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REVISÃO FINAL_PREPARAÇÃO_ADV DA UNIÃO_2015 (ok)

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frederico_rabelo@protonmail.com
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GRUPO I 
Administrativo. Constitucional. Financeiro. Econômico. Tributário. Ambiental. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
AGU E SEUS ENTENDIMENTOS 
 
Súmulas e Orientações Normativas da AGU 
▪ A multa relativa à ocupação irregular de imóvel funcional, será aplicada somente após o trânsito em julgado da 
ação de reintegração de posse, ou da ação em que se discute o direito à aquisição do imóvel funcional. 
 
▪ Na Reclamação Trabalhista, quando o acordo for celebrado e homologado após o trânsito em julgado, a 
contribuição previdenciária incidirá sobre o valor do ajuste, respeitada a proporcionalidade das parcelas de 
natureza salarial e indenizatória deferidas na decisão condenatória. 
 
▪ Não havendo no processo relativo à multa de trânsito a notificação do infrator da norma, para lhe facultar, no 
prazo de trinta dias, o exercício do contraditório e da ampla defesa, opera-se a decadência do direito de punir 
para os órgãos da União, impossibilitado o reinício do procedimento administrativo. 
 
▪ O prazo prescricional para propositura da ação executiva contra a Fazenda Pública é o mesmo da ação de 
conhecimento. 
 
▪ Os embargos do devedor constituem-se em verdadeira ação de conhecimento, autônomos à ação de execução, 
motivo pelo qual é cabível a fixação de honorários advocatícios nas duas ações, desde que a soma das 
condenações não ultrapasse o limite máximo de 20% estabelecido pelo art. 20, § 3º, do CPC. 
 
▪ É competente para a aplicação das penalidades previstas nas leis nºs 10.520/2002, e 8.666/ 1993, excepcionada 
a sanção de declaração de inidoneidade, a autoridade responsável pela celebração do contrato ou outra prevista 
em regimento. 
 
▪ Compete ao agente ou setor técnico da administração declarar que o objeto licitatório é de natureza comum 
para efeito de utilização da modalidade pregão e definir se o objeto corresponde a obra ou serviço de engenharia, 
sendo atribuição do órgão jurídico analisar o devido enquadramento da modalidade licitatória aplicável. 
 
Lei Orgânica da AGU – LC 73/1993 
▪ São atribuições do Advogado-Geral da União, dentre outras: XI - unificar a jurisprudência administrativa, 
garantir a correta aplicação das leis, prevenir e dirimir as controvérsias entre os órgãos jurídicos da Administração 
Federal; XV - proferir decisão nas sindicâncias e nos processos administrativos disciplinares promovidos pela 
Corregedoria-Geral e aplicar penalidades, salvo a de demissão; IX - propor, ao Presidente da República, as 
alterações Lei Orgânica da AGU. 
 
▪ O Advogado-Geral da União pode avocar quaisquer matérias jurídicas de interesse desta, inclusive no que 
concerne a sua representação extrajudicial. 
 
 
 
 
 
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▪ Os membros efetivos da Advocacia-Geral da União devem dar-se por impedidos quando hajam proferido 
parecer favorável à pretensão deduzida em juízo pela parte adversa. 
 
▪ O parecer aprovado e publicado juntamente com o despacho presidencial vincula a Administração Federal, cujos 
órgãos e entidades ficam obrigados a lhe dar fiel cumprimento. 
 
▪ O parecer aprovado, mas não publicado, obriga apenas as repartições interessadas, a partir do momento em 
que dele tenham ciência. 
 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E TERCEIRO SETOR 
 
Decreto-Lei 200/1967 
▪ Considera-se: I - Autarquia: o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita 
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada (uma autarquia federal pode ser criada 
mediante lei específica). II - Empresa Pública: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o 
Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se 
de qualquer das formas admitidas em direito. III - Sociedade de Economia Mista: a entidade dotada de 
personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de 
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da 
Administração Indireta. IV - Fundação Pública: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não 
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio 
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. 
 
Oscips 
▪ Organizações sociais, instituições religiosas, cooperativas, fundações públicas, organizações partidárias, pessoas 
jurídicas de direito privado em geral se criadas pelo poder público e organizações creditícias, dentre outros entes, 
não podem ser qualificados como OSCIP. 
 
▪ É permitida a participação de servidores públicos na composição de conselho de OSCIP. Porém, será vedada a 
percepção de remuneração ou subsídio, a qualquer título. 
 
▪ Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidências de erro ou fraude, qualquer cidadão, 
respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou 
administrativamente, a perda da qualificação de OSCIP. 
 
Lei 13.019/2014 
▪ Considera-se organização da sociedade civil: pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos que não 
distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais 
resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou 
parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na 
consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial ou 
fundo de reserva. 
 
▪ Considera-se termo de colaboração: instrumento pelo qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela 
administração pública com organizações da sociedade civil, selecionadas por meio de chamamento público, para 
a consecução de finalidades de interesse público propostas pela administração pública, sem prejuízo das 
definições atinentes ao contrato de gestão e ao termo de parceria. 
 
 
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▪ Considera-se termo de fomento: instrumento pelo qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela 
administração pública com organizações da sociedade civil, selecionadas por meio de chamamento público, para 
a consecução de finalidades de interesse público propostas pelas organizações da sociedade civil, sem prejuízo 
das definições atinentes ao contrato de gestão e ao termo de parceria. 
 
▪ Não se aplicam as exigências da Lei 13.019/2014: I - às transferências de recursos homologadas pelo Congresso 
Nacional ou autorizadas pelo Senado Federal naquilo em que as disposições dos tratados, acordos e convenções 
internacionais específicas conflitarem com a Lei 13.019/2014, quando os recursos envolvidos forem 
integralmente oriundos de fonte externa de financiamento; II - às transferências voluntárias regidas por lei 
específica, naquilo em que houver disposição expressa em contrário; III - aos contratos de gestão celebrados com 
organizações sociais. 
 
▪ É instituído o Procedimento de Manifestação de Interesse Social como instrumento por meio do qual as 
organizações da sociedade civil, movimentos sociais e cidadãos poderão apresentar propostas ao poder público 
para que este avalie a possibilidade de realização de um chamamento público objetivando a celebração de 
parceria. A realização do Procedimento de Manifestação deInteresse Social não dispensa a convocação por meio 
de chamamento público para a celebração de parceria. A proposição ou a participação no Procedimento de 
Manifestação de Interesse Social não impede a organização da sociedade civil de participar no eventual 
chamamento público subsequente. 
 
▪ A administração pública poderá dispensar a realização do chamamento público: I - no caso de urgência 
decorrente de paralisação ou iminência de paralisação de atividades de relevante interesse público realizadas no 
âmbito de parceria já celebrada, limitada a vigência da nova parceria ao prazo do termo original, desde que 
atendida a ordem de classificação do chamamento público, mantidas e aceitas as mesmas condições oferecidas 
pela organização da sociedade civil vencedora do certame; II - nos casos de guerra ou grave perturbação da 
ordem pública, para firmar parceria com organizações da sociedade civil que desenvolvam atividades de natureza 
continuada nas áreas de assistência social, saúde ou educação, que prestem atendimento direto ao público e que 
tenham certificação de entidade beneficente de assistência social; e III - quando se tratar da realização de 
programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que possa comprometer a sua segurança. 
 
▪ Os bens remanescentes adquiridos com recursos transferidos poderão, a critério do administrador público, ser 
doados quando, após a consecução do objeto, não forem necessários para assegurar a continuidade do objeto 
pactuado. 
 
▪ A organização da sociedade civil indicará ao menos 1 dirigente que se responsabilizará, de forma solidária, pela 
execução das atividades e cumprimento das metas pactuadas na parceria, devendo essa indicação constar do 
instrumento da parceria. 
 
▪ É vedada a celebração de parcerias da Lei 13.019/2014 que tenham por objeto, envolvam ou incluam, direta ou 
indiretamente: I - delegação das funções de regulação, de fiscalização, do exercício do poder de polícia ou de 
outras atividades exclusivas do Estado; II - prestação de serviços ou de atividades cujo destinatário seja o 
aparelho administrativo do Estado. É vedado também ser objeto de parceria: I - a contratação de serviços de 
consultoria, com ou sem produto determinado; II - o apoio administrativo, com ou sem disponibilização de 
pessoal, fornecimento de materiais consumíveis ou outros bens. 
 
▪ Os encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais relativos ao funcionamento da instituição e ao 
adimplemento do termo de colaboração ou de fomento são de responsabilidade exclusiva das organizações da 
sociedade civil, não se caracterizando responsabilidade solidária ou subsidiária da administração pública pelos 
respectivos pagamentos, qualquer oneração do objeto da parceria ou restrição à sua execução. 
 
ATO E PROCESSO ADMINISTRATIVOS 
 
 
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Anulação, revogação e convalidação do ato administrativo 
▪ O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No 
entanto, caso os efeitos patrimoniais sejam contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do 
primeiro pagamento. 
 
▪ Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos 
que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. 
 
Recurso administrativo e revisão 
▪ O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa. 
 
▪ Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo, contado a 
partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta 
reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a 
pedido, dar efeito suspensivo ao recurso. 
 
▪ O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou 
parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Se disso puder decorrer gravame à 
situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. 
 
▪ Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de 
ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção 
aplicada. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. 
 
LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Objetivos da licitação 
▪ A realização do procedimento licitatório serve-se de três finalidades fundamentais: a busca da proposta mais 
vantajosa, o oferecimento de igualdade de oportunidade a todos os interessados e a promoção do 
desenvolvimento nacional sustentável. 
 
Serviços Técnicos Profissionais Especializados 
▪ Consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: I - estudos técnicos, 
planejamentos e projetos básicos ou executivos; II - pareceres, perícias e avaliações em geral; III - assessorias ou 
consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de 
obras ou serviços; V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; VI - treinamento e 
aperfeiçoamento de pessoal; VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. 
 
▪ A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu corpo 
técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, 
ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do 
contrato. 
 
▪ A administração pública poderá, excepcional e motivadamente, mesmo quando contar com consultoria jurídica 
própria, contratar advogados mediante licitação, exceto quando for notável o saber jurídico do advogado e 
absolutamente singular o serviço a ser prestado. 
 
Execução dos contratos administrativos 
▪ O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de 
sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o 
 
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acompanhamento pelo órgão interessado. O contratado é responsável, ainda, pelos encargos trabalhistas, 
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. 
 
▪ A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à 
Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou 
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. 
 
▪ A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes 
da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei 8.212/1991. 
 
▪ O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá 
subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração. 
 
▪ A avocação de atribuições, que decorre do poder hierárquico, não é cabível quando a competência do órgão 
subordinado é exclusiva. 
 
Pregão 
▪ A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e observará, dente outras, as 
seguintes regras: V - o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso, 
não será inferior a 8 dias úteis; VII - aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão 
declaração dando ciência de que cumpremplenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes 
contendo a indicação do objeto e do preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à verificação da 
conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório; VIII - no curso da 
sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% superiores àquela poderão 
fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor; IX - não havendo pelo menos 3 ofertas 
nas condições definidas no inciso anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3, 
oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos; X - para julgamento e 
classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, observados os prazos máximos para 
fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital; 
XI - examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir 
motivadamente a respeito da sua aceitabilidade; XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o 
pregoeiro procederá à abertura do invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou 
a melhor proposta, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital; XV - verificado o 
atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor; XVI - se a oferta não for 
aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examinará as ofertas subsequentes 
e a qualificação dos licitantes, na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que 
atenda ao edital, sendo o respectivo licitante declarado vencedor; XVII - nas situações previstas nos incisos XI e 
XVI, o pregoeiro poderá negociar diretamente com o proponente para que seja obtido preço melhor; XVIII - 
declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer, 
quando lhe será concedido o prazo de 3 dias para apresentação das razões do recurso, ficando os demais 
licitantes desde logo intimados para apresentar contrarrazões em igual número de dias, que começarão a correr 
do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos; XIX - o acolhimento de 
recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento; XXII - homologada a licitação 
pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para assinar o contrato no prazo definido em edital; 
e XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, 
aplicar-se-á o disposto no inciso XVI. 
 
▪ No pregão é vedada a exigência de: I - garantia de proposta; II - aquisição do edital pelos licitantes, como 
condição para participação no certame; e III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a 
fornecimento do edital, que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização 
de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso. 
 
 
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▪ Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou 
apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não 
mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer 
fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será 
descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores, pelo prazo de até 5 anos, sem 
prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais. 
 
▪ São considerados bens e serviços comuns da área da saúde, aqueles necessários ao atendimento dos órgãos que 
integram o Sistema Único de Saúde, cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente 
definidos no edital, por meio de especificações usuais do mercado. 
 
Regime diferenciado de contratações públicas - RDC 
▪ No caso de licitação para aquisição de bens, a administração pública poderá: I - indicar marca ou modelo, desde 
que formalmente justificado, nas seguintes hipóteses: a) em decorrência da necessidade de padronização do 
objeto; b) quando determinada marca ou modelo comercializado por mais de um fornecedor for a única capaz de 
atender às necessidades da entidade contratante; ou c) quando a descrição do objeto a ser licitado puder ser 
melhor compreendida pela identificação de determinada marca ou modelo aptos a servir como referência, 
situação em que será obrigatório o acréscimo da expressão “ou similar ou de melhor qualidade”; II - exigir 
amostra do bem no procedimento de pré-qualificação, na fase de julgamento das propostas ou de lances, desde 
que justificada a necessidade da sua apresentação; III - solicitar a certificação da qualidade do produto ou do 
processo de fabricação, inclusive sob o aspecto ambiental, por qualquer instituição oficial competente ou por 
entidade credenciada; e IV - solicitar, motivadamente, carta de solidariedade emitida pelo fabricante, que 
assegure a execução do contrato, no caso de licitante revendedor ou distribuidor. 
 
▪ Nas licitações e contratações de obras e serviços de engenharia serão adotados, preferencialmente, os regimes 
de: empreitada por preço global; empreitada integral; ou contratação integrada. 
 
▪ É vedada a realização, sem projeto executivo, de obras e serviços de engenharia para cuja concretização tenha 
sido utilizado o RDC, qualquer que seja o regime adotado. 
 
▪ Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no âmbito do RDC, poderá ser utilizada a contratação 
integrada, desde que técnica e economicamente justificada e cujo objeto envolva, pelo menos, uma das seguintes 
condições: I - inovação tecnológica ou técnica; II - possibilidade de execução com diferentes metodologias; ou III - 
possibilidade de execução com tecnologias de domínio restrito no mercado. 
 
▪ Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada, é vedada a celebração de termos aditivos aos 
contratos firmados, exceto nos seguintes casos: I - para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro 
decorrente de caso fortuito ou força maior; e II - por necessidade de alteração do projeto ou das especificações 
para melhor adequação técnica aos objetivos da contratação, a pedido da administração pública, desde que não 
decorrentes de erros ou omissões por parte do contratado, observados os limites da Lei 8.666/1993. 
 
▪ Na contratação das obras e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida remuneração variável 
vinculada ao desempenho da contratada, com base em metas, padrões de qualidade, critérios de 
sustentabilidade ambiental e prazo de entrega definidos no instrumento convocatório e no contrato. A utilização 
da remuneração variável será motivada e respeitará o limite orçamentário fixado pela administração pública para 
a contratação. 
 
▪ A administração pública poderá, mediante justificativa expressa, contratar mais de uma empresa ou instituição 
para executar o mesmo serviço, desde que não implique perda de economia de escala, quando: I - o objeto da 
contratação puder ser executado de forma concorrente e simultânea por mais de um contratado; ou II - a 
múltipla execução for conveniente para atender à administração pública. Nessas hipóteses, a administração 
 
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pública deverá manter o controle individualizado da execução do objeto contratual relativamente a cada uma das 
contratadas, bem como, isto não se aplica aos serviços de engenharia. 
 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
 
Poderes de polícia, hierárquico, disciplinar, discricionário e regulamentar 
▪ Entre a administração indireta e os entes federativosque as instituíram inexiste subordinação, havendo apenas 
vinculação que fundamenta o exercício do controle finalístico ou tutela. 
 
▪ Se, no exercício do poder discricionário, uma autoridade indicar os motivos fáticos que justifiquem a realização 
do ato, porém, depois, verifica-se que tais motivos não existiram, o ato administrativo deverá ser invalidado. 
 
▪ Poder discricionário é liberdade de atuação dentro dos limites que a lei estabelecer, caso esse limite seja 
rompido - pelo princípio da razoabilidade e proporcionalidade - o judiciário, mediante provocação, poderá anular 
o ato. 
 
▪ O poder regulamentar do Poder Executivo está sujeito a controle do Legislativo e do Judiciário. 
 
▪ O poder de polícia, ainda que seja essencialmente discricionário, está sob controle de legalidade do Poder 
Judiciário. 
 
▪ Não é possível delegar a pessoa jurídica de direito privado, por meio de contrato administrativo, o poder de 
polícia. 
 
▪ Poder disciplinar é aquele usado pela administração para punir servidores e particulares sujeitos as regras 
administrativas. 
 
▪ A edição de ato normativo de conteúdo genérico e abstrato tem relação direta com o exercício do poder 
regulamentar, e indireta com o poder de polícia, eis que este também pode se manifestar por meio de atos 
normativos. 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
Parcerias público-privadas 
▪ Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou 
administrativa. Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas da Lei 8.987/1995, 
quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao 
parceiro privado. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública 
seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
 
▪ Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou 
de obras públicas de que trata a Lei 8.987/1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro 
público ao parceiro privado. 
 
É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20 
milhões; II - cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 anos; ou III - que tenha como objeto único o 
fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
 
▪ Será instituído, por decreto, órgão gestor de parcerias público-privadas federais, com competência para: I - 
definir os serviços prioritários para execução no regime de parceria público-privada; II - disciplinar os 
procedimentos para celebração desses contratos; III - autorizar a abertura da licitação e aprovar seu edital; IV - 
apreciar os relatórios de execução dos contratos. 
 
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▪ Para deliberação do órgão gestor sobre a contratação de parceria público-privada, o expediente deverá estar 
instruído com pronunciamento prévio e fundamentado: I - do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 
sobre o mérito do projeto; II - do Ministério da Fazenda, quanto à viabilidade da concessão da garantia e à sua 
forma, relativamente aos riscos para o Tesouro Nacional e ao cumprimento do limite à receita corrente líquida 
estipulada na Lei 11.079 (art. 22). 
 
▪ O órgão gestor de parcerias público-privadas federais remeterá ao Congresso Nacional e ao TCU, com 
periodicidade anual, relatórios de desempenho dos contratos de parceria público-privada. 
 
▪ A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, por meio de atos das respectivas Mesas, poderão dispor sobre a 
matéria de competência do órgão gestor de parcerias público-privadas federais, no caso de parcerias público-
privadas por eles realizadas, mantida a já mencionada competência do Ministério da Fazenda. 
 
▪ Compete aos Ministérios e às Agências Reguladoras, nas suas respectivas áreas de competência, submeter o 
edital de licitação ao órgão gestor, proceder à licitação, acompanhar e fiscalizar os contratos de parceria público-
privada. E ainda, encaminharão ao órgão gestor de parcerias público-privadas federais, com periodicidade 
semestral, relatórios circunstanciados acerca da execução dos contratos de parceria público-privada. 
 
▪ Ficam a União, seus fundos especiais, suas autarquias, suas fundações públicas e suas empresas estatais 
dependentes autorizadas a participar, no limite global de R$ 6 bilhões, em Fundo Garantidor de Parcerias Público-
Privadas - FGP que terá por finalidade prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos 
parceiros públicos federais, distritais, estaduais ou municipais. 
 
▪ O FGP terá natureza privada e patrimônio próprio separado do patrimônio dos cotistas, e será sujeito a direitos 
e obrigações próprios. 
 
▪ Os bens e direitos transferidos ao Fundo serão avaliados por empresa especializada, que deverá apresentar 
laudo fundamentado, com indicação dos critérios de avaliação adotados e instruído com os documentos relativos 
aos bens avaliados. 
 
▪ O FGP responderá por suas obrigações com os bens e direitos integrantes de seu patrimônio, não respondendo 
os cotistas por qualquer obrigação do Fundo, salvo pela integralização das cotas que subscreverem. 
 
▪ A integralização com será feita independentemente de licitação, mediante prévia avaliação e autorização 
específica do Presidente da República, por proposta do Ministro da Fazenda. O aporte de bens de uso especial ou 
de uso comum no FGP será condicionado a sua desafetação de forma individualizada. 
 
▪ A capitalização do FGP, quando realizada por meio de recursos orçamentários, dar-se-á por ação orçamentária 
específica para esta finalidade, no âmbito de Encargos Financeiros da União. 
 
▪ É facultada a constituição de patrimônio de afetação que não se comunicará com o restante do patrimônio do 
FGP, ficando vinculado exclusivamente à garantia em virtude da qual tiver sido constituído, não podendo ser 
objeto de penhora, arresto, sequestro, busca e apreensão ou qualquer ato de constrição judicial decorrente de 
outras obrigações do FGP. A constituição do patrimônio de afetação será feita por registro em Cartório de 
Registro de Títulos e Documentos ou, no caso de bem imóvel, no Cartório de Registro Imobiliário correspondente. 
 
▪ A União somente poderá contratar parceria público-privada quando a soma das despesas de caráter continuado 
derivadas do conjunto das parcerias já contratadas não tiver excedido, no ano anterior, a 1% da receita corrente 
líquida do exercício, e as despesas anuais dos contratos vigentes, nos 10 anos subsequentes, não excedam a 1% 
da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios. 
 
 
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BENS PÚBLICOS 
 
Titularidade, alienação, concessão de uso, autorização de uso, etc 
▪ É impossível a prescrição aquisitiva de bens públicos dominicais, inclusive nos casos de imóvel rural e de 
usucapião constitucional pro labore. 
 
▪ Não é vedada a utilização de bem público no interesse do particular. 
 
▪ Não é vedada a cobrança pela utilização de bens de uso comum do povo. 
 
▪ As terras devolutas não são de propriedade da União. 
 
▪ A concessão de uso de bem público é contrato administrativo, logo, de ajuste bilateral, pelo qual a 
Administração outorga ao particular a faculdade de utilizar um bem público segundo sua destinação específica. 
 
▪ É possível a instituição de taxa para a utilização de bem de uso comum do povo. 
 
▪ Os bens de uso especial somente podem ser locados se forem convertidos em bens dominicais (desafetados). 
 
▪ A autorização de uso de bem público é o ato administrativo unilateral, discricionário e precário, pelo qual o 
poder público permite a utilização especial de bem por particularde modo privado, atendendo a interesse 
privado, mas, é claro, sem prejudicar o interesse público. 
 
▪ Os bens dominicais não precisam de desafetação para que sejam alienados. 
 
▪ Os bens públicos de uso comum destinam-se ao uso de todos, indistintamente, sem prévia autorização do poder 
público. 
 
▪ Em regra, os bens de uso especial podem sofrer desafetação. 
 
▪ Os bens de uso especial estão fora do comércio jurídico de direito privado, pois só podem ser objeto de relações 
jurídicas regidas pelo direito público, razão por que, para fins de uso privado de tais bens, os instrumentos 
possíveis são a autorização, a permissão e a concessão. 
 
▪ São características dos bens de uso comum do povo a inalienabilidade (que não é absoluta), a 
imprescritibilidade, a impenhorabilidade e a impossibilidade de oneração. 
 
▪ Caso determinada comunidade solicite à prefeitura de seu município o fechamento de rua de pouco movimento 
de seu bairro para realizar comemoração em decorrência das festas juninas, a administração pública, caso aprove 
referido pedido, deverá utilizar para tal o instituto da autorização de uso de bem público. 
 
INTERVENÇÃO ESTATAL NA PROPRIEDADE (Neste tema tenha muita atenção à revisão do Dizer o Direito) 
 
Limitação, servidão e requisição administrativas e ocupação temporária 
▪ As limitações administrativas não se restringem a imposições positivas (fazer), mas também podem 
ser negativas (não fazer) ou permissivas (deixar fazer). 
 
▪ A passagem subterrânea, por determinado terreno particular, de dutos para o transporte de gás não configura 
exemplo de limitação administrativa, mas sim de servidão administrativa. 
 
▪ A requisição é modalidade de intervenção por meio da qual o Estado, em face de perigo iminente, utiliza 
serviços ou bens de particulares. 
 
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▪ Servidão administrativa é o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade 
alheia, com base em lei, por entidade pública ou seus delegados, em favor de um serviço público ou de um bem 
afetado a fim de utilidade pública. Assim, se a restrição que incide sobre um imóvel for em benefício de interesse 
público genérico e abstrato, como a estética, a proteção do meio ambiente, a tutela do patrimônio histórico e 
artístico, existe limitação à propriedade, mas não servidão. 
 
▪ Ocupação temporária é a forma de limitação do Estado à propriedade privada que se caracteriza pela utilização 
transitória, gratuita ou remunerada, de imóvel de propriedade particular, para fins de interesse público. 
 
Desapropriação (FOQUEM NA REVISÃO DO DIZER O DIREITO!) 
▪ I - A desapropriação por necessidade pública cabe quando a Administração Pública encontra na desapropriação 
a única solução para resolver determinado problema administrativo por ela enfrentado. II - A desapropriação por 
utilidade pública cabe quando a desapropriação se apresenta como a melhor solução administrativa para o 
atendimento do interesse público. III - A desapropriação de interesse social cabe quando a desapropriação for 
a única ou a melhor solução administrativa para amparar um grupo social que o Estado deva proteger ou 
pretenda atender de modo especial. 
 
▪ Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções 
delegadas de poder público poderão promover desapropriações mediante autorização expressa, constante de lei 
ou contrato. Quando a desapropriação destinar-se à urbanização ou à reurbanização realizada mediante 
concessão ou parceria público-privada, o edital de licitação poderá prever que a receita decorrente da revenda ou 
utilização imobiliária integre projeto associado por conta e risco do concessionário, garantido ao poder 
concedente no mínimo o ressarcimento dos desembolsos com indenizações, quando estas ficarem sob sua 
responsabilidade. 
 
▪ A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, 
contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará. Neste caso, somente 
decorrido um ano, poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração. Extingue-se em cinco anos o direito de 
propor ação que vise a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público. 
 
▪ Na desapropriação indireta a Administração Pública incorpora o bem ao seu patrimônio sem que os requisitos 
da declaração e indenização prévia sejam observados. Para que seja efetivada é necessário o real 
desapossamento do imóvel em favor do ente expropriante. 
 
▪ As operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária são isentas de impostos 
federais, estaduais e municipais. 
 
Tombamento 
▪ O tombamento, forma de intervenção do poder público na propriedade, pode incidir tanto sobre bens móveis 
quanto sobre bens imóveis. 
 
▪ É possível o tombamento de coisas pertencentes às pessoas naturais, bem como às pessoas jurídicas de direito 
privado e de direito público interno. 
 
▪ Proceder-se-á ao tombamento voluntário sempre que o proprietário o pedir e a coisa se revestir dos requisitos 
necessários para constituir parte integrante do patrimônio histórico e artístico nacional, a juízo do Conselho 
Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou sempre que o mesmo proprietário anuir, 
por escrito, à notificação, que se lhe fizer, para a inscrição da coisa em qualquer dos Livros do Tombo. Proceder-
se-á ao tombamento compulsório quando o proprietário se recusar a anuir à inscrição da coisa. 
 
 
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▪ As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruídas, demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia 
autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas ou 
restauradas, sob pena de multa de 50% do dano causado. 
 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração 
pública (Lei Anticorrupção) 
▪ A Lei Anticorrupção se aplica às sociedades empresárias e às sociedades simples, personificadas ou não, 
independentemente da forma de organização ou modelo societário adotado, bem como a quaisquer fundações, 
associações de entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que tenham sede, filial ou representação no 
território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente. 
 
▪ As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos 
da Lei Anticorrupção praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não. 
 
▪ A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou 
administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito. A pessoa jurídica será 
responsabilizada independentemente da responsabilização individual das pessoas naturais. Os dirigentes ou 
administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na medida da sua culpabilidade. 
 
▪ Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração contratual, transformação, 
incorporação, fusão ou cisão societária. Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora 
será restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até o limite do 
patrimônio transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas decorrentes de atos e fatos 
ocorridos antes da data da fusão ou incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente intuito de fraude, 
devidamente comprovados. 
 
▪ As sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo contrato, as consorciadas serão 
solidariamente responsáveis pela prática dos atos da Lei Anticorrupção, restringindo-se tal responsabilidade àobrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado. 
 
▪ Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos atos lesivos da Lei 
Anticorrupção, as seguintes sanções: I - multa, no valor de 0,1% a 20% do faturamento bruto do último exercício 
anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os tributos, a qual nunca será inferior à 
vantagem auferida, quando for possível sua estimação (caso não seja possível utilizar o critério do valor do 
faturamento bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$ 6 mil a R$ 60 milhões); e II - publicação extraordinária 
da decisão condenatória. 
 
▪ A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica 
cabem à autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que agirá 
de ofício ou mediante provocação, observados o contraditório e a ampla defesa. Essa competência poderá ser 
delegada, vedada a subdelegação. 
 
▪ No âmbito do Poder Executivo federal, a CGU terá competência concorrente para instaurar processos 
administrativos de responsabilização de pessoas jurídicas ou para avocar os processos instaurados, para exame 
de sua regularidade ou para corrigir-lhes o andamento, bem como, a apuração, o processo e o julgamento dos 
atos ilícitos da Lei Anticorrupção, praticados contra a administração pública estrangeira. 
 
▪ A personalidade jurídica poderá ser desconsiderada sempre que utilizada com abuso do direito para facilitar, 
encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos da Lei Anticorrupção ou para provocar confusão patrimonial, 
 
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sendo estendidos todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica aos seus administradores e sócios com 
poderes de administração, observados o contraditório e a ampla defesa. 
 
▪ A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas 
jurídicas responsáveis pela prática dos atos da Lei Anticorrupção que colaborem efetivamente com as 
investigações e o processo administrativo, sendo que dessa colaboração resulte: I - a identificação dos demais 
envolvidos na infração, quando couber; e II - a obtenção célere de informações e documentos que comprovem o 
ilícito sob apuração. 
 
▪ O acordo de leniência somente poderá ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os seguintes requisitos: 
I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar para a apuração do ato ilícito; 
II - a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento na infração investigada a partir da data de 
propositura do acordo; III - a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e coopere plena e 
permanentemente com as investigações e o processo administrativo, comparecendo, sob suas expensas, sempre 
que solicitada, a todos os atos processuais, até seu encerramento. 
 
▪ A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica das sanções de “publicação extraordinária da 
decisão condenatória” e “proibição de receber subvenções, doações, etc” e reduzirá em até 2/3 o valor da multa 
aplicável. 
 
▪ O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado. 
 
▪ Os efeitos do acordo de leniência serão estendidos às pessoas jurídicas que integram o mesmo grupo 
econômico, de fato e de direito, desde que firmem o acordo em conjunto, respeitadas as condições nele 
estabelecidas. 
 
▪ A proposta de acordo de leniência somente se tornará pública após a efetivação do respectivo acordo, salvo no 
interesse das investigações e do processo administrativo. 
 
▪ Não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a proposta de acordo de leniência 
rejeitada. 
 
▪ Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo 
pelo prazo de 3 anos contados do conhecimento pela administração pública do referido descumprimento. 
 
▪ A celebração do acordo de leniência interrompe o prazo prescricional dos atos ilícitos da Lei Anticorrupção. 
 
▪ Na esfera administrativa, a responsabilidade da pessoa jurídica não afasta a possibilidade de sua 
responsabilização na esfera judicial. 
 
Lei de acesso à informação 
▪ A lei de acesso à informação se aplica às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de 
ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, 
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. A 
publicidade refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações 
de contas a que estejam legalmente obrigadas. 
 
▪ É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos 
objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. 
 
▪ A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades referidas, quando não 
fundamentada, sujeitará o responsável a medidas disciplinares. 
 
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 Pág. 
 
▪ Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente não pode conter exigências que 
inviabilizem a solicitação. São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de 
informações de interesse público. 
 
▪ O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. 
 
▪ Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou parcialmente sigilosa, o requerente 
deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda, 
ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação. É direito do requerente obter o inteiro teor de 
decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia. 
 
▪ A informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato, caso haja anuência do requerente. 
 
▪ No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do acesso, poderá o interessado 
interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 dias a contar da sua ciência. O recurso será dirigido à autoridade 
hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 dias. 
 
▪ Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público informarão ao CNJ e ao CNMP, respectivamente, as 
decisões que, em grau de recurso, negarem acesso a informações de interesse público. 
 
Súmulas do TCU 
▪ O julgamento pela irregularidade de contas ordinárias ou extraordinárias prescinde de nova audiência ou citação 
em face de irregularidades pelas quais o responsável já tenha sido ouvido em outro processo no qual lhe tenha 
sido aplicada multa ou imputado débito. 
 
▪ A pessoa jurídica de direito privado destinatária de transferências voluntárias de recursos federais feitas com 
vistas à consecução de uma finalidade pública responde solidariamente com seus administradores pelos danos 
causados ao erário na aplicação desses recursos. 
 
▪ Para fim de habilitação, a Administração Pública não deve exigir dos licitantes a apresentação de certidão de 
quitação de obrigações fiscais, e sim prova de sua regularidade. 
 
▪ É vedada a participação de cooperativas em licitação quando, pela natureza do serviço ou pelo modo como é 
usualmente executado no mercado em geral, houver necessidade de subordinação jurídica entre o obreiro e o 
contratado, bem como de pessoalidade e habitualidade. 
 
▪ Para fins de qualificação econômico-financeira, a Administração pode exigir das licitantes, de forma não 
cumulativa, capital social mínimo, patrimônio líquido mínimo ou garantias que assegurem o adimplemento do 
contratoa ser celebrado, no caso de compras para entrega futura e de execução de obras e serviços. 
 
▪ Em licitações referentes a compras, inclusive de softwares, é possível a indicação de marca, desde que seja 
estritamente necessária para atender exigências de padronização e que haja prévia justificação. 
 
▪ Nas contratações de obras e serviços de engenharia, a definição do critério de aceitabilidade dos preços 
unitários e global, com fixação de preços máximos para ambos, é obrigação e não faculdade do gestor. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (Neste tema tenha atenção redobrada à revisão do Dizer o Direito). 
 
Regresso na responsabilidade civil estatal 
 
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▪ A CF consagra dupla garantia uma em favor do particular, possibilitando-lhe ação indenizatória contra a pessoa 
jurídica de direito público ou de direito privado que preste serviço público, e outra em prol do servidor, que 
somente responde administrativa e civilmente perante a pessoa jurídica a cujo quadro funcional se vincular. 
 
▪ A ação de regresso deve ser ajuizada pelo Estado contra o agente causador do dano e, na sua falta, contra seus 
herdeiros ou sucessores, podendo ser intentada, também, mesmo após a exoneração, demissão, disponibilidade 
ou aposentadoria do agente responsável de seu cargo, emprego ou função. 
 
SERVIDORES PÚBLICOS, PROCESSO DISCIPLINAR E IMPROBIDADE (Neste tema tenha atenção redobrada à 
revisão do Dizer o Direito) 
 
Lei 8.112/1990 - Provimento 
▪ A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 
 
▪ O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, 
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em 
que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. 
 
▪ A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. 
 
▪ É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da 
posse. 
 
▪ O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao 
serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. 
 
▪ O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de 
direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro órgão 
ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e 
Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes. 
 
▪ O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos. 
 
▪ O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade 
no serviço público ao completar 3 anos de efetivo exercício. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de 
sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada 
ampla defesa. 
 
▪ Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a 
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. 
 
▪ Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado. Não poderá reverter o aposentado que já tiver 
completado 70 anos de idade. 
 
▪ A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de 
sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento 
de todas as vantagens. 
 
▪ Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em 
estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. 
O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de 
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. 
 
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PAD (FOQUEM NA REVISÃO DO DIZER O DIREITO!) 
 
▪ Embora não haja, na Lei 8.112/1990, proibição à participação do servidor em sociedades comerciais ou civis, 
constitui, segundo essa norma, infração disciplinar passível de demissão o fato de o servidor ser gerente ou 
administrador da sociedade. 
 
▪ Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a ele 
imputados e das respectivas provas. O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão 
para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. Havendo 
dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 dias. O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, 
para diligências reputadas indispensáveis. 
 
▪ Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. Para defender 
o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá 
ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do 
indiciado. 
 
▪ Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e 
mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção. Apreciada a defesa, a comissão elaborará 
relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para 
formar a sua convicção. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que 
determinou a sua instauração, para julgamento. 
 
▪ No PAD, o relatório da comissão processante é peça meramente opinativa. 
 
▪ Serão assegurados transporte e diárias: I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora da sede de sua 
repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado; II - aos membros da comissão e ao secretário, 
quando obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento 
dos fatos. 
 
▪ O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos 
novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. 
Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a 
revisão do processo. O ônus da prova cabe ao requerente. A revisão correrá em apenso ao processo originário. O 
julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade. Julgada procedente a revisão, será declarada sem 
efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do 
cargo em comissão, que será convertida em exoneração. Da revisão do processo não poderá resultar 
agravamento de penalidade. 
 
Improbidade Administrativa (FOQUEM NA REVISÃO DO DIZER O DIREITO!) 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO 
 
Evolução constitucional do Brasil 
▪ A Assembleia Nacional Constituinte de 1946 contou com a participação de representantes comunistas. 
 
▪ A Constituição de 1937 dissolveu a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, as assembleias legislativas e as 
câmaras municipais. 
 
Constituição 
▪ A CF atribui grande relevância ao princípio da separação dos poderes, que constitui cláusula pétrea. Nesse 
sentido, o texto constitucional considera que os atos do presidente da República atentatórios à separação dos 
poderes configuram crime de responsabilidade, e que a União possui a prerrogativa de intervir nos estados e no 
DF a fim de garantir o livre exercício de qualquer dos poderes. 
 
▪ São fundamentos constitucionais da RepúblicaFederativa do Brasil, entre outros, os valores sociais do trabalho 
e da livre iniciativa. 
 
▪ Quanto aos elementos, o ADCT configura exemplo de elemento formal de aplicabilidade da CF. 
 
▪ As normas do ADCT são normas constitucionais, com o mesmo status jurídico e mesma hierarquia das demais 
normas previstas no texto principal. 
 
▪ Os valores sociais do trabalho e da iniciativa privada constituem fundamento não só da ordem econômica, mas 
também da própria República Federativa do Brasil. 
 
▪ Norma constitucional de eficácia contida incide direta e imediatamente sobre a matéria respectiva. 
 
▪ A CF institui no Brasil um modelo de Estado democrático, em que o poder emana do povo e é exercido tanto por 
meio de uma democracia direta, quanto por intermédio de uma democracia representativa. 
 
▪ O mecanismo denominado sistema de freios e contrapesos é aplicado, por exemplo, no caso da nomeação dos 
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuição do presidente da República e dependente da aprovação 
pelo Senado Federal. 
 
▪ No que se refere às relações internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se pelos princípios da 
igualdade entre os Estados, da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e da concessão de 
asilo político, entre outros. 
 
▪ Consideram-se elementos limitativos da Constituição as normas constitucionais que compõem o catálogo dos 
direitos e garantias individuais. 
 
▪ A CF contempla hipótese configuradora do denominado fenômeno da recepção material das normas 
constitucionais, que consiste na possiblidade de a norma de uma constituição anterior ser recepcionada pela nova 
constituição, com status de norma constitucional. 
 
▪ As Constituições classificadas, quanto ao modo de elaboração, como Constituições históricas, apesar de serem 
juridicamente flexíveis, são, normalmente, politicamente rígidas. 
 
Poder Constituinte 
 
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▪ As constituições estaduais promulgadas pelos estados-membros da Federação são expressões do poder 
constituinte derivado decorrente, cujo exercício foi atribuído pelo poder constituinte originário às assembleias 
legislativas. 
 
▪ O poder constituinte originário é inicial, autônomo e incondicionado. 
 
▪ A soberania popular consiste essencialmente no poder constituinte do povo. 
 
▪ O poder constituinte estadual classifica-se como decorrente, em virtude de consistir em uma criação do poder 
constituinte originário, não gozando de soberania, mas de autonomia. 
 
HERMENÊUTICA 
▪ O texto constitucional analisado, não em sua literalidade, mas na realidade social na qual está inserido, que, por 
consequência, traz constantes modificações em sua interpretação, de forma a se adequar ao máximo aos valores 
almejados pela sociedade, consiste no método de interpretação denominado "científico-espritual". No método da 
tópica ou tópico-problemático, na verdade, parte do caso concreto, com pluralidade de intérpretes e uma 
Constituição que reúne regras e princípios, tentar-se-á adequar o problema a norma constitucional, objetivando 
sua solução. 
 
▪ O princípio da unidade da Constituição, de caráter interpretativo, estipula que a CF deve ser interpretada de 
forma a se evitarem contradições, antinomias ou antagonismos. 
 
▪ Para Peter Häberle, jurista alemão cujo pensamento doutrinário tem influenciado o direito constitucional 
brasileiro, a constituição deve corresponder ao resultado, temporário e historicamente condicionado, de um 
processo de interpretação levado adiante na esfera pública por parte dos cidadãos e cidadãs. 
 
▪ Segundo os doutrinadores, a ideia de uma constituição aberta está ligada à possibilidade de sua permanência 
dentro de seu tempo, evitando-se o risco de perda ou desmoronamento de sua força normativa. 
 
▪ No método jurídico, defende-se a identidade entre lei e constituição, esta considerada espécie de lei, devendo, 
portanto, ser interpretada pelas regras tradicionais de hermenêutica. 
 
▪ No método científico-espiritual, busca-se a interpretação da constituição como um conjunto, em um processo 
de integração comunitária. 
 
▪ De acordo com o método normativo-estruturante, deve-se priorizar a concretização em detrimento da 
interpretação, que é apenas uma etapa da concretização, visto que é impossível isolar a norma da realidade. 
 
▪ No método tópico-problemático, há um pensar problemático, dando-se preferência à discussão dos problemas, 
já que a abertura do texto constitucional inviabilizaria a possibilidade de dedução subsuntiva. 
 
▪ Em sede de interpretação das normas constitucionais, o princípio do efeito integrador é muitas vezes associado 
ao princípio da unidade da constituição, já que, conforme aquele, na resolução dos problemas jurídico-
constitucionais, deve-se dar primazia aos critérios favorecedores da integração política e social, o que reforça a 
unidade política. 
 
▪ O princípio da máxima efetividade, invocado no âmbito dos direitos fundamentais, determina que lhes seja 
atribuído o sentido que confira a maior efetividade possível, com vistas à realização concreta de sua função social. 
 
▪ O princípio da unidade da constituição preceitua que a Constituição deve ser interpretada como um todo único, 
ou seja, seus dispositivos não devem ser analisados isoladamente. 
 
 
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE (Neste tema tenha atenção redobrada à revisão do Dizer o Direito). 
 
ADI (requisitos) e ADI estadual 
▪ Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis estaduais ou municipais em 
face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. 
 
▪ A petição inicial da ADI indicará: I - o dispositivo da lei questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; II - o 
pedido, com suas especificações; e III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da 
disposição objeto da ação declaratória. 
 
Cautelares em ADI e ADO 
▪ Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado 
para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de 10 dias, e a 
manifestação do AGU e do PGR, sucessivamente, no prazo de 5 dias, submeter o processo diretamente ao 
Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. 
 
▪ Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o STF, por decisão da maioria absoluta de seus 
membros, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela 
omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 dias. Essa medida cautelar poderá consistir na 
suspensão da aplicação da lei questionada, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos 
judiciais ou administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada. O relator, se julgar indispensável, ouvirá o 
PGR, no prazo de 3 dias. No julgamento, será facultada sustentação oral do requerente e das autoridades ou 
órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional. 
 
ADI (fundamentalidades) 
▪ Ao declarar a inconstitucionalidade de lei, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional 
interesse social, o STF pode, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou 
decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento. 
 
▪ A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a 
Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm eficácia contra todos e 
efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e 
municipal. 
 
ADPF (finalidade e subsidiariedade) 
▪ A ADPF terá por objeto evitar ou reparar lesãoa preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público, bem 
como, será cabível quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei federal, estadual 
ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. 
 
▪ Não será admitida ADPF quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. 
 
Outras questões 
▪ É possível a propositura de ação direta de inconstitucionalidade perante o STF para fiscalizar a 
constitucionalidade de decreto legislativo que aprove tratado de direitos humanos celebrado pelo Brasil. 
 
▪ A decisão de órgão fracionário de TRT que afaste a incidência de determinada lei por motivos de 
inconstitucionalidade, sem declará-la inconstitucional, viola a cláusula de reserva de plenário. 
 
▪ Não se admite ação direta de inconstitucionalidade, perante o STF, cujo objeto seja ato normativo editado pelo 
DF no exercício de competência que a CF reserve aos municípios, tal como a disciplina e política do parcelamento 
do solo. 
 
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▪ É cabível a oposição de embargos de declaração para fins de modulação dos efeitos de decisão proferida em 
ação direta de constitucionalidade. 
 
▪ Ao julgar procedente uma ação direta de inconstitucionalidade, o STF poderá, por maioria de dois terços de seus 
membros, realizar a modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade. 
 
▪ Pela teoria da inconstitucionalidade por reverberação normativa, a norma dependente daquela declarada 
inconstitucional em processo anterior também estará eivada do vício da inconstitucionalidade, haja vista a 
relação de instrumentalidade existente entre elas. 
 
▪ O TJDFT pode realizar controle de constitucionalidade de lei federal. 
 
▪ A arguição de descumprimento de preceito fundamental, como instrumento de fiscalização abstrata de normas, 
submete-se aos requisitos da relevância constitucional da controvérsia suscitada e da subsidiariedade. 
 
▪ Demonstrado o requisito da pertinência temática, pode o governador de estado ajuizar, perante o STF, ADI, 
questionando lei estadual em face da CF. 
 
▪ Embora a regra geral do controle de constitucionalidade brasileiro seja o controle judicial repressivo, admite-se 
o controle político repressivo, por exemplo, quando o Congresso Nacional susta atos normativos do Poder 
Executivo que exorbitem os limites da delegação legislativa. 
 
▪ Em regra, a concessão de medida liminar na ADI possui efeitos repristinatórios, de modo que a suspensão da 
eficácia da lei impugnada na ação implicará o retorno provisório da vigência e eficácia da lei por ela revogada, até 
o efetivo julgamento de mérito da ação. 
 
▪ A produção de efeitos da decisão de mérito proferida pelo STF na ADI não se condiciona ao trânsito em julgado. 
 
▪ Ao governador de estado é permitido questionar, por via principal e concentrada, a validade de determinada lei, 
ainda que não tenha vetado, na ocasião própria, o projeto dessa lei. 
 
▪ O mandado de injunção é remédio jurídico apto a enfrentar a inconstitucionalidade por omissão. 
 
DIREITOS FUNDAMENTAIS (Neste tema tenha atenção redobrada à revisão do Dizer o Direito) 
 
Direitos e garantias individuais 
▪ As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
 
▪ O direito à vida, assim como todos os demais direitos fundamentais, é protegido pela CF de forma não absoluta. 
 
▪ Os direitos fundamentais de 2ª dimensão são aqueles que outorgam ao indivíduo direitos a prestações sociais 
estatais, caracterizando-se, na maioria das vezes, como normas constitucionais programáticas. 
 
▪ Na dimensão objetiva, os direitos fundamentais são qualificados como princípios estruturantes do Estado 
democrático de direito, de modo que sua eficácia irradia para todo o ordenamento jurídico. 
 
▪ Efeito irradiante dos direitos fundamentais é o atributo que confere caráter objetivo a esses direitos, garantindo 
proteção do indivíduo contra o Estado. 
 
▪ Ninguém será privado de direitos por motivo de convicção política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. Essa norma 
 
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constitucional, que trata da escusa de consciência, tem eficácia contida, podendo o legislador ordinário restringir 
tal garantia. 
 
▪ Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se 
as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada 
em lei. 
 
▪ A Carta Magna assegura, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva. 
 
▪ A quebra de sigilo bancário, como regra, somente pode ser determinada pelas autoridades judiciárias ou pelas 
Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI`s). 
 
▪ O direito à vida também abrange o direito a ter uma vida digna. 
 
▪ É possível a fixação de limite de idade para inscrição em cargo público, desde que justificada pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido. 
 
▪ A Polícia Federal poderá efetuar investigações preliminares com vistas a atestar a veracidade da denúncia 
anônima. O que não pode ser feito, a partir da denúncia anônima, é a instauração de inquérito. 
 
▪ A defesa da legalização do aborto não deve ser considerada prática criminosa. 
 
▪ Embora a casa seja asilo inviolável do indivíduo, em caso de flagrante delito, é permitido nela entrar, durante o 
dia ou à noite, ainda que não haja consentimento do morador ou determinação judicial para tanto. 
 
▪ A CF assegura a todos o acesso à informação e resguarda o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício 
profissional. 
 
▪ É livre o exercício das profissões, podendo a lei exigir inscrição em conselho de fiscalização profissional apenas 
quando houver potencial lesivo na atividade, o que não ocorre com a profissão de músico, por exemplo. 
 
▪ O Presidente da República não tem competência para determinar interceptação telefônica. Apenas o Poder 
Judiciário poderá fazê-lo, e para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
 
▪ A liberdade de reunião é uma norma de eficácia contida, uma vez que pode sofrer restrições em seu 
cumprimento. 
 
▪ Somente o Poder Judiciário poderá dissolver compulsoriamente associação, mediante sentença judicial 
transitada em julgado. 
 
▪ O crime de racismo é inafiançável e imprescritível. Já a tortura e o terrorismo são crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça e anistia, mas sujeitos à prescrição. 
 
▪ Terá legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo o partido político que tenha representante no 
Congresso Nacional. Basta, portanto, que ele tenha uma vaga ocupada na Câmara dos Deputados ou no Senado 
Federal. Não é necessário ter representante em ambas as Casas. 
 
▪ As ações de habeas data são gratuitas. 
 
▪ O mandado de injunção é impróprio para pleitear em juízo direito individual líquido e certo decorrente de 
norma constitucional autoaplicável. 
 
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▪ O “habeas data” é instrumento adequado, também, para a retificação de dados de cadastros de registros 
públicos ou banco de dados de entidades governamentais, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo. 
 
▪ É possível a desistência de mandado de segurança após a sentença de mérito, ainda que favorável ao 
impetrante, sem a anuência do impetrado. 
 
▪ Para o cabimento do habeas data, é necessário que o impetrante comprove prévia recusa do acesso a 
informações ou de sua retificação. 
 
▪ Para propor ação popular objetivando anular ato lesivo ao patrimônio público, é necessário que o indivíduo 
esteja no gozo de direitos políticos. 
 
Direitos políticos 
▪ Não podem alistar-se como eleitoresos estrangeiros (exceção é o tratado da amizade com referência aos 
portugueses) e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
 
 ▪ São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos (mas eles podem votar!). 
 
▪ São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2º 
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de 
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato 
eletivo e candidato à reeleição. 
 
▪ O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de 10 anos de serviço, deverá 
afastar-se da atividade; II - se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
 
▪ O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diplomação, 
instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. *Caiu na PFN e no Simulado da 
AGU que elaborei, conforme notou o nobre colega Rodrigo Kulkes* 
 
▪ A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se 
temerária ou de manifesta má-fé. 
 
▪ É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da 
naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal 
transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou 
prestação alternativa; e V - improbidade administrativa. 
 
▪ A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que 
ocorra até um ano da data de sua vigência. 
 
COMPETÊNCIAS FEDERATIVAS (FOQUEM NA REVISÃO DO DIZER O DIREITO!) 
 
INTERVENÇÃO FEDERAL (Neste tema tenha atenção redobrada à revisão do Dizer o Direito) 
 
Representação interventiva 
▪ Da decisão de indeferimento da representação interventiva do PGR caberá agravo, no prazo de 5 dias. 
 
 
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▪ O STF, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na 
representação interventiva. O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, 
bem como o AGU ou o PGR, no prazo comum de 5 dias. A liminar poderá consistir na determinação de que se 
suspenda o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais ou administrativas ou de qualquer outra 
medida que apresente relação com a matéria objeto da representação interventiva (A ADPF tem igual 
procedimento). 
 
PODERES EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO 
 
Poder Executivo e presidente da República 
▪ Compete privativamente ao Presidente da República, dentre outras atribuições: VI – dispor, mediante decreto, 
sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem 
criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos (pode ser 
delegado a ministro de estado, PGR ou AGU); XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se 
necessário, dos órgãos instituídos em lei (pode ser delegado a ministro de estado, PGR ou AGU); XXIV - prestar, 
anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas 
referentes ao exercício anterior; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei (pode ser 
delegado a ministro de estado, PGR ou AGU); 
 
▪ O Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou 
queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal (não estará sujeito à prisão até a sentença condenatória); II - nos 
crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. Se, decorrido o prazo de cento 
e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular 
prosseguimento do processo. 
 
▪ Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 anos e no exercício dos direitos 
políticos. 
 
▪ A responsabilidade penal do presidente da República é relativa, já que ele não pode ser responsabilizado 
penalmente, na vigência do seu mandato, por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
 
▪ A sentença condenatória em processo de impeachment é materializada por meio de resolução editada pelo 
Senado Federal. 
 
▪ Se, após admissão da Câmara dos Deputados, for recebida denúncia de crime comum no Supremo Tribunal 
Federal contra o presidente da República, este ficará suspenso de suas funções. 
 
▪ Os ministros de Estado devem ser julgados pela prática de crimes de responsabilidade pelo Supremo Tribunal 
Federal, salvo se esses crimes tiverem sido cometidos de modo conexo aos praticados pelo presidente da 
República, caso em que o julgamento competirá ao Senado Federal. 
 
▪ Tanto as funções de chefe de Estado como as de chefe de governo integram o rol de competências privativas do 
presidente da República. 
 
Poder Legislativo e processo legislativo 
▪ As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, 
além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo 
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a 
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao 
Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
 
 
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▪ Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última 
sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição 
reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária. 
 
▪ A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara 
dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias 
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
 
▪ A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado 
de sítio. 
 
▪ Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o 
voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. 
 
▪ A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova 
proposta na mesma sessão legislativa. 
 
▪ É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria relativa a: I-a) nacionalidade, cidadania, direitos 
políticos, partidos políticos e direito eleitoral; I-b) direito penal, processual penal e processual civil; I-c) 
organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; I-d) planos 
plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado a abertura de 
crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as 
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública; II - que vise a detenção ou sequestro de bens, de 
poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III - reservada a lei complementar; e IV - já disciplinada em 
projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
 
▪ É vedada a reedição,

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