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GERENCIMENTO DAS COMUNICAÇÕES E PARTES INTERESSADAS 1 Sumário GERENCIMENTO DAS COMUNICAÇÕES E PARTES INTERESSADAS ............................................................................ Erro! Indicador não definido. FACUMINAS ............................................. Erro! Indicador não definido. 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 2 1.1- METODOLOGIA ................................................................................... 4 2. ORIGENS DA COMUNICAÇÃO ................................................................ 6 3. O QUE É O GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES? ....................... 7 4. QUAL É O OBJETIVO DO GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES? 8 5. O QUE É COMUNICAÇÃO? ...................................................................... 8 6. QUAL A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DA COMUNICAÇÃO? 11 7. PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES ............. 14 8. O QUE É O GERENCIAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS ......... 18 9. QUEM SÃO AS PARTES INTERESSADAS? .......................................... 20 10. PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS 24 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 28 12. REFERÊNCIAS ................................................................................... 29 file:///C:/Users/Patrick/Downloads/Apostila%20GERENCIAMENTO%20DOS%20RISCOS.docx%23_Toc56025337 file:///C:/Users/Patrick/Downloads/Apostila%20GERENCIAMENTO%20DOS%20RISCOS.docx%23_Toc56025337 2 INTRODUÇÃO Gerenciar comunicação em projetos é um processo tão importante quanto qualquer outro processo nas empresas. Os gerentes gastam a maior parte do seu tempo com comunicação ou com problemas decorrentes deste nos projetos. Reconhecer a comunicação como um processo, conhecendo seus elementos, formas de comunicação e partes envolvidas, é o primeiro passo para implantação de um sistema de gestão eficiente. Um projeto pode gerar conhecimento na empresa se as informações e dados gerados forem tratadas de forma eficiente profissional e o conhecimento gerado pode vir a ser um diferencial no mercado, quando se torna um ativo que pode ser utilizado pela empresa na gestão de outros projetos. Palavras-chave: gerenciamento; comunicação, gestão; conhecimento; PMBOK. O gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriada. Os gerentes de projetos gastam a maior parte do seu tempo se comunicando com os membros da equipe e outras partes interessadas do projeto, quer sejam internas (em todos os níveis da organização) ou externas à organização. Uma comunicação eficaz cria uma ponte entre as diversas partes interessadas envolvidas no projeto, conectando vários ambientes culturais e organizacionais, diferentes níveis de conhecimento, e diversas perspectivas e interesses na execução ou nos resultados do projeto. Resumo dos processos de gerenciamento das comunicações do projeto 1. Identificar as partes interessadas: O processo de identificação de todas as pessoas ou organizações que podem ser afetadas pelo projeto e de documentação das informações relevantes relacionadas aos seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso do projeto. 3 2. Planejar as comunicações: O processo de determinação das necessidades de informação das partes interessadas no projeto e definição de uma abordagem de comunicação. 3. Distribuir informações: O processo de colocar as informações necessárias à disposição das partes interessadas no projeto, conforme planejado. 4. Gerenciar as expectativas das partes interessadas: O processo de comunicação e interação com as partes interessadas para atender às suas necessidades e solucionar as questões à medida que ocorrerem. 5. Reportar o desempenho: O processo de coleta e distribuição de informações sobre o desempenho, incluindo relatórios de andamento, medições do progresso e previsões. Esses processos interagem entre si e com os processos das outras áreas de conhecimento. Cada processo ocorre pelo menos uma vez em todos os projetos e, caso o projeto seja dividido em fases, pode ocorrer em uma ou mais das fases do projeto. Embora os processos sejam apresentados como elementos distintos com interfaces bem definidas, na prática eles podem se sobrepor e interagir de formas não detalhadas aqui. A atividade de comunicação tem muitas dimensões em potencial, incluindo: • Interna (dentro do projeto) e externa (cliente, outros projetos, os meios de comunicação, o público); • Formal (relatórios, memorandos, instruções) e informal (emails, discussões ad hoc); • Vertical (nos níveis superiores e inferiores da organização) e horizontal (com colegas); • Oficial (boletins informativos, relatório anual) e não oficial (comunicações confidenciais); 4 • Escrita e oral e Verbal e não-verbal (inflexões da voz, linguagem corporal). A maioria das habilidades de comunicação é comum para o gerenciamento geral e o gerenciamento do projeto. Alguns exemplos: • Ouvir ativamente e de modo eficaz; • Perguntar, investigando ideias e situações para garantir um melhor entendimento; • Educar a fim de aumentar o conhecimento da equipe para que ela seja mais eficaz; • Levantar fatos para identificar ou confirmar as informações; • Definir e administrar as expectativas; • Persuadir uma pessoa ou empresa a executar uma ação; • Negociar para conseguir acordos mutuamente aceitáveis entre as partes; • Solucionar conflitos para evitar impactos negativos e • Resumir, recapitular e identificar as etapas seguintes. 1.1- METODOLOGIA Para a construção deste material, foi utilizada a metodologia utilizada de pesquisa bibliográfica e descritiva, com o intuito de proporcionar um levantamento de maior conteúdo teórico a respeito dos assuntos abordados. 5 Segundo Gil, a pesquisa bibliográfica consiste em um levantamento de informações e conhecimentos acerca de um tema a partir de diferentes materiais bibliográficos já publicados, colocando em diálogo diferentes autores e dados. Entende-se por pesquisa bibliográfica, a revisão da literatura sobre as principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa revisão é o que chamamos de levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica, a qual pode ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da Internet entre outras fontes. Outro método utilizado foi à metodologia de ensino Waldorf, esta metodologia é uma abordagem desenvolvida pelo filósofo Rudolf Steiner. Ele acreditava que a educação deve permitir o desenvolvimento harmônico do aluno, estimulando nele a clareza do raciocínio, equilíbrio emocional e a proatividade. O ensino deve contemplar aspectos físicos, emocionais e intelectuais do estudante. A pesquisa é descritiva, de campo e histórica, apoiada em técnicas de análise documental sobre a legislação e os planos de ensino obtidos, bibliográfica (MALHOTRA, 2006; COOPER; SCHINDLER, 2003; VERGARA, 2003; LUNA, 2002), e de análise de conteúdo (BARDIN, 2004). O planejamento e a revisão da literatura ocorreram durante o segundo semestre de 2007; a coleta dos dados, a análise e a apresentação dos resultados ocorreu durante 2008. Ainda para a construção deste, foi utilizado a etnometodologia, pela fenomenologia e pelo legado de Wittgenstein, além de alguns elementos marxistas e outros pensamentos mais contemporâneos, como os desenvolvidos por Pierre Bourdieu e Anthony Giddens. Segundo Nicolini, Gherardi e Yanow (2003) a noção de prática, na sua essência filosófica, está baseada em quatro grandes áreas do saber - na tradição marxista,na fenomenologia, no interacionismo simbólico e no legado de Wittgenstein, das quais podem ser citados fenômenos como: conhecimento, significado, atividade humana, poder, linguagem, organizações, transformações históricas e tecnológicas, que assumem lugar e são componentes do campo das práticas para aqueles que delas compartilham. https://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolf_Steiner 6 Com tudo, o intuito deste modelo é possibilitar os estudos e contribuir para a aprendizagem de forma eficaz, clara e objetiva. 2. ORIGENS DA COMUNICAÇÃO Como esclarece Chaves (2006), durante a formação das sociedades primitivas, seus integrantes desenvolveram a fala por necessidade de se comunicar, para trocar informações, e isso não difere das necessidades que temos hoje. Porém, ainda não se tinha nessa época como se registrar as informações, que eram trocadas oralmente. A princípio, símbolos e desenhos foram desenvolvidos para registrar suas informações e perpetuar suas experiências, o que pode ser encontrado até hoje em trabalhos de arqueólogos. Estes foram os primeiros passos dados rumo ao objetivo de se comunicar e registrar a informação que foi transmitida, originando assim as primeiras formas de comunicação escrita. Posteriormente, a comunicação continua a evoluir ao ponto de tornar muito mais fácil a multiplicação das informações para todos, isso graças à prensa de Gutenberg. Logo após este marco, surgem outros meios de disseminação, 7 como o código de Morse, o telefone de de Bell e o rádio de Marconi. O ganho com esse avanço e desenvolvimento é a facilidade com que a informação flui e rapidez no acesso às pessoas distantes em espaço físico. Fechando este estudo rápido sobre a evolução da comunicação, chega- se à conclusão de que hoje a estrutura disponível para este fim é rica do ponto de vista tecnológico e com custos relativamente reduzidos, comparados a tempos não muito distantes. No cenário tecnológico atual, pode-se manter contato com pessoas em qualquer parte do mundo, comandar sistemas operacionais por via remota, participar de reuniões de forma não presencial ou por vídeo-conferência, e muitas outras regalias, de acordo com Dinsmore (2003). Transportando o foco deste desenvolvimento para o objetivo deste estudo, estas condições podem ser de grande valia para suportar o desenvolvimento de um bom gerenciamento da comunicação em projetos. 3. O QUE É O GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES? Segundo o Guia PMBOK®, o gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriada. A comunicação adequada é algo fundamental em qualquer setor de uma empresa. E na gestão de projetos ela é ainda mais importante. 8 Para se ter uma ideia do quanto a comunicação falha pode influenciar nessa área, podemos exemplificar um levantamento feito pelo Project Management Institute Brasil (PMI), com 300 empresas de grande porte. 76% dos fracassos em projetos foram cometidos, justamente, devido às falhas de transmissão de informações. São os processos exigidos para identificar as pessoas, grupos ou organizações que podem impactar ou serem impactados por uma decisão, atividade ou resultado do projeto, visando analisar as expectativas das partes interessadas e seu impacto no projeto, e desenvolver estratégias de gerenciamento apropriadas para o seu engajamento eficaz na execução do projeto. 4. QUAL É O OBJETIVO DO GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES? O gerenciamento das comunicações tem como principais objetivos: • Conectar as diversas partes interessadas apesar de seus diferentes interesses e culturas para atender os objetivos do projeto; • Fornecer as ligações críticas entre pessoas e informações necessárias para comunicações bem-sucedidas; • Garantir a geração, disseminação, armazenamento, recuperação e descarte de informações do projeto; • Manter as partes interessadas "alinhadas". 5. O QUE É COMUNICAÇÃO? Comunicação é um processo através do qual as informações são trocadas entre as pessoas com o uso de um sistema comum de símbolos, sinais ou comportamentos (PMI, 2004, p. 355). Veja como é um modelo de comunicação e como ser eficaz. A figura abaixo mostra de forma bem-humorada problemas comuns de comunicação em projetos: https://economia.uol.com.br/planodecarreira/ultimas-noticias/infomoney/2010/04/19/falha-na-comunicacao-e-principal-motivo-para-fracasso-nos-projetos.jhtm?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost 9 Tipos de comunicação • Verbal: é o tipo mais comum de comunicação. Deve-se usar a velocidade, tonalidade e inflexões na voz para chamar a atenção do receptor. Intuitivamente existe uma tendência em classificar-se este tipo de comunicação apenas como oral, o que não está correto. A comunicação verbal é toda aquela que é transferida via palavras, podendo estas serem faladas ou escritas. Mesmo com a evolução crescente nos meios eletrônicos, a comunicação verbal continua sendo a mais utilizada, e apesar de estar perdendo seu espaço para forma escrita, continua sendo um dos tipos mais eficazes. A forma escrita, ganha espaço por causa das facilidades que a tecnologia proporciona, sendo seu principal utilitário o e- mail, que substitui as conversas antes realizadas pessoalmente, até mesmo para pessoas muito próximas fisicamente. É importante ressaltar a importância da comunicação oral presencial, pois como citado, é uma comunicação muito eficiente, com forte potencial motivador pessoal e incentivador do espírito de equipe. De fato, um gerente de projetos não 10 pode abrir mão desta ferramenta importantíssima que pode gerar confiança e união dentro da sua equipe de trabalho. Comunicação verbal oral: é mais rápida do que a escrita, permite manter a mensagem simples e sucinta, gerando agilidade e clareza. Na maioria das vezes, possui a grande vantagem de possibilitar a obtenção de feedback do receptor no momento da transmissão da mensagem. É fundamental para o gerenciamento de conflitos e negociações, pois gera maior entendimento dos problemas e opiniões, viabilizando assim a minimização de problemas. • Não Verbal: comunicação através de gestos, expressões faciais, linguagem corporal, aparência, entre outros. Use seu corpo para atrair o receptor. é aquela que se dá sem o uso de palavras, e ainda exclui o uso de sinais vocais ou paralinguísticos e indicações como tons de voz emocional. Daí o título secundário de linguagem corporal. Em muitas situações a comunicação não verbal pode substituir de forma mais eficiente à comunicação verbal. Segundo alguns pesquisadores, existe um universo de mais de 700.000 sinais diferentes. Alguns exemplos de mensagens que são transmitidas de melhor forma pelos sinais não verbais são: dor, sentimentos, emoções e cansaço. é a que usa de tonalidade de voz, da qualidade dos sons que acompanham a fala, delatando qual é a situação em que o falante se encontra. Alguns exemplos de percepções via comunicação paralinguística são: se o falante está bem ou mal, alegre ou triste, cansado ou bem-disposto. Esta pode ser também uma grande ferramenta para tratamento com todos os interessados no projeto, principalmente da equipe de projetos, pois assim pode-se perceber como anda o nível de motivação e satisfação daqueles que fazem acontecer as tarefas do dia a dia. • Escrita ou Gráfica: atualmente, uma das mais usadas no ambiente de trabalho, principalmente, através do e-mail. O GP usa muito para criar seus planos, gerar seus status report, ... Use o estilo de escrita (Voz ativa ou passiva, vocabulário, estrutura, etc.) para atrair o receptor. 11 Comunicação verbal escrita: é mais detalhada do que a oral,preferencialmente utilizada para explicar temas de maior complexidade ou quando se vê necessário formalizar algum processo. Possibilita maior organização para melhor entendimento do receptor, deixando a mensagem à sua disposição para revisão e absorção, feita em seu próprio ritmo. Um ponto importante, é que estudos comprovam que a mensagem oral é compreendida: • 7 %: através das palavras na mensagem; • 38%: através da tonalidade da voz; • 55%: através da linguagem não verbal. Portanto, nunca se esqueça de deixar seu corpo falar por você. 6. QUAL A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DA COMUNICAÇÃO? A comunicação ultrapassa todas as áreas de um projeto, conectando-as. Quando isso não ocorre, o projeto fica exposto a falhas e riscos que podem atrasar as entregas, afetar o orçamento e diminuir a qualidade dos resultados. Nesse sentido, o gerenciamento da comunicação serve justamente para promover o alinhamento entre as partes interessadas, evitando pontas soltas no projeto. 12 O gerenciamento da comunicação aumenta as chances de a mensagem enviada pelo emissor chegar ao receptor com o menor ruído possível, possibilitando uma decodificação mais exata da mensagem e evitando ambiguidades na comunicação. É importante falar em decodificação porque o recebimento de uma mensagem não significa que ela tenha sido compreendida. A comunicação adequada na gestão de projetos é essencial para definir o que será feito, por quem, de que forma, em qual prazo e qual o resultado final esperado. Para que todos consigam executar o melhor trabalho possível, é essencial que eles tenham informações suficientes para isso, entendam qual é o fluxo de trabalho e encontrem o ambiente favorável para executar tarefas. É por meio da comunicação que o gestor consegue coletar as informações necessárias para a realização do projeto, estabelecer vínculos entre as pessoas envolvidas, gerar ideias e disseminar informações vitais para o sucesso do projeto em questão. Mas não é só isso. Além dos canais formais de comunicação, o gestor de projetos ainda deve se atentar àquelas redes informais, como as conversas nos corredores, no café e em outros momentos não planejados. Essa troca informal de ideias também pode impactar positiva ou negativamente o que está sendo realizado. Para uma comunicação eficiente, o gestor de projetos precisa ficar atento a algumas “barreiras” que impedem o amplo entendimento da informação, como: • barreiras relacionadas à informação (dados incompletos ou com falta de clareza); • barreiras relacionadas ao indivíduo (conhecimentos, educação e experiência de cada pessoa); • barreiras relacionadas à relação entre o emissor e o receptor (necessidades distintas, posição, status e competição entre quem fala e quem ouve); 13 • barreiras relacionados ao projeto em si (falta de um plano de comunicação ou de uma comunicação mais frequente e assertiva). Assim, o gerenciamento da comunicação em um projeto inclui processos que assegurem que as informações passem por um planejamento correto, sendo coletadas, criadas, partilhadas, catalogadas, armazenadas, gerenciadas, monitoradas e apresentadas de forma clara e acessível. Além de todas essas questões, o gestor de projetos ainda deve trabalhar de forma a criar um ambiente favorável para a comunicação. O que isso significa? Saber envolver os colaboradores com as ideias propostas e escutar genuinamente a opinião de cada um dos membros da equipe. A comunicação eficiente em gestão de projetos é aquela que acontece de maneira circular, ou seja, na qual todos podem participar com ideias e sugestões, sem medo de repreensão ou outras atitudes autoritárias. Tornar o ambiente de trabalho um local com fluxo de informações frequente é uma maneira eficiente de evitar que erros e falhas aconteçam (ou que deixem de ser reportados por medo dos colaboradores). Com isso, novas ideias poderão surgir e os funcionários poderão se dedicar a realizar as responsabilidades e as tarefas designadas, exercendo a responsabilidade que possuem para o sucesso dos projetos. Antes de começar a se comunicar com os membros dos seus times, faça um exercício de reflexão, pensando sobre o que deverá ser falado (demandas, funções, fluxos e prazos), qual o melhor meio de realizar essa comunicação (reuniões, e-mails, memorandos) e de que maneira e linguagem abordar as informações. 14 7. PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DAS COMUNICAÇÕES Planejar o gerenciamento das comunicações Segundo o Guia PMBOK®, planejar o gerenciamento das comunicações é o processo de determinar as necessidades de informação das partes interessadas no projeto e definir uma abordagem de comunicação. Com esse intuito, o GP deve: • Conectar as partes interessadas respondendo suas necessidades de informação, gerando confiança e entusiasmo pelo projeto e estimulando trabalho em equipe e cooperação; • Agilizar a tomada de decisão disponibilizando a informação certa na hora certa para as pessoas certas; • Garantir o alinhamento entre as pessoas disponibilizando uma documentação resumida e eficiente, o que implicará em menos discussões e conflitos. Abaixo algumas das melhores práticas do processo: • Usar método 5W2H adaptado para análise (6W2H); 15 • Adaptar a cultura e estrutura organizacional; • Considerar os interesses individuais e de grupo, seus conflitos e repertórios; • Validar o plano com os interessados; • Determinar mecanismos de feedback e resolução de conflitos; • Garantir meios adequados para resolução de problemas, distribuição de informações e controle de mudanças; • Usar modelos e boas práticas já validadas pelo PMO; • Preparar plano de comunicações já no kick-off e revisar sempre. O gestor precisa estabelecer a relevância e necessidade das informações, definindo emissor e receptor, momento de transmissão e periodicidade. Imagine que em um canteiro de obras o responsável pelo revestimento não precisa saber sobre a qualidade das esquadrias, mas depende da instalação delas para começar a chapiscar as paredes. Quem o informará se houver atraso na entrega do material? Quando? Como? A abordagem de comunicação define o modo de propagação, tais como reuniões presenciais, videoconferências, SMS, smartphones, tablets e aplicativos de gestão. 16 Mensagens mal codificadas, hostilidade e declarações negativas podem colocar tudo a perder, motivo pelo qual o gestor deve alinhar a equipe no mesmo modus operandi e linguagem. Projetos internacionais ainda demandam atenção ao idioma utilizado e questões culturais. Gerenciar as comunicações Gerenciar as comunicações, chamado de distribuir as informações na quarta edição do Guia PMBOK®, é o processo de colocar as informações necessárias à disposição das partes interessadas no projeto conforme planejado. Envolve todo o ciclo de vida da informação descrito no plano de gerenciamento da comunicação iniciando pela geração, coleta, distribuição, armazenamento, recuperação, até o descarte final da informação. Atenção especial nesse processo, pois, não adianta um bom planejamento sem uma boa execução. O GP deve: • Manter todos na mesma página motivando a equipe, agilizando as decisões e minimizando os conflitos; • Preocupar-se em responder as solicitações de informações não previstas; • Garantir que ninguém alegue falta de conhecimento. Cuida de dispor às partes interessadas as informações necessárias no momento oportuno, conforme o planejamento. O emissor deve transmiti-las de forma clara e objetiva, certificando-se do entendimento adequado do receptor. Assim, reportam-se problemas, conquistas, ganhos, descobertas e previsões fundamentais ao controle dos processos, como veremos adiante. A atualização em tempo real otimiza os processos e evita o retrabalho. Os dadossão coletados, distribuídos, armazenados e recuperados no momento certo, evitando contatos cruzados ou arbitrários capazes de misturar as competências dos responsáveis e impactar negativamente na empreitada. 17 Monitorar as comunicações O processo Monitorar as comunicações mudou de nome (Controlar as comunicações na quinta edição), mas, com mesmo objetivo, controlar e monitorar as comunicações de modo a garantir que as necessidades de informação das partes interessadas sejam atendidas. Questão-chave: • Como farei para garantir informação exata no tempo certo de modo a manter todos alinhados motivando equipe, agilizando decisões e minimizando conflitos? Solicite feedback em relação a qualidade das informações disponibilizadas (exatidão e tempo) e adapte as novas demandas de informação. As formas de feedback podem ser: • Formais: Reuniões periódicas, Pesquisa de satisfação, ...; ou • Informais: Happy hour, café, almoço, ... As informações tiveram qualidade? Esse conceito engloba tempo e exatidão, fornecendo ao gestor um termômetro de como sua equipe está se comunicando. O relatório de desempenho gerado aqui ajuda na organização dos envolvidos e análise de riscos do projeto. Eles consideram fatores ambientais e comportamentais úteis à avaliação, evidenciando com eficiência alterações na linha de base e apontando processos passíveis de otimização ou readaptação. Os feedbacks podem ser obtidos em pesquisa de satisfação, reunião periódica ou em consulta ao software de gestão. Assim, atrasos na entrega do projeto são evitados e se garante tanto o escopo quanto a qualidade esperada pelo contratante. 18 8. O QUE É O GERENCIAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS O gerenciamento das partes interessadas é a área de conhecimento do Guia PMBOK@ responsável por identificar as partes interessadas, priorizá-las e desenvolver estratégias para quebrar suas resistências e aumentar seu engajamento. Além de executar essas estratégias e monitorar as partes interessadas de modo a garantir seu engajamento em todo o projeto. O gerenciamento das partes interessadas é um guia que tem como foco, identificar quem são as partes interessadas que podem influenciar em determinado projeto, analisar suas expectativas e desenvolver estratégias para minimizar possíveis bloqueios e impactos negativos, além de aumentar o engajamento e apoio de todos no projeto em questão. Através do gerenciamento, a empresa consegue promover a participação de todos os envolvidos, receber feedbacks, além de diminuir riscos e problemas. Nota-se então, que realizar tal ação é essencial, pois as partes interessadas são peça chave para o desenvolvimento de excelência de um projeto. Para que o gerenciamento seja colocado em prática, é papel do gerente de projetos, estabelecer uma comunicação contínua com as partes interessadas, dessa forma, ele consegue coletar e repassar informações necessárias para o desenvolvimento eficaz de um projeto, tem em suas mãos, dados a respeito das expectativas dos stakeholders, consegue estabelecer o relacionamento interpessoal de todos, resolve problemas que podem surgir no percurso, entre outras questões. O gerenciamento das partes interessadas é o conjunto de processos que tem por objetivo identificar os stakeholders, mapear suas expectativas e necessidades e, assim, desenvolver estratégias adequadas para engajar as pessoas no projeto e prepará-las para o pós-projeto. É preciso iniciar esses processos o mais cedo possível, logo após a assinatura do termo de abertura do projeto. 19 Os processos de gerenciamento das partes interessadas possibilitam descobrir quantas partes interessadas existem no projeto, quais suas diferenças, qual a complexidade entre a relação das partes interessadas e o projeto, quais as tecnologias disponíveis para a comunicação, entre outras questões. Prestar atenção nas partes interessadas é importante porque ajuda a engajar as pessoas nas atividades necessárias para a execução do projeto e a gerenciar conflitos, que quando não solucionados são capazes de criar um clima destruidor e improdutivo. Níveis de engajamento e influência das partes interessadas Cada parte interessada pode afetar o projeto de uma forma diferente. Por isso, é possível classificá-las em alguns tipos, de acordo com o nível de engajamento. São eles: desinformado, resistente, neutro, apoiador ou líder. • Desinformado: não possui conhecimento do projeto ou de seus impactos. • Resistente: ciente do projeto e de seus impactos, mas resistente a mudanças. • Neutro: ciente do projeto, não apoia nem resiste. • Apoiador: ciente do projeto e de seus impactos, apoia o trabalho e seus resultados. • Líder: ciente do projeto e de seus impactos, engaja-se ativamente para contribuir com o sucesso do projeto. Saber qual o nível de engajamento de cada uma das partes interessadas é relevante porque ajuda a identificar quais as estratégias mais adequadas para cada um dos stakeholders. Por exemplo: se o gestor de uma área que será afetada indiretamente pelo projeto for classificado como “neutro”, uma estratégia de engajamento poderia ser o envio de relatórios curtos e quinzenais sobre o andamento do projeto. No caso de stakeholders considerados “resistentes”, como os usuários de um sistema, por exemplo, uma estratégia de engajamento poderia ser a inclusão 20 desses usuários em dinâmicas colaborativas para pensar determinados pedaços da iniciativa. Esse tipo de ação faz os stakeholders se sentirem parte do projeto, facilitando o entendimento dos benefícios que a iniciativa trará se for concluída com sucesso. Além do nível de engajamento, é necessário identificar o nível de influência das partes interessadas. Ao cruzar essas duas informações é possível definir a urgência das estratégias de engajamento. Imagine o caos que pode se transformar um projeto se um dos stakeholders for resistente e tiver alto nível de influência. Complicado, né? Importante: os processos de gerenciamento das partes interessadas precisam ser revistos ao longo das fases do ciclo de vida do projeto ou quando uma parte interessada é removida ou adicionada ao projeto. Além disso, em projetos ágeis o gerenciamento das partes interessadas deve ser ainda mais frequente. 9. QUEM SÃO AS PARTES INTERESSADAS? Segundo Montes & Patz (2017), as partes interessadas (também conhecidas pelo termo inglês, stakeholders) são os indivíduos e as organizações envolvidos no projeto, ou seja, quem têm algum tipo de interesse por ele. Podem ser positivamente ou negativamente afetados 21 com a sua execução e podem influenciar o projeto e/ou seu resultado. O projeto irá atender necessidades das partes interessadas e elas, por sua vez, são responsáveis por desempenhar o papel acordado para atender o objetivo do projeto. Por exemplo, os integrantes da equipe contratada para trabalhar no seu projeto. Eles receberão uma remuneração pelos serviços prestados e, portanto, serão beneficiados, podem ter outros interesses como aprendizado, carreira e atender necessidades pessoais de estabilidade financeira. Em contrapartida, a sua motivação afetará a qualidade dos serviços prestados que impactará diretamente nos resultados do projeto. O Gestor Funcional de uma área de negócios pode ser beneficiado com o projeto pela redução de retrabalho, por permitir que sua equipe desenvolva outras atividades, pode ter uma possibilidade de melhoria na carreira na empresa, outros podem perceber esta mesma redução de trabalho como possível perda de poder, cada qual irá atuar no projeto de acordo com o nível de impacto que perceber e exercerá seu poder e influência a favor ou contra o projeto na medida desta percepção. De forma geral, as partes interessadas mais importantes do projeto são: • Clientes do projeto: o projeto atenderásuas necessidades; os produtos e serviços feitos no projeto são construídos para atender as necessidades dos clientes. Portanto, entendê-las é fundamental para o sucesso do projeto. Podemos classificar os clientes em diferentes posições: o Área de Negócio que está demandando o projeto e, portanto, definindo e aprovando seus requisitos; o Usuários finais que irão trabalhar com o produto do projeto e fazem parte da operacionalização do resultado; o Clientes da empresa que irão se beneficiar com novas funcionalidades ou soluções disponíveis; o Comunidade de modo geral, não podemos deixar de considerar que no mundo conectado em que vivemos a imagem da empresa e dos seus produtos deve ser cuidada e preservada; 22 • Patrocinador: quem está financiando o projeto. Pode ser uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas (empresas). Ele é importante por viabilizar seu projeto com os recursos financeiros, porém, deve-se ressaltar que seu projeto deve atender as necessidades dos seus clientes através dos produtos e/ou serviços que ele gera. O papel do patrocinador ativo vai além de financiar o projeto; ele envolve-se em todas as decisões relevantes para que o projeto atinja seus objetivos estratégicos; • Gerente de projeto: quem faz a gestão e orquestra todas as partes interessadas de modo a alcançar os objetivos do projeto; • Equipe do Projeto: todos os responsáveis por atividades precisam estar motivados e alinhados com os objetivos do projeto. A equipe do projeto também tem ramificações: o Dedicação total, núcleo permanente: são aqueles que irão participar do início ao fim do projeto; o Dedicação parcial: envolvidos em fases do projeto; o Participantes fixos de diversas áreas de acordo com a natureza e complexidade de seu projeto; • Fornecedores internos e externos, que irão interagir com o produto do projeto; • Outras, como o PMO, gerente responsável pelo Escritório de Projetos. As partes interessadas muitas vezes têm mais de uma função e o gerente do projeto deve identificar isso e tratá-las de forma distinta. Por exemplo, o patrocinador pode também ser cliente, e você, como gerente do projeto, deve atender suas necessidades como cliente e como patrocinador de modo a manter as partes interessadas engajadas. 23 Nas empresas, é muito comum que a expressão “partes interessadas” seja substituída pelo seu equivalente em inglês: stakeholders. Independentemente do nome, vale lembrar que o não gerenciamento das expectativas das partes interessadas pode causar riscos ao projeto, capazes inclusive de comprometer o resultado. Por exemplo, se o projeto não estiver adequado às regras de um determinado órgão regulamentador, pode ser que haja atraso no início do projeto, encarecendo os custos da iniciativa. É aí que entra o gerenciamento das partes interessadas. 24 10. PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DAS PARTES INTERESSADAS Identificar as partes interessadas Segundo o Guia PMBOK®, Identificar as partes interessadas é o processo de identificação de todas as pessoas ou organizações que podem ser afetadas pelo projeto e documentação das informações relevantes relacionadas aos seus interesses, envolvimento e impacto no sucesso do projeto. Esse talvez seja o processo mais crítico do gerenciamento do projeto, pois, descobrir as partes interessadas e escutá-las de forma efetiva no início, trará um maior comprometimento, maior clareza de requisitos e objetivos e consequentemente, menos mudanças no decorrer do projeto. O GP deve conectar as partes interessadas maximizando as influências positivas 25 e minimizando as resistências, o que implicará em uma maior probabilidade de aceitação das entregas. Importante ressaltar que as atividades de identificação, análise e documentação devem ocorrer durante todo o projeto e não só no seu início. Da mesma forma que ocorrem mudanças no projeto, acontecem mudanças nas partes interessadas dentro e fora da organização. No meio do projeto, novas pessoas são contratadas, outras são desligadas, outras mudam de cargo, de responsabilidade e consequentemente de interesses e envolvimento. Além disso, um levantamento mal feito pode ignorar pessoas importantes para o projeto, gerando várias solicitações de mudanças de escopo e grande resistência por parte de quem não foi lembrado. Outro ponto muito importante é priorizar as partes interessadas através de um modelo como a combinação de duas ou mais variáveis (Vide Análise de partes interessadas). O gerente precisa especificar quem são os indivíduos ou empresas envolvidas no projeto, bem como suas expectativas, necessidades, nível de envolvimento e impacto dos mesmos nos resultados do projeto. Dessa forma, ele diminui as resistências existentes, maximiza o engajamento de todos e tem mais entendimento acerca dos objetivos das partes interessadas, além de minimizar o número de mudanças durante a execução do projeto. Planejar o engajamento das partes interessadas Planejar o engajamento das partes interessadas tem como objetivo desenvolver estratégias para quebrar as resistências das partes interessadas e garantir seu engajamento no projeto. A questão chave desse processo é identificar a estratégia adequada para quebrar a resistência das partes interessadas mais importantes para o projeto. O tipo de estratégia varia de acordo com: 26 • Fatores ambientais da empresa. Por exemplo, em uma organização cuja cultura é muito competitiva e cujo bônus seja muito grande, um fator de motivação sempre muito relevantes são as metas (indicadores) que afetam o bônus de cada parte interessada. • Característica da parte interessada. Por exemplo, uma pessoa melindrosa se ofende facilmente, então deve se tomar cuidado adicional, pois, uma estratégia mal adotada, pode não ser revertida. • Expectativas. Atender as expectativas da parte interessada em relação ao projeto, normalmente, é uma estratégia muito eficaz, porém, algumas vezes a parte interessada tem uma baixa (ou nenhuma) expectativa em relação ao projeto e outras vezes não é possível atender suas expectativas. Concluindo, classifique e priorize as partes interessadas e desenvolva estratégias de forma a quebrar as resistências e garantir o engajamento das partes interessadas mais estratégicas do seu projeto. Nessa etapa, o gerente de projetos deve desenvolver estratégias capazes de desfazer as resistências identificadas, além de potencializar o comprometimento das partes interessadas. As estratégias vão depender de fatores como, cultura organizacional, nível de motivação dos envolvidos, perfil dos stakeholders, as expectativas dos mesmos, entre outros fatores. Gerenciar o engajamento das partes interessadas Segundo o Guia PMBOK®, Gerenciar o engajamento das partes interessadas é o processo de comunicação e interação com as partes interessadas para atender às suas necessidades e solucionar as questões à medida que ocorrerem. Para solucionar as questões e problemas à medida que ocorrem, deve se determinar previamente mecanismos e procedimentos para agilizar sua solução e reduzir os conflitos. Alguns exemplos abaixo: 27 • Um plano de escalonamento bem definido e aprovado no planejamento agiliza a tomada de decisão e a resolução dos problemas. • Abaixo procedimento usado na Metodologia PMO que deve ser adaptado a sua realidade: o Membros da equipe do projeto informam o gerente de projeto dos problemas do projeto; o Gerente de Projeto deve entender e descrever o problema, identificar alternativas para resolvê-lo com a equipe do projeto; o Definir a melhor alternativa a ser adotada com os responsáveis pela decisão detalhando ações requeridas, responsável e data prevista para cada ação; o Comunicar os responsáveis e acompanhar a resolução do problema. o Todos os problemas necessitamser revistos periodicamente. o Gerente de Projeto é responsável por armazenar todos os problemas e seu histórico em um Log de Problemas. o Quando o problema for resolvido e verificado, o Gerente de projeto registra quando o problema foi resolvido e fecha o problema. Para dar continuidade à implementação correta do gerenciamento das partes, é preciso que o gerente se comunique de forma holística com as pessoas e organizações identificadas, a partir dessa ação, ele consegue interagir de forma correta, ouvindo as necessidades e expectativas de cada um, além de solucionar os problemas de acordo com o aparecimento dos mesmos e diminuir eventuais desgastes. Esse trabalho é constante, pois as necessidades das partes interessadas podem modificar de tempos em tempos e isso afeta no seu engajamento no projeto. Monitorar o engajamento das partes interessadas 28 Monitorar o engajamento das partes interessadas visa monitorar os relacionamentos entre as partes interessadas e ajustar as estratégias para engajar as partes interessadas reduzindo resistências e aumentando o suporte ao projeto. O principal benefício desse processo é a manutenção ou aumento da eficiência e eficácia das atividades de engajamento das partes interessadas à medida que o projeto se desenvolve e o seu ambiente muda. Os relacionamentos entre as partes interessadas devem ser constantemente monitoradas, pois: • As expectativas e as percepções mudam ao longo do projeto; • O envolvimento do usuário e o suporte da alta administração são apontados como os principais fatores de sucesso de um projeto; • Atender as novas expectativas implica em maior aceitação; • Adaptar-se agilmente às mudanças implica em menores problemas e um maior engajamento. O relacionamento entre os stakeholders deve ser monitorado, pois assim, as estratégias podem ser ajustadas para aumentar o engajamento de todos, minimizar os obstáculos e potencializar a assistência ao projeto. Ao realizar um gerenciamento das partes interessadas, a empresa é capaz de identificar quem são seus stakeholders e assim, definir a comunicação, as ações e os esforços corretos para promover o engajamento de todos e assim, alcançar de forma rápida e eficaz os objetivos do projeto. 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como você pode notar, a comunicação, embora seja natural do ser humano, é algo complexo e que pode gerar muitas distorções e dificuldades. Nem sempre o que se fala é entendido da mesma maneira por quem recebe, e isso pode criar inúmeras dificuldades dentro de uma empresa. 29 Na área de gestão de projetos, a comunicação é algo extremamente importante, já que é ela que define como será realizada a execução das tarefas e até mesmo o sucesso (ou não) do projeto em questão. Entender quem será o receptor das suas mensagens, envolver os colaboradores, criar um ambiente favorável à comunicação e pensar em quais canais podem facilitar a troca de informações são passos importantes nesse sentido, mas não são os únicos. É preciso aproveitar os benefícios trazidos pelas novas tecnologias, saber ouvir atentamente todos os públicos envolvidos nos seus projetos, filtrar os dados mais relevantes, ser objetivo e sempre se certificar de que tudo foi entendido de maneira correta. Dar feedbacks, orientar os processos e estar disposto a melhorar a comunicação são atitudes essenciais e que podem fazer toda a diferença entre o sucesso ou o fracasso de determinado projeto. Quanto mais você trabalhar as ferramentas de comunicação das suas equipes e motivar os seus colaboradores a contribuírem com ideias e sugestões, mais fácil e simples serão os seus processos de comunicação em projetos. Consequentemente, também as chances de sucesso serão maiores. O gerenciamento de comunicação evita as famosas reuniões que deveriam ter sido um e-mail, padroniza a linguagem, a forma de contato entre os colaboradores e, assim, aumenta as chances de um projeto ter sucesso. 12. REFERÊNCIAS ALVES, Plinio de Melo. Gerenciamento da comunicação em projetos: estudo de caso em uma empresa do setor metalúrgico. Acessado em: 11 de novembro de 2020. Disponível em: JUSTO, Andreia Silva. Partes interessadas: descubra o que são e como gerenciá-las no seu projeto em 4 passos. Acessado em: 11 de novembro de 2020. Disponível em: 30 JUNIOR, Carlos. Como funciona o gerenciamento de comunicação no PMBOK?. Acessado em: 11 de novembro de 2020. Disponível em: MONTES, Eduardo. Gerenciamento das comunicações: O que é, objetivo e processos. Acessado em: 11 de novembro de 2020. Disponível em: REZENDE, Rogério Magno Pires. Por que gerenciar comunicação nos projetos?. Acessado em: 11 de novembro de 2020. Disponível em: _________, Equipe IBC. 4 dicas de como fazer um bom gerenciamento das partes interessadas. Acessado em: 11 de novembro de 2020. Disponível em: ___________. Gerenciamento das comunicações do projeto. Acessado em: 11 de novembro de 2020. Disponível em: _________, EQUIPE AEVO. Entenda a importância da comunicação em projetos Acessado em: 11 de novembro de 2020. Disponível em: