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O Espetáculo das raças

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O Espetáculo das raças: Cientistas, instituições e a questão racial no Brasil (1870 – 1930)
Lilia M. Schwarcz
Cap. 2. Uma história de diferenças e desigualdades
1870
Introduz no Brasil teorias de pensamento: Positivismo, Evolucionismo e Darwinismo – Evolução social seria o paradigma (Progresso).
Objetivo: Balanço das teorias raciais do século XIX
Grandes Navegações
Inauguram no pensamento Ocidental a percepção da diferença entre os HOMENS (Imaginário).
A partir do século XVIII, vários povos passam a ser caracterizados como primitivos – como sinônimo de estarem no inicio do gênero humano.
Pressupostos Iluministas
Liberdade, igualdade e humanidade.
Rousseau – e a imagem do “bom selvagem” faz com que o Novo Mundo seja algo positivo.
Buffon e De Pauw – atestam a inferioridade física e mental como natural no Novo Mundo.
Carência, imaturidade, debilidade, degeneração.
Igualdade x Diferença
As diferenças se sobrepõem no séc. XIX.
Raça torna-se um conceito ordenador (classificar, ordenar, organizar) das diferenças. Aponta que as diferenças são parte da humanidade e nega princípios de liberdade e igualdade Iluministas.
Origem da Humanidade
MONOGENISMO – Hegemônico até meados do século XIX – Humanidade uma (bíblia) e as diferenças humanas eram explicadas pelo distanciamento do Éden (num gradiente de perfeição a degeneração).
POLIGENISMO – Contestação do dogma da Igreja. Surgimento em diferentes centros e daí explicava-se as diferenças raciais.
Fortalecimento das teorias biológicas (Frenologia, Antropometria, etc.)
Fim ao discurso da Humanidade uma.
Antropologia Cultural ou Etnologia Social
Foco na cultura (Morgan, Tylor e Frazer).
Civilização e Progresso como modelos universais, estágios de desenvolvimento da humanidade  Sendo assim vemos a humanidade como uma, que passa pelos diferentes estágios (do mais simples para o mais complexo).
Darwinismo Social
Junto com o Evolucionismo social duas outras escolas adensam a cena o cenário cientifico no Brasil: O determinismo geográfico e o darwinismo social.
Determinismo geográfico – advogam que o desenvolvimento cultural de uma nação seria totalmente condicionado ao meio ambiente.
Darwinismo Social – teoria das raças – Via de forma pessimista a miscigenação, pois não se transmite caracteres adquiridos, nem por Evolução.
Raças
Seria fenômenos finais, resultados imutáveis e o cruzamento eram erros (degeneração). Logo há um enaltecimento de “raças puras”.
1° tese – A distancia entre as raças humanas eram as mesmas entre um asno e um cavalo.
2° tese – Admitia uma continuidade entre caracteres físicos e morais (raças – culturas). 
3° tese – Preponderância de um grupo racio-cultural no comportamento do sujeito.
Desigualdade e Diferença
Redefinição conceitual de ambos:
Desigualdade: Implicaria a continuidade da concepção humanista de uma unidade humana indivisível marcada por dissimilitudes acidentais.
A diversidade existente entre os homens seriam transitórias ou remediaveis.
Diferença: Levaria a sugestão de que existiria espécies humanas diversas. As diferenças humanas seriam, definitivas e irreparaveis e a IGUALDADE seria um problema ilusório.
Desigualdades e diferenças na disputa entre as escolas monogenistas e poligenistas.
Renan, Le Bom, Taine e Gobineau
Teorias raciais e o embate sobre a diferença.
Uma negação da humanidade uma (Iluminismo) e da igualdade.
Percepção da diferença é antiga mas sua naturalização é recente (p.64). Pretensões Universais e globalizantes quanto as diferenças.
Naturalizar as diferenças – correlações rígidas entre características físicas e atributos morais.
Miscigenação
Divisor de águas entre monogenistas e poligenistas.
Entre a degeneração e o branqueamento.

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