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MO405/MC878 - Teoria e Aplicac¸o˜es de Grafos Lista de Exerc´ıcios 4 Os exerc´ıcios sem marcas sa˜o (ou deveriam ser) relativamente simples. Os exerc´ıcios marcados com (*) exigem alguma reflexa˜o. . . . Os exerc´ıcios marcados com (**) sa˜o mais dif´ıceis. Observac¸a˜o. A na˜o ser que seja dito o contra´rio ou o´bvio no contexto, nesta lista n e m denotam respectivamente o nu´mero de ve´rtices e arestas de um grafo denotado por G. 1. Prove ou mostre um contra-exemplo. (a) Todo grafo conexo possui pelo menos m− n+ 1 circuitos distintos. (b) Uma floresta G possui n− c(G) arestas. (c) Um grafo G com m = n e´ um circuito. (d) Um grafo G com m = n conte´m exatamente um circuito. (e) Uma floresta e´ um grafo bipartido. (f) Um grafo G e´ uma a´rvore se e somente se m = n− 1. (g) Um grafo G e´ uma a´rvore se e somente se na˜o possui circuitos. (h) Um grafo G e´ uma floresta se e somente se m = n− c(G). (i) Um grafo G e´ uma floresta se e somente se na˜o possui circuitos. (j) Um grafo G com m < n possui um componente que e´ uma a´rvore. (k) Todo grafo possui uma a´rvore geradora. (l) Todo grafo possui uma floresta geradora. (m) Se F e´ um subgrafo ac´ıclico de um grafo conexo G, enta˜o existe uma a´rvore geradora em G que conte´m as arestas de F . 2. Prove que se T e´ uma a´rvore com ∆(T ) ≥ 2 enta˜o T possui pelo menos ∆(T ) folhas. Mostre que isto e´ o melhor poss´ıvel exibindo um grafo com n ve´rtices e ∆ folhas para cada poss´ıvel n,∆ com n > ∆ ≥ 2. 3. Prove que: (a) G e´ uma floresta se e somente se todo subgrafo induzido possui ve´rtice de grau menor ou igual a 1; (b) G e´ uma floresta se e somente se todo subgrafo conexo e´ um subgrafo induzido. Por que na˜o posso dizer a´rvore em vez de floresta nas afirmac¸o˜es acima? 4. Seja T uma a´rvore na˜o-trivial. Seja q o nu´mero de ve´rtices de grau pelo menos 3 de T e seja n1 o nu´mero de folhas de T . Mostre que q ≤ n1 − 2. 5. Seja T uma a´rvore tal que cada ve´rtice possui grau 1 ou k. Quais sa˜o os poss´ıveis valores de |V (T )|? 6. Prove que toda a´rvore na˜o-trivial T possui pelo menos dois conjuntos independentes maximais distintos. Mostre que a u´nica a´rvore com exatamente dois conjuntos independentes maximais e´ uma estrela (a´rvore isomorfa a K1,t para algum t ≥ 1).. 1 7. Usando induc¸a˜o no nu´mero de ve´rtices, mostre diretamente que uma a´rvore e´ um grafo bipartido. Usando isto, mostre que um grafo sem circuitos ı´mpares e´ bipartido. Sugesta˜o: considere uma a´rvore geradora de G. 8. Toda a´rvore e´ um grafo bipartido! Mostre que toda a´rvore possui uma folha na maior das classes da bipartic¸a˜o (em ambas se elas teˆm o mesmo tamanho). 9. Um ve´rtice v e´ dito paiza˜o1 se na˜o e´ uma folha e e´ adjacente a pelo menos g(v) − 1 folhas. E´ verdade que toda a´rvore com n ≥ 3 possui um ve´rtice paiza˜o? 10. Suponha que T seja uma a´rvore na qual todo ve´rtice adjacente a uma folha tem grau pelo menos 3. Prove que T possui duas folhas adjacentes a um mesmo ve´rtice. 11. Seja T uma a´rvore. Prove que todos os ve´rtices de T teˆm grau ı´mpar se e somente se para aresta e ∈ E(T ), as duas componentes de T − e possuem um nu´mero ı´mpar de ve´rtices. 12. Sejam g1, . . . , gn inteiros positivos com n ≥ 2. Prove que existe uma a´rvore com ve´rtices de graus g1, . . . , gn se e somente se ∑n i=1 gi = 2n− 2. 13. (*) Seja G um grafo com n ≥ 3 tal que G− v e´ uma a´rvore para todo v ∈ V (G). Determine m em func¸a˜o de n e use isto para determinar G. 14. (**) Prove que se T e´ uma a´rvore com k + 1 ve´rtices e G e´ um grafo simples com δ(G) ≥ k, enta˜o G conte´m uma co´pia de T (isto e´, um subgrafo isomorfo a T ). Sugesta˜o: use induc¸a˜o em k. 15. Usando o exerc´ıcio anterior, mostre que todo grafo simples com grau me´dio pelo menos 2(k−1), onde k − 1 > 0 e´ inteiro, possui uma co´pia de qualquer a´rvore com k + 1 ve´rtices. 16. (**) Prove a propriedade de Helly para a´rvores: sejam T1, . . . , Tk suba´rvores de uma a´rvore T tais que quaisquer duas dessas a´rvores possuem um ve´rtice em comum. Prove que existe um ve´rtice comum a todas essas suba´rvores. Me´todo 1: use induc¸a˜o em k; vai ser preciso fazer duas induc¸o˜es. Me´todo 2: use induc¸a˜o em |V (T )|; tome uma folha de T e verifique se para alguma das suba´rvores vale que V (Ti) = {v}. Se isto na˜o valer, modifique T e as suba´rvores Ti convenien- temente. Mostre que a afirmac¸a˜o acima na˜o e´ verdade se T na˜o for uma a´rvore. 17. (*) Seja T uma a´rvore e seja s ∈ V (T ). Seja P um caminho mais longo em T que comec¸a em s. Digamos que P termina em u. Seja Q um caminho mais longo em T que comec¸a em u. Prove que Q e´ um caminho mais longo em T . 18. Suponha que T e T ′ sejam a´rvores geradoras de um grafo G. Para cada aresta e ∈ E(T )−E(T ′), prove que existe uma aresta e′ ∈ E(T ′) − E(T ) tal que T ′ + e − e′ e T − e + e′ sa˜o a´rvores geradoras de G. 19. Seja G um grafo conexo contendo um u´nico circuito, digamos C. Determine o nu´mero de a´rvores geradoras de G. 1Pura falta de imaginac¸a˜o. 2 20. Seja G um grafo conexo contendo exatamente dois circuitos C e C ′. Determine o nu´mero de a´rvores geradoras de G. Sugesta˜o: esses circuitos podem ter arestas em comum? 21. Determine o nu´mero de a´rvores geradoras τ(G) de um grafo G em func¸a˜o dos nu´meros de a´rvores geradoras dos blocos de G. 22. (* ou **) Determine o nu´mero de a´rvores geradoras de K2,n para n ≥ 2. Sugesta˜o: chame de x e y os ve´rtices da menor parte. Note que em qualquer a´rvore geradora exatamente um dos ve´rtices da outra parte tem que ser vizinho de x e de y enquanto cada um dos outros ve´rtices e´ vizinho de x ou de y (mas na˜o de ambos). Conte o nu´mero de possibilidades. 23. (** ou ***) Seja e uma aresta qualquer de Kn onde n ≥ 3. Prove que o nu´mero de a´rvores geradoras de Kn − e e´ (n− 2)n n−3. Sugesta˜o: note que por simetria, e´ irrelevante qual aresta de Kn e´ removida. Conte o nu´mero de pares (f, T ) onde T e´ uma a´rvore geradora de Kn e f ∈ E(T ). Divida este resultado por ?? para obter o nu´mero de a´rvores geradoras de Kn que conte´m uma aresta fixa e. O resto deveria ser fa´cil. 24. Seja G um grafo na˜o-separa´vel e seja e ∈ E(G). Mostre que o grafo obtido a partir de G subdividindo e e´ na˜o-separa´vel. 25. Seja G um grafo e e ∈ E(G). Mostre que (a) se G− e e´ na˜o-separa´vel e e na˜o e´ um lac¸o, enta˜o G e´ na˜o-separa´vel, (b) se G/e (G contrai e) e´ na˜o-separa´vel e e na˜o e´ nem um lac¸o nem aresta-de-corte, enta˜o G e´ na˜o-separa´vel. 26. Mostre que todo grafo separa´vel possui pelo menos dois blocos-folhas. 27. Seja G um grafo na˜o-separa´vel e seja e ∈ E(G) tal que G− e e´ separa´vel. Mostre que a a´rvore de blocos de G e´ um caminho. 28. Mostre que um grafo e´ par se e somente se cada um de seus blocos e´ par. 29. Mostre que um grafo e´ bipartido se e somente se cada um de seus blocos e´ bipartido. 30. Mostre que se um grafo G na˜o conte´m circuitos pares, enta˜o cada bloco de G ou e´ um circuito ı´mpar ou uma co´pia de K1 ou K2. 31. (*) Seja G um grafo simples na˜o-separa´vel e na˜o-bipartido. Sejam x e y ve´rtices distintos em G. Mostre que existem um caminho par e um caminho ı´mpar de x a y (os caminhos na˜o tem relac¸a˜o entre si, o importante e´ que tenham a paridade desejada). Sugesta˜o: escolha convenientemente subconjuntos A,B de V (G) e use um resultado visto em aula. O resultado vale se o grafo for separa´vel? 32. (* ou **) Nesta questa˜o voceˆ deve provar a versa˜o para arestas-de-corte de um teorema visto em aula. Seja G um grafo sem arestas-de-corte e sejam x, y ∈ V (G). Mostre que existem dois caminhos disjuntos nas arestas de x a y em G. 3
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