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Sistemas de Governo

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Alunos: Rerison Costa Pinheiro
 Gisleno Pinheiro Campos
 Dayse Anne Martins de Lima
Professor: Fernando Marcelo De La Cuadra
Turno: Noite “ A-B”
Turma: 3001
Objetivo:
Fazer com que juntos possamos entender de maneira mais aprofundada e objetiva possível, sobre cada um dos temas. Mas, principalmente, as distinções entre ambos. 
Sistemas de Governo
Definição:
Em ciência política, o sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividido e exercido no âmbito de um Estado. Em que varia de acordo com o grau de separação dos poderes:
Presidencialismo: Separação estrita entre os Poderes Legislativo e Executivo.
Parlamentarismo: Dependência completa do governo junto ao Legislativo.
Semi-presidencialismo: Sistema híbrido, compartilhamento de funções entre o Chefe de Estado e o chefe de Governo.
Diretorial: Sistema híbrido, todo o poder de Estado se concentra no Parlamento, sendo a função executiva exercida por uma junta governativa por delegação do mesmo Parlamento. 
Presidencialismo 
X 
Parlamentarismo 
Definição de Presidencialismo 
O presidencialismo é um sistema de governo no qual o presidente da república é chefe de governo e chefe de Estado. Como chefe de Estado, é ele quem escolhe os chefes dos grandes departamentos ou ministérios. Juridicamente, o presidencialismo se caracteriza pela separação dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo.
Definição de Parlamentarismo:
Parlamentarismo é um sistema de governo em que o poder legislativo (parlamento) oferece a sustentação política (apoio direto ou indireto) para o poder executivo. Logo, o poder executivo necessita do poder do parlamento para ser formado e também para governar. No parlamentarismo, o poder executivo é, geralmente, exercido por um primeiro-ministro (chanceler).
Nítida separação entre a função executiva e a legislativa. 
Presidente da República é chefe de Estado e de Governo. 
Eleição direta do Presidente da República. 
Responsabilidade dos integrantes do governo perante o Presidente e deste perante a população (impeachment). 
Presidente é escolhido pelo povo por tempo determinado.
PRESIDENCIALISMO
Relações de dependência entre o Executivo e o Legislativo. 
A chefia do Executivo é dividida entre chefe de Estado e chefe de governo. 
Escolha do chefe de Governo pelo Parlamento (aprovação pela maioria parlamentar). 
Responsabilidade dos integrantes do governo (Gabinete) perante o Parlamento (perda da maioria parlamentar ou de voto de confiança). 
Responsabilidade do Parlamento (possibilidade de dissolução do Parlamento pelo chefe de Estado). Parlamento fixa a política do Estado, ou, pelo menos, decide sobre sua validade. 
Chefe de Estado representa o país e é referência de ordem moral. Chefe de Governo toma todas as decisões políticas.
PARLAMENTARISMO
Distinções:
Chefe de estado: é o mais alto representante público de um Estado-nação, cujo papel inclui geralmente a personificação da continuidade e legitimidade do Estado e o exercício de poderes, funções e deveres atribuídos ao chefe de Estado pela Constituição do país.
Chefe de Governo: é uma posição ocupada pelo indivíduo que exercerá as funções executivas e/ou a função de chefiar o PODER EXECUTIVO. Geralmente, nomeará um gabinete e ditará políticas públicas. O chefe-de-governo parlamentarista não cumpre MANDATO predeterminado e pode ser destituído a qualquer momento pelo Parlamento se perder apoio ou for reprovado num voto de confiança.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
 Publicada no DOU n° 191-a, de 05-10-1988
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Arts: “ 76 ao 91 “ CF/88
Seção I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Seção II
Das Atribuições do Presidente da República
Seção III
Da Responsabilidade do Presidente da República
Seção IV
DOS MINISTROS DE ESTADO
Seção V
DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Subseção I
Do Conselho da República
Subseção II
Do Conselho de Defesa Nacional 
Sistemas de governo em debate:
Juan Linz (1993)
Segundo Linz, se tivéssemos de resumir a diferença básica entre o Presidencialismo e Parlamentarismo, diríamos que o primeiro introduz uma maior rigidez no processo político, em contraste com a flexibilidade desse processo nos sistemas parlamentaristas.
Arend Lijphart (1991):
Utilizando-se de sua tipologia de democracias majoritárias e consensuais, constata que o presidencialismo é propenso, na maioria dos casos observados, ao exercício de uma democracia majoritária. Essa propensão deriva de seus atributos essenciais, e o que mais a explica é o Executivo unipessoal. A democracia majoritária se define pelo exercício do poder institucional dirigido por apenas um ator, coletivo ou individual, ou pela ausência de partilha de poder, onde os prêmios da competição política têm o caráter de soma zero, de “winner-takes-all” (o ganhador leva tudo), onde prevalece mais o conflito do que a cooperação entre Executivo e Legislativo e entre governo e oposição.
Scott Mainwaring:
Destaca o fato de que as democracias presidenciais mais estáveis são aquelas que têm um sistema bipartidário (ex: Estados Unidos da América, Costa Rica). Segundo Mainwaring, dadas as suas características distintivas, o presidencialismo leva a uma estrita divisão de poderes que, por sua vez, conduz ao imobilismo político, manifesto em momentos de grandes crises políticas.
No caso dos sistemas presidencialistas multipartidários essa trajetória segue uma lógica cogniscível: a independência do presidente em relação ao legislativo multipartidário e a prória fragmentação do sistema de partidos tornam difícil a formação de uma coalizão de apoio ao governo, o que pode gerar, com frequência, um poder executivo fraco.
De acordo com o que foi apresentado qual seria a melhor opção dentre eles, Presidencialismo ou Parlamentarismo ?
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 
É uma medida comparativa usada para classificar os países pelo seu grau de "desenvolvimento humano" e para ajudar a classificar os países como :
Desenvolvidos (desenvolvimento humano muito alto)
Em desenvolvimento (desenvolvimento humano médio e alto)
E subdesenvolvidos (desenvolvimento humano baixo).
(IDH) dos Países mais desenvolvidos do mundo em relação ao Brasil “2013”.
 Parlamentarista
 Presidencialista
 
 Sistema Diretorial:
O sistema diretorial contém elementos dos sistemas presidenciais e parlamentaristas. Numa república diretorial um conselho exerce em conjunto tanto os poderes presidenciais e de governo. O conselho é eleito pelo parlamento, mas não está sujeita a confiança política durante o seu mandato, que tem uma duração fixa.
 
 
 
 Fonte: ”Relatório do Índice de Desenvolvimento Humano 2013”.
A distribuição dos sistemas de governo pelo mundo
Fonte: <http://en.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_governo> 
Presidencialismo de coalizão
O que cada uma das palavras significa e como a soma de ambas descreve e explica o nosso sistema político?
Em resumo: o presidencialismo difere do parlamentarismo justamente pelas origens distintas do poder Executivo e do poder Legislativo. 
De outro lado, “coalizão” refere-se a acordos entre partidos (normalmente com vistas a ocupar cargos no governo) e alianças entre forças políticas para alcançar determinados objetivos. Em sistemas multipartidários, nos quais há mais do que dois partidos relevantes disputando eleições, dificilmente o partido do presidente possuirá ampla maioria no Parlamento para aprovar seus projetos e implementar suas políticas.
Na maioria das vezes a coalizão é feita para sustentar um governo, dando-lhe suporte político no Legislativo e influenciando na formulação das políticas. Assim, alguns partidos, ou muitos, dependendo da concorrência política, se juntam para formar um consórcio de apoio ao chefe de governo. Essa prática é muito comum no sistema parlamentarista, no qual uma coalizão interpartidária disputa as eleições para o Legislativo visando obter a maioria das cadeiras e com isso indicar (“eleger”) o primeiro-ministro.
	O observador político Fernando Henrique Cardoso acertou na mosca quando disse que, por mais bem votado que tenha sido o presidente eleito, seu capital eleitoral (“votos”) tem de ser, no dia seguinte, convertido em capital político (“apoios”). Do contrário ele reina, mas sem a famosa “base aliada”, não governa...
A consequência prática disso é que ficamos com o pior de dois mundos: um pedaço do Estado sem poder e loteado entre os políticos da “base”, que bem ou mal elegemos; e um pedaço do Estado com muito poder (capacidade decisória), mas que não elegemos nem controlamos. 
Referência:
*ADRIANO CODATO é professor de Ciência Política na Universidade Federal do Paraná e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira.
**LUIZ DOMINGOS COSTA é mestre em Ciência Política na Unicamp e pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira, da UFPR.
Revista de Sociologia e Política, vol. 22 n. 52 (dec. 2014).
Conclusão:
No âmbito de nosso sistema de governo presidencialista, elegemos políticos que efetivamente não governam, concluindo que o problema encontra-se na formato multipartidário atual.

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