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UNIVERSIDADE REGIONAL E INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI CAMPUS DE SANTO ÂNGELO DEPARTAMENTO DAS ENGENHARIAS E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO LAIC - LABORATÓRIO DE AUTOMAÇÃO INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE FUNDAMENTOS DE COMANDOS HIDRÁULICOS Professor Dr. André João de Souza Disciplina de Comandos Hidráulicos e Pneumáticos Santo Ângelo, 2007. 2 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................4 2. CARACTERÍSTICAS.....................................................................................................................................................6 3. APLICAÇÃO DOS SISTEMAS HIDRÁULICOS .......................................................................................................7 4. SISTEMA HIDRÁULICO GENÉRICO .......................................................................................................................8 5. COMPOSIÇÃO DE UM GRUPO DE ACIONAMENTO ...........................................................................................9 6. VÁLVULAS DIRECIONAIS .......................................................................................................................................10 7. VÁLVULAS CONTROLADORAS DE VAZÃO........................................................................................................13 8. VÁLVULAS DE RETENÇÃO .....................................................................................................................................13 9. VÁLVULAS REGULADORAS DE PRESSÃO..........................................................................................................15 9.1 Válvulas de Alívio ...........................................................................................................................................................15 10. ATUADORES LINEARES ...........................................................................................................................................16 11. ATUADORES ROTATIVOS .......................................................................................................................................16 12. FILTROS........................................................................................................................................................................17 13. RESERVATÓRIOS.......................................................................................................................................................19 13.1 Dimensionamento .........................................................................................................................................................20 13.2 Regra da Altura do Filtro de Sucção ..........................................................................................................................20 13.3 Resfriamento do Fluído................................................................................................................................................21 13.4 Precipitação de Impurezas...........................................................................................................................................21 13.5 Circulação Interna do Ar.............................................................................................................................................21 14. ACUMULADORES.......................................................................................................................................................22 15. FLUÍDOS HIDRÁULICOS ..........................................................................................................................................22 15.1 Viscosidade....................................................................................................................................................................23 16. BOMBAS HIDRÁULICAS...........................................................................................................................................24 16.1 Bombas de engrenagem................................................................................................................................................25 16.2 Bombas de Palhetas ......................................................................................................................................................25 16.3 Bombas de Pistões.........................................................................................................................................................26 16.4 Bombas de Parafuso .....................................................................................................................................................27 3 17. INSTRUÇÕES PARA A INSTALAÇÃO DAS BOMBAS HIDRÁULICAS............................................................27 17.1 Partida e Sangria ..........................................................................................................................................................27 17.2 Tipos de Desalinhamento .............................................................................................................................................28 17.3 Sentido de Rotação .......................................................................................................................................................29 17.4 Cavitação .......................................................................................................................................................................29 17.5 Qualidade do Fluído .....................................................................................................................................................30 17.6 Temperatura .................................................................................................................................................................30 17.7 Sobrepressão .................................................................................................................................................................31 17.8 Procedimentos no Momento de Troca da Bomba......................................................................................................31 18. COMANDOS MÚLTIPLOS.........................................................................................................................................32 19. INSTRUMENTOS E ACESSÓRIOS...........................................................................................................................32 20. ALGUNS DEFEITOS NOS SISTEMAS HIDRÁULICOS E SUAS POSSÍVEIS CAUSAS ..................................33 21. EXEMPLOS DE CIRCUITOS HIDRÁULICOS .......................................................................................................36 22. SIMBOLOGIA...............................................................................................................................................................40 23. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................................................................45 4 1. INTRODUÇÃO A utilização de sistemas hidráulicos, já fazem parte do cotidiano da humanidade há muitos anos, seja pela necessidade de promover forças de grande intensidade, ou pela simples realização de um movimento com a finalidade de facilitar o trabalho braçal.A partir do domínio e do uso da hidráulica, uma pessoa pode manobrar um automóvel de duas toneladas com um pequeno esforço na direção. Ou com um simples toque numa alavanca, pode levantar vários metros cúbicos de terra numa pá carregadeira. No contexto atual de produção, onde o domínio da ciência e tecnologia, aliados a otimização do tempo e do capital, são peças chaves para a o sucesso da atividade, a hidráulica em determinadas condições é uma ferramenta indispensável, pois se trata de um sistema eficiente e prático que prioriza a alta produtividade com o uso racional da mão-de-obra, direcionando os rumos para a produção em grande escala. De um modo geral, um sistema hidráulico é um conjunto de elementos físicos convenientemente associados, que utilizam como meio de transferência de energia um fluído sob pressão, permitindo assim a transmissão e controle de forças, movimentos e velocidade. Quando falamos em fluído, estamos falando em qualquer substância no estado líquido ou gasoso capaz de escoar e assumir a forma do recipiente que a contém. Em tratores, implementos agrícolas, veículos industriais, máquinas para movimentação de terra e veículos automotores de todos os tipos, encontramos aplicações de força com controle muito preciso, através de sistemas hidráulicos. Os sistemas hidráulicos podem ser divididos em dois grupos: Sistemas Manuais e Sistemas Automatizados. Os sistemas manuais também podem ser denominados como maquinismo ou mecanização, onde o comando e o controle das máquinas e equipamentos são realizados pelo homem. No maquinismo, o operador dispondo de informações sensoriais dos dados de aparelhos de medidas e de informações diversas, introduz correções na atuação do sistema de máquinas de modo a atingir-se, da melhor forma possível, um objetivo determinado, além de ditar o regime de funcionamento da máquina. Um exemplo é o torneiro mecânico (torno convencional) que comanda os movimentos de seu torno de acordo com a forma que a peça fabricada vai tomando, em função das medidas que realiza periodicamente. Já os sistemas automatizados, além de substituírem a força muscular do homem, têm a capacidade de “tomar decisões” a partir de uma determinada programação. A esta tecnologia também é dado o nome de Automação. A automação baseia-se na utilização de equipamentos capazes de realizar controles e auto-correções, através de sensoriamento e ações similares a do ser humano. Pode-se dizer que a automação traz algumas vantagens, tais como: 5 • Repetibilidade: o processo torna-se uniforme e as características dos produtos são mantidas • Flexibilidade: alterações mais rápidas na forma de produção • Aumento da Produção: através de um melhor aproveitamento do tempo e aumento da velocidade de operação das máquinas e processos • Valorização do Trabalho Humano: substituição do elemento humano entre trabalhos repetitivos executados em longos períodos, onde o homem é levado a exaustão física e psicológica, e também em trabalhos insalubres e alta periculosidade. É importante salientar que a automação de um processo produtivo não é garantia de aumento da produtividade, mas sim da repetibilidade do processo. Esta repetibilidade é que permite, através da variação dos parâmetros do processo, o estabelecimento de um ponto ótimo de operação, no qual se obtêm produtos de maior qualidade e maiores índices de produtividade. 6 2. CARACTERÍSTICAS Os sistemas hidráulicos possuem características que os tornam especialmente recomendados para uma série de aplicações. De um modo geral, são caracterizados por apresentarem um alto momento de rotação e baixa velocidade, além de desenvolverem movimentos lineares simples, usando cilindros com boa velocidade de controle, e forças muito grandes. Com altas pressões, (acima de 600 bar) podem ser geradas forças na faixa de 3000 kN. Como vantagens pode-se citar: • Baixa relação peso/potência, ou seja, transmissão de grandes forças e torques elevados, com dimensões relativamente reduzidas. • Capacidade de vencer a inércia de grandes cargas. • Possibilidade de utilização do sistema em condições ambientais adversas. • Possível combinação com sistemas elétricos, mecânicos e pneumáticos. • Adaptação automática da força ou torque. • Possibilidade de variação contínua de força e da velocidade nos atuadores lineares e do torque e da rotação nos atuadores rotativos, por meio de controle e ajuste. Por outro lado, os sistemas hidráulicos também possuem algumas limitações, tais como: • Custo elevado em relação aos sistemas mecânicos e elétricos compatíveis. • Maior risco de poluição ambiental. • Maior perigo resultante da pressão excessiva. • Dependência da temperatura (mudança na viscosidade do fluído hidráulico). • Perdas por vazamentos internos e possibilidade de vazamentos externos, devido a folgas, que diminuem a eficiência do sistema e comprometem a precisão dos movimentos. • Perda de potência devido à dissipação de energia por atrito viscoso, isto é, perdas de carga nas canalizações e componentes, o que limita a velocidade do fluído, e conseqüentemente a velocidade dos atuadores hidráulicos. 7 3. APLICAÇÃO DOS SISTEMAS HIDRÁULICOS Em função dos esforços de desenvolvimento tecnológico, os sistemas hidráulicos encontram aplicação em praticamente todos os ramos de atividades, da extração mineral à indústria aeroespacial, bem como a aplicações de uso cotidiano, como em veículos de transporte e passeio. De um modo mais simplificado, pode-se classificar como: a) Hidráulica Industrial Máquinas operatrizes, máquinas injetoras, prensas hidráulicas, maquinaria pesada, robôs industriais e máquinas de precisão. b) Siderurgia, Engenharia Civil e Geração de Energia Laminadores, transportadores, controle dos fornos e lingotamento, comportas e represas, mancais e controladores de turbinas, além de equipamentos para pontes móveis. c) Hidráulica Móbil Máquinas de Terraplanagem, máquinas agrícolas, veículos de transporte e passeio. Neste caso específico, os exatos movimentos de trabalho são gerados por atuadores lineares (cilindros) e os movimentos de rotação por atuadores de rotação ( motores e controles de rotação). d) Aplicações Gerais Oficinas e postos de serviços de veículos, manutenção de redes elétricas, equipamentos odontológicos e hospitalares, etc. 8 4. SISTEMA HIDRÁULICO GENÉRICO As possibilidades de aplicação dos sistemas hidráulicos são amplas e variadas, como se viu anteriormente. Para uma determinada aplicação, diferentes circuitos podem ser utilizados para diferentes fins, desde que sejam mantidas algumas características de semelhança entre as aplicações. Entretanto, qualquer que seja o sistema de aplicação, todos mantém certa característica básica, de acordo com o sistema lógico da figura abaixo. � Fonte de Energia � Sistema de Controle � Sistema de Aplicação SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO a) Fonte de Energia Neste sistema, a energia normalmente elétrica é transformada em energia mecânica, que por sua vez é convertida em energia hidráulica. É composto por motor elétrico, acoplamento e bomba de deslocamento positivo. b) Sistema de Controle A energia hidráulica obtida no sistema fonte de energia, ao ser transmitido para o sistema de aplicação, é intermediariamente controlada pelo sistema de controle. Fazem parte deste sistema, as válvulas de controle direcional, válvulas de controle de vazão e controle de pressão. c) Sistema de Aplicação A energia hidráulica é finalmente entregue ao sistema de aplicação, onde é convertidonovamente em energia mecânica, realizando trabalho. Os cilindros motores e osciladores hidráulicos compõe este sistema. d) Sistema de Distribuição Este sistema é responsável dos demais sistemas. É geralmente composto por filtros, mangueiras, tubulações, conexões, reservatório, acumuladores e acessórios. 9 5. COMPOSIÇÃO DE UM GRUPO DE ACIONAMENTO O grupo de acionamento fornece a energia necessária para o funcionamento do sistema hidráulico. Seus principais componentes são: 1) Bomba hidráulica 2) Acoplamento 3) Motor elétrico 4) Reservatório 5) Válvula limitadora de pressão 6) Tubulação rígida e as conexões 7) Filtro 8) Indicação do nível do líquido Grupo de Acionamento de um Sistema Hidráulico A bomba (1) está unida ao motor elétrico (3) por meio de um acoplamento (2). A bomba, o reservatório e a válvula de segurança estão unidos entre si mediantes tubulações rígidas. Os extremos das tubulações que penetram no reservatório encontram-se abaixo do nível do líquido, para evitar entrada de ar. 10 6. VÁLVULAS DIRECIONAIS São os elementos de comando de um sistema hidráulico. Têm a função de controlar a direção e o fluxo do fluído. Através deste controle, podem-se obter os movimentos desejados nos atuadores, de tal forma que se torne possível efetuar o trabalho exigido. Válvulas Direcionais de 2/2 Vias Sua denominação ocorre conforme a quantidade de conexões úteis (vias) e o número de posições de comutação. A posição de repouso da válvula pode ser feita de duas formas Quanto ao tipo de centro podem ser aberto ou fechado. A B P T A B P T Centro aberto CAP - Centro aberto positivo A B P T A B P T CAN - Centro aberto negativoCentro fechado A B P T Centro H (Tandem) 11 6.1 Métodos de Acionamento Os acionadores das válvulas podem ter atuação mecânica manual (botão, alavanca, pedal, batente, rolete ou mola), atuação por filtro (hidráulico) ou atuação elétrica (solenóide). Dente ou trava Manual Mecânico rolete Pedal Alavanca Botão Mola Solenóide Piloto Duplo acionamento (Sanduiche de Válvulas) 12 6.2 Exercício Descreva a simbologia das válvulas direcionais. 01 - 02 - 03 - 04 - 05 - 06 - 07 - 08 - 09 - 10 - 11 - 13 7. VÁLVULAS CONTROLADORAS DE VAZÃO Estas válvulas influenciam na velocidade do movimento dos atuadores, através da modificação na seção de passagem do fluído no ponto de estrangulamento (diminuição ou aumento), limitando o fluxo. A válvula controladora de vazão unidirecional, onde o fluxo é apenas num sentido, é uma combinação da válvula de restrição e de retenção. O controle da restrição da vazão depende da direção do fluxo. No sentido oposto, toda restrição é eliminada e o fluído passa livremente através da válvula. Já para válvula controladora de vazão de duas vias, existem dois pontos de estrangulamento, o “2” que é ajustável e pode ser montado na entrada ou na saída da válvula. E o “1”, que funciona como uma balança de pressão. Na balança de pressão, o estrangulamento altera a resistência imposta à passagem do fluxo de acordo com a pressão existente na entrada ou na saída da válvula. A pressão provocada pela resistência é que irá determinar a divisão de fluxo entre reservatório e circuito hidráulico. Válvula Controladora de Vazão de 2 Vias Válvulas Controladoras de Vazão Unidirecionais 8. VÁLVULAS DE RETENÇÃO Válvulas unidirecionais ou válvulas de retenção são válvulas simples que permitem a vazão livre do fluído em apenas uma direção, fechando sua passagem em sentido contrário. Encontramos duas modificações neste tipo de válvula: unidirecional com restrição (fluxo livre num sentido, restrito em sentido contrário) e unidirecional pilotada (fluxo livre num sentido, sentido contrário fechado até que seja comandado para abrir). 14 Válvula de Retenção Simples Para a válvula de retenção dupla, o fluxo é livre nas direções de A1 para B1 ou de A2 para B2 e é bloqueado de B1 para A1 ou de B2 para A2. Se o fluxo passa através da válvula de A1 para B1, o êmbolo de controle é deslocado para a direita e a retenção da válvula é aberta permitindo a passagem de fluxo de B2 para A2. Válvula de Retenção Dupla Válvula de Retenção Pilotada 15 9. VÁLVULAS REGULADORAS DE PRESSÃO São válvulas que influenciam na pressão do sistema em uma instalação ou parte dela. Consiste basicamente em garantir que a pressão mantenha-se dentro de um valor pré-determinado. Se este valor for atingido, a válvula abre e conduz a vazão excedente. Conforme sua função, elas podem ser subdivididas em: válvulas limitadoras de pressão (limitar a pressão de entrada na bomba); válvulas de seqüência (ações que devem ser executadas seqüencialmente); e válvulas redutoras de pressão (limitar a pressão de saída no atuador). A maioria é de posicionamento infinito, ou seja, pode assumir diversas posições, desde totalmente aberta até totalmente fechada. A válvula é aberta na posição normal. A pressão de saída em “A” é transmitida ao êmbolo “1” através de um tubo de controle “3”. A força resultante é comparada com a força da mola. Se a força da superfície do pistão excede o valor do conjunto, a válvula começa a fechar logo que o cursor se move contra a mola até um equilíbrio de forças surgir. Isso causa uma redução no vão do estrangulamento e há uma queda de pressão. Se a pressão na saída “A” aumenta novamente, o êmbolo se fecha completamente. Válvula Reguladora de Pressão de 2 Vias 9.1 Válvulas de Alívio Este tipo de válvula possui duas funções num circuito hidráulico: limitar a pressão no circuito ou em parte dele a um nível pré-selecionado e proteger o sistema, bem como os diversos equipamentos que o compõem, contra sobrecargas. As válvulas de alívio e segurança podem ser de três tipos: de operação direta, de operação indireta ou pilotada e diferencial. A válvula de alívio somente entrará em operação em caso de falha do regulador de pressão e se a pressão do sistema hidráulico ultrapassar seu nível máximo. 16 Válvula de Alívio 10. ATUADORES LINEARES São chamados de cilindros e tem como função básica, converter a força, potência ou energia hidráulica em força, potência ou energia mecânica. Existem os cilindros de simples efeitoe os de dupla ação. O cilindro de ação simples é usado em circuitos hidráulicos quando o esforço for aplicado em um só sentido e o movimento de retorno pode ser realizado por uma mola de reposição. Já o de dupla ação, o movimento do pistão é feito através da entrada do fluído em qualquer uma das tomadas a uma determinada vazão e pressão, e se faz necessário quando for exigido o esforço em ambos os sentidos. Atuador de Simples Ação Atuador de Dupla Ação 11. ATUADORES ROTATIVOS Tem como função, transformar energia hidráulica em energia mecânica rotativa e apresentam construção semelhante à das bombas. São representados basicamente por motores hidráulicos unidirecionais e bidirecionais. Os motores hidráulicos são máquinas que convertem energia hidráulica em energia mecânica expressa em torque e velocidade angular. De modo geral, os motores hidráulicos são bem parecidos com as bombas hidráulicas. Eles têm sua aplicação apoiada em algumas vantagens sobre outros tipos de motores como a melhor relação potência/ peso, baixa inércia, alto torque de partida, além de permitirem uma facilidade na variação da velocidade e possuírem um tempo de vida útil maior. Bem como as bombas, os motores hidráulicos podem ser unidirecionais, com um único sentido de rotação, ou bidirecionais, com rotação em ambos os sentidos. Os motores hidráulicos assim como as bombas possuem um limite para o volume de admissão (fluxo) máximo, bem como de uma pressão 17 máxima de trabalho. Os componentes internos do motor trabalham submersos em óleo, que é continuamente retirado por um dreno cujas funções são: lubrificar, refrigerar e impedir a entrada de ar. Quanto à escolha do motor apropriado, um motor térmico só deve ser usado quando não existe outra solução, devido ao alto custo dos combustíveis e das constantes manutenções. Já os motores elétricos, não servem para algumas aplicações, principalmente quando se tem paradas e partidas constantes com carga, ou ainda quando se precisa uma reversão rápida no sentido de rotação, conversão de torque ou controle de velocidade. A deficiência dos motores elétricos foi suprida pela introdução dos motores hidráulicos, que são usados em diversas aplicações que necessitam de uma grande intensidade de força. Motor Hidráulico tipo Engrenagens Motor Hidráulico tipo Palheta 12. FILTROS As partículas contaminadas que podem existir no fluído prejudicam, diminuem o tempo de vida, ou até mesmo impedem o funcionamento de alguns elementos. A função do filtro é evitar estes problemas, garantindo um bom funcionamento do sistema. Logo, existem dois tipos de filtros, o filtro químico e o mecânico. Os filtros químicos são geralmente usados para evitar que o óleo mineral torne-se ácido ou alcalino, transformando a substância nociva em água e cloreto de sódio, separando-os e deixando passar apenas o óleo mineral puro. Os filtros mecânicos, por sua vez, retém as partículas maiores e deixam passar as menores através de seus poros. Pode-se também fazer uma filtragem sucessiva, em que a abertura dos poros vai diminuindo e retendo partículas cada vez menores. Nos dois casos, existem poros em que ocorre um acúmulo de impurezas. Assim, quando a grande maioria dos poros estiver desta forma, o filtro estará entupido e deverá ser limpo ou trocado. 18 É comum a utilização de filtro com uma válvula de retenção simples em paralelo. Esta válvula abre uma passagem livre para o fluído, uma vez que é atingida a pressão de abertura quando bloqueado o filtro. O fluído vence a pressão da mola e passa livremente. Esse tipo de válvula é igualmente utilizada em filtros de retorno. Existem vários tipos de filtros mecânicos: Filtro de Pressão, montado antes de alguns componentes que requeiram filtragem mais fina (01 a 10 mícron); Filtro de Sucção, montado entre o reservatório e a bomba, tem a função de reter partículas insolúveis do fluído (130 a 150 mícron); e o Filtro de Retorno, que é o responsável pela filtragem de todo fluído que retorna ao tanque ( 30 a 60 mícron). Este se apresenta na maioria das vezes em forma de “T” e é constituído por três partes: a caneca, o elemento filtrante e o corpo superior, onde se encontra a válvula de retenção simples operando como uma válvula de elemento filtrante. O fluído é obrigado a passar pelo elemento filtrante (papel poroso especial). A medida que este elemento vai se contaminando, a pressão aumenta até chegar a 1 bar, acionando então a válvula em paralelo. Recomenda-se, a utilização de um manômetro de leitura entre zero e dez bar antes da válvula, pois quando estiver marcando um bar saber-se-á que é a hora de trocar o elemento filtrante. Filtro de Retorno Elementos Filtrantes 19 13. RESERVATÓRIOS Além de servir como depósito do fluído a ser utilizado pelo sistema, os reservatórios também são os responsáveis pelo resfriamento do fluído e pela precipitação das impurezas. O fluído deve ser armazenado de tal forma que ele nunca seja insuficiente ou excessivo, cabendo ao reservatório suprir tanto as necessidades mínimas, quanto as máximas do sistema. Reservatório Hidráulico 1) Filtro de ar 2) Tampa desmontável 3) Tubo para enchimento e filtro de grade 4) Tubo de aspiração 5) Parafuso de drenagem 6) Visor de controle para nível máximo 7) Visor de controle para nível mínimo 8) Tubo de retorno 9) Placa para evitar movimento do líquido 10) Bomba Como componentes internos do reservatório, pode-se destacar ainda: a) Filtro: Tem por finalidade reter as impurezas que podem contaminar o óleo. b) Válvula de alívio: Desvia o fluído que retorna ao filtro, em caso de entupimento do mesmo. É denominada válvula by-pass do filtro. É importante frisar que o óleo by-passado não é filtrado. 20 c) Chicana: É uma chapa estendida em pé, no sentido longitudinal do reservatório, assentada no seu fundo. Evita a turbulência do óleo de retorno, provocando o efeito quebra-redemoinho no interior do tanque. Pode ser visualizada no item 9 da figura anterior. 13.1 Dimensionamento Uma regra prática para o dimensionamento de reservatórios, é fazer com que o volume seja duas à três vezes maior que a vazão da bomba de alimentação. Porém, esta regra não se aplica a todos os casos. Nos sistemas mais complexos, com cilindros e linhas de transmissões grandes, deve-se estudá-los como se fosse um caso particular, visando não ter fluído para mais ou para menos. 13.2 Regra da Altura do Filtro de Sucção O filtro de sucção não pode estar depositado na parte inferior do reservatório, nem mergulhado a uma altura muito pequena, pois estes dois casos propiciam a entrada de ar no sistema. Assim, existem normas que recomendam que a altura mínima “h” do nível de fluído ao filtro seja de 76,2 mm. Por outro lado, algumas normas recomendam que a cota mínima seja uma vez e meia o diâmetro do duto da seção. Para assegurar o bom andamento do sistema, sugere-se que se utilize a maior cota destes dois critérios. Além disso, recomenda-se que a altura “h1” seja no mínimo 50 mm, para que as impurezas precipitadas no fundo do reservatório não entupam a parte de baixo do filtro de sucção. No caso em que não é possível obedecer a uma destas duas condições, geralmente é introduzida uma chicana horizontal, que sãoparedes montadas no interior do reservatório, com a finalidade de evitar a turbulência no tanque e assentar materiais insolúveis. Essas chicanas são instaladas geralmente um pouco abaixo do nível do fluído, já que ela extingue o vórtice (redemoinho) antes que ele atinja o filtro. Reservatório com Posicionamento do Filtro 21 13.3 Resfriamento do Fluído A geração de calor num sistema hidráulico é um fator negativo na instalação podendo trazer algumas conseqüências no seu próprio funcionamento. Uma grande parte do calor gerado pelo sistema, que também pode ser dissipado pelas paredes dos cilindros e da tubulação, é conduzido ao reservatório pelo próprio fluído. Em contato com as paredes do tanque, o calor do fluído é trocado através da radiação e da condução, pois o calor é transmitido de um corpo mais quente (fluído) para um outro mais frio (ar). É importante evitar colocar o duto de retorno perto do duto de sucção, visto que o fluído que retorna ao reservatório volta imediatamente para o circuito hidráulico, sem efetuar a troca de calor, aquecendo o sistema e provavelmente causando uma pane em pouco tempo. Para refrigerar o sistema, pode-se ainda utilizar chicanas verticais que obrigam a circulação do fluído, ou até mesmo um trocador de calor. 13.4 Precipitação de Impurezas A precipitação de impurezas no fundo do tanque pode ocorrer facilmente, já que quando o fluído retorna para o reservatório a sua velocidade decresce rapidamente. Para a limpeza no momento da troca do fluído, desta espécie de borra que se forma, necessita-se de um jato de óleo diesel de alta pressão. 13.5 Circulação Interna do Ar Quando o fluído retorna ao reservatório, ele pode absorver ar devido a movimentação da superfície livre. Este ar deve ser eliminado para que não aconteçam problemas na sucção. Essa desaeração deve ser feita através do escape do ar contido nas bolhas de espuma, que é feito pelo respiro localizado na base superior do reservatório hidráulico. É valido lembrar que ao reservatório podem ser adicionados alguns acessórios que auxiliam no trabalho do sistema como o bocal de enchimento, respiro, indicadores de nível e magnetos. 22 14. ACUMULADORES Componente necessário em todo circuito hidráulico dinâmico, o acumulador tem por finalidade amortecer o aumento súbito de pressão no sistema, ao mesmo tempo, que acumula a pressão produzida pela bomba. Consiste de uma peça cilíndrica com duas câmaras separadas por um êmbolo flutuante. Num dos lados do êmbolo é colocado nitrogênio pressurizado (efeito mola) que empurra o êmbolo para o batente oposto. A medida que a bomba hidráulica vai pressurizando o fluído no sistema hidráulico, a pressão vai forçando o êmbolo em sentido contrário, comprimindo o nitrogênio, movimentando o êmbolo para o interior do cilindro do acumulador. Quanto maior for a pressão, mais ele empurra o êmbolo, acumulando maior pressão e absorvendo a carga hidráulica da bomba, protegendo-a contra vibrações e choques hidráulicos. Acumuladores de pressão não precisam de indicadores de pressão em suas linhas de ar e, quando se faz necessário verificar a sua pré-carga (pressão de ar) , basta aliviar a pressão do sistema hidráulico e observar o movimento do ponteiro do manômetro. Quando houver uma queda súbita da pressão para zero, a última leitura é a medida da pré-carga. Quanto aos seus tipos, podem ser de peso, de bola, de pistão, de membrana e de bexiga. Acumulador 15. FLUÍDOS HIDRÁULICOS A escolha correta do fluído de trabalho a ser utilizado, é um dos principais fatores para que se obtenha um maior rendimento com um mínimo de manutenção em uma instalação hidráulica. Um bom fluído é aquele que transmite com eficiência a potência que lhe é fornecida, e lubrifica satisfatoriamente os componentes internos do sistema. Neste sentido, os fluídos mais utilizados são o óleo mineral e os 23 fluídos resistentes ao fogo (fosfatos de ésteres, cloridratos de hidrocarbonos, água glicóis e água em óleo). Os fluidos hidráulicos apresentam em geral, a compressibilidade de 0,5% na pressão de 70 kgf/cm2. Em suma, para uma melhor conservação dos equipamentos que compõe o sistema hidráulico, e para uma maior vida útil do próprio lubrirefrigerante, é importante que não se misture dois fluídos de fabricantes diferentes. Também é imprescindível que durante a troca, todo óleo tenha sido removido, pois testes revelam que 10% do óleo “velho” reduz 70% das qualidades do óleo novo. Em situações que o fluído hidráulico ficar parado por mais de dois meses, após seu respectivo uso, convém substituí-lo. O tipo de óleo a ser utilizado, bem como seu respectivo período de troca são recomendados pelo fabricante, e é importante que não se utilize o método de somente completar o nível de óleo, quando for necessário a troca . 15.1 Viscosidade Pode-se definir viscosidade como uma propriedade específica dos fluídos, que em outras palavras representa a resistência que se opõe ao escoamento do fluído. Se um fluído escoa facilmente, comparado a outro, pode-se afirmar que ele possui uma viscosidade mais baixa. Em contrapartida, um fluído que escoa com dificuldade possui uma alta viscosidade. Em geral, quando a viscosidade é muito alta, há um aumento do atrito, ocasionando um aumento do consumo de energia, aumento da temperatura de trabalho e uma maior queda de pressão devido à resistência. Problemas como operação vagarosa e a dificuldade em separar o ar do óleo no reservatório também podem vir a ocorrer. Por outro lado, quando a viscosidade for baixa, os vazamentos internos aumentam e conseqüentemente há um aumento da temperatura. O rendimento da bomba pode ser reduzido, vindo a resultar numa operação mais lenta do atuador. Além do gasto excessivo ou talvez o engripamento sob carga pesada, devido à decomposição química da película de óleo entre as peças móveis. Na realidade, existe outro parâmetro que deve ser observado quando da escolha de um fluído, o índice de viscosidade. O índice de viscosidade é uma medida relativa da mudança de viscosidade de um fluído com relação às variações de temperatura. Um fluído que tem uma viscosidade relativamente estável a temperaturas extremas, tem um alto índice de viscosidade. Já um fluído que é espesso quando frio, e fino quando quente, tem um baixo índice de viscosidade. 24 16. BOMBAS HIDRÁULICAS A bomba é o elemento do sistema hidráulico responsável pela geração de vazão, sendo portanto, fundamental para o acionamento dos atuadores. Elas convertem energia mecânica em energia hidráulica. Podem ser divididas em dois grupos principais: bombas de deslocamento não-positivo (bombas hidrodinâmicas) e bombas de deslocamento positivo (bombas hidrostáticas). As bombas de deslocamento não-positivo, também conhecidas como roto dinâmicas, encontram seu maior uso na transferência de líquidos, sendo que durante a operação o único tipo de resistência encontrada é aquela causada pelo peso do líquido ou pelo atrito encontrado no escoamento pela tubulação. Nelas, um pequeno aumento de pressão reduz consideravelmente sua capacidade de vazão. Em geral, não existe uma boa vedação entre a sucção e a descarga, pois não há um contato direto entre o rotor e a carcaça, provocando assim uma grande quantidade de vazamentos internos. Desse modo, esse tipo de bomba pode operar com fluídos de baixa viscosidade, e a altas pressões (aproximadamente 7 bar), não sendo necessário a proteção contra sobrecargas. São classificadas em Radiais (centrífugas), Axiais (hélice) e Mistas (turbinas). Rotores de Turbo bombas FechadosRotor de Turbo bomba Aberto Já as bombas de deslocamento positivo são as mais empregadas em sistemas hidráulicos. A vazão fornecida por esse tipo de bomba é pouco influenciada pela pressão de saída, devido a sua boa vedação interna e a seu funcionamento através de meios puramente estáticos. Esse tipo de bomba cria uma depressão na sua entrada, suficiente para que a pressão atmosférica atuante no depósito e desloque o fluído para o interior da bomba. A partir desse ponto, o fluído é simplesmente compelido, apesar das grandes resistências contrárias, para a saída da bomba. A pressão aparece como conseqüência da resistência oposta ao fluxo do líquido, causada pelo sistema atrás da bomba, necessitando de válvulas de segurança após as bombas. Produzem vazões pequenas. As bombas de deslocamento positivo podem ser de deslocamento fixo ou variável, sendo que as últimas, tem a capacidade de variar a vazão de um valor máximo até zero, em sentido único ou com reversão de sentido. 25 Tipos de bombas de vazão fixa: manuais, engrenagens (bomba de engrenagens internas, de engrenagens externas e rotores lobulares), parafusos, palhetas e pistões (radiais e axiais). Tipos de bombas de vazão variável: manuais, palhetas (bombas de palhetas de vazão variável com compensação de pressão) e de pistões (axiais). 16.1 Bombas de engrenagem Consiste de uma engrenagem de acionamento e uma engrenagem acionada, contidas numa caixa bem justa. As engrenagens giram em direções opostas e encaminham o óleo lateralmente, no espaço entre os dentes, empurrando-o para o sistema hidráulico. A eficiência da bomba é medida pela folga entre a engrenagem e a carcaça da bomba. São de construção simples, pois normalmente existem somente duas peças móveis, além de serem de fácil manutenção. Trabalham com uma pressão de até 250 kgf/cm2 e apresentam um rendimento de 80 a 85%. Apresentam elevado ruído (reduzido nas bombas helicoidais), porém comparado com outras bombas possuem uma maior tolerância a impurezas e apresentam um preço mais baixo. Bombas de Engrenagem Interna Bomba de Engrenagens Externas 16.2 Bombas de Palhetas Consiste de um rotor provido de ranhuras que é girado por um eixo de acionamento. Cada ranhura do rotor retém uma palheta retangular que pode mover-se radialmente na ranhura. Quando o rotor gira, a força centrífuga aciona as palhetas para fora. Para bombas de palhetas deslizantes, devido à excentricidade do rotor em relação à carcaça da bomba, a entrada de óleo está situada na parte onde as câmaras aumentam de tamanho e o movimento das palhetas conduzem o óleo para a saída da bomba, onde as câmaras diminuem de tamanho, empurrando-o para o sistema hidráulico. 26 Apresentam uma construção simples, porém possuem maior número de peças móveis (palhetas), e também são de fácil manutenção. Sua pressão de trabalho é de até 210 kgf/cm2 para bombas de anel elíptico, e apresentam um rendimento de 75 à 80%. São de baixo ruído, porém apresentam pouca tolerância a impurezas. Bomba de Palhetas Deslizantes no Rotor Bomba de Palhetas Flexíveis 16.3 Bombas de Pistões Ao girar o rotor, montado excentricamente, os pistões executam um curso, que aumenta gradativamente na câmara de sucção e diminui na câmara de pressão. Possuem uma construção muito precisa, logo são de difícil manutenção. A pressão de operação chega a 700 kgf/cm2. São as que apresentam baixo ruído e tem o melhor rendimento, entorno de 95%. Em contrapartida, são as que menos toleram impurezas e possuem baixo poder de sucção. Bomba de Pistões Radiais Bomba de Pistão Radial 27 16.4 Bombas de Parafuso São unidades de alta eficiência para o recalque de líquidos /ou recirculação, contendo sólidos, tais como esgoto bruto ou lodo, permitindo elevações de até 7,5 metros em um único estágio, chegando a vazões de até 3m3/s. As bombas parafuso consistem basicamente em um canal inclinado com o "parafuso" de aço que, por seu movimento rotativo, transporta o líquido canal acima. Sua construção permite funcionamento contínuo a uma velocidade constante, mesmo para vazões variáveis, eliminando desta forma dispositivos de controle sofisticados. Em geral, a escolha do tipo de bomba se faz, baseado na necessidade de deslocamento volumétrico, ou seja, a vazão real que a instalação necessita. O deslocamento teórico, em geral é fornecido pelo fabricante através de catálogos técnicos, e o deslocamento real é medido na prática. Bomba de 3 Parafusos Bomba de 1 Parafuso 17. INSTRUÇÕES PARA A INSTALAÇÃO DAS BOMBAS HIDRÁULICAS Assim como qualquer equipamento elétrico ou mecânico, o equipamento hidráulico requer uma série de cuidados para ser instalado ou mantido, a fim de que sua vida útil não seja abreviada. Isso acontece principalmente com as bombas, que por serem um dos equipamentos mais solicitados em um sistema hidráulico, estão mais sujeitas a falência prematura. Com isso, alguns itens devem ser observados para que o sistema funcione de acordo, evitando assim possíveis gastos com equipamentos. 17.1 Partida e Sangria Diferentes tipos de bombas requerem diferentes tipos de partidas, portanto se for utilizado um procedimento de partida incorreto, a bomba poderá ser danificada em poucos segundos. 28 É importante que a partida de uma bomba, seja feita com a linha de pressão ligada diretamente para o tanque, afim de que todo ar existente no interior da bomba seja descarregado para fora. Caso contrário, poderá danificar a bomba por falta de lubrificação inicial. Portanto, é imprescindível fazer com que as válvulas direcionais permitam que a vazão da bomba seja descarregada diretamente para o tanque. Antes de o sistema hidráulico ser acionado, todo ar deve ser removido. Além disso, é importante que se operarem todos os cilindros e motores de carga, um a um, fazendo a sangria. Deve-se estar atento ao nível de óleo do reservatório, caso contrário, torna-se difícil em proceder a regulagem do sistema. Quando se trabalha com bombas de vazão fixa (bomba de engrenagens), o motor elétrico de ser ligado sem atingir sua rotação normal. Caso não haja vazão, deve-se desligar o motor e repetir este passo por curtos espaços de tempo, até que a bomba esteja succionando normalmente. Quando todo ar for expulso da linha de pressão, deve-se reapertar a conexão de saída da bomba. Para bombas de vazão variável (bomba de pistões e de palhetas), com parafusos de ajuste de vazão, regula-se a vazão para seu valor máximo de modo a facilitar a sucção. Após esta operação, regula-se para a vazão desejada. A carcaça das bombas de pistões axiais deve ser enchida com fluído hidráulico, isto pode ser obtido através da tomada de dreno das bombas. Esse procedimento permite a expulsão do ar existente no interior da bomba. Seja qual for o tipo de bomba utilizada, os filtros devem ser substituídos após as primeiras 50 horas. A partir daí, a troca de ser feita a cada 500 horas quando se trabalha em ambientes normais, ou a cada 250 horas quando se trabalha em ambientes contaminados. 17.2 Tipos de Desalinhamento Após substituir ou reparar uma bomba do sistema hidráulico, uma das primeiras precauções que deve ser tomada na instalação de uma bomba é a do alinhamento na união da bomba com o motorde acionamento. Os desalinhamentos máximos permitidos pelos componentes variam de tipo para tipo e de fabricante para fabricante. Duas são as possibilidades de desalinhamento: axial e angular. Desalinhamento Angular Desalinhamento Axial 29 Quando a bomba está inclinada ou em desnível com o motor, haverá um esforço sobre o eixo, que será transmitido às partes girantes internas da bomba, ocasionando o desgaste prematuro ou até mesmo a quebra instantânea da bomba, logo no princípio de funcionamento. Deve-se admitir, porém, que por mais perfeitos que sejam os sistemas de medição, sempre existe a possibilidade da ocorrência de um dos dois tipos de erros expostos acima. Uma alternativa para corrigir este problema, é a utilização de acoplamentos flexíveis que permitem uma pequena faixa de erro durante o funcionamento. Geralmente, os próprios fabricantes de bombas recomendam qual acoplamento deve ser usado para determinado serviço. 17.3 Sentido de Rotação Eventualmente, pode ocorrer que durante a instalação, uma bomba seja instalada com o sentido de rotação errado. Como resultado, a bomba não irá succionar o fluído e funcionará a seco. Isso fará com que o atrito entre as partes móveis com as fixas da bomba, originem um geração de calor excessiva, podendo ocasionar uma soldagem entre as partes, rompendo o eixo da bomba, devido a falta de lubrificação. É fácil perceber quando a bomba gira sem óleo (mesmo que esteja girando no sentido correto), pois o nível de ruído durante o seu funcionamento será bem mais elevado do quando em trabalho normal. Os fabricantes sempre indicam o sentido de rotação de trabalho da bomba. Ele pode vir indicado tanto no perfil quanto na tampa da carcaça da bomba. Verifique também se o sentido de rotação do motor elétrico está de acordo com o da bomba. Normalmente há uma seta no conjunto motor bomba indicando o sentido de rotação. 17.4 Cavitação Quando a bomba foi instalada corretamente, porém, observa-se que a mesma emite ruídos como “pipocas estalando na panela”, pode-se dizer que a bomba está cavitando. Em outras palavras, está 30 ocorrendo a formação de bolhas de ar que implodem e “cavam” material interno da bomba. Para cada líquido em uma determinada temperatura, existe uma determinada pressão, abaixo da qual se inicia sua vaporização. A essa pressão se dá o nome de pressão de vapor do líquido. Se isso ocorrer na sucção de uma bomba, o líquido irá vaporizar parcialmente sob forma de bolhas que ao serem arrastadas pelo rotor para uma zona de maior pressão irão se condensar bruscamente, provocando fortes choques com os componentes internos da bomba, vindo a arrancar partículas de material destes componentes. Como forma de evitar o fenômeno da cavitação, alguns fatores devem ser levados em conta. • Diminuir a perda de carga na linha de sucção. • Aumentar a pressão do reservatório. • Resfriar o fluído na sucção. • Reduzir a distância entre a bomba e o reservatório. • Verificar se o filtro de sucção está totalmente imerso no fluído, e se o respiro do reservatório não se encontra obstruído. • Verificar se as uniões do duto de sucção (cotovelos, junções, etc.) estão bem vedadas. • Verificar se o fluído utilizado é o recomendado pelo fabricante. • Verificar se as dimensões da linha de sucção estão corretas. 17.5 Qualidade do Fluído Deve-se assegurar que o fluído esteja sempre livre de impurezas, principalmente de partículas sólidas, caso contrário, provocará um desgaste prematuro da bomba. Frente a isto, é importante que se tenha uma boa filtragem no retorno do fluído para o reservatório, utilizando filtros de retorno na sucção, e evitando assim que objetos estranhos presentes no reservatório sejam succionados pela bomba. 17.6 Temperatura É importante sempre observar a máxima temperatura do fluído recomendada pelo fabricante. Se o fluído atingir temperaturas elevadas para depois esfriar, quando o equipamento não esta sendo acionado, os elementos de borracha que fazem parte da vedação da bomba, tornam-se quebradiços, e ao primeiro pico de pressão se partem. 31 17.7 Sobre pressão A elevação repentina de pressão pode provir de vários fatores, contudo é imprescindível que se analise e identifique a real causa do problema. O choque hidráulico por compressão também pode ser considerado um tipo de sobre pressão. Quando o sistema hidráulico propicia a geração de sobre pressão, introduzimos válvulas de segurança, tais como válvulas de alívio de ação direta, supressora de choque, etc. 17.8 Procedimentos no Momento de Troca da Bomba No momento em que for realizada a troca da bomba, por algum motivo que tenha ocasionado a sua quebra, é importante que se tome como norma de ação o seguinte: a) Determinar a causa da quebra, e procurar eliminar o problema. b) Retrair todos os cilindros e drenar o reservatório. c) Limpar o reservatório com jato de óleo diesel e panos limpos. Não usar estopas, pois fiapos podem se alojar no reservatório entupindo o filtro de sucção, ou serem succionados pela bomba. d) Instalar novos elementos filtrantes. e) Instalar a bomba nova ou a antiga (se houve possibilidade de recondicionamento). f) Preencher o reservatório com fluído novo. g) Desconectar todas as linhas que vão para o cilindro e/ou motores hidráulicos. h) Pôr o sistema em funcionamento, ativando cada parte do circuito através das válvulas de controle direcional, afim de que ocorra o preenchimento das linhas com o novo fluído. i) Conectar os cilindros no lado oposto ao da haste e todos os motores hidráulicos. No caso do cilindro, deixar o lado da haste desconectado, assim o fluído antigo será drenado e o lado oposto da haste será preenchido com fluído novo. j) Conectar o lado da haste. k) Operar cada cilindro e/ou motores hidráulicos do circuito durante 30 minutos alternadamente. l) Trocar o elemento filtrante do filtro de retorno e adicionar mais fluído ao reservatório, se necessário. Em suma, três simples procedimentos melhoram o funcionamento, eficiência e vida de um sistema hidráulico, podendo ser facilmente controlados. O primeiro é trocar regularmente os filtros. O segundo é trocar regularmente o óleo, observando o indicado pelo fabricante e mantendo-o sempre no nível indicado. E por fim, manter apertada as conexões, porém não exageradamente, a fim de impedir entradas de ar falsas no sistema. 32 18. COMANDOS MÚLTIPLOS O uso da hidráulica na mecânica pesada já é há muito tempo um fator notável, principalmente tratando-se de guindastes, guinchos e máquinas agrícolas em geral. É fácil observar que as válvulas direcionais aplicadas nesses equipamentos, devem possuir inúmeras características como compatibilidade, robustez, fácil manutenção, simplicidade de acionamento, etc. Pensando em atender todas estas exigências, é que foi desenvolvido o comando móbile ( comando móvel). O comando móbile é um conjunto de válvulas direcionais construído basicamente por um corpo de admissão, constituído de uma válvula reguladora de pressão principal, um ou mais corpos centrais ( providos ou não de válvula reguladoras de pressão secundárias) e um corpo de descarga. Existem basicamente dois tipos de comandos móbiles: prioritário e não-prioritário. O comando móbile prioritário permite comandar o sistema hidráulico acionando apenas uma válvula direcional por vez. Enquanto o comando móbile não-prioritário permite comandar o sistema hidráulico acionando quantas válvulas direcionais forem necessárias para realizar determinados trabalhos ao mesmo tempo. 19. INSTRUMENTOS E ACESSÓRIOS De um modo geral, são utilizados para informar, avaliare controlar o funcionamento de um sistema hidráulico. Estão associados a temperatura, pressão, vazão entre outros. O manômetro (ou vacuômetro) é usado para a medição da sobre pressão de operação em relação à pressão atmosférica em qualquer parte do sistema. Apesar dos diferentes tipos, os mais utilizados nos sistemas hidráulicos são aqueles de mostrador circular e ponteiro, contendo unidades expressas em kgf/cm2 ou psi. O pressostato é utilizado para funções de comando e controle, já que os elementos de comutação instalados internamente ligam ou desligam um circuito elétrico em função da pressão hidráulica. Já o termostato limita a temperatura em níveis máximos e mínimos. Caso esses valores sejam atingidos, um sinal elétrico é enviado, ou cortado para o painel de controle elétrico. Manômetro Termostato Pressostato 33 20. ALGUNS DEFEITOS NOS SISTEMAS HIDRÁULICOS E SUAS POSSÍVEIS CAUSAS A Bomba está com Barulho Excessivo a) A tubulação e/ou filtros de sucção podem estar bloqueados ou com restrição. b) Os filtros de ar no reservatório podem estar bloqueados. c) A viscosidade do óleo pode estar muito alta. d) O eixo da bomba e do motor podem estar desalinhados. e) Pode estar ocorrendo um vazamento de óleo pelo retentor. f) A bomba pode estar girando em rotação errada. g) O nível de óleo no reservatório pode estar baixo. h) A bomba pode estar com rotação acima do nominal. i) O acoplamento pode estar desalinhado. j) Pode estar ocorrendo entrada de ar na linha de sucção ou em torno do retentor do eixo da bomba. k) A vazão pode estar restrita através da linha de sucção. l) Pode ter ar preso no interior da bomba. m) As linhas de retorno podem estar terminando acima do nível de óleo do reservatório. n) Os anéis de pressão podem estar gastos. o) Os filtros ou a tela podem estar restritos. p) O respiro do reservatório pode estar bloqueado. q) As palhetas podem estar pegajosas ou presas. A Bomba Não Fornece Óleo para o Sistema a) A tubulação de sucção ou o filtro podem estar bloqueados. b) O eixo de acoplamento ou rotor da bomba podem estar quebrados. c) O ajuste de pressão pode estar muito baixo. d) A bomba pode estar no sentido errado de rotação. e) O nível de óleo pode estar baixo no reservatório. f) A rotação da bomba pode estar demasiadamente lenta. g) Pode estar ocorrendo a entrada de ar na linha de sucção. h) O óleo pode ser inapropriado (muito viscoso). i) Algum ponto do circuito pode estar descarregando óleo para o tanque. 34 j) A linha de sucção ou filtro de sucção podem estar obstruídos. k) O prato da bomba pode não estar adequadamente encostado no prato do anel, que fica em torno do rotor. l) O eixo ou rotor da bomba ( se for de palhetas) pode estar partido. m) Pode ter ocorrido o rompimento da chaveta do acoplamento ou do rotor. n) O anel de pressão que fica em torno do rotor pode estar preso. o) Sujeira ou cavacos entre as palhetas podem estar segurando o anel de pressão, que fica em volta do rotor na posição central. O Sistema Não Atinge a Pressão Requerida. a) A regulagem da válvula de alívio está inapropriada. b) Pode estar ocorrendo um vazamento na válvula de alívio. c) A mola da válvula de alívio pode estar quebrada. d) O óleo pode estar retornando para o tanque. e) Pode estar acontecendo um vazamento interno nas válvulas de controle. f) As vedações do pistão do cilindro podem estar danificadas. Desgaste Excessivo dos Componentes a) Podem existir partículas abrasivas no óleo hidráulico. b) A viscosidade do óleo pode ser inadequada. c) A máxima pressão da bomba pode estar sendo constantemente ultrapassada. d) O eixo da bomba e do motor podem estar desalinhados. Sistema Excessivamente Quente a) As bombas podem estar operando acima das pressões requeridas. b) A bomba pode estar descarregando grande parte do tempo pela válvula de alívio. c) A bomba não descarrega livremente quando está sem carga durante o ciclo de operação da máquina. 35 d) O sistema de refrigeração pode estar sendo insuficiente. e) Pode estar ocorrendo um vazamento interno excessivo na bomba. f) A linha de dreno pode estar muito próxima da linha de sucção dentro do reservatório. g) O ambiente onde trabalha a bomba pode ser muito quente. h) Há uma possibilidade de existir pouco óleo no reservatório. i) Pode estar ocorrendo um atrito excessivo. j) O reservatório pode ser muito pequeno. k) Restrições ou subdimensionamento das válvulas do sistema. Vazamento no Retentor do Eixo da Bomba a) Pode estar ocorrendo uma pressão excessiva dentro da carcaça da bomba. b) O acoplamento pode estar desalinhado. c) O retentor pode ter sido danificado na instalação. Rolamento Defeituoso a) O acoplamento pode estar desalinhado. b) Podem estar ocorrendo choques excessivos. c) A carga pode estar suspensa no eixo. d) Um jogo no eixo do motor pode estar provocando um esforço axial no eixo da bomba. A Bomba Perde Vazão com o Aumento da Pressão. a) O parafuso de ajuste de pressão da bomba pode não estar apertado corretamente. b) A válvula de alívio pode não estar ajustada corretamente. c) O óleo pode estar indo para o reservatório de algum ponto do circuito. d) O manômetro pode estar com defeito ou a linha de tomada de pressão pode estar fechada. e) Uma ou várias palhetas podem estar ficando presas no canal do rotor. f) A bomba pode estar girando a uma rotação muito baixa. 36 Motor de Acionamento Sobrecarregado a) Pode não estar sendo usado o motor adequado para a pressão e vazão requeridas pela bomba. b) Toda a vazão da bomba pode estar escoando a maior parte do tempo através da válvula de alívio. c) A bomba pode estar iniciando o trabalho carregada. d) A proteção de sobrecarga do motor pode estar fora das especificações. e) O motor pode estar ligado em uma voltagem errada. 21. EXEMPLOS DE CIRCUITOS HIDRÁULICOS Na Figura 2, devido ao tempo de atraso, para o início do avanço do cilindro comandado a distância (em vista do comprimento da tubulação de alimentação), adota-se uma válvula para o comando e uma válvula para a distribuição. A bomba com o motor acoplado é normalmente aplicado em conjunto com uma válvula limitadora de pressão (simples estágio – alívio), para que o sistema hidráulico fique protegido contra sobrecargas em pressão. Na Figura 3, uma pressão momentânea na válvula de comando (sinal piloto z), fará com que a válvula de distribuição passe para a posição de avanço do cilindro, e nela fique até que se pressione o botão da segunda válvula de comando, quando um sinal piloto (y) comandará o retorno. 37 Por vezes, será necessário, comandar o mesmo cilindro por dois locais diferentes e distantes, ou por uma “OU” por outra válvula. Assim, utiliza-se uma válvula alternadora (ou de dupla retenção) no circuito da Figura 4. Se agora for necessário comandar simultaneamente o cilindro por 2 válvulas, tem- se o circuito da Figura 5. Seja o problema de um cilindro ter que avançar comandado por um botão e retornar automaticamente quando atingir o fim do curso. São duas as possibilidades. A Figura 6 mostra uma válvula limitadora de pressão, que somente permite a passagem de ar quando a pressão na sua entrada, enviada pelo cilindro, superar um valor preestabelecido pela regulagem da mola. 38 A Figura 7 mostra outra forma de obter-se o retorno automáticode cilindros hidráulicos, através da utilização de válvulas direcionais acionadas por rolete. Considere o circuito hidráulico da Figura 7. Suponha que, por qualquer motivo, o botão da válvula de acionamento seja mantido pressionado até que seja atingido o fim de curso do cilindro. Neste caso pode-se constatar que a válvula de distribuição ficará submetida a dois sinais piloto (z e y), não sendo feito portanto, o retorno. Assim, é necessário que seja previsto um circuito que interrompa o sinal piloto z (avanço da válvula de distribuição) antes que o cilindro atinja o fim do curso. Para tanto, utiliza- se uma válvula de controle de vazão com restrição variável e retorno livre por bloqueio (válvula de retenção + válvula de controle de vazão), segundo a Figura 8. 39 De maneira geral, atrasos de sinal são conseguidos de maneira semelhante ao exibido na Figura 8 para o corte de sinal. Assim, se for necessário que o cilindro retorne após um período de tempo ∆t depois de ter atingido o fim do curso, o tempo de atraso é computado através da regulagem da válvula controladora de vazão, como mostra a Figura 9. O controle de velocidades, tanto de avanço, quanto de retorno, de cilindros hidráulicos, podem ser feitos tanto pelo controle da vazão da alimentação quanto pelo controle da vazão de descarga. A Figura 10 mostra os controles de avanço e retorno, ambos pela vazão de alimentação. 40 22. SIMBOLOGIA • Transformações de Energia Bomba hidráulica com deslocamento constante com sentido de fluxo Bomba hidráulica com deslocamento constante com 2 sentidos de fluxo Bomba hidráulica com deslocamento variável com 1 sentido de rotação Bomba hidráulica com deslocamento variável com 2 sentidos de rotação Motor hidráulico com deslocamento constante com 2 sentidos de fluxo Motor hidráulico com deslocamento variável com 1 sentido de fluxo Motor hidráulico com deslocamento variável com 2 sentidos de fluxo Motor hidráulico com campo giratório limitado Bomba/ Motor de deslocamento variável com reversão no sentido de fluxo Cilindro de ação simples Cilindro de ação simples retorno por mola Cilindro de ação simples avanço por mola Cilindro de ação dupla com haste simples Cilindro de ação dupla com haste passante Cilindro diferencial 41 Cilindro com amortecedor regulável nos dois sentidos Cilindro telescópio • Comando e Regulagem de Energia Válvulas Direcionais Válvula direcional 2/2 vias posição normal aberta Válvula direcional 3/2 vias posição normal fechada Válvula direcional 4/2 vias Válvula direcional 4/3 vias posição intermediaria fechada Válvula direcional 4/3 vias posição intermediaria fechada com saídas em retorno Válvula direcional 4/3 vias posição intermediária em desvio Válvula direcional de 5/2 vias Válvula direcional 5/3 vias posição intermediaria fechada Válvulas de Bloqueio Válvula de retenção sem mola Válvula de retenção com mola Válvula de retenção pilotada Válvulas de Fluxo Válvula de fluxo com estrangulamento constante 42 Válvula de orifício com estrangulamento constante Válvula reguladora de fluxo com estrangulamento regulável nos dois sentidos Válvula reguladora de fluxo de 2 vias vazão variável – estrangulador Válvula reguladora de fluxo de 3 vias vazão variável- estrangulador descarga no reservatório Válvulas de Pressão Válvula limitadora de pressão regulável (alívio) Válvula limitadora de pressão pilotada através de controle remoto Válvula limitadora de pressão com via para retorno Válvula limitadora de pressão sem alívio • Transmissão de Energia Linha de trabalho (utilização) Linha de comando (pilotagem) Linha de contorno. Delimitação de um conjunto de funções em único corpo Reservatório de entrada com extremidade acima do nível de fluido Reservatório pressurizado Acumulador Filtro 43 Resfriador (Refrigerador) • Acionamentos Acionamento Manual Geral Por botão Por pedal Por botão-com trava Acionamento Mecânico Por came Por rolete apalpador Por rolete (posição inicial acionado) Acionamento Elétrico Por eletro-imã com enrolamento ativo (solenóide) Proporcional por eletro-imã Acionamento por Pressão Direto por aumento de pressão (positivo) Indireto por acrécimo de pressão (servo pilotagem) Acionamento Combinado Por solenóide e válvula piloto 44 Por solenóide ou válvula piloto centragem por mola • Aparelhos Diversos Indicador de pressão (manômetro) Indicador de pressão diferencial Indicador de temperatura Aparelho medidor de fluxo (vazão) Aparelho medidor de fluxo (volume) Conversor hidráulico-elétrico Aparelho sensitivo de pressão (pressostato) Aparelho sensitivo de temperatura (termostato) • Unidades Grupo de acionamento com uma bomba 45 23. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FESTO DIDATIC. Hidráulica Industrial. Edição: abril de 2001. São Paulo, 2001. BAPTISTA, M. B. et al. Hidráulica Aplicada. Coleção ABRH 8. Associação Brasileira de Recursos Hídricos. Porto Alegre, 2001. LINSINGEN, I. V. Fundamentos de Sistemas Hidráulicos. Editora da UFSC. 2° ed. Florianópolis, 2003. CAMARGO, G.O. et al. Hidráulica Móbil - Comandos Hidráulicos 4. CTAI- Centro de Tecnologia em Automação e Informática. Florianópolis,1998
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