Logo Passei Direto
Buscar

Avaliação A1 FENÔMENOS ELÉTRICOS, MAGNÉTICOS E OSCILATÓRIOS

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Avaliação A1 – Prova Online 
O painel de uma caminhonete “derreteu” depois do veículo ser atingido por um raio e 
pegar fogo na BR-020, no nordeste de Goiás. O motorista não se feriu. 
A CNN conversou com Josimar, mecânico e amigo do dono do carro, que foi chamado 
para o local logo que aconteceu o incidente. 
Segundo ele, o caso ocorreu na tarde sexta-feira (20/01), por volta das 13h30 [horário de 
Brasília]. 
“Meu amigo estava vindo da região de Simolândia e ouviu um barulho muito forte. Ele 
sentiu que a caminhonete desligou e o painel, buzina, limpador de para-brisa entrou em 
pane, tudo na parte elétrica da caminhonete”, contou. 
Logo depois, ele teria ido para o acostamento após perceber que havia sinais de fumaça 
dentro do carro e saiu do veículo. 
“O incêndio começou a se propagar dentro da caminhonete através do circuito elétrico da 
caminhonete. Como foi atingido por um raio e a camionete ficou fechada, logo o fogo se 
distinguiu”. 
“A caminhonete deu pane total, pelo raio ter uma descarga muito grande comprometeu 
todo o sistema elétrico da caminhonete, toda a parte do chicote derreteu o painel, o 
volante, o banco, o teto e parte do forro do lado do motorista”, explicou. 
Segundo Josimar, o amigo saiu sem nenhum ferimento: “apenas um susto mesmo. Ele 
está bem graças a Deus”. 
MAGALHÃES, Thaís. Caminhonete fica “derretida” após ser atingida por raio em Goiás. 
Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/caminhonete-fica-derretida-apos-
ser-atingida-por-raio-em-goias/. Acesso em 24/01/2023. 
Raios são descargas elétricas que podem ser das nuvens para o solo, de nuvem para 
nuvem ou até mesmo do solo para a nuvem. Ocorrem quando o ar se torna condutor. Uma 
descarga elétrica é cerca de 30 mil Ampères, próximo de mil vezes a corrente elétrica que 
um chuveiro elétrico necessita. 
O para-raios é um elemento obrigatório em grandes centros urbanos, tem uma função de 
proteção parecida com a carcaça dos veículos. 
Sendo assim, descreva o funcionamento do para-raios. 
 
Resposta: 
Antes de responder sobre o funcionamento de um para-raios, é importante 
sabermos um pouco da sua história e dos seus tipos: 
 
A descoberta foi feita por Benjamin Franklin em 15 de junho de 1752, quando este 
ao empinar uma pipa de papel com a utilização de um fio metálico durante uma 
tempestade de raios, observou que a carga elétrica dos raios descia pelo dispositivo, 
concluindo então que os raios eram correntes elétricas formadas na atmosfera. 
Pouco tempo depois, Franklin provou também que hastes de metal, quando em 
contato com a superfície terrestre poderiam servir como condutores elétricos, e quando 
posicionadas acima ou ao lado de construções, poderiam protegê-las dos danos 
causados pelas descargas atmosféricas, criando, assim, os primeiros para-raios. 
Atualmente existem três tipos de para-raios, sendo eles: 
1 - Para-raios de Franklin: 
É o modelo mais utilizado, composto por uma haste metálica onde ficam os captadores e 
um cabo de condução que vai até o solo e a energia da descarga elétrica é dissipada por 
meio do aterramento. O cabo condutor, que vai da antena ao solo, deve ser isolado para 
não entrar em contato com as paredes da edificação. As chances de o raio ser atraído por 
esse tipo de equipamento são de 90%. 
2 - Para-raios de Melsens: 
Com a mesma finalidade do para-raios de Franklin, o para-raios de Melsens adota o 
princípio da gaiola de Faraday. O edifício é envolvido por uma armadura metálica, daí o 
nome gaiola. No telhado, é instalada uma malha de fios metálicos com hastes de cerca 
de 50cm. Elas são as receptoras das descargas elétricas e devem ser conectadas a cada 
oito metros. A malha é divida em módulos, que devem ter dimensão máxima de 10 x 15m. 
Sua conexão com o solo, onde a energia dos raios é dissipada pelas hastes de 
aterramento, é feita por um cabo de descida. Esse cabo pode ser projetado usando a 
própria estrutura do edifício. 
3 - Radioativos: 
Os para-raios radioativos podem ser distinguidos dos outros, pois seus captadores 
costumam ter o formato de discos sobrepostos em vez de hastes pontiagudas. O material 
radioativo mais utilizado para sua fabricação é o radioisótopo Américo-241. Sendo que 
este é atualmente proibido no Brasil devido à radioatividade que emite. 
 
Com relação a constituição podemos dizer que os para-raios são hastes metálicas 
conectadas a terra através de cabos condutores, normalmente feitas de cobre, alumínio, 
aço inoxidável ou aço galvanizado. Essas hastes são colocadas nos mais variados tipos 
de edifícios, criando um caminho para a passagem da descarga elétrica, ou seja, para a 
passagem do raio. Por ser um objeto de metal, a sua presença aumenta a possibilidade da 
ocorrência dos raios. 
As funções de um para-raios são a de PREVENÇÃO que é considerada a principal, 
onde a finalidade é evitar que os raios ocorram. Para isso ele se utiliza do poder das 
pontas. O poder das pontas age da seguinte forma: quando uma nuvem se aproxima de 
um para-raios, ela induz cargas de sinal contrário no solo que fica eletrizado. Desta forma 
o para-raios, também ficará eletrizado, mas devido ao poder das pontas um maior 
número de cargas elétricas irá se concentrar na ponta deste. E após uma certa 
concentração, as cargas começam a serem ejetadas das pontas dos para-raios, 
tornando-se, assim, íons e elétrons livres que agora viajam pelo ar. 
A outra função do para-raios é a de PROTEÇÃO, sendo considerada uma função 
secundaria, onde a finalidade é dispersar a eletricidade gerada pelo raio (descarga) no 
solo através de aterramento. Esta função acontece quando as nuvens chegam muito 
rapidamente ou com uma quantidade de carga muito elevada, tornando o processo de 
descarga rápido o que aumenta muito a quantidade de íons na ponta do para-raios, sendo 
assim, o poder das pontas que age de forma lenta e gradual não é suficiente para ejetar 
ao ar a carga, precisando que a descarga procure um caminho mais fácil até o solo. 
Assim, podemos concluir que o funcionamento de um para-raios se dá em três 
etapas, sendo a primeira a Captação do Raio, que age na interceptação da descarga 
atmosférica, onde a haste metálica (geralmente feita de cobre ou alumínio) instalada em 
um ponto elevado, atrai o raio, já que os materiais condutores são mais propensos a 
receber uma descarga elétrica. 
A segunda etapa é a de Condução da Corrente, que age na condução da corrente 
da descarga atmosférica para a terra de forma segura, onde a corrente elétrica é 
conduzida através de cabos de alta condutividade, que levam a eletricidade até a terra, 
sendo que estes cabos são específicos para suportar alta intensidade de corrente sem 
serem danificados. 
Por último, a terceira etapa é Dissipação no Solo, que atua na dispersão da 
corrente da descarga atmosférica na terra, onde a corrente elétrica é direcionada para o 
solo através de um sistema de aterramento, que é basicamente uma placa ou uma barra 
de metal enterrada na terra. A eletricidade é então dissipada de forma segura na terra, 
minimizando o risco de incêndios ou danos a equipamentos. 
 
 
Fontes de pesquisa: 
Conhecimento adquirido nas aulas; 
Conteúdo da biblioteca online https://social.ulife.com.br/OnlineLibraries 
Pesquisa em páginas da internet: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Para-raios 
https://www.ufrb.edu.br/bibliotecacfp/noticias/316-o-funcionamento-do-para-raios 
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-funcionamento-pararaios.htm

Mais conteúdos dessa disciplina