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PR OV A A PL IC AD A GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE EDITAL NORMATIVO NO 1 – RM/SES-DF/2022, DE 28 DE SETEMBRO DE 2021. P R O G R A M A S – G R U P O 0 0 2 Data e horário da prova: Cirurgia do Aparelho Digestivo (504), Cirurgia Pediátrica (505), Cirurgia Plástica (506), Cirurgia Torácica (507), Cirurgia Vascular (508), Coloproctologia (509), Urologia (517), Cirurgia Oncológica (520) e Cirurgia do Trauma (602). Terça-feira, 30/11/2021. Tipo “U” I N S T R U Ç Õ E S Você receberá do fiscal: o um caderno da prova objetiva contendo 120 (cento e vinte) itens – cada um deve ser julgado como CERTO ou ERRADO, de acordo com o(s) comando(s) a que se refere –; e o uma folha de respostas personalizada. Verifique se a numeração dos itens, a paginação do caderno da prova objetiva e a codificação da folha de respostas estão corretas. Verifique se o programa selecionado por você está explicitamente indicado nesta capa. Quando autorizado pelo fiscal do IADES, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase: Toda força será fraca, se não estiver unida. Você dispõe de 3 (três) horas e 30 (trinta) minutos para fazer a prova objetiva, devendo controlar o tempo, pois não haverá prorrogação desse prazo. Esse tempo inclui a marcação da folha de respostas. Somente 1 (uma) hora após o início da prova, você poderá entregar sua folha de respostas e o caderno da prova e retirar-se da sala. Somente será permitido levar o caderno da prova objetiva 3 (três) horas após o início da prova. Deixe sobre a carteira apenas o documento de identidade e a caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente. Não é permitida a utilização de nenhum tipo de aparelho eletrônico ou de comunicação. Não é permitida a consulta a livros, dicionários, apontamentos e (ou) apostilas. Você somente poderá sair e retornar à sala de aplicação da prova na companhia de um fiscal do IADES. Não será permitida a utilização de lápis em nenhuma etapa da prova. I N S T R U Ç Õ E S P A R A A P R O V A O B J E T I V A Verifique se os seus dados estão corretos na folha de respostas da prova objetiva. Caso haja algum dado incorreto, comunique ao fiscal. Leia atentamente cada item e assinale sua resposta na folha de respostas. A folha de respostas não pode ser dobrada, amassada, rasurada ou manchada e nem pode conter registro fora dos locais destinados às respostas. O candidato deverá transcrever, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, as respostas da prova objetiva para a folha de respostas. A maneira correta de assinalar a alternativa na folha de respostas é cobrir, fortemente, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada com material transparente, o espaço a ela correspondente. Marque as respostas assim: PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 2/7 CIRURGIA GERAL Itens de 1 a 120 Um paciente de 40 anos de idade, obeso grau II, trabalhador braçal, compareceu à consulta em uma unidade de pronto atendimento porque, há um mês, surgiu um desconforto inguinal no lado direito ao fazer esforço no trabalho. Ele é tabagista, hipertenso e diabético sem controle adequado, mas nega demais comorbidades. Ao exame físico, foi identificada hérnia inguinal no lado direito, irredutível, mas sem sinais de estrangulamento. Após a orientação e o tratamento para cessar tabagismo e controlar sua pressão arterial e diabetes, o paciente foi encaminhado para avalição pela cirurgia geral de maneira eletiva, com PA = 140 mmHg x 90 mmHg, FC = 98 bpm, FR = 19 irpm e SatO2 = 98%. Quanto a esse caso clínico e aos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 1. A cirurgia laparoscópica simultânea é preferida para as hérnias inguinais bilaterais. 2. O paciente, nesse caso, deveria ser encaminhado ao pronto-socorro da respectiva cidade para realização de uma cirurgia de urgência para correção das hérnias inguinais. 3. Comorbidades como tabagismo, obesidade, diabetes e hipertensão não controladas aumentam o risco de complicações pós-operatórias. 4. A colocação de tela nos reparos de hérnias inguinais não aumenta o risco de infecção de sítio cirúrgico. 5. Para o tratamento de hérnias inguinais recidivadas, recomenda-se o uso de uma mesma abordagem como a realizada no primeiro momento. Uma paciente de 31 anos de idade sofreu queimadura térmica de 3o grau com água quente em lado anterior de toda a coxa direita. Foram realizadas medidas iniciais como debridamento de pele e, após internada, deu-se seguimento ao tratamento. Com base nesse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 6. Nesse caso, após o debridamento, deve-se realizar um enxerto de pele parcial, independentemente de infecção ou de fragmentos interpostos como uma barreira entre o enxerto e o leito receptor. 7. Os enxertos de pele são classificados como autoenxerto (da própria pessoa), aloenxerto (de outra pessoa e homoenxerto (da mesma espécie). 8. Enxerto de pele parcial é composto por epiderme e parte da derme. Já o enxerto de pele total engloba a epiderme e toda a derme (com porções de glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas e folículos pilosos). 9. O enxerto parcial de pele se integra com dificuldade à área receptora, e a área doadora reepiteliza rapidamente. 10. As principais desvantagens do enxerto parcial são contratura ao longo do tempo, pigmentação irregular e pouca durabilidade quando sujeito a traumatismo. 11. São fases de integração de enxerto e apresentam-se nessa ordem: embebição plasmática, revascularização (neovascularização e inosculação). 12. A causa mais comum de perda de enxerto é a necrose sob o enxerto. Um paciente de 62 anos de idade, tabagista, compareceu a consulta, no ambulatório de cirurgia vascular, por causa do seguinte achado ocasional em um exame tomográfico computadorizado de abdome e de pelve com contraste: aneurisma de aorta abdominal fusiforme de 5 cm. Quanto ao caso clínico apresentado e aos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 13. O paciente terá indicação de tratamento cirúrgico se o aneurisma apresentar um crescimento de 5 mm em seis meses ou mais de 1 cm em um ano. 14. A ultrassonografia é o método ideal para diagnóstico de ruptura aneurismática. 15. A intervenção clínica de cessar tabagismo é de extrema importância, já que ele foi associado ao aumento da taxa de expansão dos aneurismas. 16. O risco de ruptura de um aneurisma de aorta abdominal maior que 8 cm é de, no máximo, 20%. 17. Os aneurismas de aorta abdominal podem ter etiologia em fatores degenerativos, infecciosos ou traumáticos. 18. São fatores de risco para desenvolvimento de aneurismas de aorta abdominal: tabagismo, hipercolesterolemia, hipertensão arterial sistêmica e gênero masculino. 19. São fatores de risco de ruptura de aneurisma de aorta abdominal: gênero feminino, DPOC, tabagismo atual, aneurisma de grande porte, transplante cardíaco ou renal. 20. O controle da dor no pós-operatório não interfere no aumento ou na diminuição das complicações. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 3/7 Um paciente de 2 semanas de vida apresenta quadro de vômitos em jato sem bile, piora progressiva e já demonstra sinais de desidratação moderada. Na palpação abdominal, constatou-se tumoração em piloro, também chamado de oliva. Além disso, apresentava uma bolha gástrica de gás, aumentada na radiografia de abdome simples. Ao exame físico, observaram-sePA = 110 mmHg x 60 mmHg, FC = 98 bpm, FR = 19 irpm e SatO2 = 98%. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 21. Meninas são afetadas quatro vezes mais por essa enfermidade do que meninos. 22. O paciente desse caso apresenta estenose hipertrófica do piloro. 23. A hipertrofia da musculatura circular do piloro resulta na constrição e na obstrução da saída gástrica, levando a vômitos em jato sem bile. 24. O distúrbio metabólico gerado é acidose metabólica. 25. A palpação de um tumor pilórico em “oliva” no epigástrico, nesse caso, é patognomônico de estenose hipertrófica do piloro. 26. Não é necessário reanimar o bebê com fluidos IV para estabelecer um débito urinário adequado e recuperar o equilíbrio normal dos eletrólitos. Um paciente recém-nascido (RN) apresenta defeito em parede abdominal, com um saco membranoso contendo vísceras. No que concerne aos defeitos de parede abdominal em RN, julgue os itens a seguir. 27. Esse paciente tem um defeito chamado gastrosquise, apenas à direita do cordão umbilical. 28. A onfalocele é reconhecida como um defeito central da parede abdominal, geralmente maior que 4 cm de diâmetro. 29. Anormalidades cromossômicas, trissomias 13, 15, 18 e 21 também têm sido associadas à onfalocele. 30. O tratamento da onfalocele começa com a ruptura do saco membranoso. 31. O fechamento cirúrgico de defeitos de pequeno e médio porte é preferível. 32. A sobrevivência global em RN com onfalocele não depende do tamanho do defeito e da gravidade das anomalias associadas. Um paciente de 51 anos de idade compareceu a consulta com queixas de desconforto abdominal, sangramento intestinal e empachamento pós-prandial. Foi solicitada uma endoscopia digestiva alta, pela qual se observa abaulamento de 6 cm em antro gástrico, bem limitado, sem comprometer mucosa e serosa. Sugere-se que seja um tumor de células estromais (GIST). A respeito de GIST, julgue os itens a seguir. 33. Os GISTs mudam consideravelmente em sua apresentação e curso, variando de tumores benignos a lesões volumosas com necrose e grandes metástases. 34. Geralmente é um tumor extremamente sintomático e de fácil diagnóstico. 35. Eles podem se desenvolver em qualquer segmento do trato gastrointestinal, embora geralmente se encontrem no estômago em até 60%. 36. Os dois principais fatores para avaliar o potencial maligno dos tumores do estroma gastrointestinal são o tamanho da lesão e a presença de linfonodos comprometidos. 37. É um tumor derivado das células de Cajal. 38. As taxas de recorrência são de aproximadamente 40%, e a maioria dos pacientes com recorrência apresenta metástase no fígado. 39. O GIST responde bem à quimioterapia e à radioterapia. 40. Para o paciente desse caso clínico, o tratamento é ressecção cirúrgica. Uma paciente de 32 anos de idade, com IMC = 38 Kg/m2, procurou atendimento no ambulatório de cirurgia digestiva de sua universidade, relatando que, nos últimos três anos, fez tratamento nutricional e endocrinológico para perda de peso, sem sucesso, por mais de dois anos. Além da obesidade, é diabética. Ao exame físico, verificaram-se PA = 130 mmHg x 70 mmHg, FC = 98 bpm, FR = 19 irpm e SatO2 = 98%. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, no que tange à cirurgia bariátrica, julgue os itens a seguir. 41. Pacientes com mais de 200 kg estão em risco aumentado de mortalidade e têm mais complicações. 42. A cirurgia laparoscópica está associada com menos complicações respiratórias, da ferida operatória e trombóticas, quando comparada à cirurgia aberta. 43. A incidência de deficit de vitamina B12 após a cirurgia por bypass em Y de Roux é rara, ocorrendo em menos de 2% dos pacientes. 44. Essa paciente não tem indicação de cirurgia bariátrica. 45. A úlcera marginal ocorre após 2% a 10% dos procedimentos de bypass em Y de Roux. Essa incidência pode ser reduzida por meio do tratamento pré-operatório de pacientes para a colonização com Helicobacter pylori. 46. As fístulas da gastrojejunostomia são as mais comuns, mas não podem ser consideradas uma complicação potencialmente fatal. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 4/7 Um paciente caucasiano de 60 anos de idade, tabagista, obeso, procurou atendimento por perda de 20 kg nos últimos três meses, sem realização de dieta, e queixa-se de refluxo gastroesofágico intenso. Após realizar uma endoscopia alta, evidenciou-se uma lesão tumoral no estômago. Quanto ao câncer gástrico, julgue os itens a seguir. 47. É importante uma avaliação completa do paciente, incluindo a análise de linfonodos no exame físico, como o linfonodo de Virchow ou o de irmã Maria José. 48. No decorrer do diagnóstico e da investigação, é comum algum grau de sangramento gastrointestinal, sendo que 40% dos pacientes apresentam alguma forma de anemia e 15% de hematêmase franca. 49. A metaplasia intestinal é um fator de risco de carcinoma gástrico, e todos os pacientes com metaplasia intestinal desenvolvem câncer. 50. O adenocarcinoma gástrico do tipo difuso é mais comum em mulheres. 51. O adenocarcinoma gástrico do tipo intestinal apresenta mutação do gene APC e inativação de p53 e de p16. 52. A extensão de uma ressecção cirúrgica de câncer gástrico não depende da localização ou do tamanho do tumor. 53. A linite plástica é uma forma mais leve da doença, e geralmente os pacientes apresentam menos dor e melhor função gástrica. 54. As taxas de recidivas são altas após ressecção gástrica, e a maior parte acontece nos primeiros três anos. Um paciente de 59 anos de idade, alcoolista e tabagista, apresenta emagrecimento involuntário de 20 kg nos últimos quatro meses. Ele comparece à consulta queixando-se de fraqueza e disfagia. Após realizar uma endoscopia digestiva alta com biópsia, no esôfago, foi diagnosticado carcinoma de células escamosas. Em relação a patologias esofágicas, julgue os itens a seguir. 55. O tabaco e o álcool são importantes fatores de risco para o carcinoma de células escamosas e têm um efeito sinérgico nesse risco. 56. Ao longo dos últimos 20 anos, a incidência de adenocarcinomas de esôfago aumentou drasticamente, com um declínio concomitante da incidência do carcinoma de células escamosas. 57. O carcinoma de células escamosas aparece mais em esôfago distal e na junção gastroesofágica; já o adenocarcinoma é mais comum nos terços superiores e médios do esôfago. 58. Os tumores em estágios iniciais são frequentemente sintomáticos e são descobertos durante uma endoscopia para investigar esses sintomas. 59. Tumores de células escamosas são mais sensíveis à quimiorradioterapia do que os adenocarcinomas. 60. Os tumores classificados como T1a invadem a mucosa, e os tumores classificados como T1b invadem a submucosa. 61. O carcinoma de células escamosas tem maior relação com a doença do refluxo gastroesofágico. 62. A disfagia é o sintoma mais comum, e 74% dos pacientes com neoplasia esofágica apresentam essa sintomatologia. Um paciente foi encaminhado de sua unidade básica de saúde para o ambulatório de cirurgia vascular por queixa de dor em membros inferiores ao caminhar e que, ao cessar o movimento, também regride rapidamente. Ele afirma que a dor é em ambas as panturrilhas e informa que é tabagista pesado. Acerca da doença arterial periférica, julgue os itens a seguir. 63. A claudicação intermitente deve ser avaliada nesse paciente. 64. A doença arterial normalmente está um nível acima do grupo muscular sintomático. 65. Se houver indicação de uma intervenção invasiva, são necessários exames de imagem. O padrão-ouro para esse propósito é a ultrassonografia com Doppler venoso e arterial. 66. A dor em repouso, na doençaarterial periférica, pode acordar o paciente do sono, normalmente é no dorso do pé e é aliviada com pernas pendentes à beira do leito. 67. Os pacientes com claudicação intermitente têm alto risco de isquemia e posterior perda do membro, chegando a até 50% nos primeiros cinco anos da doença. 68. Esquema com cilostazol e exercícios supervisionados são recomendados, associados à modificação dos fatores de risco, como parar de fumar e melhorar a distância da caminhada. 69. O tratamento cirúrgico somente pode ser realizado, em todos os casos, de maneira endovascular. 70. Quando ocorre uma isquemia aguda em um membro no qual há isquemia crônica, pode não se apresentarem todos os sintomas, como dor, palidez, falta de pulso, parestesia e paralisia, por causa da circulação colateral. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 5/7 Um paciente de 25 anos de idade iniciou com dor em região epigástrica, que irradia para a fossa ilíaca direita há 24 horas. Relata inapetência e náuseas sem vômitos há 48 horas. Ao exame físico, apresenta PA = 110 mmHg x 60 mmHg, FC = 110 bpm, FR = 18 irpm, SatO2 = 98%, Tax = 37,7 oC, bom estado geral, está normocorado, anictérico, com abdome levemente distendido, ruídos adventícios aumentados e sinal de Blumberg positivo. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, no que se refere a dor abdominal, julgue os itens a seguir. 71. Para confirmar esse diagnóstico, é imprescindível um exame de imagem contrastado. 72. A dor da apendicite tem componentes viscerais e somáticos. A distensão do apêndice é pela dor vaga inicial (visceral) experimentada. A dor normalmente não se localiza no quadrante inferior direito até que a ponta se torne inflamada e irrite o peritônio parietal adjacente (somática). 73. Os principais micro-organismos identificados na obstrução apendicular são Escherichia coli e Bacteroides fragilis. 74. Para esse paciente, o tratamento mais indicado é iniciar antibioticoterapia e manter tratamento clínico, sem necessidade cirúrgica. 75. Muitas vezes, a apendicite aguda não tem essa apresentação clássica, como descrito nesse caso clínico. Pacientes com apêndice retroperitoneal podem apresentar-se de forma mais subaguda, com dor no flanco ou na lombar. 76. A leucocitose com “desvio à esquerda” está presente em menos de 50% dos casos. 77. Tanto a abordagem aberta como a laparoscópica são aceitas no tratamento da apendicite perfurada. 78. A taxa de perfuração do apêndice cecal, na apendicite aguda em idosos, é 20% menor em função da facilidade do diagnóstico. Uma paciente de 79 anos de idade, com doença diverticular já diagnosticada, procurou atendimento relatando dor em fossa ilíaca esquerda. Ao exame físico, encontra-se em bom estado geral, normocorada e anictérica, com abdome flácido e com dor à palpação profunda difusa, principalmente em fossa ilíaca esquerda. Seus sinais vitais são PA = 150 mmHg x 90 mmHg, FC = 101 bpm, FR = 18 irpm, Tax = 38 oC e SatO2 = 98%. A respeito desse caso clínico, com base nos conhecimentos médicos correlatos e tendo em vista a doença diverticular, julgue os itens a seguir. 79. Cerca de 30% dos indivíduos com mais de 60 anos de idade e em torno de 60% e 80% daqueles com 80 anos de idade podem ser afetados com doença diverticular. 80. As seções do cólon ascendente e transversal são as mais acometidas. 81. A tomografia computadorizada de abdome e pelve é considerada um excelente exame para diagnóstico e extensão da doença. 82. O caso dessa paciente pode ser tratado de maneira ambulatorial, mesmo que ela esteja febril e taquicárdica. 83. Abcessos menores podem ser tratados com uma combinação de antibióticos e observação, com repetição de exame de imagem para assegurar a resolução completa. 84. Os estágios de Hinchey III e IV, em geral, constituem emergências cirúrgicas que necessitam de exploração cirúrgica imediata. 85. As fístulas para órgãos adjacentes são uma complicação relativamente comum da diverticulite, sendo a cúpula da bexiga o mais comum. 86. A obstrução intestinal decorrente da formação de estenoses é extremamente comum, quando associada à diverticulite aguda. Um paciente de 61 anos de idade, obeso grau II, procurou o ambulatório de gastroenterologia com queixa de pirose e regurgitação após as refeições, principalmente quando tem maior ingesta de comidas industrializadas. Além disso, apresentou piora de sua tosse seca nos últimos dois meses. Considerando esse caso clínico, quanto à doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e as suas complicações, julgue os itens a seguir. 87. A DRGE é a condição benigna mais comum do esôfago. 88. O primeiro tratamento proposto deve ser o cirúrgico em todos os casos de DRGE. 89. A DRGE complicada está relacionada com o esôfago de Barret, logo, com o carcinoma de células escamosas do esôfago. 90. Os pacientes que apresentam maior probabilidade de sucesso cirúrgico são aqueles que têm sintomas típicos e boa resposta antissecretora. 91. As principais complicações do agravamento da DRGE incluem estenoses, úlceras, metaplasias, displasias, carcinoma e doença pulmonar. 92. Mudanças do estilo de vida sempre aliviam os sintomas da DRGE por completo. 93. A fundoplicatura de Nissen tornou-se padrão na cirurgia antirrefluxo, pois esse procedimento pode ser realizado por laparoscopia ou laparotomia. 94. A fundoplicatura de Toupet envolve uma válvula parcial posterior de 180º e 270º e é uma das variações do procedimento clássico que permite uma cirurgia individualizada, conforme as necessidades do paciente. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 6/7 Uma paciente de 35 anos de idade, com sobrepeso e em uso de anticoncepcional combinado oral, realizou uma ecografia abdominal total de rotina com a identificação de um nódulo bem circunscrito. Seu médico solicitou, então, uma tomografia computadorizada com contraste de abdome para esclarecer a nodulação encontrada, e o resultado foi nodulação bem delimitada, heterogenia com provável necrose e componentes intraluminais, apresentando melhora periférica com progressão centrípeta. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, e tendo em vista as neoplasias benignas hepáticas, julgue os itens a seguir 95. O diagnóstico de adenoma hepático deve ser considerado para essa paciente. 96. A hiperplasia nodular focal é o tumor benigno mais comum do fígado. 97. O hemangioma hepático tem relação com uso contínuo combinado oral. 98. Os dois maiores riscos de um adenoma hepático são a ruptura e a transformação em carcinoma hepatocelular (CHC). 99. Para o ressecamento de um adenoma hepático, são necessárias margens de, no mínimo, 5 cm para cada lado. 100. Nas formas mais agressivas de adenomatose hepática, o transplante hepático pode se fazer necessário. 101. A hiperplasia nodular focal tem altas taxas de transformação maligna. 102. Os hemangiomas hepáticos em crianças são comuns e chegam a ser até 50% dos tumores na infância. Paciente foi levado ao hospital, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), com imobilização padrão após um acidente de moto versus caminhão, sendo ele o condutor da moto. Ao chegar à emergência, verificaram-se os seguintes sinais vitais: PA = 60 mmHg x 40 mmHg, FC = 121 bpm, FR = 24 irpm e SatO2 = 68%. Imediatamente ele foi intubado com sucesso, sem demonstrar melhora da saturação. Além disso, apresentava equimoses em abdome anterior (realizado FAST com líquido intra-abdominal positivo) e relato de urina hemática. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, e considerando a cirurgia de trauma,bem como o atendimento pré-hospitalar, julgue os itens a seguir. 103. A abordagem inicial ao paciente pré-hospitalar inclui quatro prioridades-chaves, nessa ordem: avaliar o cenário, realizar uma avaliação inicial do paciente, tomar decisões de triagem-transporte, e iniciar intervenções críticas e transportar o paciente. 104. Após a intubação correta do paciente, os problemas de ventilação podem ser secundários a um pneumotórax hipertensivo, com hemotórax maciço. 105. Os pacientes com melhores resultados de toracotomia de reanimação são aqueles com trauma contuso de tórax. 106. Lesões esplênicas podem ser classificadas; a lesão grau IV apresenta laceração envolvendo vasos segmentares ou hilares produzindo grande desvascularização (> 25%). 107. Lesão hepática grau IV consiste em laceração e ruptura parenquimatosa envolvendo entre 25% e 75% do lobo hepático ou de 1 a 3 segmentos de Couinaud. 108. As lesões colorretais são mais comuns em traumas não penetrantes. 109. A manobra de Pringle ajuda a distinguir a hemorragia arterial hepática ou venosa portal da hepática venosa que persiste, mesmo com o ligamento hepatoduodenal clampeado. 110. A cirurgia de controle de danos significa a abordagem de reparação de todas as lesões de maneira definitiva, no decorrer da operação inicial. Uma paciente de 45 anos de idade procurou atendimento em unidade básica de saúde, relatando constipação crônica, sangramento anal após evacuações e nódulo indolor no ânus. Conta que, no período da gestação, apresentou piora desse sintoma. Acerca de patologias anais benignas, julgue os itens a seguir. 111. As hemorroidas internas são classificadas de primeiro e segundo graus, apenas. 112. As hemorroidas externas são distais à linha pectínea e estão cobertas por anoderme, e periodicamente podem ingurgitar, causando dor e dificuldade com a higiene. 113. O exame físico da doença hemorroidária deve incluir inspeção do ânus, exame retal digital e anuscopia. 114. Todas as hemorroidas internas devem ser tratadas com procedimentos no consultório médico. 115. As modificações na dieta incluem suplementação com fibras, e o aumento do aporte de fluidos pode melhorar os sintomas de prolapso e hemorragia. 116. A hemorroidectomia é uma opção duradoura e tem bons resultados apenas em curto prazo. Área livre PR OV A A PL IC AD A PROCESSO SELETIVO – RM/SES – DF/2022 GRUPO 002 – TIPO “U” PÁGINA 7/7 Um paciente de 78 anos de idade compareceu a consulta na unidade básica de saúde por causa de lesão na pele, que aumentou nos últimos meses e que apresenta algum sangramento frequentemente. A lesão é pigmentada e irregular. No que se refere ao melanoma e a neoplasias cutâneas, julgue os itens a seguir. 117. Os melanomas muitas vezes surgem de maneira primária em até 40% das lesões preexistentes, incluindo nevos displásicos, nevos congênitos e nevos de Spitz. 118. Na maioria dos casos, uma biópsia excisional é o método mais adequado para diagnosticar e remover uma lesão cutânea pigmentada. 119. A disseminação metastática é apenas linfática. 120. De acordo com o índice de Breslow, à medida que a espessura do melanoma aumenta, o prognóstico piora. Área livre Área livre
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