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SILVA E JESUS (2010), JUVENTUDE RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR_OS DETERMINANTES DOS PROCESSOS MIGRATÓRIOS

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Joelton Belau

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JUVENTUDE RURAL E AGRICULTURA FAMILIAR: OS 
DETERMINANTES DOS PROCESSOS MIGRATÓRIOS E OS DESAFIOS 
PARA A PRESERVAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR1 
 
José Ribeiro da Silva 
Zootecnista e Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e 
Desenvolvimento Local – POSMEX / UFRPE 
 
Paulo de Jesus 
Dr. em Ciências da Educação e Professor do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural 
e Desenvolvimento Local – POSMEX / UFRPE 
 
 
Resumo 
 
Este estudo teve como objetivo analisar fatores determinantes da migração dos 
jovens na atualidade e desafios para a reprodução de uma nova geração de 
agricultores no Brasil. Trata-se de uma revisão bibliográfica, onde procurou-se 
ao debate elementos que determinam a migração juvenil e consequências 
deste processo para a preservação da agricultura familiar. De acordo com 
Carneiro (1999), o jovem vive uma dualidade entre o desejo de melhorar de 
vida e serem algo na vida, e o compromisso com a família e com a localidade 
de origem. Relacionada à migração é a pouca capacidade de multiplicação das 
propriedades, quando a mesma é partilhada por processo de herança e que 
não suporta a mão de obra de todos os membros da família (WANDERLEY, 
2007, p.24). Quanto aos desafios para a formação de uma nova geração de 
agricultores diz, respeito ao perfil do agricultor, desenhado a partir dos novos 
processos produtivos e oportunidades de mercado. Nesta perspectiva, Carneiro 
(1999) revela que a atividade agrícola é vista como alternativa para as pessoas 
de baixa escolaridade, enquanto Abramovay (2005) complementa que em 
decorrência das necessidades da própria modernização da agricultura, o setor 
passa a exigir uma maior compreensão de habilidades gerenciais e 
administrativas. Nos debates, em torno da realidade do campo as questões de 
geração devem ser consideradas, pois não se permite que esta categoria seja 
excluída da participação tanto da gestão, desenvolvimento e resultados das 
atividades desenvolvidas pela família dentro da unidade produtiva, assim como 
da participação comunitária (SILIPRANDI, 2007, p. 845). Percebeu-se que um 
dos grandes desafios para que a agricultura familiar passe a fazer parte das 
opções profissionais do jovem, perpassa as questões de identidade e 
pertencimento, de acordo com Abramovay (2005), isto exige um esforço 
permanente e articulado entre os diversos agentes e instituições que atuam 
nesse meio, associando-se políticas agrícolas, fundiárias e de habitação com 
outras dirigidas para recuperação e melhoria do nível educacional e da 
formação profissional dos futuros agricultores. 
 
Palavras chave: Juventude rural. Agricultura Familiar. Desenvolvimento Local 
 
 
1
 Trabalho Apresentado ao VIII Congresso Latinoamericano de Sociologia Rural, Porto de 
Galinhas, 2010 
Introdução 
 
As últimas décadas têm testemunhado profundas transformações 
sociais, econômicas e culturais, afetando as rotinas produtivas e as relações 
sociais, comerciais e trabalhistas em todo o mundo. Este atual contexto 
produziu novas desigualdades sociais que exigiram do campo das políticas 
públicas alternativas que enfrentassem o quadro de exclusão (BRASIL, 2006, 
p.06). 
É inquestionável a importância da agricultura familiar no processo de 
desenvolvimento rural. Seu potencial na atualidade vai além da produção de 
alimentos. Discute-se hoje o seu papel na oportunização de ocupação e renda 
nos espaços rurais, assim como a responsabilidade pela utilização sustentável 
dos recursos naturais. Dentro dessa perspectiva, devem ser ressaltados os 
recentes fenômenos que vêm acontecendo no meio rural brasileiro. “Novos 
espaços surgiram, permitindo que houvesse inúmeras manifestações sobre o 
papel da agricultura familiar e do próprio desenvolvimento rural” (FLORES, 
2002, p.347). 
No entanto, um dos grandes desafios que se coloca para o meio rural 
de acordo com Mello et al (2003), é a formação de uma nova geração de 
agricultores, o que exige um esforço permanente e articulado entre os diversos 
agentes e instituições que atuam nesse meio, associando-se políticas 
agrícolas, fundiárias e de habitação com outras dirigidas para recuperação e 
melhoria do nível educacional e da formação profissional dos futuros 
agricultores. 
Complementando essa ideia, os debates em torno do desenvolvimento 
sustentável para o campo e para construção de um outro modelo através de 
experiências fundadas na agricultura familiar, Siliprandi (2007) ressalta a 
necessidade de se contemplar o máximo de elementos que girem em torno da 
realidade do campo. Nesse sentido, no que diz respeito às questões de gênero 
e geração devem ser priorizados, pois não se permite que estas categorias 
sejam excluídas da participação tanto da gestão, desenvolvimento e resultados 
das atividades desenvolvidas pela família dentro da unidade produtiva, quanto 
da participação comunitária. 
Por outro lado, percebe-se que a juventude rural, não tem recebido a 
atenção merecida. Sua participação nos processos de gestão e execução das 
atividades familiares é, na maioria dos casos, desconsiderada com a 
justificativa de imaturidade e de irresponsabilidade. As políticas públicas 
direcionadas ao campo, parecem não atender os anseios e necessidades 
desses jovens, contribuindo para a inviabilidade de sua permanência no meio 
rural. 
Nesse sentido, é recente a inclusão desta temática na agenda política 
do Brasil e no âmbito internacional. As políticas públicas passaram a incluir as 
questões relacionadas à juventude, de forma mais consistente, por motivos 
emergenciais, já que os jovens são os mais atingidos pelas transformações no 
mundo do trabalho e pelas distintas formas de violência física e simbólica que 
caracterizam o século XXI (BRASIL, 2006, p. 06). 
Do exposto, parece poder afirmar-se que a juventude rural é a 
categoria “[...] afetada pelas mudanças e crises recentes do mundo rural e 
como essa realidade é reelaborada na formulação dos projetos individuais e 
familiares em contextos sociais e econômicos distintos” (CARNEIRO, 1999, 
p.2). 
Nesse sentido, os debates sobre a realidade e as tendências da 
agricultura familiar deixam dúvidas sobre a possibilidade de que os jovens 
rurais de hoje possam representar os possíveis agricultores do futuro. Percebe-
se que este público, afasta-se cada vez mais das atividades agropecuárias 
desenvolvidas por seus pais, o que implica na busca de oportunidades de 
ocupação e renda fora da realidade rural. Sendo assim, essa reflexão tornou-se 
o ponto de partida desse estudo norteado pelos seguintes questionamentos: 
que fatores colaboram para que jovens filhos de agricultores familiares 
busquem nos centros urbanos as alternativas de trabalho e renda? Quais os 
desafios desse processo para a consolidação de uma nova geração de 
agricultores familiares dentro dos novos contextos do cenário rural na 
atualidade? 
Nesse sentido, este estudo teve por objetivo analisar fatores 
determinantes da migração dos jovens na atualidade e desafios para a 
reprodução de uma nova geração de agricultores no Brasil. Trata-se de uma 
revisão bibliográfica, onde procurou-se ao debate elementos que determinam a 
migração juvenil e as consequências deste processo para a preservação da 
agricultura familiar no Brasil. 
 
A dinâmica do espaço rural na atualidade: desafios e perspectivas para a 
reprodução da agricultura familiar 
 
A agricultura familiar sobrevive ocupando pequenas extensões de terra, 
utilizando tecnologias rudimentares e destinando a produção, em grande parte, 
para o consumo familiar. De acordo com Peixoto (1998) o segmento também 
desempenha as funções de produtora de alimentos e de reservatório de mão-
de-obra para os latifúndios. As limitações tecnológicas que, caracterizam os 
produtores familiares, levaram à formulação do conceito de produção para o 
autoconsumo, em que, praticamente, não se observa a geração de excedentes.De acordo com Kwitko (2005), “ainda que a maioria dos agricultores 
viva em condições de pobreza, continuam responsáveis por expressiva parcela 
da produção de alimentos e matérias-primas, sobretudo em regiões como o 
Nordeste”. A eles se somam os trabalhadores sem-terra, inúmeras famílias que 
perderam suas terras ou seus empregos em atividades agrícolas e lutam para 
retornar a elas. 
Para Carneiro (1999), a visão da agricultura familiar como “atrasada” 
mais com “potencialidade” tem colaborado com a priorização dos agricultores 
considerados “viáveis”, ainda a respeito disso, a autora reforça: 
 
Uma visão naturalizada da agricultura familiar como “atrasada” mas 
com “potencialidade” tem levado a formulação de propostas políticas 
que se limitam a modernização tecnológica e ao acesso à informação 
sobre o mercado e formas “modernas” de produção. Partindo da 
premissa de uma maior eficiência produtiva dessa forma de produção 
que não desenvolveu toda a sua potencialidade, orienta-se as 
propostas políticas ao segmento que apresenta melhores condições 
(materiais e subjetivas) de superar esse atraso (CARNEIRO, 1999, 
p.331). 
 
A autora também argumenta que esta abordagem pressupõe a 
integração dessas unidades de produção limitada apenas à economia de 
mercado, tendo como consequência duas implicações: 
 
Primeiro, exclui da participação na economia e na sociedade todo um 
segmento de pequenos agricultores considerados “sem 
potencialidades para o progresso”. Segundo, associa a 
competitividade dos demais (os viáveis) à natureza intrínseca da 
agricultura familiar na medida em que esta forma de produção não 
incorporaria nem a renda da terra nem os lucros da produção 
(CARNEIRO, 1999, p.332). 
 
 
Segundo Mussoi (2006), a agricultura familiar, pelas suas 
características “(como produtora de alimentos básicos baratos, como reserva 
de mão-de-obra, como consumidora de insumos industriais, e como geradora 
de um movimento econômico considerável) é, ao mesmo tempo, importante 
para o modelo geral, e gradativamente excluída dele”. 
Mesmo diante dos desafios atuais, a agricultura familiar é forte 
contribuindo significativamente para o desenvolvimento do país. De acordo 
com Lima e Figueiredo (2006), “Mesmo que não seja este o desenvolvimento 
que se almeje e nem a agricultura que se busca, de base ecológica. Mais no 
conjunto e no processo contraditório e dialético que se estabelece em uma 
sociedade de classe, a agricultura familiar tem um papel e tem importância”. 
Schneider (2005) afirma que desde a primeira metade dos anos 90, 
está surgindo uma legitimação e proeminência da agricultura familiar, que 
busca nos espaços políticos firmar-se como categoria social estratégica no 
processo de desenvolvimento rural sustentável. 
Um fenômeno que emerge, justamente nesse período, dando um 
suporte a sustentabilidade das atividades dentro dos espaços rurais são as 
atividades não agrícolas. Nessa perspectiva, Grossi e Silva (2002) 
acrescentam que o despertar de atividades antes consideradas como “hobbies” 
que começaram a assumir importância econômica no cenário da agricultura 
familiar. Os autores também denominam este fenômeno de Novo Rural que no 
Brasil também é conhecido por novo rural brasileiro. 
Dentro dessa lógica, o espaço rural brasileiro não pode mais ser 
reduzido a sua dimensão agrícola ou agrária. As tradicionais atividades 
produtivas não conseguem justificar a dinâmica do emprego rural do país. De 
acordo com Silva (1996), é necessário que sejam envolvidas as atividades 
rurais não-agrícolas decorrentes das novas demandas da urbanização do meio 
rural. Assim, são recorrentes as atividades relacionadas ao turismo, lazer, 
criação de animais e plantas exóticas e outros serviços rurais. 
Apesar de receber a denominação de “novas” de acordo com Grossi e 
Silva (2002) essas atividades são seculares, mais não tinham, até pouco 
tempo, importância econômica. “Eram atividades de „fundo de quintal‟, hobbies 
pessoais ou pequenos negócios agropecuários intensivos”. 
Segundo os mesmos autores, essa valorização não se limitou apenas 
as atividades agrícolas, passou a incluir também as atividades não agrícola 
derivadas do processo de urbanização do meio rural como a prestação de 
serviços de moradia, turismo, lazer; e com as atividades decorrentes da 
preservação ambiental (GROSSI e SILVA, 2002, p. 06). Além disso, os autores 
acrescentam que: 
 
[...] o meio rural brasileiro já se converteu também num lugar de 
residência dissociado do local de trabalho, ou ainda, de que os 
espaços rurais não são mais apenas espaços privatizados e locais de 
trabalho; e que as pessoas residentes no meio rural não estão 
necessariamente ocupadas, nem, muito menos, ocupadas em 
atividades agrícolas (GROSSI e SILVA, 2002, p.13). 
 
Junto ao avanço tecnológico e a modernização da agricultura surge 
também à preocupação com o equilíbrio ecológico. O processo de produção 
capitalista tem colaborado com a degradação de ecossistemas, com a extinção 
de plantas e animais e mais recentemente os novos estudos sobre clima que 
explicam as catástrofes ecológicas que tem ocorrido em todo o mundo. 
Refletindo sobre a importância da agricultura familiar, Mussoi (2006), 
diz que esse tipo de agricultura “é incompatível com a o modelo de 
desenvolvimento econômico atual” e acrescenta que “O futuro deste tipo de 
agricultura, passa por uma revisão profunda do paradigma do desenvolvimento 
que, sem dúvidas, indica para as dimensões da agroecologia e da 
sustentabilidade como fatores fundamentais de viabilização de um novo 
modelo agrário e de sociedade, ambientalmente são e com justiça social”. 
A necessidade de uma outra lógica na produção e a revitalização dos 
espaços rurais no âmbito da sustentabilidade e da solidariedade a agroecologia 
é apontada como a principal alternativa. De acordo com Caporal e Costabeber 
(2007), nos últimos anos a agroecologia têm sido referência principalmente 
como expressão sócio-política. 
 
 
Em anos mais recentes, a referência constante à Agroecologia, que 
se constitui em mais uma expressão sócio-política do processo de 
ecologização, tem sido bastante positiva, pois nos faz lembrar de 
estilos de agricultura menos agressivos ao meio ambiente, que 
promovem a inclusão social e proporcionam melhores condições 
econômicas aos agricultores (CAPORAL E COSTABEBER, 2007, 
p.06). 
 
Percebe-se também que a concepção de agroecologia vai além de 
uma abordagem econômica, seu campo é muito mais amplo, pois envolve uma 
racionalidade em torno de todos os fenômenos que afetam o meio rural como 
um todo. 
 
[...] por se tratar de um processo social, isto é, por depender da 
intervenção humana, a transição agroecológica implica não somente 
na busca de uma maior racionalização econômica-produtiva, com 
base nas especificidades biofísicas de cada agroecossistema, mas 
também numa mudança nas atitudes e valores dos atores sociais em 
relação ao manejo e conservação dos recursos naturais (CAPORAL 
E COSTABEBER, 2007, p.12). 
 
Nesta perspectivas novas oportunidades de mercado surgem como 
potencial a ser explorado pela agricultura familiar, de acordo com Flores 
(2002), “Os produtos tradicionais provenientes da agricultura familiar têm 
condições de ocupar maiores espaços no mercado local, nacional e 
internacional, beneficiando-se de valores que sejam agregados aos produtos, 
[...]” (FLORES, 2002, p.352). 
De acordo com este mesmo autor, esses produtos são: produtos para 
alimentação humana com maior menor carga de riscos à saúde; produtos cujo 
processo de produção reduz danos ao meio ambiente; produtos para 
alimentação animal com maior menor carga de riscos a saúde; produtos 
naturais para industria têxtil, fitoterápicos, corantes etc.; e produtos com valor 
cultural agregado. 
Com base nas discussões sobre o processo histórico de constituição e 
contexto em que a agricultura familiar no Brasil está inserida,assim como a 
importância do papel da agricultura familiar e as novas demandas produtivas, 
surge também a preocupação com a reprodução da categoria dentro do 
cenário produtivo do país. Um dos problemas dessa reprodução diz respeito 
aos futuros agricultores, quem serão e em que condições. Espera-se que surja 
nesse cenário a participação dos jovens como atores do desenvolvimento, com 
a perspectiva de tornarem-se os futuros agricultores que darão continuidade as 
tradições camponesas dentro da lógica nas novas demandas de mercado. 
 
Juventude rural: alguns argumentos a respeito da migração do rural para 
o urbano 
 
O enfoque atual sobre os processos migratórios “sugere que os 
indivíduos migrariam em busca de trabalho, melhores oportunidades e salários, 
realizando um cálculo racional-econômico para a escolha do destino”. Por outro 
lado, “a abordagem histórico-estruturalista indica que a formação dos fluxos de 
migrantes decorreria das necessidades e ditames do desenvolvimento 
econômico capitalista no país” (OLIVEIRA e JANUZZI, 2005, p. 34). 
Segundo os mesmos autores, qualquer que seja o ponto de vista os 
motivos da migração empreendida, pessoal ou compulsoriamente, seriam os 
relacionados ao trabalho e os protagonistas do processo, jovens em pleno 
potencial produtivo. Esse fato, de acordo com Abramovay (2005), pode ser 
justificado por ser a juventude um grupo etário que tem como características 
típicas a alta tendência de mobilidade e o desejo de viver novas aventuras. 
A situação em que se expressa a agricultura familiar na atualidade, 
assim como os fenômenos relacionados, é resultado de um processo histórico 
iniciado a partir da colonização, sendo influenciada principalmente pelos 
acontecimentos políticos, econômicos e sociais dos últimos séculos e 
principalmente das últimas décadas. A respeito disso Lamarche, disserta que 
“Evidentemente a exploração familiar tem passado também por profundas 
transformações nestas últimas décadas, todavia foi bastante afetada pelo 
caráter “conservador” da modernização agrícola: discriminatório, parcial e 
incompleto” (LAMARCHE, 1997, p.184). Esses acontecimentos devem ser 
considerados, quando analisado o comportamento migratório existente nas 
comunidades rurais. 
De acordo com Grossi e Silva (2002), as transformações começaram a 
ser destacadas na década de 50, a partir da instalação, no Brasil, de indústrias 
produtoras de insumos para a agricultura (máquinas, adubos químicos e 
agrotóxicos), o Governo montou inúmeros aparatos para incentivar o uso 
dessas tecnologias. Surge a partir daí a “revolução verde” modelo que 
preconizava a modernização da agricultura que só veio a se efetivar nos anos 
60. 
Grossi e Silva (2002) ainda afirmam que a partir dos anos 80, o apoio 
do governo às estatais começa a ser sufocado pelas medidas de combate a 
inflação, apesar de não comprometer o desenvolvimento tecnológico. Na 
década de 90 surgem os primeiros resultados do apoio às pesquisas iniciadas 
na década de 70, acrescentando novas tecnologias no processo tendo como 
características o fortalecimento das pesquisas em biotecnologia. 
Este modelo, parece não ter sido suficiente para resolver os principais 
problemas da agricultura, se por um lado a modernização aumentou a 
produção agrícola gerando divisas econômicas a partir da exportação, por 
outro, deixou a margem milhares de agricultores que por vários aspectos, não 
conseguiram adequar-se ao modelo capitalista de produção. A respeito disso, 
Lamarche implementa: 
 
Uma parcela importante da chamada “pequena produção” é excluída 
do processo de modernização, conservando muitas de suas 
características tradicionais: a dependência em ralação à grande 
propriedade, a precariedade do acesso aos meios de trabalho, a 
pobreza dos agricultores e sua extrema mobilidade social. Por outro 
lado, os produtores familiares que se modernizam devem continuar a 
assumir a propriedade fundiária e a dependência penosa e ambígua 
do trabalho assalariado, que se constitui geralmente de um ordenado 
pago à força de trabalho local e somente em alguns raríssimos casos 
indica uma mudança qualitativa do ponto de vista estrutural 
(LAMARCHE, 1997, p.184) 
 
Nesse sentido, a partir de observações em torno dos fenômenos que 
ocorrem no cenário rural, tem-se percebido um desinteresse por parte dos 
jovens rurais em dar continuidade à profissão de seus pais. Esse fato pode 
estar relacionado com a situação de abandono em que tem passado a 
agricultura familiar nos últimos anos e pela ausência de políticas públicas para 
o setor. 
De acordo com Wanderley (2007), “o compromisso dos jovens com a 
família é indispensável ao funcionamento e à reprodução da unidade produtiva 
e se expressa, especialmente, na sua participação no sistema de atividade 
familiar”. Esta autora, explica que a limitação no acesso a terra contribui para 
migração dos jovens. 
A estrutura de distribuição de terra é a responsável maior pelo 
bloqueio à reprodução social dos pequenos agricultores, [...] na 
medida em que impõem profundas restrições à capacidade produtiva 
do estabelecimento, inibe as possibilidades de ocupação da força de 
trabalho dos próprios membros da família e, em conseqüência, 
provoca nos jovens a necessidade de migração. (WANDERLEY, 
2007, p.24). 
 
Outro aspecto que envolve a juventude rural, segundo Carneiro (1999) 
é a dualidade que oscila entre o projeto de construírem vidas mais 
individualizadas, o que se expressa no desejo de melhorarem o padrão de vida, 
de serem algo na vida, e o compromisso com a família, que se confunde 
também com o sentimento de pertencimento à localidade de origem, já que a 
família é o espaço privilegiado de sociabilidade nas chamadas sociedades 
tradicionais. 
De acordo com Queiroz (2009), nos debates que envolvem a migração 
deve se pensar acerca das dificuldades enfrentadas por um jovem rural para 
conciliar a escolarização e o trabalho, afirmando ainda: 
 
Diante do dilema, muitos acabam optando pelo trabalho, pois, muitas 
vezes, precisam complementar a renda familiar e, além disso, estão 
imersos numa sociedade capitalista onde o ter torna-se uma premissa 
básica para o reconhecimento social enquanto sujeito. Diante disso, 
muitos abandonam a escola, antes mesmo de concluir o Ensino 
Fundamental, e migram para o espaço urbano em busca de trabalho 
(QUEIROZ, 2009, p. 4). 
 
Referindo-se também a educação, Vanda Silva (2002) revela que 
mesmo que o jovem busque nos estudos o caminho para um emprego nos 
centros urbanos, se depara com uma competição injusta, pois as iniciativas 
governamentais, por meio de projetos educacionais que visem a minimizar 
problemas tão arraigados como o analfabetismo e a evasão escolar, acabam 
muito mais por corroborar a falta de perspectivas destes jovens. Sobretudo, 
porque oferecem uma aprendizagem escolar que não lhes possibilita concorrer 
com igualdade, tanto nos estudos (ensino universitário, por exemplo) como no 
campo profissional. 
De acordo com Carneiro (1999), os jovens rurais são cada vez mais 
atraídos pela tecnologia, pela busca de melhores condições de vida, trabalho 
assalariado e menos cansativo, pois estes jovens “[...] vêem sua auto-imagem 
refletidas no espelho da cultura „urbana‟, „moderna‟, que lhes surge como uma 
referência para a construção de seus projetos para o futuro, geralmente 
orientados pelo desejo de inserção no mundo moderno” (CARNEIRO, 1999, 
p.3), que na maioria das vezes não encontra em seu local de origem, as 
comunidades rurais, tendendo a buscar esses ideais nos centros urbanos. 
Ligado a isso, o fato do jovem sair do campo para morar na cidade em 
busca de realizações dos objetivos nem sempre é bem sucedido, “muitos são 
submetidos a morarem nas regiões periféricas das cidades, enfrentando 
trabalhos em condições subumanas, com exigência de muito esforço físico 
além de má remuneração” permanecendo sempre em estado demarginalização e exclusão nos espaços urbanos (QUEIROZ, 2009, p. 4). 
Carneiro (1999) reforça a idéia de que a situação de agricultor para os 
jovens rurais é vista como uma fase transitória, na qual poderiam juntar algum 
dinheiro e montar um negócio ou buscar outras profissões que lhes garantam 
maior retorno econômico. Por outro lado, a atividade agrícola é vista como 
alternativa para as pessoas de baixa escolaridade, mas mesmo assim, em 
decorrência das necessidades da própria modernização da agricultura, que 
passa a exigir familiaridade com cálculos eficientes, à comercialização do 
produto, ao crédito, juros e investimentos, registra-se o esforço dos pais para 
que o filho-sucessor conclua o segundo Grau. 
 
Algumas considerações sobre as possibilidades da atuação dos jovens 
como futuros agricultores ou como protagonistas do desenvolvimento 
 
É possível afirmar que a juventude rural apesar de estar inserida 
também na cultura urbana e estar conectada as tecnologias da informação 
moderna, necessita de um olhar diferenciado, quando se pensa em políticas 
públicas, não só para a própria juventude, mas para o rural como um todo. 
De acordo com Mello et al (2003), a reorganização da produção familiar 
para sua inserção nas novas oportunidades de mercado, certamente ficará 
facilitada se houver melhoria na educação formal da nova geração de 
agricultores. 
Afirma ainda que a educação formal não apenas aumenta os 
conhecimentos básicos de leitura e escrita, de operações matemáticas, mas 
também influencia atitudes como acreditar na capacidade de organização e na 
importância das inovações (DIRVEN, 2000 apud MELLO et al, 2003, p. 12). A 
educação parece se tornar ainda mais importante quando se trata do 
desenvolvimento de atividades rurais não-agrícolas, consideradas ocupações 
dinâmicas que respondem a uma demanda dinâmica e geram rendas maiores 
que as rendas médias agrícolas. Aponta ainda que a educação de grande parte 
dos que tem como primeira atividade uma ocupação não-agrícola é maior do 
que aqueles que trabalham na agricultura, sendo que esta diferença é ainda 
mais acentuada entre as mulheres (MELLO et al, 2003, p.12). 
De acordo com Abramovay (2005), para que a propensão dos jovens à 
inovação se realize, entretanto, é necessário um ambiente social que estimule 
o conhecimento e favoreça que as novas idéias tenham chance de se tornar 
empreendimentos. Um dos maiores problemas de nosso tempo está 
exatamente na incapacidade de as sociedades contemporâneas oferecerem 
perspectivas para que a inovação se concretize em projetos - privados ou 
sociais - construtivos. O autor ainda propõe elementos que devem ser 
considerados na elaboração de políticas públicas para a juventude rural. 
 
Uma verdadeira política de desenvolvimento rural deve associar a 
atribuição de ativos aos jovens - dos quais o mais importante é uma 
educação de qualidade - com o estímulo a um ambiente que estimule 
a formulação de projetos inovadores que façam do meio rural, para 
eles, não uma fatalidade, mas uma opção de vida. Seria interessante, 
no caso daqueles que pretendem estabelecer-se como agricultores, 
que sua implantação fosse acompanhada e mesmo condicionada à 
elaboração de um projeto técnico consistente, cujas chances de 
afirmação em mercados dinâmicos fossem altas. Mais importante do 
que o aprendizado de técnicas agronômicas, neste caso, são os 
conhecimentos de gestão, contabilidade e funcionamento de 
mercados (ABRAMOVAY, 2005, p.1-2). 
 
Continuando sua reflexão, o autor destaca que as políticas públicas 
devem considerar também jovens rurais que buscam na cidade oportunidade 
para obtenção de renda. 
 
A política deve contemplar igualmente os jovens rurais que não 
querem ser agricultores, mas gostariam de permanecer em suas 
regiões de origem, valorizando seus círculos de amizades, 
contribuindo para o surgimento de novas atividades e evitando, na 
prática, a falsa oposição entre a monotonia e a pobreza da vida 
interiorana e os conhecidos problemas das periferias das grandes 
cidades (ABRAMOVAY, 2005, p.2). 
 
Por outro lado “a agricultura é uma atividade que se transforma mais 
rapidamente e as novas oportunidades de renda que surgem no meio rural, [...] 
apontam para a necessidade dos agricultores possuírem um nível educacional 
mais elevado e terem uma formação profissional contínua” (MELLO et all. 
2003, p.2). 
 
Conclusões 
 
O propósito desse estudo foi o de analisar fatores determinantes da 
migração dos jovens na atualidade e desafios para a reprodução de uma nova 
geração de agricultores no Brasil. 
O enfoque atual sobre os processos migratórios sugere que os 
indivíduos migram em busca de trabalho, melhores oportunidades e salários, 
realizando um cálculo racional-econômico para a escolha do destino. Por outro 
lado, a abordagem histórico-estruturalista indica que a formação dos fluxos de 
migrantes decorreria das necessidades e ditames do desenvolvimento 
econômico capitalista no país. 
Nesse sentido, são apontados alguns elementos que contribuem com a 
migração principalmente de jovens, dentre eles é possível apontar o processo 
de desenvolvimento tecnológico do meio rural, o que gerou a baixa 
competitividade das propriedades, a falta de acesso a terra e a baixa 
capacidade de reprodução da propriedade familiar. 
Por outro lado, em razão das poucas oportunidades de trabalho, assim 
como as condições desfavoráveis para sua realização, estes jovens visualizam 
a cidade como um local ideal para seu projeto de vida futura, com acesso a 
infraestrutura e bens de consumo, que possam adquirir melhorias na qualidade 
de vida. 
No entanto os ditames da própria modernidade proporcionaram uma 
nova dinâmica para a agricultura familiar, o que requer uma nova postura do 
agricultor. Essa dinâmica está relacionada tanto a necessidade de uma 
produção mais adequada do ponto de vista da sustentabilidade, quanto das 
novas demandas surgidas por produtos naturais e pela oferta de serviços 
especializados que na maioria dos casos só pode ser produzido e ofertado pela 
agricultura familiar. 
Estas novas demandas exigem do agricultor uma maior compreensão 
dos ecossistemas e de habilidades sobre instrumentos administrativos que 
possibilitem um tratamento mais empreendedor no desenvolvimento das 
atividades agrícolas e não agrícolas. 
Nesse sentido, pode-se afirmar que a juventude rural apresenta-se 
como um potencial a ser considerado quando se pensa na formação de uma 
nova geração de agricultores, pois estão abertos as transformações e podem 
atuar como protagonistas no processo de desenvolvimento da agricultura 
familiar no Brasil. 
Para que isso ocorra, é necessário um conjunto de políticas que 
promova a infra-estrutura básica, amplie as opções de lazer, ocupação e renda 
nas comunidades rurais, dando maiores condições para que o espaço rural 
seja mais uma opção para que os jovens possam construir seus projetos de 
vida no presente e no futuro. 
 
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