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Aula DIR PREVIDENCIARIO 05

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS 
 PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 
 
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ANALISTA DO SEGURO SOCIAL DO INSS 
 
AULA 05 
 
 
Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à 
seguridade social. Obrigações da empresa e demais 
contribuintes. Prazo de recolhimento. Recolhimento fora do 
prazo: juros, multa e atualização monetária. Decadência e 
prescrição. Crimes contra a seguridade social. 
 
 
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: artigo 30 da Lei 8.212/91, artigos 
44 e 61 da Lei 9.430/96 e artigos 216 a 218 do Decreto nº 
3.048/99 (regulamento da previdência social). Artigo 30, 
incisos VI a IX e artigo 31, da Lei 8.212/91, artigos 219 a 224-
A e artigos 225 a 228, do Decreto nº 3.048/99 (regulamento 
da previdência social). 
 
 
 
 
 
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FATO GERADOR DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS 
 
 O fato gerador das contribuições previdenciárias, que 
corresponde ao exercício de atividade remunerada, gera contribuição 
dos segurados, do empregador doméstico e das empresas. 
 
 Entretanto, como regra, o trabalhador (contratado ou prestador 
de serviço) não é responsável pelo recolhimento das suas próprias 
contribuições, ficando a cargo da empresa (contratante ou tomadora 
do serviço) essa responsabilidade. 
 
 A lógica é a seguinte: como a empresa contratante é quem 
remunera o trabalhador a seu serviço, o legislador determina que 
seja feito o desconto na fonte pagadora e o recolhimento para a 
previdência social em nome do próprio trabalhador segurado do INSS. 
 
 Essa precaução é justificável, tendo em vista que seria 
temerário esperar que após o recebimento da remuneração, sem o 
desconto do INSS, o trabalhador voluntariamente efetuasse o 
recolhimento. 
 
 Caros alunos, conforme venho afirmando desde as primeiras 
aulas, para que possamos obter êxito nos concursos é necessário o 
entendimento da matéria, sem decoreba, daí a nossa função de 
orientadores, para demonstrar de forma prática a lógica do sistema. 
 
 No caso desse assunto, arrecadação e recolhimento das 
contribuições previdenciárias, basta aprendermos o seguinte: o 
segurado (pessoa física) não é responsável pelo recolhimento das 
suas contribuições, exceto, por óbvio, no caso do segurado 
facultativo, porque não exerce atividade remunerada e também no 
contribuinte individual, desde que não preste serviço à pessoa 
jurídica. 
 
 A partir dessa premissa estamos aptos para entendermos com 
facilidade essa matéria, conforme veremos a seguir. 
 
 
RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO 
 
 
EMPRESA 
 
 A empresa é responsável: 
 
 I - pelo recolhimento das contribuições sociais previdenciárias a 
seu cargo, como por exemplo, no caso da contribuição da folha de 
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pagamento (20% sobre o total das remunerações dos trabalhadores a 
seu serviço); 
 
 II - pela arrecadação, mediante desconto na remuneração 
paga, devida ou creditada, e pelo recolhimento da contribuição dos 
segurados empregado e trabalhador avulso a seu serviço. Aqui a 
empresa tem que descontar da remuneração e recolher em nome do 
segurado os percentuais de 8%, 9% ou 11% incidentes sobre o 
salário-de-contribuição do trabalhador. 
 
 Obs.: A empresa contratante ou requisitante dos serviços de 
trabalhador avulso não portuário é responsável pelo recolhimento 
de todas as contribuições sociais previdenciárias. Entretanto, o 
recolhimento das contribuições sociais previdenciárias do trabalhador 
avulso portuário será efetuado pelo órgão gestor de mão de obra – 
OGMO. 
 
 III - pela arrecadação, mediante desconto no respectivo salário-
de-contribuição, e pelo recolhimento da contribuição do segurado 
contribuinte individual que lhe presta serviços. Nesse caso a 
sistemática é a mesma utilizada para o segurado empregado e para o 
trabalhador avulso, a empresa desconta e recolhe em nome do 
trabalhador. 
 
 IV - pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento 
da contribuição do produtor rural pessoa física e do segurado 
especial incidente sobre a comercialização da produção, quando 
adquirir ou comercializar o produto rural recebido em 
consignação. 
 
 A responsabilidade da empresa adquirente, inclusive se agroin-
dustrial, consumidora, consignatária ou da cooperativa, ocorre na 
condição de sub-rogada nas obrigações do produtor rural, pessoa físi-
ca, e do segurado especial. 
 
 Assim sendo, vamos imaginar que um supermercado (empresa 
adquirente) adquire produtos rurais de pessoa física (CI ou especial) 
para fins de revenda no varejo. Nesse caso, o supermercado (inter-
mediário) passa a ser o responsável pelo recolhimento das contribui-
ções do produtor rural (pessoa física) incidentes sobre a comercializa-
ção da produção. 
 
 Vejam que seria bastante complicado se o Auditor Fiscal fosse à 
zona rural em cada um dos produtores, pulando cerca e enfrentado 
uma série de dificuldades para exigir a contribuição dos próprios pro-
dutores. Fica bem mais simples e seguro cobrar, fiscalizar e arrecadar 
essas contribuições através do intermediário, pessoa jurídica. 
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A empresa ao recolher sobre o total de remuneraçõs, nao ha limites; ao recolher a contribuição dos empregados sobre os salarios de contribuições dos mesmos, haverá limitações (mínimo e maximo)
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vai recolher para o CI que lhe presta serviço 11% sobre seu SC
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O segurado especial/produtor rural pessoa física comercializando para a empresa vai pagar o valor de 2,1% sobre o produto da comercialização
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 Excepcionalmente, a responsabilidade pelo recolhimento das 
contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta oriunda da co-
mercialização da produção devidas pelo produtor rural, será do pró-
prio produtor rural, pessoa física, e do segurado especial, quando 
comercializarem a produção diretamente com adquirente domiciliado 
no exterior (exportação), consumidor pessoa física, no varejo, outro 
produtor rural pessoa física ou outro segurado especial. 
 
Obs.: acredito que já deu para vocês perceberem que nesse caso não 
há sub-rogação pela inexistência de intermediário, pessoa jurídica. 
 
 V - pela retenção de 11% (onze por cento) sobre o valor bruto 
da nota fiscal, da fatura oudo recibo de prestação de serviços 
executados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, 
inclusive em regime de trabalho temporário, e pelo recolhimento do 
valor retido em nome da empresa contratada; 
 
 VI - pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento 
da contribuição incidente sobre a receita bruta decorrente de 
qualquer forma de patrocínio, de licenciamento de uso de marcas e 
símbolos, de publicidade, de propaganda e transmissão de 
espetáculos desportivos, devida pela associação desportiva que 
mantém equipe de futebol profissional. 
 
 Nesse caso, a responsabilidade pelo desconto e pelo 
recolhimento da contribuição incidente sobre a receita bruta do 
contrato de patrocínio é da empresa ou a entidade patrocinadora. 
 
 VII - pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento 
da contribuição incidente sobre a receita bruta da realização de 
evento desportivo, devida pela associação desportiva que mantém 
equipe de futebol profissional, quando se tratar de entidade 
promotora de espetáculo desportivo. 
 
 Aqui, a responsabilidade pelo desconto e pelo recolhimento da 
contribuição incidente sobre a receita bruta auferida nos espetáculos 
desportivos, independentemente da modalidade é da entidade pro-
motora do espetáculo desportivo (federação, confederação ou li-
ga). 
 
 Novamente, verifica-se que o legislador estabeleceu a antecipa-
ção na fonte pagadora, no caso das contribuições dos clubes de fute-
bol, porque também seria perigoso que clubes tão endividados, inclu-
sive com a própria previdência social, recebessem os recursos para 
depois efetuar o recolhimento das suas próprias contribuições. 
 
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ou seja, qndo o produtor rural/segurado especial nao comercializar seus produtos com uma empresa e sim outra pessoa física, quem recolhe as contribuições é o proprio produtor rural.
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11% sobre o valor BRUTO da nota fiscal, no caso de cessao de mao de obra ou empreitada
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Arrecadação pela EMPRESA PATROCINADORA DA associação desportiva que mantém EQUIPE DE FUTEBOL PROFISSIONAL sobre a receita BRUTA incidente sobre qq forma de PATROCÍNIO, licenciamento, símbolos, publicidade e transmissão dos espetáculos desportivos 
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Arrecadação pela EMPRESA PROMOTORA DO ESPETÁCULO DESPORTIVO da associação deportiva que mantém equipe de futebo, profissional sobre a receita BRUTA da realização de espetáculos desportivos
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RECOLHIMENTO PRESUMIDO 
 
 O desconto da contribuição social previdenciária e a retenção 
por parte do responsável pelo recolhimento, sempre se presumirão 
feitos, oportuna e regularmente, não lhe sendo lícito alegar qualquer 
omissão para se eximir da obrigação, permanecendo responsável pelo 
recolhimento das importâncias que deixar de descontar ou de reter. 
 
SEGURADO FACULTATIVO 
 
 O segurado facultativo é responsável pelo recolhimento de sua 
contribuição pelo simples fato da inexistência do exercício de 
atividade remunerada. 
 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL 
 
 O segurado contribuinte individual é responsável pelo 
recolhimento da contribuição social previdenciária incidente sobre a 
remuneração auferida por serviços prestados por conta própria a 
pessoas físicas, a outro contribuinte individual equiparado a empresa, 
a produtor rural pessoa física, à missão diplomática ou à repartição 
consular de carreiras estrangeiras. 
 
 Nesse caso, embora o contribuinte individual exerça atividade 
remunerada, a atribuição da responsabilidade pelo recolhimento da 
sua própria contribuição justifica-se pela inexistência de fonte 
pagadora (pessoa jurídica). 
 
EMPREGADOR DOMÉSTICO 
 
 A contribuição social previdenciária do empregador doméstico é 
de 12% (doze por cento) do salário-de-contribuição do empregado 
doméstico a seu serviço, sendo o responsável pelo recolhimento da 
sua contribuição. 
 
 O empregador doméstico também é responsável pela 
arrecadação, mediante desconto no pagamento da 
remuneração, da contribuição social previdenciária do segurado 
empregado doméstico a seu serviço, e pelo recolhimento da 
contribuição descontada juntamente com a contribuição a seu cargo. 
 
 Assim como ocorre com a contribuição do empregado e do 
avulso, o contratante (empregador doméstico) desconta e recolhe a 
contribuição do contratado (empregado doméstico) em nome deste. 
 
 
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DOS PRAZOS DE VENCIMENTO 
 
 
PRAZOS 
 
 As contribuições de responsabilidade da empresa deverão 
ser recolhidas até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da 
competência (a partir da competência novembro de 2008). 
 
 Anteriormente, a data do recolhimento das contribuições, para 
as competências anteriores a janeiro de 2007, era até o dia 2 (dois) 
do mês seguinte ao da ocorrência do seu fato gerador; e para as 
competências de janeiro de 2007 a outubro de 2008, era até o dia 10 
(dez) do mês seguinte ao da ocorrência do seu fato gerador. 
 
 Muito cuidado com material desatualizado ou questões 
de concursos realizados em períodos anteriores a regra atual 
do prazo de vencimento, a data já foi dia 02 (dois), depois foi 
alterada para o dia 10 (dez), e atualmente é dia 20 (vinte). 
 
 À cooperativa de trabalho, relativamente ao cooperado a ela 
filiado, aplica-se o mesmo prazo para o recolhimento das 
contribuições de responsabilidade da empresa (até o dia 20 do mês 
subsequente ao da competência), antecipando-se esse prazo para o 
dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente 
bancário na data definida para o pagamento. 
 
 O vencimento do prazo de pagamento das contribuições sociais 
incidentes sobre o décimo terceiro salário, exceto no caso de 
rescisão, dar-se-á no dia 20 de dezembro, antecipando-se o prazo 
para o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente 
bancário naquele dia. 
 
 A contribuição sobre o 13º salário só se aplica ao segurado 
empregado, empregado doméstico e o avulso, portanto não se 
estende ao contribuinte individual e o facultativo. Para o 
recolhimento dessas contribuições deverão ser informados, no 
documento de arrecadação, a competência 13 (treze) e o ano a que 
se referir. 
 
 O vencimento do prazo para pagamento das contribuições 
recolhidas pelo contribuinte individual e pelo facultativo dar-se-
á no dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da ocorrência do 
seu fato gerador, prorrogando-se o vencimento para o dia útil 
subsequente quandonão houver expediente bancário no dia 15 
(quinze). 
 
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Prazo para recolher a contribuição:nullnull1- para a empresa, referente à sua contribuição, a dos empregados e avulsos é até o dia 20 d mes subsequente , antecipando esse prazo para o dia util imediantamente aterior, se nao houver expediente bancario.null 2- para a cooperativa de trabalho, relativamenteaos seus cooperados, o mesmo prazo da emprsa, até o dia 20 do mes subsequente ao da competencia, antecipando-se..null3- no caso de cntribuição que incida sbre o decimo terceiro salario(exceto no caso de rescisão) será até o dia 20 de dezembro, antecipando para o dia util imediatamente aterior se nao houver expediente bancario.null* A contribuição sobre o 13 salario so se aplica ao empregado, empregado doméstico e avulso, e nao ao facultativo e CInull
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4- para o empregador doméstico quanto as suas contribuições e do empregado domestco, até o dia 15 do mes subsequente ao da ocorrencia do fato gerador, prorrogando-se para o primeiro dia util subsequente, se nao houver expediante bancário.null*Apenas na competencia de novembro, o empregador domestico poderá recolher até o dia 20 de dezembro(em vez de ate o dia 15 de dezembro), juntamente com as contrbuições incidentes sbre o 13 salario, usando um único documento de arrecadação;nullnull5- para os facultativos e CI, que recolhem suas próprias contribuições, será até o dia 15 do mes subsequente ao do seu fato gerador, prorrogando-se.null null
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* Para CI, facultativos e empregadores domesticos, ha a faculdade de realizar recolhimento trimestral, até o dia 15 subsequente ao final de tres meses, prorrogando-se para o primeiro dia util subsequente ao dia 15, se nao houver expediente, desde que o salário contribuição desses segurados seja um salário mínimo( nao podendo ser o valor do piso salarial).nullnull6- contribuição sobre a receita bruta da:nullnullA- realização do evento esportivo - até o 2° dia util apos a realização do evento, prorrogando-se para o imediatamente posterior ao 2° dia no caso de nao haver expediente;nullB- do contrato de patrocíneo, sendo o praz de até o dia 20 ( como da empresa)nullnull nullnull
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 As contribuições sociais previdenciárias do segurado 
empregado doméstico e a contribuição do empregador 
doméstico deverão ser recolhidas pelo empregador doméstico 
até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao da ocorrência do seu 
fato gerador, prorrogando-se o vencimento para o dia útil 
subsequente quando não houver expediente bancário no dia 15 
(quinze). 
 
 Relativamente à competência novembro, essas contribuições 
(empregador doméstico) poderão ser recolhidas até o dia 20 de 
dezembro, juntamente com as contribuições incidentes sobre 
o décimo terceiro salário, utilizando-se um único documento de 
arrecadação. Essa possibilidade também se aplica no caso do 
recolhimento trimestral. 
 
 A contribuição incidente sobre a receita bruta da realização de 
evento desportivo, devida pela associação desportiva que mantém 
equipe de futebol profissional deverá ser recolhida pela entidade 
promotora de espetáculo desportivo até o 2º (segundo) dia útil ao 
da realização do evento, prorrogando-se o vencimento para o dia 
útil subsequente quando não houver expediente bancário no 2º 
(segundo) dia. 
 
 Porém, o recolhimento da contribuição social previdenciária 
incidente sobre o valor bruto do contrato de patrocínio, 
licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda 
e transmissão de espetáculos obedece ao prazo estabelecido para 
recolhimento das empresas em geral (dia 20 do mês 
subsequente). 
 
ANTECIPAÇÃO/ PRORROGAÇÃO 
 
 Quando a data definida na legislação para o recolhimento das 
contribuições previdenciárias for até o dia 20 (vinte) e não houver 
expediente bancário nessa data, o prazo para o pagamento será 
antecipado para o dia útil imediatamente anterior, caso contrário 
incidirá juros e multa pelo recolhimento em atraso. 
 
 Entretanto, quando o vencimento do prazo para pagamento das 
contribuições ocorrer no dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da 
ocorrência do seu fato gerador (contribuinte individual, facultativo e 
empregador doméstico) e não houver expediente bancário nesta 
data, o prazo deve ser prorrogado para o 1º dia útil subsequente. 
 
RECOLHIMENTO TRIMESTRAL 
 
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 É facultada a opção pelo recolhimento trimestral da 
contribuição social previdenciária ao empregador doméstico, aos 
segurados contribuinte individual e facultativo, cujos salários de 
contribuição correspondam ao valor de 1 (um) salário mínimo. 
 
 A contribuição trimestral deve ser recolhida até o dia 15 
(quinze) do mês seguinte ao do encerramento de cada trimestre civil, 
prorrogando-se para o 1º (primeiro) dia útil subsequente, quando 
não houver expediente bancário no dia 15 (quinze). 
 
 No recolhimento de contribuições em atraso, incidirão os juros e 
a multa de mora a partir do 1º (primeiro) dia útil subsequente ao do 
vencimento do trimestre civil. 
 
 Não se aplica o recolhimento trimestral quando se tratar de 
recolhimento calculado sobre piso salarial fixado por lei estadual ou 
normativo da categoria diverso do salário mínimo nacional. 
 
 
CONTRIBUIÇÕES RECOLHIDAS EM ATRASO 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 As contribuições sociais previdenciárias e as contribuições 
devidas a outras entidades ou fundos e não recolhidas até a data de 
seu vencimento ficam sujeitas a juros e multa de mora determinados 
de acordo com a legislação de regência, incidentes sobre o valor 
atualizado, se for o caso. 
 
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA 
 
 As contribuições sociais devidas à Previdência Social e as 
contribuições devidas a outras entidades ou fundos não recolhidas até 
o vencimento, cujos fatos geradores ocorreram a partir de janeiro de 
1995, não estão sujeitas a atualização monetária. 
 
 
JUROS DE MORA 
 
 Os percentuais de juros de mora, ao mês ou fração, 
correspondem a aplicação da taxa Selic a partir do 1º (primeiro) dia 
do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao 
do pagamento e 1% (um por cento) no mês de pagamento, nos 
termos do § 3º do art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996, combinado com 
o art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991. 
 
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sobre o valor atualizado se o fato gerador ocorreu antges de 1995
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MULTA 
 
 As contribuições sociais e as devidas a outras entidades ou 
fundos não recolhidas no prazo, incluídas ou não em Auto de Infração 
ou Notificação de Lançamento, objeto ou não de parcelamento, ficam 
sujeitas à multa de mora nos termos do caput e dos §§ 1º e 2º do 
art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996. 
 
 Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e 
contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, não 
pagos nos prazos previstos na legislação específica, serão acrescidos 
de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por 
cento, por dia de atraso. 
 
 A multa será calculada a partir do primeiro dia subsequente 
ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do 
tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu 
pagamento. 
 
 O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por 
cento. 
 
 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA 
 
 
NOS BENEFÍCIOS 
 
 
PRAZO PARA REVISÃO DE CÁLCULO OU INDEFERIMENTO DO 
BENEFÍCIO 
 
 É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer 
direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato 
de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês 
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o 
caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória 
definitiva, no âmbito administrativo. 
 Em se tratando de pedido de revisão de benefícios com decisão 
indeferitória definitiva no âmbito administrativo, em que não houver 
a interposição de recurso, o prazo decadencial terá início no dia 
em que o requerente tomar conhecimento da referida decisão. 
 Este prazo aplica-se as hipóteses em que não há concordância 
pelo beneficiário quanto ao cálculo da renda mensal inicial do 
benefício concedido ou no caso da não concessão do benefício. 
 
 
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Debitos com a Uniao = multa com taxa(i) de 33/100 % por dia de atraso e será calculada a partir do primeiro dia posterior ao vencimento até a data do pagamentonullnullMulta limitada em 20 %
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Sticky Note
 Prazo DECADENCIAL para o segurado ou beneficiário entrar com ação de:null1 -Revisao da concessão do benefício: 10 anos a contar do 1° dia do mes seguinte ao recbimento da primeira prestação do benefício.null2- Indeferimento do pedido de revisão da concessão do beneficio: 10 anos do dia em que tomar conhecimento da decisao de indeferimento defenitiva em ambito adm.null3-Indeferimento do pedido de revisão do benefício , QUANDO NÃO HOUVER TIDO RECURSO: 10 anos do dia em que o requerente tomou conhecimento da decisão de indeferimento definitiva em âmbito adm.nullnullPrazo DECADENCIAL para a Adm anular de ofício seus proprios atos eivados de ilegalidade, de que decorram efeitos favoráveis aos seus beneficiários (P. da autotutela), salvo comprovada má fé : 10 anos a contar do dia em que foram praticadosnull
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Prazo PRECRICIONAL para entrar com ação exigindo prestações por acidente de trabalho: 5 anos da data do acidente, qndo houver morte, incapacidade temporária ou incapacidade permanente, reconhecida pela Previdencia Social.null*O STJ entende que nao prescreve o prazo para exigir o beneficio auxílio acidentário ( o direito de ação não prescreve) mas sim o de exigir as prestações referentes a esse benefício (o que se perde sao as prestações mais antigas, conforme se demora pra entrar com ação, mas nunca o nullbenefício)nullPrazo PRESCRICIONAL para entrar com ação para haver da Previdência prestações vencidas e não pagas, ou qq restituições de valores devidos pela Previdência: 05 anos da data em que deveria ter sido pago o valor. Aqui, não há controvérsia sobre a existência do benefício e o seu valor, sabe-se que o segurado tem o benefício, o que se discute é se foi pago ou nao na data em que deveria pagar.null
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 * Não corre prescrição contra os absolutamente incapazes(mas corre contra os relativamente capazes) .Para o menor curatelado, começa a correr da data da nomeação do curador. Para o menor que completr 16 anos, do dia seguinte à data de aniversario de 16 anos.null
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PRAZO PARA AÇÕES ACIDENTÁRIAS 
 
 As ações referentes à prestação por acidente do trabalho 
prescrevem em cinco anos, contados da data do acidente, quando 
dele resultar morte ou incapacidade temporária, ou em que for 
reconhecida pela Previdência Social a incapacidade permanente. 
 Neste caso específico das ações acidentárias, em decorrência da 
necessidade de perícia médica, o prazo é reduzido para cinco anos. 
 Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça - STJ entende que 
não há prescrição do direito de ação acidentária, portanto a 
prescrição atinge somente as prestações, não se aplicando ao 
benefício. 
 
 
REVISÃO DO BENEFÍCIO DE OFÍCIO PELA PREVIDÊNCIA 
 
 O direito da Previdência Social de anular os atos 
administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que 
foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
 Aqui temos o reflexo do princípio da autotutela, em que a 
Administração tem o dever de rever seus próprios atos quando 
eivados de qualquer vício ou defeito, independente de provocação. 
 
 
PRAZO PARA PAGAMENTO DE VALORES (BENEFÍCIOS OU 
DIFERENÇAS) ATRASADOS 
 
 Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveria ter 
sido paga, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou 
quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência 
Social. 
 Observem que, nesse caso, não há controvérsias quanto ao 
valor ou a concessão dos benefícios, mas apenas quanto ao 
pagamento de valores atrasados já reconhecidos. 
 Não corre prescrição contra os absolutamente incapazes, 
na forma do inciso I do art. 198 do Código Civil, combinado com o 
art. 3º do mesmo diploma legal, dentre os quais: 
 
 I - os menores de dezesseis anos não emancipados; 
 II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem 
o necessário discernimento para a prática desses atos; e 
 III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem 
exprimir sua vontade. 
 
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 Para os menores que completarem dezesseis anos de idade, a 
data do início da prescrição será o dia seguinte àquele em que tenha 
completado esta idade. 
 Para o incapaz curatelado, a contagem do prazo prescricional 
inicia a partir da data de nomeação do curador. 
 
 
NO CUSTEIO 
 
 
PRAZO 
 
 No custeio da Previdência Social, a decadência refere-se ao 
prazo estabelecido para o lançamento do crédito decorrente das 
contribuições sociais, enquanto que a prescrição é o prazo para a 
cobrança dos créditos já constituídos através do lançamento. 
 Os artigos 45 e 46 da lei nº 8.212/91 estabeleciam os prazos 
de decadência e prescrição dos créditos previdenciários, 
respectivamente, da seguinte forma: 
 
DECADÊNCIA 
 
 Art. 45. O direito da Seguridade social apurar e constituir seus 
créditos extingue-se após 10 (dez) anos... 
 
PRESCRIÇÃO 
 
 Art. 46. O direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, 
constituídos da forma do artigo anterior, prescreve em 10 (dez) anos. 
 
 Porém, a Súmula Vinculante nº 08 – STF modificou esses 
prazos. 
 
 
SÚMULA VINCULANTE nº 08 – STF 
 
 O Supremo Tribunal Federal - STF, através da Súmula 
Vinculante nº 08, firmou entendimento que são inconstitucionais os 
artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam da prescrição e 
decadência de crédito tributário. 
 
 Em consequência dessa decisão do STF, os prazos foram 
alterados para 05 (cinco) anos, conforme preceitua o Código 
Tributário Nacional – CTN. 
 
 
 
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O prazo DECADENCIAL (para a Adm lançar( apurar) seus créditos decorrentes das contribuições sociais) e o prazo PRESCRICIONAL ( para a Adm, depois de lançado o crédito, cobrar do contribuinte o seu crédito a partir da data de lançamento do mesmo) são de 05 anos, por súmula do STF, que altera esses prazos, modificando a lei 8212/91
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CRIMES CONTRA A PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
 
ASPECTOS GERAIS 
 
 Como ocorre com todos os crimes de natureza tributária, a 
finalidade do legislador é tornar mais rigorosa a sanção pela prática 
de ilícito tributário, e com isso coibir, através da imposição de uma 
pena, condutas consideradas extremamente danosas ao interesse 
público. 
 Em síntese, esses tipos penais estão direta ou indiretamente 
ligados ao recolhimento das contribuições previdenciárias. 
 
 
FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
 
 Pela sua importância, vamos destacar o conceito de funcionário 
público para fins penais estabelecido pelo artigo 327, do Código Penal 
brasileiro. 
 
 Observem que o conceito é amplíssimo, abrangendo, a 
princípio, todo e qualquer prestador de serviços públicos, ainda que 
não sejam servidores públicos exercentes de cargo público efetivo. 
 
 Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos 
penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce 
cargo, emprego ou função pública. 
 
 São exemplos de funcionários públicos para o Direito Penal: 
serventuários de cartórios, Presidente da República e jurados. 
 
 
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS POR EQUIPARAÇÃO 
 
 Os funcionários das entidades paraestatais (empresas públicas 
e sociedades de economia mista) e das empresas prestadoras de 
serviço contratadas ou conveniadas para a execução de atividade 
típica da Administração Pública são equiparados a funcionários 
públicos. A lei 9.983/2000 elasteceu ainda mais esse conceito. 
 
 Art. 327, § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce 
cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha 
para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a 
execução de atividade típica da Administração Pública. 
 
 
 
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TIPOS PENAIS PREVIDENCIÁRIOS 
 
 
APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA 
 
 Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as 
contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou 
convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído 
pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 § 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela 
Lei nº 9.983, de 2000) 
 I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância 
destinada à previdência social que tenha sido descontada de 
pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do 
público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 II - recolher contribuições devidas à previdência social que 
tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de 
produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 
2000) 
 III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas 
cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela 
previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 § 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, 
declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, 
importâncias ou valores e presta as informações devidas à 
previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do 
início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar 
somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, 
desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de 
oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social 
previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº 9.983, de 
2000) 
 II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja 
igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de 
suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 
Noções Preliminares 
 
 A Lei n° 9.983, de 14 de julho de 2000, inseriu novas figuras 
penais, tais como a apropriação indébita previdenciária. Neste delito, 
que não admite a forma culposa, pune-se aquele que deixar de 
repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos 
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contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. A pena é 
superior à da apropriação indébita comum: reclusão de dois a cinco 
anos. 
 A apropriação indébita configura-se pelo não repasse à 
previdência social das contribuições recolhidas dos contribuintes, no 
prazo e na forma estabelecida pela lei ou convenção (reclusão de dois 
acinco anos e multa); nesse tipo penal enquadra-se todo aquele que 
tenha por obrigação recolhimento de contribuição social em nome da 
Previdência Social, por exemplo, o agente financeiro que não repassa 
os valores arrecadados no prazo estabelecido. 
 Ainda nesse dispositivo, são impostas as mesmas sanções a 
quem deixar de recolher, no prazo estabelecido, contribuição ou 
qualquer valor destinado à Previdência Social que tenha sido 
descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou 
arrecadadas do público, bem como o não recolhimento de 
contribuições que tenham integrado despesas contábeis ou custos 
relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços. 
 Também é tipificado como apropriação indébita previdenciária, 
deixar de pagar benefício devido a segurado, quando os respectivos 
valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela Previdência 
Social. Essa hipótese ocorre nos casos em que a empresa é 
responsável, diretamente, pelo pagamento de benefício, como no 
caso do salário-maternidade e do salário-família. 
 Ponto que merece destaque, ainda dentro do ilícito apropriação 
indébita, foi a hipótese de extinção de punibilidade, que só 
ocorrerá se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o 
pagamento das contribuições, importâncias ou valores devidos à 
Previdência Social, acrescidos, logicamente, de todos os encargos 
administrativos incidentes, em decorrência do atraso, mas desde que 
antes do início da ação fiscal. 
 Se iniciada a ação fiscal, independentemente do pagamento 
pelo agente, o ilícito já estará devidamente configurado e, portanto, 
sujeito o agente às sanções penais previstas, ressalvada a hipótese 
de perdão judicial, quando o agente for primário e de bons 
antecedentes, que só ocorrerá nos seguintes casos: se tiver 
promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a 
denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, 
inclusive acessórios, ou se o valor das contribuições for igual ou 
inferior àquele estabelecido pela Previdência Social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de 
suas execuções fiscais. 
 
Objetividade Jurídica: 
 
 Protege-se o patrimônio da Previdência Social. 
 
Sujeito Ativo: 
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 O sujeito ativo é todo aquele que não repassar à Previdência 
Social as contribuições recolhidas dos contribuintes. 
 
Sujeito Passivo: 
 
 O sujeito passivo é a Previdência Social e seus segurados. 
 
Tipo Objetivo: 
 
 As condutas tipificadas são: 
 
• Deixar de repassar à previdência social as contribuições 
recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. 
Deixar significa não fazer, uma ação omissiva (estando para isso 
obrigado), não promovendo o recolhimento de certas contribuições à 
Previdência Social. 
 
• Deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra 
importância destinada à previdência social que tenha sido descontada 
de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do 
público. 
 
 
• Deixar de recolher contribuições devidas à previdência social 
que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda 
de produtos ou à prestação de serviços. 
 
• Deixar de pagar benefício devido a segurado, quando as 
respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa 
pela previdência social. 
 
Tipo Subjetivo: 
 
 O dolo é a vontade livre e consciente em deixar de praticar a 
ação de recolher a contribuição. Como o ato é devido à vontade 
consciente do agente, é impossível a forma culposa, portanto caso 
fique constatada apenas a negligência no recolhimento não haverá 
crime. 
 
Consumação e Tentativa: 
 
 A consumação se dá quando o agente deixa de efetuar o 
recolhimento dentro do prazo previsto em lei. 
 
 Caso os valores não sejam descontados dos trabalhadores, 
também não haverá crime, sendo apenas devidos os valores pelo 
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sujeito passivo. Os tribunais superiores consideram que a apropriação 
indébita previdenciária é um crime omissivo próprio. 
 
 
SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
 
 Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social 
previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento 
de informações previsto pela legislação previdenciária segurados 
empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo 
ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000) 
 II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da 
contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou 
as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído 
pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, 
remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de 
contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 
2000) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela 
Lei nº 9.983, de 2000) 
 § 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, 
declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta 
as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei 
ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000) 
 § 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar 
somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, 
desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja 
igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de 
suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de 
pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e 
dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou 
aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 § 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será 
reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos 
benefícios da previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 
Noções Preliminares 
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 Outro ilícito penal, exclusivo da Previdência Social, é o 
denominado "sonegação de contribuição previdenciária", que é 
tipificado pela supressão ou redução da contribuição social 
previdenciária, inclusive acessórios, por intermédio das seguintes 
condutas: a) omitir, na folha de pagamento da empresa ou em 
documento de informações previstos pela legislação previdenciária, 
segurados trabalhador avulso ou contribuintes individuais que lhe 
prestem serviços; b) deixar de lançar mensalmente nos títulos 
próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos 
segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de 
serviços; c) omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, 
remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de 
contribuições sociais previdenciárias (pena: reclusão de dois a cinco 
anos e multa). 
 Como no ilícito de apropriação indébita, para esse crime há 
hipótese de extinção de punibilidade, que ocorrerá se o agente 
apenas declarae confessa os valores devidos antes do início da ação 
fiscal. O que ocorre, diferentemente da apropriação, que para 
configurar a extinção é necessário o pagamento do valor retido e não 
repassado á Previdência Social. 
 Essa medida é justificada, pois, com a confissão da dívida pelo 
agente a Previdência Social tem em mãos título executivo para cobrar 
a dívida fiscal, caso não venha quitá-la espontaneamente. 
 Nas mesmas condições do ilícito de apropriação indébita 
previdenciária é estabelecida para o crime de sonegação hipótese de 
atenuação da pena, desde que o agente seja primário, de bons 
antecedentes e que cumpra as condições estabelecidas na lei. 
 Há um caso de atenuação, específico para o ilícito de 
sonegação, onde o juiz pode reduzir a pena de um terço até a metade 
ou aplicar apenas a de multa, se o agente for pessoa física e sua 
folha de salários não ultrapassar determinado valor reajustável. Essa 
medida é voltada para os empregadores domésticos ou contribuintes 
individuais (que tenham empregados contratados), como é o caso 
dos profissionais liberais. No entanto, tal medida só é aplicável se sua 
folha de salários não ultrapassar o limite estabelecido, 
independentemente do número de empregados. 
 
Objetividade Jurídica: 
 
 Protege-se a regular escrituração contábil, inclusive obrigações 
acessórias, em relação à previdência social. 
 
Sujeito Ativo: 
 
 Pode ser qualquer pessoa. 
 
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Sujeito Passivo: 
 
 É o Estado. 
 
Tipo Objetivo: 
 
 A conduta típica é suprimir (impedir que apareça, esconder ou 
omitir completamente o fato gerador) ou reduzir (ocultar 
parcialmente o fato gerado ou os montantes da operação, diminuir a 
base de cálculo) contribuição social devida à Previdência Social (e não 
qualquer outra), através da omissão, nas folhas de pagamento, 
registros contábeis ou quaisquer outros documentos, de segurado ou 
do valor a ele efetivamente pago ou dele descontado, bem como de 
receita ou lucro auferidos ou qualquer outro fato gerador. 
 
Tipo Subjetivo: 
 
 O dolo é a vontade livre e consciente de realizar a conduta de 
suprimir ou reduzir, nas condições descritas no tipo. 
 
Consumação e Tentativa: 
 
 O crime se consuma com a supressão ou redução das 
contribuições. É crime material, já que o resultando compõe o tipo, 
pois é necessária a supressão ou redução de contribuição social para 
a sua materialização. Se, por exemplo, ocorre a omissão das 
informações, mas o recolhimento correto das contribuições, não se 
pode falar em crime. A tentativa não é admitida. 
 
Extinção da Punibilidade: 
 
 O parágrafo 1o prevê a extinção da punibilidade. Ao contrário 
da extinção para o crime de Apropriação Indébita Previdenciária, não 
há necessidade de pagamento. Basta que o agente, 
espontaneamente, declare e confesse as contribuições, importâncias 
ou valores e preste as informações devidas à previdência social, na 
forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
Causa de Diminuição de Pena: 
 
 Os parágrafos 2º e 3º preveem a circunstância de diminuição 
de pena, podendo o juiz reduzir a pena ou aplicar multa, caso o 
agente seja primário e de bons antecedentes e preencha o requisito 
do inciso II do parágrafo 2o, ou caso o empregador não seja pessoa 
jurídica e a folha de pagamento não ultrapasse o valor fixado. 
 
 
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INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
 
 Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a 
inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados 
corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da 
Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si 
ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 
2000)) 
 Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 
Noções Preliminares: 
 
 Este crime foi acrescentado pela Lei n° 8.983, de 14.07.2000, 
prevendo punição para o funcionário que praticar a inserção de dados 
falsos em banco de dados da Administração Pública. 
 Este delito constitui inovação no nosso ordenamento jurídico, ao 
tipificar condutas cometidas por intermédio de meios eletrônicos, 
sendo o sujeito tutelado a Administração Pública. Trata-se de crime 
próprio, formal e comissivo. É próprio por ser exclusivo da 
funcionário, formal por não depender de resultado para sua 
consumação e comissivo por decorrer de ação do agente. 
 
Objetividade Jurídica: 
 
 Protege-se os sistemas informatizados e os bancos de dados da 
Administração Pública. Sistema informatizado é o conjunto de 
elementos, materiais ou não, coordenados entre si, que funcionam 
como uma estrutura organizada, tendo a finalidade de armazenar e 
transmitir dados, através de computadores. 
 
Sujeito Ativo: 
 
 É o funcionário público autorizado a operar com os sistemas 
informatizados ou com bancos de dados da Administração Pública. 
 
Sujeito Passivo: 
 
 É o Estado e eventualmente o particular que tenha sofrido 
dano. 
 
Tipo Objetivo: 
 
 Em relação aos sistemas informatizados ou bancos de dados da 
Administração Pública, a conduta típica envolve quatro modalidades: 
 
• inserir (introduzir, incluir) dados falsos; 
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• facilitar a inserção de dados falsos; 
• alterar (mudar, modificar) indevidamente dados corretos; 
• excluir (eliminar) indevidamente dados corretos. 
 
Tipo Subjetivo: 
 
 O dolo é a vontade livre e consciente de praticar as condutas 
descritas com o fim de obter vantagem indevida para si ou para 
outrem, qualquer que seja ela, ou para causar dano à Administração 
Pública. 
 
Consumação e Tentativa: 
 
 É um crime formal. Consuma-se no instante em que as 
informações falsas passam a fazer parte do sistema de informações 
que se pretendia adulterar. 
 
 
MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE SISTEMA 
DE INFORMAÇÕES 
 
 Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de 
informações ou programa de informática sem autorização ou 
solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 
2000) 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a 
metade se da modificação ou alteração resulta dano para a 
Administração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000) 
 
Noções Preliminares: 
 
 Este crime está relacionado com os delitos de informática, 
aqueles nos quais o computador é o meio utilizado para a prática. Na 
modalidade prevista pelo art. 313-B do Código Penal, comete o crime 
aquele funcionário que altera ou modifica sistema de informações ou 
programa de informática sem autorização ou solicitação de 
autoridade competente. 
 Assim como no delito anterior, o legislador tipificou um delito 
decorrente do sistema informatizado, tendo em vista que atualmente 
é o meio mais comum para a prática de fraudes contra a previdência. 
 Este tipo penal, a semelhança do anterior, só pode ser praticado 
por funcionário público (próprio) e também formal e comissivo. A 
diferença entre os dois delitos caracteriza-se pela inexistência, neste 
crime, do dolo específico, na intenção de obter vantagem ilícita ou de 
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causar dano. No caso de ocorrência de dano incidirá a aplicação de 
uma circunstância qualificadora. 
 
Objetividade Jurídica: 
 
 Protege-se a Administração Publica, particularmente a 
incolumidade de seus sistemas de informações e programas de 
informática. 
 
Sujeito Ativo: 
 
 É o funcionário público no exercício do cargo. 
 
Sujeito Passivo: 
 
 É o Estado e eventualmente o particular que sofrer dano. 
 
Tipo Objetivo: 
 
 A conduta típica envolve quatro modalidades: modificar (mudar, 
transformar) sistema de informações ou programa de informática; 
alterar (adulterar, decompor o sistema original) sistema de 
informações ou programa de informática. 
 
Tipo Subjetivo: 
 
 O dolo é a vontade livre e consciente de praticar as condutas 
previstas. 
 
Consumação e Tentativa: 
 
 Consuma-se o crime com a modificação ou alteração total ou 
parcial do sistema de informações ou do programa de informática, 
independente de haver ou não prejuízo efetivo para a Administração 
Pública. 
 
 
AÇÃO PENAL 
 
 Caso a fiscalização identifique, em tese, crimes contra a 
Previdência Social, cabe ao auditor a elaboração da representação 
fiscal para fins penais - RFFP, para que possa servir de base para a 
instauração de ação penal pelo Ministério Publico Federal. 
 
 A RFFP somente será encaminhada ao MPF com o término do 
processo administrativo, pois até lá, pode-se concluir que o sujeito 
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passivo não é devedor. Por isso a Lei nº 9.430/96, no art. 83, 
determina: 
 
 A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes 
contra a ordem tributária definidos nos arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137, 
de 27 de dezembro de 1990, será encaminhada ao Ministério Público 
após proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a 
exigência fiscal do crédito tributário correspondente. 
 
 Conforme já foi afirmado, a ação penal deve ser intentada pelo 
Ministério Público Federal - MPF, perante a Justiça Federal, em 
decorrência da sua titularidade para essas ações, prevista na 
Constituição Federal. 
 
 Relativamente à prescrição nessas ações, o STF decidiu que o 
prazo para a prescrição do crime só começa a contar a partir do 
desfecho do processo administrativo (ADIn n°1.571/DF, Rel. Min. 
Gilmar Mendes). 
 
 
REVOGAÇÃO DO ART. 95 DA LEI 8.212/91 
 
 O art. 95 da Lei 8212/91, que previa alguns crimes 
previdenciários, muitos sem pena correspondente, foi alterado para 
estabelecer apenas sanções de natureza administrativa contra a 
empresa que transgredir as normas estabelecidas pela Lei de Custeio 
da Seguridade Social, que são as seguintes: 
 
a) à suspensão de empréstimos e financiamentos, por instituições 
financeiras oficiais; 
b) à revisão de incentivos fiscais de tratamento tributário especial; 
c) à inabilitação para licitar e contratar com qualquer órgão ou 
entidade da Administração Pública Direta ou Indireta federal, 
estadual, do Distrito Federal ou municipal; 
d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade 
e) mercantil ou comerciante individual; 
f) à desqualificação para impetrar concordata; 
g) à cassação de autorização para funcionar no país, quando for o 
caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
 
01. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Em relação às 
contribuições previdenciárias devidas pelos contribuintes da 
Previdência Social, é correto afirmar que 
(A) o segurado especial está dispensado de recolhê-las. 
(B) presume-se o recolhimento das contribuições do empregado. 
(C) presume-se o recolhimento das contribuições do trabalhador 
eventual. 
(D) o prazo de vencimento da contribuição das empresas é no dia 10 
de cada mês. 
(E) o empregado doméstico deve recolher sua contribuição até o dia 
10 de cada mês. 
 
Comentários 
 
 A letra “A” está errada porque o segurado especial pode 
contribuir (opção) da mesma forma que o contribuinte individual, 
nesse caso, o próprio segurado especial deve recolher sua 
contribuição, como segurado pessoa física, até o dia 15 do mês 
seguinte ao da competência; 
 
 A letra “B” está certa porque conforme o disposto no art. 33, § 
5º, da Lei 8.212/91, o desconto de contribuição e de consignação 
legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e 
regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito 
alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente 
responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em 
desacordo com o disposto nesta Lei. Portanto, o recolhimento da 
contribuição do segurado empregado pelo empregador é 
presumido; 
 
 A letra “C” está errada porque para o trabalhador eventual, 
considerado pela legislação previdenciária como contribuinte 
individual, de regra, não há recolhimento presumido, ficando este 
responsável pelo recolhimento de suas próprias contribuições. 
 
 A letra “D” está errada porque o prazo de vencimento (regra) 
das contribuições da empresa é de até o dia 20 do mês seguinte 
ao da competência; 
 
 A letra “E” está errada porque além do vencimento do prazo 
ser de até o dia 15 do mês seguinte ao da competência, a 
responsabilidade pelo recolhimento da contribuição do empregado 
doméstico é do empregador doméstico; 
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Gabarito: B 
 
 
02. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Em relação às 
contribuições previdenciárias, assinale a alternativa correta. 
(A) O pequeno produtor rural está isento de recolhimento da 
contribuição. 
(B) O empregado, em qualquer caso, recolhe o percentual de 11% 
(onze por cento) sobre o salário de contribuição. 
(C) O trabalhador autônomo não está obrigado a recolher 
contribuição. 
(D) O empregador doméstico recolhe o mesmo percentual de 
contribuição que as empresas em geral. 
(E) A contribuição da empresa para financiamento da aposentadoria 
especial tem alíquotas variáveis de doze, nove ou seis pontos 
percentuais. 
 
Comentários 
 
 A letra “A” está errada porque o pequeno produtor, como 
equiparado à pessoa jurídica, deve recolher uma alíquota de 2,1% 
sobre o resultado da comercialização da sua produção rural (Bse de 
caçulo); 
 
 A letra “B” está errada porque a contribuição do segurado 
empregado é progressiva correspondendo a 8%, 9% ou 11% de 
acordo com o valor do seu salário-de-contribuição; 
 
 A letra “C” está errada porque o trabalhador autônomo, como 
contribuinte individual, desde que não preste serviços à pessoa 
jurídica, está obrigado a recolher suas próprias contribuições; 
 
 A letra “D” está errada porque o percentual do empregador 
doméstico é de 12% incidente sobre o salário-de-contribuição do 
empregado doméstico a seu serviço, enquanto que o percentual das 
empresas em geral é de 20% sobre o total das remunerações. 
 
 A letra “E” está correta. 
 O art. 22 da Lei 8.212/91 estabelece que a contribuição a cargo 
da empresa, destinada à Seguridade Social, para o financiamento dos 
benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade 
laborativa decorrentedos riscos ambientais do trabalho, sobre o total 
das remunerações é de 1% (um por cento) para as empresas em 
cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja 
considerado leve; 2% (dois por cento) caso esse risco seja 
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considerado médio e 3% (três por cento) para risco considerado 
grave. 
 O art. 57, da Lei 8.213/91 complementa essa sistemática 
determinando que, essas alíquotas (1%, 2% ou 3%) serão acrescidas 
de 12% (doze), 9% (nove) ou 6% (seis) pontos percentuais, 
conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa 
permita a concessão de aposentadoria especial após 15 
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, 
respectivamente; 
 
Gabarito: E 
 
 
03. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) José pleiteou 
aposentadoria por tempo de contribuição perante o INSS, que 
foi deferida pela autarquia e pretende a revisão do ato de 
concessão do benefício para alterar o valor da renda mensal 
inicial. O prazo decadencial para o pedido de José é de 
(A) dez anos contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao do 
recebimento da primeira prestação. 
(B) cinco anos contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao 
do recebimento da primeira prestação. 
(C) três anos contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao do 
recebimento da primeira prestação. 
(D) cinco anos contados da ciência da decisão que deferiu o benefício. 
(E) dez anos contados da ciência da decisão que deferiu o benefício. 
 
Comentários 
 
 É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer 
direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato 
de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês 
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando 
for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão 
indeferitória definitiva, no âmbito administrativo. 
 
 Em se tratando de pedido de revisão de benefícios com decisão 
indeferitória definitiva no âmbito administrativo, em que não houver 
a interposição de recurso, o prazo decadencial terá início no dia 
em que o requerente tomar conhecimento da referida decisão. 
 
Gabarito: A 
 
 
(Advogado CEF CESPE 2010) Em cada uma das opções abaixo, 
é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma 
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assertiva a ser julgada com base na disciplina relativa a 
prescrição e decadência na legislação previdenciária. 
 
04. Em decorrência de acidente de trabalho, Sérgio ficou 
permanentemente incapacitado para o trabalho. Nessa situação, 
Sérgio poderá mover ação referente às prestações do benefício 
previdenciário de aposentadoria por invalidez em até cinco anos, 
contados a partir da data da ocorrência do sinistro; 
após esse período, seu direito à ação estará prescrito. 
 
Comentários 
 
 As ações referentes à prestação por acidente do trabalho 
prescrevem em cinco anos, contados da data do acidente, quando 
dele resultar morte ou incapacidade temporária, ou em que for 
reconhecida pela Previdência Social a incapacidade permanente. 
 
 Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça - STJ entende que 
não há prescrição do direito de ação acidentária, portanto a 
prescrição atinge somente as prestações, não se aplicando ao 
benefício. 
 
Gabarito: errado. 
 
 
05. Após analisar procedimento administrativo apresentado por 
Maria, na condição de representante de Humberto, menor impúbere, 
a autoridade competente da previdência social deferiu o pedido de 
pagamento, em benefício de Humberto, de pensão por morte do seu 
genitor. Nessa situação, o prazo decadencial para a previdência social 
anular o referido ato administrativo será de cinco anos, a contar da 
data de sua publicação. 
 
Comentários 
 
 Conforme preceitua o art. 103-A da Lei 8.213/91, o direito da 
Previdência Social de anular os atos administrativos, 
independentemente de provocação, de que decorram efeitos 
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, 
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
 
Gabarito: errado 
 
 
06. A seguridade social, em procedimento administrativo específico, 
apurou a existência de créditos em desfavor de Beta Ltda. relativos 
aos exercícios de 2000, 2001 e 2002, mas que foram constituídos em 
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2003. Nessa situação, a seguridade social podia cobrar os aludidos 
créditos tributários, pois o prazo prescricional ainda não havia 
transcorrido. 
 
Comentários 
 
 Atualmente, a partir da Súmula Vinculante nº 8 – STF, na 
relação jurídica de custeio, tanto o prazo decadencial (constituição) e 
prescricional (cobrança) dos créditos tributários, em relação à 
Previdência Social é de 5 anos. 
 
 Como o período dos créditos era de 2000 a 2002, sua 
constituição está dentro do prazo decadencial de 5 anos, tendo em 
vista que o lançamento ocorreu em 2003, mas a cobrança deveria ter 
ocorrido no prazo prescricional de até 5 anos após a constituição do 
mesmo (lançamento). 
 
 No caso especifico do item da questão, a cobrança seria feita 
em 2010, ano do concurso, portanto fora do prazo de prescrição (até 
2008). 
 
Gabarito: errado. 
 
 
07. Em 10/4/2004, o requerimento administrativo apresentado por 
Marcos, no qual pleiteava a revisão do ato de concessão do benefício 
previdenciário de aposentadoria por invalidez, foi indeferido, em 
decisão definitiva. Nessa situação, o direito de ação de Marcos para 
pleitear a referida revisão decaiu em 10/4/2009. 
 
Comentários 
 
 O art. 103 da Lei 8.213/91 estabelece que é de dez anos o 
prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado 
ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, 
a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da 
primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar 
conhecimento da decisão indeferitória definitiva, no âmbito 
administrativo. 
 
 Face ao exposto, nesse caso específico, como o prazo da ação 
revisional é de 10 anos, a decadência só ocorrerá em 10/04/2014. 
 
Gabarito: errado. 
 
 
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08. Túlio, menor impúbere com 15 anos de idade, foi reconhecido 
judicialmente como filho e único herdeiro de Adalberto, que haviafalecido quando Túlio tinha três anos de idade. Nessa situação, uma 
vez reconhecida à paternidade, se Adalberto for segurado obrigatório 
da previdência social, Túlio terá direito à percepção do benefício 
previdenciário denominado pensão por morte, podendo pleitear as 
prestações vencidas devidas pela previdência social desde a data do 
falecimento de seu genitor. 
 
Comentários 
 
 O art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91, estabelece o 
seguinte: prescreve em cinco anos, a contar da data em que 
deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações 
vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela 
Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e 
ausentes, na forma do Código Civil. 
 
 Portanto, não corre prescrição contra os absolutamente 
incapazes, na forma do inciso I do art. 198 do Código Civil, 
combinado com o art. 3º do mesmo diploma legal, dentre eles, os 
menores de dezesseis anos não emancipados. 
 
 Para os menores que completarem dezesseis anos de idade, a 
data do início da prescrição será o dia seguinte àquele em que tenha 
completado esta idade. 
 
Gabarito: certo. 
 
 
(auditor fiscal da previdência INSS CESPE 2008) Acerca dos 
delitos contra a seguridade social, julgue os itens que se 
seguem. 
 
09. Constitui contravenção penal deixar de incluir na folha de 
pagamentos da empresa os segurados empregado, empresário, 
trabalhador avulso ou autônomo que lhe prestem serviço. 
 
Comentários 
 
 Esta conduta constitui crime de sonegação de contribuições 
previdenciárias e não uma mera contravenção penal, de acordo com a 
seguinte transcrição: 
 
 Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social 
previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: 
(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
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 I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento 
de informações previsto pela legislação previdenciária segurados 
empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo 
ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 
9.983, de 2000) 
 
Gabarito: errado 
 
 
10. O não-lançamento nos títulos contábeis próprios da empresa dos 
valores previdenciários descontados dos segurados tipifica infração de 
ordem criminal, que acarreta, como consequência, a inabilitação para 
licitar e contratar com qualquer órgão ou entidade da administração 
pública direta ou indireta federal, estadual, municipal ou do DF. 
 
Comentários 
 
 Além da sanção de natureza penal, em decorrência da prática 
do crime de sonegação, o art. 95 da lei 8.212/91 impõe as seguintes 
sanções administrativas: 
 
a) à suspensão de empréstimos e financiamentos, por instituições 
financeiras oficiais; 
b) à revisão de incentivos fiscais de tratamento tributário especial; 
c) à inabilitação para licitar e contratar com qualquer órgão ou 
entidade da Administração Pública Direta ou Indireta federal, 
estadual, do Distrito Federal ou municipal; 
d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade 
mercantil ou comerciante individual; 
e) à desqualificação para impetrar concordata; 
f) à cassação de autorização para funcionar no país, quando for o 
caso. 
 
Gabarito: certo 
 
 
11 As empresas ou sujeitos a elas equiparados que descumprirem a 
legislação previdenciária não poderão impetrar concordata, estando 
sujeitas também à interdição para o exercício do comércio, caso seja 
sociedade mercantil ou comerciante individual, e à revisão de 
incentivos fiscais de tratamento tributário especial. 
 
Comentários 
 
 Novamente, a teor do art. 95 da lei de custeio (8.212/91), o 
descumprimento da legislação previdenciária acarreta as seguintes 
sanções administrativas: 
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a) à suspensão de empréstimos e financiamentos, por instituições 
financeiras oficiais; 
b) à revisão de incentivos fiscais de tratamento tributário 
especial; 
c) à inabilitação para licitar e contratar com qualquer órgão ou 
entidade da Administração Pública Direta ou Indireta federal, 
estadual, do Distrito Federal ou municipal; 
d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade 
mercantil ou comerciante individual; 
e) à desqualificação para impetrar concordata; 
f) à cassação de autorização para funcionar no país, quando for o 
caso. 
 
Gabarito: certo 
 
 
12. A pessoa jurídica assume a condição de sujeito ativo dos delitos 
previstos contra a seguridade social, sem prejuízo da 
responsabilidade pessoal do titular de firma individual, dos sócios 
solidários, dos gerentes e dos diretores ou administradores que 
participem ou tenham participado da gestão da empresa beneficiada 
pelos delitos, assim como o segurado que tenha obtido vantagens. 
 
Comentários 
 
 Como regra geral, a pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo 
de crimes, exceto em situações específicas, como por exemplo, em 
crimes ambientais. Portanto, em relação aos crimes contra a 
seguridade social, deve ser observada a regra, não podendo ser 
imputada a pessoa jurídica essas espécies de crimes. 
 
Gabarito: errado 
 
 
(procurador MP TCM GO CESPE 2007) No tocante às 
disposições da legislação previdenciária, analise o item 
abaixo. 
 
13. O contribuinte individual que presta serviço a outro contribuinte 
individual deve recolher a sua própria contribuição utilizando a 
alíquota de 20% sobre a remuneração recebida. 
 
Comentários 
 
Atualmente, a contribuição do segurado contribuinte individual 
corresponde a uma porcentagem de vinte por cento sobre o 
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respectivo salário-de-contribuição, quando os valores são 
recebidos de pessoas físicas, respeitados os limites mínimo e 
máximo. Nesse caso, o próprio contribuinte individual tem a 
responsabilidade de recolher essa contribuição até o dia 15 (quinze) 
do mês subsequente ao da competência. 
 
Esse percentual é reduzido para onze por cento do salário-de-
contribuição, quando o serviço é prestado à pessoa jurídica. Nessa 
hipótese, a retenção e o recolhimento da contribuição do contribuinte 
individual são efetuados pela empresa contratante. 
 
Gabarito: certo 
 
 
(consultor legislativo Senado – área 7 CESPE 2012) Acerca do 
financiamento da seguridade social, julgue o seguinte item. 
 
14. As associações desportivas que mantêm equipe de futebol 
profissional devem contribuir com o pagamento de 5% da receita 
líquida resultante dos espetáculos desportivos de que participem em 
todo o território nacional, inclusive jogos internacionais, cabendo à 
entidade promotora do evento a responsabilidade pela retenção de 
tais valores e pelo respectivo recolhimento aos cofres da seguridade, 
no prazo de dois dias após a sua realização. 
 
Comentários 
 
A contribuição dos Clubes de Futebol Profissional destinada à 
seguridade social corresponde a 5% da receita bruta decorrente dos 
espetáculos desportivos de que participe em todo território nacional, 
em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e 
de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso

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