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slide 02 EDUAÇÃO ÉTNICO RACIAIS

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Profa. Dra. Marcilene Garcia de Souza
Relações Étnico-raciais no 
Ensino de História e Cultura 
Afro-brasileira e Africana
Teleaula 2
Grupo Uninter
Relações Raciais no Brasil
� Características históricas para 
compreender as relações raciais 
no Brasil
� O brasil é segunda nação negra 
do mundo
� País de maioria negra
� Escravismo criminoso
� Abolição tardia
� Ideologia do branqueamento
� Mestiçagem
� Mito da democracia racial
Para Refletir!
“Ninguém nasce odiando outra 
pessoa pela cor de sua pele, por 
sua origem ou ainda por sua 
religião. Para odiar, as pessoas 
precisam aprender e, se podem 
aprender a odiar, podem ser 
ensinadas a amar”. 
(Nelson Mandela)
� Vamos pensar!
� Por que a população negra no 
brasil é a mais pobre?
( ) Por que foram escravizados?
( ) Por que nasceram pobres?
( ) Por que nasceram negros
em uma sociedade racista? 
� Onde estará o X da 
questão?
Será que esta frase tem 
algum sentido?
“No Brasil se produziu uma
das formas mais sofisticadas
e perversas de racismo que
existe no mundo” 
(Dra. Sueli Carneiro)
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� O Brasil só perde para a Nigéria 
em quantidade de negros
� O Brasil é primeira nação negra 
do mundo fora do continente 
africano
� O Brasil é um país de maioria 
negra
Brasil: Segunda Nação 
Negra do Mundo
� Brasil possui um pouco mais 
de 191 milhões de pessoas
� 48,2% brancas; 6,9% de pretas; 
44,2% de pardas e 0,7% de 
amarelas ou indígenas
� O total de negros (pretos e 
pardos) é de 50,7%
� No Brasil há mais de 95 milhões 
de negros
Indicadores do IBGE, 2010
� De 1534 a 1888 o Estado 
Brasileiro manteve 
institucionalizada a Escravização 
Negra no Brasil
� No Brasil, a Escravização Negra 
durou mais de 350 anos
� De cada 10 anos da História do 
Brasil 07 foram anos em que a 
população negra esteve em 
situação de escravização
Escravismo Criminoso
- O Brasil foi um dos últimos países 
a por fim na Escravização Negra 
(1888) e o último na América.
- Após Abolição, o Estado 
brasileiro não construiu 
ações para promover 
igualdade entre brancos e
negros.
Abolição Tardia
Políticas Racistas do Estado 
Brasileiro
� Ideologia do Branqueamento: 
• Elite intelectual e política e 
econômica construíram uma 
ideia de nação para o Brasil
• Assim, consubstanciaram a 
ideologia do branqueamento 
(1920-1930) 
• Acreditavam que em função 
de determinantes sociais, com 
o crescimento da “imigração 
europeia” e com o incentivo 
a “mestiçagem” em três 
gerações não existiriam mais 
negros no Brasil
• O país seria branco e mais 
“civilizado” 
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� A REDENÇÃO DE 
CAM, de Roberto 
Brocos, 1895. O 
quadro venceu a 
medalha de ouro da 
Exposição de Artes 
Plásticas de 1895 e 
está no Museu das 
Belas Artes, no Rio 
de Janeiro. A linha 
de sucessão 
representada pelas 
mulheres mostra a 
redenção pelo 
“branqueamento”.
• O objetivo seria branquear, 
padronizar e unificar o perfil 
étnico-racial do brasileiro. A 
salvação para o Brasil seria 
branquear
• Branquear não somente na cor, 
mas na ideologia, na cultura, nas 
representações simbólicas, no 
jeito de pensar o mundo e de 
agir
• O modelo passa a ser a Europa
• Fenômeno do “Eurocentrismo”
• Estética branca:
� O branco é o emblema 
da harmonia
� O negro, o emblema do caos
� O branco significa beleza 
suprema
� O negro é a feiura
� O branco significa perfeição
� O negro significa o vício
• Estética branca:
� O branco é o símbolo da 
inocência
� O branco, cor sublime, indica 
a felicidade
� O negro, cor nefasta, indica 
tristeza
� O combate do bem contra o 
mal é indicado simbolicamente 
pela oposição do negro 
colocado perto do branco
Democracia Racial
� Foi uma política construída pelo 
Estado brasileiro com bases em 
teorias de uma elite intelectual 
que apresentava uma visão 
“tradicional” do Brasil, apoiada em 
teses como de Gilberto Freire. 
Reforçava a ideia de “paraíso 
racial” e de que não existiria 
CONFLITOS RACIAIS e que negros 
e brancos viviam em harmonia 
Vídeo Branquitude
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Democracia Racial
� Após a II Guerra Mundial um 
projeto patrocinado pela Unesco 
(1950), com intelectuais como 
Tales de Azevedo, Octávio Ianni, 
Oracy Nogueira, Fernando 
Henrique, Florestan Fernandes 
comprovou que no Brasil havia 
racismo. (...)
(...) E que a cor das pessoas ao 
longo do tempo estava garantido 
mais vantagens e privilégios para 
as pessoas brancas e desvantagem 
sociais para negros
� Qual é a característica principal 
do racismo brasileiro?
• Racismo de marca
• Os traços fenotípicos (aparência) 
seriam os marcadores de 
diferenciação e hierarquização
• O primeiro alvo do racismo 
antinegro no Brasil é a cor
� O conceito de raça deve ser 
utilizado no sentido social e 
não biológico
� Se “raças humanas” não existem, 
o racismo existe. No Brasil o 
fenótipo interfere nas 
características de mobilidade 
social para grupos raciais 
diferentes no Brasil
� A cor é configurada de raça. 
“Se vê a cor, vê a raça”. Não há 
como combater o racismo quando 
se nega a sua existência
� Há dificuldades e resistências 
de reconhecer barreiras –
provocadas pelo racismo
� Logo, há dificuldades e 
resistências em legitimar critérios 
para promover igualdade
Desafios
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� Invisibilidade e negação
da importância do valor 
da população negra
� Invisibilidade e negação dos 
processos de resistências da 
população negra
� O racismo se reproduz pelo jogo 
contraditório da cidadania
1.Direitos limitados pela probreza
e violência: os direitos para os 
negros são ignorados e não são 
cumpridos
2.Distâncias sociais criadas por 
enormes diferenças de renda e 
educação que separam brancos 
de negros
Referências de Apoio
� GUIMARÃES, Antônio Sérgio 
(Org.). Racismo e anti-racismo 
no Brasil. 34. ed. São Paulo: 
Fundação de Apoio à Universidade 
de São Paulo, 1999.
� SANTOS, Gislene A. dos. A 
invenção do “Ser Negro”: 
um percurso das ideias que
naturalizam a inferioridade dos 
negros. São Paulo: Educ/Fapesp, 
2002.
� <www.geledes.org.br>
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