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1 UNIVERSIDADE REGIONAL E INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI CAMPUS DE SANTO ÂNGELO DEPARTAMENTO DAS ENGENHARIAS E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO LAIC - LABORATÓRIO DE AUTOMAÇÃO INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE INTRODUÇÃO A ELETRO-HIDRÁULICA Professor Dr. André João de Souza Disciplina de Comandos Hidráulicos e Pneumáticos Santo Ângelo, 2007 2 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------4 2. SINAL ELÉTRICO -----------------------------------------------------------------------------------------------------5 2.3 Sinal Digital --------------------------------------------------------------------------------------------------------------6 3. SISTEMA DE SINAIS --------------------------------------------------------------------------------------------------7 3.1 Entrada de Sinais --------------------------------------------------------------------------------------------------------7 3.2 Processamento de Sinais -------------------------------------------------------------------------------------------------8 3.3 Saída de Sinais -----------------------------------------------------------------------------------------------------------9 4. RELÉS-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------9 4.1 Relés de Tempo--------------------------------------------------------------------------------------------------------- 10 5. CONTATORES ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11 6. LIMITADORES DE CURSO ----------------------------------------------------------------------------------------- 12 7. SENSORES------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 13 7.1 Contato “Reed” (Acionamento Magnético) --------------------------------------------------------------------------- 13 7.2 Sensor Indutivo-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14 7.3 Sensor Capacitivo ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 15 7.4 Sensor Óptico---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 15 7.5 Sensor por Reflexão Difusa ------------------------------------------------------------------------------------------- 16 7.6 Sensor por Retro-reflexão--------------------------------------------------------------------------------------------- 17 7.7 Sensor por Barreira de Luz ------------------------------------------------------------------------------------------- 17 7.8 Cabos de Fibra Óptica ------------------------------------------------------------------------------------------------ 18 3 8 TRANSMISSORES ELETRONICOS DE PRESSÃO---------------------------------------------------------------- 18 9 SOLENÓIDES -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 19 9.1 Solenóides Convencionais ---------------------------------------------------------------------------------------------- 20 10 CONFIGURAÇÕES ELÉTRICAS ----------------------------------------------------------------------------------- 21 10.1 Corrente Contínua---------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 10.2 Sensores Tipo Namur ------------------------------------------------------------------------------------------------- 22 10.3 Corrente Alternada --------------------------------------------------------------------------------------------------- 23 11 COMANDOS ELETROHIDRÁULICOS BÁSICOS ----------------------------------------------------------------- 25 11.1 Comando de um Cilindro de Ação Simples -------------------------------------------------------------------------- 25 11.2 Comando de um Cilindro de Ação Dupla ---------------------------------------------------------------------------- 26 11.3 Comando de Retorno Automático de um Cilindro ------------------------------------------------------------------- 27 12 ELABORAÇÃO INTUITIVA DE UM ESQUEMA DE COMANDO------------------------------------------------ 28 13 CIRCUITOS PARA EXERCÍCIO------------------------------------------------------------------------------------ 33 14 INTRODUÇÃO AO CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL (CLP)--------------------------------------- 43 14.1 Estrutura Básica ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 43 14.2 Princípio de Funcionamento de um CLP ----------------------------------------------------------------------------- 47 15 SIMBOLOGIA -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 49 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -------------------------------------------------------------------------------- 54 4 1. INTRODUÇÃO A preocupação com a produtividade tem sido um dos fatores de propulsão do desenvolvimento tecnológico, que tem como principal objetivo a melhoria qualitativa e quantitativa do que se produz. A integração da elétrica com o ramo da hidráulica foi e continua sendo um passo fundamental e irreversível no contexto de produção, pois além de substituir o trabalho manual em muitos casos, fornece um sistema de controle e precisão muito acima das capacidades do homem, vindo a alcançar muitas metas que antes eram um grande obstáculo, resultando em praticidade e eficiência. A elétrica hoje, pode ser considerada a grande propulsora na utilização de comandos hidráulicos, pois o que se busca é a execução da atividade com uma margem de erro controlada, minimizando o consumo de energia e efetivamente executando a função que lhe é requerida com a máxima prevenção de falhas no sistema. Com a utilização da eletro hidráulica, tem-se uma significativa gama de informações, o que confere ao operador maior comodidade e um domínio eficaz sobre qualquer sistema hidráulico, como é o caso de um simples indicador de pressão, o manômetro. Atualmente, como o uso da automação por grande parte das indústrias já é uma realidade do cenário tecnológico, permitindo que a máquina, além de executar as tarefas possa também tomar decisões a partir de uma programação, e ser apenas supervisionada pelo homem, pode-se afirmar que sem o uso de recursos elétricos isso praticamente seria impossível. 5 2. SINAL ELÉTRICO Um sinal é uma representação de informações, realizada através de valores ou de uma curva de valores de uma grandeza física. A representação pode referir-se a transferência, processamento e memorização das informações. 2.1 Sinal Analógico É o sinal ao qual pertencem ponto por ponto diferentes informações dentro de uma faixa contínua de valores. O conteúdo de informações destes sinais Ip (parâmetro de informações) destes sinais pode admitir portanto, qualquer valor entre os determinados limites. Ao ser observada a tensão elétrica compreendida, por exemplo entre 0 e 8 V, poderão surgir valores intermediários, que são sinais exatamente determinados. Como por exemplo, pode-se citar a evolução da temperatura nos termômetros e a indicação nos medidores de rotação. 2.2 Sinal Discreto Entende-se como tal, os sinais cujo parâmetro de informações Ip, dentro de determinadoslimites, pode admitir somente uma quantidade finita de valores. Estes por sua vez, não estão relacionados entre si. A cada valor pertence uma determinada informação. 6 2.3 Sinal Digital É um sinal cujo parâmetro de informações está dividido em subparâmetros de valores, sendo que a cada um deles corresponde uma determinada informação. Ou seja, de certo modo, perde uma parcela de valores intermediários, que não podem ser identificados, devido a sua configuração. Como exemplo, pode-se citar o multímetro digital. 2.4 Sinal Binário Um sinal binário é um sinal digital com apenas dois sub-parâmetros composto do parâmetro de informação Ip. É também definido como um sinal de duas informações, por exemplo: ligado-desligado; sim - não; 1-0. 7 Enquanto na técnica de regulagem, trabalha-se principalmente com sinais analógicos, na técnica de comando são utilizados com maior freqüência os sinais digitais, sendo que aqui predominam os sinais binários, estes possuem grande significado no processamento de informações, porque são facilmente representáveis tecnologicamente (por exemplo interruptores) e também porque podem ser processados com facilidade. Na prática, para sinais binários, é necessário atribuir faixa de valores em relação ao sinal, para evitar interferência. Deve existir entre ambas as faixas de valores, uma faixa de valores suficientemente grande. Por exemplo: dentro do limite inferior de valores, sinal “0”, de 0 a 5 v e na faixa superior de valores, sinal “1” de 10 a 20 v 3. SISTEMA DE SINAIS Os comandos elétricos podem ser decompostos segundo a sistemática de sinais, podendo dividi-los em: entrada, processamento de sinais e saída de sinais. Na verdade a entrada e o processamento de sinais é o que realmente importa para a parte de comando. A saída de sinais compõe-se do elemento de comando e do elemento de trabalho. 3.1 Entrada de Sinais Os equipamentos para entrada de sinais têm a finalidade de converter uma informação em um sinal correspondente à respectiva energia e entregá-los ao processamento de sinais. Neste grupo estão todos os tipos de comutadores que tomam um sinal sem contato físico, ou que são acionados manual ou mecanicamente. É bom lembrar que um comutador é uma construção combinada de um abridor, que deve bloquear a corrente elétrica, e o fechador que tem a função de construir um caminho para a passagem da corrente elétrica. Assim, pode-se destacar dois grupos principais: 8 3.1.1 Equipamentos que recebem ordens ou informações manuais Interruptor: Elemento de comutação acionado manualmente, com pelo menos duas posições de comutação, que permanece em cada uma das posições após o acionamento. Ou seja, não é necessário um acionamento permanente para manter a posição, visto que ocorre um bloqueio mecânico que só será eliminado no momento do segundo acionamento, fazendo com que o interruptor retorne a posição inicial. Cita-se como exemplo o comutador e a chave seletora. Botoneira: Elemento de comutação acionado manualmente com reposição automática a partir do momento em que a força de acionamento é retirada. Em outras palavras, o botão assume uma posição ao ser acionado. Na liberação desse botão, o retorno à posição inicial dá-se através de molas. Pode-se citar como exemplo o botão aparente tipo cogumelo, pedal, botão manual e botão travável. Chave Bloqueável: Elemento de comutação com reposição interna, liberando-se entretanto, a força de reposição apenas em caso de desbloqueio. 3.1.2 Equipamentos que Transmitem Informações da Instalação ao Comando (posições e estados de elementos de trabalho) Chaves Fim de Curso com Dispositivo Apalpador: A chave fim de curso é acionada com a mesma velocidade com a qual se verifica a seqüência de trabalho. Em caso de velocidades muito pequenas pode haver dificuldades causadas pela comutação lenta (formação de arcos). Chaves Fim de Curso com Resposta Instantânea: Nestas, um dispositivo de impulso acionado em uma posição mantém o tempo de comutação constante. Chaves de Fim de Curso sem Contato: Não necessitam de força de acionamento, podendo-se obter altas freqüências de comutação. Como exemplo pode-se citar barreiras fotoelétricas e chaves de aproximação. 3.2 Processamento de Sinais 9 Esse grupo é formado essencialmente pelos elementos de comutação acionados eletricamente, sendo portanto comandáveis indiretamente. Desse modo podemos incluir os contatores, relés e seus derivados. 3.3 Saída de Sinais Em contatos puramente elétricos, utilizam-se normalmente contatores de potência como elementos de comando. Elementos de trabalho elétricos são entre outros: motores, acoplamentos, válvulas e equipamentos térmicos. 4. RELÉS Na realidade o relé nada mais é, do que um interruptor acionado eletromagneticamente, para determinadas capacidades de ligação, ou melhor dizendo, são chaves eletromagnéticas que tem por função abrir ou fechar contatos a fim de conectar ou interromper circuitos elétricos. Apesar de existir no mercado vários tipos de relés, o princípio de funcionamento de todos eles é basicamente o mesmo. Com uma diferença de potencial instalada na bobina, ocorre a circulação de corrente que irá gerar um campo magnético responsável pela atração da armadura pelo núcleo da bobina (efeito imã). Por outro lado, a armadura está acoplada mecanicamente a determinados grupos de contatos que abrem ou fecham. Enquanto a bobina permanece energizada, os contatos mantém sua posição de acionamento. Quando não existir mais tensão, a armadura retornará a sua posição inicial, já que não há mais a presença de campo magnético para atraí-la. Os relés apresentam algumas vantagens, como a possibilidade de comandar vários circuitos de correntes independentes ao mesmo tempo, fácil adaptação a diversas tensões de operação e alta resistência térmica em relação ao meio ambiente. Como desvantagens, possuem uma velocidade limitada (3 a 17 ms), estão mais sujeitos ao desgaste dos contatos por centelhamento e oxidação, além de ocuparem mais espaço, se comparados com os transistores. Os principais relés são: relés de bloqueio, de impulso, de corrente, de tempo, de contatos deslizantes e os oscilantes. Outro exemplo que pode ser citado são os relés auxiliares. 10 Relé 4.1 Relés de Tempo Os relés de tempo eletrônicos ou eletromecânicos são aparelhos industriais que efetuam funções temporizadas em circuitos de comando elétrico. A denominação “relés de tempo” é genérica e abrange desde circuitos simples baseados no tempo de carga ou descarga de um capacitor até circuitos digitais que utilizam a freqüência da rede como base do tempo. 4.1.1 Relé de Tempo com Retardo de Energização Alimentando-se o aparelho a temporização se inicia. Depois de transcorrido o tempo selecionado na escala, o relé de saída é energizado, comutando seus contatos, abrindo o contato normalmente fechado (NF) e fechando o normalmente aberto (NA). 4.1.2 Relé de Tempo com Retardo de Desenergização Neste caso, alimentando-se o aparelho, seus contatos mudam de estado instantaneamente. Ao retirarmos sua alimentação inicia-se a temporização, para novamente alterar o estado dos contatos. 11 5. CONTATORES Os contatores são bastante confundidos com os relés, pois ambos são interruptores acionados eletromagneticamente e possuem um funcionamento bem parecido. Entretanto,enquanto o relé é usado para comutação de pequenas potências, o contator é empregado para altas potências, como ligação de motores e aquecedores. Nesse sentido, sua aplicação na indústria é muito grande, devido a algumas vantagens como a pequena energia necessária para comutação de elementos de elevada potência, pouca necessidade de manutenção e por apresentarem uma separação galvânica entre o circuito de corrente de comando e o circuito de corrente principal. Como desvantagens, estão sujeitos a desgaste nos contatos, ruídos nas manobras e limitadas velocidades de ligações (10 a 50 ms). Assim como os relés, os contatores funcionam tanto em corrente alternada, como em corrente contínua. Os principais contatores, divididos segundo seu campo de aplicação são o contator de potência, contator auxiliar e o contator de remanência. Contator 12 6. LIMITADORES DE CURSO Também denominados de “micro switch”, são dispositivos que quando acionados, podem agir da seguinte forma: liga, desliga ou liga-desliga. Eletricamente pode ser classificado como um interruptor acionado mecanicamente. 13 7. SENSORES Os sensores são elementos emissores de sinais por aproximação, isto é, sem o contato mecânico das partes móveis a serem detectadas. Conforme o emprego a que se destinam, podem ser encontrados sensores de corrente alternada ou corrente contínua. 7.1 Contato “Reed” (Acionamento Magnético) Estes elementos são especialmente vantajosos, quando se necessita um alto número de ciclos, quando não há espaço suficiente para montagem de chaves fim de curso convencionais, ou quando são solicitadas sob condições ambientais adversas (poeira, umidade, etc.) Construtivamente, trata-se de dois contatos colocados no interior de uma ampola de vidro preenchida com um gás inerte. Esta ampola é colocada num invólucro que posteriormente é preenchido com resina sintética, servindo assim de base para o conjunto. Ao aproximar-se, um imã permanente deste invólucro, o campo magnético atravessa a ampola, fazendo com que as duas lâminas no seu interior se juntem, estabelecendo um contato elétrico. Removendo-se o imã, o contato é imediatamente desfeito. A figura ilustra este tipo de detector, utilizado como fim de curso, por exemplo, em um cilindro pneumático ou hidráulico. Neste caso, o êmbolo do cilindro possui um anel que ao passar sobre o detector provoca seu acionamento. Dessa maneira, o fim de curso pode ser instalado no corpo do cilindro, deixando sua haste completamente livre para o trabalho que realiza. Deve-se observar que esses elementos só podem ser utilizados naqueles cilindros que possuem anel magnético no êmbolo. Um cuidado especial deve ser tomado quanto ao local de instalação destes detectores, o 14 qual não pode conter campos magnéticos alheios, como por exemplo motores, transformadores ou solenóides, sob risco de acionamento aleatório dos contatos. Esses detectores possuem uma longa vida útil e não necessitam manutenção. Os tempos de comutação são curtos, aproximadamente 0,2 ms, podendo atingir cerca de 400 comutações por segundo, e a sensibilidade de reação depende do tipo construtivo. 7.2 Sensor Indutivo Os sensores de proximidade indutivo são equipamentos eletrônicos capazes de detectar a aproximação de peças, componentes, elementos de máquinas, que muitas vezes por não possuírem força, peso ou dureza suficiente, não possibilitam o uso de chaves fim de curso convencionais. A detecção ocorre sem que haja o contato físico entre o acionador e o sensor, aumentando a vida útil do sensor por não possuir peças móveis sujeitas a desgastes mecânicos. Os sensores indutivos são constituídos por um circuito oscilador, um circuito de disparo e um circuito amplificador. O oscilador gera, através de uma bobina, um campo magnético alternado de alta freqüência, que sobressai em forma de calota esférica na face do sensor. Ao ser introduzido neste campo alternado, um campo metálico, são produzidas correntes parasitas neste, absorvendo energia do oscilador. Em virtude disso a tensão do oscilador cai, acionando o circuito disparador, que emite um sinal. Posteriormente, este sinal é amplificado para compatibilizá-lo com a carga a ser comandada. Conforme o emprego a que se destinam, podem ser encontrados sensores de corrente alternada ou de corrente contínua. Modelo de Sensor Indutivo 15 7.3 Sensor Capacitivo Os sensores capacitivos reagem a todos materiais, metálicos ou não. O princípio de funcionamento baseia-se na geração de um campo elétrico através de um oscilador, controlado por um capacitor. O capacitor é formado por duas placas metálicas, carregadas com cargas elétricas opostas, montadas na face sensora, de forma a projetar o campo magnético para fora do sensor, formando desta forma um capacitor que possui como dielétrico o ar. Quando um material aproxima-se da face sensora, ou seja, do campo elétrico, o dielétrico do meio se altera, alterando também o dielétrico do capacitor frontal do sensor. Como o oscilador do sensor é controlado pelo capacitor frontal, quando é aproximado um material a capacitância também se altera, provocando uma mudança no circuito oscilador. Essa variação é convertida em um sinal contínuo, que comparada com um valor padrão passa a atuar no estágio de saída. Modelo de Sensor Capacitivo 7.4 Sensor Óptico O princípio de funcionamento dos sensores ópticos baseia-se na existência de dois componentes, o emissor e o receptor. O emissor na maioria das vezes é um fotodiodo, ou seja, é a fonte de luz que cria a região ativa do sensor. Já o receptor, é um componente fotoelétrico (geralmente um fotodiodo ou um fototransistor) que monitora continuamente a intensidade de luz que o atinge. 16 Quando a luz gerada pelo emissor, de alguma forma atinge o receptor com intensidade suficiente para ativá-lo, o sensoriamento é então executado e o sinal óptico é convertido em elétrico, comandando o estágio de saída do sensor. Modelo de Sensor Óptico 7.5 Sensor por Reflexão Difusa Neste sistema, o emissor e o receptor encontram-se montados no mesmo invólucro, ou seja, no mesmo sistema. A luz gerada pelo emissor reflete de forma difusa sobre o objeto a ser sensoriado, de tal forma que uma parcela desta luz retorna ao sensor atingindo o receptor. Os sensores ópticos deste tipo de detecção não atingem grandes distâncias sensor as (até 360 mm) em função de que na reflexão difusa, apenas uma pequena parcela da luz emitida é refletida em direção ao receptor. É importante lembrar que a luz refletida depende de algumas características do objeto a ser sensoriado, como a cor, dimensões e o acabamento da superfície. Desta forma, objetos escuro, pequenos, ou com superfície altamente rugosa podem, em alguns casos, não serem detectados por esse tipo de sensor. Modelo de Sensor por Reflexão Difusa 17 7.6 Sensor por Retro-reflexão Neste caso, além do emissor e do receptor, que são montados no mesmo invólucro, também é necessário o auxílio de um espelho refletor para estabelecer uma barreira de luz entre os componentes ópticos. Um objeto, ao interromper a barreira de luz, impede achegada da mesma ao receptor ativando o sensor. A distância de acionamento desses sensores depende além de suas características, também das dimensões e da qualidade do espelho refletor. O motivo pelo qual os espelhos refletores possibilitam médias distâncias de acionamento ao conjunto (até 4,5 m) é o fato de serem constituídos por micro pirâmides que formam um ângulo de 90º entre suas paredes, fazendo com que praticamente toda luz emitida seja refletida em direção ao ponto de origem. Em função do seu tipo de detecção, os sensores por retro-reflexão são adequados para utilização a médias distâncias, na detecção de objetos escuros, pois nesse caso, o importante é interromper o feixe luminoso para se executar a comutação do sensor. Modelo de Sensor por Retro-reflexão 7.7 Sensor por Barreira de Luz O emissor e o receptor encontram-se montados em invólucros separados, sendo necessário o alinhamento desses componentes para colocar o sensor em condições de operar. A luz originária do emissor atinge o receptor formando uma barreira de luz entre os componentes. A barreira ao ser interrompida, aciona o sensor. Esses sensores são apropriados para grandes distâncias (até 10 m) e isso dependerá exclusivamente de suas próprias características. Como para serem acionados, é necessária a interrupção do feixe luminoso, não 18 são indicados para detecção de objetos transparentes, sendo apropriados para detecção de objetos escuros ou de superfícies espelhadas. Modelo de Sensor por Barreira de Luz 7.8 Cabos de Fibra Óptica São elementos que vêm sendo cada vez mais utilizados em conjunto com sensores ópticos. Seu princípio de funcionamento é a transmissão da luz por meio de reflexão da mesma no interior da fibra, do local do sensoriamento ao sensor óptico. Os cabos de fibra óptica têm sido normalmente aplicados em conjunto com sensores ópticos de maneira vantajosa em situações como o sensoriamento em locais de difícil acesso, detecção de objetos em locais de temperatura elevada (até 200º), e em aplicações onde o elemento sensor deverá ser fixado em peças móveis. Esses elementos são fornecidos em diferentes versões, de maneira a reproduzir as formas de detecção dos sensores por reflexão difusa, por retro-reflexão e por barreira de luz. 8 TRANSMISSORES ELETRONICOS DE PRESSÃO São dispositivos que geram um sinal elétrico analógico, proporcional ao valor da pressão à que são submetidos. Esses dispositivos vêm sendo largamente utilizados em aplicações como monitoração e controle de processos envolvendo pressão, forças de cilindros, nível de líquidos, etc. O sinal de saída gerado pelo transmissor pode ser em corrente e/ou em tensão. 19 O princípio de funcionamento dos transmissores baseia-se na técnica piezo resistiva (strain-Gaugen- semicondutor) que é hoje a técnica mais usada mundialmente, proporcionando uma operação confiável e alta precisão nas leituras. 9 SOLENÓIDES Um solenóide é simplesmente um tipo especial de eletromagneto, ou seja, funciona pelo princípio do eletromagnetismo. Quando uma corrente elétrica passa através de um fio condutor, e por conseqüência têm-se duas cargas elétricas em movimento, surge entre elas uma força, a força magnética ou campo magnético. Se um condutor for enrolado, formando uma bobina, através de um conjunto de espiras sucessivas circulares, o campo magnético tornar-se-á muito mais forte, circulando em torno da bobina e através do centro. Embora o campo magnético possa circular no ar, ele circula mais facilmente através do ferro ou do aço. Assim, se for colocado em volta da bobina, uma armadura de ferro, o magnetismo será concentrado onde é de interesse. Se além disso, for colocado um conjunto de aço em forma de “T”(também chamado núcleo), no centro da bobina, o magnetismo concentrar-se-á ainda mais. Pelo fato de ser o ferro, excelente condutor, e o ar péssimo, o “T” de aço é extraído pelo campo magnético para uma determinada posição, na qual 100% do magnetismo circula e trabalha através do metal condutor. Portanto, um solenóide é basicamente constituído por um núcleo fixo (armadura), núcleo móvel (“T”), bobina e uma mola de retorno. Componentes de um Solenóide 20 9.1 Solenóides Convencionais Dentre os solenóides convencionais existem dois tipos construtivos básicos: solenóides a seco, também denominados de air-gap solenoid ou dry-pin solenoid, e os solenóides em banho de óleo, também denominados wet-pin solenoid. Quanto ao sinal de alimentação, podem alimentados com corrente contínua ou corrente alternada. 9.1.1 Aspectos Construtivos Os solenóides a seco, são isolados do fluído hidráulico, e portanto o núcleo móvel se desloca através de um espaço de ar quando o solenóide é energizado. Ainda é utilizado, apesar de apresentar alguns inconvenientes como a excessiva geração de calor no solenóide, especialmente para solenóides alimentados por corrente alternada. O segundo inconveniente, é a necessidade de vedação dinâmica entre o pino de acionamento e o corpo da válvula, o que pode permitir eventuais vazamentos de fluído hidráulico para o interior do solenóide, e daí para seu exterior. O solenóide em banho de óleo foi desenvolvido para eliminar esse problema, pois nessa concepção, o pino de acionamento e o núcleo móvel estão imersos no fluído hidráulico que circula através da válvula, estando a bobina e núcleo fixo isolados do óleo, através de um tubo parafusado no corpo da válvula. Com essa medida, é permitido um escoamento contínuo do fluído através do núcleo móvel, melhorando a dissipação do calor gerado na bobina.O problema de vazamentos é minimizado, pois é utilizado uma vedação estática entre o tubo e a carcaça, a qual apresenta características de vedação muito superior a vedação dinâmica. Modelo Construtivo de um Solenóide 21 9.1.2 Aspectos Operacionais O princípio de operação dos solenóides a seco ou em banho de óleo, alimentados por corrente alternada ou contínua é muito similar. Quando o solenóide está desenergizado, o núcleo móvel é mantido através da ação de uma mola de retorno. Quando é aplicada uma corrente elétrica à bobina, esta gera um campo magnético, este campo magnetiza o núcleo móvel e o fixo gerando uma polarização oposta na extremidade do núcleo móvel em relação à polarização central do núcleo fixo, o que gera uma força de atração entre o núcleo móvel e o núcleo fixo. A força de atração é proporcional a intensidade da corrente elétrica aplicada á bobina, e inversamente proporcional ao cubo da distância entre a extremidade do núcleo móvel e o centro do núcleo fixo. Portanto, se a corrente aplicada à bobina produzir uma força suficiente para vencer a ação da mola de retorno, haverá o início do deslocamento do núcleo móvel. Esse deslocamento causa uma deformação da mola de retorno e uma redução da distância entre o núcleo móvel e o fixo, o que aumenta a força de atração magnética. Deve-se ressaltar que o aumento da força da mola de retorno é diretamente proporcional ao deslocamento do núcleo fixo, ou seja, a força de atração magnética sofre um aumento bastante superior ao que ocorre pela força da mola de retorno, assim iniciando o movimento do núcleo móvel, este segue se deslocando até atingir o fim do curso. 10 CONFIGURAÇÕES ELÉTRICAS 10.1 Corrente Contínua Os sensores de proximidade possuem diferentes tipos de estágios de saída, o que se denomina configuração elétrica dosensor. A configuração elétrica em corrente contínua é muito usual na área de automação de processos e sempre deve ser a primeira opção durante o projeto. 10.1.1 Sensores de Corrente Contínua a 3 e 4 Fios. 22 Os sensores de proximidade em corrente contínua são alimentados por uma fonte em corrente contínua. Possuem no estágio de saída um transistor que tem como função chavear (ligar e desligar) a carga conectada ao sensor. carga só será energizada quando o acionador entrar na região de sensibilidade do sensor. Normalmente Fechado (NF):A carga está energizada, pois o transistor de saída está fechado (saturado). A carga só será desenergizada quando o acionador entrar na região de sensibilidade do sensor. Saída Reversora: Em um mesmo sensor, podemos ter uma saída normalmente aberta e outra normalmente fechada que permutam quando o sensor é acionado.Quanto a função de saída, podem ser: Normalmente Aberto (NA): A carga está desenergizada, pois o transistor de saída está aberto (cortado). A A função de chaveamento é uma das características mais importantes dos sensores de corrente contínua, pois determina a potência da carga. É conceituada como a máxima corrente que pode ser comutada pelo transistor de saída sem danificá-lo. Os sensores de corrente contínua, normalmente possuem proteção contra inversão de polaridade (troca do terminal positivo pelo negativo), e opcionalmente podem ser fornecidos com proteção contra curto circuito, que protege os sensores contra sobrecarga ou de inversão de conexões. Essa proteção desliga o transistor de saída , quando a corrente de carga passa do valor máximo permitido. 10.1.2 Modelos de Corrente Contínua a 2 Fios Nesta versão, o estágio de saída possui apenas dois terminais, que devem ser ligados em série com a carga. Quando a carga está desenergizada, flui uma pequena corrente residual na carga, e quando a carga está energizada surge uma queda de tensão no sensor. Isto porque o sensor é alimentado pela carga (ligada em série). 10.2 Sensores Tipo Namur Esta configuração é muito semelhante aos sensores de corrente contínua convencionais, diferenciando- se apenas por não possuir o estágio de saída, com o transistor de chaveamento. Sendo normalmente utilizada 23 para sensores indutivos de pequenas dimensões, onde circuitos eletrônicos mais complexos e maiores não seriam possíveis de montar. Outra aplicação típica para os sensores Namur, são as atmosferas potencialmente explosivas de indústrias Químicas e Petroquímicas, pois não possuem estágio de saída comutando potências elevadas. Devem ser conectados com repetidores Digitais Intrinsecamente Seguros (Barreiras de Segurança Intrínseca), que são equipamentos capazes de limitar a energia elétrica enviada ao sensor, de forma a não existir energia armazenada no sensor, capaz de detonar a atmosfera potencialmente explosiva. A fonte de alimentação para sensores em corrente contínua é muito importante, pois dela depende a estabilidade de funcionamento e a vida útil do sensor. Uma boa fonte deve possuir filtros que diminuem os efeitos de ruídos elétricos, gerados pelas cargas, que podem danificar os sensores de proximidade e outros equipamentos eletrônicos conectados a fonte. Dessa forma indica-se a utilização de fontes reguladas ou chaveadas, que apesar de um custo inicial maior, propiciam maior confiabilidade na instalação. 10.3 Corrente Alternada Os sensores de corrente alternada foram, verdadeiramente, desenvolvidos para a substituição das chaves fim de curso. Possuem o estágio de saída composto por um tiristor próprio para chaveamento de corrente alternada, conectado exatamente como um contato mecânico. 10.3.1 Sensor de Corrente Alternada à 2 Fios Possui no estágio de saída uma ponte retificadora em conjunto com um SCR, tornando o sensor apto a conduzir corrente não polarizada (alternada). Quando o estágio de saída está desacionado, o tiristor permanece bloqueado e a carga desenergizada, sendo que uma pequena corrente de fuga flui através da carga, necessária para manter o sensor funcionando e insuficiente para causar queda de tensão significativa na carga.Quando o estágio de saída está acionado, o tiristor de saída passa a conduzir, energizando a carga, restando apenas uma pequena queda de tensão no sensor, que não interfere no funcionamento e permite manter o sensor alimentado. 10.3.2 Sensor de Corrente Alternada de 3 e 4 Fios 24 Estes modelos utilizam tecnologia mais antiga, sendo muito semelhantes aos sensores de corrente contínua, pois possui dois fios para alimentação interna e um terceiro que é conectado a carga, podendo ser normalmente aberto, fechado ou reversível. Os sensores indutivos de Corrente Alternada possuem um varistor que limita a tensão contra- eletromotriz gerada na abertura das cargas indutivas. Quando a corrente de surto é acima da permitida pelo sensor, o varistor tende a limitar, provocando a queima de seus cristais, reduzindo assim a vida útil do sensor. 25 11 COMANDOS ELETROHIDRÁULICOS BÁSICOS 11.1 Comando de um Cilindro de Ação Simples O êmbolo de um cilindro de ação simples deve avançar pelo acionamento de um botão. Ao soltar-se o botão, o cilindro deve retornar a posição final traseira. Solução 1 Mediante o acionamento do botão “S1”, fecha-se o circuito de corrente pela bobina “Y1”. A válvula solenóide é acionada, o óleo sob pressão vai de “P” para “A” em direção ao cilindro. Este, desloca-se até a posição dianteira. 26 Soltando-se o botão “S1”, o circuito de corrente é interrompido, o campo magnético desaparece e em conseqüência a válvula 3/2 vias retorna a sua posição de repouso colocando em conexão a saída “A” com o tanque. O óleo do cilindro é escoado e este volta a sua posição traseira Solução 2 Na segunda solução o relé “K1” é ligado pelo botão “S1”. A bobina “Y1” é ligada por um contato fechador de “K1” ( ligação indireta), após segue-se a mesma seqüência anteriormente descrita. Esta solução deve ser utilizada quando a corrente que circula pela bobina for maior do que a máxima especificada para o botão “S1”, ou quando forem necessários travamentos no comando. Nos exemplos seguintes também serão apresentadas as duas soluções. 11.2 Comando de um Cilindro de Ação Dupla O êmbolo de um cilindro de dupla ação deve avançar pelo acionamento de um botão e retornar quando este for desacionado. 27 Solução O comando pode ser realizado através de uma válvula de 4/2 vias ou 5/2 vias. Ao ser acionado o botão “S1”, a bobina “Y1” é ligada, atuando a válvula direciona, que por sua vez provoca o deslocamento do embolo do cilindro para a posição dianteira. Ao ser desacionado, o botão “S1” entra em ação a mola de reposição da válvula , colocando-a na posição de repouso, fazendo o retorno do embolo a posição inicial. 11.3 Comando de Retorno Automático de um Cilindro Mediante o toque num botão, o êmbolo de um cilindro deve-se deslocar para a posição dianteira. Ao ser atingida esta posição, o êmbolo deverá retornar automaticamente a posição traseira. 28 Solução Ao ser pressionado o botão “S1”, é energizada a bobina “Y1”. A válvula direcional de 4/2 vias é comutada e o êmbolo avança. Ao chegar numa posição dianteira uma válvula fim de curso uma válvula “S2” é acionada. Esta chave fechao circuito da bobina “Y2” que comuta a válvula, provocando o retorno do êmbolo . Deve ser observado que, ao ser tocado “S2”, o botão “S1” deverá estar liberado. 12 ELABORAÇÃO INTUITIVA DE UM ESQUEMA DE COMANDO Finalidade: Dispositivo para o Levantamento de Pacotes Pacotes que chegam a um dispositivo através de uma esteira transportadora de rolos, deverão ser levantados pelo cilindro A. Ao chegar a parte superior , o cilindro B deverá empurrar o pacote para a segunda esteira. Após esse movimento o cilindro deverá retornar, e somente quando este alcançar a posição traseira, deverá retornar o cilindro B. A solução deste problema pode ser realizada, utilizando-se para o comando dos cilindros, válvulas direcionais com atuação bilateral ( memorização de sinais na parte hidráulica) 29 Solução 1° Passo Desenhar os cilindros A e B com as válvulas direcionais de acionamento bilateral. Marcar as chaves fim de curso elétricas. 2° Passo Desenhar o circuito de corrente de comando e o circuito de corrente principal. No circuito de corrente de comando, é colocado um relé “K1” que é ligado através do botão “S5” ( partida) e do fim de curso de verificação da posição inicial “S3”. No circuito de corrente principal, um comando fechador de ‘K1” energiza a bobina “Y1” que comando o avanço do cilindro A. O pacote é levantado. 30 3º Passo Desenhar a segunda linha de corrente no circuito de comando e no circuito principal. Na posição final dianteira do cilindro A, é acionada uma chave fim de curso “S2”. Através desta chave, é ligado o relé “K2”. Um contato fechador do relé “K2” energiza a bobina “Y3”. A válvula direcional é acionada, fazendo avançar o cilindro B, que empurra o pacote para a segunda esteira. 31 4° Passo Desenhar a terceira linha de corrente no circuito de comando e no circuito principal. Após ter empurrado o pacote, o cilindro B aciona a chave fim de curso “S4”. Esta chave liga o relé “K3”. Através de um contato fechador de “K3”, a bobina “Y2” é ligada, comandando o retorno do cilindro A, que traz de volta a plataforma de elevação 32 5° Passo Desenhar a quarta linha de corrente no circuito de comando e no circuito principal. Na posição traseira, o cilindro A aciona a chave fim de curso “S1”. Esta chave liga o relé “K4”, que por sua vez liga através de um fechador a bobina “Y4”. O cilindro B retrocede e aciona ao chegar atrás, a chave fim de curso “S3” que possibilita, ao ser dada uma nova partida através de “S5” a realização de uma nova operação. 33 13 CIRCUITOS PARA EXERCÍCIO 13.1 Acionamento de um cilindro de dupla ação com válvula 4/2 vias de retorno por mola com pressostato para fazer a vantagem no fim do curso de retorno. Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 34 13.2 O acionamento do cilindro deve ser contínuo, e quando chegar em M2 deverá contar um tempo para retornar. Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 35 13.3 O cilindro deve avançar até M2, quando o motor hidráulico começa a girar durante cinco segundos. Em seguida, o cilindro retorna e motor fica parado (ciclo contínuo). Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 36 13.4. O acionamento do cilindro deve ser contínuo. Ao atingir determinado numero de ciclos, o mesmo deverá para aguardando determinado tempo para prosseguir. Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 37 13.5 Desenvolva o circuito elétrico de modo que a freqüência de funcionamento seja A+ (avança), B+ (avança), A – (retorna) e B – (retorna). Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 38 13.6 Seqüência de movimentos A+, B+, A-, B- Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 39 13.7 O êmbolo de um cilindro de dupla ação deve avançar pelo acionamento de um botão e retornar quando do desacionameto deste botão (usando relé) Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 40 13.8 O êmbolo de um cilindro de dupla ação deve avançar pelo acionamento de um botão, e retornar quando um fim de curso for acionado. Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 41 13.9 Acionamento de um cilindro de dupla ação com válvula 4/2 vias e duplo solenóide (memória). Dois botões em série acionam o avanço e o outro botão o retorno. Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 42 13.10 Acionamento de um cilindro de dupla ação com válvula 4/2 vias duplo solenóide (memória). Um botão aciona o avanço e um fim de curso aciona o retorno. Esquema Hidráulico Esquema Elétrico + __________________________________________________________ - ____________________________________________________________ 43 14 INTRODUÇÃO AO CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL (CLP) O Controlador Lógico Programável (CLP) nasceu dentro da indústria automobilística americana, especificamente na Hidronic Division da General Motors no ano de 1968, com a finalidade de substituiros painéis elétricos a relé. Esses painéis tinham que ser modificados ou trocados toda vez que fosse feita uma alteração no produto, ou no processo de fabricação. O CLP é um equipamento eletrônico digital que possui uma memória programável para armazenar instruções que implementam funções lógicas, podendo ser definidas ou alteradas através de um programa. Permitindo assim, a execução de comandos na monitoração de máquinas e processos. Além dessa versatilidade, também podem executar funções como temporização, contagem, seqüência e controle que variam de um equipamento para outro. Como características, um CLP basicamente apresenta: • Hardware e/ou dispositivo de controle de fácil e rápida programação ou reprogramação com a mínima interrupção na produção. • Capacidade de operação em ambiente industrial. • Baixo consumo de energia. • Compatibilidade com diferentes tipos de sinais de entrada e saída. • Capacidade de alimentar, de forma contínua ou chaveada, cargas que consomem correntes de até 2 Ampéres. • Conexão com outros CLPs através da rede de comunicação. • Custo de compra e instalação competitivo em relação aos sistemas de controle convencionais. 14.1 Estrutura Básica O controlador programável tem sua estrutura baseada no hardware de um computador, tendo portanto, uma unidade central de processamento, interfaces de entrada e saída e memórias. As principais diferenças em relação a um computador comum estão relacionadas a qualidade da fonte de alimentação, que possui características ótimas de filtragem e estabilização, interfaces de E/S imune a ruídos e um invólucro específico para aplicações industriais. Tem-se também um terminal usado para a programação do CLP. 44 14.1.1 Terminal de Programação O terminal de programação é um dispositivo (periférico) que conectado temporariamente ao CLP permite introduzir o programa do usuário e configuração do sistema. Pode ser um equipamento dedicado, ou seja, um terminal que só tem utilidade como programador de um determinado fabricante de CLP, ou um software que transforma um computador pessoal em um programador. Neste periférico, através de uma linguagem, na maioria das vezes, de fácil entendimento e utilização, será feita a codificação das informações vindas do usuário numa linguagem que possa ser entendida pelo processador de um CLP. Dependendo do tipo de Terminal de Programação, poderão ser realizadas algumas funções como: • Elaboração do programa do usuário • Análise do conteúdo dos endereços de memória • Introdução de novas instruções • Modificação de instruções existentes 14.1.2 Unidade Central de Processamento A Unidade Central de Processamento (UCP), ou processador, é o responsável pelo processamento do programa, isto é, coleta os dados dos cartões de entrada, efetua o processamento segundo o programa do usuário, armazena na memória e envia o sinal para os cartões de saída como resposta ao processamento. Geralmente cada CLP tem uma UCP, e sua classificação de fabricação está dividida em duas classes. Na filosofia compacta de fabricação de CLPs, a UCP pode controlar vários pontos de entrada e saída, que estão fisicamente compactadas a esta unidade. Já na filosofia modular de fabricação de CLPs, tem-se uma unidade separada, conectada a módulos onde se situam cartões de entrada e saída. 14.1.3 Memória O sistema de memória é uma parte de vital importância no processador de um controlador programável, pois armazena todas as instruções assim como os dados necessários para executá-las. 45 As informações armazenadas num sistema de memória são chamadas palavras de memória, que são formadas sempre com o mesmo número de bits. A capacidade de memória de um CLP é definida em função do número de palavras de memória previstas para o sistema. A memória do computador é onde se armazenam os dados que devem ser manipulados pelo computador (chamada memória de dados) e também onde está armazenado o programa do computador (memória de programa). Aparentemente não existe uma diferença física entre as memórias de programa, apenas se utilizam memórias fixas para armazenar dados fixos ou programas e memórias que podem ser alteradas pelo sistema para armazenar dados que podem variar de acordo com o programa. Independente do tipo de memória utilizada, o mapa de memória de um Controlador Programável pode ser dividido em cinco áreas principais: • Memória Executiva • Memória do Sistema • Memória de Status dos cartões de E/S ou Imagem • Memória de Dados • Memória do Usuário Memória Executiva É formada por memórias do tipo ROM ou PROM, e em seu conteúdo está armazenado o sistema operacional responsável por todas as operações que são realizadas no CLP. O usuário não tem acesso a esta área da memória. Memória do Sistema Esta área é formada por memórias tipo RAM, pois terá seu conteúdo constantemente alterado pelo sistema operacional. Armazena resultados e/ou operações intermediárias geradas pelo sistema, quando necessário. Pode ser considerada como um tipo de rascunho e não pode ser alterada nem acessada pelo usuário. Memória de Status dos cartões de E/S ou Imagem 46 A memória de status dos módulos de entrada e saída são do tipo RAM. O processador, após ter efetuado a leitura de todos os estados de todas as entradas, armazena essas informações na área denominada status das entradas ou imagem das entradas. Após o processamento dessas informações, os resultados serão armazenados na área denominada status das saídas ou imagem das saídas. Memória de Dados As memórias de dados são do tipo RAM, e armazenam valores do processamento das instruções utilizadas pelo programa do usuário. Funções de temporização, contagem, aritméticas e especiais, necessitam de uma área de memória para armazenamento de dados. Memória do Usuário A UCP efetuará a leitura das instruções contidas nesta área a fim de executar o programa do usuário, de acordo com os procedimentos pré-determinados pelo sistema operacional. As memórias destinadas ao usuário podem ser do tipo RAM, RAM/EPROM e RAM/EEPROM. 14.1.4 Dispositivos de Entrada e Saída São os circuitos responsáveis pela interação entre o homem e a máquina, podendo o homem, introduzir ou receber informações da máquina.Todos eles tem por função a transformação de sinais elétricos codificados pela maquina em dados que possam ser manipulados posteriormente ou imediatamente entendidos. As estruturas de entrada e saída são encarregadas de filtrar os vários sinais enviados ou recebidos dos componentes externos do sistema de controle. Esses componentes podem ser botões, chaves fim de curso, contatos de relés, sensores, etc. Em ambientes industriais, esses sinais de E/S podem conter ruídos, que podem causar operação falha da UCP, se o ruído alcançar seus circuitos. Dessa forma, a estrutura de E/S protege a UCP, assegurando informações confiáveis Os módulos de entrada são interfaces entre os sensores localizados no campo e a lógica de controle de um computador programável. Esses módulos são constituídos de cartões eletrônicos, cada qual com a 47 capacidade para receber um certo número de variáveis.Os elementos que informam a condição de grandeza aos cartões são os Elementos Discretos e Elementos Analógicos. Os módulos de saída são elementos que fazem a interface entre o processador e os elementos atuadores. Esses módulos são constituídos de cartões eletrônicos, com a capacidade de enviar sinal para os atuadores, resultante do processamento da lógica de controle. Os cartões de saída irão atuar basicamentedois tipos: Atuadores Discretos e Atuadores Analógicos. 14.2 Princípio de Funcionamento de um CLP Um Controlador Lógico Programável tem seu funcionamento baseado num sistema de microcomputador onde se tem uma estrutura de software que realiza continuamente ciclos de varredura. Basicamente a UCP de um controlador programável possui dois estados de operação: programação e execução. Na programação, o CLP não executa o programa, isto é, não assume nenhuma lógica de controle, ficando preparado para ser configurado ou receber novos programas ou até modificações de programas já instalados. A execução é o estado em que o CLP assume a função de execução do programa do usuário. Neste estado, alguns controladores podem sofrer modificações de programa. Ao ser energizado, estando o CLP no estado de execução, o mesmo cumpre uma rotina de inicialização gerada em seu sistema operacional. Essa rotina realiza as seguintes tarefas: • Limpeza da memória imagem para operandos não retentivos. • Teste de memória RAM. • Teste de executabilidade do programa. Após a execução desta rotina, a UCP passa a fazer uma varredura (ciclo) constante, isto é, uma leitura seqüencial das instruções em loop (laço). Entretanto, no loop, o primeiro passo a ser executado é a leitura dos pontos de entrada. Com a leitura do último ponto, irá ocorrer a transferência de todos os valores para a chamada memória ou tabela imagem das entradas. Após a gravação dos valores na tabela imagem, o processador inicia a execução do programa do usuário de acordo com as instruções armazenadas na memória. 48 Terminando o processamento do programa, os valores obtidos nesse processamento, serão transferidos para a chamada memória ou tabela imagem das saídas, como também a transferência de outros operandos, como resultados aritméticos, contagens, etc. Ao término da atualização da tabela imagem, será feita a transferência dos valores da tabela imagem das saídas, para os cartões de saída, fechando o loop. Nesse momento é iniciado um novo loop. O termo varredura ou scan, são usados para dar nome a um ciclo completo de operação (loop).O tempo gasto para a execução do ciclo completo é chamado Tempo de Varredura, e depende do tamanho do programa do usuário, e da quantidade de pontos de entrada e saída. Princípio de Funcionamento de um CLP 49 15 SIMBOLOGIA Elemento de ligação breve (contato em caso de movimento em ambos os sentidos) Elemento de ligação breve (contato somente em movimentos no sentido da seta) • Elementos de Contato Retardado ou Interrupção de Contato Retardado Abridor – abre com retardo Fechador – fecha com retardo Abridor – abre com retardo Fechador – fecha com retardo • Símbolos para Elementos de Contato Elemento de contato fechador – acionamento manual por apertar Elemento de posicionamento com abridor – a acionamento manual por puxar Elemento de posicionamento com fechador – posicionamento manual por virar • Acionamentos Acionamento manual Por pedal Por chave 50 Por came Trava Bloqueio em um sentido Bloqueio em ambos os sentidos Acionamento por êmbolo • Acionamento Eletromecânicos e Eletromagnéticos Acionamento geral, para relé ou contador Acionamento eletromecânico com indicação de um enrolamento ativo Acionamento eletromecânico com dois enrolamentos ativos no mesmo sentido Acionamento eletromecânico com dois enrolamentos ativos em sentidos opostos • Acionamento Eletromecânico para Relés e Contatores Acionamento eletrônico com retardo na ligação Acionamento eletrônico com retardo no desligamento Contator – Relé Relé de remanência Relé de corrente alternada 51 Acionamento eletromecânico com duas posições de comando Relé com impulso de corrente Relé Biestável Relé de intermitência Relé com retardo na ligação Relé com retardo no desligamento • Indicadores Indicador Luminoso com ajuste para escurecimento Indicador com lâmpada fluorescente Indicador de ponteiro, sinais visuais e indicadores de direção Contador Buzina ou corneta Sirene • Tipos de Tensão e Corrente Corrente Continua Geral 52 Corrente Alternada Geral Com indicação de freqüência Corrente continua e alternada Corrente mista • Tipos de Ligações Gerais Ligação em série Ligação em paralelo Ligação em ponte • Sistemas Trifásicos Ligação em triangulo Ligação em estrela • Instrumentos de Medição Amperímetro Voltímetro Voltímetro para tensão contínua e alternada Instrumentos para medições múltiplas (tensão, corrente e resistência) 53 • Máquinas Elétricas Gerador de corrente continua Gerador de corrente alternada Motor de corrente continua Motor de corrente alternada 54 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMARGO, G.de O. Comandos Hidráulicos 3. CLP associado a Eletro-Hidráulica. CTAI- Centro de Tecnologia em Automação e Informática. 2º edição. Florianópolis,2000. CAMARGO, G.de O. Eletro-Hidráulica. CTAI- Centro de Tecnologia em Automação e Informática. Florianópolis, 1999. FREITAS, L. F. Relatório 3 – Comando Lógico Programável. Controle do Nível de Líquido. UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça, 2002. HERNANDES, C. L. Relatório de Hidráulica. UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça, 2002.
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