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Febre Amarela Turma: Primeiro período de técnico de enfermagem Professora: Ana Cláudia Grupo: Gabriela Maria de Souza Giovanna Araújo Couto Márcia Helena Pereira Marilene de Oliveira Nogueira de Castro Maristela Alves Martins Matéria: Saúde Coletiva 2 Introdução A febre amarela é uma doença infecciosa viral aguda transmitida por mosquitos, principalmente nas regiões tropicais da África e América do Sul. É causada pelo vírus da febre amarela, pertencente ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae. A doença tem importância histórica devido aos surtos devastadores e permanece um problema de saúde pública, principalmente nas áreas onde o mosquito transmissor e o hospedeiro (humanos ou primatas não humanos) coexistem. 3 Características Gerais da Febre Amarela Causas: O agente etiológico da febre amarela é o vírus da febre amarela, um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), que é transmitido por mosquitos, principalmente do gênero Aedes (na zona urbana) e Haemagogus (na zona silvestre). O ciclo de transmissão envolve mosquitos e primatas (humanos e não humanos), e pode ser dividido em: Febre amarela silvestre Transmitida por mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações. O ciclo silvestre ocorre entre mosquitos e macacos, que são os principais hospedeiros do vírus. O homem é um hospedeiro acidental, que pode ser contaminado se entrar em contato com a área de transmissão. Febre amarela urbana Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. O homem é o único hospedeiro vertebrado com importância epidemiológica. O vírus que causa a febre amarela é o mesmo em ambos os casos, e a doença resultante da infecção também é a mesma. A febre amarela não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa. Primeiro caso da doença Febre amarela ou mal amarílico A febre amarela não era conhecida entre os povos antigos, só depois da descoberta na América que passou a configurar os quadros nosológicos. 4 A doença teve origem na África, e de lá se espalhou para a América do Sul, através dos escravos no século XVIII. O jesuíta Raymond Bréken foi o primeiro a referir a febre amarela com precisão ao relatar a epidemia que ocorreu em 1635 entre os imigrantes franceses na Ilha de Guadeloupe, desde então, temos relatos da doença na América, na África e na Europa, quando não tratada é uma das doenças infecciosas mais perigosas. No Brasil a primeira referência que se tem é de 1685, com a ocorrência de surto em 4 capitais, sendo elas, Pernambuco, Olinda, Recife e Tauber na ilha de Itamaracá em Goiânia, contos da época relatam que no dia 28 de novembro de 1685 um recipiente de carne apodreceu subitamente, passando a doença a quatro ou cinco pessoas que moravam na mesma casa, na rua da praia. No Brasil o último caso de febre amarela urbana foi em 1942, desde então, todos os 5 casos confirmados são do ciclo silvestre. Sintomas Os sintomas iniciais da febre amarela são ● Início súbito de febre; ● Calafrios; ● Dores de cabeça intensas; ● Dores nas costas; ● Dores fortes no corpo; ● Náuseas e vômitos; ● Fadiga; ● Fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais, no entanto, algumas pessoas apresentam a progressão da doença em uma segunda fase tóxicas, caracterizadas por: 6 ● Febre alta persistente; ● Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos devido à contaminação do fígado); ● Sangramentos ( de boca, nariz, olhos ou estômago); ● Insuficiência hepática e renal; ● Hemorragias internas e externas, levando a choque e óbito. Tratamento para a febre amarela A febre amarela não possui tratamento específico, sendo recomendado apenas o cuidado com os sintomas. Geralmente o principal ponto de tratamento é a reposição dos líquidos, e nos casos hemorrágicos a reposição das perdas sanguíneas. Além disso, podem ser administrados analgésicos e antitérmicos para diminuir as dores de cabeça e febre. Casos mais graves é necessário a internação em UTI, isso quando o paciente apresentar um quadro com febre alta, icterícia, hemorragia e insuficiência dos órgãos. 7 Prevenção A forma mais eficaz de prevenção da febre amarela é a vacinação. A vacina contra a febre amarela é segura, altamente eficaz e proporciona imunidade duradoura em mais de 99% dos vacinados. No Brasil, por exemplo, a vacinação é recomendada para todos que residem ou viajam para áreas de risco de transmissão da doença. Além da vacinação, outras medidas preventivas incluem: ● Controle de mosquitos vetores, com eliminação de criadouros (água parada); ● Uso de repelentes; ● Instalação de telas de proteção em janelas e portas; ● Uso de roupas que cubram a maior parte do corpo, especialmente em áreas de risco. 8 Tratamento Não existe um tratamento antiviral específico para a febre amarela. O manejo da doença é principalmente sintomático e de suporte. Pacientes com febre amarela grave podem necessitar de cuidados intensivos para controlar complicações como insuficiência hepática e renal, e distúrbios hemorrágicos. A hospitalização pode ser necessária em casos graves, onde os cuidados envolvem: ● Reposição de líquidos; ● Tratamento de insuficiências orgânicas; ● Uso de antitérmicos para controle da febre (evitando ácido acetilsalicílico, que pode aumentar o risco de hemorragias); ● Monitoramento de parâmetros vitais. Considerações finais A febre amarela continua sendo uma ameaça de saúde pública em áreas endêmicas, onde a combinação de fatores ecológicos, como a densidade de mosquitos vetores e a baixa cobertura vacinal, pode levar a surtos explosivos. A vacina é a principal estratégia de prevenção e controle, e os esforços globais estão voltados para aumentar a cobertura vacinal, especialmente em áreas de risco. Referências: https://www.who.int/ https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-amarela https://www.cdc.gov/yellowfever/index.html 9 https://www.who.int/ https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/f/febre-amarela https://www.cdc.gov/yellowfever/index.html 10 11