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Tipo “U” SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE EDITAL NORMATIVO Nº 1 – RM-3/SES-DF/2021, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2020. P R O G R A M A S – G R U P O 0 0 2 Data e horário da prova: Cirurgia do Aparelho Digestivo (504). Domingo, 17/1/2021, às 8 h. I N S T R U Ç Õ E S Você receberá do fiscal: o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens; cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere; e o uma folha de respostas personalizada. Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: O importante não é vencer, mas lutar sempre. Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. I N S TR U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T IV A Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunique ao fiscal. Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter nenhum registro fora dos locais destinados às respostas. O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da prova objetiva para a folha de respostas. A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. Marque as respostas assim: PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM-3/SES-DF/2021 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 2/7 CIRURGIA GERAL Itens de 1 a 120 Um paciente de 23 anos de idade, vítima de acidente automobilístico com cinemática grave, é conduzido à emergência após resgate pelo serviço de ambulância, e está conversando. Ao exame físico, a via aérea mostra-se pérvia. Fala sons incompreensíveis, mas tem resposta verbal. Não há sinais de obstrução de via aérea. Ao exame torácico, apresenta expansão assimétrica, com ausculta reduzida à direita, SatO2 = 90%, sem sinais de enfisema subcutâneo. Demonstra dor abdominal à palpação, sem sinais de peritonismo. Constatam-se PA =150 mmHg x 90 mmHg, FC = 119 bpm, e o exame físico neurológico indica abertura ocular à dor. Verificam-se também movimento de retirada como resposta motora, pupilas isocóricas e simétricas, bem como sinais de escoriação em tórax anterior e hemitórax à direita, provavelmente relacionados ao cinto de segurança (trauma por desaceleração). Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos, correlatos, julgue os itens a seguir. 1. O paciente apresenta indicação imediata de intubação orotraqueal. 2. Esse paciente tem indicação de TC de tórax e abdome de urgência. 3. A escala de coma de Glasgow desse paciente é 8. 4. A prioridade desse paciente é avaliação neurológica e RNM de abdome. 5. POCUS (ultrassonografia no local de atendimento) está indicada. 6. Cricotireoidostomia de urgência é recomendada. 7. O conceito de via aérea definitiva no trauma é uma sonda endotraqueal com balonete (cuff) insuflado, localizada corretamente na traqueia, conectada a um sistema de ventilação. 8. No paciente vítima de politrauma grave, a prioridade é identificar sinais de choque, verificando a necessidade de avaliação neurológica e de avaliação de via aérea, nessa ordem. Uma paciente de 41 anos de idade com quadro de emagrecimento, no qual perdeu 21 quilos em seis meses, dor torácica anterior e sudorese noturna, apresenta tomografia de tórax sem alterações no parênquima pulmonar, porém identificaram-se linfonodos mediastinais aumentados. Ela foi avaliada pelo neurologista, tem eletroneuromiografia normal e foi encaminhada para mediastinoscopia. A biópsia dos linfonodos paratraqueais direitos foi compatível com granuloma com necrose caseosa. Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 9. O tratamento deverá ser realizado com RHZE. 10. Trata-se de uma doença de notificação compulsória. 11. Em relação ao procedimento cirúrgico realizado pela paciente, sabe-se que as cadeias de linfonodos mais adequadas para exploração pela mediastinoscopia cervical são a pré-traqueal, a paratraqueal direita, a paratraqueal esquerda e a subcarinal. 12. Para a correta realização de mediastinoscopia, o cirurgião deve ser capaz de reconhecer pelo menos as seguintes estruturas anatômicas: do lado direito – o tronco arterial braquicefálico, a traqueia, a veia ázigos, o brônquio principal direito e a carena; do lado esquerdo – a aorta, o brônquio principal esquerdo e, eventualmente, o tronco da artéria pulmonar esquerda. 13. A síndrome da veia cava superior, a radioterapia do mediastino, a quimioterapia e a mediastinoscopia prévia não constituem contraindicações para mediastinoscopia. 14. As complicações possíveis da mediastinoscopia são paralisia do nervo laringeo recorrente esquerdo e hemorragia por lesão das artérias brônquicas. 15. O procedimento de mediastinoscopia deve ser realizado no bloco cirúrgico e com anestesia geral. Um paciente de 19 anos de idade apresenta dor em fossa ilíaca direita, que iniciou com dor periumbilical e irradiou-se para essa região, há 48 horas, além de inapetência, febrícula e náuseas. Procurou a emergência médica, em que foi realizada tomografia de abdome com diagnóstico de apendicite aguda. Ele foi, então, conduzido ao bloco cirúrgico para apendicectomia por videolaparoscopia, sendo encontrado apêndice cecal aumentado de tamanho, com necrose segmentar, e coleção intra-abdominal livre compatível com abscesso. O paciente foi submetido a apendicectomia e, após o término da cirurgia, foi encaminhado para a sala de recuperação do bloco cirúrgico. Tendo em vista esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir: 16. A classificação laparoscópica da apendicite do paciente é grau 3 – necrose segmentar. 17. Antibioticoterapia profilática está indicada, nesse caso, antes da indução anestésica, para profilaxia da infecção do sítio cirúrgico. 18. Pacientes com apendicite aguda e peritonite generalizada têm contraindicação de ressecção por videolaparoscopia. 19. Infecção de ferida operatória, fístula e sangramento intra-abdominal são complicações possíveis desse procedimento cirúrgico. 20. De acordo com a classificação da apendicite desse paciente, antibioticoterapia está indicada. Área livre PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM-3/SES-DF/2021GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 3/7 Um paciente de 48 anos de idade, tabagista e etilista, procura atendimento no pronto-socorro de sua cidade por causa de dor abdominal intensa e progressiva há 12 horas. Relata apresentar náuseas sem vômitos, está sudorético e nega alterações em hábitos urinários e intestinais. Ao exame físico, verificam-se ausculta cardíaca e pulmonar sem alterações, dor à palpação superficial do abdome (peritonite) e ruídos hidroaéreos aumentados, sem cicatrizes de incisões prévias. Quanto aos sinais vitais, constatam-se PA = 90 mmHg x50 mmHg, FC = 120 bpm, FR = 18 irpm, TAX = 38 ºC e SatO2 = 97%. Solicitou-se avaliação da cirurgia geral e o paciente foi encaminhado para o bloco cirúrgico. Na abordagem, localizou- se uma úlcera péptica perfurada. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 21. As úlceras gástricas podem ocorrer em qualquer lugar do estômago, apesar de geralmente estarem presentes na pequena curvatura. 22. As úlceras gástricas do tipo I são associadas com alto débito de secreção ácida. 23. O pico de incidência das úlceras gástricas ocorre após os 70 anos de idade. 24. A condição clínica de tabagista e o fato de ser usuário de álcool não interferem na patogênese das úlceras gástricas. 25. Esse paciente deveria ter iniciado imediatamente antibioticoterapia, monitorização e internação para acompanhamento clínico da doença. 26. Em perfurações de úlceras gástricas tipo I em pacientes instáveis, a gastrectomia distal com anastomoses em Billroth I é recomendada. 27. Biópsia e tratamento do Helicobacter pylori, se positivos, são indicados em pacientes cirúrgicos de úlceras pépticas. 28. A intervenção cirúrgica é necessária em 8% a 20% dos pacientes que evoluem para doença ulcerosa gástrica. Uma paciente de 38 anos de idade procura o cirurgião bariátrico para uma avaliação. Informa ter realizado inúmeras tentativas de tratamento clínico para a obesidade e que, embora perdesse peso no início do programa, logo retornava ao antigo peso. No momento, apresenta IMC = 41 kg/m2 e apneia do sono, sem demais comorbidades. Acerca desse caso clínico e considerando os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 29. A paciente deve iniciar terapia medicamentosa para perda de peso, pois somente essa reduz a mortalidade e é realmente eficaz. 30. Após a indicação cirúrgica, a paciente já está preparada para a cirurgia; as consultas com equipes multidisciplinares acontecem somente após esse procedimento. 31. Os pacientes que pesam mais de 200 kg têm risco aumentado de mortalidade e complicações. 32. A apneia do sono deixa o pós-operatório mais perigoso em virtude do efeito aumentado das medicações, quando associadas a episódios de hipóxia. 33. A biópsia hepática deve ser realizada em todos os casos de cirurgia bariátrica. 34. A cirurgia está contraindicada em pacientes incapazes de deambular. 35. A cirurgia está contraindicada em pacientes com síndrome de Prader-Willi. 36. Um paciente com esteato-hepatite não alcoólica pode ter um lobo esquerdo do fígado de grande tamanho e pode se beneficiar da restrição de carboidratos de cinco a dez dias antes do procedimento. Determinado paciente de 45 anos de idade, obeso grau I, pedreiro, procurou atendimento em uma unidade básica de saúde em razão de dor inguinal bilateral ao fazer esforço no trabalho, que apareceu nos últimos seis meses. Ele é tabagista e hipertenso, sem controle adequado, e nega demais comorbidades. Ao exame físico, a médica identificou hérnia inguinal bilateral, irredutível, mas sem sinais de estrangulamento. Após a orientação e o tratamento para cessar e o tabagismo e controlar sua pressão arterial, o paciente foi encaminhado para avalição com a cirurgia geral de maneira eletiva. Tendo em vista esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 37. O reparo simultâneo das hérnias bilaterais tem uma taxa de recidiva semelhante ao reparo unilateral. 38. A cirurgia laparoscópica simultânea é indicada preferencialmente para as hérnias inguinais bilaterais. 39. Nesse caso, o paciente deveria ter sido encaminhado ao pronto-socorro da respectiva cidade para a realização de uma cirurgia de urgência para a correção das hérnias inguinais. 40. Comorbidades como tabagismo, obesidade e hipertensão não controlada não elevam o risco de complicações pós-operatórias se as hérnias forem corrigidas de maneira simultânea. 41. A colocação de tela, nos reparos de hérnias inguinais bilaterais, não aumenta o risco de infecção do sítio cirúrgico e não influencia na necessidade de profilaxia. 42. Uma das possíveis complicações são lesões de nervos, e dor crônica, e o nervo mais atingido no reparo aberto é o cutâneo femoral lateral. 43. A hérnia inguinal ocorre em locais onde a aponeurose e a fáscia não são cobertas por músculo estriado. 44. No tratamento de hérnias inguinais recidivadas, se a primeira cirurgia foi aberta, a segunda deve ser laparoscópica. Área livre PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM-3/SES-DF/2021 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 4/7 Uma paciente de 30 anos de idade, sem comorbidades, eutrófica e nulípara, em uso de anticoncepcional combinado oral, procurou atendimento após sentir dores em hipocôndrio direito. Após realizar tomografia de abdome com contraste, verificou-se um nódulo de 7 cm, com melhora periférica do contraste com progressão centrípeta, além de necrose, hemorragia intratumoral e componente lipídico. Em relação a esse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 45. Esse tipo de neoplasia benigna do fígado não está relacionado à utilização de anticoncepcional combinado oral. 46. O uso de hormônio anabólico masculino pode também predispor ao desenvolvimento de adenomas hepáticos. 47. O tumor encontrado nessa paciente é um hemangioma. 48. Histologicamente, o adenoma hepático é composto de cordões de hepatócitos benignos contendo grande quantidade de gordura e glicogênio. 49. Assim como a hiperplasia nodular focal, a ruptura e o sangramento são extremamente raros. 50. O adenoma hepático não tem potencial de malignização. 51. Em algumas formas agressivas de adenomatose, o transplante de fígado é uma possibilidade. 52. Nesse caso, a paciente tem indicação cirúrgica para o tumor, com margens de, no mínimo, 2 cm. Um paciente de 25 anos de idade foi vítima de queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus em cabeça, tórax e abdome anterior, braço direito e braço esquerdo. Ele foi admitido no pronto-socorro de sua cidade conversando com rouquidão, mas, no primeiro atendimento, foi imediatamente intubado. Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir 53. A área queimada desse paciente é de 35%. 54. A queimadura de terceiro grau é uma lesão de espessura total através da epiderme e da derme até a gordura subcutânea. 55. As áreas necróticas da queimadura onde as células foram destruídas é denominada zona de coagulação; é um dano irreversível já no momento que a lesão acontece. 56. O edema generalizado é associado a grandes queimaduras por causa das mudanças das forças de Starling na pele queimada e não queimada. 57. Não havia necessidade de intubação desse paciente, visto que ele estava conversando, o que confirma a permeabilidade da via aérea. 58. O primeiro passo para diminuir a dor é cobrir o ferimento para evitar o contato com as terminações nervosas expostas. 59. A sepse e a falência múltipla de órgãos não são comuns como causa de morte nos grandes queimados. 60. A sepse pode ser controlada, com sucesso, por excisãoprecoce das feridas de queimaduras e por cobertura adequada com o uso de antibióticos tópicos. Uma paciente de 72 anos de idade é internada para investigação de anemia. Apresenta alteração do hábito intestinal, diarreia e anemia de 9,2 de hemoglobina. A principal hipótese diagnóstica é carcinoma colorretal. Foi programada colonoscopia para essa paciente. Com base nesse caso clínico e nos conohecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 61. As lesões pediculadas identificadas na colonoscopia apresentam maior probabilidade de evolução para carcinoma ou neoplasia intraepitelial de alto grau, com maior chance de crescimento infiltrante, quando comparadas às lesões planas. 62. O programa de prevenção para neoplasia colorretal é indicado para todos os pacientes acima de 40 anos de idade. 63. Pólipos hiperplásicos são fatores de risco para câncer colorretal; os pacientes que apresentarem pelo menos, um pólipo devem ser classificados como alto risco. 64. O adenoma serrilhado é considerado uma lesão precursora do câncer colorretal. 65. A paciente tem indicação de coletar antigeno carcinoembriogenico (CEA), um marcador tumoral que, nesse caso servirá como prognóstico, monitoramento e seguimento. 66. Essa paciente, além de colonoscopia, tem indicação de TC de abdome e tórax para estadiamento clínico. 67. As metástases a distância, que devem ser investigadas nessa paciente, fazem-se por via hematogênica para fígado, pulmão, cérebro e ossos. Área livre PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM-3/SES-DF/2021 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 5/7 Determinada paciente de 61 anos de idade apresenta tosse, hemoptise e perda de cinco quilos em três meses. Durante investigação, ela foi submetida a tomografia de tórax, que identificou lesão com densidade de partes moles em topografia de lobo superior direito, com invasão do brônquio principal direito, além de linfonodos paratraqueais, à direita, de 2,1 cm. A paciente nunca fumou e nega outras doenças. Tendo em vista esse caso clínico e os conohecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 68. Neoplasia primária pulmonar é a hipótese diagnóstica mais provável. 69. A fibrobroncoscopia está indicada nesse caso, tanto para a biópsia da lesão como para avaliação do grau de ressecabilidade e planejamento cirúrgico ao analisar as possíveis estruturas invadidas. 70. Se a paciente apresentar, no PET-CT, linfonodos mediastinais com hipercaptação e SUV > 10, ela será considerada como metastática para os linfonodos. 71. A espirometria deve ser indicada para avaliar a função pulmonar dessa paciente; se o volume total expirado no primeiro segundo (VeF1) estiver acima de 500 mL, ela pode ser submetida a pneumonectomia. 72. Se os linfonodos mediastinais forem compatíveis com neoplasia, a paciente classifica-se como N2, com indicação de neoadjuvância. 73. Adenocarcinoma é o principal subtipo histológico em pacientes dessa faixa etária e nunca fumantes. 74. Suprarrenal, rim, ossos e fígado são os sítios de metástase mais comuns na neoplasia de pulmão. Um paciente de 78 anos de idade é internado para investigação de quadro de icterícia a esclarecer. Refere perda de 15 quilos nos últimos três meses, dor abdominal, colúria, acolia e icterícia progressivas. Relata ter hipertensão prévia, em uso de captopril e hidroclorotiazida. Tem angina estável e foi submetido a cateterismo cardíaco, sem lesões identificadas. Usa ácido acetilsalicílico (AAS) diariamente. Nega história prévia de neoplasia, tem vida de relação ativa. A ultrassonografia (US) de abdome identifica vesícula biliar de paredes finas, com cálculos em seu interior, com dilatação de via biliar extra-hepática até o nível da papila duodenal. Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 75. Neoplasia de via biliar deve ser investigada em razão da faixa etária e da história de perda de peso progressiva. 76. Há indicação de tomografia computadorizada de abdome. 77. Pancreatite aguda é a principal hipótese diagnóstica e deve ser confirmada por meio de estudo tomográfico contrastado do abdome superior. 78. Sorologias para hepatite devem ser incluídas na investigação desse paciente. 79. Em relação às neoplasias periampulares, a mais comum é a de cabeça do pâncreas, sendo o adenocarcinoma ductal o tipo histológico predominante. 80. Há indicação de coleta de Ca-125 e de Ca 15-3. O conhecimento a respeito das estruturas anatômicas e de sua funcionalidade é essencial para o cirurgião. A região mais proximal do estômago é denominada cardia e faz continuidade com o esôfago, e distalmente o piloro conecta a parte distal do estômago (antro) à parte proximal do duodeno. Com base no exposto, acerca do suprimento sanguíneo e de drenagem linfática do estômago e considerando os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 81. A artéria mesentérica superior é a principal fonte de suprimento sanguíneo do estômago. 82. O estômago tem quatro zonas de drenagem linfática, e todas elas drenam para o grupo celíaco e para o ducto torácico. 83. A artéria gástrica epiploica esquerda origina-se da artéria hepática. 84. A veia gastroepiploica direita drena para a veia esplênica. O adenocarcinoma de cólon ocupa a terceira posição em incidência de câncer e morte em homens e mulheres. O câncer colorretal pode ocorrer nas formas hereditárias, esporádicas e familiares. No que se refere ao adenocarcinoma de cólon e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 85. Ter um parente de primeiro grau com câncer de cólon aumenta de duas a três vezes o risco aproximado de também desenvolver esse tipo de câncer. 86. O tamanho dos pólipos colônicos não interfere no risco de malignidade. 87. Os adenomas tubulares têm maior risco de malignização que os adenomas vilosos. 88. Os pacientes com polipose adenomatosa familiar desenvolverão câncer colorretal em até 50% dos casos. O câncer gástrico é o quarto tipo mais comum e a segunda principal causa de morte por essa doença e sua ocorrência tem aumentado nos países em desenvolvimento e diminuído nos Estados Unidos. Um de seus principais fatores de risco é a infecção por Helicobacter pylori. Em relação ao câncer gástrico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 89. Todos os pacientes com metaplasia intestinal desenvolvem câncer gástrico. 90. O adenocarcinoma gástrico do tipo intestinal tem mutação do gene APC (polipose adenomatosa coli). 91. O adenocarcinoma do tipo difuso está relacionado principalmente com fatores ambientais e com grupo etário mais avançado. 92. A anemia perniciosa, a gastrite atrófica e o sexo feminino são fatores de risco para o câncer gástrico. Área livre PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM-3/SES-DF/2021 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 6/7 Um paciente é conduzido ao hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com imobilização padrão, após um acidente moto versus carro, sendo ele o condutor da moto. Ao chegar à emergência, verificaram-se os seguintes sinais vitais: PA = 80 mmHg x 40 mmHg, FC = 134 bpm, FR = 24 irpm e SatO2 = 76%. O paciente foi, então, imediatamente intubado com sucesso, mas sem demonstrar melhora da saturação. Além disso, ele apresentava equimoses em hipocôndrio direito e esquerdo, sendo realizado FAST com líquido intra-abdominal positivo. Considerando esse caso clínico e os conhecimentos médicos relacionados à cirurgia do trauma e ao atendimento pré-hospitalar, julgue os itens a seguir. 93. Ao chegar à cena do acidente,a primeira conduta é verificar a via aérea do paciente. 94. Após a intubação desse paciente, a saturação dele não apresentou melhora, indicando a necessidade de uma toracotomia de emergência. 95. No trauma, as lesões esplênicas podem ser classificadas; caso seja grau III, pode significar hematoma subcapsular maior que 50% da área de superfície ou em expansão. 96. Lesões hepáticas podem ser classificadas e, caso seja grau V, isso pode significar laceração parenquimatosa envolvendo mais de 75% do lobo hepático ou mais de três segmentos de Couinaud em um único lobo. 97. Os problemas de ventilação podem ser secundários a um pneumotórax hipertensivo, hemotórax maciço ou tórax instável. 98. A cirurgia de controle de danos evolui com a reparação definitiva de todas as lesões durante a operação inicial. 99. Agitação, taquicardia, taquipneia, diaforese e hipotensão são alguns indicadores de choque no paciente de trauma. 100. A toracotomia de urgência somente é indicada em casos de drenagem imediata de 2.000 mL de sangue. Uma paciente de 18 anos de idade, previamente hígida, será submetida a uma hernioplastia inguinal unilateral por videolaparoscopia. Nega uso de medicação, alergias ou doenças prévias. Na avaliação pré-anestésica dela, ao abrir a boca, foram identificados e bem visualizados pilares tonsilares, úvula, palato duro e mole. Em relação a esse caso clínico, pré e pós-operatório, e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 101. Essa paciente classifica-se como ASA II. 102. A classificação de Cormack é classe I. 103. A técnica padrão-ouro para herniorrafia inguinal preconiza o uso de tela cirúrgica. 104. Baixa tensão é fundamental para evitar a recidiva. 105. As fases da cicatrização são proliferativa, inflamatória e fibroblástica, respectivamente. 106. Isquemia, inflamação e técnica cirúrgica estão diretamente relacionadas à cicatrização de órgãos e tecidos. Um paciente de 17 anos de idade, com passado de politrauma, já submetido à intubação orotraqueal anteriormente, chegou à emergência com dispneia, estridor e sibilos. Foi atendido e liberado com o diagnóstico de asma, no entanto, em razão da persistência dos sintomas, retornou para consulta. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 107. Considerando o achado de estridor e a história passada de intubação prévia, estenose de traqueia deve ser cogitada. 108. Fibrobroncoscopia é o exame padrão-ouro para o diagnóstico de certeza desse paciente. 109. O tratamento para estenose de traqueia é a dilatação traqueal seguida de próteses traqueais autoexpansíveis. 110. Esse paciente tem contraindicação de intubação orotraqueal, caso seja necessária. Um paciente ciclista, vítima de atropelamento por carro em alta velocidade na estrada, com cinemática grave, chegou inconsciente à emergência, conduzido pelo serviço de resgate da sua região. Não conversa, tem sinais de trauma de face, aparente sangramento em cavidade oral que impede visualização da orofaringe, estridor, e apresenta FR = 31 irpm, instabilidade da caixa torácica anterior, ausculta reduzida à esquerda, sem turgência jugular e SatO2 = 81% com máscara laríngea. Verificam-se também abdome distendido, não sendo possível avaliar dor pelo estado de consciência, FC = 135 bpm, PA = 80 mmHg x 39 mmHg, pressão de pulso reduzida, Glasgow 7, bem como pupilas isocóricas e fotorreagentes, com escoriações em face e tórax anterior. Quanto a esse caso clínico e considerando os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 111. Na avaliação primária desse paciente, via aérea cirúrgica de urgência está indicada. 112. Na avaliação torácica desse paciente, há pneumotórax hipertensivo à esquerda, e drenagem torácica em altura de terceiro espaço intercostal anterior à linha axilar está indicada. 113. Há sinais de choque grau III, com indicação de ressuscitação volêmica e transfusão de hemoderivados. 114. Indica-se POCUS ou tomografia de abdome para avaliar a causa do choque. Área livre PROVA APLIC ADA PROCESSO SELETIVO – RM-3/SES-DF/2021 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 7/7 Uma paciente de 49 anos de idade apresenta dor epigástrica há três meses, com perda de peso e disfagia. A endoscopia digestiva alta identificou lesão ulcerada com bordos irregulares, localizada com seu epicentro a mais de 2 cm abaixo da junção esofagogástrica. O anatomopatológico revelou tratar-se de adenocarcinoma gástrico de região subcardial. Raios X de tórax evidenciaram derrame pleural unilateral e nódulos pulmonares ipsilaterais sugestivos de implantes metastáticos. Considerando esse caso clínico e com base nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 115. Há indicação de tomografia de tórax e RNM de abdome para estadiamento da paciente. 116. O padrão-ouro, para estadiamento dessa paciente, é a realização de fluorodesoxiglicose em razão da maior detecção de metástases a distância. 117. No caso de doença avançada como dessa paciente, deve-se realizar pesquisa de hiperexpressão da proteína HER2 (imunoistoquímica) ou amplificaçaõ do gene HER2 hibridização in situ por fluorescência FISH no material da biópsia. 118. Gastrectomia total é preferível para as neoplasias localizadas no terço inicial do estômago e quando há infiltração difusa gástrica. 119. Trata-se de um tumor com classificação Siewert tipo III. 120. Toracocentese diagnóstica deve ser realizada para confirmação da hipótese diagnóstica de derrame pleural neoplásico. Área livre Área livre PROVA APLIC ADA