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APOSTILA OCEANOGRAFIA Interior da terra (estrutura) A grande massa continental formada principalmente por rochas graníticas, contém alta quantidade de silicatos de alumínio e magnésio; quartzo e feldspato são seus principais componentes minerais. A crosta continental tem densidade de 2,8 gramas por centímetro cúbico, sendo sua espessura média de 55 km; já a crosta oceânica é muito mais fina, com 10 km em média de espessura, porém é mais pesada, com densidade de 3 g/cm³. Imediatamente abaixo da crista continental e oceânica, encontra-se a camada superior do manto. No limite entre a crosta e o manto encontra-se uma região na qual ocorre rápida mudança na composição química e na velocidade de propagação de ondas sísmicas, chamada de descontinuidade de Mohorovicic. Considera-se que o manto abaixo da crosta seja rígido, solidificado, basáltico e fundido com a crosta, mas, ao mesmo tempo, separado dela pelo Moho. Essa camada da crosta e do manto superior que contém o Moho é conhecida como litosfera e possui, em média, 100 km de espessura. A região do manto abaixo da litosfera é a astenosfera. Acredita-se que esta camada esteja parcialmente em estado de fusão. A litosfera é menos densa, e ambas as litosferas, continental e oceânica, flutuam na astenosfera. O manto, com 2800 km de profundidade e densidade média de 4,5 g/cm³, pode ser subdividido em três regiões principais: manto superior (onde estão a litosfera e a astenosfera), manto intermediário e o manto inferior. Abaixo, tem-se a camaca denominada de núcleo externo, com 2300 km de profundidade, constituída por uma mistura de ferro e enxofre, com densidade média de 11,8 g/cm³, nessa região encontra-se a origem do campo magnético terrestre. Por ultimo, no centro do planeta, tem-se o núcleo interno, com 1140 km de espessura, densidade de 17 g/cm³, constituído por uma mistura de ferro e níquel. Oceanos - Oceanografia A Oceanografia é a mais antiga e tradicional entre as áreas que se inserem na concepção de Ciências do Mar, compreendendo quatro ramos temáticos, que tratam de forma inter- relacionada estudos da Geologia, da Química, da Física e da Biologia do ambiente marinho e das zonas de transição (FIG. 1.1). A Oceanografia Geológica estuda a geologia, a origem e a evolução das bacias oceânicas, a tectônica de placas, o transporte dos sedimentos e a formação e evolução das costas. A Oceanografia Química, também conhecida como Química Marinha, compreende o estudo das propriedades químicas da água de mar e zonas de transição e suas interações com a atmosfera, o assoalho marinho e os seres vivos. A Oceanografia Física, por sua vez, estuda os atributos físicos dos oceanos e das zonas de transição, incluindo a estrutura termo-halina dos mares, os processos de mistura, a geração e propagação das ondas, as marés e correntes e a penetração e transmissão da luz e do som. Por fim, a Oceanografia Biológica, também chamada de Biologia Marinha, ocupa-se do estudo dos micróbios, das plantas e dos animais que habitam os oceanos e as zonas de transição, assim como da diversidade, da estrutura e da dinâmica das comunidades e suas interações ecológicas com esses ambientes. 1. ESTUDO DO AMBIENTE OCEANOGRÁFICO DO PONTO DE VISTA GEOLÓGICO Os oceanos e mares cobrem quase ¾ da superfície terrestre, mais especificamente 70,8% da superfície. Mas a água não se distribui de modo homogêneo: no hemisfério sul a relação entre água e terra é de 4:1, enquanto no hemisfério norte esta relação é de 1,5:1. Didaticamente, pode-se dividir os oceanos em três: o Pacífico, Atlântico e o Índico, embora o Ártico e o Antártico possam também ser considerados como oceanos à parte. Com relação aos Atlântico é um pouco mais raso que o pacífico cerca de 3575 m, enquanto o pacífico apresenta uma profundidade média de 3940m e também possui grandes áreas de plataforma continental e poucas ilohas vulcânicas. Outra característica distinta do Atlântico é que ele recebe grande descarga de água doce proveniente de grandes rios. A soma de todos os rios que desembocam no Atlântico atinge 600 mil metros cúbicos por segundo, sendo o rio Amazonas responsável por 1/3 dessa quantidade. Há outros rios também importantes e que desaguam no Atlântico como o Congo (África), Mississipi (EUA), Rio Orinoco (Venezuela) e Rio da Prata (formado pelo desague do rio Paraná e do Uruguai-seu limite exterior está nos limites da Argentina e Uruguai). Uma das maiores consequências desse fato refere-se à quantidade de sedimento de origem continental ser muito superior à do Pacífico. Os oceanos podem ser divididos em três províncias batimétricas maiores: as margens continentais, as bacias oceânicas e os sistemas de cordilheiras mesoceânicas. 1.1 Margem continental A margem continental é aquela região mais próxima às terras emersas e é formada por um acúmulo de sedimentos de origem continental levados principalmente por rios e em menor escala pela erosão causada pelo próprio mar no ambiente costeiro. Os geólogos marinhos e oceanógrafos reconhecem dois tipos básicos de margens continentais (pacífica e Atlântica). A do tipo pacífica reconhecem dois tipos básicos de margens continentais: pacífica e atlântica. A do tipo pacifica como o próprio nome diz, ocorre principalmente no oceano Pacífico e é caracterizada por ser estreita e possuir fossas submarinas em sua base com a bacia oceânica; é característica de regiões de subducção, nas quais há o encontro convergente de placas litosféricas. Já a do tipo atlântica, característica do oceano Atlântico, é mais larga, típica de regiões sismicamente menos ativas, desenvolvidas quando os continentes foram separados para formar novo assoalho oceânico. Dessa forma, o continente e a bacia oceânica adjacente fazem parte da mesma placa tectônica. Outros fatores podem influenciar na largura da margem continental. A proximidade com fontes geradoras de sedimentos (como desembocaduras de rios) ocasionam margens largas, ou se houver fortes correntes podem tornar a margem estreita, já que impedem o estabelecimento dos sedimentos. Ela foi subdividida em três províncias: a plataforma continental, o talude continental e o sopé continental, este último também conhecido como elevação continental. A característica principal que diferencia esses três setores é o ângulo médio no qual eles se inclinam em direção ao fundo abissal. A característica principal que os diferencia é o ângulo o ângulo médio no qual eles se inclinam em direção ao fundo abissal. Resumindo, a morfologia da crosta terrestre no fundo dos oceanos compreende cinco formas principais: Plataforma continental; Talude continental; Planície abissal; Fossas submarinas e Cordilheiras oceânicas. 1.1.1 Plataforma Continental Saindo da região costeira em direção ao oceano aberto, a primeira região submersa é chamada de plataforma continental. Estende-se da costa em direção à bacia oceânica. Sua largura média é de cerca de 40 milhas náuticas (75 km). A plataforma compreende cerca de 7,5% do total da área oceânica. No Brasil, em sua maior largura, na foz do rio Amazonas (AM), a plataforma atinge cerca de 330 km e apenas 8km na altura de Salvador. No litoral de SP, atinge sua maior largura ao sul da cidade de Santos, com 230 km de extensão. Seu limite mais externo, denominado borda da plataforma, encontra- se em média a cerca de 130 metros de profundidade. Na margem continental brasileira, a borda da plataforma varia sua profundidade entre 40 metros na altura da cidade de Natal (RN), Rio São Francisco (AL/SE) e Rio Paraíba do Sul (RJ), atingindo a profundidade máxima de 180 metros ao sul da cidade de Santos (SP) e próximo à cidade de Tramandaí (RS). Por ser relativamente pouco profunda, há grande penetraçãode luz solar, de modo que a produção primária (acumulação de matéria orgânica por organismos fotossintetizantes) pode ser alta em praticamente toda a coluna d’água. Além deste fator, sua proximidade com as regiões continentais, que fornecem nutrientes em abundância, assegura biomassa de animais e vegetais muitas vezes superior à de outras regiões oceânicas. Para ilustrar tal fato, basta dizer que cerca de 90% da produção pesqueira mundial é de organismos capturados nas plataformas continentais. As águas oceânicas acima da plataforma e fora da influência das marés constituem, do ponto de vista biológico, a zona nerítica, a mais importante para a pesca. Compreende formas de vida sésseis, ou seja, que vivem fixas ao fundo do mar (como os corais) e nectônicas (como os peixes). Ao mesmo tempo que esta região é uma das mais ricas do ambiente marinho, pode sofrer com a influência do homem, pois 4/10 da população do planeta vive dentro de um raio de 60 km da área costeira e 2/3 das cidades de mais de 2,5 milhões de pessoas estão nesta área. 1.1.2 Talude Continental É a região externa da plataforma continental e é marcado por uma mudança abrupta na inclinação. Nesta região, a declividade passa 1:1000 (plataforma- a cada 1000 metros horizontais, a profundidade aumenta em 1 metro) para 1:40. Os sedimentos do talude são mais finos que os da plataforma, compostos principalmente por materiais finos (lamas). Longe de possuir superfícies plana e regular, quando considerados em detalhe, os taludes continentais são frequentemente cobertos por depressões e promontórios. A descontinuidade mais pronunciada do talude são os cânions submarinos, vales profundos e relativamente estreitos em forma de U ou Y, cujas paredes são muito inclinadas. Os maiores cânions submarinos podem atingir mais de 370 km de comprimento (Mar de Bering), e a inclinação média das paredes pode atingir 1:17 para pequenos cânions (os maiores possuem uma inclinação média menor). Estas depressões profundas na margem continental tem um importante papel no transporte de sedimentos de regiões costeiras para o oceano profundo. Estes sedimentos acumulam-se na base dos cânions, originando um leque aluvial. A explicação para a existência da maioria dos cânions é a seguinte: as porções superiores devem ter sido erodidas por rios durante uma época de baixo nível do mar, em uma das diversas glaciações que ocorreram no passado. Quando submersos, os cânions submarinos mantem-se abertos, ou seja, continuam ativamente servindo de transporte de sedimentos, provavelmente devido a uma combinação de processos submarinos, tais como: correntes de turbidez ou de densidade, corridas de lama e desmoronamentos. As correntes de turbidez são correntes de alta turbulência e ocorrem quando sedimentos se movem através de uma região com uma certa inclinação, como a parede do cânion. Se a velocidade e turbulência da corrente são tais ou a inclinação da parede é suficiente para impedir o estabelecimento das partículas de sedimento, esta ou a inclinação da parede é suficiente para impedir o estabelecimento das partículas de sedimento, esta corrente pode percorrer longas distâncias, alcançando mais de 1500 km. A corrida de lama é um fenômeno espasmódico que se constitui na movimentação de um fluxo de material detrítico homogêneo como areia, argila e até seixos. Estes detritos, lubrificados por um grande volume de água que os saturam, movimentando-se abaixo, como as paredes inclinadas do cânion, indo depositar-se no leque aluvial. Na região nordeste encontra- se uma dúzia de cânions principais no talude continental entre os quais o de Natal, o Oceânico de Alagoas, os de São Francisco, Japaratuba, Salvador e Belmonte. Já no litoral sudeste e sul, o número de cânions é bastante reduzido e também menores em dimensão. Os maiores encontram-se ao norte, valendo mencionar o de Cabo Frio e o de Macaé. No Litoral de São Paulo os mais importantes são os de São Sebastião e São Paulo. 1.1.3 Sopé Continental Os sedimentos depositados na base do talude formam o sopé ou elevação continental. Parte desta feição é formada por sedimentos em suspensão, que fluem contínua e lentamente pela plataforma, caindo pelo talude em direção ao sopé. A declividade do sopé é muito menor que a do talude e sua largura pode variar significativamente, entre 100 e 1000 km; o sopé ocorre em geral a partir da profundidade de 1500 m alcançando até cerca de 6000 metros, dependendo da sua localização. No Brasil, o sopé continental atinge 850 km em sua maior largura na altura do banco de Abrolhos, no estado do Espírito Santo. 1.2 Bacia oceânica A porção do assoalho marinho, que se estende do sopé continental até a cordilheira mesoceânica ou até outra margem continental, é chamada de bacia oceânica. Embora em geral não sejam características apenas da bacia oceânica, ocorrem aí diversas feições batimétricas tais como: planícies abissais, platôs submarinos, ilhas vulcânicas, guyots, atóis, montes marinhos e fossas submarinas, descritas a seguir. 1.2.1 Planícies abissais Normalmente, nas bacias oceânicas predominam as planícies abissais, mas o fundo é exageradamente plano, mais do que em qualquer planície continental. Em algumas regiões de planície abissal do Atlântico ocidental, por exemplo, encontram-se extensões de mais de 100 km onde o fundo não varia mais que 2 metros. É a região extensa e profunda, mais ou menos plana e horizontal, que, nas margens continentais do tipo Atlântico, começa na base do sopé continental e estende-se até as cordilheiras oceânicas. Está geralmente a 4.000 m de profundidade. Constituem os compartimentos com as maiores extensões territoriais dos oceanos e são localmente interrompidos pelos montes ou montanhas submarinas, elevações isoladas que podem atingir 1.000 m de altura e cujas porções emersas constituem as ilhas oceânicas. Em termos biológicos, compreende a zona pelágica, onde vivem normalmente seres vivos que não dependem dos fundos marinhos, sendo habitada principalmente por seres planctônicos (que são levados pelas águas) e nectônicos (animais que nadam). O domínio pelágico é muitas vezes dividido em cinco zonas, conforme a profundidade: Zona epipelágica ou superficial – vai até 200 m de profundidade e inclui a porção do mar onde pelo menos 1% da luz solar consegue penetrar, permitindo a fotossíntese. Essa penetração da luz do sol depende não apenas da profundidade, mas também da turbidez da água, podendo ser de apenas alguns centímetros. Zona mesopelágica – de 200 m até cerca de 1.000 m de profundidade. Embora ainda penetre alguma luz solar, ela não é suficiente para promover a fotossíntese. Sua temperatura varia entre 4ºC (na base) e 20ºC (nas partes mais rasas). Os animais mesopelágicos caracterizam-se por fazer grandes deslocamentos verticais diários, aproximando-se da superfície da água à noite, mas mergulhando para águas profundas durante o dia. Zona batipelágica – de 1.000 até cerca de 4.000 m de profundidade, dependendo da profundidade da margem continental. Tem uma temperatura média de 4ºC. Não recebe a luz solar e, por isso, nela não há produção primária de alimentos. Também pela falta de luz, nela vivem alguns animais que não possuem olhos. Os animais batipelágicos nunca se aproximam da superfície do mar. Zona abissopelágica – sobre as planícies abissais. É uma região onde a pressão da água é enorme e onde a falta de nutrientes e a baixa temperatura só permitem poucas formas de vida. Representa 42% dos fundos oceânicos. Os seres abissais são dotados de adaptações especiais, pela total falta de luz e elevada pressão, sendo exemplos os peixes cegos e polvos gigantes. Zona hadopelágica ou zona hadal – inclui as águas associadas ao fundo das fossas oceânicas com mais de 6.000 m de profundidade,como a Fossa das Marianas, que atinge 11.000 m de profundidade e pressão de 1.100 atmosferas. Na bacia oceânica brasileira encontra-se uma planície abissal na altura da região nordeste, denominada planície abissal de Pernambuco, com a profundidade média de mais de 5600 metros. No extremo sul do país encontra-se o limite norte de uma grande planície abissal, denominada da Argentina. 1.2.2 Platôs Submarinos Há numerosas regiões na bacia oceânica ou mesmo na margem continental que se elevam por 1 ou 2 km, mas não alcançam a superfície oceânica e nem fazem parte das cordilheiras mesoceânicas. Estas feições peculiares de platôs submarinos, são constituídas de material mais leve que o do assoalho oceânico, provavelmente originárias de fragmentos continentais ou como resultado de vulcanismo. Na margem continental brasileira encontram-se dois submarinos principais: o de Pernambuco e o de São Paulo. O primeiro possui área de quase 3000 km² e é composto por dois patamares, o Norte, de maior tamanho e profundidade que variam entre 1000 e 1200 metros; e o patamar sul, com profundidades entre 2400 e 2500 metros. O platô de SP é uma província fisiográfica de grande envergadura, com área de mais de 200000 km². 1.2.3 Ilhas Vulcânicas Feições resultantes de atividade vulcânica são bastante comuns no fundo oceânico. Vulcanismos podem ser encontrados em zonas de subducção (encontro convergente de placas tectônicas) ou associados com cordilheiras mesoceânicas. Mas há também regiões isoladas nas bacias oceânicas, nas quais ocorre atividade vulcânica causada pelos chamados pontos quentes, presentes no manto, que ocasionalmente expelo material magmático em direção à crosta. Não se conhece a causa da existência desses pontos quentes, mas com a liberação de magma, forma-se uma ilha vulcânica. Com frequência tais ilhas formam longas cadeias, devido à expansão do assoalho oceânico, pois ao se mover sobre o ponto quente que deu origem a uma ilha, a placa tectônica origina outra e assim por diante. No Brasil há exemplos de cadeias vulcânicas submarinas que se formaram no sentido da movimentação da Placa tectônica Sul-americana. É o caso da Cadeia Norte Brasileira, Fernando de Noronha e a de Vitória-Trindade; nestas duas últimas encontram-se picos emersos formando ilhas vulcânicas. 1.2.4 Guyots A tendência das ilhas vulcânicas originadas por um ponto quente, é afundar até que encontre novo equilíbrio isostático, já que a crosta terrestre é muito fina, deformando-se devido ao peso da grande massa magmática formadora da ilha. Ao afundarem, as ilhas podem dar origem aos guyots, elevações submarinas de origem vulcânica que possuem o seu topo plano, causado pela erosão das ondas na superfície quando do processo de imersão da ilha. 1.2.5 Atóis A ilha vulcânica pode também dar origem a um atol, fato descoberto por Charles Darwin, em sua viagem com o Beagle pelo oceânico Pacífico, realizada entre 1831 e 1836. Darwin ficou muito intrigado com a presença de formações circulares coralinas em pleno oceano, muitas vezes em profundidades vizinhas maiores que 4000 metros. Em águas quentes e limpas os corais crescem rapidamente. Assim, enquanto a ilha afunda lentamente, o recife de coral, que se encontra em águas rasas à sua volta, cresce verticalmente até a ilha afundar totalmente, restando um recife coralino circular, em cujo centro encontra-se uma lagoa de águas rasas. Na bacia oceânica brasileira acha-se o atol das Rocas, o único do oceano Atlântico sul. Este atol foi a primeira unidade de conservação marinha do Brasil (1979) estando localizado a 144 milhas náuticas (cerca de 260 km) da costa. Ele faz parte da formação da cadeia de Fernando de Noronha, e é constituído por um anel de recifes de algas calcárias e corais, de cerca de 1600 metros de diâmetro, ocupando uma área de apenas 7,2 km². Há apenas 2 pontos permanentemente emersos, cuja altura não ultrapassa 3 metros. 1.2.6 Montes Marinhos Esta feição é geralmente de origem vulcânica, elevando-se do assoalho oceânica mas não atingindo a superfície. No Brasil existem diversos montes marinhos, geralmente associados às cadeias vulcânicas submarinas como a de Fernando de Noronha ou a de Vitória-Trindade. 1.2.7. Fossas Submarinas As fossas submarinas são encontradas em sua maioria no oceano Pacifico, como as fossas das Marianas, Aleutas e Kurilas. Geralmente possuem formas em arco de círculo e, via de regra, encontra-se associado a elas um colar de ilhas também em arco (arco insulares). 1.2.8. Cordilheiras oceânicas Ao contrário das fossas oceânicas, as cordilheiras são zonas alongadas, contínuas, fraturadas e escarpadas que se elevam a partir da planície abissal. São formadas predominantemente por processos vulcânicos e tectônicos relacionados à movimentação das placas tectônicas, com superposição de depósitos sedimentares de oceanos profundos. Correspondem às zonas de separação de placas tectôncias (zonas de acresção), como a Dorsal Mesoatlântica, que existem ao longo de todo o Oceano Atlântico. Estão presentes em todos os oceanos e contêm, nas suas porções centrais, as zonas de maior atividade tectônica dos fundos oceânicos. Picos mais elevados dessas cordilheiras podem alcançar a superfície do mar, formando ilhas oceânicas, como o arquipélago de Fernando de Noronha, por exemplo. Totalizam 84.000 km e têm uma largura média de 1.000 km. 1.3 Sedimentos Marinhos O fundo oceânico é coberto por uma camada de sedimentos que varia quanto à espessura desde poucos a até 4 km, dependendo da área ou das condições locais. A espessura média dos sedimentos no assoalho marinho é de cerca de 300 metros. A grande maioria dos sedimentos chega ao ambiente marinho pela decomposição química e pela desintegração mecânica dos constituintes minerais provenientes de rochas terrestres, transportados em solução, em suspensão ou por tração junto ao fundo. As duas últimas formas de transportes depositam rapidamente os sedimentos no assoalho marinho, enquanto que as substâncias dissolvidas entram em um complexo sistema bioquímico marinho, enquanto que as substâncias dissolvidas entram em um complexo sistema bioquímico marinho, podendo manter-se dissolvidas (potencialmente utilizáveis por organismos vivos que por sua vez, podem também formar sedimentos) ou precipitar-se, sendo então depositadas no assoalho marinho. Dependendo de sua origem, os sedimentos podem ser divididos em derivados de partículas de origem continental, chamados litogênicos ou terrígenos; em derivados de processos biológicos ou biogênicos; em derivados de soluções por meio de processos químicos – autigênicos ou hidrogênicos. Há ainda um quarto tipo, bem raro, formado por sedimentos originários do espaço, chamados cosmogênicos. 1.3.1 Sedimentos litogênicos Os sedimentos litogênicos de origem continental são levados até o ambiente marinho através de rios – sua principal fonte – ventos ou, ainda, através de geleiras, que erodem o continente em seu ovimento para o mar. Os principais constituintes desses sedimentos são em geral o quartzo e o feldspato, minerais mais comuns nas rochas terrestres. Este tipo de sedimento é depositado principalmente na margem continental, mas também forma boa parte dos sedimentos dos assoalhos marinhos profundos. Chegam até a região pelágica na forma de sedimentos finos, responsáveis por quase 40% dos sedimentos da região como um todo. Tais sedimentos pertencem a um grupo mineral de silicatos hidratados de alumínio; são compostos de grãos extremamente finos e possuem cores que variam, em geral, do marrom ao vermelho. A granulometria (tamanho dos grãos) do sedimento litogênico varia conforme a distância da fonte que o originou: próximo às regiões costeiras são maisgrossos tais como areais e quanto mais distantes, mais finos como siltes e argilas, uma vez que as correntes marinhas não têm força suficiente para transportar sedimentos de maiores dimensões a grandes distâncias. Os litogênicos, depositados nas margens continentais, possuem a maior taxa de deposição entre os sedimentos marinhos. Quando próximos a fontes, como grandes rios, podem aumentar a espessura do assoalho marinho em mais de 1 metro a cada 1000 anos; no leque aluvial do cânion do Amazonas, região da foz do Rio, por exemplo, a deposição pode atingir a 50 cm a 1000 anos. Com relação aos sedimentos biogênicos é derivado de restos de animais e vegetais. Embora os organismos marinhos possuam uma enorme diversidade, somente um pequeno grupo deles apresenta partes duras capazes de contribuir para a formação desse tipo de sedimento e poucos são numerosos o suficiente para a formação dos tipos maiores de sedimentos biogênicos, que serão descritos adiante. Os sedimentos derivados de processos biológicos são predominantes nas bacias oceânicas, mascarando o componente sedimentar originário dos organismos marinhos, mesmo que ocorra em quantidade. A taxa média de deposição pode chegar até 20 cm a cada 1000 anos. As chamadas vasas de carbonato de cálcio (calcárias) ou de sílica (silicosas) são os principais constituintes dos sedimentos biogênicos; vasas são definidas como sedimentos de origem pelágica, que contém menos de 30% de material de origem orgânica. A produtividade primária marinha é importante para a formação e definição das características das vasas. Vasas calcárias As vasas de carbonato de cálcio, ou calcárias, originam-se de conchas de moluscos, algumas algas, corais, esqueletos de esponjas-do-mar e equinodermos; os maiores contribuintes para a formação desse tipo de vasa, porém, são foraminíferos (protozoários herbívoros ou omnívoros de águas quentes). Dentre os organismos planctônicos que formam vasas de carbonato de cálcio encontra-se ainda os cocolitoforídeos (protozoários flagelados) e os pterópodos (moluscos). A taxa de deposição é mais elevada que a de qualquer outro tipo de sedimento na bacia oceânica, de tal forma que alguns geólogos se referem às vasas calcárias como “Neve que cobre as montanhas do fundo do oceano”; pode atingir 6cm a cada 1000 anos. Em algumas margens continentais, onde o sedimento litogênico não mascara o biogênico, este pode se acumular em taxas que variam de 10 a 20 cm a cada 1000 anos. Dependendo de sua localização, estas vasas muitas vezes são exploradas para a utilização do calcário na fabricação de cimento e cal. Na plataforma continental brasileira existem grandes reservas de depósitos calcários, constituídas geralmente por fragmentos de algas calcárias, corais, moluscos, foraminíferos, cracas entre outros. Vasas Silicosas O silício é um dos elementos mais abundantes do planeta. Ocorre geralmente combinado com o oxigênio, recebendo nesta forma de óxido de silício ou simplesmente sílica. O intemperismo e a erosão terrestres são as maiores fontes de sílica para o ambiente marinho. Parte da sílica dissolvida é utilizada por organismos para a fabricação de suas carapaças e parte é depositada principalmente nas margens continentais. As diatomáceas e os radiolários (algas e protozoários planctônicos, respectivamente) são os principais organismos formadores das vasas silicosas, apesar de haver também as esponjas-do-mar silicosas e os protozoários silicoflagelados. Os depósitos silicosos, quando contém mais de 30% de restos de carapaças de diatomáceas, são conhecidos por terra-de-Diatomito, e possuem grande importância comercial. Esta sílica por ser usada como filtro para sistemas de águas, tijolos refratários e abrasivos (produtos de limpeza e pasta dental, por exemplo). As vasas de diatomáceas são típicas de áreas localizadas nas altas latitudes, mas também são encontradas em algumas margens continentais. 1.3.2 Sedimentos autigênicos São sedimentos formados no mesmo ambiente onde são encontrados, geralmente precipitados da água do mar. Podem ser formados por grande variedade de elementos. Os nódulos de manganês e as fosforitas são dois bons exemplos de sedimentos autigênicos. Os nódulos de manganês são formados por, além do mineral que lhes dá o nome, níquel, cobre, cobalto, ferro e traços de mais de duas dezenas de outros metais. Devido o seu grande valor econômico, tornaram-se foco de grande interesse por parte de diversas nações, estes depósitos estimularam ações políticas com relação às leis internacionais sobre o uso dos oceanos. De forma geral são pequenos nódulos, formados por camadas concêntricas como uma cebola, em torno de um núcleo central de composição variável, como por exemplo, dentes de tubarão, conchas ou otólitos. As fosforitas são pequenos nódulos de forma irregular, formados em águas rasas com menos de 500 metros de profundidade onde ocorra alta demanda de oxigênio na decomposição de matéria orgânica; grande suprimento de fosfatos orgânicos são liberados nesta decomposição. Assim, as fosforitas são encontradas principalmente em regiões ricas em áreas de ressurgência. 1.3.3 Sedimentos cosmogênicos Os sedimentos cosmogênicos constituem pequena parcela dos sedimentos marinhos, representado material de importância científica. Estes sedimentos originam-se de meteoros que alcançam a superfície terrestre. Quando tal fato ocorre, passam a se chamar meteoritos e podem ser classificados em sideritos, formados principalmente de ferro e níquel, e meteoritos rochosos, compostos de silicatos. 1.3.4 Sedimentos da margem continental brasileira A plataforma continental brasileira pode ser dividida em três províncias sedimentares: Na região próxima ao complexo da foz do rio Amazonas-PA. A sedimentação é basicamente de origem litogênica; Nas regiões norte, nordeste e leste de Fortaleza (CE) até Cabo Frio (RJ), os sedimentos são predominantemente biogênicos (calcários). Estes sedimentos são caracterizados por possuírem grande quantidade de algas coralinas, sendo que os litogênios ocorrem nas regiões adjacentes aos grandes rios como o São Francisco (AL/SE) e o Doce (ES); Ao sul de Cabo Frio, são predominantemente litogênicos, aparentemente derivados da drenagem continental, principalmente de montanhas costeiras próximas, como a Serra do Mar. 1.3.5 Fundo - Transporte de sedimentos pelágicos Na adição de partículas que acumulam de grão em grão sobre o fundo do mar profundo, existe mais componentes com texturas grosseiras transportadas para o fundo que chegam a profundidades abissais. Esses materiais são transportados por densidade, carreado por correntes túrbidas que descem das escarpas continentais ou canyons submarinos e viajam ao longo do fundo para o fundo do oceano mais profundo. Tais correntes tem sido observada e chegam a atingir velocidades maior que 20 km/h. Transporte por correntes túrbidas explicam o acúmulo de areia e silte, alguns contendo plantas terrestres e conchas de águas rasas são encontradas no plano abissal e nas escarpas. Cada carregamento de sedimentos advindo correntes distantes, o depósito é distinto, chamado de túrbidos, na qual a granulometria dos grãos da parte superior é composta de grossa a fina. Essas correntes sugerem um mecanismo de transporte de grossa cobertura de sedimento encontrada sobre o plano abissal do oceano Atlântico e para a grande quantidade de material terrígeno amostrado nas escarpas profundas ao redor do oceano Pacífico. 2. ESTUDO DO AMBIENTE OCEANOGRÁFICO DO PONTO DE VISTA FÍSICO-QUÍMICO A oceanografia física é o ramo da oceanografia que estuda os processos físicos nos oceanos e suas relações, não só com a atmosfera, mas também com a litosfera. A oceanografia física ocupa-se das característicasdas massas de água e pesquisa fenômenos como: correntes marinhas, marés, ondas, vórtices e outros. Transferir para El NiNo: A oceanografia física, juntamente com a meteorologia, fornece muitas informações sobre o funcionamento da dinâmica climática mundial, buscando compreender fenômenos como a Oscilação Sul do El Niño (OSEN, ou ENSO, em inglês - El Niño Southern Oscillation) e o Efeito Estufa. A oceanografia química por sua vez, estuda os sólidos e os gases dissolvidos no oceano e a sua relação com a geologia e a biologia do oceano como um todo. Como eu disse anteriormente, a oceanografia contempla de forma integrada a geologia, a física, a química e a biologia. 2.1 Correntes marinhas As correntes marítimas correspondem às massas de água que migram em distintos rumos ao longo dos oceanos e mares, as quais influenciam diretamente no clima das regiões em que atuam uma vez que transportam umidade e calor, influenciando assim, a vida e a biodiversidade marinha. As massas de água que se locomovem não interagem com as águas dos lugares que percorrem, desse modo detêm suas características particulares como cor, temperatura e salinidade. A formação das correntes marítimas, de acordo com diversas pesquisas, é resultado, das variações de pressão e temperatura atmosféricas, salinidade da água, ventos e movimento de rotação da terra. O movimento de rotação da terra, que faz com que as correntes migrem para direções contrárias, ou seja, no hemisfério norte movem-se no sentido horário e no hemisfério sul no sentido anti-horário, essa dinâmica das correntes é denominada de efeito de Coriolis. 2.1.2 Tipos de correntes marítimas As correntes não são homogêneas quanto à suas características e origem, elas podem ser: correntes quentes e correntes frias. Correntes quentes: No geral, estas correntes são mais superficiais, de forma que suas águas apresentam temperatura mais elevada. Ocorrem a partir da linha do Equador em direção aos polos, por exemplo as correntes do Brasil, Golfo, Guianas, Centro e Sul Equatorial, dentre outras. Correntes frias: São correntes marítimas com origem nas zonas polares e migram em sentido às regiões equatoriais, por exemplo as correntes do Humboldt, Labrador, Canárias, Groelândia, Malvinas, dentre outras. São correntes marítimas amis profundas e suas águas apresentam temperaturas baixas. 2.1.3 Importância das correntes marítimas Uma vez que interferem no clima dos locais onde atuam, as correntes marítimas são fenômenos importantes da natureza, responsáveis pelo equilíbrio das temperaturas e umidades dos locais do planeta. Além disso, elas proporcionam o equilíbrio do ecossistema marinho e ainda, favorecem a economia, ou seja, a atividade pesqueira de determinadas regiões. Um exemplo importante é a corrente do golfo, uma das mais importantes das correntes oceânicas, que surgem próximo ao golfo México e seguem em direção ao continente Europeu, incluindo diretamente nas temperaturas do local. Dessa forma, a corrente do Golfo, ameniza as temperaturas gélidas do noroeste europeu, favorecendo a vida naquela região. Embora seja uma das mais importantes, nos últimos anos, a corrente do golfo tem sido imensamente afetada pelo aquecimento global (derretimento das geleiras polares), o que preocupa a maior parte dos especialistas no assunto, os quais alertam para o despontar de uma nova era glacial. 2.1.4 Ressurgência Têm interferência no equilíbrio climático e unidade dos locais do planeta, favorecendo a vida humana e animal. No mar, além de proporcionar o equilíbrio do ecossistema marinho está diretamente ligada com a atividade pesqueira de determinadas regiões através do fenômeno de ressurgência. Quando falamos de correntes marítimas quentes temos o exemplo clássico da corrente do Golfo. Esta corrente de água quente diminui os rigores do inverno. Esta corrente tem origem próximo ao México, região da América central, EUA. Ela cruza o oceano Atlântico e chega a porção mais setentrional da Europa envolvendo aqueles países escandinavos: Suécia, Noruega, Dinamarca, Islândia, Finlândia, entre outros. Por este exemplo, as correntes marítimas têm uma grande influência no equilíbrio climático da terra, favorecendo assim a vida. No que diz respeito a correntes marítimas frias, são correntes oriundas de grandes profundidades e está ligada ao fenômeno que chamamos de ressurgência. A ressurgência é um importante fenômeno de subida das águas frias em direção à superfície oceânica. Quando falamos de ressurgência, também temos que falar de vento. Pois é um importante fator que contribuem para a ressurgência dessas águas mais frias na região superficial do mar. A Ressurgência das águas frias, provoca o carreamento de matéria orgânica. A riqueza nutricional somada a maior oxigenação (as águas frias têm maior taxa de oxigênio) contribui com a produtividade primária: fitoplâncton e zooplâncton. No entanto, estas áreas são ideais para a reprodução de espécies o que explica a maior produção pesqueira nestas áreas. Quando falamos de ressurgência, temos que mencionar os ventos que somado ao efeito de Coriolis (força resultado da rotação da terra que é responsável pela deflexão de um objeto: movendo-o a direita no hemisfério Norte e à esquerda no hemisfério sul). A interação desses fatores vai contribuir para a retirada da água superficial do mar. Uma vez deslocada esta água superficial, outra entrará para substituí-la, que são as águas frias. 2.1.5 Correntes superficiais Como a atmosfera e o oceano estão em contato, os três sistemas de ventos que serão descritos a seguir, geram, por atrito na superfície do mar, as principais correntes superficiais marinhas. Esses movimentos de larga escala no ambiente marinho estão entre os primeiros fenômenos oceanográficos estudados, devido à sua importância para a navegação comercial, sendo utilizadas como rotas marítimas, pois utilizando suas velocidades eles conseguem chegar mais rápido ao seu destino. Hoje em dia, praticamente todas as maiores correntes superficiais são bem conhecidas. 2.1.6 Circulação termoalina Além das correntes superficiais, existem correntes marinhas profundas causadas por diferenças de densidade da água do mar. Estas correntes, chamadas de termoalinas, referem-se aos movimentos de água produzidos quando a densidade se altera por variações de temperatura ou salinidade em alguma região oceânica superficial. O aumento de densidade pode ocorrer devido ao resfriamento da água, ao excesso de evaporação sobre precipitação pluvial ou ainda à formação de gelo e consequente aumento de salinidade das águas circunvizinhas. O aumento da densidade na superfície faz com que estas águas afundem e desloquem águas profundas; assim, a origem da circulação termoalina é um fluxo vertical de água superficial, mergulhando a uma profundidade intermediária ou próxima ao fundo, dependendo da densidade dessa água. O prosseguimento é um fluxo horizontal, com as águas recém-afundadas deslocando as antigas residentes no loca. Como o processo de formação de águas densas está principalmente ligado à redução de temperatura ou aumento da salinidade devido à formação de gelo, geralmente as correntes termoalinas originam-se em altas latitudes. Estas águas frias e densas afundam e lentamente fluem em direção ao equador. 2.1.7 Correntes brasileiras A corrente Sul Equatorial do oceano Atlântico, que se movimenta no sentido L-O na altura do Equador, bifurca-se ao alcançar a costa nordestina brasileira. A corrente que se desvia para o norte, é denominada de corrente das Guianas (ou também corrente Norte do Brasil), e que se volta para o sul, corrente do Brasil. A do Brasil, a principal corrente superficial brasileira, que caminha sobre a plataforma ou próxima à região da borda, é também conhecida comoÁgua Tropical (AT). Esta corrente flui para o sul onde encontra a corrente das Malvinas. Esse encontro da corrente do Brasil que traz água tropical, pouco densa, com a corrente das Malvinas (águas mais frias e densas) origina a região chamada de Convergência Subtropical do Atlântico Sul. 2.1.8 Ventos Diferenças de temperatura causam diferenças de pressão atmosféricas. A taxa de variação da pressão atmosférica entre duas áreas é denominada de gradiente de pressão atmosférica e causa o movimento horizontal do ar, ou seja, o vento. A direção dos ventos sempre se dá de regiões de alta pressão (também chamados de anticiclones) para as de baixa pressão (ciclones) e sua velocidade está relacionada com a magnitude do gradiente de pressão. Centro de baixa pressão ocorrem quando o ar se aquece, torna-se mais leve e sobe. Enquanto os de alta pressão, ao contrário, ocorrem quando o ar se resfria, torna-se mais denso e desce. Este fenômeno explica a alteração diária das brisas em regiões litorâneas. Durante o dia o solo se aquece mais e mais rapidamente que a água do mar, ocasionando uma área de baixa pressão sobre o continente; a brisa sopra então do mar para ele. À noite, o solo se resfria rapidamente, enquanto as águas oceânicas o faz de forma mais lenta. A temperatura, na água, fica maior que a do solo, ocasionando um centro de baixa pressão sobre o mar, que origina uma brisa do continente em sua direção. Na atmosfera, os centros de alta pressão ocorrem sobre os polos e em latitudes tropicais; já em regiões equatoriais e temperadas ocorrem centros de baixa pressão. Esses gradientes de pressão geram três sistemas gerais de ventos na atmosfera: Ventos alísios, que ocorrem entre 0° e 30° de latitude, soprando de Leste para Oeste; Ventos do Oeste, entre 30° e 60° de latitude e que sopram do Oeste para Leste, e, por último, ventos do Leste nas regiões polares, do Leste para o oeste (na meteorologia, os pontos cardeais definem a localização da origem do vento, e não o destino, como geralmente se costuma usar). Tais sistemas de ventos são os principais responsáveis pelo equilíbrio de calor no planeta. 2.1.6 Efeito de Coriolis É importante lembrar que os ventos não caminham em linha reta ao longo de um gradiente de pressão, mas são defletidos ou desviados em forma de curva. O Efeito Coriolis é resultado da rotação da terra. 2.2 Massas de água Em oceanografia, massa de água é uma grande quantidade de água do mar com uma origem determinada e que se mantém estável durante longos períodos de tempo (décadas ou séculos) com características de temperatura e salinidade quase constantes.[1] Essas duas variáveis servem de traçadores principais para definir as massas de água e os seus movimentos verticais e horizontais. A ferramenta mais comumente usada para identificar massas de água é o diagrama T-S, que relaciona temperatura (T), salinidade (S) e densidade da água. Em oceanografia, diagrama T-S é uma representação gráfica que combina perfis verticais de salinidade e temperatura na coluna de água do https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceanografia https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua_do_mar https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua_do_mar https://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo https://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura https://pt.wikipedia.org/wiki/Salinidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Massa_de_%C3%A1gua#cite_note-1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_T-S https://pt.wikipedia.org/wiki/Densidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceanografia https://pt.wikipedia.org/wiki/Representa%C3%A7%C3%A3o_gr%C3%A1fica https://pt.wikipedia.org/wiki/Salinidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura oceano, facilitando a identificação de diferentes massas de água. Assim, uma determinada parte da curva do diagrama T-S representa uma determinada massa de água. Em diferentes regiões oceânicas são obtidos diferentes tipos de diagrama T-S, pois a salinidade e a temperatura variam de região para região. Diagrama T-S de diversos perfis verticais obtidos ao longo da coluna de água com um CTD. Os perfis plotados no diagrama foram realizados no Atlântico Norte ao longo do meridiano de 38° W e entre as latitudes de 6 e 15° N. As curvas pretas pontilhadas representam isolinhas de densidade potencial. De maneira geral, as águas de grandes profundidades são formadas em altas latitudes e, as mais próximas da superfície, originárias de latitudes menores. As águas de superfície são se enquadram na categoria de verdadeiras massas de água devido às grandes variações nos parâmetros temperatura e salinidade. https://pt.wikipedia.org/wiki/Massa_de_%C3%A1gua https://pt.wikipedia.org/wiki/CTD_(oceanografia) A identificação de grandes massas de água nos oceanos torna-se possível através de uma coleção de dados oceanográficos, principalmente temperatura e salinidade (o oxigênio, em alguns casos, também pode ser usado). A densidade, considerada sozinha, não é suficiente, pois várias combinações de temperatura e salinidade podem produzir um mesmo valor deste parâmetro. 2.3 MARÉS 2.3.1 Conceitos básicos Maré é a oscilação vertical da superfície do mar ou outra grande massa de água sobre a terra, causada primariamente pelas diferenças de atração gravitacional da Lua e, em menor extensão, do sol sobre diversos pontos da terra. A oscilação da maré é consequência, basicamente, da Lei da gravitação Universal de Newton, segundo a qual as matérias se atraem na razão direta de sua massa e na razão inversa do quadrado da distância que as separa. A superfície dos mares não permanece estacionária. Devido, principalmente, à atração gravitacional da lua e do sol, a massa líquida se movimenta no sentido vertical, dando origem às marés e, também, horizontalmente, provocando as correntes de maré. Ademais, o aquecimento dos diferentes pontos da terra pelo sol e os grandes sistemas de vento resultantes dão origem às correntes oceânicas. A influência da lua é bastante superior, pois embora a sua massa seja muito menor que a do sol, esse facto é compensado A importância de conhecer as variações das marés para a área pesqueira, consiste principalmente para a navegação. Quando os barcos se encontra em locais profundos, o conhecimento preciso da altura da água em relação ao fundo do mar não tem importância. Mas em águas rasas, este conhecimento é importante pois permite definir as áreas ou canais onde o navio pode navegar com segurança. As correntes de marés também deverão ser levadas em consideração em navegações em áreas restritas, não podendo permitir que o navio se afaste da derrota prevista. O conhecimento antecipado da direção e velocidade facilitará o planejamento, não só da derrota, mas também da atracação/desatracação e dos horários mais convenientes às manobras. Pode conferir: quando vemos a Lua em fases cheia ou nova, a maré está alta; quando as fases são crescentes ou minguantes, a maré baixa. 2.3.2. Como a lua influencia as marés? Sabemos, no entanto, que a posição do Sol e, principalmente, da Lua são determinantes para o movimento das águas. Muito pesado e com muita energia, o Sol tem uma imensa força gravitacional - é por isso que todos os planetas giram ao redor dele. Como em nosso sistema os astros orbitam em rotas equatoriais (ou seja, em plano horizontal), o ponto onde se concentra a maior tensão gravitacional é bem na Linha do Equador. Da mesma forma, a Terra tem força gravitacional suficiente para manter um satélite do tamanho da Lua em sua órbita. Ao girar em torno do nosso planeta, a Lua também atrai a Terra, mas com muito menos intensidade. A força gravitacional lunar é baixa para mover o corpo sólido da Terra, mas sua composição líquida - a saber, os oceanos - é impactada. Funcionamento: As marés são determinadas de acordo coma posição da Lua em relação ao Sol e destes em relação à Terra, e ainda por sua movimentação. Existem duas forças agindo neste evento: a força de atração entre os astros (Lei da Atração Gravitacional, de Isaac Newton, 1686), que diz que "a força de atração entre dois corpos é diretamente proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles". Isto prova que a Lua é o principal astro que mais influencia as marés, pois, apesar de sua massa ser pequena, está muito próxima da Terra; e o Sol, que possui massa muito maior, está a uma distância muito grande, o que diminui muito a sua forca de atração (Lua = 2 vezes mais que o Sol). A outra força é a força centrífuga, gerada pelo movimento da Terra e da Lua em torno de um centro comum. Explicando melhor: o lado da Terra, que estiver voltado para o astro atrator, irá apresentar maré cheia gerada pela força gravitacional e o lado oposto da Terra irá também apresentar maré cheia, porém originada pela força centrífuga, eventos todos resultantes de um complexo sistema de vetores de força. 2.3.3 Maré alta, maré baixa As marés são resultadas de três forças principais: a influência da lua, do sol e a rotação da terra. A terra e a lua se atraem mutuamente pela força da gravidade. Mas o ponto da terra mais afastado da lua sofre menos atração do que o ponto mais próximo. A gravidade tem o efeito de atrair a terra provocando uma saliência, ou seja, levando a água a produzir um bojo em direção à lua. Do lado oposto também acontece esta saliência. O efeito do sol é idêntico, mas como a distância entre a terra e o sol é maior sua influência gravitacional é duas vezes menor. Quando a terra a lua e o sol se alinham, os efeitos se multiplicam e a maré alta acontece. Há uma determinada época do ano em que a maré fica mais alta. Isto deve-se a orbita da lua. Esta orbita é uma elipse, tem pontos em que a lua está mais distante e outros em que ela está mais perto. Por causa desses alinhamentos as forças de atração da lua e do sol agem na mesma direção, adicionam-se e provocam as marés mais alta de cada mês, como na lua nova. Quando a terra, a lua e o sol formam um ângulo reto os efeitos se neutralizam, acontecendo então a maré baixa. Toda esta mecânica também é influenciada pela rotação da terra. Seu principal efeito é na hora e local em que os efeitos acontecem. As ondas formadas nos oceanos são de vários tamanhos que dependem das correntes, da profundidade e do formato dos litorais. Isto explica porque em alguns lugares há duas mares altas e duas marés baixas por dia enquanto em outros locais existem apenas uma maré. É o que ocorre nas marés vivas ou sizígia (fases nova e cheia), o oposto das marés mortas ou de quadratura (fases minguante e crescente). 2.3.4 Tipos de marés Maré de sizígia A amplitude da maré (ou seja, a diferença entre a maré alta e a maré baixa) será diferente dependendo da fase da lua. Quando estamos em Lua Cheia ou Lua Nova, a força gravitacional da Lua combinada com a do Sol, cria amplitudes maiores da maré (ou seja, marés altas maiores que a média e marés baixas menores do que a média - o mar avança/recua mais em relação à faixa de areia). Neste caso, ocorre a maré de sizígia. Maré de quadratura Quando a Lua está no quarto minguante ou crescente, as forças gravitacionais da Lua e do Sol se opõe, desta forma a amplitude entre a maré alta e a maré baixa será menor (maré alta e maré baixa mais próximas da média - o avanço/recuo do mar não é tão notável quanto na maré de sizígia). Neste caso ocorre a maré de quadratura. 2.3.5 Níveis de marés O coeficiente de marés tem gradação até 120 níveis. Quanto maior este coeficiente, maior a amplitude da maré, ou seja, a diferença entre o ponto mais alto da água e o mais baixo - em termos técnicos, a praias-mar e a baixas-mar. No Brasil, a maior amplitude de maré registrada foi de 8 metros, em São Luís, no Maranhão. No mundo, a primeira no ranking é a Baía de Fundy, no Canadá, que atingiu 17 metros. As marés são classificadas em três tipos pela frequência com que ocorrem e simetria de sua curva: (a) maré semi-diurna: ocorrem duas preamares e duas baixa-mares em um dia lunar (24h 50 min.), é o tipo de maré mais comum; (b) maré diurna: ocorrem apenas uma preamar e uma baixa-mar aproximadamente iguais a cada dia lunar; (c) maré mista: normalmente ocorrem duas preamares e duas baixa-mares com grande diferença de altura entre as mesmas (DYER, 1997). As dinâmicas das marés constroem ricos ecossistemas devido aos seus desníveis. Isto é bastante visível nos rochedos das praias e costas, onde, em cada nível atingido pela altura da maré, é desenvolvido um sistema ecológico distinto. Estas áreas são chamadas de 'ecossistemas intertidais' e abrigam diversas espécies muito bem adaptadas, já que precisam conviver com as cheias e baixas do mar, fato este que deixa o ambiente ali presente bastante volúvel e desafiador. Em segundo, e interessante, lugar, as marés são a base de referência para os ciclos reprodutivos dos organismos marinhos e até mesmo de seres terrestres. Com isso, seus ritmos biológicos tendem a ocorrer em, aproximadamente, múltiplos dos períodos de movimentação das marés. 2.4. ONDAS As ondas oceânicas geralmente provocadas pelos ventos, representam o principal fator no movimento de navios atracados, causando também maiores esforços nas amarras, defensas e estruturas do cais (que é uma estrutura, geralmente uma plataforma que incluí atracadouros (locais para as amarras) e pode também incluir outros equipamentos necessários para manipular barcos. O vento transfere parte da sua energia para as ondas ao exercer na superfície da água uma força resultante de diferenças de pressão, provocadas por flutuações na velocidade do vento próximo à interface ar- mar. A superfície perturbada é restabelecida por ação da gravidade. A interação cíclica entre a força de pressão exercida pelo vento e a força da gravidade, faz com que ondas se propaguem, se distanciando progressivamente de sua zona de geração. Ondas desse tipo também podem ocorrer em lagos e lagoas. A previsão de ondas auxilia atividades econômicas no mar e aumenta a segurança de atividades marítimas comerciais como a navegação pesqueira ou não, exploração petrolífera, e atividades recreacionais. As ondas variam desde pequenas tremulações na superfície do mar até grandes massas de água e propagam-se numa sucessão de cristas (elevações) e cavas (depressões). https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Previs%C3%A3o_de_ondas&action=edit&redlink=1 As ondas variam desde pequenas tremulações na superfície do mar até grandes massas de água e propagam-se numa sucessão de cristas (elevações) e cavas (depressões), conforme a figura que se segue. 2.3.1 Dimensão das ondas A dimensão das ondas depende de três fatores: 1. Da intensidade do vento (velocidade). 2. Do intervalo de tempo durante o qual o vento sopra. 3. Do comprimento da massa de água afetada pela ação do vento sem obstruções (distância de coleta ou na terminologia inglesa fetch). Quando o fundo do mar se encontra a grande profundidade, a propagação da onda à superfície é praticamente constante, mas à medida que a profundidade diminui (junto à orla costeira), a velocidade de propagação diminui, o comprimento de onda diminui e a altura da onda aumenta. Quando a velocidade na crista da onda é maior do que na cava, a onda colapsa. Veja a ilustração deste processo na imagem seguinte. 2.3.2 Velocidade da onda e rompimento das mesmas A velocidade da onda é função de seu comprimento: quanto maior este parâmetro, maior a sua velocidade. Além disso, um grupo ou trem de ondas viaja na metade da velocidade dasondas individuais. A razão para isto é que às ondas que estão à frente do trem de ondas perdem energia quando elevam a superfície da água, desaparecendo e sendo repostas por ondas que vêm atrás. Por outro lado, pela interrupção do movimento circular no final do grupo de ondas, há fornecimento de energia extra, que aparece na forma de uma nova onda que se forma na retaguarda. Quando as ondas formadas em oceano aberto aproximam de águas rasas, progressivamente se reorientam para permanecerem paralelas à linha da costa. Tal fenômeno é chamado de refração e é função da diminuição da profundidade. Com a redução na profundidade, começa a ocorrer atrito das partículas da água com o fundo, reduzindo a velocidade das ondas nas porções que primeiro se aproximam da costa e deixando mais livres as regiões das ondas que ainda se deslocam em águas mais profundas. Esta refração, que precede a quebra das ondas, é acompanhada de além da diminuição da velocidade, também da redução no comprimento de onda. Segundo o princípio de conservação do fluxo de energia, a redução na velocidade da onda, provoca um aumento da energia da onda, que ocasiona o seu crescimento em altura. 2.3.3 Desenvolvimento das ondas do mar O desenvolvimento de ondas em águas profundas é complexo, sendo causado principalmente por três fatores: velocidade e a duração do vento e a área na qual este sopra, denominada área de geração ou pista. 2.4 Composição físico-química da água do mar e implicações para a biota dos oceanos Conforme já vimos, considera-se que a maior parte da água da superfície terrestre escapou da crosta e do manto por meio do processo de desgaiseficação. Este processo juntamente com a grande capacidade da água em dissolver materiais da crosta foram adicionando diversas substâncias (sais e outros sólidos e gases) ao oceano desde os seus primórdios. Hoje, a água do mar é uma mistura de 96,5% de moléculas de água pura e cerca de 3,5% de outros materiais, tais como sais, gases dissolvidos, substâncias orgânicas e partículas não solúveis. A água do mar é considerada como uma substância na qual estão presentes diversos tipos de sólidos e gases, nas formas dissolvidas ou particuladas, constituída por solvente (água) e por soluto (sais). Os elementos dissolvidos na água do mar, podem ser divididos em quatro classes: Elementos conservativos: estes elementos determinam a salinidade da água do mar; são denominados conservativos, pois não sofrem alterações por processos biogeoquímicos: Sais dissolvidos: Cl- (cloreto) 56% Na + (sódio) 28% SO4- (sulfato) 8% Mg 2+ (magnésio) 4% Ca2+ (cálcio) 1,5% K+ (potássio) 1% HCO3- (bicarbonato) 0,5% Todos os outros íons 1% Nutrientes: São elementos menores, mas essenciais para o incremento da produtividade primária no meio marinho; Elementos-traço: que ocorrem em [ ]s muito pequenas. A maioria dos traços no oceano são metais como: Mn-Manganês, Fe-Ferro, Co- Cobalto, Ni-Níquel, Cu-Cobre e Zn-Zinco. Estes elementos participam das reações biológicas (como por exemplo decomposição da matéria orgânica) e portanto, compõem a parte estrutural das proteínas; Gases dissolvidos: Ocorrem em concentrações entre 0,001 e 1 mg/L. Entre Eles: Carbono (C), Nitrogênio (N), Fósforo (P), Carbonato (CO3), Dióxido de carbono (CO2) e Oxigênio (O2). Estes elementos podem ser divididos em construtores de matéria viva (C, O, N, H) e macronutrientes que são elementos necessários em quantidades moderadas (Na, Mg, P, S, Cl, K, Ca). Os nutrientes são incorporados em tecidos orgânicos durante a fotossíntese e retornam ao meio durante a excreção ou morte dos organismos. DISTRIBUIÇÃO DAS PRINCIPAIS VARIÁVEIS ABIÓTICAS DOS OCEANOS E IMPLICAÇÕES NA COMUINIDADE BIOLÓGICA Os organismos marinhos dependem da composição química e das características físicas e químicas dos oceanos para a manutenção da vida. Os fatores físico-químicos mais importantes para os organismos marinhos são luz, temperatura, nutrientes dissolvidos, salinidade, gases dissolvidos, equilíbrio ácido-base e pressão hidrostática. Luz A principal forma de energia para os seres vivos na Terra é o sol. A energia luminosa é transformada em energia química e finalmente em calor com o qual os organismos crescem, reproduzem e envelhecem. Mas como isto funciona? Vamos recapitular: A energia luminosa vinda do sol é retida pela clorofila presente em organismos chamados produtores primários (certas bactérias, algas e vegetais verdes) sendo transformada em carboidratos e outras moléculas orgânicas – alimento – as quais são usadas pelos próprios produtores primários ou servem de alimento para outros animais (ou outros organismos) chamados consumidores. A energia armazenada é liberada quando o alimento é usado para crescimento, movimento, reprodução e outras funções de organismos. A quebra do alimento, eventualmente, produz perdas de calor, o qual flui para o espaço. O caminho unidirecional do fluxo de energia é resumidamente ilustrado na figura abaixo: A fotossíntese não é o único método de conversão de energia em carboidratos (embora seja o principal). A quimiossíntese também exerce seu importante papel na conversão biológica de moléculas simples de carbono (normalmente dióxido de carbono ou metano) em carboidrato utilizando a oxidação de moléculas inorgânicas (como o gás hidrogênio, o sulfeto de hidrogênio ou o metano) como uma fonte de energia. Os organismos que participam desse processo são algumas bactérias e Archacae, outro grupo organismos vivos, semelhantes às bactérias, mas geneticamente distintas. Neste processo não é necessária a disponibilidade de luz solar. Há descobertas recentes de extensas comunidades quimiossintetizantes em fontes hidrotermais, no fundo de sedimentos marinhos e no próprio leito marinho. A síntese dos materiais orgânicos a partir de substâncias inorgânicas por fotossíntese ou quimiossíntese é chamada de produtividade primária. O material orgânico produzido imediatamente é o carboidrato glicose. 90% da produção de carboidratos da superfície dos oceanos deve-se ao fitoplânctom. Vale lembrar que em baixos níveis de luz a fotossíntese se processa lentamente. A maior parte da produtividade primária dos oceanos ocorre na região superficial da zona fótica, chamada de zona eufótica. Fig. A camada superior do oceano iluminada pelo sol é conhecida como zona fótica. Na zona eufótica, há luz suficiente para a realização da fotossíntese. Abaixo dessa profundidade, na zona disfótica, pode haver luz, mas não na quantidade adequada para a produção fotossintética de glicose de modo a exceder seu consumo. A zona afótica encontra-se em escuridão permanente. A maior parte do oceano fica sem a luz do sol o tempo todo, e todo ele fica escuro em alguma parte do tempo. Em baixos níveis de luz, a fotossíntese se processa lentamente, como na zona disfótica. A maior parte da produtividade primária dos oceanos ocorre na região superficial da zona fótica, chamada de zona eufótica. Esta é a zona em que os autotróficos marinhos podem capturar energia suficiente de luz solar para a produção primária de plantas por fotossíntese para exceder a perda de carboidratos por respiração. Temperatura Com relação a temperatura, a mesma varia com a profundidade e a latitude. As águas mais quentes são encontradas somente nas iluminadas zonas de superfície dos oceanos temperado e tropical. Quais são as implicações da temperatura para os seres vivos nos oceanos? Está relacionado com sua taxa metabólica, ou seja, a taxa com que ocorrem as reações que liberamenergia em um organismo, aumenta com a temperatura. A temperatura interior de um organismo está diretamente relacionada à taxa em que ele se move, reage e vive. A maioria dos organismos marinhos tem “sangue frio”, ou seja, são ectotérmicos, apresentando uma temperatura interna que permanece muito próxima da temperatura do ambiente que o rodeia. Toleram faixas de variações não muito acima de sua condição ótima de temperatura. Poucos tem uma tolerância maior de variação de temperatura, como aves. Nutrientes dissolvidos Um nutriente é um composto necessário à produção de matéria orgânica. Alguns nutrientes contribuem para a formação de partes estruturais dos orgaismos, outros fazem parte dos compostos químicos que manipulam diretamente a energia, e alguns ainda têm outras funções. Alguns poucos desses nutrientes estão prontamente disponíveis na água do mar, mas a maioria ainda não estão. Os principais nutrientes necessários à produtividade primária são o nitrogênio (como o nitrato, NO3) e o fósforo (como o fosfato, PO³4). O N e P são frequentemente esgotados pelos autotróficos durante períodos de alta produtividade e rápida reprodução. Elementos traço (como o ferro e cobre-utilizados em enzimas, vitaminas e outras moléculas grandes) e silicatos dissolvidos (utilizados em carapaças) também são rapidamente esgotados pelos organismos. Salinidade As membranas celulares são profundamente afetadas pela salinidade da água ao seu redor. A salinidade da água do mar pode variar por causa da precipitação, evaporação, descarga de águas e sais por meio de rios entre outros fatores. A salinidade é menos variável com o aumento da profundidade. Ela fica levemente mais salgado com o aumento da profundidade. A alteração na salinidade pode danificar fisicamente as membranas celulares, e os sais concentrados podem alterar a estrutura das proteínas. A salinidade pode afetar a gravidade específica, a densidade da água do mar e, portanto, a flutuabilidade de um organismo. A salinidade é ainda importante porque pode causar a entrada ou saída de água pela membrana celular, alterando o balanço hídrico da célula. Concentrações de gases dissolvidos Praticamente todos os organismos marinhos necessitam de gases dissolvidos – em particular o dióxido de carbono e o oxigênio para que possam se manter vivos. Águas profundas tendem a conter mais dióxido de carbono do que águas superficiais. Porque isso ocorre? Você deve recordar que as massas de água mais profundas e mais densas são formadas na superfície nas regiões polares, e, como vimos, mais CO2 pode dissolver-se em um ambiente de baixas temperaturas. A água densa afunda, levando sua elevada carga de CO2 para o fundo, e a pressão nas profundezas contribui para mantê-lo em solução. O CO2 ainda aumenta em águas profundas porque somente os heterotróficos (animais) vivem e realizam seu metabolismo nessas regiões, e o CO2 é produzido quando os decompositores consomem a matéria orgânica que afunda. Nenhum produtor primário fotossintetizante está presente nas profundezas escuras para utilizar esse excesso de CO2, uma vez que não há luz solar suficiente que permita a ocorrência de fotossíntese. Equilíbrio Ácido-base Outra condição físico-químico que afeta a vida no oceano é o equilíbrio ácido-base. A complexa química das formas de vida terrestre depende de enzimas precisamente moldadas, grandes moléculas proteicas que aceleram a taxa de reações químicas. Quando o calor, ácidos ou bases fortes alteram o formato dessas proteínas vitais, elas perdem suas habilidades normais de funcionamento. A acidez ou a alcalinidade de uma solução é expressa em termos de PH. Uma medida logarítmica da concentração de íons de hidrogênio em uma solução. A água do mar é levemente alcalina e seu pH médio é aproximadamente 8. Valores acima de 7 são alcalinas e abaixo, ácidos. Elevadas taxas de fotossíntese que ocorrem na superfície diminuem a concentração de CO2 e aumentam a quantidade de oxigênio dissolvido. Baixos níveis de oxigênio podem, às vezes, ser um problema na superfície oceânica. Os vegetais produzem mais oxigênio do que consomem, mas produzem-no apenas durante as horas com luz do dia. A respiração continuada dos vegetais à noite vai remover boa parte do oxigênio que os cerca. Em casos extremos, essa diminuição do oxigênio pode levar à morte animais e vegetais dessa área, um fenômeno mais observado em águas costeiras restritas, durante as florações planctônicas de primavera e outono. As maiores variações nos níveis de gases dissolvidos são encontradas em águas costeiras superficiais. Mudanças menos drásticas ocorrem em mar aberto. Embora a água do mar seja levemente alcalina, ela está sujeita a alguma variação. Quando dissolvido na água, parte do CO2 transforma-se em ácido carbônico. Em áreas de rápido crescimento vegetal, o pH se eleva porque o CO2 é utilizado pelos vegetais para a fotossíntese. E como as temperaturas são geralmente mais elevadas na superfície, menos CO2 pode dissolver-se. Águas em médias e grandes profundidades podem conter mais CO2. Sua fonte é a respiração dos animais e das bactérias. Em baixas temperaturas, em altas pressões e sem nenhum vegetal fotossintetizante para removê-lo, o CO2 reduzirá o pH da água, tornando-a mais ácida com o aumento da profundidade. Alguns pesquisadores acreditam que o rápido aumento de CO2 liberado na atmosfera através de quimas de combustíveis fósseis podem acarretar numa redução do PH na superfície das águas oceânicas, superando o tamponamento. E assim, prejudicando a vida no mar, contemplando toda forma de vida, desde o plâncton, recursos pesqueiros dentre outros organismos que dependem desse equilíbrio ácido- base. Organismos marinhos: Plâncton, Bentos e Néctons Os organismos marinhos distribuem-se no ambiente marinho em grupos específicos de produtores, consumidores e decompositores que compartilham um mesmo espaço. Esses grupos são denominados comunidades. Grupos de uma mesma espécie denominados de populações. Nos oceanos nós temos populações de determinadas espécies de algas, de zooplâncton e de peixes, de crustáceos, de moluscos e etc. A maior parte da comunidade marinha compõem a comunidade pelágica, ou seja, que vivem nas colunas de água, como o fito, o zoo e os peixes, principalmente na zona fótica. As menores comunidades evidentemente devem ser as bentônicas, ou seja, aquelas que vivem no fundo. Os organismos pelágicos podem ser divididos em dois grupos amplos com base em seu estilo de vida: os organismos do plâncton derivam ou nadam muito pouco, indo para onde as correntes oceânicas vão. Os organismos do nécton que são pelágicos e nadam ativamente. Vale lembrar que a maior parte das espécies de peixes são pelágicos e que em suas formas iniciais de vidas (ovos e larvas) são planctônicos. Ou seja, além de locomoção passiva (carreados pelas correntezas ou fluxos de água) dependem alimentam-se inicialmente, após a sua fase endógena de alimentação, do plâncton, ou seja, alimentam-se de algas e zooplâncton. E a quantidade, a disponibilidade desses alimentos nesta fase inicial está relacionada com o sucesso do recrutamento das espécies (que nada mais é quantidade de organismos jovens) e que por sua vez, refletirá na abundância dos estoques adultos de peixes. No entanto, o entendimento de questões relacionadas às variáveis abióticas e suas relações com a comunidade biótica, nos ajuda a entender a dinâmica dos estoques pesqueiros. O AMBIENTE MARINHO É CLASSIFICADO EM ZONAS DISTINTAS Os cientistas consideram útil dividir o ambiente marinho em zonas, áreas de características físicas homogêneas. As divisões podem ser feitas com base em luz, temperatura, salinidade, profundidade, latitude, densidade da água. A classificação em níveis de luz já foi descritaanteriormente, e é particularmente valioso no estudo da vida marinha, porque a luz aumenta a produtividade primária e consequentemente, está relacionada com os estoques pesqueiros. Na classificação pela localização, a divisão básica é entre a água e o fundo oceânico. A coluna d’água é chamada de zona pelágica e está dividida em duas subseções: a zona nerítica, sobre a plataforma continental, e a zona oceânica, de águas profundas além da plataforma continental. A zona oceânica é ainda dividida em zonas por profundidade. A zona epipelágica corresponde a zona fótica iluminada. Nas profundidades afóticas, estõ dispostas em camadas as zonas mesopelágicas, batipelágicas e abissopelágicas. Águas abissopelágicas são as águas das fossas profundas. As divisões do fundo são denominadas bentônicas e começam com a zona litoral entremarés, a faixa da costa alternadamente coberta e descoberta pela ação das marés. A zona supralitoral, a zona dos respingos acima da região entremarés superior, não faz, tecnicamente, parte dos fundos oceânicos. ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA (ZEE)- BRASILEIRAS A Zona Econômica Exclusiva (ZEE) é uma faixa situada para além das águas territoriais, sobre a qual cada país costeiro tem prioridade para a utilização dos recursos naturais do mar, tanto vivos como não-vivos, e responsabilidade na sua gestão ambiental. Estabelecida pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), também conhecida como Convenção de Montego Bay, a Zona Econômica Exclusiva se estende por até 200 milhas marinhas (ou náuticas) - o equivalente à 370 km. A ZEE brasileira tem uma área oceânica aproximada de 3,6 milhões de km². Trata-se de uma área oceânica com tamanho equivalente a cerca de 40% do território brasileiro. Devido à sua importância estratégica e riquezas naturais, a Marinha do Brasil, responsável pela sua defesa, a chama de "Amazônia Azul". O valor da "Amazônia Azul" é comparável à "Amazônia Verde". A região possui riquezas e potenciais econômicos como a pesca, a mineração, uma enorme biodiversidade de espécies marítimas, petróleo, e o aproveitamento de energia maremotriz e energia eólica em alto-mar ou offshore. Além da exploração e gestão dos recursos naturais, o país costeiro exercerá nesta zona a jurisdição no que concerne ao estabelecimento e utilização de ilhas artificiais, instalações e estruturas; à investigação científica marinha; e à proteção e preservação do meio marinho. Apesar da exclusividade dada ao país costeiro na área, todos os outros Estados gozam da liberdade de navegação e sobrevoo, da colocação de cabos e dutos submarinos, e outros usos lícitos do mar. Mar Territorial e Plataforma Continental A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) de 10 de dezembro de 1982 introduziu o conceito de Zona Econômica Exclusiva, mas também consagrou os conceitos de Mar Territorial e Plataforma Continental que são distintos, mas, com frequência, confundidos. Mar Territorial: é a faixa de mar que se estende até 12 milhas náuticas (22 km), contadas a partir do litoral, que é considerada como parte do território do país costeiro. A soberania é exercida também sobre o espaço aéreo sobrejacente, bem como seu leito e subsolo, como é feito em terra. É http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_maremotriz http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_e%C3%B3lica a partir do limite do mar territorial (ou águas territoriais) que são contadas as 200 milhas de extensão da Zona Econômica Exclusiva. Plataforma Continental: compreende a porção do leito e subsolo marinhos, uma margem continental que começa na linha de costa e desce com um declive suave até o talude continental (onde o declive é muito mais pronunciado) ou até atingir a distância limite de 200 milhas náuticas - para os casos em que a margem continental não atinge esta distância. Caso a margem continental se estenda além das 200 milhas náuticas, o Estado costeiro poderá pleitear junto à ONU o prolongamento da plataforma continental, até um limite de 350 milhas náuticas. CENÁRIO DA ATIVIDADE PESQUEIRA MARINHA NO BRASIL (Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura 2011). O Brasil possui cerca de 8.500 km de linha de litoral e um número razoável de ilhas, totalizando uma área de aproximadamente 3,5 milhões de km² de Zona Econômica Exclusiva (ZEE). Apesar de sua grande extensão costeira no Atlântico Sul, o Brasil possui uma produção pesqueira um pouco tímida, comparado a outros países como a Espanha, Chile, ocupando a 27a posição entre os países produtores. Em grande parte, esta desvantagem na participação brasileira nos desembarques mundiais de pescado deve-se às condições oceanográficas prevalecentes nos mares brasileiros, as quais não favorecem uma elevada produtividade. Diversos entraves políticos e estruturais também contribuem historicamente para esta situação. A despeito do tamanho do nosso litoral, as condições ambientais das águas marinhas sob jurisdição nacional são típicas de regiões tropicais e subtropicais, ou seja, dominadas por águas de temperatura e salinidade elevadas, além de baixas concentrações de nutrientes. Apesar de não estar na lista dos maiores produtores de pescado do mundo, sua contribuição pesqueira também é importante e de certa forma significativa economicamente. A produção nacional de pescado para o ano de 2011 foi de 1.431.974,4 t, registrando um incremento de 13,2% em relação a 2010. Entretanto, desse total, a pesca extrativa marinha representa 38% (544, 670 t), 17,4% (249. 600, 2 t) representada pela pesca extrativa continental, 37% (544.490 t) pela aquicultura continental e 6% aquicultura marinha (84.214, 3 t). A pesca extrativa marinha esteve em ascensão entre os anos de 1973 a 1985. Em 1985 teve seu máximo de 970.000 t. Após este máximo declinou drasticamente. A razão para esta forte queda na produção foi à exaustão dos estoques, resultante da falta de planejamento e do consequente crescimento desordenado vivenciado pelo setor, o qual resultou em um grande esforço de captura concentrado na pesca extrativa. Não respeitaram a capacidade de suporte dos estoques. Que é a capacidade do estoque em se recuperar. Então, uma boa gestão e controle dos nossos estoques são necessárias para garantir um nível ótimo de sua produção ao longo da costa brasileira. Certo? Vejam a tabela a seguir a produção de pescado nacional da pesca extrativa marinha entre 2010 e 2011: A região Nordeste continuou sendo responsável pela maior parcela da produção nacional, com 186.012,0 t, porém apresentou uma queda de aproximadamente 5,0% em relação a 2010. A Região Sul ficou em segundo lugar, com 158.515,4 t. Para a Região Norte foi registrado 94.265,3 t em 2011 (33,6% do total capturado), caracterizando um aumento de 5,0% em relação a 2010 (9.830,0 t). A produção pesqueira da Região Sudeste aumentou aproximadamente 26,8% de 2010 para 2011, passando de 90.588,7 t para 114.877,3 t de pescado. PRODUÇÃO DA PESCA MARINHA POR ESPÉCIE Entre as espécies de peixes mais capturadas, a sardinha-verdadeira foi a que apresentou o maior volume de desembarque, com 75.122,5 t em 2011, resultando em um acréscimo de cerca 21% em relação a 2010, quando foram produzidas 62.133,9 t (Tabela 7). A segunda espécie mais capturada em 2011 foi a corvina, com 43.369,7 t, seguida pelo grupo de outros peixes, com 40.168,2 t. O bonito listrado foi a quarta espécie mais capturada, com 30.563,3 t, representando um aumento de cerca de 48% em relação ao ano anterior. Em relação à produção de crustáceos, o camarão-sete-barbas e o camarão-rosa continuaram sendo as espécies mais capturadas no país em 2011, com 15.417,8 t e 10.331,2 t, respectivamente, representando, juntas, 45% do total da produção de crustáceos marinhos no Brasil. A lagosta, uma das principais
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