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Resumo da Aula 1 a 5 de EDUCAÇÃO ESPECIAL

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AULA 1 – CULTURA DAS DIFERENÇAS
♥ Deficiência Causas orgânicas, ocorridas no início do desenvolvimento, e que dificilmente seriam modificadas.
Pessoas que trazem alguma característica que as distingue das demais, seja por diferenças em relação a credo, gênero, raça, condição física, etc., muitas vezes são estigmatizadas e excluídas do convívio social. Na vida cotidiana, enfrentam preconceitos em relação às suas capacidades e potencialidades.
♥ Educação Inclusiva Não substitui a educação comum e que tem como objetivo oferecer serviços e recursos, de forma complementar ao ensino regular, atendendo às necessidades de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
♥ Exclusão: 
 Ao nascer, a criança era observada detalhadamente por um grupo de anciãos. Caso apresentasse algum problema físico ou saúde debilitada, era lançada ao Monte Taigeto. 
 Saudável, ficava com a mãe até os 7 anos. Depois, o governo assumia a sua tutela. 
 A Ciência não explicava a deficiência. As diferenças individuais não eram compreendidas. As pessoas com deficiência foram ignoradas pela sociedade.
♥ Segregação:
 Poder da Igreja Católica;
 As pessoas eram deixadas em Instituições;
 Cunho Assistencial;
 Concepção mística;
 Exclusão mascarada.
 Os primeiros movimentos começaram na Europa e depois se estenderam para os Estados Unidos, Canadá e Brasil.
♥ Integração: Do século XVI até meados do século XX: concepções de deficiência - misticismo e ocultismo (cunho religioso ou crença em poderes sobrenaturais). Educação de pessoas com deficiência / Sistema Braille / Estudo sobre privação cultural / Treinamento motor e sensorial / Materiais didáticos.
♥ No século XIX: Algumas províncias solicitavam a vinda de religiosas para cuidar da educação dessas crianças.
 Os meninos, depois dos sete anos, eram enviados para o Seminário de Sant´Ana, onde ficavam até conseguirem uma profissão
 As meninas, depois dos sete anos, eram encaminhadas para o Seminário da Glória, onde permaneciam até se casarem
♥ Os efeitos da exclusão: São, algumas vezes, irrecuperáveis e causam danos ao sujeito e ao grupo social.
Psicológicos O sujeito que vive à margem do convívio social, sofre danos em relação à sua auto estima e pode vir a estruturar sua auto imagem de forma negativa, desenvolvendo um tipo de comportamento desviante, apático, acomodado ou agressivo como forma de resistência ou de defesa.
Econômico A pessoa que não é absorvida pelo sistema de produção capitalista, por diferentes razões, é percebida como improdutiva. Muitas vezes, não consegue sair da condição de dependência e de pobreza e não encontra oportunidade de reverter essa situação por não atender às exigências ditadas por uma ideologia de mercado altamente competitiva e preconceituosa.
Educacional/Cultural Observamos que este movimento de inclusão/exclusão do aluno em relação à escola também acontece por diferentes fatores. A problematização deste fenômeno exige uma ampliação do foco de análise, uma vez que, atinge não só o grupo de alunos com necessidades especiais de aprendizagem em decorrência de algum tipo de deficiência, mas também envolve a educação de alunos da zona rural, das crianças de rua, dos indígenas, analfabetos e de todos aqueles que, por alguma razão, se distinguem da norma e são diretamente afetados pelos mecanismos de inclusão/exclusão educacional.
Políticos A exclusão determina a limitação da possibilidade de ações participativas na vida do país e do exercício da cidadania para o grupo de excluídos, que tende a permanecer em uma posição subalterna e de fácil manipulação em relação ao grupo que detém o poder.
*O convívio de alunos com necessidades especiais de aprendizagem de forma integrada com os demais alunos, frequentando a mesma escola, participando de atividades comuns, interagindo e compartilhando o espaço comum da sala durante todo o tempo de aula é assegurado por lei e indicado como a forma mais adequada de desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. Todas as crianças devem estar matriculadas em escolas regulares e frequentando classes comuns. Desta forma, convivendo num grupo heterogêneo, todos os alunos terão oportunidade de desenvolver um maior respeito à diferença, o espírito de cooperação e de solidariedade humana.*
 L.D.B. nº 4.024/61: afirmou legalmente a modalidade de ensino especializada.
Reforma Educacional Lei nº 5.692/71: a educação é necessária para o progresso da sociedade, ao oferecer meios de adaptação do indivíduo. 
Constituição de 1988: defesa da inclusão no ensino regular. 
L.D.B. nº 9394/96: preferencialmente o aluno deve ser atendido no ensino regular. 
AULA 2 – DA INTEGRAÇÃO À INCLUSÃO: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
♥ A história da educação Especial no Brasil
 Inicialmente, o modelo médico-assistencialista visava cuidado e proteção da pessoa com deficiência.
 A partir dos anos 70, a ênfase na terapia foi aos poucos sendo substituída por um modelo de atendimento educacional, com o apoio de uma rede de serviços especializados. 
Nos anos 80, defendendo a ideia de que a pessoa com deficiência tem o direito de usufruir as condições de vida e escolarização comuns aos demais alunos.
A partir dos anos 90, o paradigma da inclusão suscita diversos questionamentos e ações que procuram garantir uma escola comum para todos os alunos, com qualidade para oferecer os suportes necessários à escolarização.
Em distintas épocas, observamos que a sociedade tende a isolar aquele indivíduo que possui alguma característica que o distingue dos demais, ditos normais, por não suportar conviver com as diferenças.
♥ Esforço unilateral: A proposta de integração pressupõe a inserção da pessoa com deficiência na sociedade, desde que ela tenha capacidade de superar as barreiras físicas, programáticas e atitudinais que a sociedade apresenta.
♥ Esforço bilateral: Nesse processo, a sociedade e as pessoas buscam parcerias para solucionar os problemas. A prática da inclusão busca compreender as diferenças individuais e respeitá-las, valorizando as peculiaridades
Os “problemas” não estão nas pessoas com deficiência, mas na sociedade, a qual cria barreiras que causam incapacidades no desempenho dos papéis sociais desses sujeitos. A proposta de construção de um projeto educacional inclusivo e de uma escola para todos tem como referência novos paradigmas e requer uma intervenção junto a diferentes setores da sociedade para garantir o acesso imediato, irrestrito e contínuo dos alunos com necessidades especiais a todos os espaços comuns da escola regular. 
♥ Paradigmas educacionais
Paradigma médico-assistencialista Objetivo de cuidar e proteger; pouca ênfase no trabalho pedagógico.
Paradigma de serviços Ênfase na oferta de serviços especializados que o aluno com uma deficiência deve frequentar como condição para atingir o nível de escolarização desejado e somente depois ser inserido no ensino regular (classe especial, escola especial).
Paradigma de suportes Inclusão direta do aluno em classe comum da escola regular e atendimento educacional especializado no turno oposto da escola oferecendo apoio e suporte necessário para sua escolarização (escola inclusiva).
AULA 3 – EDUCAÇÃO INCLUSIVA: PRINCÍPIOS E DESAFIOS
A discussão sobre inclusão/exclusão social está presente no cenário atual brasileiro e vem mobilizando um amplo debate sobre os mecanismos socioculturais que viabilizam, dificultam ou impedem o acesso permanente aos direitos políticos, civis e sociais a todas as pessoas que compõem a sociedade.
A educação inclusiva favorece e valoriza o convívio com a diversidade, que é uma característica do ser humano, e se organiza a partir do respeito às diferenças, características e necessidades especiais que o aluno possa apresentar. 
ESCOLA X FAMILIA X COMUNIDADE = No movimento da educação inclusiva e na construção de uma rede de apoio aos alunos com necessidades educacionais especiais.
O desafio da escola e de todos aqueles envolvidosno processo educativo é mediar esse processo de inclusão e criar condições para remover as barreiras de aprendizagem, sem isolar o aluno que apresente alguma dificuldade ou necessidade educacional especial. Inúmeras transformações são necessárias, e essas transformações dependem de uma complexa rede de adaptações por parte de diferentes setores, para que, efetivamente, o aluno sinta-se integrado ao grupo, participando do processo de construção de conhecimento e de socialização.
No cenário político-social brasileiro, as iniciativas mais pontuais em relação à necessidade de se criar mecanismos de inclusão no sistema educacional encontram apoio e subsídios nas ideias levantadas por diferentes movimentos sociais, documentos e leis, que surgiram como resultado de uma maior mobilização da sociedade em relação à necessidade de garantir o direito de todos à educação e ao exercício da cidadania.
♥ Lei de Diretrizes e Bases  LDB (Lei nº 4.024/61) Fica explícita a preocupação do poder público com a educação especial no país.
♥ Lei nº 5.692/71 Introduz a visão tecnicista em relação ao aluno com deficiência no contexto escolar e sugere a implementação de técnicas e serviços especializados para seu atendimento.
♥ O Conselho Nacional de Educação Especial – CENESP Foi criado por decreto, em 1973, com o intuito de funcionar como representação do poder público neste campo específico da educação.
♥ Constituição Federal de 1988 Recomenda o “atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino” (art. 208).
♥ Declaração de Salamanca Redigida em 1994 Por cerca de cem países reunidos em conferência internacional apoiada pela UNESCO, realizada em Salamanca, na Espanha, como um importante marco na luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas e pela participação social efetiva da pessoa com deficiência como cidadão. Neste documento, diferentes países defendem a ideia de que o sistema educacional deve organizar-se de forma a atender a todos os alunos, onde o sistema de segregação de alunos com necessidades educacionais especiais em instituições especializadas não é recomendado. Segundo este princípio, a escola deverá utilizar recursos, programas, serviços e tecnologias disponíveis para todos os alunos, adaptando o currículo, apenas quando necessário, para atender aos alunos com necessidades especiais. Na perspectiva da inclusão, é de responsabilidade do sistema educacional e das instituições escolares a criação dos suportes para viabilizar o acesso ao currículo e a quebra de barreiras que impeçam ou dificultem o aprendizado de todos os alunos.
O governo procura implementar a educação inclusiva, através das políticas educacionais instituídas, por meio da legislação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96; Lei 7.853/89), de documentos norteadores (Resolução do CNE/CEB nº 2/2001 que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, entre outros) e de ações, que procuram garantir o acesso e permanência do aluno com necessidades educacionais especiais no ensino comum.
♥ Doença Para definir se um fenômeno é considerado normal ou patológico é necessário analisar a sua frequência.
♥ Patologia É definida como um desvio do que se considera uma normalidade média, a qual é medida pela frequência que esta se apresenta, destacando a importância das condições gerais da vida coletiva.
AULA 4 – ACESSIBILIDADE, TECNOLOGIA ASSISTIVA E A ESCOLARIZAÇÃO DO ALUNO COM DEFICIENCIA FISICA.
 Decreto nº 5.296, de 2/12/2004 – O termo deficiência, não deixa de existir, uma vez que ele auxilia na compreensão das peculiaridades dos sujeitos que apresentam essa condição. É uma forma de explicar uma condição e/ou uma situação de uma pessoa.
 O trabalho desenvolvido pelo atendimento educacional especializado em parceria com toda comunidade escolar é essencial para a definição de estratégias pedagógicas e disponibilização dos recursos que favoreçam o acesso do aluno ao currículo comum, sua interação social, acessibilidade ao espaço físico da escola e participação em todos os projetos e atividades escolares.
 Somente uma ação pedagógica consciente e conjunta poderá superar as barreiras que possam surgir no processo de construção de uma escola inclusiva e acessível a todos os alunos. Conhecer os meios e as mediações que favoreçam esse processo é, então, nosso principal objetivo de estudo.
 Desde muito tempo, a sociedade estabelece relações extremamente segregadoras e estigmatizantes em relação à pessoa com deficiência física que muitas vezes, é vista como incapaz.
 A sociedade julga, classifica e segrega essa pessoa de forma preconceituosa, negando-lhe a chance de revelar suas potencialidades e possibilidades, que estão além da aparência física.
 Sob orientação da política de democratização do ensino, algumas iniciativas são implementada com o objetivo de garantir a inserção do aluno com deficiência na classe comum em escola regular.
 Destacamos que, no caso da inclusão de alunos com deficiência física, encontraremos varios tipos e graus de comprometimento. Será preciso um estudo sobre as necessidades específicas de cada aluno.
 Essas transformações acarretaram um maior acesso à escola por parte dos alunos com deficiências.
Segundo o documento do MEC/SEESP, “Salas de Recursos Multifuncionais: Espaço de Atendimento Educacional Especializado” (2006)...“...a deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.”
O Atendimento Educacional Especializado deverá utilizar os recursos de Tecnologia Assistiva no ambiente escolar necessários para o trabalho pedagógico com o aluno com deficiência física. A Tecnologia Assistiva é definida como: “um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência”
 A escola deverá priorizar as seguintes modalidades, respeitando as características e necessidades especiais de cada aluno:
- Auxílio em atividades de vida diária – material pedagógico.
- Comunicação aumentativa e alternativa, e também informática acessível.
- Acessibilidade e adaptações 
-Arquitetônicas
- Mobiliário, adequação postural e mobilidade.
 O objetivo do trabalho desenvolvido em parceria com o processo de escolarização regular é que o atendimento especializado contribua para o desempenho do aluno em relação à comunicação, mobilidade, interação social, construção de conhecimento, dentre outros aspectos.
 No caso mais específico de trabalho junto aos alunos com sequelas de paralisia cerebral: 
 “Sequela de um comprometimento encefálico que se caracteriza, primordialmente, por um distúrbio persistente, mas não variável, do tônus, da postura e do movimento que surge na primeira infância e não somente é diretamente secundário a esta lesão não evolutiva do encéfalo, mas que se deve, também, à influência que esta lesão exerce na maturação neurológica.”
 O desenvolvimento global da criança com paralisia cerebral pode ser afetado em outros aspectos, como a consequência das dificuldades que ela possa vir a ter na percepção e nas relações com o meio, com o outro e consigo própria.
As disfunções motoras podem afetar o desenvolvimento psicológico da criança, como também, podem provocar atrasos e alterações na linguagem e motricidade, devido aos reflexos involuntários que a criança não consegue inibir.
 O desenvolvimento cognitivo pode ser afetado e prejudicado em função de sua dificuldade em atuar sobre o mundo físico, decorrente de suas limitações sensório-motoras e de linguagem, o que pode vir a comprometer o desenvolvimento das capacidades lógicas, de interaçãoe de domínio das práticas culturais, que vão desde as atividades da vida diária até o domínio da leitura e da escrita.
AULA 5 – RECURSOS E SUPORTES ADAPTADOS PARA A ESCOLARIZAÇÃO DO ALUNO COM DEFICIENCIA VISUAL
 O aluno com baixa visão ou cegueira se beneficia da proposta inclusiva de educação, desde que as mediações e os meios necessários para sua escolarização, socialização, locomoção e acessibilidade sejam oferecidos pela escola.
 O aluno necessita de um conjunto de fatores que explorem sua forma particular de percepção, contribuindo para seu aprendizado, comunicação e socialização:
Ambiente estimulador + Mediadores + Materiais + Propostas
 A inclusão do aluno com cegueira ou baixa visão no contexto da escola regular requer uma nova estruturação da escola, que deve estar preparada para oferecer as adaptações, mediações e recursos necessários ao processo de ensino-aprendizado adequado às necessidades deste aluno. Será preciso repensar toda a organização escolar e aspectos relacionados à:
Escolarização + Socialização + Locomoção + Acessibilidade
 O aluno necessita de um ambiente estimulador, de mediadores, de materiais e propostas que explorem sua forma particular de percepção e contribuam para seu aprendizado, comunicação e socialização.
 Entendemos que o aluno cego e com baixa visão têm as mesmas potencialidades que os demais alunos para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizado, já que a deficiência visual não limita sua capacidade de aprender.
A cegueira é compreendida como: “uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente” (Sá, 2007, p.15).
 A pessoa com baixa visão apresenta características variadas dependendo do tipo e da intensidade de comprometimentos das funções visuais, que podem englobar desde a capacidade de percepção da luz até a redução da acuidade e do campo visual, que interferem nas ações e no desempenho geral da pessoa.
 O convívio entre alunos videntes exigirá uma revisão das práticas pedagógicas convencionais que, muitas vezes, enfatizam os estímulos visuais e as imagens como meios e mediações do processo de ensinar e aprender.
 Os alunos com cegueira ou baixa visão, de acordo com suas características pessoais, poderão necessitar de diferentes adaptações de acesso ao currículo e da mediação de profissionais qualificados para que possam desenvolver plenamente seu potencial no contexto escolar e na vida cotidiana.
 O planejamento de ações integradas, que envolvam toda comunidade escolar, pode garantir a construção de um espaço mais acessível na escola. As adaptações arquitetônicas e de mobiliário são necessárias, pois contribuem para uma maior autonomia e mobilidade do aluno com deficiência visual.
 É preciso que o educador esteja capacitado a atuar adequada e atentamente, observando e avaliando as reais limitações do aluno decorrentes da cegueira ou da baixa visão, e procurando criar as adaptações de acesso ao currículo, adequadas às características individuais de cada aluno.
 Além do Braille, os alunos com baixa visão também podem se beneficiar de matérias adaptadas, tais como letras ampliadas, contraste de cores, lupas, lápis preto HB2 etc, que devem ser utilizados de acordo com as características e necessidades individuais.  
 É essencial que o educador e a equipe pedagógica da escola tenham conhecimento sobre o tipo de deficiência visual que o aluno apresenta e quais são as implicações decorrentes e os sentidos remanescentes para que possam atuar favoravelmente no processo de construção de conhecimento e nas diferentes interações deste aluno com o outro e com o meio ambiente.
* Ler decretos do Slide da aula 5

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