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DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 1 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br ANALISTA DO SEGURO SOCIAL DO INSS AULA 05 Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social. Obrigações da empresa e demais contribuintes. Prazo de recolhimento. Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária. Decadência e prescrição. Crimes contra a seguridade social. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: artigo 30 da Lei 8.212/91, artigos 44 e 61 da Lei 9.430/96 e artigos 216 a 218 do Decreto nº 3.048/99 (regulamento da previdência social). Artigo 30, incisos VI a IX e artigo 31, da Lei 8.212/91, artigos 219 a 224- A e artigos 225 a 228, do Decreto nº 3.048/99 (regulamento da previdência social). DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 2 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br FATO GERADOR DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS O fato gerador das contribuições previdenciárias, que corresponde ao exercício de atividade remunerada, gera contribuição dos segurados, do empregador doméstico e das empresas. Entretanto, como regra, o trabalhador (contratado ou prestador de serviço) não é responsável pelo recolhimento das suas próprias contribuições, ficando a cargo da empresa (contratante ou tomadora do serviço) essa responsabilidade. A lógica é a seguinte: como a empresa contratante é quem remunera o trabalhador a seu serviço, o legislador determina que seja feito o desconto na fonte pagadora e o recolhimento para a previdência social em nome do próprio trabalhador segurado do INSS. Essa precaução é justificável, tendo em vista que seria temerário esperar que após o recebimento da remuneração, sem o desconto do INSS, o trabalhador voluntariamente efetuasse o recolhimento. Caros alunos, conforme venho afirmando desde as primeiras aulas, para que possamos obter êxito nos concursos é necessário o entendimento da matéria, sem decoreba, daí a nossa função de orientadores, para demonstrar de forma prática a lógica do sistema. No caso desse assunto, arrecadação e recolhimento das contribuições previdenciárias, basta aprendermos o seguinte: o segurado (pessoa física) não é responsável pelo recolhimento das suas contribuições, exceto, por óbvio, no caso do segurado facultativo, porque não exerce atividade remunerada e também no contribuinte individual, desde que não preste serviço à pessoa jurídica. A partir dessa premissa estamos aptos para entendermos com facilidade essa matéria, conforme veremos a seguir. RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO EMPRESA A empresa é responsável: I - pelo recolhimento das contribuições sociais previdenciárias a seu cargo, como por exemplo, no caso da contribuição da folha de barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 3 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br pagamento (20% sobre o total das remunerações dos trabalhadores a seu serviço); II - pela arrecadação, mediante desconto na remuneração paga, devida ou creditada, e pelo recolhimento da contribuição dos segurados empregado e trabalhador avulso a seu serviço. Aqui a empresa tem que descontar da remuneração e recolher em nome do segurado os percentuais de 8%, 9% ou 11% incidentes sobre o salário-de-contribuição do trabalhador. Obs.: A empresa contratante ou requisitante dos serviços de trabalhador avulso não portuário é responsável pelo recolhimento de todas as contribuições sociais previdenciárias. Entretanto, o recolhimento das contribuições sociais previdenciárias do trabalhador avulso portuário será efetuado pelo órgão gestor de mão de obra – OGMO. III - pela arrecadação, mediante desconto no respectivo salário- de-contribuição, e pelo recolhimento da contribuição do segurado contribuinte individual que lhe presta serviços. Nesse caso a sistemática é a mesma utilizada para o segurado empregado e para o trabalhador avulso, a empresa desconta e recolhe em nome do trabalhador. IV - pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento da contribuição do produtor rural pessoa física e do segurado especial incidente sobre a comercialização da produção, quando adquirir ou comercializar o produto rural recebido em consignação. A responsabilidade da empresa adquirente, inclusive se agroin- dustrial, consumidora, consignatária ou da cooperativa, ocorre na condição de sub-rogada nas obrigações do produtor rural, pessoa físi- ca, e do segurado especial. Assim sendo, vamos imaginar que um supermercado (empresa adquirente) adquire produtos rurais de pessoa física (CI ou especial) para fins de revenda no varejo. Nesse caso, o supermercado (inter- mediário) passa a ser o responsável pelo recolhimento das contribui- ções do produtor rural (pessoa física) incidentes sobre a comercializa- ção da produção. Vejam que seria bastante complicado se o Auditor Fiscal fosse à zona rural em cada um dos produtores, pulando cerca e enfrentado uma série de dificuldades para exigir a contribuição dos próprios pro- dutores. Fica bem mais simples e seguro cobrar, fiscalizar e arrecadar essas contribuições através do intermediário, pessoa jurídica. barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note A empresa ao recolher sobre o total de remuneraçõs, nao ha limites; ao recolher a contribuição dos empregados sobre os salarios de contribuições dos mesmos, haverá limitações (mínimo e maximo) barbaraocchiuzzi Sticky Note vai recolher para o CI que lhe presta serviço 11% sobre seu SC barbaraocchiuzzi Sticky Note O segurado especial/produtor rural pessoa física comercializando para a empresa vai pagar o valor de 2,1% sobre o produto da comercialização DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 4 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br Excepcionalmente, a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta oriunda da co- mercialização da produção devidas pelo produtor rural, será do pró- prio produtor rural, pessoa física, e do segurado especial, quando comercializarem a produção diretamente com adquirente domiciliado no exterior (exportação), consumidor pessoa física, no varejo, outro produtor rural pessoa física ou outro segurado especial. Obs.: acredito que já deu para vocês perceberem que nesse caso não há sub-rogação pela inexistência de intermediário, pessoa jurídica. V - pela retenção de 11% (onze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura oudo recibo de prestação de serviços executados mediante cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, e pelo recolhimento do valor retido em nome da empresa contratada; VI - pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento da contribuição incidente sobre a receita bruta decorrente de qualquer forma de patrocínio, de licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e transmissão de espetáculos desportivos, devida pela associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional. Nesse caso, a responsabilidade pelo desconto e pelo recolhimento da contribuição incidente sobre a receita bruta do contrato de patrocínio é da empresa ou a entidade patrocinadora. VII - pela arrecadação, mediante desconto, e pelo recolhimento da contribuição incidente sobre a receita bruta da realização de evento desportivo, devida pela associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional, quando se tratar de entidade promotora de espetáculo desportivo. Aqui, a responsabilidade pelo desconto e pelo recolhimento da contribuição incidente sobre a receita bruta auferida nos espetáculos desportivos, independentemente da modalidade é da entidade pro- motora do espetáculo desportivo (federação, confederação ou li- ga). Novamente, verifica-se que o legislador estabeleceu a antecipa- ção na fonte pagadora, no caso das contribuições dos clubes de fute- bol, porque também seria perigoso que clubes tão endividados, inclu- sive com a própria previdência social, recebessem os recursos para depois efetuar o recolhimento das suas próprias contribuições. barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note ou seja, qndo o produtor rural/segurado especial nao comercializar seus produtos com uma empresa e sim outra pessoa física, quem recolhe as contribuições é o proprio produtor rural. barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note 11% sobre o valor BRUTO da nota fiscal, no caso de cessao de mao de obra ou empreitada barbaraocchiuzzi Sticky Note Arrecadação pela EMPRESA PATROCINADORA DA associação desportiva que mantém EQUIPE DE FUTEBOL PROFISSIONAL sobre a receita BRUTA incidente sobre qq forma de PATROCÍNIO, licenciamento, símbolos, publicidade e transmissão dos espetáculos desportivos barbaraocchiuzzi Sticky Note Arrecadação pela EMPRESA PROMOTORA DO ESPETÁCULO DESPORTIVO da associação deportiva que mantém equipe de futebo, profissional sobre a receita BRUTA da realização de espetáculos desportivos DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 5 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br RECOLHIMENTO PRESUMIDO O desconto da contribuição social previdenciária e a retenção por parte do responsável pelo recolhimento, sempre se presumirão feitos, oportuna e regularmente, não lhe sendo lícito alegar qualquer omissão para se eximir da obrigação, permanecendo responsável pelo recolhimento das importâncias que deixar de descontar ou de reter. SEGURADO FACULTATIVO O segurado facultativo é responsável pelo recolhimento de sua contribuição pelo simples fato da inexistência do exercício de atividade remunerada. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL O segurado contribuinte individual é responsável pelo recolhimento da contribuição social previdenciária incidente sobre a remuneração auferida por serviços prestados por conta própria a pessoas físicas, a outro contribuinte individual equiparado a empresa, a produtor rural pessoa física, à missão diplomática ou à repartição consular de carreiras estrangeiras. Nesse caso, embora o contribuinte individual exerça atividade remunerada, a atribuição da responsabilidade pelo recolhimento da sua própria contribuição justifica-se pela inexistência de fonte pagadora (pessoa jurídica). EMPREGADOR DOMÉSTICO A contribuição social previdenciária do empregador doméstico é de 12% (doze por cento) do salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço, sendo o responsável pelo recolhimento da sua contribuição. O empregador doméstico também é responsável pela arrecadação, mediante desconto no pagamento da remuneração, da contribuição social previdenciária do segurado empregado doméstico a seu serviço, e pelo recolhimento da contribuição descontada juntamente com a contribuição a seu cargo. Assim como ocorre com a contribuição do empregado e do avulso, o contratante (empregador doméstico) desconta e recolhe a contribuição do contratado (empregado doméstico) em nome deste. barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 6 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br DOS PRAZOS DE VENCIMENTO PRAZOS As contribuições de responsabilidade da empresa deverão ser recolhidas até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência (a partir da competência novembro de 2008). Anteriormente, a data do recolhimento das contribuições, para as competências anteriores a janeiro de 2007, era até o dia 2 (dois) do mês seguinte ao da ocorrência do seu fato gerador; e para as competências de janeiro de 2007 a outubro de 2008, era até o dia 10 (dez) do mês seguinte ao da ocorrência do seu fato gerador. Muito cuidado com material desatualizado ou questões de concursos realizados em períodos anteriores a regra atual do prazo de vencimento, a data já foi dia 02 (dois), depois foi alterada para o dia 10 (dez), e atualmente é dia 20 (vinte). À cooperativa de trabalho, relativamente ao cooperado a ela filiado, aplica-se o mesmo prazo para o recolhimento das contribuições de responsabilidade da empresa (até o dia 20 do mês subsequente ao da competência), antecipando-se esse prazo para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário na data definida para o pagamento. O vencimento do prazo de pagamento das contribuições sociais incidentes sobre o décimo terceiro salário, exceto no caso de rescisão, dar-se-á no dia 20 de dezembro, antecipando-se o prazo para o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia. A contribuição sobre o 13º salário só se aplica ao segurado empregado, empregado doméstico e o avulso, portanto não se estende ao contribuinte individual e o facultativo. Para o recolhimento dessas contribuições deverão ser informados, no documento de arrecadação, a competência 13 (treze) e o ano a que se referir. O vencimento do prazo para pagamento das contribuições recolhidas pelo contribuinte individual e pelo facultativo dar-se- á no dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da ocorrência do seu fato gerador, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subsequente quandonão houver expediente bancário no dia 15 (quinze). barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note Prazo para recolher a contribuição:nullnull1- para a empresa, referente à sua contribuição, a dos empregados e avulsos é até o dia 20 d mes subsequente , antecipando esse prazo para o dia util imediantamente aterior, se nao houver expediente bancario.null 2- para a cooperativa de trabalho, relativamenteaos seus cooperados, o mesmo prazo da emprsa, até o dia 20 do mes subsequente ao da competencia, antecipando-se..null3- no caso de cntribuição que incida sbre o decimo terceiro salario(exceto no caso de rescisão) será até o dia 20 de dezembro, antecipando para o dia util imediatamente aterior se nao houver expediente bancario.null* A contribuição sobre o 13 salario so se aplica ao empregado, empregado doméstico e avulso, e nao ao facultativo e CInull barbaraocchiuzzi Sticky Note 4- para o empregador doméstico quanto as suas contribuições e do empregado domestco, até o dia 15 do mes subsequente ao da ocorrencia do fato gerador, prorrogando-se para o primeiro dia util subsequente, se nao houver expediante bancário.null*Apenas na competencia de novembro, o empregador domestico poderá recolher até o dia 20 de dezembro(em vez de ate o dia 15 de dezembro), juntamente com as contrbuições incidentes sbre o 13 salario, usando um único documento de arrecadação;nullnull5- para os facultativos e CI, que recolhem suas próprias contribuições, será até o dia 15 do mes subsequente ao do seu fato gerador, prorrogando-se.null null barbaraocchiuzzi Sticky Note * Para CI, facultativos e empregadores domesticos, ha a faculdade de realizar recolhimento trimestral, até o dia 15 subsequente ao final de tres meses, prorrogando-se para o primeiro dia util subsequente ao dia 15, se nao houver expediente, desde que o salário contribuição desses segurados seja um salário mínimo( nao podendo ser o valor do piso salarial).nullnull6- contribuição sobre a receita bruta da:nullnullA- realização do evento esportivo - até o 2° dia util apos a realização do evento, prorrogando-se para o imediatamente posterior ao 2° dia no caso de nao haver expediente;nullB- do contrato de patrocíneo, sendo o praz de até o dia 20 ( como da empresa)nullnull nullnull DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 7 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br As contribuições sociais previdenciárias do segurado empregado doméstico e a contribuição do empregador doméstico deverão ser recolhidas pelo empregador doméstico até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao da ocorrência do seu fato gerador, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia 15 (quinze). Relativamente à competência novembro, essas contribuições (empregador doméstico) poderão ser recolhidas até o dia 20 de dezembro, juntamente com as contribuições incidentes sobre o décimo terceiro salário, utilizando-se um único documento de arrecadação. Essa possibilidade também se aplica no caso do recolhimento trimestral. A contribuição incidente sobre a receita bruta da realização de evento desportivo, devida pela associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional deverá ser recolhida pela entidade promotora de espetáculo desportivo até o 2º (segundo) dia útil ao da realização do evento, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no 2º (segundo) dia. Porém, o recolhimento da contribuição social previdenciária incidente sobre o valor bruto do contrato de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos obedece ao prazo estabelecido para recolhimento das empresas em geral (dia 20 do mês subsequente). ANTECIPAÇÃO/ PRORROGAÇÃO Quando a data definida na legislação para o recolhimento das contribuições previdenciárias for até o dia 20 (vinte) e não houver expediente bancário nessa data, o prazo para o pagamento será antecipado para o dia útil imediatamente anterior, caso contrário incidirá juros e multa pelo recolhimento em atraso. Entretanto, quando o vencimento do prazo para pagamento das contribuições ocorrer no dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da ocorrência do seu fato gerador (contribuinte individual, facultativo e empregador doméstico) e não houver expediente bancário nesta data, o prazo deve ser prorrogado para o 1º dia útil subsequente. RECOLHIMENTO TRIMESTRAL barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 8 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br É facultada a opção pelo recolhimento trimestral da contribuição social previdenciária ao empregador doméstico, aos segurados contribuinte individual e facultativo, cujos salários de contribuição correspondam ao valor de 1 (um) salário mínimo. A contribuição trimestral deve ser recolhida até o dia 15 (quinze) do mês seguinte ao do encerramento de cada trimestre civil, prorrogando-se para o 1º (primeiro) dia útil subsequente, quando não houver expediente bancário no dia 15 (quinze). No recolhimento de contribuições em atraso, incidirão os juros e a multa de mora a partir do 1º (primeiro) dia útil subsequente ao do vencimento do trimestre civil. Não se aplica o recolhimento trimestral quando se tratar de recolhimento calculado sobre piso salarial fixado por lei estadual ou normativo da categoria diverso do salário mínimo nacional. CONTRIBUIÇÕES RECOLHIDAS EM ATRASO INTRODUÇÃO As contribuições sociais previdenciárias e as contribuições devidas a outras entidades ou fundos e não recolhidas até a data de seu vencimento ficam sujeitas a juros e multa de mora determinados de acordo com a legislação de regência, incidentes sobre o valor atualizado, se for o caso. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA As contribuições sociais devidas à Previdência Social e as contribuições devidas a outras entidades ou fundos não recolhidas até o vencimento, cujos fatos geradores ocorreram a partir de janeiro de 1995, não estão sujeitas a atualização monetária. JUROS DE MORA Os percentuais de juros de mora, ao mês ou fração, correspondem a aplicação da taxa Selic a partir do 1º (primeiro) dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento e 1% (um por cento) no mês de pagamento, nos termos do § 3º do art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996, combinado com o art. 35 da Lei nº 8.212, de 1991. barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzziHighlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note sobre o valor atualizado se o fato gerador ocorreu antges de 1995 barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 9 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br MULTA As contribuições sociais e as devidas a outras entidades ou fundos não recolhidas no prazo, incluídas ou não em Auto de Infração ou Notificação de Lançamento, objeto ou não de parcelamento, ficam sujeitas à multa de mora nos termos do caput e dos §§ 1º e 2º do art. 61 da Lei nº 9.430, de 1996. Os débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, não pagos nos prazos previstos na legislação específica, serão acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso. A multa será calculada a partir do primeiro dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do tributo ou da contribuição até o dia em que ocorrer o seu pagamento. O percentual de multa a ser aplicado fica limitado a vinte por cento. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA NOS BENEFÍCIOS PRAZO PARA REVISÃO DE CÁLCULO OU INDEFERIMENTO DO BENEFÍCIO É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva, no âmbito administrativo. Em se tratando de pedido de revisão de benefícios com decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo, em que não houver a interposição de recurso, o prazo decadencial terá início no dia em que o requerente tomar conhecimento da referida decisão. Este prazo aplica-se as hipóteses em que não há concordância pelo beneficiário quanto ao cálculo da renda mensal inicial do benefício concedido ou no caso da não concessão do benefício. barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note Debitos com a Uniao = multa com taxa(i) de 33/100 % por dia de atraso e será calculada a partir do primeiro dia posterior ao vencimento até a data do pagamentonullnullMulta limitada em 20 % barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note Prazo DECADENCIAL para o segurado ou beneficiário entrar com ação de:null1 -Revisao da concessão do benefício: 10 anos a contar do 1° dia do mes seguinte ao recbimento da primeira prestação do benefício.null2- Indeferimento do pedido de revisão da concessão do beneficio: 10 anos do dia em que tomar conhecimento da decisao de indeferimento defenitiva em ambito adm.null3-Indeferimento do pedido de revisão do benefício , QUANDO NÃO HOUVER TIDO RECURSO: 10 anos do dia em que o requerente tomou conhecimento da decisão de indeferimento definitiva em âmbito adm.nullnullPrazo DECADENCIAL para a Adm anular de ofício seus proprios atos eivados de ilegalidade, de que decorram efeitos favoráveis aos seus beneficiários (P. da autotutela), salvo comprovada má fé : 10 anos a contar do dia em que foram praticadosnull barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note Prazo PRECRICIONAL para entrar com ação exigindo prestações por acidente de trabalho: 5 anos da data do acidente, qndo houver morte, incapacidade temporária ou incapacidade permanente, reconhecida pela Previdencia Social.null*O STJ entende que nao prescreve o prazo para exigir o beneficio auxílio acidentário ( o direito de ação não prescreve) mas sim o de exigir as prestações referentes a esse benefício (o que se perde sao as prestações mais antigas, conforme se demora pra entrar com ação, mas nunca o nullbenefício)nullPrazo PRESCRICIONAL para entrar com ação para haver da Previdência prestações vencidas e não pagas, ou qq restituições de valores devidos pela Previdência: 05 anos da data em que deveria ter sido pago o valor. Aqui, não há controvérsia sobre a existência do benefício e o seu valor, sabe-se que o segurado tem o benefício, o que se discute é se foi pago ou nao na data em que deveria pagar.null barbaraocchiuzzi Sticky Note * Não corre prescrição contra os absolutamente incapazes(mas corre contra os relativamente capazes) .Para o menor curatelado, começa a correr da data da nomeação do curador. Para o menor que completr 16 anos, do dia seguinte à data de aniversario de 16 anos.null DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 10 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br PRAZO PARA AÇÕES ACIDENTÁRIAS As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em cinco anos, contados da data do acidente, quando dele resultar morte ou incapacidade temporária, ou em que for reconhecida pela Previdência Social a incapacidade permanente. Neste caso específico das ações acidentárias, em decorrência da necessidade de perícia médica, o prazo é reduzido para cinco anos. Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça - STJ entende que não há prescrição do direito de ação acidentária, portanto a prescrição atinge somente as prestações, não se aplicando ao benefício. REVISÃO DO BENEFÍCIO DE OFÍCIO PELA PREVIDÊNCIA O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Aqui temos o reflexo do princípio da autotutela, em que a Administração tem o dever de rever seus próprios atos quando eivados de qualquer vício ou defeito, independente de provocação. PRAZO PARA PAGAMENTO DE VALORES (BENEFÍCIOS OU DIFERENÇAS) ATRASADOS Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveria ter sido paga, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social. Observem que, nesse caso, não há controvérsias quanto ao valor ou a concessão dos benefícios, mas apenas quanto ao pagamento de valores atrasados já reconhecidos. Não corre prescrição contra os absolutamente incapazes, na forma do inciso I do art. 198 do Código Civil, combinado com o art. 3º do mesmo diploma legal, dentre os quais: I - os menores de dezesseis anos não emancipados; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; e III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzziHighlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 11 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br Para os menores que completarem dezesseis anos de idade, a data do início da prescrição será o dia seguinte àquele em que tenha completado esta idade. Para o incapaz curatelado, a contagem do prazo prescricional inicia a partir da data de nomeação do curador. NO CUSTEIO PRAZO No custeio da Previdência Social, a decadência refere-se ao prazo estabelecido para o lançamento do crédito decorrente das contribuições sociais, enquanto que a prescrição é o prazo para a cobrança dos créditos já constituídos através do lançamento. Os artigos 45 e 46 da lei nº 8.212/91 estabeleciam os prazos de decadência e prescrição dos créditos previdenciários, respectivamente, da seguinte forma: DECADÊNCIA Art. 45. O direito da Seguridade social apurar e constituir seus créditos extingue-se após 10 (dez) anos... PRESCRIÇÃO Art. 46. O direito de cobrar os créditos da Seguridade Social, constituídos da forma do artigo anterior, prescreve em 10 (dez) anos. Porém, a Súmula Vinculante nº 08 – STF modificou esses prazos. SÚMULA VINCULANTE nº 08 – STF O Supremo Tribunal Federal - STF, através da Súmula Vinculante nº 08, firmou entendimento que são inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei 8.212/91, que tratam da prescrição e decadência de crédito tributário. Em consequência dessa decisão do STF, os prazos foram alterados para 05 (cinco) anos, conforme preceitua o Código Tributário Nacional – CTN. barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note RELATIVAMENTE INCAPAZES barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Sticky Note O prazo DECADENCIAL (para a Adm lançar( apurar) seus créditos decorrentes das contribuições sociais) e o prazo PRESCRICIONAL ( para a Adm, depois de lançado o crédito, cobrar do contribuinte o seu crédito a partir da data de lançamento do mesmo) são de 05 anos, por súmula do STF, que altera esses prazos, modificando a lei 8212/91 DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 12 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br CRIMES CONTRA A PREVIDÊNCIA SOCIAL ASPECTOS GERAIS Como ocorre com todos os crimes de natureza tributária, a finalidade do legislador é tornar mais rigorosa a sanção pela prática de ilícito tributário, e com isso coibir, através da imposição de uma pena, condutas consideradas extremamente danosas ao interesse público. Em síntese, esses tipos penais estão direta ou indiretamente ligados ao recolhimento das contribuições previdenciárias. FUNCIONÁRIO PÚBLICO Pela sua importância, vamos destacar o conceito de funcionário público para fins penais estabelecido pelo artigo 327, do Código Penal brasileiro. Observem que o conceito é amplíssimo, abrangendo, a princípio, todo e qualquer prestador de serviços públicos, ainda que não sejam servidores públicos exercentes de cargo público efetivo. Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. São exemplos de funcionários públicos para o Direito Penal: serventuários de cartórios, Presidente da República e jurados. FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS POR EQUIPARAÇÃO Os funcionários das entidades paraestatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) e das empresas prestadoras de serviço contratadas ou conveniadas para a execução de atividade típica da Administração Pública são equiparados a funcionários públicos. A lei 9.983/2000 elasteceu ainda mais esse conceito. Art. 327, § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 13 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br TIPOS PENAIS PREVIDENCIÁRIOS APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II - recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Noções Preliminares A Lei n° 9.983, de 14 de julho de 2000, inseriu novas figuras penais, tais como a apropriação indébita previdenciária. Neste delito, que não admite a forma culposa, pune-se aquele que deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 14 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. A pena é superior à da apropriação indébita comum: reclusão de dois a cinco anos. A apropriação indébita configura-se pelo não repasse à previdência social das contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e na forma estabelecida pela lei ou convenção (reclusão de dois acinco anos e multa); nesse tipo penal enquadra-se todo aquele que tenha por obrigação recolhimento de contribuição social em nome da Previdência Social, por exemplo, o agente financeiro que não repassa os valores arrecadados no prazo estabelecido. Ainda nesse dispositivo, são impostas as mesmas sanções a quem deixar de recolher, no prazo estabelecido, contribuição ou qualquer valor destinado à Previdência Social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadadas do público, bem como o não recolhimento de contribuições que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços. Também é tipificado como apropriação indébita previdenciária, deixar de pagar benefício devido a segurado, quando os respectivos valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela Previdência Social. Essa hipótese ocorre nos casos em que a empresa é responsável, diretamente, pelo pagamento de benefício, como no caso do salário-maternidade e do salário-família. Ponto que merece destaque, ainda dentro do ilícito apropriação indébita, foi a hipótese de extinção de punibilidade, que só ocorrerá se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores devidos à Previdência Social, acrescidos, logicamente, de todos os encargos administrativos incidentes, em decorrência do atraso, mas desde que antes do início da ação fiscal. Se iniciada a ação fiscal, independentemente do pagamento pelo agente, o ilícito já estará devidamente configurado e, portanto, sujeito o agente às sanções penais previstas, ressalvada a hipótese de perdão judicial, quando o agente for primário e de bons antecedentes, que só ocorrerá nos seguintes casos: se tiver promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios, ou se o valor das contribuições for igual ou inferior àquele estabelecido pela Previdência Social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. Objetividade Jurídica: Protege-se o patrimônio da Previdência Social. Sujeito Ativo: DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 15 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br O sujeito ativo é todo aquele que não repassar à Previdência Social as contribuições recolhidas dos contribuintes. Sujeito Passivo: O sujeito passivo é a Previdência Social e seus segurados. Tipo Objetivo: As condutas tipificadas são: • Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. Deixar significa não fazer, uma ação omissiva (estando para isso obrigado), não promovendo o recolhimento de certas contribuições à Previdência Social. • Deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público. • Deixar de recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços. • Deixar de pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. Tipo Subjetivo: O dolo é a vontade livre e consciente em deixar de praticar a ação de recolher a contribuição. Como o ato é devido à vontade consciente do agente, é impossível a forma culposa, portanto caso fique constatada apenas a negligência no recolhimento não haverá crime. Consumação e Tentativa: A consumação se dá quando o agente deixa de efetuar o recolhimento dentro do prazo previsto em lei. Caso os valores não sejam descontados dos trabalhadores, também não haverá crime, sendo apenas devidos os valores pelo DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 16 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br sujeito passivo. Os tribunais superiores consideram que a apropriação indébita previdenciária é um crime omissivo próprio. SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) § 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Noções Preliminares DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 17 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br Outro ilícito penal, exclusivo da Previdência Social, é o denominado "sonegação de contribuição previdenciária", que é tipificado pela supressão ou redução da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios, por intermédio das seguintes condutas: a) omitir, na folha de pagamento da empresa ou em documento de informações previstos pela legislação previdenciária, segurados trabalhador avulso ou contribuintes individuais que lhe prestem serviços; b) deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; c) omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias (pena: reclusão de dois a cinco anos e multa). Como no ilícito de apropriação indébita, para esse crime há hipótese de extinção de punibilidade, que ocorrerá se o agente apenas declarae confessa os valores devidos antes do início da ação fiscal. O que ocorre, diferentemente da apropriação, que para configurar a extinção é necessário o pagamento do valor retido e não repassado á Previdência Social. Essa medida é justificada, pois, com a confissão da dívida pelo agente a Previdência Social tem em mãos título executivo para cobrar a dívida fiscal, caso não venha quitá-la espontaneamente. Nas mesmas condições do ilícito de apropriação indébita previdenciária é estabelecida para o crime de sonegação hipótese de atenuação da pena, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes e que cumpra as condições estabelecidas na lei. Há um caso de atenuação, específico para o ilícito de sonegação, onde o juiz pode reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa, se o agente for pessoa física e sua folha de salários não ultrapassar determinado valor reajustável. Essa medida é voltada para os empregadores domésticos ou contribuintes individuais (que tenham empregados contratados), como é o caso dos profissionais liberais. No entanto, tal medida só é aplicável se sua folha de salários não ultrapassar o limite estabelecido, independentemente do número de empregados. Objetividade Jurídica: Protege-se a regular escrituração contábil, inclusive obrigações acessórias, em relação à previdência social. Sujeito Ativo: Pode ser qualquer pessoa. DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 18 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br Sujeito Passivo: É o Estado. Tipo Objetivo: A conduta típica é suprimir (impedir que apareça, esconder ou omitir completamente o fato gerador) ou reduzir (ocultar parcialmente o fato gerado ou os montantes da operação, diminuir a base de cálculo) contribuição social devida à Previdência Social (e não qualquer outra), através da omissão, nas folhas de pagamento, registros contábeis ou quaisquer outros documentos, de segurado ou do valor a ele efetivamente pago ou dele descontado, bem como de receita ou lucro auferidos ou qualquer outro fato gerador. Tipo Subjetivo: O dolo é a vontade livre e consciente de realizar a conduta de suprimir ou reduzir, nas condições descritas no tipo. Consumação e Tentativa: O crime se consuma com a supressão ou redução das contribuições. É crime material, já que o resultando compõe o tipo, pois é necessária a supressão ou redução de contribuição social para a sua materialização. Se, por exemplo, ocorre a omissão das informações, mas o recolhimento correto das contribuições, não se pode falar em crime. A tentativa não é admitida. Extinção da Punibilidade: O parágrafo 1o prevê a extinção da punibilidade. Ao contrário da extinção para o crime de Apropriação Indébita Previdenciária, não há necessidade de pagamento. Basta que o agente, espontaneamente, declare e confesse as contribuições, importâncias ou valores e preste as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. Causa de Diminuição de Pena: Os parágrafos 2º e 3º preveem a circunstância de diminuição de pena, podendo o juiz reduzir a pena ou aplicar multa, caso o agente seja primário e de bons antecedentes e preencha o requisito do inciso II do parágrafo 2o, ou caso o empregador não seja pessoa jurídica e a folha de pagamento não ultrapasse o valor fixado. DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 19 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Noções Preliminares: Este crime foi acrescentado pela Lei n° 8.983, de 14.07.2000, prevendo punição para o funcionário que praticar a inserção de dados falsos em banco de dados da Administração Pública. Este delito constitui inovação no nosso ordenamento jurídico, ao tipificar condutas cometidas por intermédio de meios eletrônicos, sendo o sujeito tutelado a Administração Pública. Trata-se de crime próprio, formal e comissivo. É próprio por ser exclusivo da funcionário, formal por não depender de resultado para sua consumação e comissivo por decorrer de ação do agente. Objetividade Jurídica: Protege-se os sistemas informatizados e os bancos de dados da Administração Pública. Sistema informatizado é o conjunto de elementos, materiais ou não, coordenados entre si, que funcionam como uma estrutura organizada, tendo a finalidade de armazenar e transmitir dados, através de computadores. Sujeito Ativo: É o funcionário público autorizado a operar com os sistemas informatizados ou com bancos de dados da Administração Pública. Sujeito Passivo: É o Estado e eventualmente o particular que tenha sofrido dano. Tipo Objetivo: Em relação aos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública, a conduta típica envolve quatro modalidades: • inserir (introduzir, incluir) dados falsos; DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 20 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br • facilitar a inserção de dados falsos; • alterar (mudar, modificar) indevidamente dados corretos; • excluir (eliminar) indevidamente dados corretos. Tipo Subjetivo: O dolo é a vontade livre e consciente de praticar as condutas descritas com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem, qualquer que seja ela, ou para causar dano à Administração Pública. Consumação e Tentativa: É um crime formal. Consuma-se no instante em que as informações falsas passam a fazer parte do sistema de informações que se pretendia adulterar. MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NÃO-AUTORIZADA DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Noções Preliminares: Este crime está relacionado com os delitos de informática, aqueles nos quais o computador é o meio utilizado para a prática. Na modalidade prevista pelo art. 313-B do Código Penal, comete o crime aquele funcionário que altera ou modifica sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente. Assim como no delito anterior, o legislador tipificou um delito decorrente do sistema informatizado, tendo em vista que atualmente é o meio mais comum para a prática de fraudes contra a previdência. Este tipo penal, a semelhança do anterior, só pode ser praticado por funcionário público (próprio) e também formal e comissivo. A diferença entre os dois delitos caracteriza-se pela inexistência, neste crime, do dolo específico, na intenção de obter vantagem ilícita ou de DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSORPAULO ROBERTO FAGUNDES 21 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br causar dano. No caso de ocorrência de dano incidirá a aplicação de uma circunstância qualificadora. Objetividade Jurídica: Protege-se a Administração Publica, particularmente a incolumidade de seus sistemas de informações e programas de informática. Sujeito Ativo: É o funcionário público no exercício do cargo. Sujeito Passivo: É o Estado e eventualmente o particular que sofrer dano. Tipo Objetivo: A conduta típica envolve quatro modalidades: modificar (mudar, transformar) sistema de informações ou programa de informática; alterar (adulterar, decompor o sistema original) sistema de informações ou programa de informática. Tipo Subjetivo: O dolo é a vontade livre e consciente de praticar as condutas previstas. Consumação e Tentativa: Consuma-se o crime com a modificação ou alteração total ou parcial do sistema de informações ou do programa de informática, independente de haver ou não prejuízo efetivo para a Administração Pública. AÇÃO PENAL Caso a fiscalização identifique, em tese, crimes contra a Previdência Social, cabe ao auditor a elaboração da representação fiscal para fins penais - RFFP, para que possa servir de base para a instauração de ação penal pelo Ministério Publico Federal. A RFFP somente será encaminhada ao MPF com o término do processo administrativo, pois até lá, pode-se concluir que o sujeito DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 22 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br passivo não é devedor. Por isso a Lei nº 9.430/96, no art. 83, determina: A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária definidos nos arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, será encaminhada ao Ministério Público após proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. Conforme já foi afirmado, a ação penal deve ser intentada pelo Ministério Público Federal - MPF, perante a Justiça Federal, em decorrência da sua titularidade para essas ações, prevista na Constituição Federal. Relativamente à prescrição nessas ações, o STF decidiu que o prazo para a prescrição do crime só começa a contar a partir do desfecho do processo administrativo (ADIn n°1.571/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes). REVOGAÇÃO DO ART. 95 DA LEI 8.212/91 O art. 95 da Lei 8212/91, que previa alguns crimes previdenciários, muitos sem pena correspondente, foi alterado para estabelecer apenas sanções de natureza administrativa contra a empresa que transgredir as normas estabelecidas pela Lei de Custeio da Seguridade Social, que são as seguintes: a) à suspensão de empréstimos e financiamentos, por instituições financeiras oficiais; b) à revisão de incentivos fiscais de tratamento tributário especial; c) à inabilitação para licitar e contratar com qualquer órgão ou entidade da Administração Pública Direta ou Indireta federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal; d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade e) mercantil ou comerciante individual; f) à desqualificação para impetrar concordata; g) à cassação de autorização para funcionar no país, quando for o caso. DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 23 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES COMENTADAS 01. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Em relação às contribuições previdenciárias devidas pelos contribuintes da Previdência Social, é correto afirmar que (A) o segurado especial está dispensado de recolhê-las. (B) presume-se o recolhimento das contribuições do empregado. (C) presume-se o recolhimento das contribuições do trabalhador eventual. (D) o prazo de vencimento da contribuição das empresas é no dia 10 de cada mês. (E) o empregado doméstico deve recolher sua contribuição até o dia 10 de cada mês. Comentários A letra “A” está errada porque o segurado especial pode contribuir (opção) da mesma forma que o contribuinte individual, nesse caso, o próprio segurado especial deve recolher sua contribuição, como segurado pessoa física, até o dia 15 do mês seguinte ao da competência; A letra “B” está certa porque conforme o disposto no art. 33, § 5º, da Lei 8.212/91, o desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei. Portanto, o recolhimento da contribuição do segurado empregado pelo empregador é presumido; A letra “C” está errada porque para o trabalhador eventual, considerado pela legislação previdenciária como contribuinte individual, de regra, não há recolhimento presumido, ficando este responsável pelo recolhimento de suas próprias contribuições. A letra “D” está errada porque o prazo de vencimento (regra) das contribuições da empresa é de até o dia 20 do mês seguinte ao da competência; A letra “E” está errada porque além do vencimento do prazo ser de até o dia 15 do mês seguinte ao da competência, a responsabilidade pelo recolhimento da contribuição do empregado doméstico é do empregador doméstico; barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 24 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: B 02. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) Em relação às contribuições previdenciárias, assinale a alternativa correta. (A) O pequeno produtor rural está isento de recolhimento da contribuição. (B) O empregado, em qualquer caso, recolhe o percentual de 11% (onze por cento) sobre o salário de contribuição. (C) O trabalhador autônomo não está obrigado a recolher contribuição. (D) O empregador doméstico recolhe o mesmo percentual de contribuição que as empresas em geral. (E) A contribuição da empresa para financiamento da aposentadoria especial tem alíquotas variáveis de doze, nove ou seis pontos percentuais. Comentários A letra “A” está errada porque o pequeno produtor, como equiparado à pessoa jurídica, deve recolher uma alíquota de 2,1% sobre o resultado da comercialização da sua produção rural (Bse de caçulo); A letra “B” está errada porque a contribuição do segurado empregado é progressiva correspondendo a 8%, 9% ou 11% de acordo com o valor do seu salário-de-contribuição; A letra “C” está errada porque o trabalhador autônomo, como contribuinte individual, desde que não preste serviços à pessoa jurídica, está obrigado a recolher suas próprias contribuições; A letra “D” está errada porque o percentual do empregador doméstico é de 12% incidente sobre o salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço, enquanto que o percentual das empresas em geral é de 20% sobre o total das remunerações. A letra “E” está correta. O art. 22 da Lei 8.212/91 estabelece que a contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrentedos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações é de 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; 2% (dois por cento) caso esse risco seja barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 25 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br considerado médio e 3% (três por cento) para risco considerado grave. O art. 57, da Lei 8.213/91 complementa essa sistemática determinando que, essas alíquotas (1%, 2% ou 3%) serão acrescidas de 12% (doze), 9% (nove) ou 6% (seis) pontos percentuais, conforme a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, respectivamente; Gabarito: E 03. (técnico do seguro social INSS FCC 2012) José pleiteou aposentadoria por tempo de contribuição perante o INSS, que foi deferida pela autarquia e pretende a revisão do ato de concessão do benefício para alterar o valor da renda mensal inicial. O prazo decadencial para o pedido de José é de (A) dez anos contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação. (B) cinco anos contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação. (C) três anos contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação. (D) cinco anos contados da ciência da decisão que deferiu o benefício. (E) dez anos contados da ciência da decisão que deferiu o benefício. Comentários É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva, no âmbito administrativo. Em se tratando de pedido de revisão de benefícios com decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo, em que não houver a interposição de recurso, o prazo decadencial terá início no dia em que o requerente tomar conhecimento da referida decisão. Gabarito: A (Advogado CEF CESPE 2010) Em cada uma das opções abaixo, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 26 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br assertiva a ser julgada com base na disciplina relativa a prescrição e decadência na legislação previdenciária. 04. Em decorrência de acidente de trabalho, Sérgio ficou permanentemente incapacitado para o trabalho. Nessa situação, Sérgio poderá mover ação referente às prestações do benefício previdenciário de aposentadoria por invalidez em até cinco anos, contados a partir da data da ocorrência do sinistro; após esse período, seu direito à ação estará prescrito. Comentários As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em cinco anos, contados da data do acidente, quando dele resultar morte ou incapacidade temporária, ou em que for reconhecida pela Previdência Social a incapacidade permanente. Entretanto, o Superior Tribunal de Justiça - STJ entende que não há prescrição do direito de ação acidentária, portanto a prescrição atinge somente as prestações, não se aplicando ao benefício. Gabarito: errado. 05. Após analisar procedimento administrativo apresentado por Maria, na condição de representante de Humberto, menor impúbere, a autoridade competente da previdência social deferiu o pedido de pagamento, em benefício de Humberto, de pensão por morte do seu genitor. Nessa situação, o prazo decadencial para a previdência social anular o referido ato administrativo será de cinco anos, a contar da data de sua publicação. Comentários Conforme preceitua o art. 103-A da Lei 8.213/91, o direito da Previdência Social de anular os atos administrativos, independentemente de provocação, de que decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. Gabarito: errado 06. A seguridade social, em procedimento administrativo específico, apurou a existência de créditos em desfavor de Beta Ltda. relativos aos exercícios de 2000, 2001 e 2002, mas que foram constituídos em barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 27 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br 2003. Nessa situação, a seguridade social podia cobrar os aludidos créditos tributários, pois o prazo prescricional ainda não havia transcorrido. Comentários Atualmente, a partir da Súmula Vinculante nº 8 – STF, na relação jurídica de custeio, tanto o prazo decadencial (constituição) e prescricional (cobrança) dos créditos tributários, em relação à Previdência Social é de 5 anos. Como o período dos créditos era de 2000 a 2002, sua constituição está dentro do prazo decadencial de 5 anos, tendo em vista que o lançamento ocorreu em 2003, mas a cobrança deveria ter ocorrido no prazo prescricional de até 5 anos após a constituição do mesmo (lançamento). No caso especifico do item da questão, a cobrança seria feita em 2010, ano do concurso, portanto fora do prazo de prescrição (até 2008). Gabarito: errado. 07. Em 10/4/2004, o requerimento administrativo apresentado por Marcos, no qual pleiteava a revisão do ato de concessão do benefício previdenciário de aposentadoria por invalidez, foi indeferido, em decisão definitiva. Nessa situação, o direito de ação de Marcos para pleitear a referida revisão decaiu em 10/4/2009. Comentários O art. 103 da Lei 8.213/91 estabelece que é de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva, no âmbito administrativo. Face ao exposto, nesse caso específico, como o prazo da ação revisional é de 10 anos, a decadência só ocorrerá em 10/04/2014. Gabarito: errado. barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 28 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br 08. Túlio, menor impúbere com 15 anos de idade, foi reconhecido judicialmente como filho e único herdeiro de Adalberto, que haviafalecido quando Túlio tinha três anos de idade. Nessa situação, uma vez reconhecida à paternidade, se Adalberto for segurado obrigatório da previdência social, Túlio terá direito à percepção do benefício previdenciário denominado pensão por morte, podendo pleitear as prestações vencidas devidas pela previdência social desde a data do falecimento de seu genitor. Comentários O art. 103, parágrafo único, da Lei 8.213/91, estabelece o seguinte: prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. Portanto, não corre prescrição contra os absolutamente incapazes, na forma do inciso I do art. 198 do Código Civil, combinado com o art. 3º do mesmo diploma legal, dentre eles, os menores de dezesseis anos não emancipados. Para os menores que completarem dezesseis anos de idade, a data do início da prescrição será o dia seguinte àquele em que tenha completado esta idade. Gabarito: certo. (auditor fiscal da previdência INSS CESPE 2008) Acerca dos delitos contra a seguridade social, julgue os itens que se seguem. 09. Constitui contravenção penal deixar de incluir na folha de pagamentos da empresa os segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou autônomo que lhe prestem serviço. Comentários Esta conduta constitui crime de sonegação de contribuições previdenciárias e não uma mera contravenção penal, de acordo com a seguinte transcrição: Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 29 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Gabarito: errado 10. O não-lançamento nos títulos contábeis próprios da empresa dos valores previdenciários descontados dos segurados tipifica infração de ordem criminal, que acarreta, como consequência, a inabilitação para licitar e contratar com qualquer órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta federal, estadual, municipal ou do DF. Comentários Além da sanção de natureza penal, em decorrência da prática do crime de sonegação, o art. 95 da lei 8.212/91 impõe as seguintes sanções administrativas: a) à suspensão de empréstimos e financiamentos, por instituições financeiras oficiais; b) à revisão de incentivos fiscais de tratamento tributário especial; c) à inabilitação para licitar e contratar com qualquer órgão ou entidade da Administração Pública Direta ou Indireta federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal; d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade mercantil ou comerciante individual; e) à desqualificação para impetrar concordata; f) à cassação de autorização para funcionar no país, quando for o caso. Gabarito: certo 11 As empresas ou sujeitos a elas equiparados que descumprirem a legislação previdenciária não poderão impetrar concordata, estando sujeitas também à interdição para o exercício do comércio, caso seja sociedade mercantil ou comerciante individual, e à revisão de incentivos fiscais de tratamento tributário especial. Comentários Novamente, a teor do art. 95 da lei de custeio (8.212/91), o descumprimento da legislação previdenciária acarreta as seguintes sanções administrativas: DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 30 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br a) à suspensão de empréstimos e financiamentos, por instituições financeiras oficiais; b) à revisão de incentivos fiscais de tratamento tributário especial; c) à inabilitação para licitar e contratar com qualquer órgão ou entidade da Administração Pública Direta ou Indireta federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal; d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade mercantil ou comerciante individual; e) à desqualificação para impetrar concordata; f) à cassação de autorização para funcionar no país, quando for o caso. Gabarito: certo 12. A pessoa jurídica assume a condição de sujeito ativo dos delitos previstos contra a seguridade social, sem prejuízo da responsabilidade pessoal do titular de firma individual, dos sócios solidários, dos gerentes e dos diretores ou administradores que participem ou tenham participado da gestão da empresa beneficiada pelos delitos, assim como o segurado que tenha obtido vantagens. Comentários Como regra geral, a pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de crimes, exceto em situações específicas, como por exemplo, em crimes ambientais. Portanto, em relação aos crimes contra a seguridade social, deve ser observada a regra, não podendo ser imputada a pessoa jurídica essas espécies de crimes. Gabarito: errado (procurador MP TCM GO CESPE 2007) No tocante às disposições da legislação previdenciária, analise o item abaixo. 13. O contribuinte individual que presta serviço a outro contribuinte individual deve recolher a sua própria contribuição utilizando a alíquota de 20% sobre a remuneração recebida. Comentários Atualmente, a contribuição do segurado contribuinte individual corresponde a uma porcentagem de vinte por cento sobre o barbaraocchiuzzi Highlight DIREITO PREVIDENCIÁRIO – PACOTE DE TEORIA E QUESTÕES PARA ANALISTA DO INSS PROFESSOR PAULO ROBERTO FAGUNDES 31 Prof. Paulo Roberto Fagundes www.pontodosconcursos.com.br respectivo salário-de-contribuição, quando os valores são recebidos de pessoas físicas, respeitados os limites mínimo e máximo. Nesse caso, o próprio contribuinte individual tem a responsabilidade de recolher essa contribuição até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da competência. Esse percentual é reduzido para onze por cento do salário-de- contribuição, quando o serviço é prestado à pessoa jurídica. Nessa hipótese, a retenção e o recolhimento da contribuição do contribuinte individual são efetuados pela empresa contratante. Gabarito: certo (consultor legislativo Senado – área 7 CESPE 2012) Acerca do financiamento da seguridade social, julgue o seguinte item. 14. As associações desportivas que mantêm equipe de futebol profissional devem contribuir com o pagamento de 5% da receita líquida resultante dos espetáculos desportivos de que participem em todo o território nacional, inclusive jogos internacionais, cabendo à entidade promotora do evento a responsabilidade pela retenção de tais valores e pelo respectivo recolhimento aos cofres da seguridade, no prazo de dois dias após a sua realização. Comentários A contribuição dos Clubes de Futebol Profissional destinada à seguridade social corresponde a 5% da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos de que participe em todo território nacional, em qualquer modalidade desportiva, inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso
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