses, se não tiver o esquema completo anteriormente. Completar o esquema de três doses com uma dose de dTpa. PREMATUROS – VACINAR NA IDADE CRONOLÓGICA! 2.7.1 CALENDÁRIO DOS PREMATUROS Aqui, caro aluno, o que você tem que ter em mente é que os prematuros devem ser vacinados na idade cronológica. Não corrigir a idade gestacional! Então, a maioria das vacinas deve ser dada na mesma idade das crianças nascidas a termo. Porém, algumas particularidades devem ser levadas em conta. São elas: CALENDÁRIO ESPECIAL DO PREMATURO DO PNI VACINAS INDICAÇÃO BCG Realizar apenas em bebês com mais de 2.000g Hepatite B Realizar obrigatoriamente 4 doses DTP Utilizar a DTPa (acelular) Rotavírus e pólio oral Não utilizar em ambiente hospitalar Palivizumabe Aplicar nos meses de maior circulação do vírus sincicial respiratório para pacientes selecionados (veremos quais são eles, mais pra frente) Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 18 Por fim, temos o: 2.8 CALENDÁRIO DOS CRIES Os Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs) são centros pertencentes ao Ministério da Saúde que disponibilizam vacinas e imunoglobulinas gratuitas para populações especiais, como pacientes com doenças crônicas, imunossuprimidos e com neoplasias. Vamos conhecer ao longo do capítulo a atuação dos CRIEs nas imunizações dos pacientes. 2.9 CALENDÁRIO DAS SOCIEDADES Agora, imagine se o custo não fosse limitado e pudessem ser vacinados todos os grupos etários com as vacinas licenciadas para eles. Esses são os calendários da Sociedade Brasileira de Imunizações e da Sociedade Brasileira de Pediatria, que incluem tanto as vacinas do sistema público, quanto do sistema privado. Mas, calma, relaxe, há muita coisa em comum entre os calendários e você não precisa decorar todos! Ao longo do capítulo, vamos pontuar as diferenças para facilitar! Vamos agora analisar cada vacina individualmente. 3.0 BCG CAPÍTULO BCG é uma vacina viva atenuada composta pela bactéria de origem bovina Mycobacterium bovis (atenção, a BCG não é produzida com Mycobacterium tuberculosis!). Ela protege contra formas graves da doença tuberculosa: meningoencefalite e miliar (há pouca proteção contra a forma pulmonar!). A administração é intradérmica em deltoide direito. A lesão provocada pela vacinação evolui em 6 a 12 semanas após a aplicação, TEMPO TIPO DE LESÃO 1 a 2 semanas Mácula avermelhada, com enduração de 5 mm a 15 mm de diâmetro 3 a 4 semanas Pústula seguida de crosta 4 a 5 semanas Úlcera com 4 a 10 mm de diâmetro Após 6 a 12 semanas Cicatriz com 4 a 7 mm de diâmetro. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 19 Mácula Pústula Crosta por fora e úlcera central Cicatriz A BCG deve ser aplicada ao nascer, em todos os bebês maiores de 2.000 gramas. Caso o recém-nascido não tenha esse peso, é necessário adiar a vacinação até ele o atingir. 3.1 REVACINAÇÃO Não há necessidade de revacinar crianças sem cicatriz vacinal, nem realizar exames, simplesmente considere a criança como imune. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 20 3.2 CONTRAINDICAÇÕES E REAÇÕES ADVERSAS Por ser uma vacina viva atenuada, é contraindicada para imunossuprimidos, imunodeficientes e gestantes. As reações adversas são pouco frequentes. O mais comum é o enfartamento ganglionar único ou múltiplo, localizado em região 3.3 SITUAÇÕES ESPECIAIS • Bebês de mães HIV positivo, independentemente do tratamento materno, devem receber a vacina ao nascer, pois ainda não temos comprovação clínica nem laboratorial de imunossupressão. Crianças mais velhas só devem ser vacinadas se não forem imunodeficientes. • Filhos de mãe com tuberculose bacilífera ativa no momento do parto não devem ser vacinados ao nascer. Devem iniciar rifampicina e manter a medicação por 4 meses. Após, suspender a medicação e vacinar com a BCG. Observe o fluxo a seguir: Não vacinar com a BCG Prescrever Rifampicina Vacinar com a BCG Suspender Rifampicina 4 MESES • Contactantes de hanseníase. Maiores de um ano que tenham contatos intradomiciliares com portadores de hanseníase devem ser vacinados com uma dose a mais de BCG. axilar, supra ou infraclavicular homolateral à vacina. Ele é móvel, indolor e mede até 3cm de diâmetro, não é acompanhado de sintomas sistêmicos e não necessita de tratamento. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 21 REAÇÕES ADVERSAS São raras na prática clínica, mas bastante frequentes em provas. Vamos resumir! EVENTO ADVERSO CONDUTA Enfartamento ganglionar axilar, supra ou infraclavicular, homolateral à vacina, único ou múltiplo, móvel, indolor, 1cm Isoniazida até a regressão da lesão. Abscessos subcutâneos frios com ou sem fístula (relacionados à aplicação errônea subcutânea) Isoniazida até a regressão da lesão. Abscessos subcutâneos quentes com ou sem fístula (relacionados à infecção cutânea por bactérias de pele) Antimicrobiano sistêmico com cobertura para pele. Linfadenopatia maior de 3 cm sem supuração Observar Linfadenopatia maior de 3 cm com supuração Isoniazida até a regressão da lesão. Reação lupoide Esquema tríplice: isoniazida, rifampicina, etambutol por dois meses, seguido de isoniazida e rifampicina por mais 4 meses. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 22 4.0 HEPATITE B CAPÍTULO A vacina para hepatite B é inativada e sua administração é intramuscular. Está disponível para todas as faixas etárias no esquema de três doses, sendo o intervalo entre as doses de um mês da primeira para a segunda e de 6meses entre a primeira e a terceira (0-1-6 meses). 4.1 IMUNOGLOBULINA ANTI-HEPATITE B É indicada para indivíduos suscetíveis, ou seja, com esquema vacinal incompleto ou desconhecido, pós-exposição à doença em casos de: • RNs filhos de mãe HBsAg positivas. • Vítimas de acidentes com material biológico. • Comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B. • Vítimas de violência sexual. • Imunodeprimidos mesmo que previamente vacinados. 4.2 SITUAÇÕES ESPECIAIS ATENÇÃO, ESTRATEGISTA! TÓPICO MUITO RECORRENTE EM PROVAS DE RESIDÊNCIA! • RNs filhos de mães HBsAg positivas Nesse caso, está indicada ao nascer, além da vacina contra hepatite B, uma dose de imunoglobulina anti- hepatite B em até 12 horas após o parto, em dose única. Elas devem ser aplicadas em grupos musculares diferentes, ou seja, se uma for aplicada na coxa direita, a outra será aplicada na coxa esquerda. • Profissionais de saúde Devem aplicar as três doses da vacina e realizar sorologia posteriormente para confirmar a imunidade. São considerados imunizados aqueles com anticorpos anti-HBs >10 UI/ml. No calendário da criança do PNI, estão indicadas quatro doses das vacinas. A primeira para todas as crianças ao nascer, independentemente de idade gestacional e peso, e as outras três aos 2, 4 e 6 meses dentro da vacina combinada pentavalente, que iremos conhecer a seguir. Por ser inativada, é segura para imunodeprimidos e gestantes. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 23 5.0 FAMÍLIA DTP CAPÍTULO As vacinas contra difteria, tétano e coqueluche (pertussis) andam juntas, em vacinas combinadas inativadas, administradas por via intramuscular, que chamamos de “Família DTP”. Elas contêm toxoide diftérico, toxoide tetânico, bactérias Bordetella 5.1 DTPw – TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL DE CÉLULAS INTEIRAS É uma vacina inativada que contém toxoides diftérico, tetânico e bactérias Bordetella pertussis inativadas (mortas). Por conter a Bordetella inteira, ela é chamada de DTP de células inteiras (w = whole cells). Está presente no Programa Nacional de Imunizações dentro 5.2 DTPa - TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL ACELULAR Vacina inativada que contém os toxoides diftérico, tetânico e antígenos inativados da Bordetella Pertussis: toxoide pertussis, pertactina e hemaglutinina filamentosa. Pela ausência do micro- organismo inteiro, é chamada de DTP acelular. Indicada no esquema de cinco doses, aos 2, 4 e 6 meses, com reforços aos 15 meses e 4 a 6 anos. Idade máxima de aplicação: 7 anos. 5.3 DT – DUPLA BACTERIANA INFANTIL Vacina inativada que apresenta apenas toxoides diftérico e tetânico, sem o componente da coqueluche. Indicada para pacientes que não podem receber a DTPw ou 5.4 dT – DUPLA BACTERIANA ADULTA Vacina inativada que apresenta toxoide diftérico em menor volume que as anteriores (preste atenção em como o “d” está em minúsculo!) e toxoide tetânico. pertussis mortas ou antígenos da coqueluche. As vacinas que contêm esses componentes serão estudadas a seguir. São elas: DTPw, DTPa, DT, dT e dTpa. da vacina pentavalente, também chamada de Penta Brasil (DTPw + hepatite B + Haemophilus influenzae tipo B). A pentavalente está indicada no esquema de três doses, aos 2, 4 e 6 meses. Os reforços são aplicados aos 15 meses e 4 a 6 anos com a DTPw. Idade máxima de aplicação: 7 anos. Está disponível no sistema privado de imunizações para vacinação de rotina das crianças ou nos CRIEs para pacientes que sofreram episódio hipotônico-hiporresponsivo ou crise convulsiva após a administração de DTPw. Por ser acelular, ela apresenta menos reações adversas e é igualmente imunogênica em comparação com a DTPw. a DTPa por terem apresentado encefalopatia em até 7 dias após essas vacinas. Disponível apenas nos CRIEs para menores de 7 anos. Indicada, pelo PNI, como reforço a cada 10 anos após a última dose de DTPw ou DTPa (o que ocorre geralmente dos 4 aos 6 anos). Indicada para maiores de 7 anos. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 24 5.5 dTpa – TRÍPLICE BACTERIANA ADULTA ACELULAR Vacina inativada que apresenta toxoide diftérico em menor volume que as infantis, toxoide tetânico e componente acelular da coqueluche. Indicada pelas Sociedades para reforço a cada 10 anos, em substituição da dT em maiores de 7 anos, mas disponível apenas Resumindo a família DTP Até 7 anos Maiores de 7 anos DTPw PNI: 2, 4, 6 meses. Reforços com 15 meses e 4 anos dT PNI: reforço a cada 10 anos ou três doses para não vacinados DTPa Sistema privado: 2, 4, 6 meses. Reforços com 15 meses e 4 anos CRIEs: pacientes especiais dTpa PNI: gestantes a partir de 20 semanas até 45 dias do puerpério Sistema privado: a cada 10 anos DT CRIEs: pós-encefalopatia com as vacinas anteriores Para lembrar: Tudo que tem LETRA GRANDE é para Gente Pequena Para lembrar: Tudo que tem Letra Pequena é para GENTE GRANDE no sistema privado de imunizações. No PNI, está indicada para gestantes da 20ª semana de gravidez até os 45 dias após o parto em dose única, e para profissionais de saúde que atuam em salas de parto a cada 10 anos. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 25 5.6 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES PARE! RESPIRE FUNDO E PRESTE BEM ATENÇÃO AQUI! “TÓPICO QUENTE” PARA PROVAS!! O grande “vilão” da família DTP é o componente da coqueluche! Ele não é o único, mas é o principal responsável pela maioria dos eventos adversos da vacina! Apesar de a maioria das reações ser branda, como dor, edema e vermelhidão locais, febre e mal-estar, temos quatro situações que você precisa conhecer relacionadas à vacina DTP de células inteiras e, consequentemente, à vacina pentavalente do PNI. 1. Febre e choro persistentes: irritabilidade e febre podem ocorrer após algumas horas da aplicação da vacina. Apesar de ser um evento dramático e preocupante para a maioria dos pais, é benigno e autolimitado a algumas horas. Não contraindica doses subsequentes da vacina. 2. Episódio hipotônico-hiporresponsivo: ocorre em até 48 horas após a vacina e caracteriza-se por hipotonia muscular, pouca responsividade a estímulos externos, cianose e palidez. Também é benigno e autolimitado, porém contraindica a vacinação com DTPw e indica a DTPa em doses subsequentes. 3. Convulsões tônico-clônicas generalizadas: ocorrem em até 72 horas após vacina e podem, ou não, estar acompanhadas de febre. Contraindicam a vacinação com DTPw e indicam a DTPa em doses subsequentes. 4. Encefalopatia pós-vacinal: ocorre em até 7 dias e caracteriza-se por paralisias motoras, deficiências sensitivas e crises convulsivas focais ou generalizadas. Contraindica a aplicação do componente pertussis, então indica-se o uso de DT. RESUMINDO PARA FACILITAR! SITUAÇÃO INDICAÇÃO Febre ou choro persistentes Não contraindica a vacinação Episódio hipotônico-hiporresponsivo até 48h depois Utilizar a vacina DTPa Crise convulsiva até 72h após Utilizar a vacina DTPa Encefalopatia até 7 dias após Utilizar a vacina DT Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 26 5.7 PREVENÇÃO DO TÉTANO ACIDENTAL O tétano acidental pode levar a uma alta morbimortalidade do paciente. Apesar da recomendação de aplicarmos a vacina dT a cada 10 anos para a prevenção da doença, quando nos deparamos com um paciente ferido, temos que analisar sua situação vacinal para indicar apenas cuidados locais, vacinação de reforço ou imunoglobulina antitetânica. Observe o esquema a seguir trazido pelo Ministério da Saúde: Fonte: Guia de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, 2017. Vamos analisar para não precisarmos decorar! 1. Quando o paciente apresenta um esquema vacinal completo e a última dose tiver sido aplicada há menos de 5 anos, sorria, esse é o nosso melhor cenário! Não há necessidade de vacinaou imunoglobulina. 2. Ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados são chamados de “ferimentos com risco mínimo de tétano” e devem ser lavados, desinfectados e desbridados. Não utilizamos imunoglobulina nesses casos. Aplicamos vacina se: • Esquema vacinal desconhecido (3 doses). • Esquema vacinal incompleto (completar o esquema). • Última dose da vacina há mais de 10 anos (1 dose de reforço). Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 27 3. Ferimento profundo, superficial sujo, com corpos estranhos, tecidos desvitalizados, queimaduras, ferimentos puntiformes, ferimentos por armas brancas ou de fogo, mordeduras, politraumas ou fraturas expostas são chamados de “ferimentos com alto risco de tétano” e irão utilizar vacina (exceto se última dose há menos de 5 anos, conforme falamos em cima) e imunoglobulina se: • Esquema vacinal desconhecido. • Esquema vacinal incompleto. • Última dose da vacina há mais de 5 anos em situações especiais: imunodeprimidos, desnutrido grave, idoso. • Última dose há mais de 10 anos e o médico julgar que o ferimento não será cuidado apropriadamente. ALTO RISCORISCO MÍNIMO TOMOU VACINA HÁ MENOS DE 5 ANOS: NÃO APLIQUE VACINA NEM IMUNOGLOBULINA • Não utilizar imunoglobulina • Vacina se: • Desconhecido • Incompleto • > 10 anos • Vacina • Imunoglobulina se: • Imunodeprimidos, idosos ou desnutridos, com vacina > 5 anos • Esquema incompleto • Desconhecido 5.8 VACINAÇÃO SELETIVA DOS COMUNICANTES DE COQUELUCHE A vacinação deverá ser aplicada em comunicantes de casos suspeitos e confirmados de coqueluche. São elegíveis para a vacinação: 1. Comunicantes intradomiciliares 2. Pessoas que apresentam risco elevado de adoecer, de apresentar complicações ou óbito decorrente da coqueluche: • menores de 1 ano, independente da situação vacinal; • pessoas com condições clínicas pré-existentes, como imunodeprimidos e pneumopatas. 3. Comunicantes com alto potencial de transmitir a infecção a outros vulneráveis: • gestantes no último trimestre; • pessoas que trabalham em locais de elevado risco de transmitir a doença, como profissionais de saúde, professores e babás. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 28 Como vacinar? IDADE ESQUEMA 2 meses a 6 anos, 11 meses e 29 dias Iniciar ou completar esquema com a pentavalente ou DTP. Maiores de 7 anos Dose única de dTpa para indivíduos com esquema vacinal: • completo há mais de 10 anos • incompleto • desconhecido • nunca vacinados Gestantes e puérperas Utilizar dose única da dTpa a partir de 20 semanas de gestação até 45 dias pós-parto. CAPÍTULO 6.0 VACINA CONTRA POLIOMIELITE Vacina inativada (VIP/SALK), composta pelos poliovírus 1, 2 e 3 mortos, de aplicação intramuscular. A vacina protege contra infecção pelo poliovírus, causador da poliomielite, também chamada de paralisia infantil. Essa doença pode apresentar-se na forma não paralítica e trazer sintomas leves, como febre, dores no corpo, espasmos musculares e rigidez nucal, ou forma paralítica (chamada de paralisia flácida aguda) com deficiência motora, principalmente de membros inferiores com sensibilidade preservada. No calendário da criança do PNI, estão indicadas quatro doses da vacina aos 2, 4 e 6 meses, com reforço aos 15 meses. Atenção! Crianças que já receberam, anteriormente, dois reforços com a vacina oral contra poliomielite (VOP) não precisam vacinar o reforço com VIP. Já as que receberam apenas uma dose de reforço com a VOP deverão aplicar o reforço com a VIP. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 29 CAPÍTULO 7.0 VACINA CONTRA ROTAVÍRUS Vacina composta de vírus vivos atenuados. A administração é por via oral e a absorção inicia já na mucosa oral, portanto não revacinamos se a criança não engolir a vacina. No calendário da criança do PNI, estão indicadas duas doses das vacinas. Aos 2 e 4 meses. A vacina do rotavírus tem idades limites para ser aplicada e isso é muito cobrado em provas de Residência! Primeira dose Só pode ser aplicada até 3 meses e 15 dias Segunda dose Só pode ser aplicada até 7 meses e 29 dias Atenção! Para tudo! Dúvida muito comum dos alunos! Se a criança não fez a primeira dose, mas está dentro da idade para a segunda, ela pode aplicar? NÃO! Ela só pode começar o esquema vacinal até 3 meses e 15 dias! 7.1 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES Apesar de os vírus vacinais serem excretados nas fezes, diferente da vacina contra poliomielite, a contra o rotavírus mostrou- se segura e pode ser feita em contactantes de imunodeprimidos, porém é contraindicada em ambiente hospitalar. A vacina é contraindicada em casos de imunodepressão, malformações do trato gastrointestinal não corrigidas, história de invaginação intestinal e enterocolite necrosante. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 30 CAPÍTULO 8.0 VACINAS PNEUMOCÓCICAS Vacinas inativadas compostas por sorotipos do pneumococo administradas por via intramuscular. Atualmente, temos quatro vacinas disponíveis: 8.1 PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE Vacina presente no PNI. Indicada aos 2 e 4 meses, com reforço aos 12 meses. 8.2 PNEUMOCÓCICA 13-VALENTE E 15-VALENTE Presentes no sistema privado de imunizações. A 13 valente também está disponível nos CRIEs. As Sociedades Brasileiras de Imunizações e de Pediatria recomendam utilizá-las em substituição à pneumocócica 10-valente. Indicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforço dos 12 aos 15 meses. 8.3 PNEUMOCÓCICA 23-VALENTE Vacina polissacarídea composta de 23 sorotipos de pneumococo. Disponível no sistema privado de imunizações e nos CRIEs. Indicada no PNI para maiores de 60 anos que sejam acamados ou moradores de instituições fechadas em dose única. RESUMO! Pneumo 7-valente Não está mais disponível Pneumo 10-valente Indicada no PNI aos 2, 4 e 12 meses de idade Pneumo 13-valente Indicada pelas Sociedades aos 2,4, 6 e 12 meses de idade Pneumo 23-valente Indicada no PNI para idosos acamados e moradores de instituições fechadas. Disponível no CRIE para pacientes especiais a partir dos 2 anos de idade Nos CRIEs, está disponível a partir dos 2 anos de idade para pacientes com maior risco de doenças pneumocócicas, como pacientes com HIV, oncológicos, transplantados, asplênicos, nefropatas, pneumopatas, entre outros. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 31 9.0 VACINAS MENINGOCÓCICAS CAPÍTULO Vacinas inativadas compostas por sorotipos do meningococo administradas por via intramuscular. Atualmente, temos três vacinas disponíveis: meningocócica C, meningocócica ACWY e meningocócica B. No Brasil, o sorotipo C é o mais prevalente, se considerarmos todas as faixas etárias. Com a introdução da vacina, a incidência 9.1 MENINGOCÓCICA C Vacina conjugada presente no PNI, a qual contém o sorotipo C. Indicada aos 3 e 5 meses, com reforço aos 12 meses. diminuiu entre as crianças menores de 10 anos. Proporcionalmente, houve aumento na incidência do sorogrupo B nessa faixa etária. O sorotipo W é o terceiro mais frequente no Brasil e o número um em Santa Catarina (fique atento se você for fazer prova por lá!). Não há relatos da presença do A no país. CAPÍTULO 9.2 MENINGOCÓCICA ACWY Vacina conjugada composta pelos sorotipos A, C, W e Y. As Sociedades Brasileiras de Imunizações e de Pediatria recomendam utilizá-la em substituição à meningocócica C aos 3, 5 e 12 meses, com reforços aos 4 anos e na adolescência. Pelo PNI, está indicado para adolescentes de 11 a 14 anos. 9.3 MENINGOCÓCICA B Vacina disponível apenas no sistema privado de imunizações e indicada pelas Sociedades aos 3, 5 e 12 meses. 10.0 VACINA CONTRA FEBRE AMARELA Vacina viva atenuada composta por vírus da febre amarela enfraquecidos, aplicadasubcutânea. Antigamente, a doença era endêmica de algumas regiões do Brasil e a vacina estava indicada apenas para moradores dessas áreas ou para quem fosse viajar a essas regiões, mas ultimamente temos vivido um surto em todo território nacional, que levou o governo, em 2019, a tornar a vacina obrigatória para todo Brasil. A vacina é indicada a partir dos 9 meses de idade com reforço aos 4 anos. Quem inicia a vacinação com mais de 4 anos deve receber apenas uma dose para vida toda. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 32 10.1 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES Fique atento, ela é contraindicada para mulheres que amamentam até o bebê completar seis meses de vida. Se a vacinação for indispensável, suspender o aleitamento materno por 10 dias e utilizar fórmula infantil ou leite do banco de leite materno. FEBRE AMARELA – NÃO VACINAR MÃES QUE AMAMENTAM ATÉ O 6º MÊS. A vacina também contém traços de proteínas do ovo, portanto ela não deve ser feita apenas em pacientes com histórico de anafilaxia a esse alimento; histórico de reações leves não contraindicam a vacinação. Lembrete! Alérgicos graves a ovo Febre amarela: contraindicada em paciente com anafilaxia prévia. CAPÍTULO 11.0 VACINA CONTRA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA Vacinas vivas atenuadas compostas por vírus enfraquecidos do sarampo, caxumba, rubéola e varicela, aplicadas via subcutânea. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 33 11.1 VACINA TRÍPLICE VIRAL Essa vacina é composta pelas primeiras doses de proteção contra sarampo, caxumba e rubéola e está indicada pelo PNI para ser aplicada aos 12 meses. Para crianças, adolescentes e adultos até 29 anos não vacinados, a indicação é: realizar duas doses. Adultos de 30 a 59 anos, aplicar dose única. Em situações de surto aplicamos mais uma dose da vacina dos 6 aos 12 meses. Ela é chamada de “dose zero” ou "dose extra", pois não entra na contagem do esquema vacinal. Em caso de vacinação pós - exposição de crianças na mesma faixa etária, também não contabilizamos essa dose no esquema. RESUMÃO DA TRÍPLICE VIRAL Crianças: doses aos 12 e 15 meses. Até 29 anos: necessário ter duas doses. Dos 30 aos 59 anos: necessário ter uma dose. Dose zero: dos 6 aos 12 meses. Não substitui dose do esquema! Contactantes suscetíveis: vacinação de bloqueio até 72 horas pós-exposição. 11.2 VACINA TETRA VIRAL É composta pelas segundas doses de proteção contra sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral), primeira dose contra a varicela e está indicada aos 15 meses pelo PNI. 11.3 VACINA VARICELA ISOLADA Composta pela segunda dose de proteção contra varicela, indicada aos 4 anos pelo PNI. Também é indicada para contactantes de varicela maiores de 9 meses, imunocompetentes, em 3 a 5 dias após exposição. 11.4 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES Como vacinas vivas, novamente, são contraindicadas para imunodeprimidos e gestantes. As vacinas tríplice e tetra viral, assim como a febre amarela, contêm traços de proteínas do ovo, porém elas não estão contraindicadas nesses casos, apenas há a ressalva de aplicá-las em ambiente hospitalar. Lembrete! Alérgicos graves a ovo Febre amarela: contraindicada em paciente com anafilaxia prévia. Tríplice e tetra viral: não são contraindicadas, aplicar em ambiente hospitalar. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 34 Síndrome de Reye. Essa síndrome tem causa desconhecida, mas está associada a infecções por influenza e varicela em crianças que utilizam ácido acetilsalicílico (AAS) de modo contínuo. Nesses casos, devemos suspender o uso do AAS por 6 semanas para receber as vacinas que contenham varicela. 11.5 IMUNOGLOBULINA ANTI-SARAMPO E ANTI-VARICELA-ZOSTER Para contactantes não imunizados previamente com duas doses das vacinas e que não podem ser imunizados com elas. Para o sarampo, em até 6 dias após a exposição. Para a varicela, em até 96 horas após a exposição. Observe para quem são indicadas: CONDUTA EM CONTACTANTES: CONTACTANTES SUSCETÍVEIS AO SARAMPO VACINA • Maiores de 6 meses imunocompetentes Até 72 horas após exposição IMUNOGLOBULINA • Menores de 6 meses • Imunodeprimidos • Gestantes Até 6 dias após exposição CONTACTANTES SUSCETÍVEIS À VARICELA VACINA • Maiores de 9 meses imunocompetentes. Até 3 a 5 dias após exposição IMUNOGLOBULINA • Imunodeprimidos. • Gestantes. • Menores de um 9 meses em contato hospitalar com o vírus. • RNs de mães que desenvolveram a doença 5 dias antes ou 2 dias após o parto. • Prematuros que a mãe nunca teve varicela ou todos os menores de 28 semanas. Até 96 horas após exposição É importante salientar que o bloqueio dos contactantes não inclui o uso de antivirais, eles são apenas tratamento. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 35 CAPÍTULO 13.0 VACINA INFLUENZA Vacina inativada composta por proteínas do patógeno, administrada via intramuscular ou subcutânea. Preste bem atenção neste conceito, pois quem nunca ouviu “Tomei a vacina da gripe e fiquei gripado”? Não tem como, pois ela não contém o vírus! O examinador vai tentar confundi-lo na prova, não caia nessa! No PNI, a vacina disponível é a trivalente. Primeiro ela é disponibilizada para os grupos de risco. Em 2023, foram eles: 12.0 VACINA CONTRA HPV CAPÍTULO Vacina inativada composta por proteínas do patógeno, administrada intramuscular. A vacina presente no PNI é a HPV tetravalente e protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18. Ela está indicada para: Indicações da vacina contra HPV Dos 9 aos 14 anos Dose única Dos 9 aos 45 anos, portadores de HIV, transplantados ou oncológicos em uso de terapia imunossupressora Três doses Com intervalos de 2 meses entre a primeira e a segunda dose e 6 meses entre a primeira e a terceira Pelo PNI, também é indicada para vítimas de violência sexual, pacientes com papilomatose respiratória recorrente (PRR) e todos os usuários de profilaxia pré-exposição (PrEP). � Vítimas de violência sexual Indicada dos 9 aos 45 anos de idade, sendo: • pacientes de 9 a 14 anos — 2 doses com intervalo de 6 meses entre elas; • pacientes de 15 a 45 anos — 3 doses com intervalo de 2 meses e 6 meses da primeira dose; • pacientes imunodeprimidos (portadores de HIV, transplantados de órgãos sólidos ou em tratamento quimioterápico) — devem receber 3 doses com intervalo de 2 meses e 6 meses da primeira dose. As vítimas de violência sexual que já receberam esquema vacinal completo antes da agressão não precisam receber novas doses e as vítimas de violência sexual que estão com esquema vacinal incompleto devem receber somente as doses necessárias para completar o esquema. O sistema privado também disponibiliza a vacina HPV nonavalente. Dos 9 aos 19 anos, em duas doses, e dos 20 aos 45 anos, em três doses. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 36 • Maiores de 60 anos. • Crianças de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias. • Grávidas e puérperas até 45 dias pós-parto. • Profissionais da saúde. • Profissionais das forças de segurança e salvamento. • Doentes crônicos. • Caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários. • Professores. • Indígenas. • Privados de liberdade. As duas vacinas só estão licenciadas para maiores de 6 meses. Crianças até 9 anos que se vacinam pela primeira vez devem aplicar duas doses, com 30 dias de intervalo entre elas. Deve ser aplicada anualmente. 13.1 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES Apesar de ser cultivada em embriões de galinha, ela não é contraindicada para pacientes com reações alérgicas, nem mesmo as graves, mas deve ser feita em ambiente hospitalar. Lembrete! Alérgicos graves a ovo Febre amarela: contraindicada em paciente com anafilaxia prévia. Tríplice e tetra viral: não são contraindicadas,aplicar em ambiente hospitalar. Influenza: não é contraindicada, aplicar em ambiente hospitalar. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 37 14.0 PREVENÇÃO CONTRA O VÍRUS SINCICIAL RESPI- RATÓRIO CAPÍTULO Previnem contra a infecção por vírus sincicial respiratório, causador de bronquiolite e pneumonia, principalmente em lactentes. • Recém-nascidos pré-termo menores de 29 semanas de idade gestacional, no primeiro ano de vida. • Portadores de cardiopatias congênitas, com repercussão hemodinâmica desde que em tratamento para a doença de base, nos dois primeiros anos de vida. • Portadores de distúrbios pulmonares da prematuridade, nos dois primeiros anos de vida. Lembre-se de que a doença pulmonar crônica da prematuridade é causada por pneumopatia em prematuros menores de 32 semanas que necessitaram de oxigênio por mais de 28 dias após o nascimento. A Sociedade Brasileira de Pediatria ainda acrescenta mais uma indicação, porém sem disponibilidade pelos CRIEs: • Recém-nascidos pré-termo nascidos com 29 a 32 semanas de idade gestacional, até o sexto mês de vida. 14. 1 PALIVIZUMABE Imunoglobulina derivada de anticorpo monoclonal. Está disponível apenas nos CRIEs para pacientes especiais. São eles: 14. 2 VACINAS Inativadas, disponíveis apenas no sistema privado de imunizações. • ABRYSVO® Indicada para: ͳ Gestantes maiores de 18 anos, em dose única, entre 24 e 36 semanas de gestação, pela bula. A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda seu uso entre 32 e 36 semanas. ͳ Idosos acima de 60 anos, em dose única. • AREVXY® Indicada para idosos, acima de 60 anos, em dose única. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 38 CAPÍTULO 15.0 VACINA E SORO CONTRA RAIVA Vacina inativada antirrábica. Soro antirrábico (SAR) ou imunoglobulina humana antirrábica (IGHAR) 15.1 INDICAÇÕES Pré-exposição: indivíduos de risco que se expõem a animais, como, por exemplo, veterinários. Duas doses nos dias 0 e 7, intramuscular ou intradérmica. Pós exposição: segue o protocolo do Ministério da Saúde, pelo qual, temos as seguintes indicações: 1. Contato indireto (tocar, dar de comer, lambedura, contato com secreção ou excreções em pele íntegra): não há indicação de profilaxia. 2. Animais passíveis de observação e saudáveis: observar por 10 dias; retornar à unidade de atendimento se o animal morrer, desaparecer ou adoecer. 3. Animais não passíveis de observação, com sinais sugestivos de raiva ou mamíferos de interesse econômico: • se acidente leve, fazer 4 doses da vacina; • se acidente grave, fazer quatro doses de vacina mais soro ou imunoglobulina. 4. Animais silvestres: fazer quatro doses de vacina mais soro ou imunoglobulina. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 39 Resumindo: 16.0 VACINAS CONTRA COVID CAPÍTULO Caro Estrategista, as vacinas contra covid-19 estão em constante atualização no momento. A equipe da Pediatria junto à da infectologia estarão sempre buscando novidades e repassando para você, então fique atento aos nossos canais de comunicação. Aqui, trago um quadro resumo do que temos até agora de informações. As vacinas contra covid-19 têm reduzido de forma drástica o número de mortes e hospitalizações no mundo todo, de acordo com estudos. Além disso, diminuem a carga viral na nasofaringe e reduzem o potencial de transmissão. A vacina disponibilizada atualmente pelo PNI é a vacina SpikeVax ®, monovalente, atualizada com a subvariante ômicron XBB, da fabricante Moderna. Ela será disponibilizada para crianças, nunca vacinados e indivíduos dos grupos de risco. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 40 1. VACINAÇÃO DE ROTINA - PEDIATRIA • Será ofertada para crianças entre 6 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias, no esquema de uma, duas ou três doses. 2. VACINAÇÃO DE ROTINA - NUNCA VACINADOS • Pessoas a partir de 5 anos de idade que não fazem parte dos grupos prioritários e nunca foram vacinados (nenhuma dose de qualquer vacina), terão a oportunidade de se vacinar com o esquema primário de uma dose da vacina SpikeVax, caso desejem. 3. GRUPOS PRIORITÁRIOS • Será ofertada para indivíduos acima de 5 anos pertencentes aos grupos de risco, considerados prioritários, em um esquema de uma, duas ou três doses. DESCRIÇÃO DOS GRUPOS PRIORITÁRIOS • Pessoas de 60 anos ou mais • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e trabalhadores dessas instituições • Imunossuprimidos • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas • Gestantes • Puérperas (até 45 dias pós-parto) • Trabalhadores da saúde • Pessoas com deficiência permanente • População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, crianças, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas. • Pessoas em situação de rua • Pessoas com comorbidades • Diabetes mellitus • Pneumopatias crônicas graves • Hipertensão arterial resistente ou estágio 3 ou estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo • Insuficiência cardíaca • Cor pulmonale ou hipertensão pulmonar • Cardiopatia hipertensiva • Síndromes coronarianas crônicas • Valvopatias • Miocardiopatias e pericardiopatias • Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas • Arritmias cardíacas • Cardiopatias congênitas em adultos • Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados • Doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares • Doença renal crônica • Hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves • Obesidade mórbida • Síndrome de Down e outras trissomias • Doença hepática crônica 1 dose de reforço anual. Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 41 17.0 RESUMO DOS ESQUEMAS VACINAIS DE ACORDO COM A IDADE E SITUAÇÃO. CAPÍTULO IDADE SITUAÇÃO VACINA Indivídu6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias nunca vacinados Imunocompetente 2 doses, com 4 semanas de intervalo. 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias com Eesquema vacinal prévio completo Imunocompetente 1 dose 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias nunca vacinados Imunodeprimido 3 doses, com intervalo de 4 semanas entre a 1a e a 2a dose e 8 semanas entre a 2a e a 3a dose. Acima de 5 anos, nunca vacinado, se desejar iniciar a vacinação Imunocompetente 1 dose Acima de 5 anos, nunca vacinado Grupo prioritário (exceto imunocomprometido, gestante, puérpera e maiores de 60 anos) 1 dose de reforço a cada 6 meses. Acima de 5 anos Imunocomprometido 3 doses, se nunca vacinado. Com intervalo de 4 semanas entre a 1a e a 2a dose e 8 semanas entre a 2a e a 3a dose. 2 doses, com 6 meses de intervalo, se possuir vacinação prévia Acima de 5 anos Gestante, puérpera e maiores de 60 anos 2 doses, com 6 meses de intervalo Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 42 CAPÍTULO 18.0 VACINAS CONTRA DENGUE Atualmente, temos duas vacinas contra dengue disponíveis Qdenga® Dengvaxia® Classificação Viva atenuada Viva atenuada Idade de aplicação 4 aos 60 anos 6 aos 45 anos Doses 2 doses, com 3 meses de intervalo entre elas 3 doses Ccom 6 meses de intervalo entre elas Sorologia Independe da sorologia prévia para dengue Só pode ser aplicada em indivíduos soropositivos para dengue, ou seja, que já foram infectadas. Disponível no SUS? Sim Não • O Ministério da Saúde já autorizou o uso da vacina Qdenga no PNI, porém ela não será disponibilizada para toda população, e sim para grupos e regiões prioritárias. Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 Estratégia MED PEDIATRIA 43 Baixe na Google Play Baixe na App Store Aponte a câmera do seu celular para o QR Code ou busque na sua loja de apps. Baixe o app Estratégia MED Preparei uma lista exclusiva de questões com os temas dessa aula! Acesse nosso banco de questões e resolva uma lista elaborada pormim, pensada para a sua aprovação. Lembrando que você pode estudar online ou imprimir as listas sempre que quiser. Resolva questões pelo computador Copie o link abaixo e cole no seu navegador para acessar o site Resolva questões pelo app Aponte a câmera do seu celular para o QR Code abaixo e acesse o app https://bit.ly/3qkqe16 https://bit.ly/3qkqe16 Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 44 20.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPÍTULO 1. FEIJO, Ricardo Becker and SAFADI, Marco Aurélio P.. Imunizações: três séculos de uma história de sucessos e constantes desafios. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2006, vol.82, n.3, suppl. [cited 2020-04-20], pp.s1-s3. Available from: . ISSN 0021-7557. https://doi.org/10.1590/S0021-75572006000400001. 2. Soares, Marina Juliana de Oliveira.; “Mary Montagu e a inoculação da varíola na Inglaterra no século XVIII”. Khronos, Revista de História da Ciência, no5, p. 35-46. 2018. Disponível em . Acesso em dd/mm/aaaa. 3. Liliana Muller Larocca, Telma Elisa Carraro. O MUNDO DAS VACINAS – CAMINHOS (DES)CONHECIDOS 4. “Programa Nacional de Imunizações, 30 anos” Ministério da Saúde, 2003. 5. https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/sobre-o-programa, acesso em 20 de Abril de 2020. 6. Dicionário brasileiro da língua portuguesa Michaelis. 7. TEMPORAO, José Gomes. O Programa Nacional de Imunizações (PNI): origens e desenvolvimento. Hist. cienc. saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 10, supl. 2, p. 601-617, 2003 . Available from . access on 23 Apr. 2020. https://doi.org/10.1590/S0104-59702003000500008. 8. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais. Ministério da Saúde. 6ª edição. 2023. 9. https://sbim.org.br/calendarios-de-vacinacao 10. https://familia.sbim.org.br 11. https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao 12. Calendários de Vacinação pacientes especiais. SBIM. 2019-2020. 13. Documento Científico do Departamento de Imunizações e Departamento de Infectologia. Calendário de Vacinação SBP. 2020. 14. Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação. Ministério da Saúde. 3ª edição. 2014. 15. Imunização. Tudo que você sempre quis saber sobre vacinas. SBIM. 2016. 16. Tratado de Pediatria da SBP. 4ª edição. 17. Nelson textbook of pediatrics. 21a edição. 18. BRICKS, Lucia F.. Vacina BCG: via percutânea ou intradérmica?. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre , v. 80, n. 2, p. 93-98, Apr. 2004 . Available from . access on 24 Apr. 2020 19. https://revistapesquisa.fapesp.br/1997/08/01/butantan-ja-produz-vacina-contra-hepatite-b/ 20. Informe técnico da introdução da vacina pentavalente. Ministério da Saúde. 2012. 21. https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6050:no-dia-mundial-da-polio-comissao-de-especialistas- declara-erradicacao-global-do-poliovirus-selvagem-tipo-3&Itemid=812 22. Vacina contra rotavírus. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 40, n. 2, p. 355-358, Apr. 2006 . Available from . access on 25 Apr. 2020. 23. Bula do medicamento Engerix. Disponível em https://br.gsk.com/media/566528/bl_engerix_sus-inj_gds14_l0656.pdf 24. Bula do medicamento Infanrix Penta. Disponível em https://br.gsk.com/media/572764/bl_infanrix-ipv-hib_inj_gds13_l0866.pdf 25. Bula do medicamento Bexsero. Disponível em https://br.gsk.com/media/560122/bl_bexsero_gds004_l0792.pdf 26. Bula do medicamento Gardasil. Disponível em https://consultaremedios.com.br/gardasil/bula 27. Bula do medicamento Synagis. Disponível em https://www.abbvie.com.br/content/dam/abbvie-dotcom/br/documents/SYNAGIS_ LIQUID_VP.pdf Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 45 21.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS CAPÍTULO Ufa, chegamos ao fim! Esse assunto é comprido, mas seu conhecimento é necessário para resolução de questões. Tenho certeza de que, com este resumo, você vai detonar na sua prova e ficar ainda mais próximo da Residência dos seus sonhos! Conte comigo no Fórum de alunos ou nas redes sociais. Estamos caminhando juntos! Até mais. Prof.ª Helena Schetinger. 28. https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46139-em-2020-ministerio-da-saude-amplia-publico-para-vacinas-contra-febre- amarela-e-gripe 29. Informe Técnico do Ministério da Saúde. Orientações técnico-operacionais para a Vacinação dos Adolescentes com a Vacina Meningocócica ACWY (conjugada). 2020. 30. onte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/esquema_profilaxia_raiva_humana.pdf 31. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Ministério da Saúde. 2014. 32. https://familia.sbim.org.br/covid-19, acesso em 22 de Julho de 2022 33. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/r/raiva/imagens/nota-tecnica-n-8_2022-cgzv_deidt_svs_ms.pdf/view , acesso em 22 de Julho de 2022 34. . https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/oficio-810-2022-pni-deidt-svs-ms-hpvimunossuprimidoshomens45.pdf acesso em 22 de Julho de 2022 35. https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nt-covid19-pfizer-6meses-menor3anos-221031.pdf acesso em 13 de Dezembro de 2022 https://familia.sbim.org.br/covid-19 https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/r/raiva/imagens/nota-tecnica-n-8_2022-cgzv_deidt_svs_ms.pdf/view https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/oficio-810-2022-pni-deidt-svs-ms-hpvimunossuprimidoshomens45.pdf https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/nt-covid19-pfizer-6meses-menor3anos-221031.pdf Estratégia MED Imunizações Prof. Helena Schetinger | Resumo Estratégico | 2024 PEDIATRIA 46 https://med.estrategiaeducacional.com.br/ https://med.estrategia.com 1.0 Imunizações 1.1 Imunização passiva 1.2 Imunização ativa 2.0 O QUE SÃO VACINAS? 2.1 Vivas atenuadas 2.2 Inativadas 2.3 ESQUEMA VACINAL 2.4 IMUNIDADE DE REBANHO 2.5 CONTRAINDICAÇÕES DAS VACINAS 2.6 CALENDÁRIOS VACINAIS 2.7 CALENDÁRIOS ESPECIAIS 2.7.1 Calendário dos prematuros 2.8 Calendário dos CRIEs 2.9 Calendário das sociedades 3.0 BCG 3.1 REVACINAÇÃO 3.2 CONTRAINDICAÇÕES E REAÇÕES ADVERSAS 3.3 SITUAÇÕES ESPECIAIS 4.0 HEPATITE B 4.1 IMUNOGLOBULINA ANTI-HEPATITE B 4.2 SITUAÇÕES ESPECIAIS 5.0 FAMÍLIA DTP 5.1 dTPw – TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL DE CÉLULAS INTEIRAS 5.2 DTPa - TRÍPLICE BACTERIANA INFANTIL ACELULAR 5.3 DT – DUPLA BACTERIANA INFANTIL 5.4 dT – DUPLA BACTERIANA ADULTA 5.5 dTpa – TRÍPLICE BACTERIANA ADULTA ACELULAR 5.6 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 5.7 PREVENÇÃO DO TÉTANO ACIDENTAL 5.8 VACINAÇÃO SELETIVA DOS COMUNICANTES DE COQUELUCHE 6.0 VACINA CONTRA POLIOMIELITE 7.0 VACINA CONTRA ROTAVÍRUS 7.1 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 8.0 VACINAS PNEUMOCÓCICAS 8.1 PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE 8.2 PNEUMOCÓCICA 13-VALENTE E 15-VALENTE 8.3 PNEUMOCÓCICA 23-VALENTE 9.0 VACINAS MENINGOCÓCICAS 9.1 MENINGOCÓCICA C 9.2 MENINGOCÓCICA ACWY 9.3 MENINGOCÓCICA B 10.0 VACINA CONTRA FEBRE AMARELA 10.1 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 11.0 VACINA CONTRA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA 11.1 VACINA TRÍPLICE VIRAL 11.2 VACINA TETRA VIRAL 11.3 VACINA VARICELA ISOLADA 11.4 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 11.5 IMUNOGLOBULINA ANTI-SARAMPO E ANTI-VARICELA-ZOSTER 12.0 VACINA CONTRA HPV 13.0 VACINA INFLUENZA 13.1 REAÇÕES ADVERSAS E CONTRAINDICAÇÕES 14.0 PREVENÇÃO CONTRA O VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO 14. 1 PALIVIZUMABE 14. 2 VACINAS 15.0 VACINA E SORO CONTRA RAIVA 15.1 INDICAÇÕES 16.0 VACINAS CONTRA COVID 17.0 RESUMO DOS ESQUEMAS VACINAIS DE ACORDO COM A IDADE E SITUAÇÃO. 18.0 VACINASCONTRA DENGUE 19.0 LISTA DE QUESTÕES 20.0 REFERÊNCIAs BIBLIOGRÁFICAs 21.0 considerações finais