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EROSÃO 
Erosão é um processo que pode ser definido como a remoção física de partículas 
produzidas pelo intemperismo. Alguns autores consideram o transporte destas partículas 
até o local onde serão finalmente depositadas como parte do processo de erosão, outros 
preferem usar a expressão transporte sedimentar. 
A erosão é um processo natural, que pode ser muito intensificado por ações antrópicas. 
Alguns autores classificam a erosão como geológica (relacionada à ação das águas e dos 
ventos em ambientes naturais) e antrópica (quando intensificada pela ação do homem no 
caso de desmatamentos, queimadas, preparo inadequado do solo e cultivos intensivos e 
esgotantes). 
O controle da erosão é uma questão importante: deslizamentos em áreas urbanizadas 
causam perda de vidas e perdas materiais; perda de solos, na agropecuária; redução da 
qualidade das águas dos rios, pois as partículas que a chuva retira do solo são 
transportadas para os canais fluviais. 
O controle das voçorocas, que são crateras abertas no relevo, vem sendo muito estudado, 
e uma das técnicas de baixo custo utilizadas é o plantio de leguminosas arbóreas de rápido 
crescimento, inoculadas e micorrizadas. Essa técnica melhora as condições físicas, 
químicas e biológicas do solo, aumenta o tempo de permanência da água no solo e reduz 
os efeitos erosivos das chuvas. 
Voçoroca – “cratera” formada pela 
erosão, com mais de 0,5m de 
largura e profundidade, podendo 
chegar a 30 m. 
 
Micorriza é o nome de 
associações simbióticas entre 
fungos e raízes de plantas. 
 
 
Voçoroca extensa com aporte de partículas para o canal fluvial, no Vale do Médio 
Paraíba. Fonte: Resende, sem data. 
 
Em alguns casos a erosão pode colocar em risco áreas construídas, sendo necessário fazer 
obras de engenharia para contenção, como no caso do Morro da Urca, no Rio de Janeiro. 
 
Coluna construída para sustentação de um grande bloco rochoso, evitando 
o desmoronamento. Morro da Urca, Rio de Janeiro, RJ. Foto de Wilma de 
Carvalho Guilayn. 
 
Quando ocorrem grandes volumes de chuvas em curto intervalo de tempo podem ocorrer 
eventos erosivos catastróficos, como ocorreu em janeiro de 2011 na Região Serrana do 
Estado do Rio. Em diversas cidades como Nova Friburgo, Teresópolis e outras, a 
imprensa noticiou que mais de 900 vidas foram perdidas e ocorreram enormes perdas 
materiais com cerca de 30.000 pessoas desabrigadas (BANDEIRA et al. 2011). Estes 
eventos catastróficos vêm se repetindo com frequência cada vez maior, em diferentes 
lugares. 
 
Figura 5.11 – Erosão intensa em Nova Friburgo causada pelas intensas chuvas em janeiro 
de 2011. As setas indicam algumas das áreas erodidas, vendo-se abaixo das mesmas a 
devastação causada pela corrente de lama. Foto: http://g1.globo.com/rio-de-
janeiro/noticia/2011/01/chuva-espalha-destruicao-na-regiao-serrana-do-rio-de-
janeiro.html 
 
TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO SEDIMENTAR 
Durante o transporte e após sua deposição as partículas recebem o nome de sedimento. 
Os sedimentos podem ser transportados por um rio em suspensão ou por arraste no fundo. 
Sedimento – partícula 
originada da alteração de 
rochas preexistentes e 
transportada e/ou depositada 
pelo ar, água ou gelo. 
A capacidade de um rio transportar sedimentos depende de sua vazão, que varia 
sazonalmente. Você pode observar esse fenômeno no Gráfico abaixo, que mostra a vazão 
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/01/chuva-espalha-destruicao-na-regiao-serrana-do-rio-de-janeiro.html
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/01/chuva-espalha-destruicao-na-regiao-serrana-do-rio-de-janeiro.html
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/01/chuva-espalha-destruicao-na-regiao-serrana-do-rio-de-janeiro.html
e a quantidade de material particulado em suspensão no Rio Paraíba do Sul entre maio de 
1998 e setembro de 1999. Você pode observar que a linha cheia, que representa a 
quantidade de material particulado em suspensão (MPS em mg/L) e a linha pontilhada 
que representa a vazão (em m3/s) apresentam uma excelente concordância, aumentando 
entre os meses de dezembro e março. Se você mora em uma cidade às margens de um rio, 
provavelmente já observou que suas águas ficam de cor marrom no período chuvoso, 
devido à grande quantidade de partículas transportadas. 
 
 
Os sedimentos transportados acabam por se depositar em regiões de relevo mais baixo e 
plano. Esta acumulação quando ocorre em locais sujeitos à subsidência podem formar 
espessos pacotes de sedimentos, constituindo bacias sedimentares. Um exemplo de 
bacia sedimentar em nosso estado é a Bacia de Campos, formada no início do processo 
de afastamento entre as placas tectônicas da América do Sul e da África. 
Subsidência – Movimento 
relativo de uma porção da 
crosta que afunda em relação 
às partes que a rodeiam; é 
produzida em parte pelo peso 
dos sedimentos acumulados e 
em parte por processos 
tectônicos. 
Bacia Sedimentar – 
depressão na superfície 
terrestre onde ocorre a 
acumulação de espessas 
camadas de sedimentos. 
Ao longo do tempo geológico os depósitos sedimentares vão sendo recobertos por 
espessas camadas de novos sedimentos, aumentando a temperatura e a pressão das 
camadas inferiores e resultando na transformação dos sedimentos acumulados em rochas 
sedimentares.

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