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AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
ESTRATÉGICA –
PLANEJAMENTO, 
FERRAMENTAS E 
IMPLANTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Letícia Mirella Fischer Campos 
 
 
 
2 
TEMA 1 – PLANEJAMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A busca pela excelência na gestão e por melhores resultados é uma 
preocupação constante de organização privadas. Otimizar o uso dos recursos 
disponíveis, entregar valor a um determinado público ou melhorar o desempenho 
de forma sistemática são exemplos básicos do que se espera de uma organização 
que atue de forma organizada e planejada. Na administração pública não deve 
ser diferente. 
A excelência na gestão deve ser uma obrigação dos governantes. Os 
cidadãos contribuem com o Estado por meio do pagamento de tributos e, por 
conseguinte, esperam como contrapartida serviços prestados com qualidade, que 
assegurem as garantias fundamentais estabelecidas pela Constituição Federal de 
1988. Apesar de existirem certas limitações na aplicação do planejamento 
estratégico em órgãos públicos, tendo em vista que o foco não é o lucro nem a 
busca de vantagens competitivas e que não há concorrência da mesma maneira 
que se apresenta na esfera privada, esse tema tem sido abordado com frequência 
nos últimos anos, na medida em que a excelência na prestação dos serviços 
públicos passou a ser priorizada e cobrada pela população (Gonçalves; Silva, 
2011). 
Assim, promover o desenvolvimento econômico e a justiça social em sua 
plenitude não é uma tarefa fácil. Para atender aos interesses da população, o 
governo busca adotar e implantar políticas públicas, tendo em vista que o aparato 
jurídico-estatal nem sempre é capaz de viabilizar que as demandas sociais 
dinâmicas sejam atendidas, em conformidade com as diretrizes constitucionais, 
sendo necessários outros meios para efetivar os direitos fundamentais. As 
políticas públicas surgem, portanto, como um conjunto de ações desenvolvidas 
pelo Poder Público que objetiva à satisfação da coletividade (Balestero, 2010), as 
quais não emergem como caráter facultativo do Estado, mas como meio 
necessário para que se possa alcançar a legitimidade do Estado Democrático de 
Direito. 
Além da visibilidade pelo cumprimento das atividades propostas no 
planejamento, a administração pública deve considerar alguns princípios para 
atender a seus objetivos e ao interesse coletivo: 
• Garantia de transparência em todo o processo, respeitando a legislação; 
 
 
3 
• Flexibilidade e capacidade de reagir rapidamente a mudanças no ambiente, 
apesar da morosidade com que muitas vezes é acometida a gestão pública 
pela burocracia; 
• Neutralidade política, evitando favorecimentos partidários (princípio não 
respeitado muitas vezes em virtude de arranjos políticos); 
• Eficácia operacional para alcançar resultados com o uso racional de 
recursos. 
Considerando a realidade da administração pública, no que tange ao 
planejamento estratégico, as organizações precisam definir alguns pontos: quais 
políticas devem ser priorizadas? Como aplicar os recursos disponíveis de maneira 
eficiente e eficaz? Como atender efetivamente os anseios coletivos e assegurar 
os direitos constitucionais? Essas são algumas das questões que o gestor público 
deve considerar nas suas práticas de gestão e tomada de decisão. Para auxiliar 
nesse processo, o planejamento é fundamental. É nesse contexto que 
consideraremos o processo de planejamento na administração pública, como 
instrumento essencial para promover a melhoria contínua dos serviços prestados 
à sociedade. 
Para que possa cumprir esse planejamento, Chiavenato (2012, p. 108) 
apresenta que, na administração pública gerencial, a estratégia tem alguns 
norteadores para os gestores públicos cumprirem o papel que lhes cabe nesta 
gestão: 
• A definição clara dos objetivos que o administrador público deverá atingir 
dentro de sua esfera e competências; 
• A garantia de autonomia na gestão dos recursos (humanos, materiais, 
financeiros) para atingimento dos objetivos traçados no planejamento; 
• O controle e verificação da concretização dos objetivos em resultados. 
Vamos conhecer nos próximos temas desta aula quais são os 
instrumentos, documentos e órgãos no Brasil responsáveis pelo desenvolvimento 
e implementação do planejamento estratégico. 
TEMA 2 – PLANEJAMENTO PÚBLICO NO BRASIL 
Embora no Brasil o planejamento público possa parecer algo relativamente 
novo, suas raízes datam do século XIX em um incipiente contexto de 
industrialização. Pagnussat e Giacomoni (2006) apontam que o processo de 
 
 
4 
planejamento no Brasil surge nos anos 1930 durante o processo de 
industrialização, resultante da crise externa e da crescente ação do Estado no 
sentido de ampliar da infraestrutura econômica e de criar uma estrutura industrial 
voltada para atender à demanda interna, antes abastecida por produtos 
importados. 
Para Souza (2004), as iniciativas que vigoraram durante esse período 
culminaram com uma forte intervenção do Estado na sociedade, por meio do 
planejamento governamental. O autor enfatiza que, inicialmente, coube ao Estado 
o papel de principal indutor e condutor da atividade de planejamento econômico, 
assim como à sua burocracia estatal o papel de implementação das ações 
governamentais que ainda prevalecem até os dias atuais. A partir da década de 
1930 até o final da década de 1980, o processo de planejamento assumiu 
diferentes características, orientado pelos planos de governo que se seguiram e 
pelas dinâmicas de desenvolvimento experimentadas pelo país. 
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o planejamento na 
administração pública passou por transformações através da criação do Plano 
Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e os Orçamentos 
Anuais, normatizados posteriormente pelo Decreto n. 2.829, de 29 de outubro de 
1998. Atualmente, é pacífico o entendimento de que toda ação de planejamento 
governamental deve estar sujeita a prescrições constitucionais e legais, para que 
a ação e aplicação dos recursos públicos estejam absolutamente dentro da ótica 
da legalidade em seu sentido amplo e dos princípios básicos da gestão pública. 
Nesse sentido, passamos a seguir para compreensão dos principais instrumentos 
que orientam a elaboração do planejamento na administração pública: o Plano 
Plurianual, a Lei de Diretrizes orçamentária e a Lei de Orçamento Anual. 
Saiba mais 
CARDOSO JR., J. C. Planejamento governamental e gestão pública no 
Brasil: elementos para ressignificar o debate e capacitar o Estado. Brasília, IPEA, 
2011. Disponível em: 
. Acesso 
em: 13 maio 2019. 
 
 
 
5 
2.1 Plano Plurianual 
De acordo com Brasil (2019a), o Plano Plurianual (PPA) é um planejamento 
de médio prazo, no qual são identificadas as prioridades para o período de quatro 
anos e os investimentos de maior porte. O art. 165, parágrafo 1º da Constituição 
Federal de 1988 dispõe que a lei que instituir o plano plurianual deve estabelecer 
de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da administração pública 
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas 
aos programas de duração continuada. 
O PPA é destinado a organizar e viabilizar a ação pública, com vistas a 
cumprir os fundamentos e os objetivos da República. Por meio dele, é declarado 
o conjunto das políticas públicas do governo para um período de 4 (quatro) anos 
e os caminhos trilhados para viabilizar as metas previstas. Os planos e programas 
nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição devem ser elaborados 
em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
O projeto do PPA deve ser encaminhado pelo Executivo ao Congresso até 31 de 
agosto do primeiro ano de cada governo, mas sua vigência tem início apenas no 
ano seguinte,e término ao final do primeiro ano do governo seguinte. 
Para Farah Junior (2012), no PPA deve estar refletida a noção de 
planejamento, que vai além dos aspectos meramente orçamentários de curto 
prazo. Para esse autor, o poder público deve elaborar um diagnóstico que reflita 
a realidade econômico financeira, seu nível de endividamento e sua consonância 
com a lei de responsabilidade fiscal, o volume de recursos para despesas de 
capital, as vinculações constitucionais, as atribuições metas, funções e 
necessidades de cada órgão, a identificação das principais prioridades a serem 
executadas pelo governo, a designação do órgão de planejamento, controle, 
acompanhamento e avaliação dos resultados de cada estrutura do governo 
responsável por implementar os programas, projetos e ações previstos (Farah 
Junior, 2012),. 
O Plano Plurianual (PPA) tem como princípios básicos a: 
• identificação clara dos objetivos e prioridades do Governo; 
• organização dos propósitos da administração pública em programas; 
• integração do plano com o orçamento, por meio dos programas; 
• transparência das ações de governo. 
O PPA está estruturado em três dimensões, assim definidas: 
 
 
6 
I. Estratégica: a dimensão fornece orientações baseadas nos macrodesafios 
e na visão de longo prazo; 
II. Tática: dimensão que define o caminho e dimensões para alcance dos 
objetivos e transformações estabelecidos na dimensão estratégica; 
III. Operacional – trata-se do nível de desempenho da ação governamental de 
modo eficiente, ou seja, relaciona-se com a aplicação ótima dos recursos 
disponíveis a fim de obter os melhores resultados. 
O Plano Plurianual elaborado para o período de 2016 a 2019 foi instituído 
por meio da Lei n. 13.249. O PPA 2016-2019 reflete as políticas públicas e orienta 
a atuação governamental por meio de Programas Temáticos e de Gestão, 
Manutenção e Serviços ao Estado, assim definidos: 
I. Programa Temático: organizado por recortes selecionados de políticas 
públicas, expressa e orienta a ação governamental para a entrega de bens 
e serviços à sociedade; e 
II. Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: expressa e orienta 
as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação 
governamental. 
Para esse período, foram estabelecidas como prioridades na administração 
pública federal: 
• As metas inscritas no Plano Nacional de Educação 
• O Programa de Aceleração do Crescimento - PAC 
• O Plano Brasil sem Miséria – PBSM 
2.2 Exemplo de objetivo que consta no Plano Plurianual 
No exemplo a seguir apresenta-se um dos objetivos do Programa 2021 – 
Ciência, Tecnologia e Inovação. Com base nesse objetivo, as metas e as 
iniciativas são estabelecidas. 
Saiba mais 
O Plano Plurianual para o período 2016/2019 pode ser acessado na página 
do Ministério da Economia. Além do PPA, é possível acessar, na mesma página, 
os relatórios de monitoramento e avaliação, a regulamentação do PPA e suas 
atualizações. 
 
 
7 
BRASIL. Ministério da Economia. Plano Plurianual 2016-2019. Disponível 
em: . Acesso 
em: 13 maio 2019. 
• Objetivo 400 – Fomentar, incluindo ações internacionais, o processo de 
geração e aplicação de novos conhecimentos, dando especial atenção ao 
equilíbrio entre as regiões do país. 
Órgão responsável: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e 
Comunicações. 
• Metas 2016-2019 
00W0 – Apoiar anualmente 7 mil projetos de pesquisa pelas agências 
federais de fomento à ciência, tecnologia e inovação. 
Órgão responsável: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e 
Comunicações. 
• 0400 – Apoiar 300 projetos de expansão, modernização e manutenção da 
infraestrutura de pesquisa nas instituições científicas e tecnológicas (ICT). 
Órgão responsável: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e 
Comunicações Iniciativas. 
• 04TH - Fortalecimento das atividades de cooperação nacional e 
internacional (regional, bilateral e multilateral) por meio de parcerias 
estratégicas. 
• 04TI - Ampliação do fomento de projetos em redes de pesquisa. 
• 05XS - Ao final do PPA 2016-2019, 35% dos projetos fomentados sejam 
oriundos das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 
• 05XT - Promoção do avanço da ciência e da autonomia tecnológica 
nacional por meio do apoio a projetos de pesquisa de instituições científicas 
e tecnológicas (ICTs) brasileiras. 
• 06XD - Estimular a implantação de Centros de Tecnologia e Inovação na 
Região Norte e Nordeste. 
TEMA 3 – LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
Assim como o Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias são 
estabelecidas em lei de iniciativa do Poder Executivo devendo compreender as 
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de 
capital para o exercício financeiro subsequente. Além disso, a Constituição 
 
 
8 
Federal também estabelece que as diretrizes orçamentárias devem orientar a 
elaboração da lei orçamentária anual, dispor sobre as alterações na legislação 
tributária e estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
De acordo com Brasil (2019b), para estabelecer quais serão as metas e 
prioridades para o ano seguinte, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem 
como ações: 
• Fixar o montante de recursos que o governo pretende economizar; 
• Delinear regras, vedações e limites para as despesas dos Poderes; 
• Autorizar o aumento das despesas com pessoal; 
• Regulamentar as transferências a entes públicos e privados; 
• Disciplinar o equilíbrio entre as receitas e as despesas; 
• Indicar prioridades para os financiamentos pelos bancos públicos. 
Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a Secretaria de Orçamento 
Federal (SOF) elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, em conjunto 
com os Ministérios e as unidades orçamentárias dos Poderes Legislativo e 
Judiciário. Por determinação constitucional, o governo é obrigado a encaminhar o 
Projeto de Lei do Orçamento ao Congresso Nacional até 31 de agosto de cada 
ano. 
Saiba mais 
SENADO NOTÍCIAS. Disponível em: 
. Acesso em: 13 maio 2019. 
3.1 Lei Orçamentária Anual 
A Lei Orçamentária Anual (LOA) estabelece os Orçamentos da União, por 
meio dos quais são estimadas as receitas e fixadas as despesas do governo 
federal. De acordo com o art. 165, parágrafo 5º, a lei orçamentária anual é 
compreendida pelos seguintes elementos: 
I. O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II. O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta 
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
 
 
9 
III. O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como 
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público (Brasil, 
2019b). 
A proposta de orçamento anual é elaborada pelo Poder Executivo e cabe 
ao Congresso Nacional avaliar e realizar os ajustes necessários. A LDO e a LOA 
são instrumentos importantes para elaboração do PPA para um período de quatro 
anos, por meio do qual se deve buscar a harmonia entre a visão de curto prazo e 
médio prazo. 
TEMA 4 – MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO 
Com base na Medida Provisória n. 870, de 1º de janeiro de 2019, que criou 
o Ministério da Economia, as estruturas dos ministérios da Fazenda; do 
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; da Indústria, Comércio Exterior e 
Serviços; e do Trabalho passaram a integrar um novo ministério chamado 
Economia. Antes da publicação dessa Medida, o Ministério do Planejamento era 
o órgão responsável por planejar e coordenar as políticasde gestão da 
administração pública federal, para fortalecer as capacidades do Estado para 
promoção do desenvolvimento sustentável e do aprimoramento da entrega de 
resultados ao cidadão. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão tinha, 
entre suas áreas de competência, diversos assuntos ligados ao planejamento 
governamental, tais como: 
1. Participação na formulação do planejamento estratégico nacional; 
2. Avaliação dos impactos socioeconômicos das políticas e programas do 
Governo federal e elaboração de estudos especiais para a reformulação de 
políticas; 
3. Realização de estudos e pesquisas para acompanhamento da conjuntura 
socioeconômica; 
4. Elaboração, acompanhamento e avaliação da lei que estabelece o Plano 
Plurianual; 
5. Coordenação e gestão dos sistemas de planejamento e orçamento federal. 
Com a integração da estrutura do Ministério do Planejamento, 
Desenvolvimento e Gestão ao Ministério da Economia, os documentos e 
informações relativas ao planejamento governamental, ações e programas do 
governo, Plano Plurianual, estudos econômicos e outras informações relativas ao 
 
 
10 
planejamento passaram a ser disponibilizadas na plataforma do Ministério da 
Economia na aba “Assuntos > Planejamento de Assuntos Econômicos”. 
Saiba mais 
Para mais informações sobre a Medida Provisória n. 870 e sobre os 
assuntos de interesse econômico, acesse os links a seguir 
1. BRASIL. MINISTÉRIO DA ECONOMIA. Disponível em: 
. Acesso em; 13 maio 2019. 
2. BRASIL. MINISTÉRIO DA ECONOMIA – Planejamento, 
Desenvolvimento e Gestão. Disponível em: . 
Acesso em: 13 maio 2019c. 
4.1 Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos (SEPLAN) 
Dentro da estrutura ministerial, existe o órgão da Secretaria de 
Planejamento e Assuntos Econômicos, que, de acordo com o Decreto n. 
9.035/2017, é de sua competência (Brasil, 2017): 
• Apreciar e emitir pareceres técnicos, nos seus aspectos 
econômicos, sobre projetos de legislação ou regulamentação, de 
iniciativa do Ministério ou submetidos à sua análise; 
• Acompanhar e projetar a evolução de indicadores econômicos e 
sociais selecionados e elaborar relatórios periódicos sobre a evolução 
da conjuntura econômica; 
• Elaborar e apreciar propostas de política econômica que tenham 
impacto sobre o desenvolvimento econômico e social, e de política fiscal, 
de iniciativas do Ministério ou a este submetidas, e proceder ao 
acompanhamento das medidas aprovadas e à avaliação dos resultados; 
• Participar, no âmbito do Ministério, da elaboração de estudos ou 
de propostas relacionados à modernização do Estado e ao planejamento 
e orçamento governamental; 
• Coordenar as ações de planejamento de governo, em articulação 
com os órgãos setoriais integrantes do Sistema de Planejamento e de 
Orçamento Federal; 
• Elaborar e coordenar mecanismos de participação social no 
planejamento; 
• Estabelecer diretrizes e normas, coordenar, orientar e 
supervisionar a elaboração, a implementação, o monitoramento e a 
avaliação do plano plurianual e do planejamento territorial; 
• Sistematizar e disponibilizar informações sobre a execução dos 
programas e das ações do Governo federal integrantes do plano 
plurianual; 
• Realizar estudos e análises para a formulação, a revisão e a 
avaliação de políticas públicas; 
• Coordenar as ações estratégicas de investimento governamental, 
quanto às dimensões econômica, social e territorial; 
• Exercer a supervisão da Carreira de Analista de Planejamento e 
Orçamento, em articulação com a Secretaria de Orçamento Federal, 
observadas as diretrizes do Comitê de Gestão das Carreiras do 
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; 
 
 
11 
• Assessorar o Ministro de Estado em sua participação no Conselho 
Monetário Nacional; 
• Assessorar os dirigentes do Ministério na discussão das opções 
estratégicas do País, considerada a conjuntura atual e o planejamento 
nacional de longo prazo; 
• Fornecer subsídios ao planejamento nacional de longo prazo; 
• Articular-se com o Governo federal e com a sociedade para 
formular a estratégia nacional de desenvolvimento de longo prazo; e 
• Elaborar subsídios para a preparação de ações de governo. 
São unidades desta Secretaria: 
• Departamento de Assuntos Macroeconômicos e Fiscais; 
• Departamento de Assuntos Microeconômicos e Regulatórios; 
• Departamento de Assuntos Financeiros; e 
• Departamento de Planejamento, Avaliação e Assuntos Sociais. 
Saiba mais 
SEPLAN – Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos. Disponível 
em: . 
Acesso em: 13 maio 2019. 
TEMA 5 – CASO PRÁTICO DE ESTRUTURAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO NA 
ESFERA PÚBLICA NO BRASIL 
Para finalizar esta aula, apresentamos abaixo como foi elaborado o 
planejamento da Controladoria Geral da União (CGU) para o período de 2016 a 
2019. A elaboração do planejamento estratégico da CGU dividida em quatro fases 
e contou com a participação dos servidores ao longo de todas elas. 
Saiba mais 
Elaboração do Planejamento Estratégico da CGU 
O projeto de elaboração do planejamento estratégico da CGU para o 
período 2016-2019 (PE 2016-2019) tem por objetivo refletir sobre os desafios da 
Controladoria nos próximos anos e debater sobre o que pode ser aperfeiçoado no 
órgão. O projeto é uma oportunidade bastante especial de pararmos um pouco e 
refletirmos sobre como fazer com que a CGU possa vir a ser, ainda mais, uma 
referência para a Administração Pública brasileira e para a sociedade, que 
demanda cada vez mais pelos serviços que prestamos. 
A elaboração do PE 2016-2019 aconteceu de 20 de maio ao final de 2015 
e está dividido em quatro fases. Na primeira fase, de diagnóstico situacional, todos 
os servidores foram convidados a discutir, por meio de oficinas presenciais e 
fórum online, sobre a análise ambiental da CGU e as principais questões que 
 
 
12 
afetam o desempenho da Controladoria. Foram dias de muita atividade, debates, 
reflexões e propostas. O resultado, um documento que reflete o diagnóstico 
situacional da instituição, está à disposição para análise dos servidores e balizará 
as discussões das fases seguintes do projeto. 
A definição da estratégia organizacional foi a segunda fase do projeto que 
teve por objetivo discutir a razão de ser a nossa instituição, os seus valores, a 
visão de futuro de ser, o que deve ser priorizado para alcançarmos os níveis de 
excelência exigidos. 
A terceira fase foi o desdobramento da estratégia que consistiu na 
construção dos objetivos, e suas respectivas métricas, a serem alcançados nos 
próximos quatro anos. A fase foi realizada por meio de oficinas com dirigentes e 
também contou com a participação dos servidores pela plataforma Colabora. 
A quarta fase definiu o alinhamento institucional. Cerca de 130 dirigentes e 
chefes de Regionais reuniram-se em Brasília, no 2º Encontro de Dirigentes, de 
30/11/2015 a 04/12/2015, para discutir e consolidar o Planejamento Estratégico 
do órgão para os anos de 2016-2019. Foi o momento de concluir e consolidar a 
Missão, Visão e Valores do órgão. 
No dia 04/12/2015, durante o Encontro de Dirigentes, o ministro-chefe da 
Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, recebeu o Mapa Estratégico 
do órgão para os anos de 2016-2019. O documento é resultado das contribuições 
dos servidores ao longo de todas as fases de elaboração do Planejamento 
Estratégico do órgão. Ao final do encontro, todos os dirigentes e chefes de 
Regionais assinaram termo de compromisso para alcançar os resultados do Mapa 
Estratégico nos próximos anos e, o ministro-chefe da CGU, também formalizou a 
Portaria n. 50.223 que dispõe sobre o Planejamento Estratégico do órgão. 
Fonte: Brasil (2015a) 
Saiba mais 
BRASIL. CGU – Controladoria Geral da União. Planejamento Estratégico. CGU, 
2019. Disponível em:informacao/governanca/planejamento-estrategico>. Acesso em: 13 maio 2019. 
 
 
 
 
 
 
13 
REFERÊNCIAS 
BALESTERO, G. S. O controle jurisdicional das políticas públicas e o papel do 
Estado: uma análise habermasiana. Revista do Direito Público (Londrina), v. 5, 
p. 117-132, 2010. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial 
da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 5 out. 1988. 
_____. Lei n. 9.035, de 20 de abril de 2017. Diário Oficial da União, Poder 
Legislativo, Brasília, DF, 24 abr. 2017. 
BRASIL. Ministério da Economia. Plano Plurianual 2016-2019. Disponível em: 
. Acesso e 
BRASIL. Ministério Da Economia – Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. 
Disponível em: . Acesso em: 13 maio 2019. 
BRASIL. CGU – Controladoria Geral da União. Elaboração. CGU, 2015a. 
Disponível em: . Acesso em: 13 maio 2019. 
BRASIL. Câmara dos Deputados. LOA - Lei Orçamentária Anual. Câmara dos 
Deputados, 2019. Disponível em: . Acesso em: 13 maio 2019. 
BRASIL, 2019. Ministério da Economia: O que é Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO)? Ministério da Economia, 22 maio 2015b. Disponível em: 
. Acesso 
em 13 maio 2019. 
CHIAVENATO, I. Administração geral e pública. Barueri: Manole, 2012. 
FARAH JUNIOR, M. F. Orçamento público e gestão governamental. In: SILVA, C. 
L. (Org.). Políticas públicas e desenvolvimento local: instrumentos e 
proposições de análise para o Brasil. Petrópolis/RJ: Vozes, 2012, p. 39-67. 
PAGNUSSAT, J. L.; GIACOMONI, J. (Org.). Planejamento e orçamento 
governamental, v. 2. Brasília: ENAP, 2006. 
 
 
14 
REIS, R. C. S; MATOS, C. R. N. Perfil do gestor público: elementos para formação 
e mudanças. Anais eletrônicos I CIAGESI. I Encontro Científico do 
PNAP/UEG. p. 285, Goiânia, 22-23 de jun. 2012. 
SEPLAN – Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos. Disponível em: 
. 
Acesso em: 13 maio 2019. 
SILVA, F. A.; GONCALVES, C. A. O processo de formulação e implementação de 
planejamento estratégico em instituições do setor público. Revista de 
Administração da UFSM, v. 4, p. 458-476, 2011. 
SOUZA, A. R. As trajetórias do planejamento governamental no Brasil: meio 
século de experiências na administração pública. Revista do Serviço Público 
(Brasília), Brasília, v. 4, p. 5-29, 2004.

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