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Alfabetização e Letramento - NP2

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ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO – NP2
CAP. 03 – CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E ALFABETIZAÇÃO
O que é consciência Fonológica?
É um conjunto de habilidades que visa refletir sobre os segmentos (ou partes) sonoros das palavras. Não é uma coisa que se tem ou não, mas são habilidades que variam de criança para criança.
Alguns exemplos: 
Pronunciar uma palavra, separando as silaba em voz alta; juntar partes escutadas separadas; contar as partes das palavras; comparara os tamanhos das palavras (com-pu-ta-dor é maior que ca-sa, por que computador tem 4 partes e casa tem 2); identificar semelhanças entre as palavras diferentes (parede e palito: ambas começam com “pa”);...
Identificar partes iguais que podem estar em lugares diferentes nas palavras (no começo, meio ou fim).
Algumas questões que o professor alfabetizador deve ter clareza:
Quais habilidades de consciência fonológica são necessárias para um aluno se alfabetizar?
Analisar a quantidade de silabas orais das palavras. Deve-se recuperar o papel dessa habilidade de comparar palavras quanto ao tamanho, no processo inicial de alfabetização, para que seja mais fácil deixar o realismo nominal, que acontece muito na hipótese pré-silábica;
Identificar palavras que começam com a mesma silaba;
Ser capaz de identificar palavras que compartilham o mesmo fonema inicial (não toda a silaba!);
Ser capaz de identificar palavras que rimam ou produzir uma palavra que rime com outra ( chu-vei-ro e co-quei-ro rimam pelo “ei-ro”);
As crianças não são capazes de pronunciar um a um os fonemas de cada palavra. Elas dividem e depois soletram uma a uma.
Obs.: Não devemos reduzir CONSCIENCIA FONOLOGICA à CONSCIENCIA FONEMICA. A habilidade de saber que “vela” e “vaso” começam com o mesmo fonema é muito mais importante do que pronunciar isoladamente o fonema “v”. Percebendo essa semelhança entre as palavras, a criança progredira muito mais do que sabendo simplesmente pronunciar fonemas.
Para iniciar o processo de alfabetização, o aluno deverá ter dominado essas habilidades?
De forma nenhuma. Não devemos transformar a consciência fonológica naqueles antigos testes de prontidão. Essas habilidades serão desenvolvidas ao longo do ano, através de desafios de reflexão fonológicas que a levaram ao desenvolvimento dessa consciência. Se ela não tem esse contato com atividades que desenvolvam essa habilidade, ela poderá chegar a fase adulta como um analfabeto funcional, que não sabe como utilizar a escrita de maneira critica, sem conseguir pensar no tamanho das palavras ou sem conseguir identificar palavras que rimam ou se iniciam de maneira parecida.
Basta treinar os alunos a consciência fonológica para termos todos alfabetizados?
Não. A consciência fonológica não é condição suficiente para o domínio do alfabeto, da mesma forma que ter atingido a hipótese alfabética não significa estar alfabetizado.
As crianças devem ter contato com a notação escrita e, ao mesmo tempo, as unidades sonoras, fugindo da visão reducionista de se ensinar primeiro as partes orais para depois passar para a escrita.
Atividades em sala de aula que promovem a reflexão fonológica e escrita
Podemos citar dois exemplos de atividades. 
Trabalhar com textos poéticos da tradição oral: cantigas, parlendas, trava-línguas, fazem parte do folclore nacional e são conhecidas pelas crianças. Elas contem repetições e rimas fáceis para as crianças e que permitem uma rica exploração sonora, acompanhada da escrita.
Trabalhar com Jogos de palavras: esses jogos possibilitam à criança brincar com as palavras enquanto aprende. Há uma caixa disponibilizada nas redes publicas de ensino e nelas contem jogos como Batalha de Palavras ( que levam à reflexão sobre o tamanho das palavras), Trinca Magica e Caça-rimas (desenvolvem a reflexão sobre rimas), Bingo dos sons iniciais e Dado Sonoro (que desenvolvem a habilidade de encontrar nas primeiras silabas a possibilidade de formas outras palavras que comecem ou tenham a mesma silaba inicial) e o Palavra dentro da Palavra ( os alunos devem descobrir, por exemplo, que dentro da palavra “tucano” também temos “cano”.
Concluindo
Promover a consciência fonológica com atividades de reflexão sobre palavras e suas partes orais e escritas auxiliam a criança a desvendar e se apropriarem do alfabeto. Porém, essas atividades devem ser elaboradas de maneira reflexiva para a criança, sem jamais retornar aos antigos métodos fônicos. Também é necessário rever a idade para o inicio dessas atividades, pois quanto mais cedo as crianças tiverem contato com essas atividades (de maneira lúdica), mais fácil será para ela compreender o sistema de escrita alfabética.
CAP. 04 - PRATICAS DE ENSINO DO SEA: PRINCÍPIOS GERAIS E ATIVIDADES VOLTADAS A COMPREENDER AS PROPRIEDADES DO SISTEMA.
Esclarecimentos sobre a adoção de uma visão construtivista:
Não devemos utilizar os velhos métodos, pois limitam o trabalho do professor e o aprendizado do aluno. O professor deve ajustar o ensino às necessidades reais dos alunos. 
Não existe uma receita pronta. A escolha da melhor “opção didática” depende de vários fatores, como o contexto social no qual está inserido o aluno, as dificuldades especificas de cada educando, a filosofia de cada escola e do próprio professor e principalmente o tipo de cidadão que se pretende formar.
Princípios filosóficos construtivistas:
Formar pessoas criticas, que lutem pelos seus direitos;
Que criam e recriam conhecimentos, sem repeti-los apenas mecanicamente;
Que reagem por princípios éticos de justiça social, de redução das desigualdades, de respeito às diversidades entre as pessoas, grupos sociais e povos;
Formar pessoas que respeitem as singularidades do processo de ensino aprendizagem de cada um, mostrando que todos nos precisamos ser ajudados para podermos avançar.
Ao escolhermos uma determinada perspectiva, não precisamos abandonar todas as outras. Não é necessário se fixar em apenas um método. O professor deve ser flexível, trabalhando de forma que proporcione sempre o aprendizado para o aluno.
Definição de alguns princípios para o ensino eficaz do SEA:
Quando começo a ensinar o SEA? A alfabetização não depende da maturidade do individuo e sim das oportunidades vividas na escola. Assim, quanto mais cedo a criança tiver contato com o SEA, melhor ela se apropriará dele. O autor recomenda que seja iniciado trabalhos na educação infantil, aos 4 ou 5 anos.
Não se esta falando de ensinar o SEA as crianças de 5 anos de forma sistemática, mas sim se maneira lúdica, a fim de que elas tenham contato com as primeiras letras e que a ajudarão no aprendizado sistemático, que se dará no ciclo seguinte.
As praticas de leitura, juntamente com a reflexão sobre palavras, deve ser mantida em todo o ciclo de alfabetização do Ensino Fundamental. Esse ciclo abrange o 1º, 2º e 3º anos;
Para uma alfabetização de qualidade, é necessária a contextualização, para que haja significado para o aluno;
O aprendizado da escrita alfabética, diferente do letramento que não se limita ao ciclo de alfabetização, mas acompanhará o individuo toda a vida, precisa ser concluído de maneira eficiente no final do ciclo de alfabetização.
Estabelecimento de metas ou expectativas para cada ano do ciclo de alfabetização
 1º ano: Aos 6 anos, a quase totalidade dos alunos devem ter compreendido o SEA, ou seja, tenham chegado a uma hipótese alfabética;
 2º ano: deverá ser dedicado à consolidação das regras de escrita, a fim de proporcionar ao aluno avanços na capacidade de ler e escrever com autonomia;
 3º ano: os mesmos alunos devem, ao final do terceiro ano, terem avançado no domínio da norma ortográfica e que, sozinhos, consigam ler com fluência e compreender pequenos textos, como também deve produzir textos com autonomia.
Atividades que promovem a compreensão do SEA
Procurar usar atividades que despertem a reflexão, como:
 Textos de tradição oral e jogos ( para a reflexão dos aspectos fonológicos: Essas atividades farão o aluno compreender que:
As letras substituem a pauta sonoradas palavras e não vão de acordo com suas características físicas ou funcionais;
As letras representam segmentos sonoros menores que as silabas orais que falamos;
As letras têm valores sonoros fixos.
Para alcançarmos esses objetivos devemos propor aos alunos atividades nas quais eles possam contar e comparar silaba, dizer uma palavra maior ou menos que outra, identificar palavras que começam com a mesma letra, produzir palavras que começam com a mesma silaba identificar rimas, produzir rimas, identificar palavras que comecem com o mesmo fonema, entre outras.
Exploração de palavras estáveis, como os nomes próprios e outras palavras já familiares para os alunos: A exploração de palavras estáveis começa com o próprio nome da criança. A partir deste, ela poderá escrever outras. Mas é importante o professor observar se o aluno está fazendo apenas de memoria ou se de fato houve compreensão. Através das palavras estáveis, ele compreenderá que a ordem das letras não pode ser mudada (pois a palavra deixaria de existir), que o numero de letras é maior que o numero de silabas (através da contagem de letras e silabas), percebera que as palavras não tem a ver com as caracteristicas do objeto (ex. RUI é o maior aluno da sala, porém, seu nome é o que tem menos letras), que as letras não pertencem exclusivamente a esta ou aquela palavra, descobre que há letras muito usadas, enquanto outras são raras. Também poderá compreender que a mesma palavra estável, mesmo escrita em outra fonte, continuara sendo a mesma (ex. O nome escrito em letra bastão ou cursiva terá o mesmo valor sonoro). 
 Montar e desmontar o alfabeto móvel: Essa atividade permite ao aluno vivenciar, de maneira bastante rica, a decisão de sobre o que e como escrever. Ela não necessita escreve-las e assim se concentra apenas no uso delas. Ela notará que as mesmas letras aparecem repetidas e criará a noção de “classes” de elementos iguais. Ele tratara as letras como unidade, podendo contar quantas letras aparecem, observar quais se repetem e quais usara para formar outra palavra, torna a escrita mais fácil, ajuda na identificação de sequencia de palavras que não são permitidas na nossa língua, descobrira que a inversão de algumas letras e silabas criarão outra palavra, etc. Poderá ser solicitado à criança que copie essas palavras no caderno, para que ela possa avançar ainda mais seus conhecimentos.
Qual tipo de letra deve ser utilizado na alfabetização?
O uso da letra bastão é o mais apropriado por que proporciona a criança ver bem as letras e saber onde começa e termina uma palavra, já que as letras são escritas de maneira isolada. 
Após a criança ter dominado a escrita, o professor deve mostrar a ela outras letras, pois ela deve estar apta a escrever qualquer coisa, de todas as maneiras, para que ela possa ter domínio total do SEA e autonomia para ler e escrever.

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